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Confrontos entre integrantes do exército iraquiano e sunitas armados que isolaram duas cidades na região central do país deixaram 38 mortos, um dia depois de um sangrento incidente envolvendo soldados e manifestantes e uma série de episódios relacionados terem resultado na morte de 56 pessoas.

Outros episódios de violência deixaram 13 mortos em outras partes do país. No total, entre ontem e hoje, quase 110 pessoas morreram em episódios de violência no Iraque.

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Os incidentes dos últimos dois dias refletem um aumento da tensão entre sunitas e xiitas e alimentam temores de que o país possa estar se encaminhando para uma nova onda de violência sectária.

Os confrontos desta quarta-feira tiveram início depois que as estradas que levam à cidade sunita de Qara Tappah, cerca de 120 quilômetros a nordeste de Bagdá, foram bloqueadas por membros de tribos sunitas. Tropas do governo chegaram para tentar abrir a cidade e houve confrontos. Helicópteros dispararam contra os sunitas e a polícia informou que 15 agentes de segurança e sete soldados morreram.

Enquanto isso, soldados do governo e grupos sunitas armados entraram em choque pelo controle de Suleiman Bag, na província de Salahuddin, 150 quilômetros ao norte de Bagdá. Pelo menos 16 pessoas morreram no confronto, sendo quatro soldados. Fontes policiais e hospitalares disseram que haviam "homens armados" entre os outros 12 mortos, mas não havia mais detalhes.

Em outro ponto do Iraque, três homens armados foram mortos quando atacaram um posto de verificação perto da cidade de Mossul, ex-reduto da Al-Qaeda, a 360 quilômetros a noroeste de Bagdá.

Mais tarde, um carro-bomba atingiu uma patrulha no norte de Bagdá, matando um policial e dois civis, informou a polícia. No final da tarde, um carro-bomba explodiu nas proximidades de um ponto de ônibus de Bagdá, no bairro majoritariamente xiita de Husseiniyah, matando sete pessoas e ferindo 23.

Funcionários de hospitais confirmaram os números de mortos e feridos. Todos as fontes falaram sob a condição de anonimato, porque não estão autorizados a conversar com jornalistas.

A violência desta quarta-feira ocorre um dia depois de forças de segurança terem invadido um acampamento de protesto sunita na cidade de Hawija, dando início a violentos confrontos e a uma série de ataques, a maioria contra mesquitas sunitas, que deixaram 56 mortos. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Confrontos entre integrantes do Exército iraquiano e sunitas armados que isolaram uma cidade da região central do país deixaram 22 mortos, um dia depois de um sangrento incidente envolvendo soldados e manifestantes ter resultado na morte de 56 pessoas. Outros episódios de violência deixaram 13 mortos em outras partes do país. Autoridades iraquianas informaram que entre terça-feira e hoje, 110 pessoas morreram no Iraque.

Os episódios de violência elevam as tensões entre sunitas e xiitas e aumentam os temores de que o país pode estar se encaminhando para uma nova rodada de violência sectária.

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Os confrontos desta quarta-feira tiveram início depois que as estradas que levam a cidade sunita de Qara Tappah serem bloqueadas por membros de tribos sunitas. Tropas do governo chegaram para tentar abrir a cidade e houve confrontos. Helicópteros dispararam contra os sunitas e a polícia informou que 15 deles e sete soldados morreram.

Em outro ponto da cidade, três homens armados foram mortos quando atacaram um posto de verificação perto da cidade de Mosul, ex-reduto da Al-Qaeda, a 360 quilômetros a noroeste de Bagdá.

Mais tarde, um carro-bomba atingiu uma patrulha no norte de Bagdá, matando um policial e dois civis, informou a polícia. No final da tarde, um carro-bomba explodiu nas proximidades de um ponto de ônibus de Bagdá, no bairro majoritariamente xiita de Husseiniyah, matando sete pessoas e ferindo 23.

A violência desta quarta-feira ocorre um dia depois de forças de segurança terem invadido um acampamento de protesto sunita na cidade de Hawija, dando início a violentos confrontos e a uma série de ataques, a maioria contra mesquitas sunitas, que deixaram 56 mortos.

O Ministério da Defesa do Iraque disse que as forças de segurança entraram na área de protesto para tentar realizar prisões relacionadas a um ataque a um postos de verificação próximo, ocorrido dias antes, e teriam sido alvo de intenso tiroteio de vários tipos de armas.

As ações de terça-feira aconteceram após quatro meses de protestos - em sua maioria pacíficos - realizados pela minoria sunita contra o governo, liderado por xiitas. Os sunitas iraquianos dizem que enfrentam discriminação, particularmente na aplicação da dura lei antiterrorismo, que afirmam, os afeta injustamente. O governo costuma realizar prisões em áreas sunitas sob acusações de que os detidos têm ligações com a Al-Qaeda ou com o deposto regime baathista do ditador Saddam Hussein. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Forças de segurança invadiram nesta terça-feira um acampamento de protesto no norte do Iraque, dando início a uma onda de violência que resultou na morte de pelo menos 56 pessoas em diferentes cidades do país árabe.

O acampamento de protesto foi armado há quatro meses por integrantes da comunidade sunita da província de Kirkuk. Eles se queixam de negligência por parte do governo iraquiano, dominado por políticos xiitas.

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A invasão ao acampamento em Hawija, cerca de 240 quilômetros ao norte de Bagdá, começou ainda durante a madrugada. A operação ocorre apenas quatro dias depois de um ataque a um posto militar na cidade.

O Ministério da Defesa da Iraque informou que 23 pessoas morreram hoje em Hawija, inclusive três soldados e milicianos sunitas que, segundo o governo, aproveitavam o acampamento para se esconder das autoridades locais.

Em sua versão dos acontecimentos, o Ministério da Defesa assegura que soldados avisaram aos manifestantes para que se retirassem pacificamente. Pelo menos 75 pessoas foram detidas e diversas armas foram apreendidas, inclusive metralhadoras, granadas de mão, adagas e espadas.

Filmagens feitas por cinegrafistas amadores publicadas no YouTube mostram a tropa de choque da polícia investindo contra um grupo de homens. Pelo menos quatro caminhões com canhões d'água aparecem nas imagens. Diversos civis podiam ser vistos empunhando espadas e é possível ouvir a polícia ordenando a eles que recuassem enquanto um helicóptero sobrevoa o acampamento.

A ação policial contra o acampamento causou revolta entre integrantes da comunidade sunita à medida que a notícia se espalhava. Pouco depois, 13 homens armados morreram durante um ataque a postos militares nas cidades de Rashad e Riyadh, ambas na província de Kirkuk.

Em Faluja, os alto-falantes das mesquitas foram usados para convocar os moradores para protestos em solidariedade aos mortos em Hawija. Cerca de mil pessoas saíram às ruas e houve confronto com a polícia. Pelo menos um policial morreu e as autoridades locais decretaram toque de recolher na cidade.

Houve episódios de violência em diversas outras cidades e pelo menos três mesquitas sunitas foram atacadas.

No bairro bagdali de Dora, duas bombas explodiram em uma mesquita, deixando sete mortos e 17 feridos. Também na capital iraquiana, um homem abriu fogo na saída de uma mesquita, matando três pessoas e ferindo nove. Em Muqdadiya, 90 quilômetros ao norte de Bagdá, a explosão de uma bomba matou oito pessoas e feriu 20.

Também nesta terça-feira, um funcionário da justiça eleitoral iraquiana foi morto a tiros em Cidade Sadr, bairro predominantemente xiita da zona leste de Bagdá.

O ataque a Hawija foi duramente condenado por líderes sunitas e diplomatas estrangeiros. O primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, anunciou pouco depois a formação de uma comissão ministerial para investigar a ofensiva. As informações são da Associated Press.

Os iraquianos votam neste sábado (20) em eleições regionais em meio a um forte esquema de segurança, marcando a primeira votação desde a retirada do exército dos EUA do país, o que representa um importante teste para a estabilidade no Iraque.

Os resultados da eleição não afetarão diretamente o governo nacional, mas serão um medidor do apoio dos vários blocos políticos nos meses que antecederão as eleições parlamentares previstas para 2014. Além disso, os resultados podem exacerbar as já graves tensões sectárias no país.

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A votação deste sábado também vai testar o exército e a polícia do Iraque, que enfrentam o ressurgimento da insurgência da Al-Qaeda e estão cuidando sozinhos da segurança de uma eleição pela primeira vez desde a invasão liderada pelos Estados Unidos, em 2003.

Cordões de segurança foram colocados em torno dos locais de votação e apenas veículos autorizados podiam circular pelas ruas das grandes cidades. Os eleitores tiveram seus dedos marcados com tinta depois de votarem, para garantir que cada pessoa vote apenas uma vez.

No início da tarde, em horário local, Martin Kobler, representante especial da ONU para o Iraque, afirmou que o processo estava ocorrendo tranquilamente. Houve relatos de violência nas primeiras horas de votação, mas sem fatalidades, embora seis pessoas tenham ficado feridas. Morteiros atingiram as proximidades de alguns locais de votação na capital Bagdá e em outras cidades, segundo a polícia.

O vice-ministro do Interior, Adnan al-Asadi, descreveu a situação da segurança como estável. "A polícia e o exército estão espalhados por todos os lugares para garantir que o dia da eleição e os locais de votação estejam seguros. Pedimos que todos votem, porque esse é o melhor meio de enfrentar o terrorismo", disse al-Adadi à rede de televisão estatal.

Muqdad al-Shuraifi, integrante da comissão eleitoral, informou que uma contagem preliminar mostrou que 51% dos eleitores foram às urnas, o mesmo porcentual de comparecimento das últimas eleições provinciais, realizadas em 2009.

As eleições foram realizadas em mais de 5,3 mil locais de votação para membros dos conselhos provinciais, que representam 12 das 18 regiões administrativas do Iraque. Milhares de candidatos de 50 blocos eleitorais concorrem a 378 cargos. A última vez em que os iraquianos elegeram membros para os conselhos provinciais foi em janeiro de 2009.

Pelo menos 14 candidatos foram mortos nas últimas semanas e algumas escolas que seriam usadas como local de votação foram bombardeadas. Havia 13,8 milhões de pessoas aptas a votar nas eleições provinciais deste sábado. Os resultados devem demorar vários dias para serem divulgados.

As informações são da Associated Press.

Os iraquianos votam neste sábado (20) em eleições regionais em meio a um forte esquema de segurança, marcando a primeira votação desde a retirada do exército dos EUA do país. Esse será um importante teste sobre a estabilidade no Iraque.

Os resultados da eleição não afetarão diretamente o governo nacional, mas serão um medidor do apoio dos vários blocos políticos nos meses que antecederão as eleições parlamentares previstas para 2014. Além disso, os resultados podem exacerbar as já graves tensões sectárias no país.

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A votação deste sábado também vai testar o exército e a polícia do Iraque, que enfrentam o ressurgimento da insurgência da Al-Qaeda e estão garantindo uma eleição sozinhos pela primeira vez desde a invasão liderada pelos EUA em 2003.

Cordões de segurança foram colocados em torno dos locais de votação e apenas veículos autorizados podem circular pelas ruas das grandes cidades. Os eleitores estão marcando um dedo com tinta depois de votarem, para garantir que cada pessoa vote apenas uma vez.

No início da tarde, em horário local, Martin Kobler, representante especial da ONU para o Iraque, afirmou que o processo estava ocorrendo tranquilamente. Houve relatos de violência nas primeiras horas de votação, mas sem fatalidades, embora seis pessoas tenham ficado feridas. Morteiros atingiram as proximidades de alguns locais de votação na capital Bagdá e em outras cidades, segundo a polícia.

O vice-ministro do Interior, Adnan al-Asadi, descreveu a situação da segurança como estável. "A polícia e o exército estão espalhados por todos os lugares para garantir que o dia da eleição e os locais de votação estejam seguros. Pedimos que todos façam o seu voto, por que esse é o melhor meio de enfrentar o terrorismo", disse al-Adadi à rede de televisão estatal.

A televisão estatal mostrou autoridades do governo, incluindo o primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, depositando seus votos no Hotel Rasheed, na fortificada Zona Verde de Bagdá. A maioria xiita vem liderando a sucessão de governos no Iraque desde a deposição de Saddam Hussein e seu regime sunita, em 2003.

As eleições estão sendo realizadas em mais de 5,3 mil locais de votação para membros dos conselhos provinciais, que servirão 12 das 18 regiões administrativas do Iraque. Milhares de candidatos de 50 blocos eleitorais estão concorrendo a 378 postos. A última vez em que os iraquianos elegeram membros para os conselhos provinciais foi em janeiro de 2009.

Pelo menos 14 candidatos foram mortos nas últimas semanas e algumas escolas que seriam usadas como local de votação foram bombardeadas. Há 13,8 milhões de pessoas que podem votar nas eleições provinciais deste sábado. Os resultados devem demorar vários dias para serem divulgados. As informações são da Associated Press.

Pelo menos 22 pessoas morreram e 35 ficaram feridas na noite desta quinta-feira em Bagdá, quando um militante suicida detonou os explosivos que levava atados ao corpo dentro de uma lanchonete na zona oeste da capital iraquiana.

Duas crianças e uma mulher estão entre os mortos, informou a polícia bagdali. Uma fonte no setor de saúde de Bagdá confirmou o número de vítimas. Não há mais detalhes disponíveis. As informações são da Associated Press.

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Insurgentes lançaram o que parece ter sido uma série de ataques coordenados no Iraque na manhã desta segunda-feira, matando pelo menos 55 pessoas, marcando o dia mais violento no país em quase um mês.

Os ataques, muitos dos quais realizados com carros-bomba, tiveram início menos de uma semana antes de a maioria dos iraquianos ir às urnas para as primeiras eleições desde a retirada das tropas norte-americanas em 2011, o que representa um teste para a capacidade das forças de segurança de evitar um derramamento de sangue.

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Nenhum grupo havia assumido a responsabilidade pelas ações, mas ataques coordenados são um tática usada pelo braço da Al-Qaeda no Iraque.

Autoridades iraquianas acreditam que o grupo insurgente esteja se fortalecendo e aumentando sua coordenação com aliados que lutam para derrubar o presidente sírio Bashar Assad, do outro lado da fronteira. De acordo com essas fontes, o aumento da falta de controle na fronteira entre a Síria e o Iraque e a cooperação com o grupo sírio Frente Nusra tem melhorado o fornecimento de armas e de combatentes estrangeiros para os militantes.

A intensificação da violência, parte dela relacionada às eleições provinciais que acontecem no próximo sábado, preocupa autoridades iraquianas e diplomatas sediados em Bagdá. Pelo menos 14 candidatos foram mortos nas últimas semanas; um deles foi assassinado numa aparente emboscada no domingo.

"Obviamente estamos preocupados com a violência no país, que tem aumentado nas últimas semanas", disse à Associated Press o enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) ao Iraque, Martin Kobler. Ele condenou o derramamento de sangue e pediu a autoridades iraquianas que mantenham as eleições. "Elas (as eleições) devem ser livres e justas e cada eleitor deve ir às urnas sem intimidação ou medo", afirmou ele.

O major-general iraquiano, Hassan al-Baydhani, o número 2 no comando do Exército do país, disse que as forças de segurança desarmaram três carros-bomba em Bagdá antes que pudessem ser detonados. Ele descreveu os episódios de violência como uma tentativa de prejudicar as eleições e intimidar os eleitores. "Os terroristas querem ficar nas manchetes na medida em que o dia das eleições se aproxima", afirmou ele.

Quase todos os ataques informados pela polícia foram realizados com bombas. As ações tiveram uma abrangência muito ampla, já que aconteceram não apenas em Bagdá, mas também na cidade sunita de Faluja, no Leste, em Kirkuk, cidade rica em petróleo e etnicamente diversificada, além de localidades predominantemente xiitas no sul.

Outros ataques foram registrados ao norte da capital, dentre eles Baquba, antigo reduto da Al-Qaeda, e na cidade natal de Saddam Hussein, Tikrit.

O ataque mais violento aconteceu em Bagdá, onde 25 pessoas morreram. Em outra ação dos militantes, um carro-bomba estacionado explodiu num ponto de ônibus no subúrbio de Kamaliya, nas proximidades de Bagdá, matando quatro e ferindo 13 pessoas.

Outros dois carros-bomba explodiriam num raro ataque a um estacionamento perto da entrada do Aeroporto Internacional de Bagdá, local onde a segurança é reforçada. Três pessoas morreram, dentre elas o guarda-costas de um legislador xiita, cujo comboio passava pelo local. O político não sofreu ferimentos.

No final da tarde, um carro-bomba estacionado perto de concessionárias de automóveis explodiu no bairro de

Habibiya, em Bagdá, matando dez pessoas. Outras explosões foram registradas nos bairros de Kamila, Karrada, Shurta, Baladiyat e Umm al-Maalif, também na capital.

Em Kirkuk, três carros-bomba explodiram simultaneamente, um num bairro árabe, outro numa localidade curda e o último em um distrito turcomeno, matando quatro pessoas. Outros três carros-bomba explodiram nas proximidades da cidade, matando mais cinco pessoas.

A violência teve início por volta das 6h30 (horário local, 0h30 em Brasília), no antigo reduto insurgente de Faluja, quando um suicida jogou um carro cheio de explosivos contra um posto de verificação da polícia, matando dois policiais e ferindo seis.

Outras 15 pessoas forma mortas e dezenas ficaram feridas em ataques em Baquba, Buhriz, Khalis, Mossul, Mussayab, Nassíria, Rutba, Tarmiyah e Tikrit. Embora a violência no Iraque tenha caído em relação ao ápice registrado em 2006 e 2007, ataques com bomba e de outros tipos continuam comuns. Os ataques foram registrados um dia depois de uma série de ações ter deixado dez mortos.

Os iraquianos devem ir às urnas no próximo sábado para as primeiras eleições desde que as tropas norte-americanas deixaram o país, em dezembro de 2011. O pleito, que vai escolher autoridades locais, será um teste de força para o bloco político do primeiro-ministro Nouri al-Maliki, assim como para a capacidade das forças de segurança de manter o país seguro. As informações são da Associated Press.

As execuções aumentaram de forma "alarmante" no Iraque em 2012, ano em que vários países voltaram a aplicar a pena de morte, mas a tendência mundial continua sendo abolicionista, informou a Anistia Internacional, nesta quarta-feira (10).

Em seu relatório anual sobre a pena de morte no mundo, a organização de defesa dos direitos humanos denunciou pelo menos 682 execuções, duas a mais do que em 2011, em um total de 21 países.

Esse número não inclui, porém, as "milhares" de execuções que a AI acredita terem ocorrido na China, país onde esses dados são considerados segredo de Estado e onde o número de pessoas alvo da pena de morte "voltou a ser superior ao número total no resto do mundo".

Pelo menos 75% das execuções confirmadas aconteceram no Irã, no Iraque e na Arábia Saudita, que aparecem atrás da China no ranking. Oficialmente, o Irã reconheceu ter executado 314 pessoas. A Anistia afirma que, também nesse caso, "o número real é certamente muito superior".

A situação que levanta "grande preocupação" para a Anistia é a do Iraque, país que avançou para o terceiro lugar na lista, com pelo menos 129 execuções em 2012, quase o dobro das 68 registradas no ano anterior e o maior número desde 2005.

No Iraque, geralmente aplicadas por crimes de terrorismo ou de assassinato, a Anistia revela que as execuções "com frequência acontecem em lotes, com até 34 em um único dia".

A organização denuncia também que há outras "centenas de pessoas, cujas condenações já foram confirmadas, que podem ser executadas a qualquer momento".

Outro retrocesso registrado em 2012 foi a retomada das execuções em cinco países - Índia, Japão, Paquistão, Gâmbia e Botsuana -, após períodos mais ou menos longos sem aplicar a pena de morte.

A Índia, que não aplicava a pena capital desde 2004, condenou à forca, em novembro passado, Ajmal Kasab, o único autor sobrevivente dos atentados de Mumbai, em 2008, e que deixou 166 mortos.

O Japão, a única potência industrializada a aplicar a pena de morte juntamente com os Estados Unidos, retomou as execuções em março, depois de um intervalo de 20 meses. Sete pessoas foram mortas.

Em contrapartida, não houve nenhuma execução no Vietnã, em Cingapura e no Bahrein, países que costumam aparecer na lista da Anistia.

"O retrocesso observado em 2012, em alguns países, é decepcionante, mas não inverte a tendência mundial contra o uso da pena de morte", declarou o secretário-geral da organização, Salil Shetty.

"Em muitas partes do mundo, as execuções começam a ser coisa do passado", continuou, acrescentando que "apenas um a cada dez países" aplica, hoje em dia, essa "pena cruel e desumana".

Entre esses 21 países, sete a menos do que em 2003, destacam-se mais uma vez os Estados Unidos, o único do continente americano a aplicar a pena capital. Com 43 execuções em 2012, os EUA ficaram em quinto lugar, atrás de China, Irã, Iraque e Arábia Saudita.

Em toda a Europa e Ásia Central, apenas a Bielo-Rússia fez execuções em 2012, enquanto que a Letônia se tornou o 97º Estado a abolir a pena de morte para todos os crimes.

"Os governos que continuam aplicando a pena de morte ficaram sem argumentos para se justificar. Não está provado, de modo algum, que pena de morte tenha um efeito dissuasório especial frente ao delito", frisou Salil.

Um homem-bomba matou 20 pessoas e feriu dezenas neste sábado (6) em um comício na cidade iraquiana de Baquba. Os explosivos foram detonados no momento em que Muthana al-Jourani, candidato sunita ao conselho provincial, oferecia um almoço aos apoiadores que participavam do evento, em uma tenda armada do lado da sua casa, afirmou o membro do conselho Sadiq al-Huseini.

Um policial, que não quis se identificar por não estar autorizado a falar com a imprensa, afirmou que o candidato, ferido no ataque, não havia solicitado qualquer segurança extra para o evento. Ahmad al-Hadlouj, de 34 anos, que também ficou ferido na explosão, disse que centenas de pessoas haviam se reunido na rua para o comício. O seu pai, membro do bloco político do candidato, também se feriu. "Este é o nosso sangue (derrubado) pela população", disse al-Hadlouj. "Ainda participaremos das eleições."

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Não houve reivindicação imediata de responsabilidade, mas, segundo o policial, o ataque tem a marca dos militantes da Al-Qaeda, que usam homens-bomba, carros-bomba e ataques coordenados no Iraque, com o objetivo de minar a confiança no governo liderado por xiitas.

As informações são da Associated Press.

Um série de bombardeios tendo como alvo mesquitas xiitas no Iraque matou pelo menos 23 pessoas e feriu dezenas nesta sexta-feira. Os episódios integram uma série de ataques organizada por insurgentes, em uma tentativa de minar os esforços do governo xiita de reforçar a segurança pelo país.

Nenhum grupo reivindicou imediatamente a responsabilidade, mas os bombardeios têm a marca do braço iraquiano do Al-Qaeda. O grupo, conhecido como Estado Islâmico do Iraque, frequentemente usa carros-bomba, homens-bomba e explosões coordenadas em um esforço para espalhar medo entre os xiitas e corroer a sua confiança no governo do primeiro-ministro Nouri al-Maliki.

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Na capital iraquiana, quatro carros-bomba atingiram mesquitas xiitas no momento em que os fiéis deixavam os locais após as preces de sexta-feira, matando 19 pessoas e ferindo 72.

Primeiro, um carro estacionado explodiu no bairro de Jihad, no oeste de Bagdá, matando sete fiéis e ferindo 25, segundo um oficial de polícia. Outro policial disse que quatro pessoas foram mortas e quase 20 ficaram feridas em um bombardeio no bairro de Qahira, no leste da cidade. Outras três pessoas morreram e 15 se feriram no distrito de Zafaraniyah, também localizado no leste de Bagdá. Um carro-bomba matou cinco pessoas e feriu 14 no bairro de Binook, no nordeste da capital.

Três autoridades de órgãos de saúde confirmaram o número de vítimas. Todos os oficiais de Bagdá falaram em condição de anonimato porque não estavam autorizados a falar com meios de comunicação.

Na cidade de Kiruk, 290 quilômetros ao norte de Bagdá, um homem dirigiu um carro cheio de explosivos na direção de um grupo de fiéis quando eles deixavam uma mesquita após as preces do dia, matando três pessoas e ferindo até 70, de acordo com o coronel de polícia Najat Hassan. O funcionário do setor de saúde Sidiq Omar Rasool confirmou o número de vítimas em Kirkuk.

A onda de violência se espalhou pelo país em um momento em que o Iraque se prepara para a primeira eleição em três anos. Pleitos provinciais serão realizados em 12 das 18 províncias do país em 20 de abril. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Uma série de ataques resultou na morte de pelo menos seis pessoas no Iraque neste domingo, entre elas um candidato nas eleições regionais que serão realizadas em breve no país, informaram autoridades locais.

Em Mossul, no norte iraquiano, cinco policiais morreram e três ficaram feridos em ataques a dois postos militares na região.

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Em Bagdá, Salah Khabat, candidato a deputado provincial nas eleições regionais iraquianas, foi morto a tiros, disseram fontes na polícia. Os suspeitos fugiram. As informações são da Associated Press.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, chegou neste domingo a Bagdá, capital do Iraque, numa visita inesperada. Kerry partiu de Amã, na Jordânia, depois de ter acompanhado o presidente Barack Obama numa viagem de quatro dias ao Oriente Médio, onde o líder dos EUA visitou Israel, a Autoridade Palestina e a Jordânia. A visita de Kerry ocorre na semana em que são completados dez anos da invasão norte-americana que derrubou o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein.

Autoridades que viajaram com o secretário disseram que a visita tem a intenção de pressionar o primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, e outras autoridades locais a promover reformas democráticas e conter os voos realizados pelo Irã no espaço aéreo iraquiano. Segundo Kerry, esses aviões levam pessoal e equipamentos militares para ajudar o governo Sírio contra os ataques de rebeldes. Os voos têm sido alvo de uma ampla discussão entre EUA e o Iraque. Kerry quer passar a mensagem aos iraquianos de que permitir que o Irã continue a efetuar esses voos piorará a situação da Síria e trará uma ameaça à estabilidade iraquiana.

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Uma autoridade dos EUA disse que os voos "quase diários", assim como os embarques terrestres para a Síria, a partir do Irã, através do Iraque, são inconsistentes com as alegações iranianas de que tratam-se apenas de envio de suprimentos humanitários. Segundo a autoridade, existem vínculos claros entre extremistas da Al-Qaeda que atuam na Síria e militantes que estão conduzindo ataques terroristas no território do Iraque com regularidade crescente.

A fonte explicou ainda que Kerry dirá a al-Maliki que o Iraque não pode fazer parte da discussão sobre o futuro político da Síria até que o país imponha controle às embarcações iranianas.

Como o Iraque está próximo de eleições em suas províncias, que serão realizadas no próximo mês, Kerry também vai enfatizar a importância de assegurar que todos os elementos da sociedade sintam-se representados. A recente decisão de adiar as eleições nas províncias de Anbar e em Nínive representa um "grave retrocesso" para as instituições democráticas do Iraque e deve ser revisada, disse a autoridade.

Kerry também pretende falar ao telefone com o líder do governo curdo regional, Massoud Barzani, sediado em Irbil, para encorajar os curdos a não liderarem ações unilaterais - especialmente que envolvam petróleo, como um acordo de oleoduto na Turquia. O secretário norte-americano não se reunirá com o chanceler iraquiano, Hoshyar Zebari, porque este está em viagem a Doha, para um encontro da Liga Árabe. As informações são da Associated Press.

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Nesta quarta-feira (20), o Iraque lembrou o aniversário de 10 anos da invasão dos Estados Unidos ao país. Na véspera, a data foi marcada pela violência, com o registro de pelo menos 56 mortos e mais de 220 feridos. Foi o dia mais sangrento no Iraque, nos últimos seis meses.

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A reportagem da AFP traz depoimentos de iraquianos que foram vítimas da guerra. Eles falam sobre a deterioração do país e sobre as marcas da invasão. A forças americanas se retiraram do Iraque em 2011.

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Pelo menos 50 pessoas morreram e 171 ficaram feridas em uma série de atentados em Bagdá, no Iraque, na última terça-feira (19). Há relatos ainda de assaltos à mão armada, principalmente contra muçulmanos xiitas. Estima-se que a capital sofreu 20 explosões, sendo 11 por carros-bomba.

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De acordo com o Iraq Body Count, com sede da Grã-Bretanha, mais de 112 mil civis iraquianos perderam a vida em atentados desde março de 2003. A rrportagem da AFP traz mais detalhes sobre a situação no Iraque.

Ataques coordenados realizados nesta quinta-feira no centro de Bagdá deixaram pelo menos 24 mortos e 57 feridos. Uma série de explosões, com intervalo de minutos entre uma e outra, foi seguida pela invasão da sede do Ministério da Justiça do Iraque, onde houve confronto com forças de segurança.

Os confrontos duraram cerca de uma hora e terminaram com as forças de segurança invadindo o prédio, matando os atiradores e retirando mais de mil pessoas que estavam acuadas em escritórios e gabinetes nos andares superiores do prédio.

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Nenhum grupo assumiu até o momento a autoria dos ataques, mas a ação tem a marca do braço da Al-Qaeda no Iraque. O grupo, conhecido como Estado Islâmico do Iraque, usa carros-bomba e explosões coordenadas com o objetivo de prejudicar a confiança dos iraquianos no governo, liderado por xiitas.

O ataque, ocorrido a menos de uma semana do décimo aniversário da invasão do Iraque por forças estrangeiras lideradas pelos Estados Unidos em busca de armas de destruição em massa que nunca vieram a ser encontradas, teve início pouco depois do meio-dia (horário local) na região de Allawi, área predominantemente comercial da capital, que também abriga o Museu Nacional Iraquiano e o principal terminal de ônibus da cidade.

Pelo menos duas explosões, dentre elas a de um carro-bomba e outra, que pode ter sido de um suicida, ocorreram perto de um prédio que atualmente abriga o Ministério da Justiça. Um policial, que estava entre os membros das forças de segurança enviadas para limpar a área, disse que aproximadamente seis homens armados, usando uniformes da polícia, haviam tomado o prédio.

"Todos entraram em pânico (após a primeira explosão) e segundos depois ouvimos a segunda. Eu olhei pela janela e vi alguns homens armados usando uniformes da polícia entrando no prédio. Nós sabíamos que eles não eram policiais de verdade", disse Asmaa Abbas, funcionária do Ministério da Justiça que trabalhava no terceiro andar do edifício.

Rapidamente teve início um confronto entre os intrusos e as forças de segurança, enquanto outra explosão ocorria perto do terminal de ônibus e da sede das forças de proteção, que fornece guarda-costas para parlamentares, ministros e outras autoridades.

Cerca de uma hora mais tarde, forças de segurança invadiram o prédio e alguns dos homens detonaram os explosivos que levavam junto ao corpo, informou um policial que esteve no local.

Além dos homens que atacaram o local, 24 pessoas morreram, dentre elas sete policiais. Funcionários de hospitais, que falaram em condição de anonimato, confirmaram o número de mortos. As informações são da Associated Press.

Uma emboscada em território iraquiano resultou hoje na morte de 48 militares sírios, segundo o governo do Iraque. Bagdá responsabilizou grupos ligados à rede extremista Al-Qaeda pelo massacre. Os militares sírios andavam em comboio sob escolta das forças iraquianas na região de Akashat, perto da fronteira, quando foram atacados. Nove militares do Iraque também morreram na ação.

Os soldados sírios teriam buscado refúgio no país vizinho quando foram surpreendidos por um ataque coordenado, com disparos de fuzis e granadas.

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O ataque intensifica temores de que a violência na Síria transborde para o Iraque. Autoridades iraquianas afirmaram que há indícios de cooperação entre grupos fundamentalistas nos dois países. As informações são da Associated Press.

A explosão de um carro-bomba ocorrida nesta quinta-feira (28) na frente de um restaurante em um bairro predominantemente xiita de Bagdá deixou dez mortos e 30 feridos, informaram autoridades locais.

O atentado ocorreu no fim da tarde desta quinta-feira, pelo horário local, no bairro de Shula, região noroeste da capital iraquiana. Mais cedo, outras explosões ocorridas em Bagdá e seus arredores haviam deixado quatro mortos e 16 feridos. As informações são da Associated Press.

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Os voos comerciais entre o Iraque e o Kuwait serão retomados esta semana depois de um hiato de mais de 22 anos, informa nesta segunda-feira o Ministério de Transportes iraquiano em sua página na internet. De acordo com a nota, os voos entre os dois "países irmãos" recomeçarão na quarta-feira.

A conexão aérea entre Iraque e Kuwait foi interrompida no fim de 1990, quando as tropas do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein invadiram o país vizinho.

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A retomada dos voos só foi possível depois de um acordo para encerrar a disputa em relação à indenização que deveria ser paga à companhia aérea kuwaitiana por danos causados pela breve ocupação do Kuwait por forças iraquianas. Bagdá concordou em pagar US$ 500 milhões. As informações são da Associated Press.

O governador da província de Diyala, no Iraque, Omar al-Humairi, foi ferido neste sábado (23) em um ataque suicida com um carro bomba, e um candidato nas eleições locais da província de Babel foi morto em outro atentado, segundo informações da polícia e dos serviços médicos.

Um carro cheio de explosivos foi detonado na casa de Humairi, em Baquba, capital de Diyala, matando dois de seus guarda-costas e deixando outras seis pessoas feridas. O governador, que é membro do Partido Islâmico do Iraque, assumiu o cargo em setembro do ano passado.

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Nenhum grupo assumiu ainda a autoria do atentado, mas militantes sunitas ligados com a Al-Qaeda geralmente atacam as forças de segurança e autoridades do governo no país. Atentados suicidas são a marca registrada do grupo.

Separadamente, o xeque Hassan Hadi al-Janabi, candidato nas eleições locais da província de Babel, foi morto em um atentado ao sul de Bagdá juntamente com dois parentes. As informações são da Dow Jones.

O ministério iraquiano do Petróleo disse que um ataque a bomba explodiu e desativou um oleoduto que liga uma das maiores refinarias do Iraque, Beiji, à província de Ninevah, ao norte do país.

O porta-voz do ministério, Assem Jihad, disse neste domingo que uma equipe técnica começou os reparos do oleoduto de 16 polegadas que foi atacado, mas acrescentou que levará vários dias até que ele volte a ser utilizado. Não houve feridos.

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Explosões de oleodutos, que eram comuns no auge da violência no país, entre 2004 e 2008, diminuíram significativamente nos últimos anos. As informações são da Associated Press.

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