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O homem de Neandertal sabia acender fogo por meio da fricção entre pedras, asseguram pesquisadores que analisaram várias ferramentas encontradas em sítios arqueológicos na França datadas de 50.000 anos atrás.

Já era um fato conhecido que este primo antigo do homem usava fogo. Mas não se sabia se eram apenas brasas naturais coletadas após incêndios causados ​​por raios ou erupções vulcânicas ou se, como o homem moderno, conhecia as técnicas para produzi-lo por conta própria.

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"Apresentamos a primeira prova direta material de uma produção regular e sistemática de fogo pelos neandertais", escrevem os cientistas em um estudo publicado nesta quinta-feira na Scientific Reports.

"Encontramos as pedras que foram usadas ​pelo homem de Neandertal acender fogo", explicou à AFP Marie Soressi, professora de pré-história na Universidade de Leiden (Holanda) e co-autora do estudo.

Os pesquisadores identificaram dezenas de sílex talhados nos dois lados (bifaces) com traços que parecem indicar que podem ter sido usados para friccionar minério ferroso, como pirita ou marcassita.

Uma das técnicas para acender fogo consiste em provocar atrito entre um sílex e pirita. Essa fricção produz faíscas muito energéticas. Se as deixarmos cair sobre grama ou folhas secas e assoprarmos um pouco, o fogo pega.

Marie Soressi, que participa de escavações pré-históricas na França, conhecia essas pedras bifaces "há muito tempo", mas não sabia explicar o motivo de alguns "traços intrigantes" sobre essas ferramentas do Paleolítico Médio.

Andrew Sorensen da universidade de Leiden, principal autor do estudo, analisou os traços nessas pedras bifaces que serviam sem dúvida para outras funções (corte de carne, etc.).

- "Debate vai continuar" -

A olho nu, vemos "traços de fricção em forma de C, que permitem deduzir o ângulo e direção com que os sílex atingiram a pirita", diz Andrew Sorensen à AFP.

No microscópio, os pesquisadores também descobriram estrias e um padrão de desgaste muito específico.

A equipe também realizou vários experimentos com réplicas das bifaces, submetendo-as a várias tarefas (por exemplo, esmagando o ocre para fazer pigmento).

Quando o sílex foi colocado em atrito com a pirita produziram os traços os mais semelhantes aos encontrados nas pedras neandertais.

O fato de encontrar dúzias de sílex bifaces com esses traços mostra que era "uma tecnologia predominante entre os neandertais nessa região há cerca de 50 mil anos", disse Sorensen.

Ele acrescentou que não ficaria surpreso que no futuro sejam descobertos bifaces mais antigos, tento também sido usados para acender fogo.

O pesquisador concorda, no entanto, que sua análise dos traços "continua sendo uma interpretação".

"Tenho certeza que o debate em torno da habilidade do Neandertal de produzir fogo continuará".

Para os neandertais, ser capaz de produzir seu fogo era algo crucial. Se dependessem do fogo natural, teriam que ser constantemente cuidadosos para alimentá-lo e carregá-lo com eles de acampamento para acampamento, certificando-se de que não se apagasse.

Por outro lado, se soubessem como produzir fogo, poderiam acendê-lo como quisessem, aponta Sorensen. "Isso deve permitir que eles economizem muito tempo e energia!"

Da madrugada de sábado à 0h deste domingo (24), foram registrados 41 focos de incêndios em áreas rurais de 38 municípios do Estado de São Paulo. Em todo o País, somente o Estado de Mato Grosso tinha mais queimadas em atividade - 159, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Este ano, em São Paulo, já foram registradas 735 queimadas, 48% a mais que as 498 anotadas em igual período do ano passado. A estiagem, que em 2018 começou antes da chegada do inverno, contribui para o aumento nas queimadas.

Desde a manhã deste domingo, o fogo consumia uma área de mato alto no km 28 da rodovia Castelo Branco, em Barueri. O incêndio, na margem da pista sentido interior, chegou a lançar fumaça sobre a rodovia. Durante a madrugada, um incêndio iniciado num terreno baldio atingiu um depósito de materiais recicláveis, no Jardim Oásis, em Itanhaém, litoral sul do Estado. As chamas foram controladas por bombeiros de Itanhaém, Santos e São Vicente. Em Conchal, um depósito de reciclagem também foi destruído pelo fogo de uma queimada, à margem da rodovia Wilson Finardi (SP-191).

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Em Martinópolis, no oeste paulista, um incêndio de grandes proporções atingiu um canavial e áreas de preservação permanente às margens da rodovia Homero Severo Lins (SP-284), no sábado. Equipes dos bombeiros e de brigadas de incêndio de cinco usinas da região se mobilizaram para controlar as chamas. Conforme a Comissão Municipal de Defesa Civil (Comdec), foram consumidos 120 hectares de cana e 24 de matas - uma área total equivalente a 180 campos de futebol. Foram encontrados animais silvestres, como tamanduás, quatis e tatus, mortos em meio às cinzas do incêndio.

Em Suzanápolis, também no sábado, o incêndio num canavial destruiu cerca de 80 hectares da lavoura. As chamas foram combatidas pelo Corpo de Bombeiros de Pereira Barreto e pela brigada de incêndio de uma usina. Três cidades do interior - Mairinque, Itaí e Jaú - registraram mais de uma queimada durante o dia. Foram duas em cada cidade.

Um total de 69 bombeiros foi necessário para combater dois incêndios de grandes proporções que ocorreram na cidade de São Paulo e na região metropolitana entre a noite desta terça-feira (6) e início da madrugada desta quarta-feira (7).

Sofreram incêndios um galpão abandonado e um prédio comercial abastecido com material de pintura. De acordo com o Corpo de Bombeiros, não houve vítimas civis nas duas ocorrências.

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O caso mais grave aconteceu por volta da 1h desta quarta na avenida do Cursino, em local próximo ao Jardim Botânico, na região sul da capital paulista. Uma loja de tintas pegou fogo e exigiu a presença de ao menos 45 bombeiros, auxiliados por 16 viaturas.

Segundo o Corpo de Bombeiros, as chamas foram controladas às 3h30 desta quarta-feira. O local está em rescaldo nesta manhã. Dois bombeiros ficaram feridos no combate às chamas, mas sem gravidade. "Foi uma situação um pouco mais grave, já que tem ambiente em funcionamento - da fábrica e da empresa", constatou a corporação.

Um pouco antes, por volta das 22h de terça, chamas foram vistas em um galpão abandonado na avenida Prestes Maia, na altura do número 173, em Diadema, na grande São Paulo.

Segundo o Corpo de Bombeiros essa ocorrência exigiu 24 homens e oito viaturas, mas não causou grandes danos e não deixou vítimas. Até a publicação desta matéria, as autoridades são sabiam o que teria provocado as chamas. Peritos irão examinar os locais.

Autoridades americanas disseram que os incêndios florestais no sul da Califórnia já consumiram mais de mil estruturas na última semana.

Seis incêndios em diferentes pontos da região destruíram vizinhanças e comunidades rurais do condado de Ventura, no norte de Los Angeles, até San Diego, na fronteira com o México.

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Uma pessoa morreu na quarta-feira, num acidente de carro, quando tentava fugir de um incêndio no condado de Ventura. Fonte: Associated Press.

O número de mortos pelos incêndios Portugal subiu a 37 e o país iniciou nesta terça-feira (17) um luto oficial de três dias pelas vítimas. Há um descontentamento crescente da população ante as autoridades, questionadas sobre sua atuação no episódio ocorrido apenas quatro meses após a morte de 64 pessoas em um incêndio florestal.

A chuva e a queda da temperatura ajudaram os bombeiros de Portugal e da Espanha a controlar a maior parte do fogo, que deixou 41 mortos nos dois países no fim de semana.

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Autoridades portuguesas disseram que a maior parte dos focos principais estava extinta, na manhã desta terça-feira. Havia 2.700 bombeiros em ação para impedir o surgimento de novos focos.

No noroeste da Espanha, onde morreram quatro pessoas, as autoridades da Galícia disseram que havia 27 incêndios florestais fora de controle.

Também é investigada a causa de centenas de focos depois do verão, o que as autoridades ibéricas atribuem às condições de clima não usuais e a alguns episódios de incêndio provocados por pessoas. As temperaturas na Península Ibérica superaram os 30º Celsius no fim de semana, que também teve fortes ventos trazidos pela passagem do furacão Ophelia no Atlântico.

A ministra espanhola de Agricultura, Isabel García Tejerina, afirmou à emissora TVE que as autoridades estão preparadas para apagar incêndios, mas não para os incendiários.

Em Portugal, os partidos de oposição criticam o governo por sua suposta falta de prevenção. O contingente de bombeiros da Agência de Defesa Civil só está completo na temporada de incêndios, entre 1º de julho e 30 de setembro. Em outubro, esse efetivo se reduz à metade. Os críticos dizem que é preciso ser mais flexível, diante das secas e da mudança climática.

O primeiro-ministro português, António Costa, rechaça as críticas. Ele convocou uma reunião especial de gabinete para o próximo sábado. Nas zonas mais afetadas, governos locais convocaram uma marcha silenciosa em Lisboa e em outras localidades, que deve coincidir com o horário da reunião de gabinete. Fonte: Associated Press.

Incêndios em Portugal deixaram pelo menos 27 mortos, dezenas de feridos e um número não confirmado de desaparecidos, na segunda tragédia do tipo em quatro meses no país, informaram autoridades nesta segunda-feira. Na vizinha Espanha, foram registradas ao menos três mortes também pelo fogo.

As mortes em Portugal ocorreram em zonas com vegetação densa do centro e do norte do país, em meio a condições climáticas "excepcionais", disse a porta-voz Patrícia Gaspar, da Agência de Defesa Civil. A situação era "crítica" por causa das temperaturas muito altas, afirmou ela. Mas há previsão de tempo mais fresco em breve, o que deve dar alguma ajuda aos bombeiros que combatem as chamas.

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Além dos mortos, 51 pessoas ficaram feridas, entre elas 15 em estado grave, segundo a porta-voz. A funcionária complementou que há um número não confirmado de desaparecidos.

Portugal tem sido atingido duramente por incêndios neste ano, entre eles um que deixou 64 mortos em junho. Uma investigação independente concluiu na semana passada que as autoridades fracassaram em retirar a população de áreas de risco a tempo. O incêndio destruiu uma área de 29 mil hectares.

Uma prolongada seca e temperaturas de mais de 30º Celsius em meados de outubro foram combustível para os atuais incêndios.

Ao longo da fronteira na Espanha, mais de 130 focos de incêndio foram registrados na região da Galícia, no noroeste do país. Autoridades espanholas disseram que três pessoas morreram, duas delas presas em um carro. Milhares de pessoas tiveram de deixar suas casas.

Ao menos 17 incêndios estavam próximos de áreas habitadas, muitos deles na província de Vigo. Escolas foram fechadas nesta segunda-feira na região e ao menos 20 aviões e 350 bombeiros combatiam as chamas. Uma leve chuva era prevista e ajudaria no trabalho contra o fogo.

O premiê da Espanha, Mariano Rajoy, viajou à Galícia, sua região natal, para visitar um centro de resposta à emergência. Fonte: Associated Press.

Subiu para 35 o número de mortos nos incêndios florestais no Estado norte-americano da Califórnia, segundo informações de autoridades do país. Durante a madrugada deste sábado, ventos contribuíram para que as chamas chegassem às colinas da divisa da cidade de Sonoma e também a uma porção da cidade de Santa Rosa. Cerca de 400 casas tiveram de ser evacuadas.

O fogo vem se espalhando pela região desde o começo da semana. Ontem, bombeiros organizaram uma barreira em Sonoma usando escavadeiras e outros equipamentos pesados, na tentativa de impedir o avanço do fogo para novas regiões. Mas os ventos durante a madrugada fizeram o fogo ultrapassar a barreira e chegar a outros bairros e cidades vizinhas.

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Até ontem, 5.700 casas e prédios tinham sido destruídos e cerca de 90 mil pessoas se deslocado de suas residências. Neste sábado, um número ainda não computado de estruturas foi destruído em uma área rural do Estado, de acordo com um porta-voz do Departamento de Florestas e Proteção contra Incêndios da Califórnia. Fonte: Associated Press.

Alejandro Rangel acaba de recuperar a liberdade e seu plano é manter o ofício que tinha na prisão: bombeiro florestal.

Ele integrou, por mais de dois anos, uma das 200 equipes de bombeiros-detentos que no verão e no outono do Hemisfério Norte passam mais tempo combatendo as chamas nas florestas da Califórnia do que atrás das grades.

Esta semana, por exemplo, cerca de 550 presidiários foram enviados à região vinícola, onde violentos incêndios se propagam de forma descontrolada e já deixam mais de 30 mortos, milhares de evacuados e bairros inteiros destruídos.

Na prisão são reclusos, mas fora dela são bombeiros, como qualquer outro. Não há algemas, correntes, nem agentes; o que os diferencia dos demais é o uniforme laranja e a palavra "recluso" estampada em uma das pernas da calça, além do valor que recebem.

Por arriscar a vida na linha de fogo, ganham um dólar por hora, em comparação com um mínimo de 17,7 dólares/hora para um bombeiro profissional. Seu principal trabalho é evitar que as chamas se propaguem, cortando árvores com serras elétricas e cavando canais com picaretas e arados no pasto, em volta do fogo, para contê-lo.

Alejandro, de 25 anos, sonha trabalhar como operador de motosserra. "Mas o que me derem eu faço, quero entrar em qualquer corpo de bombeiros na Califórnia", disse dias antes de sair em liberdade, durante um exercício de treinamento na prisão Oak Glen, em Yucaipa, cerca de 140 km ao leste de Los Angeles.

Trabalho em equipe, disciplina, reabilitação são palavras que se repetem entre os reclusos que a AFP entrevistou sob a vigilância atenta de um guarda carcerário.

Gayle McLaughlin, que aspira ao posto de vice-governadora da Califórnia, condena o programa: "Não importa como queiram disfarçá-lo, ter gente trabalhando por quase nada é trabalho escravo e isso não é aceitável".

Mas os presidiários negam se sentir explorados, muito menos escravos, por fazer esse duro trabalho a um salário tão baixo, que é, no entanto, o maior dentro do sistema de prisão e inclui dois dólares por cada dia que não estão combatendo o fogo.

"É um trabalho muito duro por pouco dinheiro, mas te ajuda a construir caráter", disse Alejandro, que este ano ganhou 1.200 dólares. Calcula-se que o estado economiza 124 milhões de dólares por ano com este programa, que existe desde 1946 e que este ano deixou dois reclusos mortos na linha de fogo.

"Minha mãe está orgulhosa"

Presidiários de segurança mínima, condenados por delitos não violentos, podem participar deste programa, que é voluntário dado o compromisso e o risco que supõe.

A maioria destes homens é jovem e está na prisão por narcotráfico ou furto. Alejandro foi condenado a oito anos por roubar uma casa em sua cidade natal, San Fernando, vizinha de Los Angeles.

Ele passou os últimos dois em Oak Glen, que não se parece muito com uma prisão comum: não há celas, conta com jardins com árvores, se respira ar puro. Tem até mesmo uma academia com pesos, proibidos em outras instituições. Muitos réus elogiam a qualidade de vida proporcionada pelo local.

Ser bombeiro "mudou a minha vida", indicou Alejandro, filho de mexicanos. "Quando cheguei, não tinha nenhuma experiência, agora desfruto de trabalhar em equipe, ajudar outras pessoas... Esta é a minha carreira".

O caminhão em que os reclusos viajam não tem escada ou mangueira. É um ônibus vermelho com grades nas janelas. A cabine do motorista, um bombeiro profissional, fica separada do resto do grupo.

Durante a temporada de incêndios, esse veículo é praticamente a casa deles. De Yucaipa podem viajar por toda a Califórnia para apoiar o combate aos focos. Só no ano passado percorreram cerca de 16.000 km.

Faltam seis meses em Oak Glen para Derrick Lovell, 25 anos, e seu plano, assim como o de Alejandro, é se juntar aos bombeiros florestais. "Minha mãe está orgulhosa, me disse 'eu sabia que você ia ser bombeiro, e você conseguiu, ainda que pelo caminho mais duro'", lembrou, emocionado.

"É a primeira vez que minha família está orgulhosa de mim", contou Travis Reeder, 23 anos, preso por vender drogas, que desmaiou em seu segundo dia de trabalho por desidratação. Ele também aposta neste ofício.

Dias de incêndio no norte da Califórnia deixaram pelo menos 23 pessoas mortas, segundo autoridades. O fogo se espalhou rapidamente, impulsionado por fortes ventos e pela pouca umidade, destruindo ainda áreas de produção vinícola da região.

Nesta quinta-feira (11), os incêndios não davam sinais de perda de força. Eles podem ainda se tornar os mais mortíferos da história do Estado americano e há a expectativa de que o fogo atinja áreas ao norte de San Francisco.

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Além das 23 mortes, o fogo já destruiu 3.500 residências e negócios. A situação "seguirá piorando antes de melhorar", disse o chefe do corpo de bombeiros estadual, Ken Pimlott, na quarta-feira.

Cidades inteiras se converteram em povoados fantasmas, após a ordem para que a população abandonasse suas casas. Uma das cidades com esse cenário é Calistoga, de mais de 5 mil habitantes e famosa por sua produção de vinho. Fonte: Associated Press.

Barris consumidos pelas chamas, um forte cheiro de álcool queimado, a sala de degustação reduzida a escombros: Paradise Ridge da Califórnia não é mais um paraíso para os amantes do vinho.

Localizada nas colinas de Santa Rosa esta é uma das vinícolas que foram devastadas pelos ferozes incêndios que atingem o centro da Califórnia, que já deixaram 15 mortos, forçaram milhares a deixar suas casas e destruíram pelo menos 2.000 estruturas.

Outras vinícolas também foram afetadas, não apenas na sua estrutura, mas também na sua colheita, muito comprometidas.

"Trabalho nesta região há 25 anos, mas nunca vi nada parecido", diz Christian Butzke, professor de enologia da Universidade de Purdue. "As pessoas estão impressionadas com a rapidez com que o fogo se espalhou".

Ray Johnson, chefe do departamento de vinhos da Universidade de Sonoma, explicou à AFP que os incêndios vão ter um grande efeito sobre a indústria em Santa Rosa, cartão postal que atrai muitos turistas a cada ano.

O pesadelo continuava na terça-feira à noite para os habitantes e trabalhadores da região vinícola de Santa Rosa, que ainda arde em chamas.

A adega Stag's Leap Cellars, que alcançou a fama mundial em 1976 ao vencer grandes vinhos franceses em uma competição, foi evacuada e os danos à sua estrutura ainda não foram contabilizados.

Ray Signorello Jr, chefe da vinícola Signorello Estate, explicou no Facebook que seus funcionários lutaram uma noite inteira contra as chamas até o ponto que chegaram aos edifícios e tiveram que abandonar o local.

O lugar acabou destruído, assim como as estrutura de outro vinicultor, Frey.

"Parece que houve um bombardeio", declarou Joe Nielsen, da Donelan Family Wines, em declarações ao San Francisco Chronicle. "Sobraram apenas chaminés, carros queimados e árvores cozidas".

Cushing Donelan, cuja família administra a empresa, afirmou à AFP que "suas vidas estão a salvo por enquanto", mas que como estão localizados "em uma área de evacuação, o fogo não está sob controle e é alimentado pelos ventos", por isso não há como saber se estão fora de perigo.

"Muitas pessoas perderam tudo. Vinhedos com uma longa história foram arrasados pelas chamas (...) Em frente a nós, os bairros onde viviam nossos amigos foram reduzidos a cinzas", lamentou.

- Anos para se recuperar -

Butzke afirma que levará anos para replantar as videiras queimadas e recuperar o ritmo de produção.

Nesta época do ano, a maior parte da sementeira foi colhida, embora as melhores uvas - cabernet e merlot, que dão os melhores e mais caros vinhos - sejam coletadas mais tarde.

Neste momento, por exemplo, apenas metade foi colhida.

E muitas frutas serão afetadas pela fumaça e estarão inutilizáveis.

Isso fará com que a produção caia e os preços subam nos próximos dois ou três anos, acrescenta Butzke.

Embora tenha esclarecido que o custo sobre os 60 mil hectares de vinhas plantadas no norte da Califórnia será relativamente menor.

A indústria do vinho gera 46 mil empregos e mais de 13 bilhões de dólares em lucros apenas no condado de Napa - e 50 bilhões em todo o país.

Esta região do vinho também atrai cerca de 3,5 milhões de turistas por ano.

Butzke insiste que a Califórnia é "tão inovadora e rápida para se reconstruir" que a indústria do turismo deverá sobreviver.

Mesmo com o intenso trabalho das equipes do Departamento de Florestas e Proteção contra Incêndios no Norte da Califórnia, 17 mortes foram confirmadas no último boletim divulgado na noite dessa terça-feira (10), madrugada de hoje (11) no Brasil. A área atingida também aumentou para 40 mil hectares. Os incêndios atingem gravemente os condados de Napa Valley e Sonoma, a região vinícola californiana - a maior produtora de vinhos do país. 

O número de relatos de pessoas desaparecidas também preocupa o governo do estado. Só em Sonoma County, foram recebidos mais de 200 relatos de pessoas desaparecidas entre domingo (8) e terça-feira. O governo informou ter localizado 45 pessoas, mas o número de pessoas das quais não se tem informações ainda é alto.

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O vice-presidente Mike Pence visitou, nessa terça-feira, o Centro de Gestão de Emergências da Califórnia. "Deixe-me dizer que os nossos corações e o de todos os americanos estão com as famílias dos que perderam a vida", afirmou Pence.

O balanço de ontem foi negativo para as equipes que tentaram controlar o fogo. Os ventos dificultaram o combate e fizeram com que as labaredas se alastrassem rapidamente, criando novos focos.

A população que teve de sair de casa no domingo - cerca de 20 mil pessoas - continua sob ordem de não regressar às residências.

O fogo avançou para o sudeste da região, onde o incêndio começou. Mais de 1.000 homens continuam trabalhando com o apoio de seis helicópteros da Guarda Nacional, que lançam água para combater o fogo.

A imprensa local informa que nem todas as pessoas teriam conseguido receber os avisos de evacuação obrigatória, que começaram no domingo à noite. Segundo eles, isso pode ter causado mais mortes.

De acordo com informações da Força Aérea Brasileira, foram registrados seis incêndios, desde o começo do ano, na área sob a jurisdição do Aeroporto Internacional de São Paulo (Gru Airport). Os acidentes são causados, principalmente, por balões.

“Infelizmente as pessoas não têm conhecimento dos riscos da prática de soltar balão, que é bastante difundida no estado de São Paulo. Enquanto o balão está no ar, pode causar uma colisão com as aeronaves e interferir na visibilidade do entorno do aeródromo, causando modificações nas rotas, além de possíveis incêndios em áreas residenciais e de mata verde, gerando grandes prejuízos”, disse o Tenente José Guardião Neto, da Seção de Contra Incêndio da Ala 13.

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O último incêndio controlado pela equipe da Seção de Contra Incêndio da Ala 13, foi no dia 9 deste mês. “O militar de serviço que atua na torre de observação dos bombeiros avistou fogo próximo à pista de pouso 27L e, em seguida, acionou a emergência. O incêndio, mais uma vez, foi causado pela queda de balão de ar quente, situação frequente no aeroporto”, explicou o Sargento Tiago da Silva Barbosa, chefe de equipe de bombeiros no dia da ocorrência.

A polícia italiana descobriu um esquema de fraude envolvendo bombeiros da cidade de Ragusa, na Sicília, os quais provocavam incêndios apenas para receberem o pagamento de horas extras.

De acordo com a investigação conduzida pela Polícia de Estado, um grupo de 15 bombeiros causava incêndios propositais e simulava chamados de emergência. Eles faziam isso para serem acionados pela corporação e receberem o pagamento de 10 euros pora hora extra trabalhada.

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Os crimes foram cometidos durante 2013 e 2015. Os bombeiros admitiram às autoridades que saíam de seus postos, com a cumplicidade dos colegas de trabalho, para atearem fogo em vários lugares. O escândalo veio à tona em um momento em que a Itália sofre recordes de calor, com maior incidência de incêndios florestais.

Criminosos renderam motoristas de ônibus e incendiaram dois coletivos na zona norte de São Paulo, no final da noite desta segunda-feira (24). O primeiro ataque ocorreu na Avenida Deputado Cantídio Sampaio, na Vila Souza. Pouco depois, a cerca de três quilômetros do local, foi atacado um ônibus que passava pela Avenida General Penha Brasil, na Vila Nova Cachoeirinha.

De acordo com a Polícia Civil, não há indícios de que o mesmo grupo tenha agido nos dois locais. Os passageiros relataram que foram rendidos por dois a três homens armados, que cobriam os rostos. Ninguém ficou ferido. A polícia não tem informações, até o momento, sobre reivindicações de facções criminosas eventualmente envolvidas.

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A circulação das linhas de ônibus chegou a ser suspensa na região durante a madrugada, mas foi retomada na manhã desta terça-feira (25). Os dois ataques foram registrados no 72º Distrito Policial (DP).

O governador da Flórida, Rick Scott, declarou na terça-feira emergência neste estado do sudeste dos Estados Unidos devido a uma centena de incêndios florestais que atualmente afetam milhares de hectares na região.

"Hoje declaro estado de emergência na Flórida para nos assegurarmos de que estaremos prontos para enfrentar esses incêndios", disse Scott em um comunicado. De acordo com o Serviço Florestal da Flórida, neste momento há 105 incêndios florestais ativos no estado, 23 deles de mais de 40 hectares de extensão.

Estes incêndios estão queimando mais de 8.000 hectares, enquanto que desde janeiro as chamas devastaram no total cerca de 28.000 hectares. Os meteorologistas preveem que os próximos meses serão mais quentes e secos que o normal na Flórida, de modo que os incêndios florestais devem continuar prosperando neste ano.

"Isso só pode piorar quando entrarmos nos meses de verão mais quentes, e é fundamental que tomemos todas as medidas possíveis agora para estar preparados", disse Scott. Os incêndios florestais queimaram uma área 250% maior no primeiro trimestre de 2017 do que no mesmo período do ano passado.

"Não vemos uma temporada tão ativa desde 2011", disse Adam Putnam, comissário de Agricultura da Flórida. "Estamos vendo que todas as áreas do nosso estado são suscetíveis aos incêndios florestais".

A ordem executiva de Scott libera recursos estatais para combater os incêndios e distribuir provisões.

Um total de 118 incêndios florestais simultâneos consumia nesta sexta-feira (27) o centro-sul do Chile, consumindo bosques, povoados completos, gado e também ameaçando seriamente dois condomínios da cidade de Concepción. Autoridades informaram hoje que encontraram um corpo 140 quilômetros ao norte da cidade, o que elevou para 11 o número de mortos pelos incêndios nesta semana.

Os incêndios são os piores já registrados na história chilena. A madrugada da sexta-feira amanheceu com leve garoa e mais fria, o que deu esperança a centenas de pessoas de que o dia poderia ser menos duro. A esperança, porém, durou pouco, já que as chamas ameaçaram seriamente dois condomínios na zona urbana de Concepción, 500 quilômetros ao sul de Santiago.

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Milhares de pessoas tiveram de deixar suas casas, mas regressam a elas assim que passa o perigo, em um ciclo que tem se repetido. Autoridades disseram que, dos 118 incêndios registrados, 65 seguem ativos e 53 estão sob controle, embora possam voltar a acontecer. Somente um incêndio foi extinto entre a quinta-feira e a sexta-feira.

Além das pessoas mortas, há uma perda incontável de gado e fauna silvestre. Fonte: Associated Press.

Subiu para 10 o número de mortos em incêndios florestais que afetam uma zona turística nas montanhas do sudeste do Tennessee, nos Estados Unidos, nesta quinta-feira (1º).

Segundo as autoridades, o incêndio "provocado" foi do Parque Nacional Great Smoky Mountains até as localidades turísticas de Gatlinburg e Pigeon Forge e causou a evacuação de 14,5 mil pessoas e 74 foram hospitalizadas. As informações são da agência de notícias Ansa.

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Os fortes ventos e a vegetação árida da região viraram combustível para o fogo propagado por todas as áreas. Dos 17,1 mil hectares destruídos pelo fogo, 10,8 mil se encontram dentro do parque nacional.

O prefeito do condado de Sevier, Larry Water, disse que cerca de 700 casas e lojas arderam em chamas. Ao todo, 26 incêndios foram registrados pelo Departamento de Agricultura do Tennessee, porém, as buscas por vítimas estão diminuindo.

Segundo a Agência de Administração de Emergências, diversas estradas foram bloqueadas pela queda de árvores e de fios de alta tensão elétrica e os voos permanecerão restringidos temporariamente.

Uma onda excepcional de incêndios em Israel provocou danos significativos e se espalhou, neste sábado (26), para colônias da Cisjordânia ocupada - informou a Polícia, acrescentando que uma delas teve de ser temporariamente evacuada.

Uma parte do território israelense sofre há cinco dias com dezenas de incêndios florestais, avivados por ventos fortes e por uma extrema seca.

Cerca de mil habitantes da colônia de Halamish, perto de Ramallah, tiveram de deixar suas casas, disse um porta-voz policial, acrescentando que as chamas destruíram, ou causaram danos, a 45 casas do assentamento.

Também foram declarados incêndios perto das colônias de Dolev, Alfei Menaché e Karnei Shomron, situadas na Cisjordânia, nas não houve evacuações.

Ao todo, 21 aviões israelenses e estrangeiros (turcos, gregos, croatas, russos, franceses, canadenses, espanhóis e azerbaijanos) continuavam neste sábado lançando toneladas de água sobre diferentes áreas - sobretudo, em Nataf, uma aldeia próxima a Jerusalém.

A Polícia anunciou a detenção de 14 pessoas suspeitas de terem provocado os incêndios. Suas identidades não foram reveladas.

As autoridades israelenses suspeitam de que uma parte dos incêndios seja de origem criminosa e possa estar relacionada com o conflito entre palestinos e israelenses.

Os palestinos deram sua ajuda, enviando 41 bombeiros e oito caminhões para combater as chamas, especialmente em Haifa, onde milhares de pessoas foram evacuadas na última quinta (24) para fugir da cortina de fogo de vários metros.

Em um telefonema, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, agradeceu ao presidente palestino, Mahmud Abbas pela ajuda, informou o gabinete do líder israelense em um comunicado.

Neste sábado, o incêndio parecia sob controle nesta cidade, informou a prefeitura, mas cerca de 200 famílias estão desabrigadas.

Ainda não se sabe o alcance dos danos em nível humano, material e ambiental.

O Estado do Piauí está enfrentando uma sequência de incêndios que atinge principalmente a capital Teresina e cidades vizinhas. As ocorrência se tornaram mais frequentes desde o início desta semana e as chamas se aproximaram de áreas residenciais, fazendo com que alguns moradores tivessem de sair das suas casas após perder pertences queimados. Em razão da quantidade de chamados, o Corpo de Bombeiros montou uma "fila de espera" para atendê-los de acordo com a capacidade.

Segundo informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), 863 focos de incêndio foram registrados no Estado entre o domingo, 9, e esta sexta-feira, 14. A maioria dos casos aconteceram em Teresina (69), Palmeirais (48) e São Pedro do Piauí (43). Em todo o mês, foram 1.186 focos, o que coloca o Piauí como o quarto Estado com maior número de registros no País, atrás do Maranhão (2.908), Pará (2.016) e Tocantins (1.293). No ano, 5.439 focos foram identificados pelo satélite, menos da metade do que aconteceu no mesmo período do ano passado (11.127).

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A situação levou o governo do Estado a montar uma força-tarefa, pedindo auxílio do Exército, que emprestou carros-pipa para combate às chamas. Mesmo com o reforço de bombeiros de folga, o efetivo total da corporação piauiense é composto por apenas 60 pessoas, que atuam nas zonas urbanas e rurais de Teresina. Para a administração, o período de baixa umidade somado à vegetação seca fazem dos terrenos baldios e matas nativas "campos de propagação das chamas". Somado a esses fatores, segundo o comando do Corpo de Bombeiros, o uso da técnica de queimada para a limpeza de terrenos é um dos principais causadores dos focos de incêndio.

"O momento se tornou propício para a propagação das chamas em razão da baixa umidade relativa do ar e da elevada temperatura, com ventos mais intensos que o normal. Somado a isso, temos a cultura de utilização de queimadas seja para se livrar de lixo, limpar mato de terrenos baldios e também nas zonas rurais na agricultura", disse o major José Veloso. "Em alguns locais, a situação fugiu do controle, pondo em risco as pessoas e o patrimônio delas. Estamos vivendo uma situação atípica."

O oficial relatou o chamado de ao menos oito ocorrências no interior, que, como não contam com efetivo próprio, entram para a "lista de espera" da corporação. "Vamos avaliando e atendendo de acordo com a nossa capacidade", disse.

Na manhã desta sexta, oficiais do Corpo de Bombeiros sobrevoaram as zonas mais atingidas pelos incêndios visando a mapear os focos que ainda resistiam. A intenção, segundo o informado, era resfriar a região e atacar diretamente os principais pontos de queimadas. Nos últimos dois dias, a corporação relatou ter recebido 34 chamados em Teresina e cidades vizinhas.

Comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Carlos Frederico, ressaltou, em nota, a importância da colaboração da comunidade, que deve evitar a prática de atividades que propiciam a propagação de queimadas. "Infelizmente nós ainda possuímos uma cultura de queimada, pessoas que jogam cigarro no meio das estradas, pessoas que acendem fogo no lixo para queimar, e tudo isso gera risco. É necessário que a população possa cooperar", explicou.

A jovem Marcelle Fonseca, de 20 anos, se mobilizou para ajudar os afetados pelas ocorrências. Ela iniciou uma campanha de arrecadação de alimentos e utensílios pessoais para quem perdeu pertences atingidos pelo fogo. "A gente tenta ao máximo ajudar. Muita gente perdeu tudo porque o fogo se alastrou muito rápido. Pessoas que estavam fora de casa trabalhando e quando retornaram encontraram a situação do jeito que estava", disse à reportagem.

Pelo menos quatro pessoas morreram em decorrência do calor escaldante que tomou conta do oeste dos Estados Unidos e provocou alertas de incêndio em toda a região, disseram as autoridades nesta segunda-feira. Os mortos eram três caminhantes e uma motociclista de montanha que sucumbiram à onda de calor no Arizona no domingo, quando foram registradas temperaturas recordes em algumas áreas.

Larry Subervi, porta-voz do corpo de bombeiros de Phoenix, disse que uma das vítimas era uma experiente motociclista de montanha de 28 anos de idade, que realizava um passeio de duas horas e meia na área de Phoenix e que, apesar de levar água suficiente, não resistiu ao calor. As outras vítimas eram um homem de 25 anos que morreu durante uma caminhada na Trilha Peralta, perto do Gold Canyon, uma mulher de 19 anos que morreu durante uma caminhada na área de Tuscon e um homem que foi encontrado morto perto de outra trilha.

"Nós temos uma onda de calor a cada ano, mas estamos perto do nosso recorde de todos os tempos, registrado em 1990, de 122 graus Fahrenheit" (50 graus Celsius), afirmou Subervi à AFP. O porta-voz disse, ainda, que no domingo as temperaturas aumentaram até 49 graus Celsius e que o calor iria aumentar na segunda-feira, antes de abrandar durante o resto da semana. A onda de calor tem alimentado incêndios florestais na Califórnia, Novo México e Arizona, forçando evacuações em algumas áreas.

Ao menos 140 famílias foram evacuadas na área de Santa Barbara, na Califórnia, onde cerca de 2.000 bombeiros lutaram durante vários dias contra o fogo, que já queimou cerca de 3.200 hectares.

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