A atriz Gal Gadot, que interpreta a "Mulher Maravilha" nos cinemas, saiu em defesa de outra atriz israelense, reprimida pelo primeiro-ministro e atacada nas redes sociais por criticar as posições do partido no poder sobre a minoria árabe.
"Ame o próximo como a si mesmo", escreveu a atriz israelense Gal Gadot em sua conta no Instagram no domingo à noite, em apoio à compatriota, atriz e modelo Rotem Sela.
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"Não é uma questão de direita ou esquerda, judeu ou árabe, laico ou religioso", acrescentou.
"É uma questão de diálogo, de diálogo para paz e segurança e de tolerância um com o outro", concluiu, repostando a mensagem publicada por Rotem Sela.
Rotem Sela publicou um comentário furioso no sábado depois de ouvir a ministra da Cultura, Miri Regev, na televisão.
A ministra acabara de convidar os eleitores a não votar nos adversários do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu nas eleições legislativas de 9 de abril.
Ela brandiu a ameaça de uma aliança entre os concorrentes de Netanyahu e os partidos árabes para governar depois das eleições.
Tal suposição é altamente improvável, mas é um argumento comum usado por Netanyahu, Regev e seu partido, Likud (à direita).
"Quando alguém neste governo finalmente dirá às pessoas que Israel é um Estado de todos os seus cidadãos e que todas as pessoas foram criadas iguais", questionou Rotem Sela no Instagram.
"Mesmo os árabes - inacreditável, mas verdadeiro - são seres humanos, e os drusos, e também os homossexuais, bem como as lésbicas, e - que chocante - os esquerdistas", acrescentou.
Os árabes israelenses são em sua maioria descendentes de palestinos que permaneceram em suas terras após a criação do Estado de Israel em 1948. Eles representam 17,5% da população israelense.
O primeiro-ministro respondeu no domingo no Instagram com uma mensagem começando com "Cara Rotem".
"Israel não é o Estado de todos os seus cidadãos", escreveu Netanyahu, porque "de acordo com a lei fundamental sobre a nação adotada no ano passado, Israel é o Estado-nação do povo judeu - e unicamente do Povo judeu", disse ele.
Este texto tem sido amplamente criticado em Israel e no exterior, aumentando o medo entre os israelenses não-judeus de se tornarem cidadãos de segunda classe.
Gadot, que serviu por dois anos nas Forças de Defesa de Israel como instrutora de combate, ficou conhecida em todo mundo por sua participação na franquia "Velozes de Furiosos" e por ganhar o papel de Diana Prince, a Mulher Maravilha no Universo Cinematográfico da Marvel.