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A taxa de desocupação no Brasil ficou em 14,7% no trimestre encerrado em abril, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou igual à mediana das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de 14,5% a 15,3%.

Em igual período de 2020, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,6%. No trimestre até março, a taxa de desocupação estava em 14,7%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2,532 no trimestre encerrado em abril. O resultado representa queda de 1,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

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A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 212,313 bilhões no trimestre até abril, recuo de 5,4% ante igual período do ano anterior.

O Brasil alcançou um recorde de 5,970 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em março, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado significa 182 mil desalentados a mais em relação ao trimestre encerrado em dezembro, um aumento de 3,1%.

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Em um ano, 1,2 milhão de pessoas a mais caíram em situação de desalento, alta de 25,1%.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade - e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.

Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.

O comércio fechou 293 mil vagas no trimestre encerrado em março ante o trimestre terminado em dezembro, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Também houve perdas de vagas em alojamento e alimentação (-139 mil), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-178 mil) e outros serviços (-173 mil).

Por outro lado, houve contratações na indústria (16 mil), transporte (59 mil), agricultura, pecuária, produção florestal pesca e aquicultura (35 mil), construção (2 mil), serviços domésticos (6 mil) e informação, comunicação e atividades financeiras (126 mil).

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Em relação ao patamar de um ano antes, a agricultura ganhou 329 mil trabalhadores.

Houve perdas em todas as demais atividades. A construção demitiu 361 mil, o comércio dispensou 1,636 milhão.

Alojamento e alimentação fechou 1,400 milhão de vagas, e serviços domésticos perderam 1,041 milhão de trabalhadores.

A administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais demitiu 62 mil trabalhadores, a indústria dispensou 914 mil funcionários, enquanto o setor de informação, comunicação e atividades financeiras demitiu 55 mil. Transporte perdeu 542 mil vagas e os outros serviços demitiram 917 mil pessoas.

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 14,7% no trimestre encerrado em março, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta quinta-feira (27), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em igual período de 2020, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,2%. No trimestre até fevereiro, a taxa de desocupação estava em 14,4%.

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A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.544 no trimestre encerrado em março. O resultado representa alta de 0,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 212,514 bilhões no trimestre até março, queda de 6,7% ante igual período do ano anterior, de acordo com o IBGE.

A indústria fechou 126 mil vagas no trimestre encerrado em fevereiro ante o trimestre terminado em novembro, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na passagem do trimestre terminado em novembro para o trimestre encerrado em fevereiro, também houve perdas de vagas no comércio (-101 mil), alojamento e alimentação (-34 mil) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-61 mil).

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Por outro lado, houve contratações nos outros serviços (87 mil ocupados), transporte (82 mil), agricultura, pecuária, produção florestal pesca e aquicultura (117 mil), construção (91 mil), serviços domésticos (102 mil) e informação, comunicação e atividades financeiras (151 mil).

Em relação ao patamar de um ano antes, a agricultura ganhou 226 mil trabalhadores, e a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais contratou 374 mil trabalhadores a mais.

Houve perdas em todas as demais atividades. A construção demitiu 612 mil, o comércio dispensou 1,984 milhão. Alojamento e alimentação fechou 1,536 milhão de vagas, e serviços domésticos perderam 1,288 milhão de trabalhadores.

A indústria dispensou 1,319 milhão de funcionários, enquanto o setor de informação, comunicação e atividades financeiras demitiu 166 mil. Transporte perdeu 607 mil vagas, e outros serviços demitiram 917 mil pessoas.

O número de desempregados no Brasil foi estimado em 14,4 milhões no trimestre encerrado em fevereiro, o maior contingente desde 2012, início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada hoje (30) pelo IBGE.

O resultado representa uma alta de 2,9%, ou de mais 400 mil pessoas desocupadas frente ao trimestre anterior (setembro a novembro de 2020), ocasião em que a desocupação foi estimada em 14,0 milhões de pessoas. Mesmo assim, a taxa de desocupação ficou estável em 14,4% em relação ao trimestre anterior (14,1%), mas apresentou alta de 2,7 pontos percentuais na comparação com igual trimestre do ano passado, que foi estimada em 11,6%.

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“Embora haja a estabilidade na taxa de ocupação, já é possível notar uma pressão maior com 14,4 milhões de pessoas procurando trabalho. Não houve, nesse trimestre, uma geração significativa de postos de trabalho, o que também foi observado na estabilidade de todas as atividades econômicas, muitas ainda retendo trabalhadores, mas outras já apontando um processo de dispensa como o comércio, a indústria e alojamentos e alimentação. O trimestre volta a repetir a preponderância do trabalho informal, reforçando movimentos que já vimos em outras divulgações - a importância do trabalhador por conta própria para a manutenção da ocupação”, comenta a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.

Em um ano de pandemia, houve redução de 7,8 milhões de postos de trabalho

A analista destaca que quase todos os indicadores se mantiveram estáveis frente ao trimestre imediatamente anterior, mas na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, houve redução na maior parte deles, seja de posição no mercado de trabalho ou de grupamentos de atividades, refletindo os efeitos da pandemia.

A estabilidade do contingente de pessoas ocupadas - aproximadamente 85,9 milhões no trimestre encerrado em fevereiro de 2021 – é decorrente da informalidade, com o crescimento dos trabalhadores por conta própria. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o contingente de pessoas ocupadas apresentou queda de 8,3%, representando uma redução de 7,8 milhões de pessoas ocupadas.

O nível de ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em 48,6% no trimestre de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021, apresentando estabilidade frente ao trimestre de setembro a novembro de 2020. Em relação a igual trimestre do ano anterior, quando o nível da ocupação no Brasil foi de 54,5%, este indicador apresentou variação negativa (-5,9 p.p.).

Apenas a categoria de trabalhadores por conta própria, que totaliza 23,7 milhões de pessoas, apresentou crescimento (3,1%) na comparação com o trimestre anterior (setembro a novembro de 2020), significando a adição de 716 mil pessoas neste contingente. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o indicador apresentou uma redução de 824 mil postos.

As demais categorias apresentaram estabilidade em relação ao trimestre anterior. Os trabalhadores do setor privado com carteira de trabalho assinada foram estimados em 29,7 milhões de pessoas. Os empregadores e trabalhadores do setor privado sem carteira assinada somam 9,8 milhões de pessoas. E os empregadores são 3,9 milhões de pessoas.

Na comparação com igual trimestre do ano anterior, porém, houve queda 11,7%, ou menos 3,9 milhões postos de trabalho para empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada; de 1,8 milhão de pessoas entre empregadores e trabalhadores do setor privado sem carteira assinada e de menos 552 mil empregadores.

“O trimestre encerrado em fevereiro de 2020 ainda era um cenário pré-pandemia e qualquer comparação com este período vai mostrar quedas anuais muito acentuadas. Isso explica o porquê da estabilidade no trimestre e alta no confronto anual”, esclarece Beringuy.

Na comparação com o trimestre móvel anterior, mais 721 mil pessoas (0,7%) entraram na força de trabalho - pessoas ocupadas e desocupadas -, estimada em 100,3 milhões. Frente ao mesmo trimestre do ano anterior, houve redução de 5,7 milhões de pessoas. “Essa expansão da força de trabalho veio principalmente do crescimento da desocupação. Apesar do acréscimo de 721 mil, o indicador está praticamente estável, tanto que a variação é de apenas 0,7%”, destaca a analista.

Já a população fora da força de trabalho - que não estava nem ocupada nem desocupada na semana de referência - manteve-se estável em 76,4 milhões, quando comparada com o trimestre de setembro a novembro de 2020. Frente ao mesmo trimestre do ano anterior, houve expansão de 15,9% com o acréscimo de 10,5 milhões de pessoas.

Adriana explica que esse é um indicador que cresceu muito em 2020, em função do afastamento das pessoas do mercado de trabalho, voltando a retrair a partir de outubro e agora estável.

“Essa população fora da força foi afetada pelas restrições de funcionamento das atividades econômicas e pelas medidas de proteção. Muitas deixaram de procurar trabalho, outras perderam o trabalho e não viam condições de se reinserir, parando de exercer pressão no mercado de trabalho. Quando confrontamos com fevereiro de 2020, a população fora da força de trabalho é muito maior em função da própria dinâmica que a pandemia trouxe para o mercado de trabalho”, observa a analista.

Ocupação mantém-se estável em todos os grupamentos de atividades

Todos os dez grupamentos de atividades pesquisados pela PNAD Contínua apresentaram estabilidade na taxa de ocupação em relação ao trimestre móvel anterior (setembro a novembro).

Já na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior houve redução em sete dos dez grupamentos: Indústria Geral (10,8%, ou menos 1,3 milhão de pessoas), Construção (9,2%, ou menos 612 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (11,1%, ou menos 2,0 milhão de pessoas), Transporte, armazenagem e correio (12,2%, ou menos 607 mil pessoas), Alojamento e alimentação (27,4%, ou menos 1,5 milhão de pessoas), Outros serviços (18,1%, ou menos 917 mil pessoas) e Serviços domésticos (20,6%, ou menos 1,3 milhão de pessoas).

Rendimento médio cai 2,5%

A massa de rendimento real habitual ficou estável na comparação com o trimestre anterior, sendo estimada em R$ 211,2 bilhões de reais. Já na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, a queda de 7,4% representa uma redução de R$ 16,8 bilhões na massa de rendimentos.

O rendimento médio habitualmente recebido caiu 2,5% no trimestre de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021 frente ao trimestre encerrado em novembro de 2020 e foi estimado em R$ 2.520. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve estabilidade.

A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de 564 agências do IBGE.

Em função da pandemia de Covid-19, o IBGE implementou a coleta de informações da pesquisa por telefone desde 17 de março de 2020. É possível confirmar a identidade do entrevistador no site Respondendo ao IBGE ou via Central de atendimento (0800 721 8181), conferindo a matrícula, RG ou CPF do entrevistador, dados que podem ser solicitados pelo informante.

Da assessoria do IBGE

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 14,2% no trimestre encerrado em janeiro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

A população desocupada (14,3 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre de agosto a outubro de 2020 (14,1 milhões de pessoas).

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Em igual período de 2020, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,2%. No trimestre até dezembro de 2020, a taxa de desocupação estava em 13,9%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.521 no trimestre encerrado em janeiro. O resultado representa alta de 2,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 211,432 bilhões no trimestre até janeiro, queda de 6,9% ante igual período do ano anterior.

A taxa de desocupação no País foi recorde em 20 das 27 Unidades da Federação no ano de 2020. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No total do País, a taxa média anual subiu de 11,9% em 2019 para 13,5% em 2020, a maior da série iniciada em 2012.

No Estado de São Paulo, a taxa média de desemprego cresceu de 12,5% em 2019 para um auge de 13,9% no ano passado. A Bahia teve a maior taxa de desemprego média em 2020, de 19,8%. A menor taxa ocorreu em Santa Catarina, 6,1%.

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A taxa de desocupação no País teve um recuo estatisticamente significativo em cinco das 27 Unidades da Federação na passagem do terceiro trimestre de 2020 para o quarto trimestre do ano. Nas demais 15 Unidades da Federação o resultado foi considerado estatisticamente estável.

A taxa de desocupação do País no quarto trimestre foi de 13,9%, 0,7 ponto porcentual abaixo do resultado de 14,6% obtido no terceiro trimestre.

As maiores quedas foram em Roraima (4,2 pontos porcentuais) e Maranhão (2,5 pontos porcentuais).

As maiores taxas de desocupação no quarto trimestre foram registrada em Alagoas (20,0%), Bahia (20,0%), Rio de Janeiro (19,4%) e Pernambuco (19,0%). Os locais com as taxas mais baixas foram Santa Catarina (5,3%), Rio Grande do Sul (8,4%), Mato Grosso do Sul (9,3%) e Paraná (9,8%).

No Estado de São Paulo, a taxa de desocupação passou de 15,1% no terceiro trimestre para 14,6% no quarto trimestre.

O Brasil alcançou 5,788 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em dezembro, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado significa 78 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em setembro, um recuo de 1,3%. Em um ano, 1,168 milhão de pessoas a mais caíram em situação de desalento, alta de 25,3%.

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A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade - e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.

O País registrou um aumento de 3,715 milhões de vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de desemprego passou de 14,6% no trimestre encerrado em setembro para 13,9% no trimestre terminado em dezembro.

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A população ocupada somou 86,179 milhões de pessoas. Já a população desocupada diminuiu em 167 mil pessoas em um trimestre, totalizando 13,925 milhões de desempregados.

A população inativa somou 76,258 milhões de pessoas no trimestre encerrado em dezembro, 2,308 milhões a menos que no trimestre anterior.

O nível da ocupação - porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar - subiu de 47,1% no trimestre encerrado em setembro para 48,9% no trimestre até dezembro de 2020.

No trimestre terminado em dezembro de 2019, o nível da ocupação era de 55,1%.

Prestes a completar um ano de entrevistas por telefone na sua principal pesquisa sobre mercado de trabalho e indicadores sociais, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fez um apelo nesta quinta-feira, 28, para que a população atenda os telefonemas de seus pesquisadores.

Em 17 de março de 2020, o IBGE suspendeu as entrevistas presenciais e, desde então, vem correndo atrás para obter os números de telefone das famílias escolhidas como informantes.

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O trabalho é gigantesco. A Pnad coleta informações em 3.464 municípios. Por mês, cerca de 2 mil pesquisadores entrevistam em torno de 70 mil famílias, numa amostra que soma 211 mil municípios a cada trimestre.

Cada família selecionada para ser entrevistada dá uma entrevista por trimestre, ao longo de cinco trimestres seguidos, de forma que o conjunto de entrevistados vai mudando, lentamente, ao longo do tempo.

Dessa forma, há entrevistados que só deram entrevistas por telefone e não chegaram a ter contato pessoal com os entrevistadores, antes da pandemia. Segundo Gustavo Geaquinto, coordenador da Pnad Contínua em Minas Gerais, "pouco mais de 80%" do conjunto de entrevistados fizeram a primeira entrevista já por telefone.

"Os últimos entrevistados presencialmente estão saindo (da amostra) agora", afirmou Geaquinto.

Até agora, pelo menos uma parte dos entrevistados chegou a fazer ao menos uma entrevista presencial, no início de 2020. Com a continuidade da pandemia, a tendência é que todo o conjunto de entrevistados passe a não ter tido contato presencial com os entrevistadores, o que é um desafio adicional para o IBGE.

"É um esforço muito grande. Com tanto golpe que tem, existe sempre uma desconfiança", afirmou Eduardo Rios-Neto, diretor de Pesquisas do IBGE.

Para viabilizar as entrevistas por telefone, o IBGE ajustou sua operação. Correu atrás de bases de dados telefônicos com as operadoras de telefonia. Cruzou informações de endereços com os números de telefone. Mandou cartas e telegramas para as pessoas. Os contatos presenciais anteriores à pandemia foram insuficientes, seja porque é comum as pessoas trocarem o número do celular, seja porque a maioria da população usa linhas de celulares pré-pagos, para as quais não se exige endereço fixo.

Ao mesmo tempo, os entrevistadores, que, em sua maioria, passaram a trabalhar de casa, ganharam chips de celular para fazer as chamadas e receberam treinamento.

Para romper a desconfiança, o IBGE criou uma área em seu site - www.respondendo.ibge.gov.br - e uma central de atendimento - 0800-721-8181 - pelas quais é possível conferir a identidade do entrevistador, utilizando sua matrícula, RG ou CPF, que podem ser solicitados no primeiro contato.

Segundo o IBGE, a migração para as entrevistas por telefone não chegou a comprometer a qualidade dos dados, mas houve um aumento da proporção de entrevistas não realizadas.

Antes da pandemia, no modelo tradicional presencial, em torno de 90% das entrevistas previstas eram realizadas. Com a pandemia, caiu para a casa de 60%. Embora estudos do IBGE tenham indicado que essa queda não compromete a qualidade dos principais indicadores divulgados com base trimestral, isso prejudica a desagregação dos dados a nível municipal.

Dados divulgados no dia 23 de dezembro de 2020 pela Pesquisa Nacional por Amostra dos Domicílios Covid-19 (Pnad Covid-19), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o Brasil registrou um número recorde de desempregados da série histórica da pesquisa, iniciada em maio: 14 milhões de pessoas sem emprego, realidade que atinge mais fortemente mulheres (taxa de desemprego em 17,2% enquanto para os homens é 11,9%) e negros (pretos e pardos) com 16,85% frente a 11,5% entre os brancos. 

O desalento (índice de pessoas que desistiram de buscar emprego) também aumentou, chegando ao terceiro trimestre de 2020 em 5,7% no País, segundo a Pnad Contínua. Neste cenário desanimador e com a virada do ano, resistem expectativas de trabalhadores e trabalhadoras que, em meio à pandemia de Covid-19 e com o fim do auxílio emergencial pressionando mais ainda os orçamentos familiares, buscam voltar ao mercado pela retomada do emprego com abertura de novas vagas no mercado.

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O ano que se inicia traz boas expectativas para os especialistas no assunto, baseados nos dados de 2020. Para o economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), Rafael Ramos, setores que já vêm apresentando uma melhor recuperação de empregos deverão ter destaque. 

“Tem a agropecuária, que mesmo com a pandemia e a crise econômica, continuou vendendo, exportando. A crise desvalorizou o câmbio e deu incentivo para exportar, especialmente commodities. A construção civil tem saldo positivo [de empregos], vem crescendo impulsionada pela taxa de juros em 2%, que favorece o financiamento de imóveis. Esses dois setores provavelmente deverão ser os que mais irão contribuir para a retomada de empregos”, explica Ramos.

Apesar de a recuperação das vagas de emprego ser mais lenta que a da economia, Rafael acredita em um 2021 superior a 2020. “Se espera que a conjuntura como um todo melhore em 2021. O principal motivo é a expectativa para ter uma vacina em 2021, a gente não espera que vá haver um novo lockdown”, diz o especialista. Segundo ele, a projeção é que todos os setores tenham um resultado melhor que em 2020. “Comércio e serviços pela inovação criada esse ano, e-commerce, setores que podem ter benefícios. Creio que comércio, serviços, agropecuária, é provável sim que todos mostrem desempenho melhor. Pode não ser positivo, mas a expectativa é que o desempenho seja melhor”, afirma ele com base em dados fornecidos pela Pnad e pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mantido pela Secretaria do Trabalho, órgão que integra a pasta da Economia.

O ritmo acelerado de áreas ligadas à tecnologia como TI e e-commerce é visto com muito bons olhos pelo economista. Segundo ele, esses setores, especialmente no ramo da Tecnologia da Informação (TI), assim como o comércio eletrônico, “trazem desenvolvimento de inovação e acabam atuando na geração de emprego". "TI é serviço, mas vai atuar no comércio, agropecuária, indústria, no próprio setor de serviço. Ele vai atuar em todos os setores e acaba puxando os demais”, acrescenta.

Rafael explica que uma das razões para o otimismo em relação ao ano que se inicia é a reação em ritmo acelerado após a flexibilização de medidas restritivas que têm o objetivo de frear a contaminação pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2). Apesar disso, a retomada da empregabilidade é um processo que leva mais tempo. “É comum o emprego demorar mais. A gente vem vivendo de choques com crises em 2015 e 2016, greve de caminhoneiros, guerra comercial EUA x China e se o setor produtivo não investe rápido, com comportamento conservador do investidor no cenário incerto, a geração de emprego tem freio pelas reduções de investimentos”, explana o economista.

Apesar das boas expectativas, nem tudo está indo tão bem como poderia. André Morais, economista do Conselho Regional de Economia de Pernambuco (Corecon-PE), até faz uma previsão positiva para a geração de empregos em 2021, indicando uma melhor recuperação não apenas nos setores da construção civil e agropecuária, mas também na indústria. No entanto, mesmo ela enfrenta alguns problemas, como a dificuldade de suprir o mercado que reabriu antes que a operação industrial fosse plenamente retomada e pudesse suprir a demanda por produtos, levando até à escassez de certos ítens, como a construção civil. 

“Isso deu muito impacto na inflação, porque a gente teve a questão do auxílio-emergencial que deu um fôlego, mas quando chegar o próximo IBC-BR, a gente vai ver o impacto da restrição e retirada do auxílio. Esse é o medo da gente, porque ele [o auxílio] reduziu, mas depois de dezembro acabou. Tem muita gente desempregada, tem muita gente desalentada, aquela pessoa que já procurou tanto emprego que desanimou e já desistiu. Aí começa a ter uma migração para o autônomo, só que não é uma coisa imediata. O problema é ter gente aí que vai sofrer”, afirma o economista.

De acordo com André, os setores de serviços e comércio, que têm uma grande participação na composição do Produto Interno Bruto (PIB), são os que mais empregam e vêm enfrentando ainda muitas dificuldades para reagir devido às restrições impostas pela pandemia. Para ele, apenas a partir do momento em que houver vacinação contra a Covid-19, esses dois setores-chave para a economia vão começar a recuperar os empregos perdidos, estimulando outros segmentos.

“A grande mudança virá dos setores de comércio e serviços e eles só vão reagir como a gente imagina com a vacina. Estamos falando de dois setores que vão voltar com algo em torno de 500 mil vagas, fora o impacto que esse retorno vai ter nos outros setores. Virando 2021, eu acredito que o setor de construção civil, deve ter impacto pelo menos no curto prazo. Os outros devem continuar [contratando], porque o setor agro importou muito, se beneficiando do dólar alto. A indústria parte exporta, parte produz internamente”, analisa.

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Apesar dos sinais de recuperação da economia, a taxa de desemprego chegou a 14,6% no terceiro trimestre, uma alta de 1,3 ponto porcentual na comparação com o período anterior (13,3%). Foi o pior resultado na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo IBGE. O total de desempregados no País é estimado em 14,1 milhões de pessoas. Dos Estados pesquisados, a taxa subiu em dez, com destaque para o Nordeste.

Pelos dados do IBGE, foram fechadas 883 mil vagas no terceiro trimestre. Ao mesmo tempo, a flexibilização das medidas de distanciamento social para conter a covid-19 levou um número maior de pessoas a procurar por novo trabalho. A combinação desses dois movimentos fez com que o número de desempregados aumentasse em 1,302 milhão de pessoas na comparação com o final do segundo trimestre.

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Segundo economistas ouvidos pelo Broadcast/Estadão, houve melhora na passagem de agosto para setembro, mas o cenário do mercado de trabalho ainda é de "fragilidade". Os dados divulgados pelo IBGE confirmam o aumento da taxa de desemprego, já esperado por causa de peculiaridades da pandemia.

Uma delas é que muitos trabalhadores que perderam seus trabalhos, formais ou informais, haviam desistido de procurar uma atividade. Pela metodologia internacional, seguida pelo IBGE, só é considerada desocupada a pessoa que tomou alguma atitude para buscar trabalho. Com a redução do isolamento social, é natural que, mês a mês, cada vez mais trabalhadores voltem a procurar trabalho. Quem não encontra, é considerado desocupado.

O movimento se intensificará à medida que mais restrições ao contato social forem sendo retiradas. Com a redução do auxílio emergencial de R$ 600 para R$ 300 por mês, e sua posterior retirada a partir de janeiro, mais pessoas serão impelidas a procurar trabalho. Economistas projetam que a taxa de desemprego deve subir para perto de 17% no ano que vem.

"No trimestre móvel até outubro, que captura mais ao menos a perspectiva de redução da parcela (do auxílio), o retorno deve ser maior e o desemprego deve subir com mais força", disse João Leal, economista da Rio Bravo Investimentos.

O estrago da pandemia já era captado na taxa composta de subutilização, espécie de indicador ampliado de desemprego, que considera também os trabalhadores que não procuraram uma vaga, mas gostariam de trabalhar. No terceiro trimestre, essa taxa ficou em 30,3% - também recorde. Na prática, 33,179 milhões de brasileiros estão sem trabalho, o equivalente à população de Angola, um salto de 20,9% sobre o terceiro trimestre de 2019.

Por isso, alguns economistas dizem que, na prática, o desemprego já está aí. O crescimento da taxa se dará apenas por uma questão metodológica.

Para reverter o quadro, seria preciso recuperar as vagas, formais e informais, perdidas na crise, mas, conforme os dados do IBGE, o terceiro trimestre ainda foi de perdas. Na passagem do primeiro trimestre para o segundo, a pandemia abateu 8,876 milhões de postos, entre formais e informais, como sinaliza a variação da população ocupada total, que tombou 9,6%. Já no terceiro trimestre, o total de ocupados ficou em 82,464 milhões, 1,1% abaixo do segundo trimestre, indicando o corte de mais 883 mil vagas.

Economistas especializados fazem contas para chegar a dados "mensalizados", que mostram criação de vagas em agosto e setembro, ainda que em escala insuficiente para recuperar as perdas, ressaltou Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Só que, com os dados de julho, isso não aparece no trimestre como um todo.

Mesmo assim, para Adriana Beringuy, gerente da Pnad Contínua, a redução no ritmo trimestral de fechamento de vagas já pode ser considerada um processo de melhora. Na passagem do segundo para o terceiro trimestre, são 870 mil trabalhadores informais a mais ocupados, indicando que a flexibilização do isolamento social permitiu que uma parte dos informais voltasse às ruas.

Sem essa alta, o número total de fechamento de vagas no terceiro trimestre seria ainda maior. A variação da população ocupada aponta para o fechamento de 788 mil postos formais ante o segundo trimestre. (Colaborou Cícero Cotrim)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As desigualdades históricas do mercado de trabalho brasileiro, agravadas em meio à pandemia, se mantiveram na passagem do segundo para o terceiro trimestre, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A diferença entre as taxas de desocupação da população que declara ter a pele preta e aquelas que dizem ter a pele branca ficou em 7,3 pontos porcentuais, praticamente a mesma discrepância registrada no segundo trimestre, quando o fosso foi recorde e ficou em 7,4 pontos. No terceiro trimestre, a taxa de desemprego ficou em 14,6%, com a seguinte desagregação por cor da pele: preta (19,1%), parda (16,5%) e branca (11,8%).

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Além do racismo, a desigualdade de gênero permanece como um problema no mercado de trabalho. A taxa de desocupação entre as mulheres ficou em 16,8% no terceiro trimestre, ante 12,8% para os homens.

Os desagregados por nível de instrução revelam que os menos escolarizados foram os mais atingidos pelo desemprego em meio à pandemia. A taxa de desocupação entre as pessoas sem instrução ou com menos de um ano de estudo foi de 12,2% no terceiro trimestre, ante os 14,6% da média.

Ainda assim, a maior taxa de desocupação no terceiro trimestre foi registrada entre as pessoas com ensino médio incompleto, com 24,3%. Para quem tem curso superior completo, a taxa de desocupação foi de apenas 7,0%.

No desagregado por faixa etária, a taxa de desocupação entre os jovens (de 18 a 24 anos) foi de 31,4%. Entre os trabalhadores na faixa de 25 a 39 anos, a taxa foi de 14,2% no terceiro trimestre. Os trabalhadores entre 40 e 59 anos de idade registraram taxa de 9,9%.

Mesmo com as políticas de governo para reter empregos e socorrer as empresas em aperto financeiro na crise da Covid-19, o País extinguiu 8,9 milhões de vagas do primeiro para o segundo trimestre, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na primeira edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) a trazer os impactos completos da pandemia no mercado de trabalho.

Mais da metade das pessoas em idade de trabalhar, ou seja, acima de 14 anos, está sem emprego. A pandemia levou a um número recorde de pessoas sem ocupação ou com jornada abaixo do desejado: falta trabalho para 32 milhões de brasileiros. Segundo economistas, o quadro ainda vai piorar. A taxa de desemprego - que subiu de 12,2% no primeiro trimestre para 13,3% no segundo trimestre - continuará crescendo.

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O extermínio de vagas é verificado na queda de 9,6% na população ocupada na passagem do primeiro para o segundo trimestre, para 83,3 milhões. Os cortes atingiram especialmente os trabalhadores informais, que tradicionalmente têm rendimentos mais baixos. De todos os que perderam o trabalho no segundo trimestre, quase 70% atuavam na informalidade.

Foi o caso de Carla Roberta da Costa Couto, de 39 anos, que desde 2016 trabalhava vendendo "quentinhas" na orla de Copacabana, na zona sul do Rio. Desde a recessão de 2014 a 2016, vários pontos da capital fluminense foram tomados por carros, com os porta-malas abertos, vendendo refeições completas em embalagens para viagem, especialmente na hora do almoço. Com a pandemia, as ruas esvaziaram, derrubando a atividade.

"Vivo (da demanda) do trabalhador mais carente, que está na rua todos os dias, fazendo obra, vendendo água na praia", afirmou Carla, que ficou quatro meses parada, fora do mercado de trabalho, até a semana passada. "Antes, vendia 80 quentinhas por dia. Agora, vendo 25", completou a trabalhadora, que mora com a mãe e a filha. A família tem vivido com a pensão recebida pela mãe de Carla e com o auxílio emergencial do governo federal.

A taxa de desemprego não subiu ainda mais porque 10,5 milhões de brasileiros optaram por abandonar a força de trabalho - como ocorreu com Carla. Conforme padrões internacionais, o IBGE só considera desempregado quem está sem uma vaga e tomou alguma atitude para conseguir trabalho. Com a pandemia, num primeiro momento, quem perdeu o emprego ficou impedido de procurar uma nova oportunidade.

Recorde

Com isso, a população inativa - que nem trabalha nem procura emprego - alcançou o recorde de 77,8 milhões de pessoas. A força de trabalho potencial, que reúne os inativos que gostariam de trabalhar, também registrou recorde, com 13,5 milhões de pessoas. Foi a primeira vez que esse contingente superou o total de desempregados, de 12,8 milhões. Parte expressiva dos que não buscaram emprego apontaram a pandemia como empecilho.

"A pessoa alega que não está procurando trabalho por causa da quarentena da covid-19, porque tem medo de pegar a doença, porque o comércio está fechado por causa da pandemia", disse Adriana Beringuy, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Não fosse a desistência de buscar trabalho, a taxa de desocupação teria escalado para 22,8% no segundo trimestre, calculou o Goldman Sachs.

"A volta das pessoas para a força de trabalho, por um lado, e a continuidade das demissões, por outro, devem continuar pressionando pela piora dessa taxa", afirmou o economista João Leal, da Rio Bravo Investimentos.

Como consequência do fechamento de vagas concentrado em ocupações que tendem a pagar menos, a renda média dos trabalhadores que permaneceram ocupados cresceu ao maior patamar da série histórica, R$ 2.500 por mês. Só que, com menos gente trabalhando, a massa de salários em circulação na economia foi desfalcada em mais de R$ 12 bilhões. (Colaboraram Gregory Prudenciano e Thaís Barcellos)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 13,3% no trimestre encerrado em junho, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego entre 13,0% e 14,0%, e muito perto da mediana, de 13,2%.

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Em igual período de 2019, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,0%. No trimestre até maio de 2020, a taxa de desocupação estava em 12,9%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.500 no trimestre encerrado em junho.

O resultado representa alta 6,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 203,519 bilhões no trimestre até junho, queda de 4,4% ante igual período do ano anterior.

No Pará, em 2019 o número médio de anos de estudos entre as mulheres continua maior que o dos homens. Enquanto homens com 15 anos ou mais costumam estudar em média oito anos e meio, as mulheres na mesma faixa etária estudam aproximadamente nove anos e meio. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O nível de instrução dos moradores do Pará também tem aumentado: em 2016, a porcentagem de pessoas com 25 anos ou mais e ensino superior completo era de 9% e em 2019 pulou para 11%. Os dados presumem que o acesso ao ensino superior tem sido cada vez maior, no entanto, não se distribuem igualmente pela população: 20% da população branca tem superior completo, em contrapartida 9% da população preta ou parda possui o mesmo nível de instrução.

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A taxa de analfabetismo diminuiu gradativamente no Estado. Entre pessoas de 15 ou mais anos de idade, no ano de 2019 a taxa caiu para 8,8%, redução significativa quando comparada ao ano de 2016, em que a taxa era de 9,2%. No entanto, entre os idosos (60 anos ou mais), o analfabetismo ainda é uma realidade comum, com taxa de 26,7%.

No que diz respeito aos Estados da Região Norte, o Pará ainda ocupa a terceira posição entre as maiores taxas de analfabetismo (8,8%), ficando abaixo apenas do Acre (11,1%) e do Tocantins (9,7%). As menores taxas de analfabetismo estão em Roraima (5%), no Amazonas (5,4%) e no Amapá (5,5%).

Ouça entrevista com a coordenadora estadual da PNDA, Ângela Gemaque, e com o doutor em educação e professor titular do Núcleo de Educação Básica da UFPA, Ronaldo Araújo.

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A taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,9% no trimestre encerrado em maio, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou perto da mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, do sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, calculada em 13%, e dentro do intervalo entre 12,3% e 14,8%.

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Em igual período de 2019, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,3%. No trimestre até abril de 2020, a taxa de desocupação estava em 12,6%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.460,00 no trimestre encerrado em maio. O resultado representa alta de 4,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 206,623 bilhões no trimestre até maio, queda de 2,8% ante igual período do ano anterior.

Metade dos brasileiros sobrevive com apenas R$ 438 mensais, ou seja, quase 105 milhões de pessoas têm menos de R$ 15 por dia para satisfazer todas as suas necessidades básicas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados são referentes à renda média real domiciliar per capita de 2019, apurada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Rendimento de todas as fontes 2019.

Os 10% mais pobres, o equivalente a 20,95 milhões de pessoas, sobreviviam com apenas R$ 112 por mês, ou R$ 3,73 por dia. Em relação a 2018, houve uma elevação de 0,9% na renda média dessa parcela da população, mas que em termos reais permanece inexpressiva: apenas R$ 1 real a mais.

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Por outro lado, no extrato mais rico, apenas 1% dos brasileiros mais abastados vivia com R$ 17.373 mensais, o que significou um aumento de renda de 2,7% para essa população que somava pouco mais de dois milhões de pessoas.

Apesar da disparidade de renda e concentração de riqueza ainda aguda, houve ligeira redução na desigualdade no País.

O Índice de Gini - indicador que mede a desigualdade numa escala de 0 a 1, sendo maior a concentração de renda quanto mais próximo de 1 for o resultado - saiu de 0,545 para 0,543 pontos na passagem de 2018 para 2019. Embora o extrato mais rico tenha registrado um ganho de renda três vezes maior que o do extrato mais pobre, houve melhora nos extratos medianos da população, justificou o IBGE.

"Acho que está relativamente estável, acompanhando a tendência do mercado de trabalho. Tem um pouco de ganho dos mais pobres, e um pouco de ganho dos rendimentos mais altos", opinou Alessandra Scalioni Brito, analista do IBGE.

O rendimento médio mensal real domiciliar per capita foi de R$ 1.406 na média do País, descendo abaixo do salário mínimo no Norte (R$ 872) e Nordeste (R$ 884), mas alcançando o dobro desse valor no Sudeste, R$ 1.720.

A massa de renda domiciliar obtida de todas as fontes totalizou R$ 294,396 bilhões em 2019, também distribuída de forma desigual. A parcela dos 10% dos brasileiros os menores rendimentos detinha 0,8% dessa riqueza, enquanto os 10% mais ricos concentravam 42,9% dela.

"Há uma concentração muito grande, com 10% dos domicílios mais ricos pegando quase metade da renda do País", observou Alessandra.

O comércio foi o setor que puxou a extinção de vagas no trimestre encerrado em março, com 628 mil demissões em relação ao trimestre terminado em dezembro de 2019. No entanto, as dispensas de trabalhadores ocorreram de forma disseminada entre as atividades pesquisadas, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na passagem do trimestre terminado em dezembro para o trimestre encerrado em março, houve demissões também nas atividades de outros serviços (-211 mil ocupados), indústria (-322 mil), alojamento e alimentação (-308 mil), transporte (-27 mil), agricultura, pecuária, produção florestal pesca e aquicultura (-68 mil), construção (-440 mil), serviços domésticos (-376 mil) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-4 mil).

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A única exceção foi o setor de informação, comunicação e atividades financeiras, com 55 mil contratações no período.

Em relação ao patamar de um ano antes, a agricultura perdeu 156 mil trabalhadores. A construção demitiu 138 mil, o comércio dispensou 161 mil. Alojamento e alimentação fechou 70 mil vagas, e serviços domésticos perderam 134 mil trabalhadores.

As contratações ocorreram na indústria (176 mil vagas a mais), informação, comunicação e atividades financeiras (+159 mil), transporte (+80 mil), outros serviços (+102 mil pessoas) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+543 mil vagas).

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