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Os incêndios na Austrália vem chamando a atenção de muitos famosos e, na última sexta-feira (3), Pink revelou por meio de suas redes sociais que irá ajudar a causa. No Instagram, a cantora contou que irá doar 500 mil dólares, pouco mais de dois milhões de reais, aos bombeiros para ajudar no combate dos incêndios florestais que estão devastando a costa do país.

"Estou totalmente arrasada vendo o que está acontecendo na Austrália agora, com os horríveis incêndios florestais. Estou prometendo uma doação de US$ 500 mil dólares diretamente para os bombeiros locais que estão lutando nas linhas de frente. Meu coração está com nossos amigos e familiares em Oz", escreveu ela.

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No post, ela compartilhou ainda uma lista com as sedes do Corpo de Bombeiros em várias cidades australianas e que estão recebendo doações para intensificar o combate ao fogo.

Uma imagem forte e triste foi registrada pelo fotógrafo Brad Fleet, do jornal "The Advertiser", durante a cobertura das queimadas que atingem os estados de Nova Gales do Sul e Vitória, na Austrália. Nela é visto um filhote de canguru morto carbonizado preso em uma cerca. Os incêndios na região já resultaram na morte de 500 milhões de animais, segundo a Universidade de Sydney.

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Brad Fleet / The Advertiser

O animal fugia das chamas da cidade de Cudlee Creek, na região Sul do país, quando foi bloqueado por uma cerca de arame farpado. Ele não conseguiu escapar e acabou sendo atingindo pelo fogo. 

Desde de início da temporada de incêndios na Austrália - setembro de 2019 - cerca de  9.000 km² já foram devastados pelo fogo que deixou, até agora, 15 pessoas e meio bilhão de animais mortos.

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--> Governo da Austrália emite novo alerta de incêndios

Autoridades australianas emitiram ontem um novo alerta sobre os incêndios que devastam o sudeste do país. Segundo o governo, as condições climáticas de hoje tendem a agravar o fogo.

Ventos fortes e temperaturas acima de 40°C devem espalhar as chamas e complicar o resgate, que tem sido feito com a ajuda de navios da Marinha em praias de pequenas localidades afetadas pelos incêndios. (com agências internacionais)

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As condições climáticas - ventos fortes e altas temperaturas - agravaram os incêndios florestais na Austrália. O governo autorizou ontem o uso de um navio da Marinha para resgatar até 4 mil pessoas cercadas pelas chamas que castigam o litoral e provocaram mortes, especialmente em pequenas cidades costeiras entre Sydney e Melbourne.

A situação em Mallacoota, uma praia conhecida por receber famílias durante a época de feriados, é tão dramática que equipes de resgate passaram ontem o dia checando quem é capaz de subir escadas de pequenos botes até a embarcação militar. Aqueles não aptos que desejarem fugir serão retirados de helicóptero, mesmo que a fumaça - que já atingiu a Nova Zelândia - tenha tornado os voos mais perigosos.

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O governo australiano recomendou a milhares de habitantes que deixem algumas zonas turísticas da costa sudeste do país até amanhã, quando as condições de combate aos incêndios devem piorar, com rajadas de vento e temperaturas superiores a 40ºC.

Os bombeiros do Estado de New South Wales pediram aos turistas que abandonem duas zonas costeiras de quase 300 quilômetros de comprimento, da cidade de Nowra (200 km ao sul de Sydney) até o Estado de Victoria.

As chamas provocaram pelo menos oito mortes apenas nos últimos dois dias e reduziram a cinzas centenas de hectares de florestas no primeiro dia do ano. Desde setembro, 18 pessoas morreram em razão dos incêndios. Há pelos menos 17 desaparecidos.

Nas cidades de Ulladulla, Milton, Nowra e Bateman's Bay era possível observar ontem longos engarrafamentos nas estradas que levam a Sydney e Melbourne. Os bombeiros de várias pequenas localidades já afirmaram quem não têm condições de apagar ou controlar os incêndios. O objetivo agora é não deixar ninguém em áreas atingidas pelas chamas.

Desde o início da temporada de incêndios, que começa entre agosto e setembro, mais de 1.300 casas foram destruídas pelas chamas e uma área de 5o mil quilômetros quadrados foi devastada, uma superfície maior que o Estado do Rio de Janeiro.

Ontem, pela segunda noite consecutiva, turistas permaneceram isolados em áreas sem energia elétrica e sinal de celular, com poucas reservas de alimentos. "A retirada de pessoas da zona restrita aos turistas será a mais importante já feita na região", declarou Andrew Constance, ministro dos Transportes de New South Wales.

O premiê australiano, Scott Morrison, foi xingado por moradores durante uma visita à cidade de Cobargo. Surpreendido com as ofensas, Morrison pediu "paciência" à população. "Eu sei que muita gente está vivendo com os filhos dentro de carros. Há muita ansiedade e estresse. O trânsito não se move. Mas a melhor coisa a fazer é ter paciência", disse.

Muitos australianos culpam Morrison pela falta de reação aos incêndios. Recentemente, o premiê reiterou seu apoio à lucrativa, mas poluente indústria do carvão australiana, responsável por boa parte das emissões de carbono do país. Nos últimos dias, Morrison tem tentado dissociar o aquecimento global da mais catastrófica temporada de incêndios da história da Austrália. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Marinha australiana iniciou nesta sexta-feira (3) a retirada de centenas de pessoas bloqueadas em uma cidade do sudeste do país cercada pelas chamas, no momento em que existe o temor de agravamento da situação dos incêndios florestais no fim de semana.

O navio "HMAS Choules" atracou em um ais da cidade de Mallacoota, no estado de Victoria, e as famílias embarcaram, com animais de estimação e alguns objetos pessoais. Muitos moradores passaram o Ano Novo na praia para fugir das chamas.

"Esperamos retirar 1.000 pessoas desta região até a tarde", afirmou o primeiro-ministro australiano Scott Morrison.

Ao menos 20 pessoas morreram, dezenas são consideradas desaparecidas e mais de 1.300 casas foram reduzidas a cinzas desde o início da temporada de incêndios em setembro. As chamas afetaram uma superfície equivalente ao dobro do território da Bélgica.

A meteorologia prevê o aumento da temperatura para sábado, acima dos 40 graus. As autoridades declararam estado de emergência no sudeste do país, a região de maior população do país.

Milhares de turistas e moradores receberam ordens para abandonar as áreas mais expostas em uma zona de quase 300 quilômetros ao longo da costa, o que provocou enormes engarrafamentos nas estradas que levam a Sydney e a Canberra.

O ministro dos Transportes do estado de Nova Gales do Sul, Andrew Constance, considera esta a "operação de retirada mais importante da história da região".

Ao norte da cidade de Nowra, as famílias esperavam em veículos que praticamente não avançavam pelas estradas.

Aviões militares lançaram alimentos em áreas isoladas.

O primeiro-ministro de Victoria, Dan Andrews, anunciou que as autoridades também disponibilizaram água, equipamentos de emergência e telefones por satélite.

Scott Morrison, chefe de Governo do país que foi muito criticado por ter viajado de férias ao Havaí em dezembro quando o país já sofria com os incêndios e por não atuar para combater a mudança climática, voltou a ser alvo de críticas, desta vez pela forma como administra a crise.

Na cidade de Cobargo, Morrison foi vaiado, em particular por uma jovem mãe que chorava e por um bombeiro que se recusou a apertar sua mão. Ele retornou para seu comboio ouvindo insultos.

"Você não terá nossos votos, amigo", gritou um morador. "É injusto. Nos esqueceram completamente aqui", reclamou uma mulher.

"As pessoas estão irritadas, perderam muito, estão nervosas", admitiu o primeiro-ministro. "Entendo completamente como se sentem. Não encaro como algo pessoal".

Os incêndios florestais, muito violentos este ano, também têm um impacto nas principais cidades australianas. Melbourne e Sydney ainda respiram fumaça tóxica e o torneio internacional de tênis de Canberra teve que ser transferido para Bendigo (Victoria).

Subiu para 15 o número de mortes pelos incêndios que atingem a Austrália. O fogo já destruiu mais de 4 milhões de hectares e novos focos ocorrem quase diariamente por causa do calor intenso e dos ventos.

Nesta quarta-feira (1º), o governo anunciou que irá resgatar as pessoas que se abrigaram em praias para fugir do fogo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Impulsionados por rajadas de vento, um verão escaldante e temperaturas acima de 40°C, as centenas de incêndios florestais na Austrália se intensificaram nessta terça-feira (31) e obrigaram milhares de pessoas a fugir para as praias de New South Wales, sudeste do país, para escapar do fogo, que já matou 12 pessoas desde agosto e destruiu mais de 50 mil quilômetros quadrados - uma área maior que o Estado do Rio de Janeiro.

Ontem, três pessoas morreram. Pai e filho foram engolidos pelos fogo ao tentar proteger sua casa do incêndio que atingiu a cidade de Cobargo, no Estado de New South Wales, a cerca de 300 quilômetros da capital Camberra. Um bombeiro também morreu em Albury. Autoridades ainda procuram cinco pessoas desaparecidas. Em várias cidades da costa leste da Austrália, a população acuada buscou refúgio nas praias.

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Em Mallacoota, no Estado de Victoria, a 500 quilômetros de Melbourne, cerca de 4 mil pessoas, incluindo turistas, fugiram para as praias. Muitos recorreram a barcos e botes salva-vidas para escapar do fogo.

O céu ficou vermelho, a temperatura chegou a 49°C e os ventos atingiram 80 quilômetros por hora. A cidade de pouco mais de 1.000 habitantes é parte da região de East Gippsland, cercada por parques nacionais, dos quais pelos menos 2 mil quilômetros quadrados já foram consumidos por cerca de 300 incêndios.

Em Batesman's Bay, cidade de 11 mil habitantes em New South Wales, várias estradas tiveram de ser fechadas em razão do fogo e muitos habitantes também tiveram de ser retirados pelas praias. As mesmas cenas se repetiram em Bermagui e Jervis Bay. Ao todo, cerca de 100 mil pessoas ficaram desabrigadas nos últimos dias. Além dos prejuízos financeiros - ainda por calcular -, o fogo obrigou outras 30 mil a passar a virada do ano sem eletricidade e sinal de celular.

"Esta é a pior temporada de incêndio já registrada na Austrália", disse Shane Fitzsimmons, comissário do Serviço de Incêndio Rural de New South Wales. Segundo ele, a dimensão dos prejuízos só poderia ser dada quando o fogo estiver sob controle. "Precisamos nos preparar para um número considerável de propriedades e casas que foram destruídas", afirmou.

O fogo atingiu também em cheio a política australiana. Em sua mensagem de ano-novo, o primeiro-ministro, Scott Morrison, do Partido Liberal, disse que o impacto dos incêndios era "devastador" e alertou que as próximas semanas "serão difíceis". "Gostaria que tivéssemos notícias melhores na véspera do ano-novo", disse o premiê. "O que pode nos consolar é o espírito incrível dos australianos. Já enfrentamos desastres antes e conseguimos superar."

A oposição, no entanto, responsabiliza o governo de Morrison pela reação lenta à crise que se arrasta desde agosto. O líder trabalhista, Anthony Albanese, pediu uma reunião de emergência do Conselho de Estado - que reúne autoridades federais e estaduais. "O primeiro-ministro diz que o conselho não precisa de se reunir até março. Isso não é aceitável."

Albanese criticou até a tradicional queima de fogos de Sydney, que o governo de Morrison autorizou. "Entendo que o evento é importante para a nossa economia. Mas, em tempos como esse, é problemático levar uma festa adiante."

Já a prefeita de Sydney, Clover Moore, que não tem partido nenhum, disparou contra o ministro da Energia, o liberal Angus Taylor, responsável pelo corte nas emissões de carbono, que dias atrás se disse "orgulhoso" das metas alcançadas pela Austrália. "Está muito claro que a culpa dos incêndios é da mudança climática", afirmou a prefeita. "A Austrália está em chamas e somo um dos países que mais contribui para o aquecimento global. Por isso, o governo federal fracassou na sua política de redução de emissões de carbono." (Com agências internacionais)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sydney enfrenta uma emergência sanitária devido à fumaça tóxica dos incêndios que envolve a maior cidade da Austrália há semanas, alertaram nesta segunda-feira (16) organizações médicas. Centenas de incêndios florestais, notadamente ligados às mudanças climáticas, devastam a Austrália desde setembro.

Mais de vinte organizações médicas profissionais, incluindo o Royal Australasian College of Physicians - que reúne 25.000 médicos e estagiários - divulgaram um comunicado conjunto nesta segunda-feira pedindo ao governo que lide com essa poluição atmosférica tóxica.

"A poluição do ar em Nova Gales do Sul é uma emergência de saúde pública", afirmou a Aliança para o Clima e a Saúde. "A fumaça dos incêndios causa poluição do ar até onze vezes superior ao nível estimado como 'perigoso' em partes de Sydney e Nova Gales do Sul", afirmou o comunicado.

Esta fumaça "é particularmente perigosa devido aos altos níveis de partículas finas PM 2,5", apontou. Os serviços de saúde do estado registraram um aumento de 48% no número de pessoas atendidas por problemas respiratórios na semana que terminou em 11 de dezembro, em comparação com a média de cinco anos.

- "Efeitos devastadores" -

Esse número chegou a 80% em 10 de dezembro, quando a qualidade do ar se deteriorou consideravelmente em Sydney. No dia seguinte, quase 20.000 pessoas se manifestaram na cidade para pedir ao governo para combater as mudanças climáticas.

A Aliança também pede que o governo tome medidas urgentes para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, dizendo que as mudanças climáticas agravam esses incêndios "devastadores para a saúde humana".

O primeiro-ministro australiano admitiu na semana passada que a mudança climática era um dos "fatores" por trás das centenas de incêndios devastadores.

Scott Morrison, no entanto, defendeu o histórico da Austrália na redução das emissões de gases do efeito estufa e não anunciou nenhuma medida para combater as mudanças climáticas.

Mais de cem incêndios continuam ativos em Nova Gales do Sul, onde recursos significativos foram mobilizados para conter um incêndio de 400.000 hectares perto de Sydney.

Vinte casas foram destruídas esta madrugada por um contra-incêndio iniciado por bombeiros para combater o incêndio mais importante. Perto de Perth, incêndios ameaçam várias cidades

Tais incêndios ocorrem todos os anos durante a primavera e o verão. Mas este ano, a temporada de incêndios tem sido particularmente precoce e violenta. Seis pessoas já morreram, enquanto 700 casas e pelo menos três milhões de hectares foram destruídos.

Esses fenômenos particularmente devastadores estão ligados, segundo os cientistas, às mudanças climáticas e a uma seca particularmente prolongada que também esgotou os recursos de água potável em certas cidades e forçou os agricultores a abandonar suas terras.

O ministro das Finanças da Austrália, Josh Frydenberg, disse nesta segunda-feira que os incêndios e secas são os maiores desafios da economia australiana.

Neste sentido, a seca é responsável pelo declínio do crescimento do PIB em um quarto de ponto percentual e reduziu a produção agrícola "em quantidades significativas" nos últimos dois anos, disse o ministro a repórteres.

Dados oficiais indicam que 2019 será um dos anos mais quentes e secos já registrados na Austrália. Esta semana, o país pode experimentar uma onda de calor que, segundo os analistas, deve quebrar recordes de temperatura.

O republicano Donald Trump ameaçou mais uma vez, neste domingo (3), privar a Califórnia de uma ajuda federal destinada à luta contra incêndios, após as críticas feitas pelo governador deste estado, o democrata Gavin Newsom, contra a política ambiental do presidente.

Nas últimas semanas, vários incêndios arrasaram cerca de 40.000 hectares nesse gigantesco estado do oeste dos Estados Unidos, onde hoje os bombeiros ainda lutavam contra as chamas do "Maria", a cerca de 100 quilômetros ao noroeste de Los Angeles.

O presidente retomou os ataques já lançados no ano passado, quando outros incêndios violentos devastaram a parte norte do estado, provocando a morte de 86 pessoas. Trump acusou o governador Gavin Newsom de "fazer um trabalho horrível em termos de administração florestal".

"Disse-lhe, desde a nossa primeira reunião, que tinha de limpar suas matas, não importando o que os ambientalistas tenham exigido", declarou neste domingo.

"Todo o ano é a mesma coisa (...) Vem ao governo federal por $$$$. Isso acabou. Que assuma sozinho", completou, retomando a ameaça do ano passado, que nunca chegou a ser aplicada.

"Você não acredita em mudança climática, você não tem nenhum lugar nessa conversa", respondeu o governador pelo Twitter.

Ontem, em entrevista ao jornal "The New York Times", Newsom havia criticado o presidente de "lançar um ataque em larga escala contra o antídoto" para os incêndios, ao desmantelar as políticas para combater o aquecimento global adotadas no estado.

Longe dessa disputa, os bombeiros seguiam hoje mobilizados contra o incêndio Maria, controlado em 50%, e o foco de Kincade, mais perto de San Francisco, sob controle em 74%.

Os demais focos estão controlados, e os moradores evacuados começam a voltar para suas casas.

Os bombeiros na Califórnia continuam a combater diversos incêndios neste sábado, entre eles um ao norte de San Francisco e outro perto de Los Angeles. Cortes de energia preventivos devem afetar centenas de milhares de pessoas durante o fim de semana.

O incêndio "Kincade" devorava a região vinícola de Sonoma, perto de San Francisco, desde quarta-feira à noite.

Mais de mil bombeiros, apoiados por uma dezena de aviões-cisterna e cem caminhões, tentavam combater o fogo.

Na noite de sexta, o incêndio se estendeu por mais de 9 mil hectares e destruiu pelo menos 49 prédios, segundo os Bombeiros da Califórnia.

Os fortes ventos tornaram as condições meteorológicas altamente propícias à expansão do fogo.

"Este é definitivamente um evento que chamamos de histórico", disse o meteorologista David King, citado no jornal Los Angeles Times.

O governador do estado, Gavin Newsom, esteve no local e disse à imprensa que parecia "uma zona de guerra".

A maior companhia de serviços públicos do estado, a Pacific Gas & Electric Co., anunciou na sexta planos de cortar o fornecimento de energia para 850.000 lares a partir deste sábado em 36 condados, devido a prognósticos de "clima seco, caloroso e ventoso", um "evento climático que poderia ser o mais poderoso na Califórnia em décadas". A medida afetará 2 milhões de pessoas, segundo a imprensa local.

As autoridades ainda não determinaram a causa do incêndio, mas a PG&E informou um incidente em uma de suas linhas perto do ponto de origem do incêndio Kincade apenas sete minutos antes de as chamas começarem, disse a imprensa local nesta quinta.

As autoridades evacuaram todos os habitantes do pequeno povoado de Geyserville e da região de vinhedos ao redor, inclusive um que pertence ao famoso diretor americano Francis Ford Coppola.

Muitos moradores de Geyserville saíram às pressas assim que viram o aumento das chamas. "Pensamos que o incêndio estava a 3 km de distância, mas não levamos em conta o vento. De fato, o incêndio se movia a 20 km/h", explicou ao Los Angeles Times Dwight Monson, de 68 anos.

- Milhares de bombeiros em ação -

A centenas de quilômetros ao sul, outro incêndio chamado "Tick", estava apenas 10% contido na sexta à noite, cobrindo 1.600 hectares, segundo os bombeiros.

O incêndio, que ocorreu na quinta à tarde, ameaçou quase 10.000 prédios nesta área ao norte de Los Ángeles.

"As temperaturas de 30 graus, com baixa umidade, se combinarão com ventos de até 100 km/h para criar condições favoráveis ao comportamento extremo do fogo e à rápida propagação", tuitaram os serviços meteorológicos.

As autoridades locais foram de porta em porta em Santa Clarita, a 50 km de Los Angeles, para alertar os moradores sobre a chegada das chamas e pedir que eles fossem embora, informou a mídia local. Todas as escolas da região permaneceram fechadas na sexta-feira.

Segundo as autoridades, o incêndio queimou pelo menos seis casas. Para combater o incêndio Tick, o Departamento de Bombeiros da Califórnia mobilizou mais de 1.300 homens, assistidos por quatro helicópteros.

A temporada de incêndios regularmente causa estragos na Califórnia. No início de novembro de 2018, o incêndio "Camp Fire" destruiu a pequena cidade de Paradise, no norte do estado, deixando um saldo de 86 mortos e dezenas de milhares de deslocados.

Bombeiros combatem, nesta sexta-feira (25), um incêndio que se espalha rapidamente ao norte de Angeles, Califórnia, com novas ordens de evacuação emitidas depois de 40 mil moradores já terem sido forçados a deixar suas casas.

Com previsão de ventos fortes e condição seca, funcionários percorreram porta a porta Santa Clarita, a 50 quilômetros de Los Angeles, pedindo à população que fosse embora antes que as chamas se aproximem, informou a imprensa local.

O fogo cruzou a autoestrada do Vale do Antílope nesta sexta pela manhã, forçando seu fechamento e a ampliação da zona de evacuação.

O incêndio Tick se estendeu por 1.600 hectares e está contido em apenas 5%, disse hoje o Departamento de Silvicultura e Proteção contra Incêndios da Califórnia. Pelo menos 10 mil casas estão ameaçadas, e escolas e universidades não abriram.

Contando com o apoio de aviões-tanque e helicópteros, cerca de 500 bombeiros combatem as chamas. Até o momento, não há informações de feridos.

Algumas pessoas tentaram proteger seus imóveis, usando mangueira de jardim para apagar as chamas, mas várias casas foram queimadas.

- Outros focos -

Cerca de 640 quilômetros ao norte, no condado de Sonoma, outro incêndio queimou 6.400 hectares, incluindo bosques de carvalho e vinhedos. Também está contido em apenas 5% das chamas. Foram emitidas ordens de retirada obrigatórias para a comunidade de Geyserville, em Sonoma.

"Olhamos para a colina e não conseguíamos acreditar no que estávamos vendo", disse Dwight Monson, de 68, dono de um rancho, em entrevista ao jornal "Los Angeles Times".

Ele acrescentou que o incêndio se moveu 22 quilômetros em cinco horas, antes de destruir quatro casas e um armazém em sua propriedade. "Se você estiver em Geyserville, vá embora agora", aconselhou o gabinete do xerife, citando uma ameaça para a vida e a propriedade.

Vários incêndios explodiram em toda Califórnia, que está sob bandeira vermelha, devido aos ventos, às altas temperaturas e à baixa umidade. Um incêndio florestal no condado de San Bernardino também provocou ordens de evacuação.

A companhia Pacific Gas & Electric Co. (PG&E) disse estar inspecionando as linhas e restaurando o serviço, depois de cortar a energia de 180 mil clientes no norte da Califórnia para reduzir o risco de incêndios acidentais.

Cortes de energia preventivos também afetaram milhares de usuários mais ao sul. Espera-se que os fortes ventos no norte diminuam nesta sexta, mas a previsão é de que recomecem no domingo, advertiu o Serviço Meteorológico Nacional.

No passado, a PG&E, a maior empresa de serviços públicos da Califórnia, foi responsável por vários incêndios florestais no estado. A Califórnia ainda está se recuperando de incêndios florestais mortais em 2017 e 2018 que deixaram mais de 100 mortos.

Grande parte da Califórnia se encontra em alerta nesta sexta-feira (11), devido aos incêndios que atingem o sul dos Estados Unidos e já destruíram dezenas de construções. No momento, não há relatos de feridos.

Um incêndio a cerca de 115 quilômetros a leste de Los Angeles varreu um acampamento de trailers, e um motorista teve de jogar em um acostamento o lixo que carregava em seu caminhão depois que o material começou a pegar fogo, relatou a porta-voz do Corpo de Bombeiros do Condado de Riverside, April Newman, ao jornal "Los Angeles Times".

Mais de 200 bombeiros, apoiados por um helicóptero, combatem as chamas, informou o departamento em sua página on-line, acrescentando que 74 casas e prédios foram destruídos. As autoridades ordenaram que 1.900 casas na área fossem evacuadas.

Enquanto isso, outro incêndio no noroeste de Los Angeles afeta cerca de 650 hectares. Os meteorologistas alertaram sobre ventos fortes e condições extremamente críticas de incêndio nesta sexta-feira. As autoridades estaduais também emitiram o alerta máximo para incêndios.

Mais de meio milhão de pessoas no estado ficaram sem energia na quinta-feira (10), depois que as concessionárias do setor cortaram a energia de algumas linhas para evitar possíveis faíscas nos cabos. No ano passado, incêndios de origem semelhante deixaram cerca de 90 mortos.

Um relatório elaborado pela ONG de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) divulgado nesta terça-feira (17) revelou que o desmatamento ilegal e as queimadas na Amazônia estão relacionados a uma rede de criminosos que intimidam defensores do meio ambiente no país.

Com 169 páginas, o documento "Máfias do pê: como a violência e a impunidade impulsionam o desmatamento na Amazônia brasileira" afirma que os criminosos pagam por mão de obra, por grandes maquinários (motosserras, tratores, correntes, caminhões), e por proteção de milícia armada contra quem tenta denunciar os crimes.

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Além disso, eles ameaçam povos indígenas, agricultores, funcionários públicos e até policiais. Os alvos do crime são os chamados "defensores da terra".

Segundo a HRW, a destruição da floresta é uma consequência da grilagem, um crime que ocorre quando a terra é tomada por pessoas que se apropriam dela ilegalmente. Os criminosos desmatam, queimam e colocam gados no pasto restante e depois vendem tudo com documentos falsos, "legalizando" o espaço invadido. 

Além disso, o relatório revela que o governo brasileiro fracassou ao tentar investigar e processar os responsáveis pelos crimes ambientais e documenta 28 assassinatos, a maioria registrado após 2015, nos quais os criminosos estavam envolvidos com a destruição da floresta.

Os dados revelaram que a maioria das vítimas era indígenas ou membros de comunidades locais.

"Os brasileiros que defendem a Amazônia estão a enfrentar ameaças e ataques de redes criminosas envolvidas em extração ilegal de madeira", afirmou Daniel Wilkinson, diretor de direitos humanos e meio ambiente da Human Rights Watch. De acordo com ele, a "situação só está a piorar com o presidente [Jair] Bolsonaro, cujo ataque às agências ambientais do país está a colocar em risco a floresta tropical e as pessoas que vivem lá".

O texto foi elaborado a partir de mais de 170 entrevistas realizadas entre 2017 e 2019 com moradores do Pará, Maranhão e Rondônia, além de membros de povos indígenas, agricultores e representantes de Instituições.

Da Ansa

Grandes incêndios devastam a floresta tropical da Indonésia e a fumaça tóxica forçou nesta terça-feira a suspensão das aulas em centenas de escolas no sudeste da Ásia.

Vastas áreas de florestas nas ilhas de Sumatra e Bornéu estão ardendo, enquanto milhares de pessoas lutam para controlar as chamas, frequentemente provocadas com o objetivo de limpar as terras para cultivos.

Também se acredita que a queimada para a agricultura é a causa dos enormes incêndios que atualmente devastam a Amazônia. Especialistas acreditam que eles poderiam ter um sério impacto na mudança climática.

Na Indonésia, o número de focos de incêndios disparou em algumas zonas, inclusive em Bornéu.

A qualidade do ar caiu a níveis "insalubres" em Kuala Lumpur e seus arredores, de acordo com o índice de poluentes atmosféricos determinado pelo governo.

O cheiro da queimada domina a região. Os moradores relatam problemas respiratórios e reclamam de problemas de vista.

"Os olhos doem e a fumaça provoca problemas respiratórios", declarou em Kuala Lumpur a turista indonésia Indah Sulistia. "A neblina também cria problemas para tirar fotos", acrescentou.

Quase 400 escolas permaneceram fechadas nesta terça-feira em nove distritos do estado de Sarawak, em Bornéu. Mais de 150.000 alunos foram afetados, de acordo com a secretaria de Educação.

Na província indonésia de Jambi, em Sumatra, alguns jardins de infância permanecerão fechados até sexta-feira. As escolas do ensino fundamental e médio também suspenderam as aulas, mas as autoridades não divulgaram números precisos.

O prefeito de Jambi, Syarif Fasha, pediu aos moradores que utilizem máscaras de proteção. O agência nacional de gestão de desastres da Malásia informou que 500.000 máscaras serão enviadas ao comitê de desastres do estado de Sarawak.

"Isto é realmente aterrorizante", afirmou Atiah, morador de Jambi.

"Estou tossindo e tenho dificuldades para respirar. Não sei o que vai significar para minha saúde", completou.

Na segunda-feira, a Malásia anunciou que planejava uma semeadura de nuvens para induzir a chuva e limpar o ar, liberando certos produtos químicos, embora alguns cientistas questionem a eficácia do método.

Os ecologistas indonésios pediram uma campanha contra as queimadas como sistema de limpeza da terra.

"Esperamos que o governo faça cumprir a lei contra as pessoas negligentes que permitiram a queimada de suas terras", declarou Rudi Syaf, diretor do grupo Verde da Comunidade de Conservação da Indonésia.

Jacarta mobilizou milhares de agentes adicionais desde agosto para impedir a repetição dos incêndios de 2015, os mais graves em duas décadas, que asfixiaram a região durante semanas e provocaram uma disputa diplomática.

Um estudo americano indica que os incêndios de 2015 podem ter provocado mais de 100.000 mortes prematuras por doenças respiratórias e de outros tipos. O presidente indonésio Joko Widodo advertiu no mês passado que funcionários do governo seriam demitidos se não conseguissem acabar com os incêndios florestais.

burs-pb/je/mab/age

Onze bombeiros recém-chegados de Israel vão auxiliar as equipes de brigadistas e militares brasileiros que estão combatendo incêndios na Amazônia. Os israelenses chegaram nesta quinta-feira (5) a Brasília e foram recebidos pelo presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto.

Segundo o Ministério da Defesa, antes de seguir viagem para Porto Velho (RO), o grupo participou de uma primeira reunião no Centro de Operações Conjuntas, montado no prédio do ministério. A partir da sexta-feira (6), os israelenses participarão da Operação Verde Brasil, iniciativa que reúne representantes de vários órgãos de Estado para tentar apagar os incêndios que atingem a Amazônia Legal (região composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins).

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De acordo com o ministério, os 11 bombeiros israelenses atuarão em áreas a serem definidas pelos responsáveis pela operação. O grupo permanecerá no país até o próximo dia 11. "Os israelenses trazem novas experiências e novas tecnologias. Eles são importantes para trocarmos informações. São bem-vindos para reforçar a nossa equipe", afirmou o Subchefe de Operações, vice-almirante Ralph Dias da Silveira Costa.

Ainda segundo o Ministério da Defesa, cerca de 100 militares do 2° Batalhão de Infantaria de Selva, sediado em Belém (PA), estão sendo deslocados para atuar no combate a incêndios e outros crimes ambientais, na região da Serra do Cachimbo, no sul do Pará. Metade deste efetivo partiu na tarde de hoje, em uma aeronave C-130, da Força Aérea Brasileira (FAB), com destino ao Campo de Provas Brigadeiro Veloso, uma base aérea militar localizada em Novo Progresso (PA), próximo a Serra do Cachimbo. O restante do grupo viaja na sexta-feira (06).

Os militares do Comando Conjunto Norte também prestaram apoio logístico ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e à Força Nacional para que garimpos ilegais de cassiterita fossem desativados, impedindo a exploração de minério na unidade de preservação ambiental Flora de Altamira, também no Estado do Pará. Todo o maquinário apreendido foi inutilizado.

*Com informações da Ascom/MD

 

A Polícia Federal deu início, na manhã desta segunda-feira (26), às ações no âmbito da Operação Verde Brasil, com o objetivo de identificar, reprimir e investigar eventuais delitos ambientais perpetrados na região da Floresta Amazônica.

A PF se junta às Forças Armadas, ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente - IBAMA e à Força Nacional para a atuação conjunta nas áreas de fronteira, nas terras indígenas e nas unidades federais de conservação ambiental, dando cumprimento ao Decreto nº 9.985/2019, que visa estabelecer ações para a garantia da lei e da ordem.

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Na manhã desta segunda, um avião da Força Aérea Brasileira - FAB decolou da Base Aérea de Brasília levando uma equipe de policiais federais composta por delegados, escrivães, agentes e peritos criminais para a região.

Além desse efetivo especialmente deslocado para a operação, todas as Superintendências e Delegacias localizadas na Amazônia Legal estão mobilizadas em tempo integral para identificar e reprimir qualquer ação criminosa na esfera ambiental.

A PF esclarece, ainda, que em cumprimento a Despacho do Sr. Presidente da República, instaurou inquérito policial para investigar a possível existência de ações premeditadas que teriam ocasionado queimadas e focos de incêndio criminosos na área da Floresta Nacional de Altamira.

*Do site da Polícia Federal

 

O astronauta italiano Luca Parmitano tirou fotos da fumaça de milhares de quilômetros dos incêndios florestais na Amazônia a bordo da Estação Espacial Internacional (EEI).

Parmitano publicou no Twitter as fotos da fumaça cobrindo a Amazônia, qualificando os incêndios como "dolosos".

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Incêndios na Amazônia

De acordo com o Programa Queimadas, do instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de foco de queimadas na Amazônia em agosto já ultrapassou a média dos últimos 21 anos. Trata-se de 25.934 focos ativos de queimadas até o dia 24 de agosto.

A Floresta Amazônica abrange uma área de cerca de sete mil quilômetros quadrados, entrando no território de nove países. Vale destacar que 60% de toda a Amazônia estão no Brasil. Ela é chamada de "pulmão" da Terra, por produzir 20% de todo o oxigênio do planeta.

Da Sputnik Brasil

O senador Jorge Kajuru (Patriota-GO) sugeriu, nesta segunda-feira (26), em Plenário, que o presidente Jair Bolsonaro tenha humildade e adote outra postura em relação à política ambiental, reconhecendo erros cometidos em sua condução.

Para o senador, Bolsonaro, num primeiro momento, questionou o aumento do número de queimadas. Em seguida, diante dos dados que comprovavam o fato, buscou apontar supostos responsáveis pelos incêndios, sem a devida comprovação, com foco especial nas organizações não governamentais.

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Além disso, segundo o senador, ele diz ser desnecessária a confrontação do governo brasileiro com o presidente francês Emanuel Macron, o que, de acordo com Kajuru, piorou o cenário que só se normalizou com o anúncio de ajuda de países do G-7 no combate aos incêndios.

“Se, por um lado, temos de analisar bem como aceitar a ajuda de países ricos, sem comprometer a nossa soberania, por outro lado, tudo o que está acontecendo pode significar também a grande oportunidade para uma mais atenta reflexão sobre uma política ampla, geral e duradoura para a região amazônica, que contemple o desenvolvimento econômico local e a preservação do meio ambiente”, defendeu.

Kajuru destacou ainda o fato de a Amazônia ser valiosa para o mundo. Daí justificar-se a preocupação de países do G-7 e a ideia de levar à Organização das Nações Unidas a discussão da possibilidade de um apoio para a proteção da floresta.

*Da Agência Senado

 

O papa Francisco disse neste domingo (25) que está "preocupado" com as queimadas na Amazônia. "Estamos todos preocupados com os vastos incêndios que se desenvolveram na Amazônia. Rezemos para que, com o empenho de todos, sejam domados rapidamente. Aquele pulmão de florestas é vital para o nosso planeta", disse o argentino Jorge Mario Bergoglio.

O tema foi citado durante a tradicional celebração do Ângelus, que ocorre todo domingo, na Praça São Pedro, no Vaticano. O Papa tem a preservação do meio ambiente como um dos principais pilares do seu Pontificado.

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Em 2015, Francisco publicou sua encíclica "Laudato Sì", a qual aborda as mudanças climáticas e o uso de recursos naturais pelo sistema econômico mundial. Francisco convocou para outubro um sínodo no Vaticano para falar sobre a evangelização na Amazônia e as condições da floresta.

Da Ansa

Regularização fundiária combinada com assistência técnica, crédito, educação rural e ciência e tecnologia é a fórmula para acabar com o desmatamento e as queimadas na Amazônia, sugeriram os participantes de audiência pública da Subcomissão Temporária sobre a Regularização Fundiária nesta sexta-feira (23).

A reunião foi conduzida pelo presidente da subcomissão, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO). Em sua avaliação, o caminho para acabar com os incêndios na Amazônia é a regularização fundiária na região, somada à assistência técnica, crédito rural, tecnologia e educação. Assim, disse o senador, o agricultor pode “limpar e preparar o solo sem precisar recorrer a queimadas, usando técnicas de produção mais modernas, com recursos para financiar a sua produção sem agredir o meio ambiente, produzindo de modo sustentável e com mais produtividade”.

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Acir Gurgacz disse que, no estado de Rondônia, mais de 70% dos proprietários de imóveis rurais não têm títulos definitivos de seus imóveis, ou seja, mais de 300 mil pessoas. Outras 150 vivem em assentamentos da reforma agrária, acrescentou.

“Não precisamos derrubar uma única árvore para dobrar nossa produção de grãos, da pecuária e da agricultura familiar, o que falta é regularização fundiária e recuperação das áreas degradadas. Precisamos trazer a Amazônia para dentro do Brasil. Lutar com força pela integração da Amazônia ao território nacional, com mais proteção das florestas, com um modelo de desenvolvimento sustentável, agricultura de baixo impacto e alta produtividade”, disse Gurgacz.

A importância da agricultura familiar para o país foi um dos pontos destacados pelo presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), Carlos Lopes. Ele informou que a agricultura familiar e os pequenos produtores do Brasil são responsáveis por 77% dos empregos formais no campo, abrangendo 85% das propriedades rurais do país.

Além disso, o campo representa 40% da população economicamente produtiva, a agricultura familiar é base da economia de 90% dos municípios com menos de 20 mil habitantes e 88% das terras da Amazônia Legal estão em poder de pequenos produtores, comunidades quilombolas, pescadores, povos originários e assentados da reforma agrária, acrescentou Carlos Lopes.

Ele disse que, sem o processo da regularização fundiária e escrituração, essas populações ficam condicionados à tutela do Estado, “dependendo dele para conseguir sustento, assistência e alívio das necessidades básicas, gerando grandes custos ao erário da União”. Segundo seu presidente, a Conafer defende como solução um processo em massa de regularização fundiária e escrituração de propriedades.

Carlos Lopes disse ainda que a regularização fundiária dará autonomia aos produtores, diminuirá a grilagem de terras e os conflitos agrários, aumentará a arrecadação do Estado e reduzirá o desmatamento e a degradação ambiental. Além disso, a regularização também facilitará o monitoramento, medição e repressão ao desmatamento, com uso de tecnologias como o georreferenciamento e o uso de drones.

Por sua vez, a diretora substituta de Ordenamento da Estrutura Fundiária do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Annie Muzzi, explicou que o instituto é o órgão responsável pela reforma agrária e ordenamento fundiário em todo o país. Entretanto, informou, o Incra tem apenas 78 servidores para tratar da regularização fundiária em todo o território nacional.

Annie Muzzi disse também que a regularização de terras vai reduzir os conflitos pela posse de terras, além de contribuir para a preservação do meio ambiente e diminuição de danos ambientais. Também vai aumentar a segurança jurídica, a inclusão produtiva e o acesso a políticas públicas por parte dos agricultores, acrescentou.

O secretário especial de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luiz Antônio Nabhan Garcia, afirmou que “dar título de propriedade é dar dignidade”.

“A regularização fundiária para o Brasil, e principalmente para a Amazônia Legal, é fundamental, pois trará segurança jurídica, que acarreta segurança econômica e social. O governo tem por meta e tem por dever essa questão”,  afirmou Nabhan Garcia.

De acordo com ele, o governo Bolsonaro tem a meta de entregar, de 2019 a 2022, pelo menos 600 mil títulos de propriedade. Ele cobrou empenho do Incra para que a meta seja atingida.

“Tem assentados que estão acampados há 30 anos e ainda não têm o título de suas propriedades. O Incra precisa trabalhar bastante. Nós precisamos levar ao campo a segurança jurídica”, disse o secretário especial.

Também participaram da audiência pública André Luís Pereira Nunes, coordenador-geral de Edificações, Projetos e Obras, da Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União do Ministério da Economia, e o senador Izalci Lucas (PSDB-DF).

A Subcomissão Temporária sobre a Regularização Fundiária funciona no âmbito da Comissão de Agricultura (CRA), cuja presidente é a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS).

*Da Agência Senado

 

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