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O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) anunciou nesta terça-feira em Genebra que mais de 500 mil sírios foram registrados como refugiados ou estão em processo de registro em quatro países vizinhos à Síria ou nos países do Norte da África. Segundo o ACNUR, o número de refugiados sírios aumenta a uma média diária de três mil. "No total, 425.160 refugiados sírios estão registrados e outros 84.399 estão em fase de registro", disse Melissa Fleming, porta-voz do ACNUR.

Ela disse que, ao contrário da percepção geral, apenas 40% dos refugiados vivem no momento em acampamentos. "A maioria vive fora dos campos, frequentemente em casas alugadas, com famílias, em escolas ou centros de acomodação", disse. No Líbano e nos países do Norte da África, por exemplo, não foram montados acampamentos. Os refugiados sírios vivem em comunidades urbanas e rurais. Na Jordânia, apenas 24% vivem nos acampamentos. No Iraque, metade estão nos acampamentos, mas na Turquia o total de refugiados registrados vive em acampamentos administrados pelo governo local. Atualmente existem 14 acampamentos de refugiados sírios na Turquia, três na Jordânia e três no Iraque.

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Segundo os números mais recentes do ACNUR, o número de refugiados sírios no dia 10 era de 154.387 no Líbano; 142.664 na Jordânia; 136,319 na Turquia; 64.449 no Iraque; e 11.740 nos países do Norte da África (Egito, Argélia, Tunísia e Líbia). Fleming disse que, além dos sírios registrados como refugiados e dos que aguardam registro (o que permite receber alimentos e algum auxílio monetário da ONU), centenas de milhares de pessoas que fugiram não procuraram o ACNUR. A ONU estima que 100 mil sírios não registrados como refugiados estão na Jordânia, enquanto outros 70 mil não registrados na Turquia. O Egito estima que 70 mil sírios que fugiram da guerra vivem atualmente no país, a maioria no Cairo.

Ela disse que a partir do começo de novembro o número de sírios que buscaram registro subiu a 3.200 por dia, o que inclui pessoas recém chegadas da Síria. "Nós esperamos que aumente o número de sírios que lutam para sobreviver nas economias dos países vizinhos e que poderão buscar registro no ACNUR, à medida que suas reservas são gastas e que as famílias e comunidades que os abrigam não conseguem mais sustentá-los", disse.

Na segunda-feira, como parte dos esforços para atender os refugiados no inverno, que se aproxima no hemisfério norte, o ACNUR recebeu aquecedores a gás da Noruega. As temperaturas estão caindo a cada dia, principalmente nas montanhas da Turquia, Líbano e Jordânia, onde estão a maioria dos refugiados.

O Líbano tornou-se esta semana o terceiro país a abrigar mais de 100 mil refugiados da guerra civil na Síria, informou nesta terça-feira em Genebra o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). O número total de refugiados sírios registrados ultrapassa 355 mil, com a maioria na Jordânia, Turquia, Líbano e Iraque, mas pelo menos 6,8 mil sírios estão refugiados nos países do Norte da África. O número de refugiados não registrados também é grande.

Pelo menos 101.283 sírios já se cadastraram como refugiados no Líbano, disse Melissa Fleming, porta-voz do Acnur. Com isso, o Líbano soma-se a Jordânia e Turquia como parte do grupo de países vizinhos da Síria com mais de 100 mil refugiados.

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De acordo com os dados do Acnur, 105 mil sírios fugiram para a Jordânia e 101 mil buscaram refúgio na Turquia. Além disso, há 42 mil refugiados do conflito sírio no Iraque e 6.800 no Norte da África.

Estima-se, no entanto, que dezenas de milhares de sírios tenham fugido do país sem se cadastrarem ou procurarem campos de refugiados. O governo da Jordânia, por exemplo, informa que no momento o país abriga 210 mil refugiados sírios, que sobrecarregaram os sistemas de saúde, abastecimento de água e energia do país.

Na noite de segunda-feira, um grupo furioso de refugiados sírios queimou tendas no campo de refugiados de Zaatari, no norte da Jordânia, em protesto contra as más condições de vida no local, que fica em um deserto. "Um número de refugiados sírios queimou 20 tendas na noite de ontem, ao protestar contra as condições de vida em Zaatari. A polícia não deteve ninguém", disse Zayed Hammad, chefe da Sociedade Suna, uma organização que presta auxílio a refugiados sírios na Jordânia. Segundo ele, o campo de Zaatari abriga no momento 37 mil refugiados.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

As autoridades da Jordânia, que já recebeu mais de 85 mil refugiados registrados do conflito sírio, planejam estabelecer um novo campo para refugiados no oeste da capital, disse Anmar al-Hammoud, porta-voz do governo, para a France Presse, citado pela Dow Jones.

"O governo da Jordânia escolheu a região Mrigeb al-Fuhud, cerca de 50 quilômetros ao oeste de Amã e 20 quilômetros a oeste de Zarga, para estabelecer um novo campo de refúgio para os sírios", acrescentou. "O campo terá uma área de 5.200 hectares", afirmou. "Se o número de ocupantes no campo de Zaatari superar 45 mil, nós construiremos o novo campo para atender o número crescente de refugiados", citou ele. As informações são da Dow Jones.

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O Exército dos Estados Unidos enviou uma equipe de militares à Jordânia para ajudar a lidar com a crise na Síria, afirmou nesta quarta-feira um oficial da Defesa norte-americana.

Ele disse que cerca de 100 estrategistas e outros militares ficaram na Jordânia após participarem do exercício militar conjunto anual, em maio, e outros chegaram no país desde então. Os militares operam de uma base conjunta no norte de Amã, capital jordaniana. A fonte pediu anonimato pois não tem autorização para falar sobre a missão.

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O oficial ressaltou que o time não está lá para lutar, mas para fazer planos de contingência para diversos assuntos, incluindo a forma de se lidar com o fluxo de refugiados sírios e a criação de uma zona desmilitarizada para proteger a Jordânia. As informações são da Associated Press.

A mídia estatal da Síria moveu um violento ataque contra o líder do grupo palestino Hamas, Khaled Meshal, ao qual acusou de trair o presidente sírio Bashar Assad, ser ingrato e ignorar seu protetor em um momento difícil. Em editorial levado ao ar na noite da segunda-feira, a televisão estatal síria disse que Meshal, que retirou o quartel-general do Hamas de Damasco após mais de uma década na cidade, abandonou o movimento da resistência palestina contra Israel e os Estados Unidos. O editorial mostrou o grau de inimizade que existe atualmente entre o governo sírio e o Hamas, antes aliados comprometidos.

"Lembre-se quando você era um refugiado que vivia a bordo de aviões. Damasco lhe deu abrigo. Ninguém queria apertar a sua mão, como se você fosse um cão raivoso", disse o editorial, lembrando o ano de 1999, quando Meshal, que tem cidadania jordaniana, teve que fugir de Amã acusado de "atividades ilícitas" e buscou refúgio na Síria. Nenhum país quis dar abrigo a Meshal, com exceção da Síria.

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No mês passado, Meshal fechou o escritório do Hamas em Damasco e agora passa a maior parte do tempo no Catar, país que é inimigo jurado de Assad e fornece armas e dinheiro aos insurgentes sírios.

Quando a revolta popular contra Assad estourou em março de 2011, os 500 mil palestinos que vivem na Síria como refugiados primeiro tentaram se manter à margem do conflito civil. Mas nos últimos meses, jovens palestinos tem começado a protestar e alguns até se juntaram aos rebeldes sírios que tentam derrubar Assad.

Nesta terça-feira, ativistas reportaram confrontos entre tropas do governo e insurgentes perto do campo de refugiados palestinos de Yarmouk, nos subúrbios de Damasco, bem como nos bairros de Qadam e Assaly. O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo opositor sediado em Londres, disse que pelo menos cinco pessoas foram mortas e várias ficaram feridas quando tropas do governo atiraram contra o campo de refugiados palestinos de Naziheen, perto da cidade de Deraa, no sul da Síria.

As informações são da Associated Press.

O novo enviado internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi, visitou nesta terça-feira campos de refugiados na Jordânia e na Turquia, mas foi recebido com hostilidade pelos refugiados na Jordânia, onde cerca de 200 pessoas no campo de Zataari reclamaram contra a visita que ele fez ao presidente sírio Bashar Assad no final da semana passada. Alguns jovens apedrejaram carros do comboio de Brahimi. "Deixe nosso campo. Ao ver Bashar Assad, você prolongou a vida dele", gritaram os manifestantes. Brahimi também visitou refugiados sírios na província turca de Hatay, onde também foi recebido com protestos, embora fora do campo.

Também nesta terça-feira, ocorreram confrontos entre tropas do governo e insurgentes sírios em Tall al-Abyad, posto na fronteira da Síria com a Turquia, reportou a agência de notícias turca Anatólia. Na cidade turca de Akcakale, a Prefeitura pediu aos cidadãos que ficassem longe dos terrenos perto da fronteira.

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Sem sinais de arrefecimento na crise, ativistas estimam que mais de 23 mil pessoas foram mortas na Síria desde que a revolta contra Assad estourou em março de 2011. A Organização das Nações Unidas (ONU) disse que o número de refugiados superou 250 mil no Líbano, Turquia, Jordânia e Iraque. Apenas na Turquia estão 83 mil refugiados, abrigados em 12 campos ao longo da fronteira com a Síria.

Brahimi disse que os refugiados aparentemente são bem tratados na Turquia e que ele espera um fim próximo à violência na Síria. "Nós esperamos que a Síria encontre logo a paz e eles possam regressar para o país deles o mais cedo possível".

O Ministério das Relações Exteriores da Turquia rechaçou hoje as acusações da Síria de que Ancara permite que extremistas islâmicos cruzem a fronteira. A Síria acusa o governo turco de permitir que milhares de extremistas islâmicos cruzem a fronteira e entrem no país para combater as tropas de Assad.

"Ao invés de fazer reclamações e acusações falsas contra vários países, como o nosso, a Síria deveria olhar para o que acontece dentro do seu território e tomar as medidas necessárias para corrigir os erros", disse Selçuk Unal, porta-voz da chancelaria turca.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A Jordânia foi a principal surpresa desta terça-feira nas Eliminatórias Asiáticas para a Copa do Mundo de 2014. A seleção, que só havia somado um ponto na quarta fase da competição, derrotou a Austrália, uma das favoritas a conseguir vaga no Mundial, por 2 a 1, em casa. Os gols da vitória foram marcados por Hasan Mahmoud e Amer Deeb. Archie Thompson descontou.

Com isso, os jordanianos ultrapassaram a própria Austrália, chegando à segunda colocação do Grupo B, com quatro pontos, seis atrás do líder Japão, que tem um jogo a mais. Já os australianos têm apenas dois pontos e vivem situação complicada na competição.

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Outros dois jogos aconteceram pelo Grupo A da quarta fase das Eliminatórias. A Coreia do Sul foi até Tashkent e empatou com a Usbequistão por 2 a 2. Kwak e Lee marcaram os gols do time coreano, que segue líder da chave, com sete pontos. Os usbeques, últimos colocados, com dois pontos, igualaram com Tursunov e Ki, contra.

Quem deixou a lanterna da chave foi o Líbano, que com a vitória por 1 a 0 sobre o Irã subiu para quatro pontos, embolando o grupo. Os iranianos tem os mesmos quatro pontos, mas levam vantagem no saldo de gols e estão na segunda colocação. O único gol do jogo foi marcado por Roda Antar.

O vice-presidente sírio Farouk Al-Sharaa fez sua primeira aparição pública em semanas, encerrando os rumores de que havia desertado. Al-Sharaa havia sido visto pela última vez no funeral de quatro importantes autoridades do governo sírio, que morreram em uma explosão em Damasco, em 18 de julho.

Desde então, rumores circulavam alegando que ele havia desertado para a Jordânia, no que teria sido um duro golpe para o regime do presidente Bashar Assad. A Jordânia e o escritório de Al-Sharaa negavam que ele tinha desertado. As informações são da Associated Press.

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A Jordânia anunciou nesta quinta-feira a exclusão de três membros de sua delegação classificados para os Jogos Paralímpicos, a partir do dia 29. Dois atletas do levantamento de peso e um treinador foram cortados do evento, a ser realizado também em Londres, após acusação de agressão sexual.

O Comitê Paralímpico da Jordânia afirmou que os três vão voltar para o país ainda nesta quinta, mas retornarão para Irlanda do Norte, onde foram acusados do crime sexual, para audiências, no dia 18 de outubro.

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Eles foram presos na segunda-feira em Belfast, onde a delegação jordaniana se preparava para os Jogos. Os dois atletas e o treinador foram liberados sob pagamento de fiança na quarta. Em nota, o Comitê Paralímpico explicou que "não seria apropriado que os atletas acusados participassem" da competição.

"Temos tolerância zero com qualquer desvio de conduta e continuaremos a trabalhar ao lado das autoridades da Irlanda do Norte para ajudá-los na investigação", declarou o Comitê nacional, que tenta colocar a Jordânia no mapa do esporte mundial.

De acordo com a polícia, os atletas cadeirantes Omar Sami Qaradhi e Motaz Al Junaidi e o treinador Faisal Hammash teriam tentado agredir sexualmente duas garotas, de 14 e 16 anos, no dia 18 deste mês. Outras duas mulheres fizeram as mesmas alegações.

Qaradhi enfrenta três acusações de agressão sexual, duas delas contra menores, e uma de voyeurismo. O treinador vai encarar duas acusações, enquanto Al Junaidi terá que se defender de uma acusação da Justiça irlandesa.

O porta-voz e ministro de Estado da Informação da Jordânia, Samih Maaytah, acusa a Síria de ter lançado quatro foguetes contra a aldeia Torrah, região da fronteira entre os dois países. Uma menina de quatro anos ficou ferida.

O governo jordaniano convocou o embaixador sírio em Amã e formalizou um protesto. "A Jordânia rejeita o que ocorreu e se certificará de que isso não ocorra mais no futuro", disse o ministro jordaniano.

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A criança sofreu ferimentos na cabeça, mas já deixou o hospital Ramtha, onde foi tratada. O exército da Jordânia isolou toda a área atingida.

Atualmente a Jordânia abriga mais de 150 mil refugiados sírios. As informações são da Dow Jones.

Um avião de carga francês aterrissou neste sábado na Jordânia com provisões e equipamentos médicos para dezenas de milhares de sírios que fugiram de seu país em função da violência. A aeronave Antonov carregava 80 toneladas de suprimentos franceses destinados aos refugiados sírios, que serão levados à Jordânia em breve, disse o líder da operação, o coronel Yannick Rio.

"Material adicional será transportado para a Jordânia nos próximos dias. No total, duzentas toneladas de equipamentos médicos e suprimentos serão enviadas no futuro", disse o coronel Rio, aos jornalistas, no aeroporto militar Marka, em Amã.

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Ele afirmou ainda e que uma aeronave A310 carregando 85 pessoas da equipe de apoio e sete toneladas de equipamentos médicos chegou na Jordânia na última quinta-feira.

O coronel Gerard Dosseh, líder médico, disse que "uma equipe de cirurgia, um centro médico e um centro de vacinação de emergência" foram despachados. A equipe médica consegue fazer dez operações por dia e atender 20 pacientes. "Todos os suprimentos e equipamentos vão partir para o campo de refúgio de Zaatari no domingo de manhã", disse Sabine Riverol, membro da equipe médica, à AFP.

O acampamento administrado pela ONU, fora da cidade norte de Mafraq, na fronteira com a Síria, já atendeu a 6 mil refugiados até agora.

"Os serviços médicos da Jordânia não são mais capazes de responder às necessidades crescentes (dos refugiados), e, portanto, isso é um esforço de solidariedade internacional", disse a embaixadora francesa em Amã, Corrine Breuze.

"Esta é uma mensagem de solidariedade para o povo sírio, particularmente para as vítimas da violência orquestrada pelo regime de Damasco. E isso também é uma mensagem de apoio à Jordânia, esse país vizinho que tem recebido um número crescente de refugiados durante as semanas passadas."

A Jordânia está recebendo mais de 150 mil sírios, dos quais cerca de 46 mil são registrados pela Organização das Nações Unidas. O país diz que recursos limitados dificultam a capacidade de lidar com a crise, apesar da recente doação de 100 mil dólares dos Estados Unidos para ajudar a acomodar os refugiados.

O gabinete do presidente francês, François Holland, anunciou o envio de tropas na segunda-feira, dizendo que a decisão foi feita com o consenso das autoridades jordanianas.

O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, visitará a Jordânia no dia 15 de agosto. As informações são da Dow Jones.

Um oficial da ONU sugeriu nesta terça-feira que a Jordânia abra um campo de refugiados para os milhares de sírios que fogem da onda de violência em seu país, poucas horas depois de outras mil pessoas cruzarem a fronteira.

O apelo partiu de Andrew Harper, representante da agência de refugiados da ONU para a Jordânia, que já recebeu cerca de 140 mil sírios.

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A Síria convive com uma grave onda de violência desde março do ano passado, quando irrompeu um levante popular contra o presidente sírio Bashar Assad, cuja família controla o país há mais de quatro décadas. Mais de 16,5 mil mortos morreram em conflitos entre tropas sírias e grupos rebeldes, segundo os últimos números do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede em Londres.

A Jordânia tem um novo campo que permanece inativo devido ao temor de Amã de contrariar o governo sírio.

"Teremos de fazer algo logo porque mil pessoas chegaram (na segunda-feira) à noite", disse Harper em entrevista por telefone. "Nos últimos quatro dias, os números têm dobrado a cada noite."

A maioria dos refugiados veio da cidade de Homs e de seus arredores, no norte da Síria, e de Deraa, perto da fronteira. Refugiados relataram movimentação de tropas nas cercanias de Deraa e temem que uma ofensiva militar esteja para estourar na região.

A Jordânia recebeu cerca de 1,5 milhão de refugiados vindos do Iraque no auge da violência no país vizinho, no período entre 2003 e 2008. Os iraquianos tiveram um forte impacto sobre os escassos recursos jordanianos e centenas deles permaneceram no reino. As informações são da Associated Press.

Um piloto sírio em missão de treinamento desertou com seu caça MiG-21 para a Jordânia nesta quinta-feira e pediu asilo político, no primeiro caso do gênero desde o início do levante popular contra o presidente sírio Bashar Assad, há 15 meses, informaram autoridades locais.

Depois de pousar na base aérea Rei Hussein em Mafraq, 70 quilômetros ao norte de Amã, a capital jordaniana, o piloto, identificado como coronel Hassan Hammadeh, removeu sua identificação da força aérea e se ajoelhou na pista para rezar.

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A deserção é bem vista pelos rebeldes que lutam desde março do ano passado pela queda de Assad, cuja família domina a Síria há mais de quatro décadas.

Um porta-voz do grupo rebelde Exército Livre da Síria, Ahmad Kassem, disse que a organização encorajou o piloto a desertar e o monitorou até a aterrissagem do caça na Jordânia. Segundo Kassem, o piloto operava no sul da Síria. O regime sírio já foi afetado antes por deserções, mas todas de militares de baixa patente.

A Síria é um dos principais parceiros comerciais da Jordânia, com comércio bilateral estimado em US$ 470 milhões por ano.

A onda de violência na Síria já deixou mais de 14,4 mil mortos, segundo dados recentes do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, organização não-governamental (ONG) com sede em Londres. As informações são da Associated Press.

Um grupo que defende direitos dos refugiados e é baseado em Washington (EUA), pediu nesta segunda-feira ajuda para os refugiados sírios que fugiram da revolta e da repressão que começou em março do ano passado e estão no Líbano e na Jordânia. A organização Refugees International (RI) afirma que a Jordânia recebeu mais de 110 mil refugiados sírios e o Líbano outros 26 mil. Na Jordânia, muitos refugiados estão nas casas de jordanianos, que ajudam a alimentar e a prover abrigo aos refugiados. A RI é uma Organização Não Governamental.

A organização alertou em comunicado que a crise de refugiados sírios "pode ameaçar a estabilidade política tanto do Líbano quanto da Jordânia, por isso a comunidade internacional precisa aumentar a ajuda humanitária para os dois países".

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A Refugees International afirma que seus dados refletem números oficiais dos governos da Jordânia e do Líbano, embora não do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). Dados do ACNUR de 12 de abril indicavam que existiam 44.570 refugiados sírios, dos quais 24.674 estavam na Turquia. Não existe explicação clara para a discrepância de números entre as organizações; uma hipótese é que muitas famílias de refugiados estejam abrigadas nas casas de familiares, amigos e conhecidos.

A Refugees disse que com suas economias enfraquecidas e problemas políticos, tanto o Líbano quanto a Jordânia não têm condições de aceitar de maneira digna "milhares de refugiados pobres e vulneráveis da Síria". O Líbano e a Jordânia já abrigaram, nos últimos dez anos, dezenas de milhares de refugiados iraquianos.

Na Jordânia, particularmente, os funcionários públicos reclamam que os refugiados sírios estão exaurindo os serviços sociais e de saúde do governo e também os esparsos poços d'água do deserto. Eles temem que a chegada do verão e da estação seca, a partir do final de junho, leve à falta d´água.

O presidente da RI, Michel Gabaudan, disse que considerando a pressão que os governos do Líbano e da Jordânia enfrentam, com alto desemprego interno e uma rede de proteção social fraca, os países fizeram "um esforço verdadeiro para acomodar os refugiados sírios". Ele afirma, contudo, que os serviços sociais dos dois países já estão "no limite".

"A não ser que os países ocidentais ajudem a suprir essas carências, essa generosidade poderá evaporar rapidamente sob pressões políticas e econômicas internas".

As informações são da Associated Press.

Um funcionário graduado da Autoridade Nacional Palestina (ANP) descartou nesta quarta-feira mais negociações com Israel a respeito de um plano de paz, após um quinto encontro com autoridades israelenses, no qual Israel "não se moveu nem um passo". "A reunião de hoje foi a última e não acontecerão mais negociações com o lado israelense", disse o funcionário, que falou sob anonimato à agência France Presse (AFP).

"Nós podemos dizer que todas essas reuniões não levaram a lugar nenhum porque Israel não se moveu nem um passo para permitir a retomada das negociações", disse Fo funcionário palestinos após a reunião, que como as anteriores aconteceu na Jordânia e sob segredo.

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As informações são da Dow Jones.

O ministro de Relações Exteriores da Jordânia, Nasser Judeh, afirmou hoje que 100 policiais e militares sírios que desertaram se refugiaram no país ao longo dos oito meses de levante popular contra o regime de Bashar al-Assad. A declaração dada por Judeh foi a primeira confirmação pública de que a Jordânia está acolhendo desertores sírios.

De acordo com Judeh, eles chegaram aos poucos nos últimos oito meses. Muitos sírios também estão buscando refúgio na Turquia.

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