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O G7 afirma que o Irã não deve apoiar o Hamas, nem adotar medidas que desestabilizem o Oriente Médio. O grupo diz que condena "de modo inequívoco" o ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro, e acrescenta que os israelenses têm o direito de se defender, além de ressaltar que todos os reféns devem ser libertados. Mas também destaca a importância de defender civis dos dois lados do conflito, além de enfatizar a "necessidade urgente" de se lidar com a piora no quadro humanitário na Faixa de Gaza.

Formado por Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, o G7 divulgou comunicado nesta quarta-feira, 8, após reunião de seus ministros das Relações Exteriores em Tóquio, com a presença também do Alto Representante da União Europeia. Na nota, o grupo envia condolências às vítimas dos ataques do Hamas, bem como a todos os civis, palestinos, israelenses e outros, que tenham morrido ou se ferido no conflito no Oriente Médio. "Israelenses e palestinos têm direito igual a viver em segurança, com dignidade e paz", afirma.

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O G7 ressalta a importância de se permitir o apoio humanitário aos civis sem impedimentos, incluindo água, alimentos, assistência médica, combustível e abrigo, bem como o acesso para os trabalhadores humanitários. "Nós apoiamos pausas humanitárias e corredores para facilitar a assistência urgentemente necessária, o movimento de civis e a liberação de reféns", afirma o grupo. "Cidadãos estrangeiros também precisam ter permissão para continuar a partir", acrescenta.

O G7 lembra da importância de se proteger civis e cumprir a lei internacional, em particular a humanitária. Desde 7 de outubro, membros do grupo já se comprometeram com mais US$ 500 milhões para o povo palestino, inclusive por meio de agências da Organização das Nações Unidas e de outros canais humanitários, informa.

O grupo afirma que trabalha, junto com outros parceiros, de modo intenso para evitar uma escalada e maior disseminação do conflito. Também trabalha para impor sanções e outras medidas para evitar que o Hamas consiga levantar fundos "para realizar atrocidades". O G7 afirma estar comprometido para preparar soluções de longo prazo e sustentáveis para Gaza. "Ressaltamos que uma solução de dois Estados, que tenha Israel e um Estado palestino estável vivendo lado a lado em paz, segurança e com reconhecimento mútuo, continua a ser o único caminho para uma paz justa, duradoura e segura."

Os integrantes do G7 se dirigem especificamente ao Irã no comunicado, ao pedir que o país não dê apoio ao Hamas nem adote ações que possam desestabilizar o Oriente Médio, inclusive apoio ao grupo libanês Hezbollah e a outros atores não estatais. Também solicita que Teerã use sua influência com esses grupos para acalmar o quadro. O G7 reafirma que o Irã nunca poderá desenvolver armas nucleares e precisa recuar na escalada de seu programa nuclear, além de lamentar a piora no quadro dos direitos humanos no país.

Ucrânia

O G7 menciona a guerra na Ucrânia, e reafirma apoio à independência e à soberania do país. Para o grupo, uma paz "justa e duradoura" pode ocorrer apenas com a retirada completa, imediata e incondicional das tropas da Rússia de todo o território ucraniano. O compromisso com a integridade territorial da Ucrânia não será abalado, garante. O G7 ainda critica a "retórica nuclear irresponsável" da Rússia e o envio de armas nucleares a Belarrus.

Sobre a China, o G7 se diz preparado para construir "relações construtivas e estáveis". O grupo nega que busque um desacoplamento com a economia chinesa, mas acrescenta que a busca por resiliência econômica inclui reduzir riscos e diversificar. No trecho sobre a China, também menciona que pretende "fomentar a resiliência à coerção econômica" e que reconhece a necessidade de proteger certas tecnologias avançadas que poderiam ser usadas para ameaçar a segurança nacional dos países.

Os EUA se opõem a uma nova ocupação por tempo indeterminado da Faixa de Gaza por Israel, como sugeriu o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, na segunda-feira (7). "Em nossa opinião, os palestinos deveriam estar à frente destas decisões. Gaza é território palestino e continuará sendo território palestino", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel.

Na segunda-feira, em entrevista à emissora americana ABC, Netanyahu afirmou que Israel terá de supervisionar a segurança da Faixa de Gaza "por um período indefinido" quando a guerra com o Hamas terminar. "Já vimos o que acontece quando não temos essa responsabilidade: a erupção do terror do Hamas em uma escala que não poderíamos imaginar", disse o premiê.

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O governo de Israel afirmou que seu objetivo na guerra é destruir o Hamas, que controla o território, e "despojá-lo de suas capacidades militares", em resposta aos atentados de 7 de outubro, quando terroristas do grupo mataram 1,4 mil israelenses e tomaram cerca de 240 reféns, que estão no cativeiro em Gaza.

Autoridades israelenses, no entanto, têm sido vagas sobre quem deve dar as cartas no enclave depois da guerra, e as declarações de Netanyahu parecem indicar que Israel está se preparando para desempenhar pelo menos algum papel no controle da segurança.

Ocupação

Na entrevista à ABC, o premiê não deu mais detalhes, mas o seu plano, se colocado em prática, significaria quase uma reocupação total de Gaza, uma medida que os EUA e outros países rejeitam.

Tanto o presidente americano, Joe Biden, quanto o secretário de Estado, Antony Blinken, disseram que a Autoridade Palestina deve desempenhar um papel central no futuro do enclave. Na semana passada, Blinken chegou a sugerir que um consórcio internacional assuma Gaza, caso os palestinos rejeitem a ideia.

A posição de Netanyahu, porém, parece ter amplo apoio político em Israel. Yair Lapid, o líder da oposição centrista e um dos mais duros críticos do premiê, disse ontem que concordar com ele. Em entrevista à rádio Kan, ele disse que os israelenses não querem financiar escolas e hospitais de Gaza. "É do interesse de Israel devolver as funções à Autoridade Palestina", afirmou. "Mas o premiê está certo. O controle da segurança tem de ser nosso."

Controle

Israel controlou Gaza de 1967 a 2005, quando o então primeiro-ministro, Ariel Sharon, decidiu retirar-se completamente do território. A saída significou o desmonte de instalações militares e o reassentamento de 9 mil israelenses que viviam em 21 colônias dentro do enclave palestino.

Nos cálculos de Sharon, manter o controle do território havia se tornado caro demais, tanto do ponto de vista econômico quanto humano, já que a ocupação militar também representava um risco muito alto para a vida dos soldados israelenses.

Em 2006, os palestinos organizaram eleições e o Hamas venceu o Fatah, grupo rival moderado. Mas EUA e União Europeia ameaçaram cortar a ajuda financeira se o grupo assumisse o poder - o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, chegou a ser nomeado primeiro-ministro.

No ano seguinte, diante do impasse político, o Hamas expulsou todos os dissidentes e assumiu o poder na Faixa de Gaza, deixando a Cisjordânia sob o comando de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina e membro do Fatah. Desde então, Israel impõe um rígido controle sobre o que sai e o que entra no território.

Assistência

Um dos problemas de Israel, portanto, é como separar um acordo de segurança de suas obrigações com a população, já que a presença militar tornaria a ocupação mais evidente. Segundo a Convenção de Genebra, o país seria responsável por comida, suprimentos médicos, roupas e moradia. Mas não é essa a ideia de muitos aliados de Netanyahu. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, sugeriu o oposto e afirmou que Israel precisa se livrar de qualquer responsabilidade pelo território. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta terça-feira (7) que, no momento, não haverá cessar-fogo na guerra contra o Hamas, já que isso, no entender dele, seria se render ao rival. "Não acredito que haverá um cessar-fogo generalizado", afirmou. De acordo com ele, uma condição para que tal medida ocorra é que os reféns que o grupo mantém sejam liberados. A declaração foi dada em entrevista à ABC News.

Netanyahu também disse acreditar que Israel terá, por um período indefinido, a responsabilidade geral pela segurança da Faixa de Gaza. O líder justificou que a medida se deve a "porque vimos o que acontece quando não a temos. Quando não temos essa responsabilidade pela segurança, o que temos é a erupção do terror do Hamas numa escala que não poderíamos imaginar".

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Sobre as responsabilidades de seu governo nos ataques terroristas de 7 de outubro, Netanyahu afirmou que "a primeira tarefa do governo é proteger o povo e, claramente, não cumprimos isso. Tivemos um grande, grande revés". Questionado se acredita que deveria assumir alguma responsabilidade, o primeiro-ministro respondeu: "claro, isso não é uma questão. Será resolvido depois da guerra. Acho que haverá tempo para alocar isso".

O Exército de Israel afirmou nesta segunda-feira, 6, que concluiu o cerco total da Cidade de Gaza, a maior do território palestino e o centro das operações do Hamas, de acordo com os israelenses. O enclave foi dividido em duas partes: o norte, ocupado pelos soldados e pelos militantes, e a parte sul, para onde a maioria da população fugiu.

"Hoje, há o norte de Gaza e o sul de Gaza", afirmou o porta-voz das Forças Armadas de Israel, Daniel Hagari. "As tropas chegaram à costa da parte sul da Cidade de Gaza e a cercaram." Hagari afirmou que as tropas israelenses estão realizando ataques a infraestrutura do Hamas em túneis e também no solo.

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A imprensa israelense afirma que as tropas devem entrar na Cidade de Gaza nos próximos dias, pouco depois de a guerra entre Israel e Hamas completar um mês. Segundo Hagari, a entrada na cidade significa uma nova etapa da guerra. No início de outubro, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que a incursão teria três fases e afirmou que Israel "não ocupará Gaza para sempre".

Israel afirmou que a sua decisão de dividir o enclave ao meio torna mais difícil para o Hamas controlá-lo. O Exército israelense disse ter atingido ontem cerca de 450 alvos durante a noite em Gaza, onde um grande apagão de comunicações cortou o serviço de internet e telefone pela terceira vez desde o início da guerra.

Diplomacia

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, terminou ontem sua rápida passagem pelo Médio Oriente, na qual ele procurou obter a ajuda de aliados para impedir que o Irã e os suas milícias expandam a guerra entre Israel e Hamas para outras frentes de batalha.

"Os países estão muito empenhados em tentar garantir que isso não aconteça", disse Blinken, após reunião com o chanceler da Turquia, em Ancara. "Às vezes, a ausência de algo ruim acontecendo pode não ser a evidência mais óbvia de progresso, mas é."

O governo dos EUA, no entanto, parece ter dificuldades no seu esforço para persuadir Israel a exercer mais moderação na sua campanha militar em Gaza, que já matou 10 mil pessoas e agravou a crise humanitária no território. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A passagem de Rafah, na fronteira de Gaza com o Egito, foi reaberta nessa segunda-feira (6), para a passagem de estrangeiros, após dois dias fechada. Novamente, o grupo de 34 brasileiros não entrou na lista de autorizados a passar. Israel garantiu ao Brasil que a liberação deve sair nesta quarta-feira (8).

Até agora, a maioria dos estrangeiros que passaram por Rafah é de americanos e europeus, principalmente britânicos, franceses e alemães. Israel e Egito não detalharam os critérios adotados para escolha.

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Após acordo selado na semana passada, por intermediação do Catar e dos EUA, cerca de 500 pessoas por dia deixaram Gaza até o fim de semana, quando o processo foi interrompido em razão de suspeitas de que o Hamas incluía combatentes entre os feridos para atendimento no Egito.

O embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, destacou a complexidade do processo diante do número de pessoas que tentam sair do enclave e rejeitou as especulações de que a relação do Brasil com Israel possa ter influenciado. "Não é uma questão de relação bilateral", disse ele, ao citar como exemplo a Indonésia, que não reconhece o Estado de Israel e esteve na primeira lista.

O diplomata Rubens Ricupero, ex-embaixador brasileiro em Washington, que acompanha à distância, sem envolvimento na negociação, também diz não ver indícios de retaliação. "O Brasil não tem uma postura que se destaque pela agressividade", disse.

Hamas

A tese foi rechaçada ainda pelo embaixador israelense no Brasil, Daniel Zohar. "Israel não decide quem entra na lista, não estamos impedindo ninguém de sair", disse. "O Hamas está impondo diversas condições para liberar a saída dos palestinos com dupla nacionalidade e isso está prejudicando a saída."

Na mesma linha, a embaixada de Israel no Brasil, em sua posição oficial, aponta o dedo para o Hamas e afirma que tem feito "tudo o que está ao seu alcance para que todos os estrangeiros deixem a Faixa de Gaza o mais rápido possível". De acordo com a representação diplomática israelense em Brasília, qualquer informação diferente disso "está errada ou é fruto de desinformação".

A ideia de que a posição do Itamaraty teria atrasado a retirada de brasileiros se espalhou pelas redes sociais nos últimos dias, alimentada pela esquerda e pela direita. Isso porque, no momento em que Israel declarou guerra ao Hamas, o Brasil ocupava a presidência temporária do Conselho de Segurança da ONU e insistiu para aprovar a resolução que previa pausas humanitárias no conflito. O texto foi vetado pelos EUA porque, segundo a diplomacia americana, não mencionava o direito de defesa israelense.

"Fico lembrando que 1.5 mil crianças já morreram na Faixa de Gaza, 1,5 mil crianças que não pediram para o Hamas fazer o ato de loucura que fez, de terrorismo, atacando Israel. Mas também não pediram para que Israel reagisse de forma insana e matasse eles", declarou o presidente, no mês passado.

O embaixador do Brasil em Ramallah, Alessandro Candeas, não respondeu ao pedido de entrevista para esta reportagem. Mais cedo, ele confirmou ao Estadão que a passagem de Rafah foi reaberta e os brasileiros ainda esperam por autorização para cruzar a fronteira. (COLABOROU DANIEL GATENO)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Egito suspendeu ontem as saídas de estrangeiros e palestinos feridos da Faixa de Gaza. A decisão foi tomada após Israel bombardear um comboio de ambulâncias no sábado, matando 15 e deixando 60 feridos. O Exército israelense admitiu o ataque, mas garantiu que os veículos eram utilizados por terroristas do Hamas.

Com isso, ontem não houve lista de estrangeiros autorizados a deixar Gaza e o Brasil ainda aguarda a repatriação de 34 pessoas presas no enclave - 24 são brasileiros, 7 são palestinos em processo de imigração e 3 são parentes.

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Desde que o Egito reabriu a fronteira, no dia 1.º, 599 estrangeiros foram autorizados a sair, a maioria americanos e nenhum brasileiro. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, acredita que o grupo possa sair a partir de quarta-feira, mas já admite atraso no cronograma.

Ontem, aviões israelenses atacaram o campo de refugiados de Maghazi, no centro da Faixa de Gaza. Autoridades locais disseram que 47 pessoas morreram. O novo bombardeio ocorreu diante do apelo de alguns países, inclusive dos EUA, para uma pausa humanitária no território.

Reféns

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, no entanto, voltou a rejeitar ontem qualquer cessar-fogo sem que o Hamas liberte os cerca de 240 reféns que estão no cativeiro em Gaza.

O Ministério da Saúde do território palestino informou ontem que o número de mortos nos ataques israelenses ultrapassou 9,7 mil, dos quais 4 mil seriam crianças.

Além da pressão externa, Netanyahu começa a sentir também o peso da insatisfação de parte da sociedade israelense. Nos últimos dias, manifestantes se juntaram a um protestos diante da casa do premiê, em Jerusalém, pedindo sua renúncia.

Sob pressão, Netanyahu pediu uma investigação para determinar se os protestos pró-democracia influenciaram os ataques do Hamas, no dia 7 de outubro. Durante as manifestações contra a reforma do Judiciária, proposta pelo premiê, muitos reservistas e pilotos anunciaram que não serviriam mais o Exército.

Divisão interna

As declarações de Netanyahu deixaram irritado o general reformado Benny Gantz, rival do premiê que aceitou integrar um governo de união após os ataques. Ontem, ele disse que a mobilização da sociedade israelense foi total. "Fugir à responsabilidade e caluniar em tempos de guerra é um insulto ao Estado. O primeiro-ministro deveria se retratar de forma clara e inequívoca", disse Gantz, na primeira divergência pública entre os dois após a formação da aliança.

Diplomacia

O New York Times informou ontem, citando seis diplomatas de alto escalão de vários países, que Israel vem tentando discretamente obter apoio internacional para a transferir centenas de milhares de civis de Gaza para o Egito. Segundo o governo israelense, seria uma ato "humanitário" para poupar os palestinos da guerra.

A ideia tem sido rejeitada pela maioria dos governos - incluindo os EUA - em razão do risco de o deslocamento em massa se tornar permanente. Diplomatas temem que o fluxo de refugiados possa desestabilizar o Egito.

Além disso, líderes palestinos acusam Israel de usar a guerra contra o Hamas para expulsar definitivamente 2 milhões de civis de Gaza, assim como os israelenses fizeram com 700 mil palestinos durante a criação de Israel, em 1948. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O principal provedor da Faixa de Gaza anunciou que a região voltou a ficar sem internet neste domingo, 5, e culpou Israel pela interrupção do serviço. O apagão das telecomunicações foi confirmado pelo órgão de vigilância de rede Netblocks.

A provedora Paltel informou a "interrupção completa" dos serviços de comunicação e internet. "As ligações que haviam sido reconectadas foram cortadas de novo pelo lado israelense", afirma o comunicado. A informação foi confirmada também pela Netblocs.

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Nas redes sociais, a ONG relatou um "novo colapso na conectividade na Faixa de Gaza, com alto impacto para a Paltel, última grande operadora remanescente no território".

Ainda de acordo com a ONG, essa é a terceira vez que a Faixa de Gaza tem interrupção das telecomunicações desde o início da guerra, que está prestes a completar um mês. O bloqueio é seguido por uma intensificação dos bombardeios, informou o Washington Post, citando os relatos de dois jornalistas no enclave.

Gaza está sob bloquei de Tel-Aviv há quase um mês, quando terroristas do Hamas mataram 1.400 pessoas e levaram mais de 200 como reféns em um ataque sem precedentes à Israel. Do lado palestino, a ofensiva israelense deixou pelo menos 9.770 mortos, segundo o ministério da saúde local, que é controlado pelo Hamas. O número não pode ser verificado de forma independente.

Aliados de Israel, os Estados Unidos passaram a pedir por pausas humanitárias para distribuição de ajuda aos civis. Apesar da pressão internacional, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu rejeita qualquer "trégua" até que os cerca de 240 reféns sequestrados pelo Hamas sejam libertados. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Aviões de guerra israelenses realizaram um ataque no campo de refugiados de Maghazi, localizado no centro da Faixa de Gaza, neste domingo (5). Os ataques resultaram na morte de pelo menos 45 pessoas e deixaram dezenas de feridos, de acordo com informações fornecidas pelas autoridades de saúde locais.

Este ataque ocorreu em meio a uma ofensiva contínua por parte de Israel, para enfraquecer o controle do grupo terrorista Hamas sobre o território. Os números, divulgados pelo próprio Hamas, não podem ser verificados de forma independente.

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Mesmo com os apelos internacionais, inclusive dos Estados Unidos, para uma pausa humanitária visando levar ajuda aos civis afetados, Israel continuou sua ofensiva, alegando que o Hamas estava enfrentando toda a força de suas tropas. O Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, alertou que qualquer pessoa na Cidade de Gaza estava em risco.

Os ataques aéreos no campo de refugiados de Maghazi agravaram a crescente indignação internacional em relação à escalada de violência na região. Dezenas de milhares de pessoas, em cidades como Washington e Berlim, saíram às ruas no sábado, 4, para exigir um cessar-fogo imediato.

Até o momento, o Ministério da Saúde de Gaza relata que mais de 9.400 palestinos morreram no território durante quase um mês de conflitos, um número que tende a aumentar à medida que os ataques continuam. As autoridades locais continuam no resgate nos escombros em busca de mais vítimas.

Os militares israelenses alegam ter cercado a cidade de Gaza, o alvo inicial de sua ofensiva contra o Hamas. Israel afirma que seus ataques visam principalmente terroristas do Hamas, enquanto acusa o grupo de usar civis como escudos humanos.

Críticos do conflito, no entanto, argumentam que os ataques israelenses muitas vezes resultam em um alto número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças, e consideram a resposta desproporcional diante da situação humanitária crítica em Gaza.

Os militares de Israel atingiram a casa da família do líder exilado do Hamas, nos arredores da Cidade de Gaza, com um ataque aéreo neste sábado. Eles prosseguiram com as ofensivas no enclave sitiado onde uma crise humanitária está piorando rapidamente.

A casa da família do líder exilado do Hamas, Ismail Haniyeh, no campo de refugiados de Shati, no extremo norte da Cidade de Gaza, foi atingida na manhã de hoje por um ataque aéreo, de acordo com o escritório de mídia administrado pelo Hamas em Gaza. Não houve detalhes imediatos sobre danos ou vítimas.

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Um alto funcionário do Hamas, Ghazi Hamad, disse à Associated Press que a residência estava sendo usada pelos dois filhos de Haniyeh.

A casa está localizada num beco estreito do campo de refugiados, que se tornou um bairro movimentado da Cidade de Gaza ao longo das gerações. Haniyeh, ex-assessor do fundador do Hamas, Ahmed Yassin, morto num ataque aéreo israelense em 2004, está exilado desde 2019. Fonte: Associated Press

O chefe do grupo radical islâmico Hezbollah, Hassan Nasrallah, deve fazer nesta sexta-feira (3) o primeiro pronunciamento público desde o início da guerra entre Israel e os terroristas do Hamas. O grupo, que atua no Líbano com financiamento do Irã, tem trocado disparos com os israelenses na fronteira e representa a maior ameaça de ampliação do conflito, que está prestes a completar um mês.

Antes do discurso, o porta-voz do IDF (sigla em inglês para Forças de Defesa de Israel), Daniel Hagari, avisou que as suas tropas estão prontas para lutar em todas as frentes se preciso for. "Estamos preparados no norte e vamos continuar respondendo a todos os ataques hoje e nos próximos dias" alertou.

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"O Irã está inflamando seus aliados contra Israel e nós retaliaremos as ameaças. Estamos em alerta máximo no norte", destacou Hagari, em referência à fronteira que divide com o Líbano, onde Israel e Hezbollah têm trocado disparos.

O recado para os radicais islâmicos também veio dos Estados Unidos. Na véspera do pronunciamento, o porta-voz da segurança nacional, John Kirby, disse que a mensagem da Casa Branca para Hassan Nasrallah é clara: "se vocês estão pensando em ampliar, escalar e aprofundar o conflito, vocês não devem fazer isso. Temos interesses significativos de segurança nacional em jogo. Nós já provamos no passado que vamos protegê-los e defendê-los".

Apesar de expressar preocupação com os ataques ao norte de Israel, no entanto, o americano disse não ver indícios de que o Hezbollah vá entrar com força total na guerra. "Vamos ver o que ele tem a dizer", concluiu John Kirby.

Essa força total é estimada entre 50 mil e 100 mil combatentes, além de um vasto arsenal com 200 mil armas, incluindo mísseis de alta precisão, aponta o Instituto de Estudos para Segurança Nacional, "think tank" com sede em Tel-Aviv. "Isso tudo exige que estejamos em alerta contínuo para as intenções do Hezbollah", destacou o analista associado ao instituto Yehoshua Kalisky, em artigo publicado no mês passado, depois do ataque terrorista do Hamas que matou mais de 1.400 pessoas em Israel.

Um conflito com o Hezbollah não seria inédito. Em 2006, as tropas de Israel invadiram o sul do Líbano, depois que os radicais islâmicos lançaram foguetes na fronteira e sequestraram dois soldados israelenses. O conflito se arrastou por 34 dias e matou quase 1.200 pessoas, apontou uma investigação conduzida pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU.

O enfrentamento daquele ano ajudou a impulsionar o Hezbollah, que também atua politicamente no Líbano e é considerado um ator influente na região. Hassan Nasrallah é a principal liderança do chamado "Eixo da Resistência", uma aliança informal de grupos apoiados pelo Irã, que inclui também o Hamas e os rebeldes Houthi, do Iêmen.

O drama dos brasileiros retidos na Faixa de Gaza continua. Pelo terceiro dia, eles ficaram fora da lista de estrangeiros autorizados a deixar o enclave nesta sexta-feira (3), pela passagem de Rafah, que leva ao Egito. O grupo é formado por 34 pessoas, entre brasileiros e familiares próximos que esperam pelo resgate.

Assim como aconteceu no dia anterior, os americanos são maioria na lista, com 367 pessoas liberadas para passar. Há também cidadãos do México, Reino Unido, Alemanha, Itália e Indonésia, além de outra lista separada com os franceses. Ao todo, mais de 600 estrangeiros receberam o sinal verde para a travessia e foram convocados a comparecer ao posto da fronteira com o passaporte em mãos.

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Na quarta-feira (1º), a passagem de Rafah foi aberta pela primeira vez desde o início da guerra. O Egito promete que todos os 7 mil cidadãos de outros países que pediram para sair de Gaza serão liberados, mas de forma controlada, um grupo por dia. Nesse ritmo, pode levar mais uma semana até que todos atravessem a fronteira.

O Itamaraty tem dito que negocia com as autoridades locais até que todos os brasileiros sejam repatriados e que mantém um avião no Cairo a postos para fazer o resgate, assim que tiver o sinal verde. Nesta quinta, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, falou por telefone com o chanceler do Egito, Sameh Shoukry, que prometeu dar prioridade ao grupo do Brasil. Apesar do esforço diplomático, no entanto, a autorização ainda não saiu.

Os brasileiros estão abrigados no sul da Faixa de Gaza, perto da fronteira. Hasan Rabee está entre eles e relatou nas redes sociais nesta sexta-feira que comida e água ficam cada dia mais escassos na Faixa de Gaza. Na publicação, ele diz ainda que não sabe quando poderá deixar o enclave.

A guerra foi desencadeada pelo ataque terrorista do Hamas, que matou mais de 1.400 pessoas na invasão sem precedentes ao território israelense. Do lado palestino, a ofensiva israelense na Faixa de Gaza já deixou mais de 9 mil mortos, segundo o Ministério da Saúde local, que é controlado pelo Hamas. O número não pode ser verificado de maneira independente.

Israel afirma ter cercado a cidade de Gaza, a principal do enclave, enquanto o primeiro ministro Binyamin Netanyahu afirma que sua campanha militar "está no auge". Diante da escalada do conflito, os Estados Unidos, um dos principais aliados de Tel-Aviv, pressionam por pausas humanitárias para minimizar o impacto da guerra sobre os civis palestinos.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) publicou, nesta quinta-feira (2), uma imagem em que compara o povo palestino a ratos sendo caçados por uma águia israelense. As asas da ave carregam as cores da bandeira dos Estados Unidos, num cenário comparado à Faixa de Gaza completamente bombardeada.

A postagem de ataque aos palestinos foi acompanhada de um versículo bíblico, o texto de Isaías 40:11, que diz: "Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão, caminharão, e não se fatigarão".

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A publicação foi repudiada nas redes sociais. A página "Palestina Hoy" no X (antigo Twitter) escreveu que o conteúdo compartilhado pela deputada é inaceitável. A guerra entre Israel e o Hamas atingiu a marca de 10 mil pessoas mortas em menos de um mês, de acordo com levantamentos da rede de notícias Al Jazeera.

Mais de 9 mil pessoas morreram em Gaza desde o início da guerra, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. O número é contestado por Israel. Em virtude do pequeno acesso da imprensa internacional à Faixa de Gaza, não é possível verificar esses números de maneira independente. Do lado de Israel, são 1,4 mil mortos e 242 reféns.

Para o professor de sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Michel Gherman, a publicação de Zambelli reflete um comportamento da extrema direita de desumanização do povo palestino.

"Você tem a águia e o rato na perspectiva de uma guerra eterna, onde o rato é o árabe e deve ser caçado e exterminado. É uma perspectiva de extermínio típica da extrema-direita", avaliou o professor, que também é pesquisador no Centro de Estudos do Antissemitismo da Universidade de Jerusalém.

Como mostrou o Estadão, o ataque terrorista do Hamas contra Israel em 7 de outubro e a resposta israelense com ataques aéreos e por terra, e a invasão da Faixa de Gaza, levou a uma alta de casos de antissemitismo e islamofobia no Brasil e no exterior. Analistas consultados pela reportagem atribuem essa alta a um preconceito enraizado contra judeus e muçulmanos em diversas sociedades.

O Exército israelita informou na manhã desta terça-feira (31) que, nas últimas horas, as suas tropas atacaram cerca de 300 alvos na Faixa de Gaza, incluindo complexos militares subterrâneos do grupo terrorista Hamas, que controla o enclave.

"No último dia, as forças de combate combinadas das Forças de Defesa de Israel atacaram aproximadamente 300 alvos, incluindo mísseis antitanque ocultos e posições de disparo de foguetes, bem como complexos militares dentro de túneis subterrâneos pertencentes à organização terrorista Hamas", disseram os militares em um comunicado.

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O texto também especificava que "durante as operações terrestres das forças, os soldados tiveram vários confrontos com células terroristas que dispararam contra eles mísseis antitanque e metralhadoras". Diante disso, as tropas "mataram os terroristas e ordenaram que a Força Aérea atacasse alvos e infraestruturas terroristas em tempo real".

Pouco depois, o Exército anunciou que os seus caças bombardearam o centro de comando do Batalhão Beit Lahia, no norte de Gaza, e mataram Nasim Abu Ajina, um dos comandantes do ataque do Hamas contra o território israelita no passado dia 7 de setembro.

Abu Ajina, acrescentou um comunicado militar, também comandou o aparelho aéreo do grupo islâmico, incluindo a fabricação de drones.

Desde a expansão das suas operações terrestres na Faixa, o Exército israelita avançou em direção à Cidade de Gaza, chegando nesta segunda-feira (30) à periferia da cidade.

Condições catastróficas em Gaza

O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, de Israel, rejeitou categoricamente qualquer possibilidade de cessar-fogo em Gaza numa conferência de imprensa na noite de segunda-feira, 30, enquanto as tropas israelitas avançavam mais profundamente no território e pareciam avançar sobre a densamente povoada Cidade de Gaza a partir de três direções.

Com Israel continuando a atacar o enclave com ataques aéreos, dois altos funcionários das Nações Unidas para assuntos humanitários falaram com urgência perante o Conselho de Segurança, apelando à suspensão dos combates e descrevendo uma situação catastrófica para os dois milhões de civis de Gaza.

"A escala do horror que as pessoas estão vivenciando em Gaza é realmente difícil de transmitir", disse Martin Griffiths, o principal funcionário da ONU para assuntos humanitários e de ajuda humanitária, em um comunicado lido em seu nome na segunda-feira. "As pessoas estão cada vez mais desesperadas, à medida que procuram comida, água e abrigo no meio da implacável campanha de bombardeamentos que está a destruir famílias inteiras e bairros inteiros."

Apesar das crescentes críticas internacionais aos ataques aéreos de Israel, Netanyahu disse que os apelos a um cessar-fogo equivaliam a "pedidos a que Israel se renda ao Hamas, que se renda ao terrorismo".

Israel já identificou 240 reféns que estão sendo mantidos em Gaza, disse o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, em uma coletiva nesta terça-feira. O número aumentou "porque a identificação de pessoas que não são cidadãos israelenses é complicada", acrescentou.

No início da terça-feira, o porta-voz da IDF, Jonathan Conricus, disse que o resgate do soldado Ori Megidish forneceu informações que a IDF poderá usar em operações futuras.

Em resposta às críticas à sua liderança e à sua posição em relação aos reféns israelenses tomados pelos militantes nos ataques de 7 de outubro, Netanyahu disse que lutar contra o Hamas em Gaza é a melhor maneira de libertar os reféns.

Os militares de Israel ainda fornecem poucas informações sobre a invasão terrestre, que começou na noite de sexta-feira, 27, sob um manto de sigilo. Fotos, imagens de satélite e vídeos verificados pelo The New York Times mostraram formações de tropas e veículos blindados aproximando-se da Cidade de Gaza e de centros populacionais próximos, vindos do norte, leste e sul.

Israel renovou os avisos para que os civis se deslocassem para a parte sul de Gaza. Ao mesmo tempo, as suas forças pareciam ter alcançado a estrada Salah Al-Din, uma das principais artérias norte-sul do território. Um vídeo amplamente divulgado mostrou um veículo blindado atirando contra um carro, o que, segundo os palestinos, poderia desencorajar as pessoas de tentarem a viagem. (Com agências internacionais).

O maior comboio de ajuda desde o início da guerra entre Israel e o Hamas chegou à Gaza neste domingo (29) no total de 33 caminhões de ajuda que entraram pela única passagem de fronteira do Egito, segundo um porta-voz na passagem de Rafah, Wael Abo Omar. No entanto, os trabalhadores humanitários afirmaram que a assistência ainda está desesperadamente aquém das necessidades, após milhares de pessoas invadirem armazéns para pegar farinha e produtos básicos de higiene.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, informou que o número de mortos entre os palestinos ultrapassou 8 mil, sendo a maioria mulheres e crianças, à medida que tanques e infantaria israelenses perseguem o que o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu chamou de "segunda fase" na guerra desencadeada pela brutal incursão do Hamas em 7 de outubro. O número de vítimas é sem precedentes em décadas de violência israelense-palestina. Mais de 1.400 pessoas morreram no lado israelense, principalmente civis mortos durante o ataque inicial.

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A comunicação foi restaurada para a maioria dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza no domingo, depois que um bombardeio israelense descrito pelos moradores como o mais intenso da guerra derrubou os serviços de telefone e internet na sexta-feira à noite. Israel permitiu apenas uma pequena quantidade de ajuda entrar.

Após visitar a passagem de Rafah, o procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional descreveu o sofrimento dos civis como "profundo" e disse que não conseguiu entrar em Gaza. "Estes são os dias mais trágicos", disse Karim Khan, cujo tribunal investiga as ações das autoridades israelenses e palestinas desde 2014. Khan pediu a Israel que respeite o direito internacional, mas não foi tão longe a ponto de acusá-lo de crimes de guerra. Ele classificou o ataque do Hamas em 7 de outubro como uma séria violação do direito humanitário internacional. "O ônus recai sobre aqueles que apontam a arma, míssil ou foguete em questão", afirmou ele.

As Forças Armadas de Israel disseram no domingo que atingiram mais de 450 alvos nas últimas 24 horas, incluindo centros de comando do Hamas e posições de lançamento de mísseis antitanque. Enormes colunas de fumaça subiram sobre a Cidade de Gaza. O porta-voz militar, contra-almirante Daniel Hagari, disse que dezenas de terroristas foram mortos.

Hagari também culpou o líder do Hamas em Gaza, Yehiya Sinwar, por trazer destruição ao seu povo com o ataque de 7 de outubro. "Vamos persegui-lo até pegá-lo", disse ele. O braço militar do Hamas disse que entrou em confronto com tropas israelenses que entraram no noroeste da Faixa de Gaza com armas leves e mísseis antitanque. Os terroristas continuaram disparando foguetes contra Israel.

Repercussão internacional

As invasões aos armazéns de ajuda humanitária foram "um sinal preocupante de que a ordem civil está começando a se desintegrar depois de três semanas de guerra e um cerco apertado em Gaza", disse Thomas White, diretor de Gaza da agência da ONU para refugiados palestinos, conhecida como UNRWA. "As pessoas estão assustadas, frustradas e desesperadas."

A porta-voz da UNRWA, Juliette Touma, disse que a multidão invadiu quatro instalações no sábado. Ela disse que os armazéns não continham nenhum combustível, que tem sido criticamente escasso desde que Israel cortou todos os embarques. Israel diz que o Hamas o usaria para fins militares. Um armazém continha 80 toneladas de alimentos, disse o Programa Mundial de Alimentos da ONU. Ela enfatizou que pelo menos 40 de seus caminhões precisam atravessar Gaza diariamente apenas para atender às crescentes necessidades de alimentos.

O presidente Joe Biden, em uma ligação com Netanyahu no domingo, "ressaltou a necessidade de aumentar imediatamente e significativamente o fluxo de assistência humanitária para atender às necessidades dos civis em Gaza". As autoridades israelenses disseram que em breve permitiriam a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza, mas o chefe dos assuntos civis do COGAT, o órgão de defesa israelense responsável pelos assuntos civis palestinos, não forneceu detalhes sobre quanta ajuda estaria disponível.

Ataques próximos a hospitais

Elad Goren também disse que Israel abriu duas linhas de água no sul de Gaza na semana passada. A AP não pôde verificar de forma independente se alguma das linhas estava funcionando. Entretanto, os hospitais lotados em Gaza ficaram sob ameaça crescente. Moradores que vivem perto do Hospital Shifa, o maior do território, disseram que os ataques aéreos israelenses durante a noite atingiram perto do complexo onde dezenas de milhares de civis estão abrigados. Israel acusa o Hamas de ter um posto de comando secreto sob o hospital, mas não forneceu muitas provas. O Hamas nega as acusações. "Chegar ao hospital tornou-se cada vez mais difícil", disse Mahmoud al-Sawah, que está abrigado no hospital, por telefone. "Parece que eles querem isolar a área."

O serviço de resgate do Crescente Vermelho Palestino disse que ataques aéreos israelenses nas proximidades danificaram partes de outro hospital da Cidade de Gaza depois de receber duas ligações de autoridades israelenses no domingo ordenando que fosse esvaziado. Algumas janelas foram quebradas e os quartos ficaram cobertos de escombros. O serviço de resgate disse que os ataques aéreos atingiram cerca de 50 metros do Hospital Al-Quds, onde 14 mil pessoas estão abrigadas. Israel ordenou que o hospital fosse esvaziado há mais de uma semana, mas esse recusou, dizendo que isso significaria a morte de pacientes em ventiladores.

"Sob nenhuma circunstância, hospitais devem ser bombardeados", disse o diretor-geral do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Robert Mardini, ao programa "Face the Nation" da CBS.

Israel afirma que a maioria dos residentes de Gaza obedeceu às ordens de fugir para a parte sul do território sitiado, mas centenas de milhares permanecem no norte, em parte porque Israel também bombardeou alvos em zonas consideradas seguras. Um ataque aéreo israelense atingiu uma casa de dois andares em Khan Younis no domingo, matando pelo menos 13 pessoas, incluindo 10 de uma mesma família. Os corpos foram levados para o Hospital Nasser, segundo um jornalista da AP no local.

Libertação de reféns

A escalada militar aumentou a pressão doméstica sobre o governo de Israel para garantir a libertação de cerca de 230 reféns feitos por combatentes do Hamas durante o ataque de 7 de outubro. O Hamas diz estar pronto para libertar todos os reféns se Israel libertar todos os milhares de palestinos detidos em suas prisões.

Familiares desesperados se reuniram com Netanyahu no sábado e manifestaram apoio a uma troca. Israel rejeitou a oferta do Hamas. "Se o Hamas não sentir pressão militar, nada avançará", disse o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, às famílias dos reféns no domingo.

Operações terrestres

As Forças Armadas israelenses pararam antes de chamar suas operações terrestres gradualmente em expansão dentro de Gaza de uma invasão em toda a linha. É esperado um aumento acentuado nas baixas de ambos os lados à medida que as forças israelenses e os terroristas combatem em áreas residenciais densamente povoadas.

Israel afirma visar combatentes e infraestrutura do Hamas e que os terroristas operam entre civis, colocando-os em perigo. Mais de 1,4 milhão de pessoas em toda Gaza fugiram de suas casas. A única usina de energia do território fechou pouco depois do início da guerra. Hospitais estão lutando para manter geradores de emergência em funcionamento para operar incubadoras e outros equipamentos que salvam vidas, e a UNRWA está tentando manter bombas de água e padarias em funcionamento. Com a escassez de água, alguns gazenses tomaram banho no mar.

Cerca de 20 mil pessoas estavam se abrigando no Hospital Nasser, disse o diretor de emergência Dr. Mohammed Qandeel. "Eu trouxe meus filhos para dormir aqui", disse um residente deslocado que deu apenas o nome de Umm Ahmad. "Eu costumava ter medo de meus filhos brincando na areia. Agora suas mãos estão sujas de sangue no chão."

Envolvimento do Hezbollah

O conflito aumentou as preocupações de que a violência possa se espalhar pela região. Israel e o grupo libanês Hezbollah têm se envolvido em combates diários ao longo da fronteira norte de Israel. Hagari disse que Israel atingiu três células militantes que dispararam do Líbano para Israel e matou militantes que estavam tentando entrar. O Hamas disse que suas forças no Líbano dispararam 16 mísseis contra a cidade israelense de Nahariya. O Hezbollah, aliado do Hamas, disse que também disparou mísseis em vários locais. (Com AP)

O embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, disse neste domingo (29) que não há mais pedidos de repatriação de brasileiros que vivem no país. Mesmo assim, Meyer relatou que a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, é de garantir o retorno de todos os brasileiros que o desejarem.

"Nós não tivemos mais pedidos de brasileiros", disse Meyer em entrevista à GloboNews. "A instrução que nós tivemos do presidente Lula e do ministro Mauro Vieira é que haverá voos para todos os brasileiros que quiserem retornar. Se houver um número suficiente de brasileiros querendo retornar, haverá voos, mas, no momento, não há esse número."

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Segundo Meyer, a embaixada chegou a receber pedidos de 3 mil brasileiros quando começou a operação de repatriação, e garantiu o retorno de 1.413 cidadãos. Agora, ele lembrou que os voos comerciais entre Israel e o Brasil já foram retomados e estão disponíveis para quem desejar voltar ao País.

O embaixador disse ainda que não há brasileiros na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel e mencionou que se aguarda uma "possível repatriação" de brasileiros que podem sair da Cisjordânia pela Jordânia.

Na entrevista, Meyer relatou também que a vida tem voltado à normalidade em Tel Aviv, embora ainda seja frequente o toque de sirenes quando a cidade é alvo de mísseis. Meyer relatou ainda que o clima no país é de "grande união", embora haja críticas ao governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.

"Existe uma grande união em torno do Estado de Israel, a cidade está cheia de bandeiras, os carros com bandeiras de Israel. Existe uma união muito grande, mas existe uma grande crítica ao governo por parte da população", disse Meyer.

Milhares de pessoas invadiram armazéns de ajuda humanitária em Gaza para levar farinha e produtos de higiene básica, informou hoje uma agência da ONU. A busca é um sinal de desespero crescente e do colapso da ordem pública após três semanas de guerra entre Israel e os governantes militantes do Hamas em Gaza.

Tanques e infantaria entraram na região no fim de semana, quando o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou um "segundo estágio" na guerra. A ofensiva terrestre crescente ocorreu enquanto Israel bombardeava o território por ar, terra e mar.

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O bombardeio - descrito pelos residentes de Gaza como o mais intenso da guerra - interrompeu a maior parte das comunicações no território na sexta-feira, isolando do mundo os 2,3 milhões de habitantes do enclave sitiado. As comunicações foram restabelecidas em grande parte de Gaza no início deste domingo.

A agência da ONU para refugiados palestinos, conhecida como UNRWA, fornece serviços básicos a centenas de milhares de pessoas em Gaza. Suas escolas em todo o território foram transformadas em abrigos lotados que abrigam palestinos deslocados pelo conflito. Israel permitiu apenas a entrada de uma pequena quantidade de ajuda do Egito, parte da qual estava armazenada em um dos armazéns arrombados, informou a UNRWA.

Thomas White, diretor da agência em Gaza, disse que os arrombamentos são "um sinal preocupante de que a ordem civil está começando a se romper após três semanas de guerra e um cerco rígido em Gaza. As pessoas estão assustadas, frustradas e desesperadas."

Juliette Touma, porta-voz da agência, afirmou que a multidão invadiu quatro instalações no sábado. Ela contou que os armazéns não continham combustível, que tem sido extremamente escasso desde que Israel cortou todos os carregamentos após o início da guerra.

Enquanto isso, os moradores que vivem perto do Hospital Shifa, o maior de Gaza, disseram que os ataques aéreos israelenses durante a noite de domingo atingiram o complexo hospitalar e bloquearam muitas estradas que levam a ele. Israel acusa o Hamas de ter um posto de comando secreto sob o hospital, sem fornecer muitas evidências.

Dezenas de milhares de civis estão se abrigando no Shifa, que também está lotado de pacientes feridos nos ataques.

"Chegar ao hospital tem se tornado cada vez mais difícil", disse Mahmoud al-Sawah, que está abrigado no hospital. "Parece que eles querem isolar a área". Outro morador da Cidade de Gaza, Abdallah Sayed, disse que o bombardeio israelense nos últimos dois dias foi "o mais violento e intenso" desde o início da guerra.

Israel diz que a maioria dos residentes atendeu às suas ordens de fugir para o sul, mas centenas de milhares permanecem no norte, em parte porque Israel também bombardeou alvos nas chamadas zonas seguras.

O exército israelense não fez comentários imediatos quando questionado sobre relatos de ataques perto de Shifa. O exército disse ter atingido mais de 450 alvos militantes nas últimas 24 horas, incluindo centros de comando do Hamas, postos de observação e posições de lançamento de mísseis antitanque.

A escalada aumentou a pressão interna sobre o governo de Israel para garantir a libertação de cerca de 230 reféns capturados em7 de outubro. Familiares desesperados se reuniram com Netanyahu no sábado e expressaram apoio a uma troca por prisioneiros palestinos mantidos em Israel.

O principal líder do Hamas em Gaza, Yehia Sinwar, disse que os militantes palestinos "estão prontos imediatamente" para libertar todos os reféns se Israel libertar todos os milhares de palestinos mantidos em suas prisões. O Contra-Almirante Daniel Hagari, porta-voz militar israelense, descartou a oferta como "terror psicológico".

O exército israelense disse que está planejando aumentar a assistência humanitária a Gaza nesta semana e preparando uma zona, na região sul de Khan Younis, que poderia acomodar centenas de milhares de palestinos deslocados por semanas de bombardeios e operações terrestres recentes.

"Coordenamos essa zona com a comunidade internacional, especialmente com as Nações Unidas, e dissemos que evitaremos agir nessa zona humanitária enquanto os residentes de Gaza forem para essa zona", disse o coronel Elad Goren, chefe do Cogat, o órgão militar israelense responsável pela ligação com os palestinos e pela passagem da fronteira para a faixa.

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Desde que o primeiro comboio de ajuda internacional foi autorizado a entrar em Gaza, há mais de uma semana, pouco mais de 80 caminhões entraram - uma pequena fração do que os grupos humanitários dizem ser necessário para uma população de mais de 2 milhões de pessoas.

Muitos residentes não confiam nas promessas do exército israelense de uma chamada zona segura, após o órgão militar ter dito às pessoas para se mudarem do norte de Gaza para o sul para sua segurança e, posteriormente, ter bombardeado as áreas do sul diariamente.

A ONU se opõe ao movimento forçado de populações civis, e grupos de ajuda humanitária levantaram preocupações sobre o fato de a ajuda humanitária ser usada para incentivar o deslocamento em massa.

Fonte: Dow Jones

As Forças de Defesa de Israel têm procurado assegurar ao público que podem atingir simultaneamente os dois objetivos da sua guerra contra o grupo terrorista Hamas: destruir o grupo terrorista e resgatar cerca de 230 reféns que foram sequestrados no dia 7 de outubro e estão no enclave palestino.

Mas à medida que o exército intensifica os ataques aéreos e as incursões terrestres na Faixa de Gaza, em preparação para uma invasão mais ampla, as famílias dos reféns estão cada vez mais preocupadas com a possibilidade de esses objetivos colidirem - com consequências devastadoras.

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Aniquilar o grupo terrorista Hamas deve exigir uma operação terrestre de intensidade sem precedentes, com risco de ferir os reféns israelenses em Gaza. O governo de Israel não descreveu como seria uma missão de resgate. Em um discurso televisionado no final do sábado (28) o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu reconheceu a agonia das famílias dos reféns e prometeu que a sua libertação era uma parte "integrante" do esforço de guerra de Israel, junto com o seu objetivo de destruir o grupo terrorista Hamas.

Os líderes políticos do grupo terrorista Hamas estão em negociações com Egito e Catar para garantir a liberdade de pelo menos alguns civis israelenses. Quatro reféns foram libertados até agora.

A ansiedade em relação aos reféns do Hamas atingiu um pico no sábado, quando Israel intensificou a sua campanha aérea e enviou tropas para Gaza com grande poder de fogo. Multidões protestaram em frente ao Ministério da Defesa de Israel, em Tel Aviv, exigindo que Netanyahu e outras autoridades abordassem o destino dos seus entes queridos.

Funcionou. Netanyahu se reuniu com as famílias no sábado e prometeu "exercitar e esgotar todas as possibilidades para trazê-las para casa". O ministro da Defesa, Yoav Gallant, prometeu encontrá-los neste domingo, 29, para o que seu gabinete descreveu como a primeira reunião oficial com eles.

Em um comunicado, Gallant afirmou que o curso da guerra pode ajudar na libertação de reféns. "Há uma chance maior de que o inimigo concorde com soluções para devolver os entes queridos quando conseguirmos avançar em Gaza", disse ele.

Protestos

"Não esperamos mais", disse o manifestante Malki Shem-Tov, cujo filho de 21 anos, Omer, está em cativeiro em Gaza. "Queremos todos eles de volta conosco hoje. Queremos que vocês, o Gabinete, o governo, imaginem que estes são seus filhos."

A situação dos reféns chamou a atenção do país nas últimas três semanas. A mídia israelense está repleta de histórias sobre os reféns e de entrevistas com suas famílias.

Mas todas as opções militares acarretam riscos enormes. Uma operação terrestre mais intensa pode levar a uma guerra longa no enclave palestino. Com os reféns supostamente escondidos na extensa rede de túneis do Hamas, os combates intensos levantam a perspectiva de um caos absoluto tanto para os soldados como para os reféns.

Equilibrar os interesses das famílias com o objetivo militar de destruir o Hamas apresentou um dilema para Netanyahu, que já está sob ataque pelo fracasso do seu governo em evitar o pior ataque terrorista da história de Israel.

Amos Yadlin, general reformado e antigo chefe da inteligência militar de Israel, aponta que o desafio do governo era satisfazer a imensa pressão pública tanto para devolver os reféns em segurança como para exterminar o grupo terrorista Hamas. Ele insistiu que os dois objetivos poderiam ser reconciliados se o governo encontrasse a "estratégia certa".

"Ambos devem ser tratados simultaneamente", disse Yadlin, sem dar mais detalhes.

Diplomacia

Muitos especialistas acreditam que a melhor estratégia para salvar reféns continua a ser a diplomacia. O grupo terrorista Hamas ofereceu no sábado a Israel uma troca: a libertação de todos os reféns em Gaza por todos os prisioneiros palestinos detidos por Israel.

Israel tem uma longa história de acordo com trocas desiguais de prisioneiros. Em 2011, libertou mais de 1.000 prisioneiros em troca de Gilad Schalit, um soldado que foi sequestrado e arrastado através da fronteira para Gaza. Muitos desses prisioneiros, incluindo o principal líder do Hamas em Gaza, Yehia Sinwar, foram condenados pelos assassinatos de israelenses.

"Se o inimigo quiser acabar com este caso imediatamente, estamos prontos para isso", disse Abu Obeida, porta-voz do braço armado do Hamas.

O porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, foi evasivo e acusou o grupo terrorista de explorar as emoções dos familiares dos reféns.

Mas as famílias que viram quatro mulheres serem libertadas na semana passada, após uma complexa diplomacia de reféns, afirmaram que não estão convencidas de que o governo de Israel está concentrado em libertar os reféns.

"Eles sentem que foram deixados para trás e ninguém está realmente se importando com eles", disse Miki Haimovitz, um ex-deputado que falou em nome das famílias dos reféns no protesto de sábado. "Ninguém está explicando o que está acontecendo."

O Papa Francisco reiterou seu pedido de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, bem como a libertação dos reféns israelenses mantidos pelo grupo militante e a continuação da ajuda ao enclave em Gaza.

"Em Gaza, devem ser deixados espaços para garantir a ajuda humanitária e os reféns devem ser libertados imediatamente", disse o Papa Francisco no Vaticano. "Cessar fogo! Cessar fogo! Parem, irmãos e irmãs. A guerra é sempre uma derrota."

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Fonte: Dow Jones

Os serviços de internet e celular começaram a retornar em Gaza neste domingo (29) após uma grande interrupção, segundo moradores, uma operadora de telefonia móvel e um observador externo dos fluxos globais de dados. Gaza perdeu quase toda a conectividade na sexta-feira (27) e os civis ficaram isolados do mundo exterior. O apagão quase total dificultou os serviços de emergência, incluindo ambulâncias tentando alcançar os feridos, disseram grupos humanitários.

Quando o acesso à internet retornou, alguns residentes em Gaza postaram mensagens nas mídias sociais dizendo que estavam vivos. Outros compartilharam fotos e vídeos do que disseram ser vítimas do pesado bombardeio de Israel na sexta-feira.

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Alguns moradores relataram, no entanto, que a conectividade permaneceu irregular. Jawwal, uma operadora de rede em Gaza, disse hoje que o acesso fixo, móvel e à internet está sendo gradualmente restaurado no território. Alp Toker, diretor da Netblocks, uma organização independente que rastreia os fluxos de internet, reforçou que o serviço estava retornando aos níveis vistos antes das greves de sexta-feira, embora permanecesse abaixo dos níveis vistos antes de 7 de outubro, quando o conflito eclodiu.

Fonte: WSJ

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