Tópicos | mensagem presidencial

Foi entregue há pouco na Primeira Secretaria da Câmara dos Deputados a mensagem presidencial sobre o estado de calamidade pública, que também está publicada no Diário Oficial da União.

Veja a íntegra abaixo.

##RECOMENDA##

DESPACHO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

MENSAGEM Nº 93

Senhores Membros do Congresso Nacional,

Em atenção ao disposto no art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, denominada de Lei de Responsabilidade Fiscal, solicito a Vossas Excelências o reconhecimento de estado de calamidade pública com efeitos até de 31 de dezembro de 2020, em decorrência da pandemia da COVID-19 declarada pela Organização Mundial da Saúde, com as consequentes dispensas do atingimento dos resultados fiscais previstos no art. 2º da Lei nº 13.898, de 11 de novembro de 2019, e da limitação de empenho de que trata o art. 9º da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Com efeito, vivemos sob a égide de pandemia internacional ocasionada pela infecção humana pelo coronavírus SARS-CoV-2 (COVID-19), com impactos que transcendem a saúde pública e afetam a economia como um todo e poderão, de acordo com algumas estimativas, levar a uma queda de até dois por cento no Produto Interno Bruto - PIB mundial em 2020.

O choque adverso inicial nas perspectivas de crescimento do mundo esteve associado à desaceleração da China, que foi profundamente agravada pelo início da epidemia. Por concentrar quase um quinto do PIB mundial e ser destino de parcela substancial das exportações de vários países, aquele país vinha sendo o principal motor da economia mundial nos últimos anos, de modo que a súbita redução em sua taxa de crescimento por si só já implicaria efeitos adversos para os demais países.

Em um segundo momento, contudo, a rápida disseminação do vírus em outros países, notadamente na Europa, levou a uma deterioração ainda mais forte no cenário econômico internacional. De fato, as medidas necessárias para proteger a população do vírus que desaceleram a taxa de contaminação e evitam o colapso do sistema de saúde, implicam inevitavelmente forte desaceleração também das atividades econômicas. Essas medidas envolvem, por exemplo, reduzir interações sociais, manter trabalhadores em casa e fechar temporariamente estabelecimentos comerciais e industriais. Se, por um lado, são medidas necessárias para proteger a saúde e a vida das pessoas, por outro lado, as mesmas medidas devem causar grandes perdas de receita e renda para empresas e trabalhadores.

O desafio para as autoridades governamentais em todo o mundo, além das evidentes questões de saúde pública, reside em ajudar empresas e pessoas, especialmente aquelas mais vulneráveis à desaceleração do crescimento econômico, a atravessar este momento inicial, garantindo que estejam prontas para a retomada quando o problema sanitário tiver sido superado. Nesse sentido, a maioria dos países vêm anunciando pacotes robustos de estímulo fiscal e monetário, bem como diversas medidas de reforço à rede de proteção social, com vistas a atenuar as várias dimensões da crise que se desenha no curtíssimo prazo. Apesar da incerteza em relação à magnitude dos estímulos requeridos, bem como dos instrumentos de política mais adequados neste momento, a avaliação de grande parte dos analistas é que as medidas anunciadas têm apontado, em geral, na direção correta. Não há, porém, como evitar o choque recessivo no curto prazo, que deve afetar a maioria dos países do mundo, inclusive o Brasil. Espera-se, porém, que essas medidas sejam capazes de suavizar os efeitos sobre a saúde da população e pelo menos atenuar a perda de produto, renda e emprego no curto prazo e facilitar o processo de retomada.

Neste sentido, é inegável que no Brasil as medidas para enfrentamento dos efeitos da enfermidade gerarão um natural aumento de dispêndios públicos, outrora não previsíveis na realidade nacional. Tanto isso é verdade que, apenas para fins de início do combate doCOVID-19, já houve a abertura de crédito extraordinário na Lei Orçamentária Anual no importe de mais de R$ 5 bilhões, conforme Medida Provisória nº 924, de 13 de março de 2020, longe de se garantir, contudo, que tal medida orçamentária é a única suficiente para dar cobertura às consequências decorrentes deste evento sem precedentes.

Extrai-se, portanto, que a emergência do surto doCOVID-19como calamidade pública gerará efeitos na economia nacional, com arrefecimento da trajetória de recuperação econômica que vinha se construindo e consequente diminuição significativa da arrecadação do Governo federal. Vale ressaltar que, neste momento, o Brasil está entrando na crise e ainda que ela já esteja presente em outros países a incerteza envolvida no seu dimensionamento, em nível global e nacional, inviabiliza o estabelecimento de parâmetros seguros, sobre os quais os referenciais de resultado fiscal poderiam ser adotados.

Neste quadro, o cumprimento do resultado fiscal previsto no art. 2º da Lei nº 13.898, de 2019, ou até mesmo o estabelecimento de um referencial alternativo, seria temerário ou manifestamente proibitivo para a execução adequada dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, com riscos de paralisação da máquina pública, num momento em que mais se pode precisar dela.

Em outras palavras, em um cenário de tamanha incerteza, mas com inequívoca tendência de decréscimo e receitas e elevação de despesas da União, o engendramento dos mecanismos de contingenciamento exigidos bimestralmente pelo art. 9º da Lei de Responsabilidade Fiscal poderia inviabilizar, entre outras políticas públicas essenciais ao deslinde do Estado, o próprio combate à enfermidade geradora da calamidade pública em questão.

Por isso, em atenção ao permissivo contido no art. 65 da Lei de Responsabilidade Fiscal, é importante que se utilize, excepcionalmente, da medida lá prevista, no sentido de que, reconhecida a calamidade pública pelo Congresso Nacional e enquanto esta perdurar, a União seja dispensada do atingimento dos resultados fiscais e da limitação de empenho prevista no art. 9º da referida Lei Complementar.

Por todo exposto, o reconhecimento, pelo Congresso Nacional, da ocorrência de calamidade pública com efeitos até 31 de dezembro de 2020, em função da pandemia do novo coronavírus, viabilizará o funcionamento do Estado, com os fins de atenuar os efeitos negativos para a saúde e para a economia brasileiras.

Brasília, 18 de março de 2020.

* Da Agência Câmara de Notícias

 

O Congresso Nacional realizará a abertura do ano legislativo na tarde desta quinta-feira (2). A sessão terá início com a mensagem do Poder Executivo, que será lido pelo próprio presidente da República, Michel Temer. A presença dele foi confirmada pelo Palácio do Planalto, embora não integre a agenda divulgada pela Secretaria de Imprensa.

Tradicionalmente, o chefe do Executivo federal trata sobre os planos para o ano e as parcerias que espera que sejam feitas entre os poderes. O peemedebista deve abordar as reformas que já foram enviadas ao Congresso e estão em análise, como a proposta que reformula a Previdência. O governo costura um acordo para que a matéria passe na Câmara dos Deputados e no Senado ainda neste primeiro semestre. Polêmico, o texto deverá estar no centro das discussões parlamentares.

##RECOMENDA##

Essa será a primeira abertura do ano legislativo em que Michel Temer comparecerá como presidente efetivo do país. Nos últimos anos, a presença do chefe de Estado não tem sido frequente, já que a ex-presidente Dilma Rousseff enviava a mensagem por meio de ministro da Casa Civil. As exceções foram no primeiro ano do primeiro mandato, em 2011, e no ano passado, em meio a crise política, em que compareceu à Câmara.

A sessão de abertura do ano legislativo está marcada para as 16h.

Na abertura de 2ª sessão da 54ª legislatura do Congresso Nacional, a presidente Dilma Rousseff pediu o apoio dos parlamentares para a provação de propostas que promovam uma “reforma fiscal” no país. A chefe do Executivo Nacional mencionou, inclusive a Proposta de Emenda à Constituição 140/15, que recria a Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), momento em que o plenário se dividiu entre vaias e aplausos.

“Vamos propor a participação dos Estados e municípios na arrecadação da CPMF, destinando esses recursos para a seguridade social, ou seja, Previdência e saúde”, frisou Dilma, que também lembrou da PEC 4/15, que trata sobre a Desvinculação de Receitas da União (DRU), com a criação de uma versão para os estados e Distrito Federal (DRE) e outra para os municípios (DRM). “As três esferas de governo precisam de mais flexibilidade para gerir o orçamento e de novas receitas para dar sustentabilidade para a transição do ajuste fiscal para a reforma fiscal”.

##RECOMENDA##

Dilma ainda cutucou os oposicionistas à nova CPMF. “Aqueles que são contrários à aprovação da CPMF afirmam que a carga tributária do Brasil tem crescido. O que se verifica, ao contrário, é que a arrecadação de impostos e contribuições não previdenciárias tem caído nos últimos anos, passando de 16% do PIB [Produto Interno Bruto] em 2005 para 13,5% do PIB em 2015”, justificou. “Peço que considerem a excepcionalidade do momento e levam em conta dados, e não opiniões, que tornam a CPMF a melhor opção disponível para ampliar no curto prazo a receita fiscal”, amenizou ela, encerrando a parte sobre o novo imposto.

[@#galeria#@]

Para Dilma, a CPMF é a “ponte necessária entre urgência do curto prazo e estabilidade do médio prazo". “Espero, mais uma vez, contar com a parceria do Congresso Nacional pra levar o país a patamares mais altos de justiça, solidariedade e igualdade de oportunidades. O Brasil precisa da contribuição do Congresso Nacional para dar sequência a estabilização fiscal e para a retomada do crescimento”.

Durante o discurso, a presidente disse ainda que, nas próximas semanas, o Congresso enviará ao Legislativo uma proposta de criação de um crédito financeiro relativo ao PIS/Cofins. Dilma disse, ainda, que espera uma redução nas alíquotas de ICMS a partir o próximo ano, seguindo o projeto já iniciado pelo Ministério da Fazenda.

Previdência - A presidente Dilma também aproveitou a oportunidade para defender a reforma da Previdência Social, que, segundo ela, deverá ser feita após a discussão com a sociedade. Para ela, garantir a sustentabilidade do sistema é crucial “num contexto de envelhecimento populacional”.

"Vamos dialogar com a sociedade para apresentar uma proposta exequível e justa, que aprimore as regras da aposentadoria por idade e tempo de contribuição, para que se ajustem gradualmente à expectativa de vida da população”, frisou a presidente, que garantiu que a reforma não deverá alterar os direitos adquiridos dos brasileiros.

Aedes aegypti - Dilma lembrou ainda que o combate ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika é uma das prioridades do governo. “Não faltarão recursos para que possamos reverter a epidemia”, salientou ela que pediu a colaboração do Congresso na  “guerra em favor da saúde e da vida”.

O Congresso Nacional recebeu do governo a medida provisória 712/16, que estabelece ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue e os vírus chinkungunya e zika. Ela tem efeito imediato, embora ainda precise da aprovação dos parlamentares para transformação definitiva em lei.

Na mensagem enviada ao Congresso Nacional nesta terça-feira (2) sobre o plebiscito para a reforma política, a presidente Dilma Rousseff frisou que os governantes precisam dar à população uma resposta adequada às reivindicações feitas nas últimas semanas. O documento com as sugestões do Executivo foi entre aos presidentes da Câmara e do Senado, Henrique Alves e Renan Calheiros, respectivamente.

"Cabe às instituições representativas não só comemorar mais esse avanço democrático, mas também dar a adequada resposta à voz das ruas, buscando diálogo e a celebração de pactos que possibilitem a construção de caminhos para o entendimento das demandas apresentadas", disse Dilma, que nos últimos dias tem realizado reuniões com governadores, prefeitos, representantes da sociedade civil e ministros.

##RECOMENDA##

No documento, a presidente salienta a "necessidade de fortalecer o sistema político" e que, por isso, sugere ao Congresso Nacional a realização de uma "consulta popular, na forma de um plebiscito para que o povo se pronuncie sobre as linhas mestras que devem balizar a reforma política que o país tanto necessita".

O Executivo também sugeriu cinco pontos a serem considerados na elaboração das questões do plebiscito, ao lado de outros que "poderão vir a ser oportunamente apontados por deputados e senadores".

O primeiro deles é a forma de financiamento da campanha eleitoral, para permitir uma avaliação das vantagens e desvantagens do modelo atual e fazer comparações entre os modelos privado e misto. A possível reformulação do sistema eleitoral também está entre as propostas, para que se faça "uma opção entre o sistema proporcional como é hoje, o voto distrital puro ou misto, o voto majoritário para a eleição de parlamentares, o voto em lista fechada ou flexível, ou, então, o voto em dois turnos como propõem entidades da sociedade civil".

Dilma também sugeriu para o plebiscito a "continuidade ou não da existência de suplência nas eleições para o Senado, a manutenção ou não da existência de coligações partidárias para a eleição de deputados e vereadores, e o fim ou não do voto secreto no Parlamento".

Por fim, a presidente informa que consultou a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Cármem Lúcia, sobre prazos e procedimentos para a realização do plebiscito.

Para ler a íntegra da mensagem presidencial, clique no link abaixo.

A mensagem presidencial com o pedido de Dilma Rousseff para a realização do plebiscito sobre a reforma política foi recebido, há pouco, pelos presidentes da Câmara e do Senado, Henrique Eduardo Alves e Renan Calheiros, respectivamente. O documento foi entregue pelo vice-presidente Michel Temer e pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

A solicitação do Executivo traz apenas linhas gerais sobre o assunto. Caberá ao Congresso definir como será o processo e, inclusive, que perguntas serão feitas à população. Como sugestão, o governo defende a abordagem de dois pontos, entre outros: o financiamento da campanha eleitoral e o sistema eleitoral. "É importante que haja essa consulta popular para que ela balize qual é a reforma política que se pretende", frisou Dilma, nessa segunda-feira (1º), durante reunião ministerial na Granja do Torto, em Brasília.

##RECOMENDA##

Dilma também fez questão de enfatizar que não se trata de uma imposição. “É óbvio que nós não vamos dar sugestões de pergunta, porque não somos nós que fazemos as perguntas. Isso fica entre o Senado e a Câmara, de um lado, e o próprio Tribunal Superior Eleitoral, de outro, que formata as perguntas. Está claro na Constituição que quem tem poder convocatório do plebiscito é o Congresso Nacional: Câmara e Senado. Por isso eu insisti na palavra ‘sugestão’ no que se refere à relação entre o Executivo e o Congresso”, explicou.

Para Henrique Alves, a proposta respeitou a função do Legislativo. "A proposta do Executivo não cria constrangimentos para o Parlamento", saliento o presidente da Câmara, que também informou que o governo sugeriu "três ou quatro itens" e que deixou "a maior parte do tema para consideração dos parlamentares".

Segundo ele, a intenção é de realizar a consulta popular ainda no segundo semestre, mas para isso os parlamentares precisarão de um consenso. Paralelamente, um grupo de deputados e senadores trabalha numa proposta paralela de plebiscito. "Vamos fazer isso por precaução, caso a proposta de plebiscito do Executivo não vingue", disse. Segundo Alves, o grupo terá até 90 dias para ouvir representantes da sociedade e elaborar o texto.

Renan Calheiros informou que trabalhará para que as eventuais mudanças resultantes do plebiscito valham já para as eleições de 2014. "O plebiscito é o melhor porque você consulta a sociedade, e o Congresso vota em função do que a sociedade respondeu", comentou. Segundo ele, tudo dependerá da vontade dos congressistas.

De toda forma, a mensagem presidencial será discutida pelos parlamentares, que vão elaborar um projeto de decreto legislativo, convocando o plebiscito. O texto passará pela Câmara e depois pelo Senado.

O senador Paulo Paim (PT-RS), que preside a sessão do Senado na manhã desta sexta-feira, 24, leu a mensagem presidencial com a indicação do advogado Luís Roberto Barroso para ser ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A presidente Dilma Rousseff indicou o nome de Barroso ontem para ocupar a cadeira vaga, desde novembro, com a aposentadoria compulsória do ex-presidente da Corte Carlos Ayres Britto.

Presente à esvaziada sessão, o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), disse ter uma "profunda divergência" com a tese defendida por Barroso na questão do rateio dos royalties do petróleo. Barroso defendeu o Rio de Janeiro em ação no próprio STF, que suspendeu em meados de março a vigência da lei que alterou a redistribuição dos recursos dos royalties.

##RECOMENDA##

Antes, o Congresso havia derrubado um veto da presidente Dilma Rousseff que era favorável à demanda do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, dois dos principais produtores de petróleo e que recorreram ao Supremo. "Em se tratando em petróleo e mar, ele pertence à União, então não há o que se falar em quebra de contrato", disse o líder petista.

Contudo, Wellington Dias disse reconhecer em Barroso um "competente" advogado que deve engrandecer a Corte. "Eu acho que ganhará o Brasil com a presença de alguém como ele no Supremo", destacou.

Ontem, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que ainda não marcou a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça com o novo ministro porque o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente do colegiado, está viajando. A reportagem não conseguiu contato com Vital na manhã de hoje.

Pela Constituição, cabe ao Senado realizar a sabatina do indicado para o Supremo na CCJ. Barroso terá de passar ainda por votações secretas tanto na CCJ como no plenário da Casa. O Supremo está atualmente com dez ministros na sua composição.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando