Confrontos entre integrantes do exército iraquiano e sunitas armados que isolaram duas cidades na região central do país deixaram 38 mortos, um dia depois de um sangrento incidente envolvendo soldados e manifestantes e uma série de episódios relacionados terem resultado na morte de 56 pessoas.
Outros episódios de violência deixaram 13 mortos em outras partes do país. No total, entre ontem e hoje, quase 110 pessoas morreram em episódios de violência no Iraque.
##RECOMENDA##Os incidentes dos últimos dois dias refletem um aumento da tensão entre sunitas e xiitas e alimentam temores de que o país possa estar se encaminhando para uma nova onda de violência sectária.
Os confrontos desta quarta-feira tiveram início depois que as estradas que levam à cidade sunita de Qara Tappah, cerca de 120 quilômetros a nordeste de Bagdá, foram bloqueadas por membros de tribos sunitas. Tropas do governo chegaram para tentar abrir a cidade e houve confrontos. Helicópteros dispararam contra os sunitas e a polícia informou que 15 agentes de segurança e sete soldados morreram.
Enquanto isso, soldados do governo e grupos sunitas armados entraram em choque pelo controle de Suleiman Bag, na província de Salahuddin, 150 quilômetros ao norte de Bagdá. Pelo menos 16 pessoas morreram no confronto, sendo quatro soldados. Fontes policiais e hospitalares disseram que haviam "homens armados" entre os outros 12 mortos, mas não havia mais detalhes.
Em outro ponto do Iraque, três homens armados foram mortos quando atacaram um posto de verificação perto da cidade de Mossul, ex-reduto da Al-Qaeda, a 360 quilômetros a noroeste de Bagdá.
Mais tarde, um carro-bomba atingiu uma patrulha no norte de Bagdá, matando um policial e dois civis, informou a polícia. No final da tarde, um carro-bomba explodiu nas proximidades de um ponto de ônibus de Bagdá, no bairro majoritariamente xiita de Husseiniyah, matando sete pessoas e ferindo 23.
Funcionários de hospitais confirmaram os números de mortos e feridos. Todos as fontes falaram sob a condição de anonimato, porque não estão autorizados a conversar com jornalistas.
A violência desta quarta-feira ocorre um dia depois de forças de segurança terem invadido um acampamento de protesto sunita na cidade de Hawija, dando início a violentos confrontos e a uma série de ataques, a maioria contra mesquitas sunitas, que deixaram 56 mortos. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.