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Orgasmo, masturbação, ejaculação precoce. Os podcasts rompem tabus no mundo árabe ao falar de maneira aberta sobre a sexualidade e conquistam grande sucesso, sobretudo entre as mulheres.

"Há um interesse crescente por um conteúdo com o qual (os ouvintes) podem se identificar, especialmente as experiências carnais", explica Hebah Fisher, da Kerning Cultures.

A empresa, com sede nos Emirados Árabes Unidos, produz o podcast "Jasadi" ("Meu corpo") para "contar histórias que não foram contadas", explica Fisher.

Este conteúdo "criado por nós e para nós é muito solicitado", completa.

O podcast, que trata da saúde física - incluindo temas relacionados com o sexo e o corpo - e da saúde mental, é muito acompanhado na Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes Unidos.

"Jasadi" é o terceiro programa mais popular da Kerning Culture. A audiência aumentou mais de seis vezes desde o lançamento em 2019, quando a Apple o designou em 2020 como um dos melhores podcasts do Oriente Médio e norte da África.

- Eib (Vergonhoso)-

Em um dos episódios mais populares do "Jasadi", duas mulheres, uma da Jordânia e outra do Sudão, discutem de maneira anônima sobre a primeira vez que ouviram falar de sexo e de sua primeira experiência sexual.

"Não sei por quê aceitamos menos os termos árabes que designam os genitais que os termos em inglês", afirmou uma das participantes.

"Nenhuma palavra que se refere a nossa anatomia sexual é usada de maneira normal", lamenta a jovem.

Ela cita como exemplo a palavra "mahbal" ("vagina" em árabe), que por sua semelhança com "ahbal" ("estúpida" em árabe) provocava, segundo ela, piadas e insultos dos meninos na escola.

"Jasadi" não é o único podcast que pretende romper os tabus sobre o sexo, ainda muito presentes nas sociedades árabes, onde a educação sexual nas escolas ou dentro de casa não é comum.

"Eib" ("Vergonhoso"), uma produção da empresa Sowt, que tem sede na Jordânia, também aborda - desde o lançamento em 2017 - temas relacionados principalmente com o sexo, pornografia e masturbação.

"'Eib' é o melhor programa da Sowt em termos de difusão e audiência, sobretudo na Arábia Saudita, Egito e Emirados", explica Maram Alnabali, diretora da empresa.

O número de ouvintes subiu 95% em 2020 e o podcast atinge centenas de milhares de pessoas, afirma.

- Informar -

No Líbano, com seu podcast semanal "Haki Sarih" ("Falar francamente"), a doutora Sandrine Attallah aborda de maneira direta temas como ejaculação precoce, orgasmos do clítoris e masturbação.

O podcast já recebeu mais de um milhão de downloads, principalmente na Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes Unidos.

"Não estamos suficientemente informados sobre a sexualidade", lamenta a sexóloga no hospital da Universidade Americana de Beirute.

"Apesar da existência de uma certa educação sexual na escola, não ensinam sobre masturbação ou como ter um orgasmo", completa.

"Você também não vai aprender o que é fetichismo, BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo) ou sexo anal".

Sua audiência mensual, com pouco mais da metade mulheres, passou de 70.000 ouvintes em abril 2020 a 100.000 em março de 2021.

Mas seu desejo de falar de maneira franca sobre a sexualidade provoca reações. Durante um programa de televisão ao vivo em março, para o qual foi convidada, os dois apresentadores a silenciaram diversas vezes e acusaram de tentar "excitar" os espectadores.

"Disseram (...) que flertava com as pessoas, que usava termos inapropriados", conta. Mas com seu podcast, produzido pela "Hakawati" Network, ela defende sobretudo o direito de informar sobre a sexualidade.

"É realmente informação, é muito instrutivo", afirma.

Do Sudão à Argélia, onde movimentos populares derrubaram chefes de Estado no poder por décadas, passando pelo Iraque e pelo Líbano, abalados por revoltas sem precedentes, o mundo árabe vive há um ano uma situação que lembra a "Primavera" de 2011.

Naquele ano, vários países árabes foram abalados por movimentos que causaram, por exemplo, as quedas de Zine El Abidine Ben Ali, na Tunísia, e de Hosni Mubarak, no Egito.

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Hoje, a Tunísia é uma exceção, pois continua sua transição democrática, ao contrário de outros países, como Síria, Iêmen, ou Líbia, onde revoltas contra os poderes em vigor levaram a guerras ainda em curso.

- Sudão -

Em 19 de dezembro de 2018, centenas de sudaneses foram às ruas protestar contra o aumento do preço do pão, que triplicou. As manifestações se tornaram semanais e, rapidamente, passaram a exigir a renúncia de Omar al-Bashir, há 30 anos no poder.

Em 6 de abril de 2019, o protesto se transforma em uma grande manifestação sentada (do inglês "sit-in") em Cartum, em frente ao quartel central do Exército.

No dia 11, o Exército depõe Bashir, substituído por um Conselho Militar de Transição. Milhares de manifestantes continuaram sentados diante da sede do Exército, porém, rejeitando o que chamaram de "golpe de Estado".

Homens armados com uniforme militar dispersam o ato com fogo e sangue em 3 de junho.

Em meados de agosto, foi assinado um acordo duramente negociado entre o Exército e os líderes da manifestação, graças a uma mediação da Etiópia e da União Africana.

O país conta com um conselho soberano - uma instância de maioria civil, mas liderada por um militar - para supervisionar a transição. Essa mudança política deve durar pouco mais de três anos e abrir caminho para as eleições.

A repressão contra o protesto deixou mais de 250 mortos, segundo um comitê de médicos ligado aos manifestantes.

- Argélia -

Em 22 de fevereiro, começaram as manifestações contra a candidatura ao quinto mandato do presidente Abdelaziz Buteflika, muito debilitado após um acidente cardiovascular em 2013.

Em 2 de abril, Buteflika renuncia diante da pressão da opinião pública e do Exército.

Os manifestantes continuaram a ir em massa para as ruas todas as sextas-feiras, decididos a acabar com todo "sistema" – uma referência ao aparato burocrático herdado após 20 anos de Presidência de Buteflika. Nesse contexto, o chefe do Estado-Maior do Exército, general Ahmed Gaid Salah, tornou-se o homem forte do país.

Ignorando o movimento de protesto, as autoridades marcam a data da disputa presidencial para 12 de dezembro, depois de terem anulado, por falta de candidatos, um pleito marcado para julho.

- Egito -

Em 20 de setembro, centenas de pessoas protestaram no Cairo e em outras cidades para exigir a renúncia do presidente Abdel Fatah al-Sissi, no poder desde 2014.

Uma manifestação foi organizada à noite na Praça Tahrir, no Cairo, epicentro da revolução de 2011 que acabou derrubando Hosni Mubarak.

Totalmente inesperadas e inéditas sob o governo de Al-Sissi, que realiza uma repressão implacável contra a oposição, as manifestações ocorreram após a divulgação de vídeos de um empresário no exílio que acusa o chefe de Estado de corrupção.

Uma semana depois, após uma onda de prisões com cerca de 2.000 pessoas detidas, apenas algumas manifestações com participação limitada foram registradas.

Aproximadamente 3.000 pessoas foram presas desde 20 de setembro.

- Iraque -

Originado em convocações lançadas nas redes sociais, nasce, em 1º de outubro, um movimento de protesto social no Iraque.

Iniciado em Bagdá, o movimento que exige trabalho para a juventude e a renúncia de líderes "corruptos" se estende a quase todo país. As forças de ordem disparam para dispersar os manifestantes.

O protesto cresce com manifestações gigantescas em Bagdá e no sul. Piquetes e greves paralisam universidades, escolas e a administração pública. Atos noturnos de violência são registrados contra a sede do partido e as milícias.

Desde o início de outubro, mais de 250 pessoas, a maioria manifestantes, foram mortas.

- Líbano -

Em 17 de outubro, o governo anunciou um imposto sobre as chamadas feitas por meio de aplicativos de mensagens na Internet, em um contexto de grave crise econômica. Embora tenha sido rapidamente retirada, a medida provocou a ira dos libaneses que logo saíram às ruas em todo país.

Milhares de pessoas se concentraram em Beirute e em outras cidades, cantando "a cidade exige a queda do regime", principal slogan da chamada "Primavera Árabe". Também bloquearam várias rotas importantes, erguendo barricadas.

Em 29 de outubro, o primeiro-ministro Saad Hariri renunciou. O presidente Michel Aoun foi responsável por lidar com questões administrativas até a formação de um novo governo. No dia seguinte, as barricadas são retiradas.

A mensagem da presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), ao mundo árabe sobre a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não foi encarada de forma positiva por alguns setores da sociedade e políticos. Um reflexo disso, foram os pedidos recebidos pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para abrir uma investigação sobre a ligação petista árabes e palestinos. Com isso, a PGR decidiu instaurar um procedimento preliminar para analisar a possibilidade de abrir inquérito sobre um vídeo gravado  para a TV Al-Jazira.

A instauração da notícia fato, primeiro passo antes de um inquérito ter andamento, foi determinada pela titular da Secretaria Penal da PGR, subprocuradora Raquel Branquinho.Entre os pedidos de investigação, um ofício foi enviado à Procuradoria pelo deputado Major Olimpio (PSL-SP).

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Durante o vídeo, que rendeu a hashtag #GleisiTerrorista como um dos assuntos mais comentados do Twitter desde essa quarta-feira (18), a senadora afirma que Lula é um “preso político” e convida o mundo árabe para defender a liberdade do ex-presidente. 

“Lula foi condenado por juízes parciais num processo ilegal. Não há nenhuma prova de culpa, apenas acusações falsas”, afirma Gleisi. “Lula é um grande amigo do mundo árabe. Ao longo da história, o Brasil recebeu milhões de árabes e palestinos, mas Lula foi o único presidente que visitou o Oriente Médio”, pontua em outro trecho da gravação. 

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Reação de senadores

No plenário do Senado, o senador José Medeiros (PSD-MT) lamentou a gravação da presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), à rede de TV catari Al-Jazeera. Ele disse que interpretou a fala da parlamentar em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como "um recado muito estranho" e que "espera que o PT não queira transformar um país pacífico em zona de guerra".

"O Brasil é um país amigo do mundo árabe. Nós temos respeito por todas as religiões; agora, nós também somos um país que não tem contato com nenhum radicalismo, com nenhum fundamentalismo. E foi muito estranho o vídeo que a Senadora fez. Pareceu-me muito um recado subliminar. A quem era dirigido aquilo?", questionou.

O senador Magno Malta também comentou que sabe que os senadores do PT "conhecem a Constituição e sabem onde é que está o nosso limite", mas disse que pessoalmente "tem medo" que o vídeo seja interpretado de maneira equivocada.

"A Senadora Gleisi não é louca de ter dado aquela entrevista à Al Jazeera, incitando o ISIS, incitando qualquer tipo de grupo terrorista, para que venha ao Brasil, fazer um terrorismo maior do que aquele que o MST está fazendo nas fazendas do Brasil, achando que, com isso, vai intimidar o Poder Público, vai intimidar o Supremo Tribunal Federal, vai intimidar o Ministério Público Federal... Não vai", disse.

"O meu medo pessoal é que eles entendam que estão pedindo auxílio para uma reação. Para uma reação. Esse é medo pessoal. Meu. Esse é medo meu. Agora, sei perfeitamente que a Senadora, que é presidente de um partido e que conhece a Constituição brasileira, sabe exatamente o que a Constituição determina", completou Malta.

Em defesa da postura da correligionária, o senador Lindbergh  Farias (RJ) argumentou que a TV Al Jazeera é uma das maiores do mundo. "Sabe quem deu entrevista lá? (Barack) Obama, Presidente dos Estados Unidos. Repercussão em todo mundo, porque a TV Al Jazeera atinge cem países. A Senadora Gleisi está falando para as TVs do mundo inteiro. Quando fala para TV da Europa ninguém reclama. Para TV norte-americana... Agora, para TV Árabe, falando de uma campanha de solidariedade ao Presidente Lula, sabem o que começam a dizer? Estão falando em Estado Islâmico. Gente, sabem qual é o nome disso? Xenofobia, preconceito. Vocês estão achando que por ser árabe é terrorista, é fundamentalista", disse Lindbergh.

*Com a Agência Estado

Quatro nações do mundo árabe - Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes Unidos (EAU) e Bahrein - decidiram cortar todas as relações diplomáticas com o reino do Catar. A decisão foi tomada durante a manhã desta segunda-feira (pelo horário local), após acusações feitas pelos governos de que a monarquia do Catar estaria trabalhando para promover a instabilidade na região, além de financiar grupos terroristas.

As tensões entre os países árabes têm ganhado força nos últimos meses, com crescentes acusações por parte da Arábia Saudita de que o governo de Doha apoiaria a instabilidade na região, além de promover uma aproximação indesejada com o Irã, força antagonista aos sauditas na região. Na último dia 27, o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani, parabenizou o presidente iraniano Hasan Rouhani pela sua reeleição - o que foi visto como uma afronta.

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Com isso, a monarquia da Arábia Saudita cortou relações, segundo comunicado em sua TV estatal, graças "ao apoio [do Catar] a diversos grupos sectários e terroristas focados em desestabilizar a região". O ministro de relações exteriores do Egito acusou o pequeno país no golfo pérsico, que será sede da Copa do Mundo de 2022, de promover uma "aproximação antagônica", onde "todos os esforços feitos para parar o apoio do Catar a grupos terroristas falharam". O ministro das relações exteriores do Catar respondeu que as medidas são "injustificadas e baseadas em alegações que não têm base nos fatos".

Apesar de ainda não estar claro como essas medidas serão tomadas, a Arábia Saudita já anunciou que soldados do Catar deverão ser imediatamente retirados das tropas que estão em batalha no Iêmen; além disso, todos os cidadãos do Catar nessas quatro nações devem deixar os países em, no máximo, duas semanas (assim como visitantes desses países que estão no Catar); e as missões diplomáticas nesses países devem ser fechadas em ambos os sentidos - as embaixadas do Catar em Abu Dhabi (EAU) e em Manama (Bahrein) devem encerrar suas atividades até quarta-feira.

Os Estados Unidos (que mantém missões militares no Catar) já afirmaram que a crise não influenciará as missões mantidas pelo país na região. "Não espero que isso tenha impacto significante, se é que terá impacto, na luta unificada luta contra o terrorismo, na região ou globalmente falando", declarou o secretário de estado norte-americano, Rex Tillerson, durante visita a cidade de Sydney, na Austrália. Outros países árabes, como o Paquistão, já anunciaram não ter intenções de cortar relações diplomáticas com o país.

As quatro nações árabes também planejam cortar o acesso terrestre (feito apenas pela fronteira com a Arábia Saudita) e o tráfego marítimo e aéreo com o Catar. Fonte: Associated Press.

A cantora e atriz libanesa Sabah, considerada um ícone do mundo árabe, faleceu nesta quarta-feira aos 87 anos, informou a imprensa local. Sabah, cujo nome verdadeiro era Jeanette Gergi Feghal, morreu durante a manhã na região de Beirute.

A artista nasceu em 1927 no pequeno vilarejo de Bdadoun e começou a cantar em 1940, no início de uma carreira com quase 50 álbuns e mais de 3.000 canções gravadas. Também fez sucesso no cinema, essencialmente no Egito, onde atuou em quase 100 filmes.

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Sabah era famosa no mundo árabe por ter apresentado shows e por suas participações em programas de televisão. Sua agitada vida sentimental e os vários casamentos sempre foram muito noticiados pela imprensa. Reconhecida por sua voz expressiva, a diva da música folclórica também tinha as nacionalidades jordaniana, egípcia e americana.

O governo afegão executou cinco homens condenados por estupro coletivo e roubo, em um caso que chocou o país neste ano. Segundo o chefe de polícia de Cabul, o general Mohammad Zahir, os criminosos foram enforcados nesta quarta-feira na prisão Puli Charkhi.

O crime foi cometido em agosto, quando oito homens pararam o carro de uma família nos arredores de Cabul e estupraram quatro mulheres, das quais uma estava grávida. As vítimas foram arrastadas para fora do veículo até uma área em que os homens da família pudessem ouvir seus gritos. Alguns dos criminosos utilizavam uniformes policiais.

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Sete dos envolvidos foram condenados à morte no mês passado, mas um recurso judicial reduziu duas das sentenças para até 20 anos de prisão. Os veredictos foram confirmados pela Suprema Corte do país. Três dos criminosos ainda estão foragidos.

O caso gerou comoção e levou os afegãos às ruas para protestar em favor das vítimas.

Permitida pela lei, a pena de morte só foi autorizada pelo ex-presidente Hamid Karzai duas vezes durante o seu mandato de 13 anos. Em centenas de casos, a execução dos criminosos não foi aceita pelo governo. Essa última ordem de execução foi assinada pelo ex-presidente Karzai no mês passado, no último dia do seu mandato.

Grupos de direitos humanos criticaram a rapidez no processo judicial e a aplicação da pena de morte no caso de estupro. O primeiro julgamento durou apenas duas horas. O Human Rights Watch afirmou que a interferência política e as condenações rápidas violam o direito dos réus à defesa no processo judicial.

O vice-diretor da Anistia Internacional para Ásia-Pacífico, David Griffiths, observou a gravidade do crime, mas disse que a entidade considera a pena de morte como uma "forma repugnante de punição" que nunca deve ser usada. "É profundamente lamentável que o presidente Ashraf Ghani tenha permitido que as execuções fossem adiante", afirmou Griffiths. Fonte: Associated Press.

Três ativistas do grupo feminista Femen foram detidas em Túnis nesta quarta-feira (29), na primeira ação de topless em um país árabe, para exigir a libertação de uma tunisiana e denunciar a condição das mulheres no país.

Diante de uma multidão de jornalistas reunidos diante do Palácio de Justiça, as três jovens - duas francesas e uma alemã - protestaram aos gritos de "libertem Amina", a ativista tunisiana que está detida à espera de julgamento na quinta-feira em Kairuan por posse ilegal de um spray de autodefesa, um crime que pode ser punido com seis meses de prisão. "Uma investigação foi aberta e as três serão detidas e levadas à justiça", declarou à AFP o porta-voz do ministério da Justiça, Adel Riahi, sem especificar as acusações.

Na Tunísia, os atentados ao pudor podem ser punidos com seis meses de prisão. A ação do Femen irritou advogados e pedestres no local. Eles agrediram os jornalistas presentes e alguns repórteres foram detidos."Esta é a primeira ação que realizamos no mundo árabe. Preparei esta equipe internacional em Paris e foi enviada ontem (terça-feira) à Tunísia", explicou à AFP Inna Shevchenko, dirigente do Femen em Paris.

Uma jovem tunisiana, integrante do Femen, conhecida pelo pseudônimo de Amina Tyler, foi detida em 19 de maio em Kairuan depois de ter pintado "FEMEN" nos muros do cemitério ao lado da grande mesquita da cidade.

A jovem de 18 anos pode ser condenada a até seis meses de prisão por transportar o spray de autodefesa, além de dois anos de prisão por profanar um cemitério. Em março, Amina provocou grande escândalo ao divulgar fotos nas quais aparecia com o torso nu.

A família afirma que Amina é uma depressiva crônica e seus pais impediram por muito tempo que saísse de casa, por questões de segurança. A jovem, que acusava a família de sequestro, fugiu em abril e desde então passou a aparecer regularmente em público.

O mês muçulmano do Ramadã começa na sexta-feira na Arábia Saudita e na maioria dos países do Golfo Pérsico. Conselhos religiosos da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Catar e Kuwait disseram que a lua crescente foi avistada na noite de quinta-feira, o que indica o último dia do mês que precede o Ramadã.

Já Omã afirma que o mês sagrado de jejum começa no sábado. Outros países ainda têm de anunciar quando iniciarão o Ramadã, mas devem seguir a indicação saudita. Os muçulmanos esperam a lua nova para proclamar o início do Ramadã, período no qual eles se abstêm de comidas e bebidas durante o dia. As informações são da Dow Jones.

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Uma pesquisa mostrou que as maiorias muçulmanas num arco formado por cinco países que vão do Egito ao Paquistão têm poucas coisas boas a dizer sobre a Al-Qaeda, um ano depois que um comando norte-americano ter matado Osama bin Laden, líder do grupo.

A maior parte das opiniões expressadas por muçulmanos no Egito, Jordânia, Líbano, Turquia e Paquistão foi esmagadoramente negativa, segundo pesquisa realizada pelo projeto Atitudes Globais do Centro de Pesquisas Pew, divulgada nesta segunda-feira.

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A organização lembra que as respostas coletadas no Paquistão, onde um comando norte-americano matou Bin Laden em 2 de maior de 2011, não incluem pesquisados de áreas onde estão 18% da população do país, pois essas regiões eram muito perigosas para que os pesquisadores pudessem trabalhar.

O levantamento mostrou números desfavoráveis ao grupo no Egito, onde 71% têm uma visão negativa do grupo ante 21%, proporções que se repetiram na Jordânia (77% negativas contra 15% positivas), Turquia (73% e 6%, respectivamente) e no Líbano, onde 98% dos entrevistados não apoiam o grupo e apenas 2% têm uma visão positiva da Al-Qaeda. Nas regiões do Paquistão onde foi possível fazer a pesquisa, 55% veem negativamente o grupo de Bin Laden contra 13% que têm uma visão positiva.

O Pew disse que o apoio a Bin Laden vinha caindo consideravelmente antes mesmo de sua morte. Na Jordânia, por exemplo, 61% dos pesquisados disseram em 2007 que acreditavam que o líder terrorista faria a coisa certa. No ano seguinte, após ataques suicidas da Al-Qaeda contra Amã, a capital jordaniana, esse número caiu para 24% e no ano passado chegou a 13%.

A margem de erro do levantamento varia de acordo com o país, mas oscila entre 4,2 pontos porcentuais e 5,2 pontos porcentuais. As informações são da Associated Press.

Há um ano atrás, a praça Tahir, localizada no centro do Cairo, capital do Egito, viu nascer a democracia por meio de protestos iniciados na internet. O dia 25 entrou para o calendário egípcio como símbolo da revolução do de seu povo, que em protesto a ditadura de Hosni Mubarak, tomaram o monumento arquitetônico exigindo “Pão, democracia e justiça social”.

Hoje, Tahir significa a libertação de um povo que perdeu o medo. No aniversário de um ano de comemoração da revolução que acabou com Mubarak, a praça estava repleta de bandeiras que se misturavam aos gritos de jovens, mulheres, homens, extremistas e liberais vibrantes com o triunfo da democracia.

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A festa que inciou na noite passada (24) parece não ter hora para terminar. Os manifestantes permancem na praça Tahir com bandeiras dos Irmãos Mulçumanos, Islamistas do Partido da Liberdade e da Justiça (PLJ), assim como os ultraconservadores salafistas a entoar o hino nacional do Egito e bravejar Allahu Akhbar (Alá é o maior). A celebração de hoje tem um caráter muito simbólico e reforça aos militares a força do povo.

Brasília - O cônsul-geral da Líbia no Brasil, Mohammed Ninfat, disse hoje (20) à Agência Brasil que obteve informações confirmando a morte do presidente líbio, Muammar Khadafi. Mas ele disse que está com dificuldades de falar com integrantes do Conselho Nacional de Transição (CNT). Ninfat é o chefe da Embaixada da Líbia em Brasília, pois a representação está sem embaixador. O clima na representação diplomática é de comemoração e festa. A bandeira da oposição a Khadafi está hasteada no local.

Fotografias de Khadafi foram queimadas e rasgadas ao som de música árabe e fogos de artifício. O cônsul disse que hoje o dia será de muita alegria e felicidade não só na Líbia como também em todos os locais onde há comunidades de líbios. Na embaixada em Brasília, crianças, filhas dos funcionários e diplomatas, dançavam e brincavam em clima de euforia. “Estamos todos muito felizes e em clima de festa. O momento é de celebração. Mas precisaremos da ajuda da comunidade internacional. O Brasil, por exemplo, pode nos ajudar para a retirada de minas terrestres, colocadas por ordem de Khadafi em vários locais da Líbia”, disse o cônsul, lembrando que as cidades que mais sofrem por causa das minas são Brega e Zliten.

A representação diplomática da Líbia no Brasil está sem embaixador há pouco mais de um mês. O cônsul disse que o embaixador Salem Omar Al Ezubide deixou Brasília desde que se confirmou que o Conselho Nacional de Transição (CNT) havia dominado Trípoli e as principais cidades líbias. Segundo o cônsul, todos que estão hoje na embaixada apoiam as mudanças em curso na Líbia.

Em agosto, um grupo de líbios contrários a Khadafi ocupou a embaixada em Brasília e permanece no prédio. A bandeira do Conselho Nacional de Transição está hasteada na embaixada. Houve confrontos entre simpatizantes e contrários ao regime de Khadafi. A Polícia Militar teve que intervir.

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