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Passado o choque inicial provocado pela pandemia de Covid-19, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2021 cresceu, mas um pouco menos do que o inicialmente estimado: a alta passou para 4,8%, ante um avanço anteriormente calculado em 5%, segundo dados revisados com base no Sistema de Contas Nacionais, divulgados nesta quarta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A estimativa anterior tinha como base as Contas Nacionais Trimestrais. Com a revisão definitiva, com base nas Contas Nacionais Anuais, o PIB somou R$ 9 trilhões em 2021. O PIB per capita foi de R$ 42.247,52.

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Sob a ótica da oferta, a variação do PIB da indústria de 2021 em relação a 2020 passou para uma alta de 5%, ante um avanço anterior estimado em 4,8%. O PIB da agropecuária registrou estabilidade (0,0%) em 2021, ante uma alta anteriormente estimada de 0,3%. A variação do PIB de serviços de 2021 passou a aumento de 4,8%, ante um avanço estimado antes de 5,2%.

Segundo o IBGE, a revisão no PIB de 2021 decorreu principalmente da incorporação de novos dados sobre as atividades de Serviços, disponibilizados pela Pesquisa Anual de Serviços (PAS). O destaque foi a revisão na atividade Transporte, armazenagem e correio, que saiu de uma alta estimada de 12,9% para um avanço de 6,5%.

O crescimento do PIB de 2021 foi decorrente de um aumento de 4,5% do valor adicionado bruto, sendo 3,4 pontos porcentuais advindos dos Serviços e 1,1 ponto porcentual da Indústria.

Pela ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 2,9% em 2021, e o consumo do governo avançou 4,2%.

"Comparando-se a participação de bens e serviços no consumo final das famílias, observa-se que, em 2021, os serviços cresceram 4,0%, enquanto os bens cresceram 1,9%. O crescimento maior dos serviços não chega a recuperar toda a queda observada em 2020 em decorrência da pandemia, quando os serviços, mais afetados, caíram 10,2% e os bens caíram 0,7%", apontou o IBGE, em nota.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) cresceu 12,9% em 2021, após ter recuado 1,7% em 2020. A taxa de investimento foi de 17,9% em 2021.

Entre os componentes da FBCF, as máquinas e equipamentos avançaram 11,1%, construção cresceu 11,9%, produtos de propriedade intelectual subiram 23,9%, e os outros ativos fixos avançara, 7,7%.

"Em 2021, o grupo Máquinas e equipamentos superou a Construção como o maior peso na Formação Bruta de Capital Fixo, e sua participação subiu de 41,5% para 43,8%. A Construção respondeu por 41,9% da FBCF, os Produtos de propriedade intelectual por 12,1% e os Outros ativos fixos, por 2,2%", apontou o IBGE.

O instituto frisou ainda que a participação da remuneração do capital no PIB atingiu em 2021 o maior patamar da série histórica.

"O PIB pela ótica da renda é medido pela soma das remunerações dos fatores de produção, ou seja, a renda gerada no período mais os impostos líquidos de subsídios sobre a produção e a importação. Em 2021, verificou-se aumento da participação no PIB do excedente operacional bruto (de 35,3% em 2020 para 37,5% em 2021) e dos impostos líquidos de subsídios sobre a produção e a importação (de 14,5% para 15,5% do PIB). Em contrapartida, houve redução nas parcelas referentes às remunerações (39,2% do PIB) e ao rendimento misto bruto (7,8%)", explicou a nota do IBGE.

Necessidade de financiamento

A necessidade de financiamento da economia brasileira foi de R$ 213,5 bilhões em 2021, aumento de 165% em relação a 2020, quando ficou em R$ 80,5 bilhões.

O setor de empresas não financeiras registrou uma necessidade de financiamento recorde de R$ 321,8 bilhões a preços correntes em 2021, a maior da série iniciada em 2000.

O resultado foi puxado por um aumento de 35,0% na Formação Bruta de Capital fixo das empresas não financeiras em 2021, que alcançou R$ 940,9 bilhões, maior valor a preços correntes da série.

Já o setor empresas financeiras teve aumento nominal na capacidade de financiamento de 2,8%, ao passar de 216,9 bilhões em 2020 para R$ 222,9 bilhões em 2021.

PIB definitivo

Como em diversos países do mundo, o IBGE divulga os primeiros resultados oficiais da atividade econômica trimestralmente, com base em dados preliminares, nas Contas Nacionais Trimestrais. Mais tarde, com base em informações mais completas, colhidas em pesquisas estruturais feitas anualmente, o instituto informa o resultado definitivo para a medição do PIB, nas Contas Nacionais Anuais. Esse resultado definitivo é divulgado com dois anos de defasagem.

Com o cálculo do PIB definitivo de 2021, o IBGE ajustará também as variações da atividade econômica, trimestre a trimestre, do início de 2022 em diante. Esses dados serão divulgados no início de dezembro, quando o órgão informará o cálculo preliminar do PIB do terceiro trimestre deste ano.

A polícia civil de Minas Gerais concluiu o inquérito sobre a queda do avião que matou a cantora Marília Mendonça e mais 4 pessoas, em novembro de 2021. Segundo a investigação, os culpados pela tragédia foram os pilotos da aeronave. As informações foram repassadas nesta quarta-feira (4), em entrevista coletiva.

Segundo o delegado Ivan Lopes, responsável pelo caso, houve negligência e imprudência dos pilotos, que não contactaram outros profissionais que antes de fazer seu primeiro pouso no aeródromo de Piedade de Caratinga, no interior de Minas Gerais, um procedimento comum entre pilotos de avião.

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Foram descartadas como causas do acidente falhas mecânicas na aeronave; possibilidade de mal súbito do piloto e do copiloto; e risco devido à existência de torres de tensão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), sendo que neste último caso ficou comprovado que não havia necessidade de sinalização em tais torres, pois se localizam fora da zona de proteção do aeródromo e das superfícies de decolagem, aproximação e aterrissagem, além de terem altura inferior a 150 metros, o que dispensa sinalização obrigatória.

“Assim, as torres não representavam risco ou efeito adverso à segurança, conforme o laudo do Cenipa”, completou Sales.

Manobra

Segundo o delegado Sávio Assis, apesar de os pilotos terem grande experiência de voo - cerca de 30 anos na condução de aeronaves - , “houve imprudência da tripulação por ter alongado a perna base, que é a perna do vento, e ter saído da zona de proteção”.

Foi explicado que a manobra considerada imprudente ou inadequada na operação da aeronave foi o alongamento da perna do vento em uma distância significativamente maior do que a esperada para o tipo de aeronave em procedimento de pousos visuais, fato também constatado no relatório do Cenipa.

O delegado regional esclareceu que a perna de vento pode ser feita dentro ou fora da área de proteção, mas, quando a manobra é realizada no perímetro estipulado, o piloto dispõe de uma cartilha com todos os obstáculos encontrados. “Caso a aeronave saia dessa área, não há obrigatoriedade e cabe ao piloto visualizar os riscos no entorno”, pontuou Ivan Sales.

Por fim, segundo o delegado Sávio Assis, houve falha na análise prospectiva durante o plano de voo por parte do piloto e do copiloto.

“Tudo leva a crer que eles não tomaram ciência das cartas aeronáuticas, que previam a linha de transmissão da Cemig, bem como não seguiram os procedimentos operacionais padrões previstos para a aeronave. Restou comprovado que era possível eles terem previsto e ter conhecimento da existência das linhas, onde ocorreu o acidente, o que levou à tipificação de homicídio culposo por parte da tripulação”, concluiu.

Os dois pilotos seriam indiciados por homicídio culposo, mas como também morreram na ocasião, o caso será arquivado com extinção da punibilidade.

Em duas décadas, o Brasil conseguiu dobrar a proporção de mulheres à frente de governos municipais. No entanto, elas chegaram a 2021 comandando apenas 12,1% das prefeituras no País. Os dados são da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) e da Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (8).

No ano passado, havia 674 gestores municipais do sexo feminino, contra 4.894 do sexo masculino. Ou seja, os homens estavam à frente de 87,9% das prefeituras entre os 5.568 municípios pesquisados (os dois municípios restantes não responderam à pesquisa).

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"Verificou-se que, durante os 20 anos que separam a primeira pesquisa desta última edição, as prefeitas passaram de 332 para 674 (6,0% para 12,1%), porém, apesar de esse número ter dobrado, ainda é muito pequena a representatividade feminina no comando do executivo municipal", ressaltou o IBGE.

Em 2001, as mulheres comandavam 6,0% das prefeituras, contra 94,0% lideradas por homens. A região Nordeste manteve no ano passado o maior porcentual de prefeitas, enquanto o Sul e Sudeste registraram as menores fatias.

Os Estados com maiores proporções de municípios comandados por prefeitas em 2021 foram: Roraima (26,7%), Rio Grande do Norte (22,8%), Maranhão (22,1%), Alagoas (21,6%) e Pará (20,1%). As menores proporções foram observadas no Espírito Santo (2,6%), Amapá (6,3%), Minas Gerais, Rio Grande do Sul (7,4%) e Mato Grosso do Sul (7,6%).

Apenas dois dos 49 municípios com mais de 500 mil habitantes tinham prefeitas no ano passado: Contagem e Juiz de Fora, ambos em Minas Gerais. Apesar do número ínfimo, houve melhora em relação à edição anterior da pesquisa sobre o tema, realizada em 2017, quando a presença feminina nesse cargo era inexistente em municípios com esse porte populacional. De 2017 para 2021, as mulheres conquistaram mais 12 prefeituras no País como um todo.

Desigualdade racial

O IBGE mostrou também desigualdade racial na representatividade dos cidadãos em âmbito municipal. A maioria dos gestores municipais informou ser de cor ou raça branca, 68,8%, enquanto os pretos ou pardos não ocupavam nem um terço das prefeituras, apenas 30,6%. Os que se declararam de raça indígena ou amarela totalizavam 0,6% dos prefeitos.

Na região Sul, 94,6% das prefeituras eram comandadas por brancos, no Sudeste, 80,3%. Os pretos e pardos eram maioria no comando de prefeituras nas regiões Norte (60,1%) e Nordeste (50,5%).

Em 2021, a idade média dos responsáveis pela gestão municipal foi de 50 anos, a maior já registrada desde 2001. Os gestores do sexo feminino tinham média de idade de 48,9 anos, e os do sexo masculino, 50,2 anos.

Quanto à escolaridade, 3.224 gestores municipais tinham curso superior completo, dos quais 15,6% possuíam especialização, mestrado ou doutorado. O resultado representa 195 gestores a mais com curso superior completo em relação a 2017, e 167 prefeitos a mais com pós-graduação.

Entre as prefeitas, 79,4% tinham pelo menos o ensino superior completo. Entre os prefeitos em atividade, apenas 54,9% tinham esse nível de escolaridade.

Em 2021, a Munic identificou que 2.315 gestores municipais foram reeleitos, sendo 2.083 deles (90,0%) do sexo masculino e 232 (10,0%) do sexo feminino.

Apenas 19 municípios brasileiros informaram não terem verificado casos confirmados clinica ou laboratorialmente de Covid-19 em 2021. Outros 5.549 (99,6% do total) reportaram registros da doença. Os dados são da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) e da Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

Houve aumento no número de cidades com registros de covid em relação a 2020, quando 5.449 municípios reportaram confirmações clínicas ou laboratoriais.

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No ano passado, houve instalação de tendas de triagem de pacientes em 3.704 municípios, 66,8% do total de cidades, ante 3.065 municípios (56,2%) com esse tipo de estrutura em 2020.

Também aumentou o número de locais com necessidade de internação de doentes na passagem de 2020 para 2021. Dos municípios com casos registrados, 99,4% (5.517 cidades) relataram necessidade de internação no ano passado, contra 93,8% (5.109) no ano anterior. Onde houve necessidade de internação de doentes, quase todos relataram ocorrência de mortes, 5.468 cidades com óbitos, 96,1% dos municípios com internações, contra uma fatia de 88,8% registrada em 2020.

"Considerando-se os municípios que informaram a necessidade de internação de pessoas que contraíram covid-19, duas questões chamam a atenção: o aumento da proporção de municipalidades onde o número de internações ultrapassou a capacidade de leitos e de unidades de tratamento intensivo (UTI) públicos ou privados conveniados ao SUS, passando de 23,6%, em 2020, para 48,1%, em 2021; e a necessidade de manutenção de pessoas, por mais de 24 horas, em unidades sem internação, passando de 31,1% para 51,9% nesse mesmo período", ressaltou o estudo do IBGE. "Houve, também, aumento da proporção de municipalidades que declararam a necessidade de encaminhamento de pacientes para outro município com vistas à realização de procedimentos na área da saúde: de 91,6%, em 2020, para 95,8%, em 2021."

A proporção de cidades com número de leitos ampliados foi de 57,5% em 2021, ante 58,2% em 2020.

Terceirização na saúde

O número de municípios e de estabelecimentos de saúde sob sua responsabilidade, administrados por terceiros, vem aumentando e se disseminando, passando de 685 em 2018 para 891 em 2021, informou o IBGE. O total de estabelecimentos terceirizados passou de 3.013 para 4.194 no período, mas o processo ainda se encontrava na região Sudeste, onde 26,0% dos municípios apresentavam esse modelo de gestão.

Em 2021, 21 Unidades da Federação afirmaram possuir estabelecimentos de saúde de responsabilidade da gestão estadual administrados por terceiros. Roraima, Tocantins, Rio Grande do Norte, Paraíba, Minas Gerais e Mato Grosso afirmaram não adotar esse modelo de gestão da saúde. O tipo de administração terceirizada mais recorrente foi o de Organizações Sociais (OS), presentes em 15 Unidades da Federação.

Saúde da Família

Praticamente todos os municípios brasileiros (99% deles) tinham estratégia de Saúde da Família em 2021. O número de equipes de Saúde da Família cresceu de 44.742 em 2018 para 47.365 em 2021, um aumento de 5,9%. No entanto, entre os municípios de mais de 500 mil habitantes houve redução de -3,2%, 289 equipes a menos no período.

O número de agentes comunitários de saúde encolheu em 3.452 agentes, queda de 1,3% no contingente desses trabalhadores.

O teste de HIV e de sífilis em gestantes estava presente em mais de 94,8% dos municípios em 2021. O teste do pezinho era realizado em 91,1% das cidades, e o Pré-natal masculino/do parceiro ainda não alcançava nem metade dos municípios (45,1%).

Em 2021, 18,7% dos pernambucanos viveram com cerca de R$ 171 por mês, o que se encaixa no parâmetro de extrema pobreza do Banco Mundial. O percentual equivale a aproximadamente 1,8 milhão de pessoas e é o segundo maior de todo o Brasil, estando atrás, apenas, do estado do Maranhão. A informação foi divulgada pelo IBGE nessa sexta-feira (2), através da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2021. 

O rendimento médio domiciliar per capita também foi o maior desde 2012. Apesar do valor ser quase cinco vezes maior que o obtido pelo grupo da extrema pobreza, o pernambucano médio sobreviveu, no ano passado, com cerca de R$ 828. No recorte por gênero, homens ganharam mais, com R$ 871 frente a R$ 807 das mulheres. Já no recorte de raça, a diferença aumentou: R$ 1.184 para brancos e R$ 676 para pretos ou pardos.  

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Além disso, 51% da população do estado, ou 4,9 milhões de pessoas, está abaixo da linha da pobreza, delimitada por rendimentos de até US$ 5,5 por dia, ou seja, R$ 495 por mês. Este percentual está atrás apenas dos estados do Maranhão e Alagoas. A pesquisa estima que, se não houvesse nenhum tipo de benefícios sociais, 25,5% dos pernambucanos viveriam na extrema pobreza e 55% da população viveria na pobreza. 

Entre os 40% de pessoas com menores rendimentos, o rendimento domiciliar médio per capita é de R$ 188, o segundo menor do país, mais uma vez, atrás apenas do Maranhão. Já os 10% da população com maiores rendimentos recebem, em média, R$ 3.943. Isso significa que o percentual de população com maiores rendimentos recebe 21 vezes mais do que o percentual de população com menores rendimentos. 

Concentração de renda 

Em 2021, Pernambuco voltou a ter a terceira maior concentração de renda do Brasil, de 0,579, atrás apenas de Roraima (0,596) e Rio Grande do Norte (0,587). O estado teve o maior indicador desde 2012, quando a pesquisa passou a usar os dados da PNAD Contínua. Já a média nacional foi de 0,544, a mesma do ano anterior. 

O Recife, por sua vez, foi a segunda capital mais desigual do país em 2021, com índice de Gini de 0,606, atrás apenas de Aracaju (0,618). Em 2020, a cidade ocupou a quarta posição e, em 2019, a capital pernambucana havia alcançado o maior índice. A Síntese de Indicadores Sociais estima que, sem benefícios de programas sociais ou governamentais, o Índice de Gini em Pernambuco e no Recife pularia para 0,627 e 0,634, respectivamente. 

Desemprego 

De acordo com a pesquisa, a taxa de desocupação em Pernambuco aumentou em 2021, chegando a 20,2%. É o terceiro maior índice do país, superado apenas pela Bahia (21,3%) e por Sergipe (20,6%). Em números absolutos, 830 mil pessoas procuraram emprego em algum momento do ano passado e não encontraram. Em 2020, o mesmo índice havia sido de 17,1%. 

No recorte por sexo, a desocupação entre as mulheres foi ainda maior, alcançando 25% no período, enquanto, para os homens, o índice era de 16,9%. Por cor ou raça, a taxa de desocupação entre os brancos foi de 18,6%. Entre os pretos e pardos, o percentual aumenta para 21,1%.  

A SIS também mostra o quanto os jovens sofreram com o desemprego no estado em 2021: a taxa de desocupação foi de 32,1% entre a população de 14 a 29 anos, contra 17% para a faixa de 30 a 49 anos e 8,7% para os trabalhadores de 50 anos ou mais. 

A expectativa de vida do brasileiro subiu de 76,8 anos para 77 anos de 2020 para 2021, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações estão na Tábua Completa de Mortalidade de 2021, publicada no Diário Oficial da União (DOU).

O aumento registrado em 2021 mantém a tendência de crescimento da taxa por anos consecutivos. Há 11 anos, em 2011, a esperança de vida do brasileiro era de 74,1 anos.

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A Tábua de Mortalidade do IBGE tem periodicidade anual e fornece estimativas da expectativa de vida às idades exatas até os 80 anos. Sua abrangência é nacional e traz resultados por sexo e idade. Os dados são usados como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.

O câncer de próstata é o mais incidente no homem (excluindo-se o câncer de pele não melanoma) e o segundo que mais mata, atrás do câncer de pulmão. Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde revelam que, de 2019 a 2021, foram mais de 47 mil óbitos em razão desse tipo de tumor. No ano passado, 16.055 homens morreram em consequência da doença, o que corresponde a cerca de 44 mortes por dia.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados 65.840 novos casos de câncer de próstata em 2022.

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Para mudar esse cenário e incentivar o cuidado com a saúde de uma forma global, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) realiza mais uma edição da campanha Novembro Azul, que este ano traz a mensagem: “Saúde também é papo de homem”.

Ao longo de novembro, o conteúdo das redes sociais do Portal da Urologia será voltado para a saúde masculina, e haverá lives com médicos de diversas especialidades.

Segundo o presidente da SBU, Alfredo Félix Canalini, o objetivo é conscientizar os homens sobre a necessidade dos cuidados com a própria saúde de forma rotineira, e não somente quando aparece algum problema.

“Além da divulgação dos hábitos para se ter uma vida saudável, também informamos que muitas doenças, na fase inicial, são totalmente assintomáticas, mas podem ser diagnosticadas e tratadas mais facilmente com exames periódicos de check-up. O câncer da próstata é o melhor exemplo disso”, disse o médico.

Em 2019, foram registradas 15.983 mortes em decorrência do câncer de próstata; em 2020, 15.841 e, em 2021, 16.055. De acordo com a diretora de Comunicação da SBU, Karin Anzolch, os números mostram um ligeiro aumento da mortalidade por câncer de próstata em 2021 comparado aos dois anos anteriores.

"Ainda não sabemos se é um fato isolado, ou se poderá ser reflexo de um aumento em decorrência da pandemia, quando já havia uma preocupação por parte da nossa Sociedade porque muitos tratamentos e acompanhamentos acabaram sendo impactados. Os próximos números devem nos ajudar a entender melhor esse cenário", afirmou a médica.

Segundo a SBU, outro indicador do Ministério da Saúde mostra o impacto da doença no país. Em 2020, foram registradas 31.888 biópsias, em 2021, 34.673, e até agosto deste ano, mais de 27 mil. A biópsia é solicitada quando o médico desconfia de que há algo errado ao analisar os exames de toque retal e dosagem de PSA.

Apesar de poder atingir qualquer homem, os principais fatores de risco da doença são: idade (é um câncer raro antes dos 40 anos e aumenta com o envelhecimento); histórico familiar de câncer de próstata em pai, irmão ou tio; homens de raça negra; obesidade.

A neoplasia de próstata em estágio inicial, quando as chances de cura chegam a 90%, não apresenta sintomas. Quando aparecem, o tumor geralmente está em uma fase mais avançada, podendo o homem ter dificuldade para urinar, micção frequente, disfunção erétil, presença de sangue na urina ou no sêmen e dores pélvicas ou ósseas.

Para o diagnóstico precoce da doença, a SBU recomenda que homens a partir de 50 anos, mesmo sem apresentar sintomas, procurem um urologista para avaliação individualizada. Aqueles que integram o grupo de risco são orientados a começar os exames mais cedo, a partir dos 45 anos.

"Essas orientações quanto à idade valem quando não houver sintomas. Se houver, a procura pelo urologista deve ser feita o mais breve possível. Vale lembrar que os sintomas não são exclusivos de câncer de próstata, nem mesmo de outras doenças da próstata, mas que, por não serem normais, sempre devem ser avaliados porque podem indicar problemas que também podem ter impacto importante na saúde do homem", afirmou Karin.

Os exames iniciais para detecção precoce do câncer de próstata compreendem a dosagem de PSA e o toque retal.

A pandemia de covid-19 acelerou nos últimos dois anos o acesso à internet no Brasil, mas 7,280 milhões de famílias permaneciam sem conexão à rede em casa em 2021. Cerca de 28,2 milhões de brasileiros de 10 anos ou mais de idade não usavam a internet, sendo 3,6 milhões deles estudantes. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - Tecnologia da Informação e Comunicação 2021, a Pnad TIC, e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os excluídos digitais representavam 15,3% da população com 10 anos ou mais de idade. Dois em cada dez apontaram motivos financeiros para a falta de acesso à internet: 14,0% disseram que o acesso à rede era caro, e outros 6,2% declararam que o equipamento eletrônico necessário era caro. Os dois motivos mais mencionados para a exclusão digital foram não saber usar a internet (42,2%) e falta de interesse em acessar a internet (27,7%).

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Entre os estudantes que não tinham internet, a maioria esmagadora frequentava a rede pública de ensino: 94,7%. Os estudantes de 10 anos ou mais que ainda eram excluídos digitais em 2021 relataram maior peso da questão financeira para o problema: 25,1% consideravam o serviço caro e 18,3% afirmaram que o equipamento necessário para o acesso era caro. As demais razões apontadas para a falta de acesso à rede foram ausência de interesse (17,5%), não saber utilizar (15,9%) e falta de disponibilidade do serviço nos locais que costumava frequentar (10,6%).

A exclusão digital era mais grave no pré-pandemia, quando havia 37 milhões de brasileiros com 10 anos ou mais de idade sem acesso à internet, 8,8 milhões de pessoas a mais que em 2021. Em 2019, 11,365 milhões de lares estavam desconectados da rede, 4,085 milhões a mais que em 2021.

No ano passado, entre os 183,9 milhões de brasileiros de 10 anos ou mais de idade, 84,7%, ou 155,7 milhões, utilizaram a internet. Entre as mulheres, 85,6% estavam conectadas, ante uma proporção de 83,7% dos homens.

Acesso pelo celular

Na população que usava a internet, o meio de acesso mais adotado foi o telefone móvel celular, mencionado por 98,8% dos conectados, seguido pela televisão (45,1%), pelo microcomputador (41,9%) e pelo tablet (9,3%).

"É a primeira vez que a televisão supera o microcomputador no acesso à internet, a primeira vez que a televisão fica em segundo lugar no acesso à internet", disse Flávia Vinhaes, analista do IBGE.

A principal finalidade da internet foi conversar por chamadas de voz ou vídeo (mencionada por 95,7% dos usuários), ultrapassando assim o envio ou recebimento de mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos (com 94,9% das menções), seguida pela opção de assistir a vídeos, inclusive programas, séries e filmes (89,1%) e enviar e receber e-mail (62,0%).

Os domicílios com internet que utilizavam a conexão discada eram apenas 0,1% do total conectado em 2021.

"Até 2019, ambos os tipos de conexão por banda larga mostraram gradual sentido de crescimento nos domicílios, ao passo que, em 2021, a banda larga móvel (3G ou 4G) se reduziu e a fixa aumentou, fazendo com que, pela primeira vez na série, a proporção de domicílios com acesso à banda larga fixa superasse a da banda larga móvel", apontou o IBGE, em nota.

Nos domicílios com internet, o porcentual com banda larga móvel passou de 81,2% em 2019 para 79,2% em 2021, enquanto a fatia com banda larga fixa aumentou de 78,0% para 83,5%. Na Região Norte, a banda larga fixa avançou de 54,7% dos domicílios conectados em 2019 para 70,5% em 2021.

No ano passado, 155,2 milhões de pessoas tinham aparelho de telefone celular no País, 84,4% da população com 10 anos ou mais. Entre os 28,7 milhões sem telefone celular, 8,9 milhões eram estudantes, sendo 91,6% deles da rede pública de ensino. O principal motivo para a ausência de telefone nesse nicho da população também foi financeiro, 40% dos estudantes do ensino público sem celular disseram que o aparelho telefônico era caro, e outros 4,7% relataram que o serviço era caro.

Televisão em casa

Durante a pandemia, aumentou o número de domicílios particulares permanentes no País, de 71,12 milhões em 2019 para 72,9 milhões em 2021, mas diminuiu a proporção deles com televisão, de 96,2% para 95,5%. O total de lares sem televisão aumentou de 2,7 milhões em 2019 para 3,2 milhões em 2021.

"O número de domicílios cresce mais rápido que o número de domicílios com televisão", explicou Vinhaes.

Na passagem de 2019 para 2021, o número de domicílios com televisão de tela fina subiu de 55,9 milhões para 61,4 milhões, enquanto o total com televisão de tubo diminuiu de 17,6 milhões para 11,0 milhões.

A proporção de lares apenas com televisão de tela fina cresceu de 74,3% em 2019 para 84,2% em 2021, e a fatia que possuía somente televisão de tubo caiu de 18,3% para 11,9%. A proporção com ambos os tipos de televisão teve redução de 7,4% para 3,9%.

Embora venha melhorando o acesso da população a aparelhos de TV mais modernos, antenas ou conversores para recebimento do serviço digital, ainda havia 1,539 milhão de famílias no ano passado sem alternativa à televisão analógica aberta, sendo 80,6% delas em área urbana, o equivalente a 1,2 milhão de domicílios.

"O processo de implantação do sinal digital para acesso aos canais de televisão aberta em substituição ao analógico, transmitido por antenas terrestres, ainda estava em andamento em 2021. Quando a transmissão do sinal analógico for inteiramente desligada, as televisões sem conversor para receber o sinal digital não terão acesso direto aos canais de televisão aberta, a não ser por meio de televisão por assinatura ou antena parabólica", lembrou o IBGE.

Em 2020, primeiro ano da pandemia de covid-19, o IBGE não coletou informações na Pnad Contínua sobre acesso à internet, televisão e posse de telefone celular. Por questões sanitárias, a coleta da pesquisa passou de presencial a remota, feita por telefone, forçando um enxugamento do questionário para que contemplasse somente os temas do núcleo básico da pesquisa, justificou o instituto. Por este motivo, a série histórica sobre as informações de televisão e internet, iniciada em 2016, foi interrompida em 2020, e as análises sobre os resultados de 2021 têm como base de comparação o ano de 2019, no pré-pandemia.

O Judiciário custou R$ 103,9 bilhões aos cofres públicos em 2021, segundo o relatório Justiça em Números, divulgado na quinta-feira, 1º, pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). As despesas caíram 5,6% em relação a 2020, aponta a pesquisa.

Os gastos com pessoal consumiram 91,5% do orçamento. O custo pelo serviço de Justiça foi de R$ 489,91 por habitante, segundo o documento.

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Fila

Os tribunais brasileiros receberam 27,7 milhões novos processos, um aumento de 10,4%. A pesquisa aponta que o Judiciário caminha para a digitalização total: 97,2% das novas ações foram formalizadas por meio eletrônico.

O relatório aponta que 26,9 milhões de processos foram baixados no ano passado, o que indica um aumento de 11,1% na produtividade do Judiciário. Cada magistrado decidiu em média 1,5 mil ações.

Ainda assim, a Justiça terminou o ano de 2021 com 77,3 milhões de processos aguardando uma solução definitiva.

Conciliação

O estudo mostra que apenas 11,9% dos processos foram solucionados pela via da conciliação - um dos gargalos do sistema de Justiça do País. Desde 2016, as audiências de conciliação e mediação são obrigatórias. Ainda assim, os índices de acordo são baixos. A Justiça que mais faz conciliação é a Trabalhista, que solucionou 21% de seus casos por meio de acordo.

A companhia área Azul registrou a maior participação no mercado doméstico de passageiros em 2021, com 22,8 milhões transportados, seguida por Latam (19,9 milhões) e Gol (18,8 milhões). É o que aponta o Anuário do Transporte Aéreo 2021 publicado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Nas decolagens domésticas, a primeira colocação também foi para a Azul, que ficou com 41,7% dos voos, enquanto Latam e Gol responderam por 26,1% e 24,4%, respectivamente, de participação no mercado.

De acordo com a Anac, todas as três companhias registraram aumento no número de passageiros transportados em comparação a 2020. Os crescimentos para Gol, Latam e Azul foram de 16%, 37% e 62%, respectivamente. O aumento no número de decolagens domésticas da Azul em 2021, ante o ano anterior, foi de 56,2%; para a Latam, a alta foi de 34,7% e, no caso da Gol, um aumento de 11,1%.

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O relatório da agência reguladora aponta também que o aumento de casos da covid-19 no início de 2021 interrompeu um processo de retomada das operações do mercado doméstico que havia começado a ocorrer a partir de junho de 2020. "Tanto o número de voos quanto de passageiros caiu bruscamente entre fevereiro e abril de 2021. A partir de maio/21 observa-se nova retomada. O mês de dezembro apresentou -11% das decolagens e -13% dos passageiros transportados em comparação a dezembro/19, antes da pandemia", destaca o documento.

Tarifa

Em relação aos preços de passagem, a Tarifa Doméstica Média subiu 19% em 2021 com relação ao ano anterior, em termos reais, enquanto o Yield Doméstico Médio (preço cobrado por quilômetro voado) aumentou 18%. Se comparado aos valores de 2019, a tarifa média real subiu 11%, enquanto o Yield caiu 3%. Entre as três principais empresas, a Azul apresentou o maior valor médio de Yield em 2021, de R$ 0,43, seguida pela Gol, com R$ 0,37 e a Latam com R$ 0,32.

Ainda de acordo com a Anac, mais de um terço (37%) dos bilhetes comercializados ao público geral em 2021 ficou abaixo de R$ 300, enquanto 10% foram vendidos a valores acima de R$ 1 mil.

A Comissão Permanente da Universidade de Pernambuco (UPE) divulgou o resultado do remanejamento extraordinário realizado pela instituição. Os estudantes que participaram do processo de ingresso por meio do Sistema Seriado de Avaliação (SSA) e do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2021 podem conferir a resolução por meio da internet, na aba "Remanejamentos Anteriores".

De acordo com a instituição, a matrícula dos aprovados poderá ser realizada nesta sexta-feira (12), das 8h às 13h.

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O Tribunal de Contas da União (TCU) aprecia nesta quarta-feira (29) as contas do presidente da República, Jair Bolsonaro, relativas ao ano de 2021. O relator do processo, ministro Aroldo Cedraz, começou a ler um resumo de seu relatório, bem como seu voto, perto das 10h30.

“Em respeito ao tempo de todos, trarei uma proposta resumida do meu relatório e voto e farei a leitura de maneira dinâmica, sem naturalmente trazer qualquer prejuízo à transparência que procuro assegurar à publicação que tenho feito, de forma antecipada, dentro dos sistemas do tribunal para dar conhecimento de meu relatório e voto”, antecipou Cedraz logo após a abertura da sessão extraordinária, explicando que já disponibilizou aos outros ministros cópia do parecer elaborado pela Secretaria de Macroavaliação Governamental (Semag/TCU).

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A análise técnica e jurídica das contras presidenciais devem ser realizadas anualmente, em até sessenta dias após o recebimento das referidas informações sobre os gastos públicos. Dentre os documentos apreciados para averiguar se as operações realizadas seguiram os princípios de contabilidade aplicados à administração pública federal estão os Demonstrativos Contábeis da União e o relatório sobre a execução orçamentária, incluindo os percentuais de investimentos obrigatórios e a execução de emendas parlamentares, entre outros aspectos.

Concluída a apreciação e emitido um parecer prévio conclusivo, que indique se os balanços apresentam adequadamente a posição financeira, orçamentária e patrimonial da União até 31 de dezembro do ano em análise, o TCU encaminha as conclusões ao Congresso Nacional, ao qual compete julgá-las.

“O parecer em questão deve ser conclusivo e indicar se as contas prestadas representam adequadamente as posições financeiras, orçamentária, contábil e patrimonial e se foram observadas as normas constitucionais, legais e regulamentares na execução dos orçamentos e das demais operações com recursos públicos federais [ao longo de 2021”, destacou Cedraz.

A Câmara dos Deputados aprovou, nessa segunda-feira (11), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 13/2021. A proposta impede a punição a gestores municipais que não aplicaram os percentuais mínimos de gastos com educação em 2020 e 2021 devido à pandemia de Covid-19. A proposta já havia passado pelo Senado e agora segue para promulgação.

A justificativa para aprovação da PEC é que a pandemia, que obrigou a suspensão de aulas e, ao mesmo tempo, o redirecionamento de verbas para a área da saúde, impediu prefeitos de investirem em educação uma porcentagem mínima prevista em lei. Por conta da suspensão de aulas presenciais, gastos com transporte escolar e merenda não foram necessários.

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Partidos de oposição se mostraram contrários à proposta. Para Glauber Braga (PSOL-RJ), um recuo no piso constitucional, mesmo justificado pela pandemia, pode abrir uma brecha para novos recuos e consequente redução de investimento na educação.

Já Tiago Mitraud (Novo-MG) defendeu a PEC. Ele acredita que os congressistas não podem definir como os gestores que estão na ponta, nos estados e municípios, devem direcionar os investimentos porque, segundo ele, esses gestores conhecem melhor a realidade e as necessidades da população.

A Constituição determina que a União aplique em educação pelo menos 18% e estados e municípios pelo menos 25% do total de receitas vindas de impostos. Se a PEC não tivesse sido aprovada no Congresso, os gestores que não aplicaram o mínimo previsto poderiam sofrer penalidades cíveis ou criminais, além de sanções administrativas. Segundo levantamento da Consultoria do Senado, apenas 280 municípios não cumpriram com a destinação mínima, o que representa 5% do total de municípios do país.

Os Correios fecharam em 2021 com um lucro recorrente de R$ 3,7 bilhões, resultado recorde para a estatal, com Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 3,1 bilhões. Os números foram divulgados nesta quinta-feira, 17, pela companhia, que está na lista de empresas do governo federal na mira da privatização.

Segundo a estatal, o lucro de R$ 3,7 bilhões supera em 101% o valor realizado em 2020. São os melhores índices registrados nos últimos 22 anos, informaram os Correios.

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"A curva ascendente apresentada nas demonstrações contábeis, em conjunto com os resultados expressivos anunciados em 2020 e 2021, reflete o êxito do projeto de recuperação financeira e de sustentabilidade econômica executados pela gestão dos Correios", afirmou a estatal.

De acordo com a companhia, a empresa também zerou déficit de R$ 600 milhões com a operadora do plano de saúde, que vinha perdurando desde 2019.

O setor de serviços faturou R$ 86 bilhões na capital paulista em 2021, mostrando um crescimento de 17,5% em relação ao faturamento do ano anterior, segundo dados da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Só em dezembro do ano passado as atividades do setor faturaram R$ 60,3 bilhões. Esse é o valor mais alto da série para o mês. Na comparação com o mesmo período de 2020, o indicador avançou 9,2%, representando um montante superior de R$ 5 bilhões.

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Para os técnicos da FecomercioSP, a expansão do setor em 2021 ocorreu em razão da recuperação do crescimento que não aconteceu em 2020.

"Apesar de alguns setores terem registrado recorde de faturamento, outros ainda não conseguiram voltar ao patamar pré-pandemia. As atividades mais impactadas são as que dependem da maior circulação de pessoas, como o turismo, o lazer e alguns segmentos da indústria, afetados pelo desabastecimento das cadeias produtivas", explicam os especialistas da FecomercioSP.

Além disso, dizem eles, como a população ainda não voltou a consumir os serviços presenciais em níveis pré-crise, é possível que o consumo desses setores ao longo deste ano siga sendo afetado negativamente. Neste contexto, há também os impactos da variante Ômicron e do surto de influenza sobre a demanda de bens e serviços, reduzindo, mais uma vez, as atividades.

Turismo se destaca

Dos 13 segmentos que compõem o indicador, apenas dois registraram queda no faturamento real, no comparativo interanual: agenciamento, corretagem e intermediação, com recuo de 1,2% e serviços bancários, financeiros e securitários, com queda de 8,9%.

Os serviços de turismo, hospedagem, eventos e assemelhados, por sua vez, se destacaram, com aumento de 78,7%, faturando R$ 370 milhões a mais do que o observado em dezembro de 2020.

Já no acumulado em 12 meses o avanço foi de 7,7%. No ano, também houve alta de 7,7%, representando, em números absolutos, um crescimento de R$ 353 milhões em relação ao faturamento de dois anos atrás.

As demais atividades que apresentaram variação positiva foram: educação, 11,2%; jurídicos, econômicos, técnico-administrativos, 16,5%; mercadologia e comunicação, 24,4%; representação 45,8%; Simples Nacional, 11,7% e outros serviços, com alta de 23,6%.

Na avaliação da FecomercioSP, o cenário ainda é de incertezas, não apenas pelo quadro pandêmico, mas também por causa da alta dos juros, da inflação elevada e das instabilidades políticas doméstica e mundial.

O Brasil registrou 56.098 estupros de mulheres ao longo de 2021, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, 7, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O número do ano passado é 3,7% maior em relação ao ano anterior e equivale a um caso a cada dez minutos no País.

Os dados foram extraídos dos boletins de ocorrência das Polícias Civis das 27 unidades da federação e mostram que durante a pandemia de covid-19 (entre março de 2020 e dezembro de 2021) houve um aumento significativo dos casos de violência sexual contra meninas e mulheres, chegando a um total de 100.398 registros.

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"Existe uma subnotificação imensa e o que conseguimos ver é a ponta do iceberg. A gente já imaginava que a pandemia faria crescer a violência contra a mulher, porque isso ocorreu em outros países, e também tem uma vasta literatura que mostra que em momentos de crise existe aumento da violência contra a mulher", explica Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Ela lembra que o isolamento social contribuiu para o crescimento dessa violência e que um grande problema é que não é possível ter noção dos números reais, porque geralmente a vítima está em confinamento com o agressor e isso torna mais complicada a denúncia. Até por isso, a especialista acredita que o número possa ser até cinco vezes maior, algo acima de meio milhão de casos de violência sexual.

"A maior parte dos estupros são em crianças e adolescentes, ou seja, até 13 anos. A pandemia confinou essas pessoas em casa e elas ficaram sem escola, então não tinha nem acesso a um profissional da educação que poderia perceber que ela estava sofrendo algum tipo de violência. Acredito que esse número de 100 mil casos pode ser cinco vezes maior", desabafa.

Como o levantamento foi feito para o Dia Internacional da Mulher, os dados não incluem estupros de pessoas do sexo masculino, incluindo meninos. Samira reforça que parte desses números se referem a crianças de até 9 anos, dando a dimensão do tamanho da violência sofrida no Brasil.

"O principal é a gente pensar no acolhimento dessas meninas e mulheres que sofreram violência. A gente sempre pensa na punição dos autores, mas também precisamos ter um atendimento multidisciplinar para essas pessoas que sofreram violência. O que o Estado fez com essas meninas e mulheres que denunciaram? Que acompanhamento está sendo ofertado? Temos casos horrorosos recentes", diz.

Com o retorno das aulas presenciais após um período longo de pandemia, os profissionais das escolas terão um papel fundamental na prevenção e na constatação de possíveis casos de violência sexual. "A escola já contribui muito, tem um papel crucial no ponto de vista da prevenção, na discussão sobre educação sexual. A gente tem estudos que mostram que boa parte desses casos é identificada por algum profissional dentro da escola", afirma.

País registra 2,4 mil feminicídios durante a pandemia

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostrou também que 2.451 mulheres foram assassinadas pela sua condição de mulher desde o início da pandemia, em março de 2020. Os dados preliminares indicam 1.319 feminicídios em 2021, com uma diminuição de 2,4% em relação ao ano anterior. Mesmo assim, os especialistas apontam que é um número bem alto e que continua exigindo atenção das autoridades.

"Os dados divulgados apontam para a urgência de implementação de políticas públicas de acolhimento, prevenção e enfrentamento à violência contra meninas e mulheres no Brasil. Apesar do leve recuo na incidência de feminicídios, os números permanecem muito elevados, assim como os registros de violência sexual", diz Samira.

Em 2021, São Paulo registrou queda de 24% nos feminicídios e isso puxou a taxa nacional para baixo segundo o levantamento. Já o Estado do Tocantins teve um aumento de 144% de casos no período. "É cedo para tirar conclusões. Precisamos desconfiar dos lugares onde a redução foi muito expressiva, pois pode ter problema de registro de informação", conclui Samira.

O desempenho da economia brasileira em 2021 foi frustrante na comparação ao de outras nações, embora tenha sido suficiente para recuperar as perdas registradas durante a pandemia, avalia Alex Agostini, economista-chefe da agência de classificação de risco Austin Rating.

Conforme divulgado na manhã desta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 4,6% em 2021, frente ao ano anterior. Com isso, o País ocupou a 21ª posição de um ranking da Austin Ratings que considera o ritmo de crescimento de 34 países que apresentaram seus resultados.

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"As expectativas para o PIB do Brasil de 2021 eram bem melhores no início do ano passado. Não é um resultado ruim, já que recupera boa parte do que foi perdido. O problema é que o Brasil, mesmo crescendo 4,6%, permanece longe de seus concorrentes diretos", diz Agostini.

De acordo com o levantamento, o crescimento médio dos 34 países analisados foi de 5,7% em 2021, acima do desempenho da economia brasileira.

A lista do PIB de 2021 foi liderada pelo Peru, com crescimento de 13,3%. Outro sul-americano em destaque foi a Colômbia, com alta de 10,7%.

Também no topo do ranking chama atenção a presença de Índia e China, integrantes ao lado do Brasil dos blocos Brics - acrônimo para Brasil, Rússia, China e Índia.

O PIB chinês cresceu 8,1% no ano passado, ritmo bastante próximo ao da Índia (alta de 8,2%), segundo o levantamento.

Histórico

Agostini explica que o Brasil aparece historicamente do meio para o fim da tabela de crescimento global. De 2012 a 2021, o ritmo médio de crescimento brasileiro foi 0,4% ao ano. No mesmo período, o mundo cresceu 3%. Mesmo países desenvolvidos cresceram mais, 1,2% ao ano no período. "Como pode um país emergente crescer tão pouco? Temos um problema político, um olhar só de curto prazo, o que explica estarmos sempre com problema fiscal. O custo disso é um problema social enorme, elevada taxa de desemprego e renda baixa. Política pública precisa ser revista", afirma.

Para o economista, o cenário para 2022 não parece promissor, com perspectiva de alta de apenas 0,3% do PIB na estimativa da Austin Ratings. O baixo crescimento é motivado por taxa de juros alta e inflação elevada, além do problema fiscal e da guerra entre Rússia e Ucrânia.

"A guerra pode afetar o agronegócio no Brasil por causa dos fertilizantes. O setor tem uma cadeia produtiva muito grande. Quando colhe soja e milho, precisa transportar para algum lugar. Caminhões, portos, aeroportos acabam afetados indiretamente", avalia Agostini.

Ranking

Em relação ao ranking de tamanho do PIB em dólares, a Austin confirma que o Brasil ficou na posição de 13ª maior economia do mundo ao fim de 2021. O Brasil chegou a ocupar a sétima posição do ranking antes da sucessão de crises.

Para o próximo ano, a expectativa é que o País recupere a 12ª posição do ranking global.

A alta de 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 colocou o Brasil na 21ª posição no ranking de 34 países da agência classificadora de risco Austin Rating, que considera o ritmo de crescimento das economias, atrás de outros países sul-americanos como Peru (13,3%) e Colômbia (10,7%).

O ranking coloca o ritmo de crescimento brasileiro semelhante ao de países desenvolvidos europeus, como Holanda e Suécia (4,8%) e Espanha (4,5%), por exemplo.

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Os EUA aparecem com crescimento de PIB de 5,7% em 2021 e a China, de 8,1%, conforme o levantamento da Austin Ratings divulgado nesta sexta-feira.

O levantamento também lista os países em função do tamanho de suas economias, em dólares. Neste caso, o Brasil aparece na 13ª posição do ranking, com PIB de US$ 1,608 trilhão, logo atrás da Austrália (US$ 1,613 trilhão).

O ranking de maior economias é liderado pelos EUA, com US$ 22,8 trilhões, seguido pela China (US$ 17,5 trilhões).

Em meio à recuperação após ser atingida em cheio pela pandemia de Covid-19 em 2020, a economia brasileira registrou em 2021 seu melhor desempenho desde 2010. A alta anual de 4,6% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi a maior desde o salto de 7,5% em 2010, informou nesta sexta-feira (4) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado do PIB de 2021 veio dentro das previsões dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que se estendiam de uma alta de 4,3% a 5,0%, e levemente acima da mediana, que era positiva em 4,5%.

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O PIB brasileiro registrou alta de 0,5% no quarto trimestre de 2021 ante o terceiro trimestre de 2021. Este resultado veio em linha com o teto das estimativas dos analistas consultados, que esperavam desde um recuo de 0,4% a alta de 0,5% confirmada pelo IBGE, com mediana positiva de 0,2%.

Na comparação com o quarto trimestre de 2020, o PIB apresentou alta de 1,6% no quarto trimestre de 2021, vindo dentro das estimativas coletadas, que variavam de uma elevação de 0,5% a 2,5%, com mediana positiva de 1,2%.

Ainda segundo o IBGE, o PIB do quarto trimestre de 2021 totalizou R$ 2,3 trilhões. No ano de 2021, o PIB somou R$ 8,7 trilhões.

Setores

Pela divisão por setor, o PIB da agropecuária subiu 5,8% no quarto trimestre de 2021 ante o terceiro trimestre de 2021. Na comparação com o quarto trimestre de 2020, o PIB da agropecuária mostrou queda de 0,8%, segundo o IBGE. No ano de 2021, o PIB da agropecuária caiu 0,2% ante 2020.

O Produto Interno Bruto da indústria caiu 1,2% no quarto trimestre de 2021 ante o terceiro trimestre. Na comparação com o quarto trimestre de 2020, o PIB da indústria mostrou queda de 1,3%. No ano de 2021, o PIB da indústria subiu 4,5% ante 2020.

Já o PIB de serviços subiu 0,5% no quarto trimestre de 2021 ante o trimestre anterior. Na comparação com o quarto trimestre de 2020, o PIB de serviços mostrou alta de 3,3%. No ano passado, o PIB de serviços subiu 4,7% ante 2020.

Outras marcas

Além do crescimento geral do PIB de 2021, diversos componentes do PIB também registraram o melhor desempenho desde 2010. Alguns deles, pelo lado da oferta, foram a indústria, cujo avanço de 4,5% no ano passado é o maior desde o salto de 10,2% de 2010, e o setor de serviços, com alta de 4,7%, a maior desde os 5,8% de 2010.

Pelo lado da demanda, o salto de 17,2% na formação bruta de capital fixo (FBCF) foi o maior desde a alta de 17,9% de 2010. O consumo das famílias, por sua vez, registrou o melhor desempenho desde 2011, quando saltou 4,8%. Ano passado, o avanço foi de 3,6%.

Revisões

O IBGE revisou o PIB do segundo trimestre de 2021 ante o primeiro trimestre de 2021, que passou de queda de 0,4% para baixa de 0,3%.

O órgão também revisou a taxa do PIB do primeiro trimestre de 2021 ante o quarto trimestre de 2020, que passou de alta de 1,3% para avanço de 1,4%.

Outra revisão foi do PIB do quarto trimestre de 2020, ante o terceiro trimestre de 2020, que passou de alta de 3,1% para avanço de 3%.

O Banco do Brasil fechou 2021 com lucro recorde, ao obter ganhos de R$ 21 bilhões, com alta de 51,4% em relação ao ano anterior. O resultado do ano passado também supera a marca histórica anterior da instituição, de R$ 17,8 bilhões, registrada em 2019. O balanço surpreendeu os analistas, ficando acima da média das previsões coletadas pelo serviço Prévias Broadcast.

O lucro líquido ajustado do Banco do Brasil no quarto trimestre de 2021 foi de R$ 5,93 bilhões. A média das estimativas das oito casas consultadas (BTG Pactual, Bank of America, Itaú BBA, Credit Suisse, Bradesco BBI, Citi, Goldman Sachs e Inter) apontava para lucro líquido de R$ 4,9 bilhões no trimestre. O resultado do BB ficou 21,1% acima dessa estimativa. O Prévias Broadcast considera que os resultados vieram em linha com a média das projeções quando são até 5% acima ou abaixo do esperado.

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Projeções

Após anunciar lucro recorde, o BB projeta número ainda maior em 2022, entre R$ 23 bilhões e R$ 26 bilhões, de acordo com estimativas divulgadas com seu balanço. Para o crédito, a previsão é de crescimento de 8% a 12%, menos dos que os 17% reportados no ano passado.

Nos empréstimos para pessoa física, a estimativa é de expansão de 10% a 14% em 2022, enquanto nas empresas o ritmo deve ser menor (3% a 7%). No agronegócios, o crescimento esperado é de 10% a 14%.

O BB projeta despesas entre R$ 13 bilhões e R$ 16 bilhões com provisões para devedores duvidosos em 2022.

As receitas com prestação de serviços devem ter expansão de 4% a 8% em 2022, após somarem R$ 29,3 bilhões no ano passado. A previsão é que as despesas administrativas cresçam em igual intervalo.

Ainda nos guidances para 2022, o BB projeta margem financeira bruta de 11% a 15% maior este ano quando comparado a 2021.

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