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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, defendeu a aprovação da reforma tributária “possível”. Ela citou a possibilidade de o novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) ser dual, ou seja, uma parte federal e outra de estados e municípios. A ministra também admitiu alíquotas diferenciadas para alguns setores, caso não seja possível aprovar um percentual único.

Tebet falou nesta terça-feira (4) a deputados do grupo de trabalho que analisa a matéria (PEC 45/19, da Câmara; e PEC 100/19, do Senado) na Câmara dos Deputados. Simone Tebet disse que a questão da autonomia de estados e municípios é importante e precisa ser analisada.

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“Muito cuidado com a tentativa de trazer um imposto único num momento em que a gente ainda não resolveu os conflitos federativos. Se vai ser IVA único ou dual, repito: o que aprovar, o Brasil vai agradecer”. 

A reforma tributária pretende unificar cinco tributos – IPI, PIS, Cofins, o ICMS e o ISS – no novo Imposto sobre Bens e Serviços.  Simone Tebet afirmou que a reforma tributária é a verdadeira “bala de prata” do governo na área econômica. Ou seja, teria um nível de importância maior que o novo arcabouço fiscal.

A ministra disse que, no passado, votou a favor de vários benefícios fiscais que pareciam ter uma lógica positiva, mas que agora acredita que isso deve ser bastante reduzido.  Segundo ela, estados e municípios têm menos motivos hoje para resistir à reforma porque uma das propostas prevê uma transição de 20 anos para a distribuição dos recursos, garantindo pelo menos a mesma receita para os entes federativos nesse período. A ideia é mudar a arrecadação da origem dos produtos para o destino, o local de consumo.

Também deve ser criado um fundo para correção de desequilíbrios regionais.  Economia Verde Os deputados Tabata Amaral (PSB-SP) e Clodoaldo Magalhães (PV-PE) questionaram a ministra sobre como a reforma tributária poderá incentivar a economia verde.

Segundo Clodoaldo, todos os países estão agindo nesse sentido e é preciso trabalhar com o período de transição da reforma. “Na metade desse tempo, a gente já vai ter que estar exportando praticamente tudo verde. O mundo inteiro está criando fundos, investindo muito, inclusive tem muito dinheiro europeu e americano querendo entrar no Brasil. Precisa dessa estruturação legal para não ter custo para o País. Vamos precisar de investimento forte para que a gente não tenha daqui a dez anos um colapso total das nossas exportações”, destacou.

Simone Tebet disse que a discussão sobre a transição energética será fundamental na elaboração do Plano Plurianual 2024-2027, que será enviado neste ano para o Congresso. Ela explicou que a ideia é fazer um planejamento com a participação da sociedade. 

Reportagem - Sílvia Mugnatto Edição - Geórgia Moraes 

*Da Agência Câmara Notícias  

Por unanimidade, a Câmara Municipal do Recife aprovou,nesta terça-feira (22), dois projetos de lei do Executivo (PLE), que vão garantir reduções de alíquotas de impostos aos recifenses.  Sendo assim, na decisão dos vereadores o ISS de 5% passará para 2%, e do ITBI de 3% cairá para 2%. 

Dessa forma, a Câmara informou que o primeiro deles concede desconto temporário de 60% para produtores de eventos e artistas locais na cobrança do Imposto Sobre Serviço (ISS). A segunda matéria diminui de 3% para 2% a alíquota do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) até 27 de dezembro de 2022. 

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Agora as propostas serão encaminhadas para o prefeito do Recife, João Campos (PSB), para sancionar as leis. A partir da sua sanção, a redução valerá pelo prazo de 12 meses. 

O líder do governo e vereador Samuel Salazar (MDB) celebrou a aprovação das propostas, e explicou que a PLE nº 44/22, tem como um dos focos incentivar a produção de eventos. 

 “O setor de eventos em geral terá uma queda de 60% na carga tributária do município para toda a cadeia produtiva da cultura e do entretenimento. O objetivo da gestão do prefeito João Campos é firmar o Recife como um grande polo de atração e de incentivo do Nordeste brasileiro”, enfatizou. “É mais uma ação que vai estabelecer ainda mais o Recife nesta importante e merecida posição”, completou o líder do governo. 

Já o PLE nº 45/22, diz que  a medida é uma forma de incentivar a regularização da propriedade estimulando as pessoas a “tirarem seus contratos de gaveta", a fim de registrar seus imóveis no respectivo cartório de registro de imóveis. “Além da redução, a Prefeitura oferece outra condição extra: pagar em até 21 parcelas por meio de cartão de crédito, concluindo a aquisição do imóvel e podendo dar entrada na escritura em até 24 horas da conclusão do pagamento”, enfatizou.  

O Instituto Superior de Saúde da Itália (ISS) publicou um relatório neste sábado (19) em que aponta que a chance de morte de idosos com mais de 80 anos não vacinados contra a Covid-19 é quase 10 vezes maior em relação aos que tomaram a quarta dose dos imunizantes disponíveis dentro do período de 120 dias pós-aplicação.

Segundo o relatório, a chance de morte é seis vezes maior na comparação até com aqueles que tomaram apenas um dos dois reforços disponíveis.

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O documento, que analisa os dados da pandemia entre setembro e outubro, ainda aponta que o risco de internação em unidades de terapia intensiva (UTIs) aumenta seis vezes em relação aos que tomaram três doses, 10 vezes em comparação aos que tomaram a quarta dose em 120 dias e cinco vezes ao comparar com quem tomou a quarta dose, mas há mais de 120 dias.

Os números foram divulgados em um momento que a campanha para que os idosos e categorias específicas de profissionais tomem a quarta dose está bastante lenta. Apenas 25,2% dos que podem tomar o segundo reforço tomaram o imunizante. Os que tomaram as três doses são 84,54%.

Da Ansa

Três cosmonautas russos retornaram nesta terça-feira (29) à Terra após uma missão de seis meses na Estação Espacial Internacional (ISS), anunciou a agência espacial russa Roscosmos.

Oleg Artemiev, Denis Matveiev e Serguei Korsakov aterrissaram no Cazaquistão, segundo um comunicado.

De acordo com as imagens transmitidas ao vivo pela agência espacial russa, os três cosmonautas foram extraídos do módulo de descida da Soyuz com sorrisos no rosto e sob um céu azul.

A tripulação iniciou sua missão na Estação Espacial Internacional em meados de março, três semanas após o início da ofensiva russa na Ucrânia.

A Roscosmos publicou uma foto deles em julho a bordo do laboratório em órbita agitando bandeiras das regiões separatistas pró-Rússia de Luhansk e Donetsk, no leste da Ucrânia.

Os países ocidentais adotaram sanções econômicas contra Moscou nos últimos meses por sua intervenção militar na Ucrânia, que também teve impacto na indústria aeroespacial.

Essas medidas provocaram advertências severas do ex-chefe da agência espacial russa e firme defensor da intervenção na Ucrânia, Dmitri Rogozin.

O sucessor de Rogozin, Yuri Borisov, nomeado em julho, confirmou a decisão da Rússia de deixar a ISS após 2024 em favor da criação de sua própria estação orbital, mas sem definir uma data específica.

Os programas espaciais continuam sendo um dos poucos campos de cooperação entre Moscou e Washington, apesar das fortes tensões entre a Rússia e o Ocidente.

Na semana passada, um astronauta americano e dois cosmonautas russos chegaram à ISS em uma espaçonave Soyuz para uma missão de seis meses.

Um foguete Soyuz decolou nesta quarta-feira (21) rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), partindo do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, com dois cosmonautas russos e um astronauta americano a bordo, em meio a tensões ligadas à ofensiva na Ucrânia.

"A estabilidade é boa (...), a tripulação se sente bem", disse um comentarista da Agência Espacial Americana (Nasa) após a decolagem, transmitida ao vivo pelos sites das agências espaciais dos EUA e da Rússia.

O foguete russo decolou no horário programado, 10h54 (horário de Brasília), das estepes do Cazaquistão, deixando para trás um rastro de fumaça em um céu acinzentado, segundo as imagens.

Essa missão do americano Frank Rubio, da Nasa, e dos russos Sergei Prokópiev e Dmitri Petelin, da agência espacial russa Roscosmos, representa um raro sinal de cooperação entre Moscou e Washington, cujas relações se encontram em seu nível mais baixo.

Rubio é o primeiro astronauta americano a viajar para a ISS em uma espaçonave russa desde o início da intervenção militar de Moscou na Ucrânia em 24 de fevereiro deste ano.

A tripulação passará seis meses na ISS, onde se juntarão aos cosmonautas russos Oleg Artemiev, Denis Matveiev e Sergei Korsakov, aos astronautas americanos Bob Hines, Kjell Lindgren e Jessica Watkins e à astronauta italiana Samantha Cristoforetti.

A chegada à ISS está prevista após uma viagem de três horas.

A gigante aeroespacial americana Boeing lançou nesta quinta-feira (19) sua cápsula Starliner rumo à Estação Espacial Internacional (ISS) em um voo de teste não tripulado-chave, após anos de falhas e falsos começos.

A missão Orbital Test Flight 2 (OFT-2) decolou às 22h54 GMT do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, com a nave espacial fixada sobre um foguete Atlas V da United Launch Alliance, segundo a transmissão ao vivo da Nasa.

O sucesso da missão é fundamental para resgatar a reputação da Boeing, após um primeiro fracasso em 2019, quando a tentativa de acoplamento à ISS fracassou devido a erros de software, que implicaram queimar muito combustível para chegar ao destino e a possibilidade de destruição da nave durante a sua reentrada.

"É um grande momento", disse a vice-administradora da Nasa Pam Melroy pouco antes do lançamento. "Quando construímos a estação espacial, estávamos realmente focados em toda a ciência incrível que poderíamos fazer em inovação. Ter agora outra forma de chegar lá simplesmente nos dá mais resiliência."

Depois de anos de fracassos e adiamentos, a companhia aeronáutica americana Boeing tentará voltar à concorrência com a SpaceX para servir de "táxi" espacial para a Nasa.

- Dia de redenção -

Ambas as empresas receberam em 2014 contratos com valores fixos de US$ 4,2 bilhões para a Boeing e US$ 2,6 bilhões para a SpaceX, pouco tempo após o encerramento do programa do ônibus espacial, em uma época na qual os Estados Unidos dependiam dos foguetes russos Soyuz para chegar ao laboratório orbital.

A Boeing, com sua história centenária, foi considerada por muitos uma aposta segura frente à praticamente inexperimentada SpaceX. Mas a empresa de Musk enviou recentemente sua quarta tripulação de rotina para a plataforma de pesquisas, enquanto os atrasos no desenvolvimento da Boeing custaram à empresa centenas de milhões de dólares.

A Starliner deve se acoplar à ISS cerca de 24 horas após o lançamento e entregar mais de 226 kg de carga, incluindo comida e outros suprimentos, como roupas ou sacos de dormir, para a tripulação.

O voo-teste sem tripulação está destinado a determinar se a cápsula será capaz de transportar humanos. Já tinha sido testado, mas sem sucesso, em 2019, quando a nave teve que retornar à Terra antes do tempo, evitando uma catástrofe.

Depois, em agosto de 2021, um novo teste teve que ser cancelado pouco antes do lançamento, devido a um problema de válvulas detectado durante as verificações finais.

Enquanto isso, a SpaceX já realizou com sucesso os seus próprios testes e começou a transportar astronautas da Nasa em missões regulares.

No total, a empresa do bilionário Elon Musk já transportou 18 astronautas com sua própria cápsula, a Dragon, assim como quatro turistas espaciais que pagaram para estar em uma missão.

Contudo, a Nasa quer diversificar suas opções para não voltar a correr o risco de ficar sem meios de transporte americanos, como aconteceu depois do encerramento das missões de transportadores espaciais em 2011. Até o surgimento da SpaceX, a agência espacial americana se viu obrigada a pagar por vagas de tripulantes nos foguetes Soyuz da Rússia.

O lançamento desta quinta-feira é "um passo crucial" para se obter "dois veículos que transportem tripulações de forma regular", disse na terça-feira Dana Weigel, subdiretora do programa ISS da Nasa, em uma coletiva de imprensa. A dirigente destacou que foi assinado um contrato de preço fixo tanto com SpaceX quanto com a Boeing.

- Acoplamento delicado -

Durante o teste, uma boneca chamada Rosie será colocada no assento do comandante. Ela está equipada com 15 sensores, destinados a recolher informação sobre os movimentos da estrutura.

A aproximação da ISS nesta sexta, por volta das 20h de Brasília, será acompanhada de perto pelos astronautas a bordo da estação. Primeiro, ordenarão que a cápsula se estabilize a cerca de 250 metros de distância, antes de proceder com a delicada manobra de contato e acoplagem. Horas depois, a escotilha da cápsula será aberta.

A Starliner deverá permanecer acoplada à ISS durante cinco dias, antes de retornar à Terra para pousar em pleno deserto do estado do Novo México, no oeste de Estados Unidos, na base de White Sands.

- Contratempos em sequência -

O desenvolvimento do projeto Starliner acabou se transformando em uma longa epopeia cheia de obstáculos.

Em 2019, a cápsula não pôde entrar na órbita correta devido a um problema com seu relógio e teve que retornar à Terra depois de dois dias. A Boeing depois detectou que outros problemas de software quase provocaram uma anomalia grave de voo.

A Nasa prescreveu uma longa lista de recomendações e modificações para serem realizadas.

Depois, em 2021, quando o foguete já estava na plataforma de lançamento para tentar uma nova decolagem, um problema de umidade provocou uma reação química que bloqueou a abertura de certas válvulas na cápsula e o equipamento teve que voltar às oficinas para inspeções durante 10 meses.

O problema foi resolvido isolando hermeticamente as novas válvulas, com o objetivo de evitar a entrada de umidade, explicou na terça-feira Mark Nappi, gerente da Boeing. No entanto, para o futuro, outras soluções de prazo mais longo, inclusive uma mudança no projeto, já estão sendo avaliadas pelos especialistas.

Muita coisa está em jogo para a companhia, que espera poder realizar um primeiro voo tripulado no fim do ano. Esta segunda missão de teste será fundamental para obter finalmente a aprovação da Nasa.

Mas o cronograma exato dependerá do desempenho da cápsula nesta semana, que, ao mesmo tempo, pode recuperar um pouco a imagem da Boeing, bastante prejudicada pelos contratempos em sequência.

O chefe da agência espacial russa, a Roscosmos, Dmitry Rogozin, afirmou que o país deixará o programa da Estação Espacial Internacional (ISS), mas não deu prazos ainda para a saída, informou o próprio diretor à emissora "Rossya-24" e à agência "Tass".

"A decisão já foi tomada, mas não somos obrigados a falar publicamente. Só posso dizer uma coisa: de acordo com as nossas obrigações, avisaremos nossos parceiros com um ano de antecedência sobre o fim dos trabalhos na ISS", pontuou Rogozin.

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Durante a entrevista, porém, o chefe da Roscosmos pontuou que o trabalho no local é determinado "pelo governo e pelo presidente" e que, no momento, "continuaremos a trabalhar até 2024".

Ainda conforme Rogozin, a Rússia está desenvolvendo a sua própria estação espacial e o "anteprojeto disso está sendo desenvolvido". Os trabalhos internacionais na ISS foram os únicos não afetados por conta da guerra na Ucrânia. Moscou é alvo de inúmeras sanções dos países ocidentais e, parte das punições, inclui a parceria que a Roscosmos desenvolvia com os europeus.

Por conta disso, por exemplo, a missão ExoMars, que exploraria Marte e teria a sua segunda parte lançada em 20 de setembro deste ano, foi cancelada. 

Da Ansa

A primeira missão totalmente privada chegou à Estação Espacial Internacional (ISS), na manhã deste sábado (9), com uma tripulação de quatro membros da empresa Axiom Space.

A NASA classificou sua parceria tripartite com a Axiom e a SpaceX como um passo chave em direção à comercialização da chamada "órbita terrestre baixa".

A agência espacial americana vai se concentrar, a partir de agora, em viagens mais ambiciosas em direção aos confins do universo.

Um foguete SpaceX Falcon 9 com a cápsula Crew Dragon Endeavour se acoplou às 09:29 (horário de Brasília) deste sábado (9) à ISS e a tripulação entrou na estação espacial quase duas horas depois, após seu lançamento do Centro Espacial Kennedy na Flórida na sexta-feira (8).

No comando da Axiom Mission 1 (Ax-1) está o astronauta da NASA Michael López-Alegría, com dupla nacionalidade americana e espanhola, e que voou ao espaço quatro vezes durante seus 20 anos de carreira e visitou a ISS pela última vez em 2007.

Acompanham o astronauta três passageiros que pagaram pela viagem: o investidor imobiliário americano Larry Connor, o investidor e filantropo canadense Mark Pathy e o ex-piloto de combate, investidor e filantropo israelense Eytan Stibbe.

"Estamos aqui para experimentar, mas entendemos que temos uma responsabilidade de que todos se saiam bem" como primeira tripulação civil, disse Connor durante a transmissão ao vivo da NASA.

O preço das passagens, que incluem oito dias na estação espacial antes de uma eventual aterrissagem no Atlântico, foi de 55 milhões de dólares.

A Ax-1 é a primeira missão com uma tripulação totalmente privada que voa em uma nave espacial particular em direção à ISS. A Axiom, com sede em Houston, paga a SpaceX pelo transporte e a NASA também cobra a Axiom pelo uso da estação espacial.

- Projetos de pesquisa -

A bordo da ISS, que orbita a Terra a 400 quilômetros de altitude, o quarteto vai realizar 25 projetos de pesquisa, inclusive uma demonstração da tecnologia do MIT de mosaicos inteligentes que formam uma colmeia robótica e que se auto-agrupam na arquitetura espacial.

Outra experiência envolve a utilização de células estaminais cancerígenas para o crescimento de mini-tumores e depois tirar proveito do ambiente de envelhecimento acelerado da microgravidade para identificar biomarcadores para a detecção precoce de tumores malignos.

"Nossos rapazes não vão para lá para flutuar durante oito dias tirando fotografias e observando da cúpula", disse Darek Hassamann, diretor de operações da Axiom Space, a um dos jornalistas em uma coletiva antes do lançamento.

Eytan Stibbe planeja homenagear seu amigo Ilan Ramon, o primeiro astronauta israelense, que morreu no desastre do ônibus espacial Columbia, em 2003, quando a nave espacial se desintegrou voltando da ISS.

Stibbe leva à estação páginas do diário de Ramon que puderam ser resgatadas, assim como lembranças de seus filhos.

A tripulação da Axiom viverá e trabalhará junto da tripulação regular da estação: três americanos e um alemão do lado americano e três russos no lado russo.

A companhia se associou para um total de quatro missões com a SpaceX e a NASA já aprovou a princípio a segunda, AX-2.

A Axiom considera essas viagens como os primeiros passos em direção a um objetivo maior: construir sua própria estação espacia privada, cujo primeiro módulo será lançado em 2024.

A estrutura será acoplada primeiro à ISS antes de passar a ser autônoma quando o laboratório orbital for desativado, o que está previsto para 2030.

As sanções ocidentais contra a Rússia podem derrubar a Estação Espacial Internacional (ISS), disse Dmitri Rogozin, chefe da agência espacial russa Roscosmos, neste sábado (12).

Segundo ele, a operação dos foguetes russos que abastecem a ISS será prejudicada pelas sanções, que terão impacto no segmento russo da estação, que é usado principalmente para corrigir a órbita. Portanto, isso poderia causar o "splashdown ou pouso da ISS, que pesa 500 toneladas".

"O segmento russo observa que a órbita da estação é corrigida (em média onze vezes por ano), também para evitar detritos espaciais", explicou Rogozin, que costuma mostrar seu apoio ao exército russo nas redes sociais.

Publicando um mapa do mundo, o chefe da Roscosmos disse que se a ISS caísse, a Rússia estaria protegida.

"Mas as populações de outros países, especialmente as lideradas pelos 'cães de guerra' (países ocidentais, ndlr) devem pensar no preço das sanções contra a Roscosmos", escreveu ele, chamando de "loucos" aqueles que impuseram essas medidas punitivas.

Em 1º de março, a Nasa indicou que estava trabalhando para encontrar soluções para manter a estação em órbita sem a ajuda da Rússia.

As tripulações e suprimentos são transportados neste segmento por foguetes Soyuz e navios Progress para transporte de alimentos e mercadorias, ambos russos.

Rogozin explicou que o lançador necessário para que esses foguetes cheguem ao seu ponto é afetado "pelas sanções dos EUA desde 2021 e pelas sanções da União Europeia (UE) e do Canadá desde 2022".

A Roscosmos alega que apelou a seus parceiros americanos (Nasa), canadenses (ASC) e europeus (ESA) "exigindo o fim das sanções ilegais contra nossas empresas".

O espaço é um dos mais recentes campos de cooperação entre a Rússia e os Estados Unidos.

No início de março, a Roscosmos anunciou sua intenção de priorizar a construção de satélites militares, devido ao crescente isolamento da Rússia do conflito.

Rogozin também anunciou que a Rússia não forneceria mais aos Estados Unidos motores para seus foguetes Atlas e Antares.

"Mande-os para o espaço em suas vassouras", disse ele.

Em 30 de março, o astronauta Mark Vande Hei e os dois cosmonautas Anton Shkaplerov e Pïotr Dubrov retornarão à Terra da ISS em um foguete Soyuz.

Após meses de treinamento, os quatro tripulantes da primeira missão totalmente privada à Estação Espacial Internacional (ISS) estão prontos para decolar a bordo de um foguete SpaceX em 30 de março.

A missão, chamada Ax-1, irá durar 10 dias, em oito dos quais eles estarão a bordo da estação. O lançamento acontecerá em Cabo Canaveral, no estado americano da Flórida.

A bordo estarão três empresários dos Estados Unidos, Canadá e Israel, que pagaram dezenas de milhões de dólares cada um. Haverá apenas um astronauta experiente, Michael Lopez-Alegria, ex-membro da Nasa, que já esteve na ISS.

"Não somos turistas espaciais", esclareceu Lopez-Alegria em entrevista coletiva nesta segunda-feira. "Não são férias."

"Eles irão realizar pesquisas importantes", explicou Michael Suffredini, chefe da empresa Axiom Space, que organizou a viagem. Eles farão 26 experimentos científicos, alguns deles sobre células-tronco ou a saúde do coração, em colaboração com centros de pesquisas sobre a Terra.

Os "astronautas particulares planejam pesquisas com impacto real", assinalou Robyn Gatens, diretora da ISS. A tripulação também aproveitará a oportunidade para trazer experimentos da Nasa para a Terra, o que, segundo ela, será muito útil, uma vez que o laboratório aéreo se encontra abarrotado.

A tripulação, que treinou com a Nasa em Houston e a SpaceX na Califórnia, irá operar a bordo do segmento norte-americano da estação.

A Axiom Space chegou a um acordo para um total de quatro missões com a SpaceX, e a Nasa, que cobra pela estadia, aprovou formalmente o início de uma segunda, Ax-2.

Para a Axiom Space, esse é um primeiro passo para um objetivo ambicioso: a construção de sua própria estação espacial. "Essas missões nos dão a oportunidade de testar em menor escala", explicou Michael Suffredini.

O movimento de privatização da órbita baixa é incentivado pela Nasa, que não quer mais precisar gerenciar a operação de uma estação, e sim contratar os serviços de estruturas privadas, para se concentrar na exploração longínqua.

Em 2021, a Rússia também enviou novatos para a ISS: uma equipe de filmagem para rodar um filme, além de um multimilionário japonês e seu assistente.

Um bilionário japonês e seu assistente retornaram nesta segunda-feira (20) à Terra, acompanhados por um cosmonauta russo, depois de uma estadia de 12 dias na Estação Espacial Internacional (ISS), onde filmaram vídeos de sua experiência.

O magnata da moda Yusaku Maezawa, 46 anos, e o assistente Yozo Hirano pousaram no Cazaquistão ao lado do cosmonauta russo Alexander Misurkin, anunciou a Roscomos (Agência Espacial da Rússia).

"O voo da nave espacial 'turística' Soyuz MS-20 foi concluído", afirmou a Roscosmos em um comunicado.

Imagens exibidas a partir do local de pouso, 150 quilômetros ao sudeste da cidade de Zhezkazgan, no centro do Cazaquistão, mostraram os três sorridentes depois que foram ajudados a sair da sonda Soyuz.

De acordo com a assessoria de imprensa do distrito militar central, eles foram recebidos na chegada com um prato "surpresa" de macarrão japonês.

A viagem marcou o retorno da Rússia ao turismo espacial após uma pausa de uma década. O setor, no qual o país perdeu terreno para empresas privadas americanas, incluindo a SpaceX do bilionário Elon Musk, passa por um grande aumento de interesse e representa uma fonte de recursos financeiros.

O trio passou 12 dias a bordo da ISS, período para o qual o bilionário japonês estabeleceu uma agenda carregada com uma lista de 100 tarefas a cumprir no espaço.

O assistente de Maezawa filmou vídeos sobra a vida cotidiana em órbita para publicar na página do YouTube de seu patrão.

Nos vídeos, o empresário explica a um milhão de seguidores como escovar os dentes ou inclusive ir ao banheiro em gravidade zero.

"Fazer xixi é muito fácil", afirmou em um dos vídeos, mostrando o aparelho usado pelos astronautas, que suga a urina. Em outro, ele preparou um chá sem açúcar e elogiou o sabor dos biscoitos da ISS.

- Roscosmos de volta à disputa -

Maezawa e seu assistente foram os primeiros turistas japoneses a viajar ao espaço desde 1990, quando um jornalista visitou a estação Mir soviética.

O setor, altamente lucrativo, dos voos espaciais privados virou objeto de disputa com a recente entrada na corrida das empresas dos bilionários americanos Elon Musk (SpaceX) e Jeff Bezos (Blue Origin), ou do britânico Richard Branson (Virgin Galactic).

Em setembro, a SpaceX organizou um voo de três dias em órbita com uma tripulação composta por não-astronautas. Também pretende transportar turistas em uma volta ao redor da Lua em 2023, incluindo Maezawa, que financia a operação.

A viagem que terminou nesta segunda-feira marca o retorno, após mais de uma década, da Roscosmos à disputa, no momento em que a indústria aeroespacial russa enfrenta escândalos de corrupção e dificuldades, tanto técnicas como financeiras.

Em 2020, com o início da operação das cápsulas da SpaceX, a Rússia perdeu o monopólio de voos tripulados para a ISS e as dezenas de milhões de dólares que a Nasa e outras agências pagavam por cada vaga a bordo de um Soyuz.

A missão dos turistas japoneses foi organizada pela Roscosmos em colaboração com a empresa americana Space Adventures.

Entre 2001 2009, as duas empresas enviaram empresários ao espaço em oito ocasiões.

O anterior havia sido, em 2009, o canadense Guy Laliberté, fundador do popular 'Cirque du Soleil'.

Sinal da ambição do setor espacial russo por renovação, a Roscosmos enviou em outubro um diretor e uma atriz à ISS para rodar o primeiro longa-metragem em órbita da história, antes de um projeto similar previsto pelo ator americano Tom Cruise.

Uma espaçonave russa carregando um bilionário japonês, seu assistente e um cosmonauta profissional atracou na Estação Espacial Internacional (ISS) nesta quarta-feira(8) após seis horas de voo, informou a Agência Espacial Russa.

O bilionário japonês Yusaku Maezawa, de 46 anos, seu assistente Yozo Hirano e o cosmonauta profissional Alexander Missurkin subiram a bordo da ISS às 16h11 GMT (13h11 no horário de Brasília), segundo imagens transmitidas pela Agência Espacial Russa, a Roscosmos.

Seu Soyuz acoplou na estação orbital às 13h40 GMT (10h40 em Brasília), seis horas depois de ter decolado do cosmódromo russo de Baikonur, no Cazaquistão.

Maezawa, um excêntrico magnata da moda na internet, e Hirano passarão 12 dias a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS), uma viagem que marca o retorno de Moscou ao turismo em órbita.

Durante a madrugada, o trio deixou o hotel ao som de uma canção tradicional que é reproduzida para todos os cosmonautas antes da decolagem.

"Os sonhos se tornam realidade", tuitou o empresário japonês.

"Estou tão animado como uma criança antes de uma excursão da escola", afirmou Maezawa durante uma entrevista coletiva na terça-feira.

O cosmonauta Alexander Misurkin explicou que seus companheiros de viagem terão uma agenda intensa. Entre as atividades previstas está um torneio "amistoso" de badminton.

O bilionário preparou uma lista de 100 atividades que deseja cumprir no espaço e pretende documentar a estadia na ISS com vídeos publicados em seu canal do YouTube.

Antes da missão, Maezawa e seu assistente passaram por um treinamento na Cidade das Estrelas, área construída nos arredores de Moscou nos anos 1960 para formar os cosmonautas.

Atualmente há dez pessoas a bordo da ISS, incluindo quatro americanos, três russos, dois japoneses e um alemão.

- Setor lucrativo -

A viagem anterior de um turista japonês ao espaço aconteceu em 1990, quando um jornalista entrou na estação soviética Mir.

O lucrativo setor dos voos privados espaciais ganhou força com a eantrada dos bilionários americanos Elon Musk (SpaceX) e Jeff Bezos (Blue Origin), além do britânico Richard Branson (Virgin Galactic).

Em setembro, a SpaceX organizou um voo de três dias em órbita com uma tripulação composta por não astronautas. Também pretende transportar turistas em uma volta ao redor da Lua em 2023, incluindo Maezawa, que financia a operação.

Após uma década de interrupção, o voo desta quarta-feira marca o retorno da agência espacial russa Roscosmos ao turismo espacial, apesar de a indústria aeroespacial do país sofrer com os casos de corrupção e as dificuldades técnicas e financeiras.

Em 2020, com o início da operação das cápsulas da SpaceX, a Rússia perdeu o monopólio de voos tripulados para a ISS e as dezenas de milhões de dólares que a Nasa e outras agências pagavam por cada vaga a bordo de um Soyuz.

"Não vamos deixar esse nicho (do turismo espacial) para os americanos. Estamos dispostos a lutar", afirmou nesta quarta-feira o diretor da Roscosmos, Dmitri Rogozin.

A missão com os dois japoneses foi organizada pela Roscosmos em colaboração com a empresa americana Space Adventures. Entre 2001 2009, as duas empresas enviaram empresários ao espaço em oito ocasiões.

"É genial (...) compartilhar essa grande aventura" com Maezawa, declarou à AFP Tom Shelley, presidente da Space Adventures, presente em Baikonur.

Sinal da vontade do setor espacial russo por renovação, a Roscosmos enviou em outubro um diretor e uma atriz à ISS para rodar o primeiro longa-metragem em órbita da história, antes de um projeto similar previsto pelo ator americano Tom Cruise.

A NASA adiou nesta terça-feira (30) uma caminhada espacial que dois astronautas iriam realizar fora da Estação Espacial Internacional (ISS), após receber uma notificação de risco de detritos.

Os astronautas Thomas Marshburn e Kayla Barron deveriam deixar o laboratório espacial nesta terça-feira (30) para um incursão de seis horas e meia para substituir uma antena de comunicações danificada.

"A NASA recebeu uma notificação de destroços para a estação espacial", tuitou a agência.

"Devido à falta de oportunidade de avaliar adequadamente o risco que isso pode representar para os astronautas, as equipes decidiram adiar a caminhada no espaço de 30 de novembro até que mais informações estejam disponíveis".

Há poucos dias, a Rússia destruiu um de seus satélites durante um teste de míssil, gerando uma nuvem de destroços que a NASA disse "aumentar o risco para a estação".

A nuvem de destroços forçou os sete astronautas presentes na ISS a buscar temporariamente refúgio em sua espaçonave de retorno.

A NASA, entretanto, disse que o maior risco ocorreu nas primeiras 24 horas após o teste.

Não foi esclarecido se a suspensão da caminhada de hoje foi devido aos destroços do teste russo.

Os russos rejeitaram as acusações dos Estados Unidos de que o teste colocou em risco a estação espacial.

Enquanto isso, autoridades americanas disseram não ter sido informadas com antecedência sobre o teste anti-satélite, o quarto a explodir um objeto espacial da Terra e que gerou mais de 1.500 fragmentos orbitais detectáveis.

A caminhada no espaço seria a primeira de Barron e a quinta de Marshburn. Os dois chegaram à ISS em 11 de novembro a bordo da cápsula SpaceX Crew Dragon Endurance com a missão Crew-3 da NASA, para uma estadia de seis meses.

O novo módulo espacial Pritchal, da Rússia, se acoplou com sucesso na Estação Espacial Internacional (ISS) nesta sexta-feira (26), tornando-se a segunda nave de seu tipo colocada em órbita por Moscou este ano, depois de Nauka.

O procedimento foi realizado de modo automático às 15h19 GMT (12h19 de Brasília), de acordo com a agência espacial Roscosmos, que divulgou imagens do módulo flutuando no espaço com os oceanos azuis e as nuvens brancas da Terra ao fundo.

"Uma vez concluídas as verificações de impermeabilização, os membros da tripulação russa abrirão as escotilhas de transição e realizarão as operações finais", explicou.

"Hoje podemos dizer que o segmento russo da Estação Espacial Internacional está completo", disse o diretor da Roscosmos, Dmitri Rogozin, em um comunicado.

O Pritchal ("plataforma" em russo) decolou na quarta-feira com um foguete Soyuz 2.1B a partir do cosmódromo russo de Baikonur, no Cazaquistão.

Os astronautas russos conectarão agora o Pritchal à ISS em um passeio espacial programado para 19 de janeiro, e em 18 de março sua primeira espaçonave tripulada, a Soyuz MS-21, será acoplada lá.

Além do módulo, a missão também entregou quase 700 quilos de suprimentos e equipamentos para a ISS.

O Pritchal servirá como um núcleo de acoplamento permanente para o segmento russo da ISS junto com o Nauka ("ciência" em russo), um módulo científico cujo lançamento foi atrasado por quase 15 anos por problemas técnicos.

Quatro astronautas acabam de deixar a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) para seguirem rumo à Terra nesta segunda-feira (8), após seis meses realizando diversos trabalhos no espaço.

A missão Crew-2, integrada por dois americanos, um francês e um japonês, esteve trabalhando no laboratório espacial desde 24 de abril, realizando centenas de experimentos e melhorando os paneis solares da estação.

Agora, os quatro viajam na cápsula Dragon da SpaceX batizada de "Endeavour", que se separou da ISS às 16h05, no horário de Brasília, e deverá pousar no mar, em frente ao litoral da Flórida, pouco depois da meia-noite. A Nasa está transmitindo tudo ao vivo em suas redes sociais.

"Fazendo as malas de última hora e me preparando para partir da ISS", tuitou o japonês Akihiko Hoshide.

"Foram mais de seis meses divertidos, um prazer e uma honra trabalhar com todas essas pessoas incríveis de diferentes partes do mundo, dentro e fora do planeta", acrescentou.

Suas atividades incluíram documentar a superfície do planeta para registrar mudanças ocasionados pelo homem e eventos naturais, cultivar pimentas e estudar algumas larvas para entender melhor a saúde humana no espaço.

O retorno da equipe, no entanto, deveria ter sido ontem, mas acabou sendo adiado devido às condições meteorológicas.

O mal tempo e o que a Nasa considerou um "assunto médico menor" também provocaram o adiamento do lançamento de um novo grupo de astronautas, da missão Crew-3, que deverá decolar nesta quarta-feira (10). A SpaceX transporta astronautas para a ISS desde 2020.

"Enquanto nos preparamos para partir, há uma sensação agridoce, de que poderíamos não voltar a ver nunca a ISS", disse o francês Thomas Pesquet em uma coletiva de imprensa no fim de semana.

A tripulação, contudo, ainda enfrentará um último desafio em seu trajeto para casa: usar fraldas, depois que foi detectado um problema no sistema de manejo de dejetos da cápsula.

Além disso, os astronautas estão sem acesso a um banheiro desde o fechamento das comportas, às 14h40, e terão que permanecer assim por cerca de 10 horas, até que cheguem à Terra.

"Certamente não é o ideal, mas estamos preparados para lidar com isso", disse a astronauta da Nasa, Megan McArthur, em coletiva de imprensa.

"Os voos espaciais estão repletos de desafios, este é apenas mais um com o qual nos deparamos e temos que lidar nessa missão", acrescentou.

A tripulação de turistas de SpaceX que viajou em setembro também teve um problema similar com o sistema de manejo de dejetos, que acendeu um alarme. Pouco depois, a Nasa informou que uma tubulação tinha se desconectado, enviando urina para o sistema de ventilação da cápsula ao invés do tanque de armazenamento.

A eficácia da vacinação contra a Covid-19 "permanece alta" na prevenção das hospitalizações e mortes na Itália, informou o Instituto Superior de Saúde (ISS) neste sábado (6). De acordo com os dados, as vacinas anti-Covid evitam 91% das internações, 95% das hospitalizações em terapia intensiva e 91% das mortes com a variante delta prevalente.

"A eficácia na prevenção de qualquer diagnóstico sintomático ou assintomático de Covid-19 em pessoas totalmente vacinadas diminuiu de 89%, durante a fase epidêmica com a variante alfa, para 75%, na fase com a variante delta", diz o documento.

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O ISS alerta ainda que o número de casos entre os profissionais de saúde está aumentando, assim como no restante da população.

Em particular, na última semana houve um aumento no número de casos diagnosticados entre os trabalhadores de saúde (641 contra 537 da semana anterior) e na população em geral. O percentual de profissionais sanitários afetados em relação ao restante dos cidadãos italianos permanece estável, em 3,6%.

Nos últimos 30 dias, na Itália, houve uma maior incidência de casos diagnosticados em pessoas não vacinadas, conforme o relatório do ISS sobre a tendência semanal da pandemia.

"Numa fase de ressurgimento do vírus como a que assistimos a nível europeu neste momento, é justo acelerar a administração de reforços. Ontem foram ultrapassados os 2 milhões de terceiras doses administradas", afirmou o ministro da Saúde, Roberto Speranza, na 19ª Conferência sobre Direito Sanitário que acontece em Milão.

Já o diretor-geral de prevenção do Ministério da Saúde, Giovanni Rezza, explicou em seu discurso no Festival de Ciências Médicas, em Bolonha, que a Itália evitou uma nova "grande onda, aquela que teria saturado os hospitais, teria os congestionado, teria causado muitas mortes não só por causa direta da Covid, graças às medidas preventivas e agora às vacinas".

"Na Itália houve uma campanha de vacinação muito exitosa", entre os diversos países europeus, por exemplo, nos saímos melhor que a Alemanha", acrescentou ele, lembrando que, "em média, a cobertura é bastante elevada, estamos perto de 90% das pessoas que tomaram "a primeira dose".

Da Ansa

A Nasa e a SpaceX adiaram nesta segunda-feira (1º) pela segunda vez em poucos dias o lançamento do foguete que levará quatro astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS) porque um dos membros da tripulação apresenta um "problema de saúde leve".

"Não é uma emergência médica e não está relacionado com a covid-19", informou a Nasa em um comunicado, sem dar mais detalhes.

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Os astronautas americanos Raja Chari, Kayla Barron e Tom Marshburn, assim como o alemão Matthias Maurer, ficarão em quarentena no Centro Espacial Kennedy até então, acrescentou a agência espacial americana.

O lançamento estava previsto para o domingo, mas devido ao mau tempo o procedimento foi adiado para a quarta-feira.

Agora, o lançamento foi remarcado para o sábado às 23h36 locais (00H36 de domingo, hora de Brasília), de Cabo Cañaveral, na Flórida.

A Nasa não divulgou o nome do astronauta doente.

Esta missão, denominada Crew-3, faz parte a associação bilionária da Nasa com a SpaceX, a companhia de Elon Musk. Foi assinada após o encerramento do programa de ônibus espaciais, em 2011, para retomar os voos espaciais tripulados do solo americano.

Os astronautas vão passar seis meses na ISS e realizar vários experimentos a bordo deste laboratório orbital.

Eles vão substituir os quatro astronautas da Crew-2, que estão desde abril na ISS.

A volta à Terra da Crew-2 está programada "para o começo de novembro", mas nesta segunda-feira a Nasa afirmou que "continua avaliando datas" e não descarta uma "passagem indireta" entre as duas tripulações.

A Nasa e a SpaceX adiaram o lançamento de um foguete que levaria quatro astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS) para evitar "um grande sistema de tempestades", informou neste sábado (30) a agência espacial americana.

Os americanos Raja Chari, Tom Marshburn e Kayla Barron, assim como o alemão Matthias Maurer, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), decolariam no domingo (31) a bordo da nave espacial Crew Dragon Endurance, acoplada a um foguete Falcon 9, do Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

A missão foi adiada para 05h10 GMT (1h10 no horário de Brasília) de quarta-feira (3).

"A Crew-3 (como a missão foi batizada) chegará à estação espacial por volta das 3h00 GMT (0h00 de Brasília) de quinta-feira (4)", anunciou a Nasa em um comunicado.

Os quatro tripulantes farão "um breve revezamento com os astronautas que voaram para a estação como parte da missão SpaceX Crew-2 da agência", acrescentou.

A tripulação da missão "Crew-3" passará seis meses na plataforma orbital, realizando pesquisas em áreas como ciências dos materiais, saúde e botânica, para contribuir com a futura exploração do espaço profundo e beneficiar a vida na Terra.

Os aspectos científicos de maior destaque da missão incluem um experimento para cultivar plantas no espaço, sem terra ou outros meios de crescimento, e outro para construir fibras óticas em ambientes de microgravidade, que, segundo pesquisas anteriores, serão de qualidade superior às fabricadas na Terra.

Os astronautas da Crew-3 também realizarão caminhadas espaciais para completar a atualização dos painéis solares da estação.

Além disso, eles receberão na ISS duas missões turísticas, que incluirão visitantes japoneses a bordo de uma nave russa Soyuz, no fim de 2021, e a tripulação da Space-X Axiom, cujo lançamento está previsto para fevereiro de 2022.

A Crew-3 faz parte do acordo multimilionário entre a Nasa e a SpaceX assinado depois que a agência espacial americana encerrou o programa de ônibus espacial em 2011. Essa parceria visa restaurar a capacidade dos Estados Unidos de conduzir voos espaciais tripulados.

Uma atriz e um diretor de cinema russos que passaram 12 dias a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) para gravarem o primeiro filme de ficção no espaço voltaram a salvo à Terra na manhã deste domingo (17).

A nave espacial Soyuz MS-18 que transportou a atriz Yulia Peresild, de 37 anos, e o diretor Klim Shipenko, de 38, junto ao cosmonauta Oleg Novitski, pousou no Cazaquistão às 04h36 GMT (01h36 no horário de Brasília), segundo as imagens transmitidas pela agência espacial russa Roscosmos.

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Ao sair da nave, Shipenko pareceu cansado e sorridente, e cumprimentou com uma mão as câmeras e as pessoas presentes, antes de ser levado para uma revisão médica.

Yulia Peresild, a atriz que interpreta o papel principal no filme e que foi escolhida entre 3.000 candidatas, foi retirada do aparelho entre aplausos, antes de receber um buquê de flores.

A atriz disse estar "triste" por ter deixado a ISS.

"Parecia que 12 dias seriam muito, mas quando acabou, eu não queria ir embora", disse à televisão russa. "É uma experiência única".

O cosmonauta Novitski, que foi o primeiro a sair da nave, foi cumprimentado pelo chefe da Roscosmos, Dmitri Rogozin, a quem disse: "Está tudo bem!".

- Rivalidade EUA-Rússia -

Os cineastas russos partiram para a ISS em 5 de outubro da base espacial russa de Baikonur, no Cazaquistão, acompanhados pelo cosmonauta Anton Shkaplerov.

Rogozin publicou antes fotos de sua equipe quando se dirigia ao local da aterrissagem a bordo de dez helicópteros.

"É um trabalho colossal. Estamos felizes que a tripulação se sinta bem, é reconfortante. A nave não caiu de lado, o que é melhor para a retirada", disse Rogozin.

Com o título provisório de "O Desafio", o filme conseguiu ultrapassar um projeto parecido dos Estados Unidos, liderado pela estrela de Hollywood Tom Cruise.

O filme russo mostrará uma cirurgiã a bordo da ISS que deve salvar um astronauta.

Além de Shkaplerov, outros dois cosmonautas também aparecem como figurantes.

Este projeto relembra, em certa medida, a rivalidade espacial entre a União Soviética e os Estados Unidos, 60 anos depois que o soviético Yuri Gagarin se tornou o primeiro humano a chegar ao espaço.

A agência russa Roscosmos revelou esse projeto no ano passado, após o anúncio da gravação de um filme de Tom Cruise, impulsionado em colaboração com a Nasa e a empresa SpaceX de Elon Musk.

A viagem dos cineastas russos para a ISS não ocorreu sem incidentes. Shkaplerov teve que acoplar manualmente a nave no laboratório espacial.

Enquanto os controladores russos faziam testes na sexta-feira na cápsula Soyuz MS-18 que deveria trazê-los de volta à Terra neste fim de semana, os motores se ativaram de repente, o que mudou a posição da ISS, sem que isso representasse algum perigo.

- Euforia espacial -

Shipenko começou a gravar antes da chegada à ISS. O início de sua gravação ocorreu durante o acoplamento, no qual a atriz ajudou Shkaplerov.

Sua volta ao planeta azul foi gravada por uma equipe de câmeras e também aparecerá no filme, explicou à AFP Konstantin Ernst, proprietário da produtora russa Pervy Kanal, que co-produz o filme.

Este projeto prosperou em um momento de euforia espacial de setores não-científicos, com a multiplicação nos últimos meses das viagens de lazer ao espaço, como as realizadas pelos bilionários americanos Richard Branson e Jeff Bezos.

O setor espacial russo, que foi a joia da coroa da URSS ao enviar o primeiro homem e a primeira mulher ao espaço, foi abalado nos últimos anos por escândalos de corrupção e falhas técnicas, além de perder o monopólio das viagens com astronautas para a ISS.

A Roscosmos espera que este filme sirva para melhorar sua imagem.

Mesmo que as missões espaciais costumem gerar imagens, desde os primeiros passos do homem na Lua em 1969 até as publicações nas redes sociais do astronauta francês Thomas Pesquet, nunca antes um filme de ficção foi gravado no espaço.

Além deste longa-metragem, a Roscosmos também planeja levar um bilionário japonês para a ISS e, desse modo, participar do negócio do turismo espacial.

Um astronauta francês e um americano iniciaram neste domingo uma caminhada espacial para concluir a instalação de novos painéis solares, que aumentararão o abastecimento de energia da Estação Espacial Internacional (ISS), anunciaram ambos no Twitter.

"Aqui vamos novamente para o episódio das novas caminhadas espaciais para a instalação de painéis solares", tuitou o francês Thomas Pesquet, da Agência Espacial Europeia. Ele e o colega americano Shane Kimbrough ativaram as baterias internas de seus trajes às 11h42. Em seguida, abriram a escotilha para sair ao espaço.

A missão dos astronautas inclui a instalação de seis painéis solares de nova geração, conhecidos como iROSA, que aportarão energia para as operações cotidianas da ISS e os projetos científicos em andamento. Os painéis têm expectativa de duração de 15 anos.

Uma primeira saída realizada por ambos na última quarta-feira teve problemas com os dados do traje de um dos astronautas. No total, já foram realizadas 240 saídas ao espaço para a ISS, cujas missões foram instalar equipamentos, realizar trabalhos de manutenção e atualizar a estação.

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