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Os trabalhadores do complexo industrial da General Motors (GM), em São José dos Campos (SP), aprovaram em assembleia nesta quinta-feira (24) uma greve por tempo indeterminado, a partir de segunda (28), caso a montadora não entre em acordo com os metalúrgicos da linha de montagem do Classic, que deverá ser fechada. Na operação estão 1,5 mil dos 7,5 mil empregados da fábrica.

Na assembleia, os metalúrgicos aprovaram ainda a proposta negociada com a GM, que inclui flexibilização de jornada e de salários na linha de montagem, em troca da manutenção do emprego. A proposta, apresentada na quarta-feira (23), está em avaliação pela montadora e uma reunião final acontecerá no sábado (26).

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Dos 1,5 mil metalúrgicos, 800 estão com os contratos de trabalho suspensos. O impasse entre a GM e os trabalhadores começou em meados do ano passado, quando a companhia anunciou o fim da produção dos modelos Corsa, Meriva e Zafira na linha de montagem e só manteve a fabricação do Classic. Sem projetos para novos modelos, a linha deverá ser desativada, com a opção pela importação do Classic.

Os trabalhadores querem ainda que o governo edite uma medida provisória proibindo que empresas beneficiadas por incentivos fiscais façam demissões. A GM é beneficiada, juntamente com outras montadoras nacionais, pela redução de Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos.

"Se não houver acordo com a GM, a responsabilidade pelas demissões será da empresa e também da presidente Dilma. A presidente não pode ficar simplesmente assistindo a essa grave situação e não tomar nenhuma providência", informou, em nota, o presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá. Além do Classic, o complexo industrial da GM na cidade paulista produz os modelos S10, Trailblazer e motores e transmissões para veículos.

O metalúrgicos da General Motors (GM) de São José dos Campos (SP) aprovaram, em assembleias realizadas entre terça (20) e quarta-feira (21), um plano de lutas para evitar até 1,6 mil demissões da linha de montagem do Classic, no complexo industrial da cidade paulista. A decisão ocorreu após as declarações do presidente da GM América do Sul, Jaime Ardila, dadas na semana passada, de que a companhia não tem mais planos para um novo produto na fábrica e de que irá deixar de produzir o Classic na unidade em fevereiro de 2013.

Dos 1,6 mil funcionários da linha de montagem, 824 tiveram os contratos de trabalho suspensos até 26 de janeiro, após o fim da produção dos modelos Meriva e Zafira, e o restante continua na produção do Classic até fevereiro. "O que nos deixa preocupados é a declaração do Jaime Ardila de que não tem plano para a unidade, justamente no meio de um processo de negociação. É uma declaração infeliz, como se fossem certos o fechamento da unidade e as demissões da empresa", disse Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.

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O sindicato defende que a GM mantenha a produção do Classic na unidade, que não a transfira para a Argentina e ainda passe a produzir outros modelos, como o Sonic, atualmente importado. "Vamos manter as manifestações e buscar uma nova reunião como o governo, com o objetivo de que a presidente Dilma (Rousseff) proíba a GM de demitir, já que a empresa é uma das mais beneficiadas pelos incentivos fiscais dados às montadoras", disse. "Além disso, a companhia é uma das maiores importadoras do País de veículos que poderiam ser produzidos aqui", completou Macapá.

Além dos funcionários da unidade de São José dos Campos, participaram das assembleias metalúrgicos da GM de outros países, como Alemanha, Argentina, Colômbia, e Espanha, os quais estiveram reunidos para um encontro em São José dos Campos. Do encontro, os metalúrgicos elaboraram uma carta com pontos prioritários que será encaminhada para a GM. Entre os temas está a defesa da união dos sindicatos, a luta contra fechamento de unidades e estabilidade no emprego, melhores condições de saúde e ainda liberdade de organização sindical.

Um protesto organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região movimentou no início da tarde deste sábado a entrada do Salão Internacional do Automóvel, que acontece no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na capital paulista. Com faixas e apitos, cerca de 120 manifestantes, que chegaram em caravana, defendiam a manutenção dos quase 1.800 empregos na fábrica da General Motors (GM) de São José dos Campos, previstos para serem cortados no final de janeiro de 2013, com o encerramento de uma linha de produção.

"O protesto é para externar a situação que os trabalhadores vivem. Queremos dos governos federal e estadual a proibição das demissões", disse o presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, ao lado do carro de som. A manifestação ocupou parte da pista da avenida Olavo Fontoura, no bairro de Santana. Segundo ele, não há razões para as demissões porque a empresa registra aumento de vendas e se beneficia de isenções fiscais do governo federal, como do corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que foi prorrogado até o final deste ano.

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Há duas semanas, os metalúrgicos aprovaram acordo com a GM, que adiou as demissões do final de novembro para o dia 26 de janeiro de 2013. Barros disse que, dos 1.840 trabalhadores que devem ser demitidos com o fechamento da linha de montagem, 242 já aceitaram ingressar em um plano de demissões voluntárias. "O restante dos trabalhadores quer continuar trabalhando", contou.

Segundo ele, a categoria reivindica que a linha de montagem seja mantida no Brasil e não transferida para plantas da GM em outros países. O sindicalista afirmou que a empresa pretende produzir no exterior para depois importar os carros ao Brasil, com incentivos relativos a acordos comerciais. Neste momento, cerca de 900 trabalhadores mantêm suas funções na unidade da GM em São José dos Campos. Outros 824 estão com contratos de trabalho suspensos.

A menos de 15 dias da data-base da categoria, metalúrgicos paulistas ligados à Força Sindical já prometem greve a partir de 1º de novembro caso o setor patronal não apresente proposta de reajuste salarial até o próximo dia 31. Até agora, os metalúrgicos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Estado, que tinham data-base em 1º de setembro, não conseguiram fechar acordo com a maioria das bancadas patronais. "Você vê como eles estão enrolando (os trabalhadores da CUT). A data base deles é em 1º de setembro e estão sem convenção coletiva até hoje. Nós não vamos correr esse risco, já vamos começar a dar trabalho", afirmou o presidente da Força e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres.

A campanha salarial da central sindical reúne 800 mil metalúrgicos em todo o Estado. Até agora, de acordo com Torres, a bancada patronal não apresentou proposta de reajuste para os trabalhadores, que pedem 2,5% de aumento real. "Estamos indo para a última semana da campanha. Vamos enviar carta a todas as empresas avisando que, se não houver proposta até o dia 31, a partir de 1º de novembro vamos à greve, que pode ser parcial ou total."

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Para os metalúrgicos do Estado de São Paulo ligados à CUT, a reivindicação de 2,5 pontos porcentuais de aumento real só foi atendida plenamente por um dos seis grupos patronais que negociam com a Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT (FEM CUT/SP), o de fundição. As empresas ligadas aos demais grupos, contudo, têm procurado os sindicatos para fechar acordos isolados e evitar paralisações nas fábricas. Até agora, de acordo com a FEM, cerca de 150 mil metalúrgicos da base da federação já foram beneficiados pelos acordos, 75% do total que está em campanha. Não há novas negociações marcadas com as bancadas patronais.

No dia 31, data limite dada pelos metalúrgicos da Força para o recebimento de proposta, sindicatos químicos de todo o Estado se reúnem com a bancada patronal para negociar o reajuste salarial. Até agora, tanto a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado São Paulo (Fequimfar), ligada à Força, quanto a Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT no Estado de São Paulo (Fetquim) tiveram reuniões com as empresas para discutir cláusulas sociais da pauta de reivindicação. As duas federações discutem as cláusulas econômicas no mesmo dia do mês.

Os químicos da Força Sindical pedem 5 pontos porcentuais de aumento real, enquanto os trabalhadores ligados à CUT pedem 12% de reajuste, calculando inflação próxima a 6%. Com a mesma data base, em 1º de novembro, químicos das duas centrais sindicais dialogam e possuem calendário paralelo de negociação. "Estamos com expectativa de efetivamente conseguir aumento real. Vamos apresentar um estudo no dia 24 para a bancada patronal com estimativas tanto de impacto de desoneração da folha de pagamentos quanto de redução da tarifa de energia elétrica. Vemos isso como fator positivo para conseguir aumentos superiores em negociação", afirmou o presidente da Fequimfar, Sérgio Luiz Leite.

Os metalúrgicos paulistas ligados à Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos (FEM-CUT/SP) rejeitaram a proposta do setor de máquinas e eletrônicos (grupo 2) de pagamento escalonado do reajuste salarial de 8%. A oferta atende a reivindicação dos trabalhadores de reposição da inflação em 5,39% calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e aumento real de 2,5%, mas o pagamento de forma escalonada não agradou a categoria.

Dirigentes da FEM-CUT/SP e dos 14 sindicatos metalúrgicos filiados decidiram, em reunião realizada na quarta-feira que aceitam os 8% de reajuste, mas não a forma de pagamento proposta. O grupo 2 havia oferecido pagamento de 6,5% em outubro e 1,5% em março do próximo ano.

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"Continuamos abertos à negociação. Para nós o importante é que quebramos a resistência patronal que se recusava a atender nossa reivindicação", afirmou o presidente da FEM, Valmir Marques, o Biro Biro, em nota distribuída à imprensa.

Até agora, dos seis grupos patronais que negociam com a FEM, apenas o setor de fundição, que tem cerca de 4 mil funcionários, atendeu a reivindicação da categoria e fechou acordo válido para todo o Estado. As negociações com os demais grupos prosseguem, assim como mobilizações e protestos nas fábricas.

Apesar disso, acordos de aumento de 8% nos salários foram fechados, isoladamente, pelas empresas com sindicatos regionais para evitar a paralisação das fábricas. Até agora, de acordo com a FEM, 1.167 empresas já fecharam acordos, beneficiando cerca de 150 mil metalúrgicos da base da federação, 75% do total que está em campanha.

A Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (FEM-CUT/SP) recebeu nesta quarta-feira contraproposta de 7% de aumento salarial da bancada patronal do grupo 3, que representa o setor de autopeças, parafusos e forjaria. De acordo com a FEM, todas as ofertas inferiores a 8% são automaticamente rejeitadas, pois os metalúrgicos ligados à federação aprovaram o índice de 8% em assembleias anteriores.

A reivindicação dos trabalhadores é de reposição da inflação de 5,39% calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e aumento real de 2,5%, o que leva ao pedido de 8% de aumento. De acordo com o presidente da FEM, Valmir Marques, o Biro Biro, a categoria não abre mão do aumento real de 2,5% e índices menores não serão aceitos.

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Ao todo, são 51 mil trabalhadores do grupo 3 na base da Federação em todo o Estado, a maioria concentrada no setor de autopeças.

Demais grupos

Na terça-feira, a FEM rejeitou proposta de aumento salarial de 6% para fábricas com

até 100 trabalhadores e 6,5% para fábricas com mais de 100 funcionários feita pelo grupo 2 (máquinas e eletrônicos). Os trabalhadores devem intensificar as paralisações e greves para pressionar o setor.

O único grupo que já conseguiu aprovação de proposta pelos trabalhadores foi o do setor de fundição, que ofereceu 8% de reajuste. Os demais grupos (2, 3, 8, 10 e estamparia) ainda não chegaram a acordo.

Trabalhadores de montadoras ligados à FEM não participam da campanha salarial deste ano, pois fecharam acordo válido por dois anos em 2011. Ao todo, a FEM negocia por cerca de 200 mil metalúrgicos do Estado. Mobilizados durante toda a semana passada, os metalúrgicos paulistas começaram a intensificar os protestos nesta semana, com paralisações e greves.

A reunião entre representantes da Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (FEM-CUT/SP) e a bancada patronal do grupo 2 (máquinas e eletrônicos) desta terça-feira terminou sem acordo. O setor apresentou proposta de aumento salarial de 6% para fábricas com até 100 trabalhadores e 6,5% para fábricas com mais de 100 funcionários. A federação rejeitou a oferta e os trabalhadores devem pressionar o setor com paralisações e greves.

Ao todo, são 75.500 trabalhadores do grupo 2 na base da federação em todo o Estado. De acordo com a FEM, as regiões de São Carlos, Monte Alto e Matão reúnem grande proporção de empresas do setor. Em São Carlos, por exemplo, fica a fábrica da Eletrolux. Os representantes dos sindicatos das três cidades, de acordo com a assessoria da FEM, anunciaram ao final da reunião paralisação do setor a partir de quarta-feira por tempo indeterminado.

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Os metalúrgicos do Estado ligados à FEM-CUT/SP reivindicam reposição da inflação em 5,39% calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e aumento real próximo a 2,5%, o que leva a índice de 8% de aumento. As negociações com a bancada de máquinas e eletrônicos não têm nova data para reunião.

Demais grupos

O único grupo que já conseguiu aprovação de proposta pelos trabalhadores foi o do setor de fundição, que ofereceu 8% de reajuste. Os demais grupos (2, 3, 8, 10 e estamparia) ainda não chegaram ao índice reivindicado pelos metalúrgicos.

Trabalhadores de montadoras ligados à FEM não participam da campanha salarial deste ano, pois fecharam acordo válido por dois anos em 2011. Ao todo, a FEM negocia por cerca de 200 mil metalúrgicos do Estado.

Mobilizados durante toda a semana passada, os metalúrgicos paulistas começaram a intensificar os protestos nesta semana, com paralisações e greves. No ABC, cerca de 46 mil metalúrgicos começaram nesta terça-feira greve por tempo indeterminado. Até ontem, 64 empresas da região haviam ignorado os grupos patronais e fechado acordos para evitar a paralisação das fábricas, por isso cerca de 23 mil trabalhadores do total de 70 mil que estão em campanha salarial no ABC não participam da greve no local. Além disso, não participam 1,2 mil funcionários do setor de fundição no ABC.

Cerca de 46 mil metalúrgicos do ABC, em São Paulo, que não conseguiram fechar acordos salariais, começam greve por tempo indeterminado a partir de terça-feira (18). A decisão foi aprovada em assembleia organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC na noite de sexta-feira (14) e confirmada nesta segunda-feira (17).

Na região, 64 empresas ignoraram grupos patronais e fecharam acordos para evitar a paralisação das fábricas, por isso cerca de 23 mil trabalhadores do total de 70 mil que estão em campanha salarial no ABC não farão greve. Além disso, não participarão 1,2 mil funcionários do setor de fundição que fechou acordo de 8% de reajuste.

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Os metalúrgicos do Estado de São Paulo pedem reajuste de 8%, que cobre a inflação de 5,39% do período, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e dá aumento real de 2,5%. Não haverá greve nas fábricas em que o aumento de 8% foi fechado no ABC.

"Isto não significa que o acordo da campanha salarial 2012 já foi fechado. Ele só será fechado pela FEM-CUT. Quem não quiser que sua empresa entre em greve deve entrar em contato com a diretoria do sindicato e oferecer os 8% de reajuste", afirmou o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, em nota distribuída à imprensa. Fora o grupo da fundição, os demais grupos patronais fizeram propostas inferiores aos 8% reivindicados. As ofertas foram rejeitadas no ABC na assembleia de sexta-feira.

Categorias

A Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (FEM-CUT/SP) negocia por trabalhadores da categoria em todo o Estado. Diante das propostas feitas até a última sexta-feira, os sindicatos decidiram aprovar a proposta do setor de fundição e rejeitar as ofertas dos demais grupos patronais - grupos 2 (máquinas e eletrônicos), 3 (autopeças, forjaria e parafusos), grupo 8 (que reúne setores de trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros), 10 (lâmpadas, material bélico, entre outros) e estamparia. Trabalhadores de montadoras ligados à FEM não participam da campanha salarial deste ano, pois fecharam acordo válido por dois anos em 2011.

Mobilizados durante toda a semana passada, os metalúrgicos paulistas começaram a intensificar os protestos nesta semana. Na região de Sorocaba, por exemplo, os funcionários fizeram paralisações hoje nas fábricas da Gerdau e da Lupatech, segundo a FEM. As demais fábricas locais estão trabalhando em "operação tartaruga", na qual os funcionários reduzem o ritmo de produção. Em Salto, Itu e Araraquara, os trabalhadores também realizaram atrasos e paralisações hoje. O grupo 2 tem rodada de negociações com a FEM terça-feira às 13 horas. A FEM negocia por cerca de 200 mil metalúrgicos do Estado.

Força

Os metalúrgicos da Força Sindical têm data-base de campanha salarial unificada em 1º de novembro, mas terça-feira (18) dirigentes dos sindicatos da base se reúnem para discutir a estratégia da campanha deste ano e o apoio aos metalúrgicos da CUT. "Estamos preocupados com o andamento da campanha salarial do ABC e interior. Parece que os sindicatos patronais fizeram um pacto para não dar aumento real de salário e vamos enfrentar essa situação com unidade na luta, dando apoio a esses companheiros e com ações conjuntas", disse Miguel Torres, presidente em exercício da Força Sindical.

Sem acordo sobre o dissídio salarial, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC definiu, na noite desta quarta (5), que vai fazer uma paralisação na próxima segunda-feira (10). Os trabalhadores da base do sindicato fazem parte do total de 206 mil operários que pode cruzar os braços a partir da semana que vem. Dos seis grupos patronais representados pela Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (FEM CUT-SP), apenas um, o do setor de fundição, não recebeu ofício que comunica greve da categoria, pois nova proposta será apresentada na terça-feira (11).

Na quarta-feira, o grupo 2, formado por segmentos de máquinas e eletrônicos, recebeu o comunicado sobre a futura greve e nesta quinta o ofício foi enviado para os grupos 3 (autopeças e outros), 8 (refrigeração e outros), 10 (lâmpadas e outros) e estamparia. Com o ofício entregue aos empregadores, os sindicatos da base farão assembleias com os trabalhadores para comunicá-los da situação da categoria até domingo.

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A primeira reunião foi feita pelo Sindicato do ABC. As paralisações podem se estender por prazo indeterminado. A expectativa da FEM-CUT é de que todos os sindicatos marquem suas paralisações para segunda-feira.

Os metalúrgicos de montadoras ficam de fora da campanha salarial deste ano, pois já fecharam acordo em 2011 com prazo de validade de dois anos. A base da FEM-CUT no Estado de São Paulo tem cerca de 250 mil trabalhadores filiados, incluindo 45.500 funcionários de montadoras. A federação afirma que 206 mil fazem parte da campanha salarial deste ano. Dos 100 mil trabalhadores do Sindicato do ABC, cerca de 70 mil farão a paralisação - o restante trabalha nas montadoras.

Os metalúrgicos não aceitam proposta de reajuste sem aumento real. Até agora, exceto o setor de fundição, a classe patronal apresentou proposta de aumento de 5%, o que não repõe a inflação do período, segundo a FEM.

A direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba e da Região Metropolitana (Simec) se reúne na quinta-feira, em São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba), com a direção da fábrica da Volkswagen. Os 3600 metalúrgicos da empresa autorizaram as negociações e esperam um acordo nas bases dos que foram firmados com a Volvo e a Renault. Será negociada a Participação nos Lucros e Resultados e também o acordo salarial de 2012.

"Esse é o primeiro passo, em seguida a proposta será levada à categoria que vai definir em assembleia o que deverá ser feito", informou a assessoria do Simec. "Queremos dialogo e não conflito. Esperamos que a empresa tenha o bom senso para negociar de forma tranquila para alcançar valores a altura da qualidade do metalúrgico da Volks de São José", ressaltou o presidente do sindicato, Sérgio Butka.

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No caso das outras montadoras - Renault e Volvo - os acordos já foram fechados. Com a empresa francesa houve um pacote de benefícios para os cerca de 6 mil metalúrgicos até 2014, com abono de R$ 5,5 mil, 3% de aumento real e mais reposição do INPC nos salários, além de R$ 15 mil (100% das metas) como PRL. Já na Volvo, o pacote, válido para este ano, inclui R$ 25 mil (PLR e abono), mais 3% de aumento real e reposição do INPC (nos salários e vale mercado), para os 3 mil funcionários da linha de produção de ônibus e caminhões leves e pesados.

Durante as negociações, o sindicato vai destacar os incentivos do governo federal para as montadoras por meio da redução do IPI. O reflexo mais recente é a projeção do melhor mês agosto em vendas de veículos na história do país. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o número de emplacamentos pode alcançar a marca de 380 mil veículos. Só nos primeiros 11 dias do mês foram vendidos 176.379 unidades entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, informou a assessoria.

Além dos metalúrgicos, a Volkswagen emprega outros 400 funcionários no setor administrativo na produção diária dos 870 automóveis Fox, Cross Fox, Space Fox e Golf.

O governo recebeu com alívio o acordo fechado na noite de ontem entre a General Motors (GM) e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos sobre o futuro dos postos de trabalho da unidade da montadora na cidade do interior paulista. Ciente dos principais termos de negociação entre as partes já na quarta-feira, quando obteve da empresa a garantia de que não iria demitir funcionários, o governo temia que um caso pontual acabasse arranhando a imagem positiva em relação à isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, que está em vigor desde maio. O incentivo deverá acabar no fim deste mês.

"Existia uma preocupação adicional de que a situação da GM prejudicasse ou distorcesse toda a avaliação do programa que tem sido bem sucedido", disse uma fonte próxima às negociações. A isenção do IPI ajudou a elevar as vendas do setor e levou o mês de junho - e o do primeiro semestre do ano - a bater recorde de comercialização de veículos. Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) revelam que na primeira metade de 2012 foram vendidos 1.449.787 carros, 3% a mais do que no período de janeiro a junho do ano passado.

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O governo ainda não decidiu se continuará com o programa por mais alguns meses. Na terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu que o prazo se encerra em 31 de agosto, com o governo cumprindo tudo o que foi combinado. Apesar disso, muitos apostam na prorrogação do incentivo, porque o benefício concedido para fazer frente aos impactos da crise de 2009 acabou estendido. Dentro do governo, porém, a regra é sempre a de lembrar que o prazo está no fim.

Nessa mesma terça-feira, Mantega se reuniu com representantes da Anfavea e da GM. Na ocasião, mostrou-se satisfeito com o desempenho da fábrica até ali. No dia seguinte, porém, com o clima de que as demissões na fábrica seriam inevitáveis, o ministro voltou a conversar com diretores da montadora para fazer cobranças. Recebeu o compromisso da GM de que não haveria mais demissões naquela planta.

Foi nesse momento que a possibilidade de layoff (suspensão temporária) foi apresentada pela primeira vez ao governo, ainda de forma genérica. Ontem, a GM e o sindicato decidiram colocar 940 funcionários nesse tipo de férias coletivas até 30 de novembro. Nesse período, a montadora abrirá um programa de demissão voluntária para tentar reduzir o quadro de pessoal na fábrica.

Apesar desse compromisso, Mantega decidiu reforçar sua posição publicamente na sexta-feira ressaltando que não iria tolerar o descumprimento do acordo - a isenção do IPI pressupõe manutenção dos empregos no setor. O ministro ficou satisfeito com a notícia do acordo, obtido após um dia inteiro de negociações entre as partes e a participação de várias esferas do governo, inclusive do federal, que foi representado pelo Ministério do Trabalho.

A General Motors do Brasil colocará 940 funcionários em suspensão temporária (lay-off) por quase quatro meses e abrirá novo programa de demissão voluntária para tentar reduzir o quadro pessoal na fábrica de São José dos Campos (SP).

A empresa informa ter 1.840 funcionários excedentes no complexo que emprega 7,5 mil trabalhadores. A montadora também manterá por quatro meses a produção atual do modelo Classic, que estava ameaçado de sair de linha, como ocorreu no mês passado com o Corsa, Meriva e Zafira. O risco de corte, até o fim do ano, ainda existe.

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"Afastamos o perigo imediato da demissão em massa e vamos continuar brigando para manter todos os postos", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Antonio Ferreira de Barros. A empresa ameaçava demitir entre 1,5 mil e 2 mil funcionários.

O acordo entre as partes foi assinado após reunião que durou 9 horas. Participaram também o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho, Manoel Messias de Melo, o secretário do Trabalho do Estado, Carlos Ortiz, e o prefeito da cidade, Eduardo Cury (PSDB).

O diretor de relações institucionais da GM, Luiz Moan, afirmou que, em quatro meses, o Classic deixará de ser produzido na unidade e até lá somente 900 metalúrgicos serão necessários na linha de montagem chamada de MVA. Ele disse ainda que existe a possibilidade de a fábrica do Vale do Paraíba ser incluída em um novo programa de investimentos, mas vai depender das negociações nos próximos dois meses com o sindicato. "Queremos discutir banco de horas, redução de salários e jornada flexível", citou ele.

O sindicato realizará assembleia na terça-feira para que o acordo seja aprovado pelos trabalhadores. Só a partir da aceitação, as medidas serão colocadas em prática.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região e a Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas) criticaram as declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre a situação dos empregos no setor automotivo. Ao lado do diretor da General Motors, Luiz Moan, o ministro afirmou, nesta terça-feira, que o setor está cumprindo sua parte na manutenção do nível de ocupação e que a GM está com saldo positivo de empregos. "O ministro diminui a si próprio, assumindo o papel de mero porta-voz da GM", disse em nota o sindicato e da central.

De acordo com manifestação do sindicato e da Conlutas, as declarações de Mantega "contrariam dados do próprio governo". Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) baseado no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego mostram que a montadora já fechou 1.044 postos de trabalho só na planta de São José dos Campos entre julho de 2011 e junho de 2012.

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O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região disse que o ministro desconsiderou não só os números do Caged, como também a realidade dos trabalhadores da montadora em São José dos Campos. "Caso o governo federal prossiga com a postura de mero espectador, esses números poderão dar um salto ainda maior", disse a nota. O sindicato alega ainda que Mantega "não se dignou a receber a representação dos trabalhadores para ouvir o ponto de vista" e pede uma audiência com o governo.

Junto com a Conlutas, o sindicato argumenta que a manutenção de postos de trabalho é papel do governo federal "principalmente quando este mesmo governo beneficia as indústrias com bilhões de reais do dinheiro público, repassados em forma de isenção fiscal", em referência à desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O benefício vale até o fim de agosto.

Produção para em protesto

Os trabalhadores da General Motors de São José dos Campos pararam por uma hora a produção nesta terça-feira em mobilização pela defesa do emprego. A paralisação foi aprovada em assembleia e as linhas de produção voltaram a operar às 6h50. O dia de hoje, conhecido como Dia Nacional de Luta, consta no calendário das mobilizações dos servidores federais.

A próxima reunião entre a GM e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região está marcada para sábado, ainda sem local e horário definidos. As duas partes devem apresentar propostas para avançar na negociação.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, se colocou à disposição dos metalúrgicos de São José dos Campos (SP) para levar à presidente Dilma Rousseff a preocupação da categoria com os possíveis cortes, de 1,5 mil vagas da General Motors (GM) na cidade. Nas últimas semanas, 356 funcionários deixaram a montadora em programas de demissão voluntária e a empresa vem reduzindo a produção de alguns modelos.

A conversa de Carvalho com representantes dos trabalhadores durou cerca de 30 minutos na manhã desta terça-feira. Participaram da reunião o deputado Carlinhos Almeida (PT-SP), o coordenador nacional da Central Sindical Popular (CSP-Conlutas), José Maria de Almeida, e o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, Luiz Carlos Prates. Ao contrário do que havia sido informado inicialmente pela Secretaria-Geral da Presidência, o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, não compareceu à reunião, porque não conseguiu chegar a tempo.

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Para a entidade, as possíveis demissões representam o descumprimento do acordo firmado pelas montadoras com o governo federal, para a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). "Explicamos ao ministro as razões do sindicato, estamos frente a uma empresa multinacional que tomou uma decisão política. A unidade de São José é uma das mais lucrativas do mundo", criticou José Maria de Almeida. "O ministro Gilberto Carvalho disse que o governo não concorda com isso, mas não adiantou quais medidas concretas o governo poderia tomar. O governo deve fazer contato com a empresa."

Uma reunião entre sindicalistas, a GM e representantes do governo deverá ocorrer no dia 20 ou 25 deste mês, de acordo com José Maria.

Metalúrgicos da General Motors (GM), em São José dos Campos (SP), aprovaram nesta quinta-feira a proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) da empresa, que pode chegar, segundo o sindicato local, a R$ 15,33 mil, valor 12% superior ao do ano passado.

Pelo acordo, caso a montadora atinja 80% das metas previstas para este ano, com a produção de 355 mil unidades, os metalúrgicos terão uma PLR de R$ 9,7 mil.

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Caso a GM produza a meta de 385 mil carros em 2012, ou 6% menos que no ano passado, os trabalhadores receberão R$ 12,13 mil de PLR. Se a montadora atingir 410 mil veículos, ou 120% da meta de 2012, o valor chega a R$ 14,56 mil. O pagamento de R$ 15,35 mil ocorrerá se a empresa superar os 120% da meta de produção.

Os 7.922 trabalhadores receberão antecipação da PLR de R$ 6,6 mil ainda em maio e a diferença será paga em uma segunda parcela, em janeiro de 2013.

Os metalúrgicos da Volvo, instalada na Cidade Industrial de Curitiba, devem se reunir novamente nesta sexta-feira para discutir os rumos da greve iniciada na terça-feira. Hoje, em assembleia, eles aprovaram uma nova proposta enviada à direção da montadora. Eles querem R$ 25 mil entre Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e abono, com a metade sendo paga ainda neste mês e a segunda parcela em fevereiro de 2013. A empresa tinha proposto R$ 24 mil nos mesmos períodos de pagamento, mas houve rejeição.

Apesar de ter defendido que a questão do reajuste salarial seja discutida somente na data-base, em setembro, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba também colocou à apreciação da Volvo que se defina desde já um aumento real de 3%, que se somaria ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A proposta enviada pela empresa e rejeitada é de 2,51% de aumento real a ser aplicado em setembro. A cada dia de greve, a empresa deixa de fabricar oito ônibus, 40 caminhões leves e 68 caminhões pesados.

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O poderoso sindicato alemão IG Metall começou uma ação, neste domingo, antes das greves nacionais planejadas nos setores centrais de engenharia e metalurgia da Alemanha.

O sindicato afirma que mais de 2.500 funcionários do setor em cinco regiões do país pararam, ao longo da noite, demandando aumento salarial de 6,5%, classificando de "provocação" a oferta de 3,0%, ao longo de 14 meses, feita pelos empregadores.

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"Estamos pedindo uma oferta que leve a sério funcionários e suas funções", disse o presidente do IG Metall, Berthold Huber, em comunicado.

Entre as grandes companhias industriais afetadas pelo movimento estão a fabricante de caminhões MAN, em Augsburg; Siemens, pela unidade Osram, em Berlin; ThyssenKrupp, em Andernach; Continental e Bosch, segundo o sindicato.

IG Metall planeja greves "amplas, nacionais" a partir de meados da semana.

As negociações salariais nos setores elétrico, engenharia e metalurgia, que empregam mais de 3,5 milhões de pessoas na Alemanha, são um termômetro para outros setores industriais importantes.

As negociações salariais já estão em terceira rodada na Alemanha.

No início do mês, depois de diversas semanas de negociações, 2 milhões de pessoas no setor público alemão garantiram aumento salarial de 6,3% por dois anos. As informações são da Dow Jones.

Cerca de 5 mil metalúrgicos da indústria de produtos da linha branca protestaram hoje em São Carlos, no interior paulista, contra demissões promovidas por empresas do setor. A categoria reclama que, apesar da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre eletrodomésticos em 1º de dezembro, ao menos 40 empresas da região cortaram vagas.

Segundo organizadores do protesto, assessores do Ministério da Fazenda teriam manifestado disposição de conversar com a liderança da categoria, que reclama que a isenção do IPI pelo governo não teve contrapartida de manutenção dos empregos. Assessores do governo disseram que Brasília está acompanhando a questão e mantém contato tanto com empresários quanto com trabalhadores do setor.

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Os trabalhadores reivindicam segurança para o emprego na linha branca e querem, também, mecanismos para proteger o conteúdo nacional no setor, assim como ocorre na indústria automobilística. Eles querem entregar ao governo federal propostas para proteger o emprego na cadeia da linha branca.

Concorrência - De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, em média 80% das peças utilizadas na fabricação dos eletrodomésticos são produzidas pela indústria nacional, mas esse porcentual vem caindo por conta da concorrência dos importados, sobretudo chineses. "Os aparelhos estão sendo montados com produtos importados. Precisamos conversar com o governo e as montadoras para privilegiar o conteúdo nacional", afirmou.

Nobre defende que o governo imponha um porcentual mínimo de conteúdo nacional para a linha branca, assim como ocorre hoje no setor de automóveis, em que aqueles que não possuem ao menos 65% de conteúdo nacional são tributados com um IPI de 30 pontos porcentuais maior. Uma cifra mínima de exigência, no entanto, ainda precisa ser discutida, mas, segundo Nobre, deve ser maior ou em torno de 80%. "Gostaria que fosse 100%", disse o sindicalista. "Esse setor sempre teve porcentual elevado, em média de 80%. Então, a exigência poderia até ser maior do que esse número."

O sindicalista afirmou que representantes dos trabalhadores devem se reunir na semana que vem para debater os problemas que afetam as empresas da linha branca e a "indústria como um todo". As entidades também querem estender as manifestações para a capital paulista e outros Estados, ainda neste mês.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, filiado à Força Sindical, está convocando os trabalhadores demitidos nos últimos 24 meses, que ficaram mais de um ano na empresa, a ingressar com medida judicial de cobrança de aviso prévio proporcional ao tempo de trabalho. A entidade sindical cobra efeito retroativo sobre projeto de lei sancionado ontem pela presidente Dilma Rousseff, que aumenta o tempo de concessão do aviso prévio nas demissões sem justa causa para até 90 dias. A expectativa é de que o projeto de lei passe a valer a partir de amanhã (13), quando está prevista sua publicação no Diário Oficial da União.

Os trabalhadores deverão comparecer à sede do sindicato a partir de sexta-feira (14) com carteira profissional, documento de rescisão, carteira de identidade (RG) e comprovante de residência. A entidade sindical alega que os trabalhadores demitidos antes da sanção da lei têm direito à diferença retroativa do aviso prévio. "Estamos nos baseando na legislação trabalhista, que garante prazo de até dois anos a partir da rescisão para o trabalhador ingressar com medida judicial cobrando direitos não recebidos dos últimos cinco anos", defende, por meio de nota, o presidente do sindicato, Miguel Torres. "Entendemos também que esta não é uma lei nova, mas a regulamentação de um direito garantido na Constituição Federal, desde 1988."

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Em nota, o presidente nacional da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, ressaltou que a entidade sindical irá orientar seus dirigentes a auxiliarem os trabalhadores na solicitação do aviso prévio retroativo. "Isto porque o trabalhador demitido tem direito a fazer reclamação trabalhista nos dois anos seguintes à demissão", afirmou.

O presidente da Força Sindical considerou a sanção do projeto de lei uma ampliação dos direitos dos trabalhadores e um avanço social. "Entendemos que a medida, que irá inibir a rotatividade no emprego, é uma demonstração de sensibilidade social tanto do Congresso Nacional como da presidente Dilma Rousseff", afirmou. Segundo Paulinho, entre janeiro e maio houve oito milhões de demissões no Brasil.

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