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Sete pacientes com Covid-19 em um hospital perto de Amã morreram neste sábado (13) por falhas no fornecimento de oxigênio, causando uma grande comoção no país e enfurecendo o rei em pleno repique da epidemia do coronavírus na Jordânia.

Abdullah II, vestido com uniforme militar, foi ao hospital de Salt, a 30 km da capital. Pelas imagens veiculadas pela televisão, ele pediu a demissão do diretor após manifestar seu descontentamento.

"Como algo assim pode acontecer aqui? Como é que não há oxigênio neste hospital? Isso é inaceitável", gritou o governante, visivelmente irritado, ao diretor Abdel Razak al Khachman.

"Uma falha no suprimento de oxigênio ocorreu por quase uma hora no hospital do governo em Salt e provavelmente causou a morte" dos pacientes, disse o ministro da Saúde, Nazir Obeidat, a repórteres.

O ministro apresentou sua renúncia, que foi aceita pelo primeiro-ministro Bicher al Khasawneh. Este último disse posteriormente a repórteres que o diretor do hospital havia sido afastado de seu cargo.

O diretor dos serviços provinciais de saúde está suspenso enquanto se aguarda uma investigação, acrescentando que o governo "assume total responsabilidade" pelo incidente.

"De acordo com um novo relatório, quatro homens e três mulheres com mais de 40 anos morreram", disse Adnane Abbas, diretora nacional de medicina legal. “Depois da necropsia e das amostras de pulmão das vítimas, há indícios claros de que as mortes ocorreram por falta de oxigênio”, acrescentou.

As mortes causaram revolta em centenas de pessoas, incluindo as famílias das vítimas, que se reuniram em frente ao hospital público em Salt, onde 150 pacientes estão sendo tratados por covid-19. Forças de segurança foram enviadas para controlar a manifestação.

A embaixadora do Líbano na Jordânia, Tracy Chamoun, anunciou sua renúncia nesta quinta-feira (6), após a explosão que devastou Beirute esta semana, em protesto contra a "negligência" das autoridades do país, e pediu uma mudança de liderança.

É o segundo pedido de demissão no alto escalão libanês desde a dupla explosão de terça-feira (4), que causou quase 150 mortes e mais de 5 mil feridos, além de destruir bairros inteiros da capital.

O parlamentar Marwan Hamadeh renunciou na quarta-feira após o desastre, causado pela explosão de 2.750 toneladas de nitrato de amônio armazenado sem medidas de segurança no porto de Beirute.

Em um comunicado transmitido na televisão libanesa independente MTV, a embaixadora disse que não pode mais tolerar a incompetência do governo.

"Anuncio minha renúncia como embaixadora ... em protesto contra a negligência, o roubo e as mentiras do Estado", declarou Chamoun, nomeada para o cargo em 2017 com o apoio do presidente libanês Michel Aoun.

Um movimento de protesto lançado em outubro do ano passado exige reformas amplas e uma mudança de governantes, há muito acusados de incompetência e corrupção. O pequeno país mediterrâneo também mergulhou na pior crise econômica desde a guerra de 1975 a 1990, reforçando o ressentimento das pessoas contra o governo.

Enfurecidos, os libaneses consideram a explosão um novo símbolo trágico da incompetência de seus líderes. Muitos se perguntam como um carregamento enorme e altamente explosivo de nitrato de amônio pode ser armazenado na capital sem medidas de segurança por anos.

O presidente francês Emmanuel Macron, que visitou Beirute na quinta-feira, pediu uma investigação internacional, como muitos já exigiram no Líbano.

Pouco antes do anúncio da renúncia de Chamoun, um promotor libanês disse que havia detido 16 pessoas que trabalhavam no porto, incluindo antigos e atuais responsáveis pela autoridade portuária e aduaneira, funcionários de manutenção e seus chefes de equipe.

A antiga cidade de Petra, visitada por milhares de turistas todos os anos, está vazia desde que as autoridades da Jordânia decretaram o confinamento para combater o coronavírus.

Os últimos turistas abandonaram o local em 16 de março, um dia antes de o país fechar suas fronteiras.

"É a primeira vez que vejo este lugar tão vazio. Normalmente há milhares de turistas", diz Nayef Hilalat, de 42 anos, que trabalha como guarda neste sítio arqueológico há uma década.

Petra, considerada uma das sete maravilhas do mundo e incluída na lista do patrimônio mundial da UNESCO desde 1985, foi a capital do antigo reino nabateu, construída pelo menos 200 anos antes de nossa era.

Com o passar do tempo, tornou-se uma das maiores atrações turísticas do país e da região.

- "Catástrofe" -

A imensa cidade está localizada em um vale profundo, entre o Mar Vermelho, ao sul, e o Mar Morto, ao norte.

Cerca de 200 guias turísticos, assim como 1.500 proprietários de cavalos e burros, ficaram sem trabalho.

Uma "catástrofe", segundo Naim Nawafleh, de 55 anos, guia turístico em Petra há 30 anos.

A Jordânia recebe anualmente cerca de cinco milhões de turistas. O turismo representa 14% de seu PIB, além de empregar cerca de 100.000 pessoas.

Nawafleh, pai de seis filhos, costumava ganhar US$ 70 por dia.

"Antes, o número de visitantes variava de acordo com os problemas na região. Mas agora não há turista. Isso nunca aconteceu antes", lamenta.

A Jordânia já estava em situação precária antes da pandemia, com um desemprego de 19,3% no primeiro trimestre de 2020. Como não possui petróleo como seus vizinhos, o país optou pelo turismo.

Petra, um enorme sítio arqueológico de 264.000 metros quadrados ao sul de Amã, recebeu no ano passado uma quantidade recorde de 1,13 milhão de visitantes, um milhão deles estrangeiros, disse Suleiman Al Farajat, chefe de turismo e desenvolvimento do local.

Cerca de 80% das 38.000 pessoas que vivem na região, em sua maioria beduínos nômades, dependem direta ou indiretamente do turismo, afirma.

"A pandemia chegou no auge de nossa temporada turística", conta Tarek Twissi, proprietário do hotel três estrelas La Maison e presidente da associação de hoteleiros de Petra.

"As reservas estavam em 90% e, em menos de uma semana, foram todas canceladas (...). Agora a taxa de ocupação do meu hotel é zero", diz.

Com uma população de cerca de 10 milhões de pessoas, a Jordânia tem oficialmente apenas 800 casos de coronavírus e nove mortes.

Uma parte das tropas alemães presentes no Iraque para tarefas de formação será retirada do país, devido à tensão na região, e transferida para Jordânia e Kuwait - informou um porta-voz do Ministério alemão da Defesa à AFP.

O contingente alemão formado por cerca de 30 militares baseados em Bagdá e Taji, ao norte da capital iraquiana, vai ser "reduzido provisoriamente", anunciou a mesma fonte.

Além dos militares instalados perto de Bagdá, a Alemanha estacionou tropas no Curdistão iraquiano para treinar as forças de segurança locais.

No total, a Alemanha conta com 120 militares no Iraque, integrados à coalizão internacional contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI) dirigida pelos Estados Unidos.

O anúncio de retirada parcial do Iraque foi informado pelo Ministério da Defesa à Câmara dos Deputados, que enquadra estritamente as missões militares alemães.

De "Lawrence da Arábia" até a última parte de "Star Wars", sua paisagem cor de ocre é reconhecível entre milhares de cinéfilos.

No sul da Jordânia, Wadi Rum é um lugar-chave neste pequeno país do Oriente Médio, onde grandes sucessos de Hollywood foram filmados.

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Com formações rochosas impressionantes, distante da rota principal entre a capital Amã e as margens do Mar Vermelho, este deserto está ancorado no imaginário dos espectadores desde que Peter O'Toole o visitou montado em um camelo em "Lawrence da Arábia", em 1962.

Mas a lista de filmes de sucesso que mostram essas paisagens é longa.

Nos últimos anos, depois de "Perdido em Marte", com Matt Damon, Will Smith participou das filmagens, no final de 2017, de "Aladdin", uma produção da Disney.

"Quando chegamos à Jordânia, de repente você começa a entrar nos sentimentos do personagem. Foi o que aconteceu quando estávamos no Wadi Rum. Foi realmente espetacular", disse o ator americano em uma entrevista coletiva em Amã em maio, quando o filme foi lançado.

Ao contrário de muitos países da região, a Jordânia, que carece de hidrocarbonetos, está comprometida desde o início do século XXI com seduzir a indústria cinematográfica.

Em 2003, foi criada uma Comissão Real de Cinema da Jordânia, com a ideia de tornar o país um "imenso estúdio ao ar livre", de acordo com seu diretor-geral, Mohanad al-Bakri.

Para atrair diretores de todo mundo, este órgão, presidido pelo príncipe Ali bin Al Hussein, meio-irmão do rei Abdullah II, oferece uma lista de vantagens técnicas e financeiras.

Por exemplo, as empresas de produção podem recuperar entre 10% e 25% de suas despesas na Jordânia, se excederem um milhão de dólares (900.000 euros), ou se beneficiar de isenções fiscais em equipamentos importados.

Escolha natural

O diretor de "Aladdin", Guy Ritchie, destacou, sobretudo, a qualidade do cenário, afirmando que o Wadi Rum foi imposto como uma "escolha natural" para rodar várias cenas do filme inspiradas em uma história de "As mil e uma noites".

"Há tanta paz aqui no deserto, é incomparável", declarou o ator Mena Massoud, que interpreta o personagem principal.

Mas essa paz de espírito também é o resultado do trabalho realizado antes das filmagens, afirmam as autoridades.

Munir Nassar, diretor da Zaman Project Management, uma produtora local, afirma ter preparado as filmagens do último episódio de "Star Wars" ("A ascensão Skywalker"), por cinco longos meses.

"Quando os atores chegaram, as filmagens duraram 12 dias e depois eles foram embora", disse o ex-ministro do Turismo.

"Rogue One: uma história Star Wars" já havia sido filmado no deserto da Jordânia. E o produtor Nassar participou de outras quatro filmagens, entre elas, "Missão: Marte", de Brian de Palma.

Wadi Rum não é o único local da Jordânia que os cineastas apreciam, diz Mohanad Bakri.

Entre os grandes clássicos de Hollywood está "Indiana Jones e a Última Cruzada", dirigido em 1989 por Steven Spielberg, que transportou seus espectadores para a antiga cidade nabateana de Petra (sul).

Al Khazneh ("o tesouro"), seu templo mais famoso e esculpido na rocha, foi apresentado como a porta de um lugar sagrado que abrigava o Santo Graal.

A pitoresca cidade de Madaba, ao sul de Amã, também foi escolhida para imitar as antigas aldeias gregas.

E a reserva natural de Al Azraq, ao leste de Amã, já serviu para incorporar paisagens de regiões do sul da Ásia.

Três turistas mexicanos e uma suíça foram feridos em um ataque com faca em Jerash, sítio arqueológico do norte da Jordânia, informou à AFP o porta-voz das forças de segurança, Amer Saraoui.

"Um guia turístico e um agente de segurança também foram feridos quando tentavam desarmar o autor do ataque", completou o porta-voz. 

"O agressor foi detido e os feridos foram levados para o hospital", afirmou Saraoui. As autoridades não divulgaram a identidade do agressor ou falaram sobre suas motivações.

Não é a primeira vez que um local turístico da Jordânia é alvo de um ataque. Em dezembro de 2016, dez pessoas (dois civis jordanianos, uma turista canadense e sete policiais) morreram em Karak, outro ponto muito visitado por estrangeiros, a 120 km de Amã. O ataque, que deixou 30 feridos, foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

A Jordânia abriga vários tesouros históricos do Oriente Médio, como a cidade de Petra, uma das sete maravilhas do mundo, as ruínas de Jerash, o deserto de Wadi Rum ou o Mar Morto. O turismo é uma das principais fontes de renda do país.

A presidente da Câmara dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi, liderou um grupo de congressistas norte-americanos em visita surpresa à Jordânia para discutir "a crise que se aprofunda" na Síria.

A visita vem após criticas de ambos os partidos ao presidente Donald Trump por sua decisão de retirar tropas dos EUA do norte da Síria - abrindo caminho para ofensiva da Turquia contra grupos curdos, que foram aliados importantes dos EUA na luta contra o Estado Islâmico.

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A Turquia concordou na quinta-feira em suspender sua ofensiva por cinco dias, exigindo que forças curdas se retirassem de uma faixa na fronteira de cerca de 30 quilômetros.

Pelosi, com a delegação de congressistas, se encontrou com o rei Abdullah II da Jordânia na capital Amã na noite de sábado para conversas sobre segurança e "estabilidade regional", de acordo com comunicado do seu gabinete.

A Jordânia é importante aliada dos EUA na região e tem sido afetada pela guerra civil na vizinha Síria. Oficiais da Jordânia dizem que o reino abriga cerca de 1 milhão de sírios que fugiram da guerra.

A delegação norte-americana incluiu os deputados democratas Adam Schiff, presidente da Comissão de Inteligência; Eliot Engel, presidente da Comissão de Relações Exteriores; e Bennie Thompson, presidente da Comissão de Segurança Nacional. Houve um membro do partido Republicano no grupo, o deputado Mac Thornberry, principal republicano na Comissão de Forças Armadas da Câmara.

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Mais de 40 animais, incluindo cinco leões, foram evacuados neste domingo (07) do zoológico de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, para a Jordânia, anunciou uma organização de proteção aos animais.

Frágeis e magros, os 43 animais, entre os quais havia também um lobo e vários macacos, viviam em "condições terríveis", segundo a associação Four Paws, que organizou sua transferência.

No início de janeiro, quatro leões recém-nascidos em cativeiro no zoológico de Rafah morreram de frio.

O parque é o mais antigo da Faixa de Gaza, um encrave submetido a um bloqueio israelense e egípcio há uma década.

"Os animais não estão em boa forma, mas sua condição é bastante estável" para viajar para uma reserva na Jordânia, a cerca de 300 quilômetros do enclave palestino, disse à AFP Martin Bauer, porta-voz da associação britânica.

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A transferência deveria ter sido organizada no final de março, mas a organização não pôde entrar no encrave.

As passagens de fronteira foram fechadas por causa da escalada da violência entre Gaza e o Estado judeu, disse ele.

Os animais foram sedados e transportados em jaulas.

Segundo Bauer, a operação contou com o apoio de todas as autoridades em Gaza, além do dono do zoológico que não tinha dinheiro suficiente para financiar a comida e os cuidados com os animais.

Muitos dos animais do zoológico morreram em atentados desde que o parque abriu, em 1999, de acordo com Four Paws.

Os animais chegaram lá através dos túneis que ligam a Faixa de Gaza ao Egito e que hoje estão praticamente fechados.

Em 2016, a ONG organizou a transferência de outros animais de zoológico, incluindo o único tigre no enclave.

Atual campeã da Copa da Ásia, a seleção da Austrália decepcionou na estreia, neste domingo. Jogando em Al Ain, nos Emirados Árabes Unidos, o time australiano foi derrotado pela Jordânia por 1 a 0, na primeira surpresa da competição, que teve início no sábado.

O único gol da partida foi marcado 26 minutos do jogo. Após cobrança de escanteio na área, Anas Bani Yaseen escorou de cabeça e definiu a vitória da Jordânia num jogo de amplo domínio dos australianos.

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A equipe da Jordânia terminou o confronto com apenas 24% de posse de bola. No segundo tempo, a pressão da Austrália foi ainda mais intensa, com uma bola na trave, de Awer Mabil, e um gol de Jamie Maclaren anulado por impedimento. Além disso, o goleiro jordaniano Amer Shafi precisou fazer ao menos duas grandes defesas no confronto.

"Esta derrota vai doer bastante, sei disso. Na verdade, já está doendo neste minuto", comentou o capitão da Austrália, Mark Milligan, ao fim do jogo.

Com o resultado, a Jordânia despontou na liderança do Grupo B. O time ainda foi beneficiado pelo empate sem gols entre Síria e Palestina, também neste domingo, pela mesma chave.

Em outro duelo deste domingo, a Índia goleou a Tailândia port 4 a 1, pelo Grupo A. Sunil Chhetri foi o grande destaque do jogo, com dois gols, sendo um deles em cobrança de pênalti. Anirudh Thapa e Jeje Lalpekhlua também balançaram as redes pela equipe indiana. Teerasil Dangda marcou o único gol tailandês.

Onze pessoas morreram na sexta-feira (9) por chuvas torrenciais e inundações na Jordânia, onde milhares de turistas tiveram de ser retirados do enclave arqueológico de Petra - informa um novo balanço oficial divulgado neste sábado.

"O balanço das inundações aumentou para 11 mortos, entre eles um socorrista", declarou o porta-voz do serviço de Defesa Civil, Iyad Amru, à televisão jordaniana.

Entre as vítimas, cinco morreram em Madaba, ao sudoeste de Amã; três, em Dabaa, ao sul da capital; e uma jovem, em Ma'an, no sul do país.

Segundo Ghneimat, as chuvas torrenciais na região de Dabaa provocaram o fechamento da autoestrada do deserto, que leva ao sul do país, em ambas as direções.

As autoridades anunciaram a retirada de 3.762 turistas de várias nacionalidades do encrave arqueológico de Petra (sul), pedindo aos habitantes que vivem perto de rios, pontes e túneis para deixarem suas casas diante da previsão de novas chuvas.

"As equipes de resgate procuram duas jovens desaparecidas em Madaba", informou a Defesa Civil.

Foram mobilizados helicópteros e veículos blindados para socorrer os moradores pegos pelas águas e buscar desaparecidos, segundo a televisão jordaniana.

O Ministério da Educação ordenou o fechamento de todas as escolas do reino neste sábado.

Segundo imagens divulgadas pela televisão estatal, a água subiu três, ou quatro metros, em algumas zonas da região de Petra e do deserto de Wadi Musa.

Em 26 de outubro, 21 pessoas morreram pelas chuvas torrenciais no oeste da Jordânia. A maioria das vítimas eram alunos de entre 11 e 14 anos que participavam de uma excursão escolar na região do mar Morto.

Poucos dias depois os ministros da Educação e do Turismo apresentaram sua demissão.

Ao menos 21 pessoas, a maioria crianças, morreram devido às fortes chuvas registradas no oeste da Jordânia, informou nesta sexta-feira (26) a Defesa Civil em um novo balanço.

Outras 35 pessoas ficaram feridas, entre elas membros das forças de segurança que participavam das operações de resgate, informou à AFP uma fonte da Defesa Civil.

Segundo uma fonte de segurança, as operações de buscas continuam para encontrar sete pessoas ainda desaparecidas.

Este tipo de inundação, causada por chuvas torrenciais, é comum nesta época do ano na Jordânia, mas desta vez o número de vítimas foi especialmente alto.

"As vítimas são na maioria estudantes com idades entre 11 e 14 anos, que participavam de uma excursão na região do Mar Morto", 50 km a oeste de Amã, acrescentou a fonte.

Enxurradas arrastaram para o mar adolescentes que tinham desembarcado do ônibus em que viajavam, informou uma fonte de segurança.

Entre os mortos também há pedestres que passeavam nesta região turísticas e foram arrastados pelas águas, informou a Defesa Civil. Uma ponte desmoronou na mesma região, acrescentou.

De acordo com uma fonte médica, três dos estudantes eram iraquianos.

Segundo informações que circulam pelas redes sociais, muitos pais se teriam negado no último minuto a permitir que seus filhos participassem desta excursão, por causa dos alertas meteorológicos anunciados para esta quinta-feira.

O ministro da Educação, Admi Mahafzah, prometeu uma "investigação completa" para determinar as causas exatas do acidente e informou que o ônibus tinha seguido uma trajetória diferente da aceita por sua pasta.

O Rei da Jordânia, Abdullah II, afirmou neste domingo que decidiu renovar parte do acordo de paz de seu país com Israel. Abdullah divulgou um comunicado afirmando que tem a intenção de abandonar um dos dois anexos do acordo de paz de 1994 que permitiu a Israel o arrendamento dos territórios de Baqura e Al-Ghamr por 25 anos. O arrendamento expira no ano que vem e o prazo para renovação é quinta-feira.

Os territórios foram ocupados por fazendeiros judeus no início do século passado mas depois se tornaram parte da Jordânia, depois que o reino conquistou independência em 1946. Baqura foi capturada por Israel em 1950. Ghamr foi tomada em 1967.

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Sob o acordo de paz, a Jordânia concordou em garantir a fazendeiros israelenses e autoridades militares livre acesso a área.

Abdullah afirmou que informou Israel sobre sua decisão. "Estamos praticando nossa soberania sobre nossa terra", disse. "Nossa prioridade nessas circunstâncias regionais é proteger nossos interesses e fazer tudo o que for preciso pela Jordânia e pelos jordanianos".

O primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu disse no domingo que a "Jordânia se reserva o direito de receber o território" mas afirmou que esperava iniciar negociações sobre a "possibilidade de estender o acordo existente".

Netanyahu afirmou ainda que o "acordo como um todo é importante" e chamou os acordos de paz com a Jordânia e o Egito de "âncoras regionais de estabilidade". Ele afirmou durante evento em memória ao ex-primeiro ministro Yitzhak Rabin, que assinou o acordo de paz com a Jordânia.

O ex-embaixador de Israel na Jordânia, Oded Eran, afirmou que não foi surpreendido pela decisão da Jordânia e afirmou que ainda há tempo para que os dois países renegociem o acordo. Ele descartou a possibilidade de que a Jordânia cancele outras partes do tratado de paz.

"Para seus próprios interesses, a continuação da aderência ao tratado de paz é do interesse da Jordânia assim como é do interesse de Israel", afirmou Eran.

Tensões entre Israel e a Jordânia aumentaram nos últimos meses diante de temas como a contestação do status de Jerusalém e seus locais considerados sagrados, a estagnação de conversas de paz no Oriente Médio e o tiroteio contra dois cidadãos jordanianos por um guarda da embaixada israelense em Amã. Fonte: Associated Press.

O primeiro-ministro da Jordânia, Hani al-Mulk, renunciou após uma onda de manifestações contra o aumento no preço da gasolina, eletricidade, água, tabaco e tarifa do transporte público. Além do aumento de impostos para 165 produtos como medida para reduzir o déficit público de US$ 40 bilhões e atender o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O último protesto levou 200 mil pessoas às ruas e fez o rei Abdullah cancelar uma viagem ao exterior, além de congelar o preço do combustível. Nos próximos dias ele também deverá alterar o pacote de medidas enviado para aprovação.

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Em 1989 os jordanianos também foram às ruas para reivindicar a saída do primeiro-ministro Zaid al-Rifai, o cancelamento do estado de emergência, reformas democráticas, o fim de medidas econômicas radicais e o cancelamento de subsídios existentes na época.

A Jordânia anunciou neste domingo (7) que aceitou um pedido da ONU para facilitar o fornecimento de ajuda humanitária a dezenas de milhares de sírios bloqueados em uma zona desértica na fronteira entre os dois países.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mohamed al-Kayed, detalhou que esta operação aconteceria somente uma vez e a ajuda seria entregue do território jordaniano com a ajuda de uma grua.

Mas não deu detalhes sobre o tipo de ajuda nem a data que pode ser entregue.

Segundo a ONU, entre 45 mil e 50 mil refugiados, majoritariamente mulheres e crianças, vivem perto do bloqueio de Rukban, no território sírio.

A situação humanitária piorou consideravelmente nesta área desde um atentado suicida em junho de 2016, realizado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) contra o Exército jordaniano, que perdeu sete soldados.

Depois do atentado a Jordânia fechou a sua fronteira com a Síria, declarando-a "zona militar", e proibiu temporariamente a passagem de qualquer ajuda para campos precários.

Em outubro, a Jordânia pediu que as ajudas destinadas a esses refugiados passassem pela Síria.

"Em Rukban tratam-se de cidadãos sírios em terra síria, portanto é a Síria que deve assumir esta responsabilidade, não a Jordânia", declarou o ministro de Relações Exteriores jordaniano, Aymane Safadi.

Mais de 650 mil pessoas estão registradas na agência da ONU para os refugiados (Acnur) na Jordânia, país que compartilha 370 quilômetros de fronteira com a Síria. Mas as autoridades jordanianas calculam seu número em um milhão.

Dois jordanianos foram mortos e um israelense foi ferido por tiros neste domingo (23) em um prédio residencial no complexo da embaixada de Israel em Amã, capital da Jordânia, de acordo com informações atualizadas do Diretório de Segurança Pública do país. Em comunicado, a agência de segurança disse que jordanianos tinham entrado no prédio para fazer serviços de carpintaria. O comunicado não explicou o que motivou os tiros.

Os dois jordanianos morreram mais tarde em decorrência dos ferimentos, de acordo com a agência de segurança e um site de notícias ligado aos militares da Jordânia. Um dos jordanianos era um médico que estava no local. O site disse ainda que o homem israelense estava em condição "instável".

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O Ministério de Relações Exteriores de Israel não comentou o incidente.

As tensões vêm aumentando entre Israel e o mundo muçulmano desde que Israel instalou detectores de metal em um santuário reverenciado por muçulmanos e judeus localizado na Cidade Velha de Jerusalém. O rei da Jordânia é considerado o guardião muçulmano do local. Na sexta-feira, milhares de jordanianos realizaram um protesto contra Israel em Amã. Fonte: Associated Press.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira que o regime de Bashar al-Assad é responsável pelo ataque aparentemente realizado com uma arma química na Síria, que deixou pelo menos 58 mortos na terça-feira. "O ataque químico horrível na Síria contra inocentes foi uma afronta à humanidade", disse Trump. O presidente americano não quis adiantar, porém, se mudaria a política em relação ao regime de Assad nem se poderia realizar um ataque militar em território sírio.

Durante entrevista coletiva com o rei da Jordânia, Abdullah, Trump disse que "essas ações terríveis do regime de Assad não podem ser toleradas" e que o ataque de ontem "cruzou muitos limites" para ele. O presidente americano disse que sua atitude em relação à Síria e ao regime de Assad pode "mudar muito" e que "já está mudando". Mas Trump também criticou o governo do antecessor, Barack Obama, por adiantar ações militares, dando aos inimigos tempo para se preparar para um eventual ataque. "Não estou dizendo que atacarei ou não a Síria, não anteciparei essa informação", disse. Trump comentou que o ataque contra civis na Síria, inclusive crianças, "teve um grande impacto sobre mim".

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O presidente americano agradeceu a visita à Casa Branca do rei da Jordânia e enfatizou que o país é um importante aliado. "A Jordânia é uma fonte de estabilidade e esperança no Oriente Médio e preservaremos essa relação", disse. Trump agradeceu a parceria jordaniana na luta contra o Estado Islâmico e outros extremistas. "Discutimos hoje com o rei como vencer o Estado Islâmico e é isso que faremos. Destruiremos o Estado Islâmico e protegeremos nossa civilização, não temos escolha."

O rei jordaniano disse que é preciso acabar com o conflito na Síria, preservando a integridade territorial do país. Segundo Abdullah, Trump tem feito um bom trabalho para avançar na busca pela paz na região.

Trump, por sua vez, elogiou a Jordânia por seu papel em receber refugiados da guerra síria e disse que os EUA continuarão a contribuir financeiramente para auxiliar nessa tarefa. "Os refugiados querem voltar para casa e isso deve ser parte da política para eles", disse Trump. O rei jordaniano, por sua vez, lembrou que a volta dos refugiados para casa, após o fim dos conflitos, ajuda inclusive economicamente seus países de origem.

Os líderes também expressaram o desejo comum de que finalmente se chegue à paz entre Israel e os palestinos. Trump disse estar confiante na possibilidade de um acordo, mesmo após décadas de tentativas frustradas.

O presidente americano ainda criticou o acordo fechado entre potências, entre elas os EUA sob Obama, e o Irã, pelo qual Teerã desistiu de qualquer iniciativa de um programa nuclear com fins militares, em troca do relaxamento de sanções internacionais. Trump disse que o acordo com o Irã é "um dos piores que já vi" e que não deveria ter sido feito, pois segundo ele só beneficia um lado da questão.

O Estado Islâmico reivindicou nesta terça-feira (20) a responsabilidade por um ataque na Jordânia que matou pelo menos 10 pessoas em um popular destino turístico próximo de Amã, entre eles uma canadense. Trata-se do primeiro grande ataque contra civis no país em anos.

No domingo, quatro homens equipados com armas automáticas e granadas atacaram em Kerak. Quatro agentes de segurança jordanianos, três policiais, dois civis jordanianos e um canadense foram mortos no ataque, segundo o governo local. Pelo menos 27 pessoas se feriram.

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A Jordânia trabalha para minimizar o crescimento da radicalização, enquanto a vizinha Síria enfrenta um conflito de seis anos. Cerca de 2.500 jordanianos lutam na Síria, a maioria deles com o Estado Islâmico, segundo a agência de monitoramento The Soufan Group.

No mês passado, um agente de segurança local matou três militares dos EUA na Jordânia. Fonte: Dow Jones Newswires.

A Justiça da Jordânia determinou que a imprensa não informe nada sobre a investigação judicial do assassinato do escritor Nahed Hattar, que morreu no domingo (25) diante de um tribunal de Amã no qual seria julgado pela divulgação de uma charge considerada ofensiva ao islã.

A proibição de publicação de qualquer informação sobre o caso pretende preservar o "sigilo da investigação" e envolve tanto a imprensa tradicional como os sites ou as redes sociais, afirmou o ministério da Informação, que divulgou a decis]ao da justiça.

O suspeito pelo assassinato de Nahed Hattar é um jordaniano de 49 anos que foi detido no loal do crime depois de atirar três vezes contra o escritor. O homem foi indiciado por assassinato com premeditação, ato terrorista que provocou morte e posse ilegal de arma de fogo. As acusações podem resultar em uma condenação à pena de morte.

Nahed Hattar, cristão, havia sido detido em 13 de agosto depois de publicar em sua página do Facebook uma caricatura que fazia piada com os jihadistas do grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Na imagem, um jihadista aparece no paraíso, ao lado de duas mulheres, e se dirige a Deus como se este fosse um serviçal. Pede uma taça de vinho e nozes, além de ordenar que mande alguém para limpar seu quarto, antes de advertir que deve bater na porta antes de entrar.

O escritor, um opositor de esquerda também conhecido por respaldar o regime sírio de Bashar al-Assad, havia sido libertado após o pagamento de fiança no início de setembro. O promotor havia determinado a censura à imprensa no caso.

Funcionários de entidades humanitárias dizem que não há comida e pouca água para os 64.000 refugiados sírios presos no deserto desde que a Jordânia selou sua fronteira na semana passada, em resposta a um ataque suicida.

Abeer Etefa, do Programa Mundial de Alimentos, disse neste domingo que um fechamento prolongado "poderia colocar a vida dos sírios presos em risco". Os refugiados que vivem em acampamentos de fronteira têm contado com entregas de comida e água a partir do território jordaniano, mas o país afirmou que a agências internacionais devem encontrar alternativas.

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A Jordânia fechou as fronteiras depois que um ataque suicida matou sete soldados jordanianos última terça-feira. Desde então, apenas dois carregamentos de água chegaram para os refugiados. Etefa diz comida foi distribuída pela última vez há duas semanas. Ela diz que o PAM compreende as preocupações de segurança da Jordânia, mas espera que a fronteira seja reaberta. Fonte: Associated Press

A Jordânia receberá um empréstimo de US$ 100 milhões para criar 100 mil vagas de emprego para refugiados sírios e seus próprios cidadãos, informou neste domingo o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim.

O empréstimo de longo prazo, quase todo livre de juros, é parte de um esforço da comunidade internacional para melhorar as condições dos refugiados e dos países que estão sobrecarregados de imigrantes, incluindo a Jordânia e o Líbano.

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Mais de 4,8 milhões de sírios deixaram suas casas desde o início do conflito no país, em 2011. A Jordânia abriga cerca de 640 mil refugiados sírios e o Líbano, mais de 1 milhão.

O empréstimo a juros baixos oferecido pelo Banco Mundial e outras instituições estão entre as ferramentas utilizadas para realizar ações de educação financeira e criar empregos para refugiados na região do Oriente Médio. O esforço também busca desacelerar a imigração de refugiados para a Europa.

O presidente do Banco Mundial e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, têm visitado a região desde a semana passada, passando primeiro pelo Líbano. Kim anunciou os US$ 100 milhões destinados à Jordânia neste domingo, depois de ter anunciado outros US$ 100 milhões para o Líbano, para garantir educação para as crianças sírias e as próprias libanesas até 2017.

O presidente do banco afirmou que o dinheiro para a Jordânia e o Líbano, dois países de renda média, é parte de um fundo especial normalmente reservado para os países mais pobres. "Nós estamos pegando dinheiro do fundo e dando para os países de renda média porque eles têm tomado medidas extraordinárias ao receber os refugiados", disse.

Kim não soube dizer quando os 100 mil empregos deverão ser criados nem quantos devem ser destinados aos refugiados. Fonte: Associated Press.

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