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O Irã confirmou nesta terça-feira a entrada em vigor das restrições às inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a suas atividades nucleares, após o fim de um prazo estabelecido por Teerã para a suspensão das sanções americanas.

"A aplicação da lei (do Parlamento) começou esta manhã", afirmou o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif.

"Oficialmente, anunciamos em 15 de fevereiro à Agência Internacional de Energia Atômica que a lei do Parlamento entraria em vigor a partir da manhã de 23 de fevereiro", completou Zarif, que, no entanto, destacou que a cooperação de Teerã com a agência nuclear da ONU prossegue.

De acordo com o texto promulgado pelo Parlamento iraniano em dezembro, o governo é obrigado a limitar certas inspeções da AIEA a instalações não nucleares, incluindo áreas militares suspeitas, caso sejam mantidas as sanções restabelecidas em 2018 pela administração anterior dos Estados Unidos, quando Donald Trump retirou unilateralmente seu país do acordo nuclear com o Irã.

Em resposta à atitude de Washington, desde 2019 Teerã abriu mão progressivamente de várias limitações que havia concordado sobre seu programa nuclear em troca de uma flexibilização das sanções.

Irã e AIEA - agência nuclear da ONU - anunciaram no domingo um acordo "temporário" para manter um controle das atividades nucleares, mas reduzido, enquanto começam as negociações diplomáticas entre as partes integrantes do acordo internacional, que forneceu um marco para o programa nuclear iraniano concluído em Viena em 2015, em uma tentativa de romper o impasse atual.

O diretor geral da AIEA, Rafael Grossi, afirmou que sua organização continua "sendo capaz de manter o nível necessário de vigilância e constatação" após as conversas com funcionários iranianos.

O porta-voz do governo iraniano, Ali Rabii, elogiou nesta terça-feira o acordo "eficaz e tranquilizador" com Grossi, que segundo ele evitaria "prejudicar as relações, a confiança mútua e a cooperação positiva entre Irã e AIEA".

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, quer levar seu país de volta ao acordo sobre o programa nuclear do Irã antes de se envolver em negociações com Teerã, defendendo a diplomacia para acalmar as tensões bilaterais.

Em entrevista ao "New York Times", o democrata disse que "será difícil", mas, se o Irã voltar a cumprir o acordo nuclear, os EUA voltarão a aderir ao pacto como ponto de partida para negociações posteriores.

"A melhor forma de alcançar certa estabilidade na região" é assumir "o programa nuclear" de Teerã, afirmou Biden em entrevista publicada nesta quarta-feira (2), na qual alertou para a ameaça de uma corrida para produzir a bomba atômica no Oriente Médio.

Em 2018, o presidente Donald Trump retirou os Estados Unidos do acordo nuclear assinado em 2015 por seu país, China, Rússia, Alemanha, França, Reino Unido e Irã para impedir que a república islâmica desenvolvesse armas nucleares.

O presidente republicano argumentou, na época, que o acordo era insuficiente para evitar comportamentos "desestabilizadores" de Teerã e voltou a impor fortes sanções econômicas ao Irã, para desgosto de seus aliados europeus, que tentam salvar o pacto. Como consequência da decisão de Trump, o Irã parou de cumprir algumas das restrições impostas às suas atividades nucleares.

Se Washington e Teerã respeitarem o acordo, "em coordenação com nossos aliados e parceiros, entraremos em negociações e acordos de acompanhamento para apertar e estender as restrições nucleares impostas ao Irã e para lidar com o programa de mísseis" iraniano, explicou Biden.

Nas novas negociações, em que o futuro presidente deseja incorporar rivais regionais do Irã, como a Arábia Saudita, também serão abordadas as atividades iranianas no Oriente Médio.

- Um novo equilíbrio de poder -

A estratégia de Biden envolve o levantamento das sanções de Trump em troca de um retorno ao texto de 2015, negociado quando ele era vice-presidente de Barack Obama.

O atual governo, que prometeu multiplicar as sanções até o fim, pediu ao novo governo que "aproveite" sua campanha de "pressão máxima" contra o Irã. A ex-embaixadora dos EUA na ONU Nikki Haley afirmou que o futuro presidente cometerá um "erro grave" caso "se jogue nos braços dos aiatolás".

O mesmo editorialista do New York Times com quem Biden conversou, Thomas Friedman, alertou na semana passada para as consequências de uma simples volta atrás em um Oriente Médio que não é mais o mesmo.

"Israel e os aliados árabes do Golfo não vão querer que os Estados Unidos abram mão de seu equilíbrio de poder favorável" apenas para conter as ambições nucleares de Teerã, sem usá-lo "para fazer o Irã se comprometer a cessar suas exportações desses mísseis" de precisão, que, para eles, são uma ameaça mais iminente, escreveu Friedman.

O assassinato do cientista nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh, em 27 de novembro, perto de Teerã, que a república islâmica atribui a Israel, foi um lembrete dos obstáculos que o líder democrata pode enfrentar.

Assim como Friedman, Alex Vatanka, do think tank americano Middle East Institute, acredita que "Biden deve tentar não desperdiçar o equilíbrio favorável de forças criado pela campanha de pressão máxima" de Trump. Mas segundo ele, "ninguém no Irã acha que Biden é um frouxo": "Todos estão esperando que ele tire o máximo de proveito da situação", pelo menos para afastar a ameaça nuclear, que considera prioritária.

O acordo de 2015 "está ferido, prejudicado, mas ainda segue", e revivê-lo "não significa sacrificar outras questões, é apenas uma hierarquização de prioridades", argumentou Naysan Rafati, da organização de prevenção de conflitos International Crisis Group.

"O presidente eleito e sua equipe parecem ter chegado à conclusão de que reforçar primeiramente os alicerces desse acordo é uma maneira melhor de abordar as outras questões do que colocar tudo na mesa ao mesmo tempo, sob o risco de não resolver nada", acrescentou.

A Coreia do Norte continua a desenvolver seu programa nuclear, de acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da Organização das Nações Unidas (ONU). Em um relatório anual publicado esta semana, apesar de um acordo alcançado em junho entre Washington e Pyongyang para a desnuclearização da Península Coreana. No documento, a AIEA aponta que a Coreia do Norte continuou a avançar em algumas de suas instalações nucleares e não mostrou sinais de fechar partes críticas de sua infraestrutura nuclear.

"A continuação e o desenvolvimento do programa nuclear da Coreia do Norte e as declarações relacionadas pelo país são motivo de graves preocupações", apontou o relatório. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse em junho que acabou com a ameaça atômica vinda da Coreia do Norte, que deixou de realizar testes de mísseis ou de bombas em meses.

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Questionado sobre o relatório, um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca referiu-se à afirmação do conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, do início deste mês de que Trump estava mantendo as portas diplomáticas abertas para o líder norte-coreano, Kim Jong-un. Bolton acrescentou, em agosto, que "vamos ter de ver o desempenho dos norte-coreanos" na questão.

Na segunda-feira, Trump disse acreditar que Kim tomou medidas adicionais para desmantelar o programa nuclear norte-coreano depois de destruir seu principal local de testes nucleares antes mesmo da cúpula entre os dois líderes em junho. No entanto, a AIEA apontou que o trabalho teve continuidade na principal usinal nuclear do país, a de Yongbyon, e possivelmente em outros lugares. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que a China está feliz por ele estar buscando um solução diplomática para a crise norte-coreana, em vez de seguir com as ameaças.

Trump falou com o presidente chinês Xi Jinping na sexta-feira, depois de ter anunciado que estava disposto a encontrar o líder norte-coreano Kim Jong Un. O presidente norte-americano escreveu em sua conta no Twitter que ele e Xi falaram sobre a decisão de aceitar o encontro e que Xi "aprecia que os EUA estão trabalhando para resolver o problema diplomaticamente, em vez de ir com a alternativa ameaçadora".

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No passado, Trump ameaçou a Coreia do Norte com "fogo e fúria como o mundo nunca sentiu".

Trump também disse que a China "continua a ser útil". Anteriormente, ele repetidamente exortou o país asiático a fazer mais para pressionar a Coreia do Norte a abandonar seu programa nuclear.

Fonte: Associated Press

A Coreia do Norte criticou duramente neste domingo o discurso do presidente Donald Trump sobre o Estado da União, feito na última quarta-feira (31), e declarou que as capacidades nucleares do país "impedem que Trump e seus lacaios se exibam na península coreana".

No discurso, Trump disse que "nenhum regime oprimiu seus próprios cidadãos de forma mais completa ou brutal do que a cruel ditadura na Coreia do Norte". "Precisamos apenas olhar o caráter depravado do regime norte-coreano para compreender a natureza da ameaça nuclear que poderia representar para a América e para nossos aliados", disse o presidente norte-americano, na última quarta-feira.

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Neste domingo, um funcionário do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte respondeu ao presidente dos EUA. "Se Trump não se livrar de sua maneira anacrônica e dogmática de pensar, isso só provocará a consequência de pôr em perigo a segurança e futuro dos Estados Unidos ", afirmou, em comentários transmitidos pela agência de notícias oficial da Coreia do Norte.

A autoridade contestou a afirmação de Trump de que os Estados Unidos "fizeram um progresso incrível e conseguiram um sucesso extraordinário" ao longo do último ano, avaliando-a como "o ápice da arrogância, arbitrariedade e autoconfiança" peculiares de Trump.

O presidente norte-americano também disse em seu discurso que os EUA estavam "fazendo uma campanha de pressão máxima" para evitar que a Coreia do Norte possa atacar os EUA com armas nucleares. O funcionário do Ministério das Relações Exteriores norte-coreano disse que "a capacidade de defesa autônoma da Coreia do Norte, com a força nuclear como sua espinha dorsal, impedirão completamente que Trump e seus lacaios se exibam na península coreana".

Na sexta-feira, Trump procurou aumentar a pressão sobre Pyongyang a respeito de seu programa nuclear, consultando aliados e destacando os abusos dos direitos humanos sofrido por desertores da Coreia do Norte. Trump recebeu cerca de meia dúzia de desertores norte-coreanos na Casa Branca. Ele expressou vontade de lidar com as crescentes tensões com Pyongyang por meio da diplomacia, mas disse que os Estados Unidos usariam força militar se necessário.

Fonte: Associated Press

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, anunciou nesta quinta-feira que entregará na próxima semana seu relatório sobre a possível dimensão militar (PMD) passada do programa nuclear iraniano, ao menos até 2003.

A agência examinará o documento no dia 15 de dezembro, seguindo o mapa do caminho adotado julho passado, em Viena, em acordo entre Teerã e as grandes potências com o intuito de resolver mais de 13 anos de conflito envolvendo o programa nuclear iraniano.

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"Na semana que vem, pretendo apresentar minhas conclusões finais sobre todas as questões passadas e presentes que seguem pendentes", declarou Amano, referindo-se à PMD, em comunicado publicado na segunda-feira durante uma reunião da AIEA em Viena.

Teerã sempre negou as acusações sobre a suposta finalidade militar de seu programa nuclear, afirmando que essas suspeitas estão baseadas em documentos falsos.

Irã e os países do grupo 5+1 (Estados Unidos, China, Rússia, Grã-Bretanha, França e Alemanha) chegaram, no dia 14 de julho em Viena, a um acordo histórico para garantir o caráter pacífico do programa nuclear iraniano em troca do levantamento das sanções.

A AIEA entregará, nas próximas semanas, outro informe sobre como o Irã aplica esse acordo.

As negociações entre Irã e seis potências sobre o programa nuclear iraniano ainda não chegaram a ponto de um acordo, disse uma autoridade iraniana comentando que as conversas ainda podem se arrastar por dias. Entretanto, há rumores de um avanço rápido nas negociações. A mídia iraniana informa que o presidente Hasan Rouhani poderia fazer um pronunciamento na noite de hoje.

Há pouco, foi postado na conta oficial em inglês do Twitter de Rouhani o anúncio de um acordo: "#IranDeal é a vitória da diplomacia e do respeito mútuo sobre o paradigma ultrapassado de exclusão e coerção. E este é um bom começo." Entretanto, o tweet foi apagado e substituído pela mensagem: "Se #IranDeal, vitória da diplomacia e respeito mútuo sobre o paradigma ultrapassado de exclusão e coerção. E este é um bom começo."

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O ministro de Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, apareceu em sua varanda do hotel em Viena e falou aos repórteres que estava com sono e cansado do trabalho. Questionado se um acordo poderia ser alcançado nesta noite, ele voltou a cabeça para trás e olhou para o céu - um gesto que aparentemente sinaliza não no Irã.

Ao longo do fim de semana, autoridades europeias sugeriram que hoje seria o dia da decisão nas negociações, com ambos os lados afirmando que estavam ajustando os detalhes finais. Com o atual prazo se esgotando nesta noite, Zarif disse mais cedo que não queria uma extensão da diplomacia, mas que "nós podemos continuar o tempo quer for necessário".

Diplomatas informaram que não há planos imediatos dos ministros europeus de deixar Viena e que as conversas poderiam continuar durante a noite. A Casa Branca confirmou que o acordo interino poderia ser prorrogado, mas não disse por quanto tempo. Fonte: Dow Jones Newswires.

Pressionados a dispor de toneladas de urânio enriquecido diante da aproximação de um acordo, os negociadores do Irã para a questão nuclear se concentram em um plano apoiado pelos Estados Unidos que visa enviar o material para outro país para ser vendido como combustível de reator, disseram diplomatas à Associated Press.

O Irã diz não ter armas nucleares, mas possui mais de 8 toneladas de urânio enriquecido que poderia ser transformado no núcleo de uma dúzia ou mais bombas atômicas se o material for transformado ao nível de armas.

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A opção de exportação e venda já foi levantada antes, e os diplomatas enfatizaram que os lados não chegaram a acordo sobre essa questão, na busca do que fazer com o estoque de urânio pouco enriquecido. Mas os negociadores têm pouco tempo para tomar uma decisão sobre o assunto, diante do fim do prazo das negociações nesta terça-feira.

Autoridades iranianas publicamente rejeitaram, nas negociações preliminares, enviar para fora o material, de modo que o renovado interesse de Teerã é significativo.

O objetivo das conversações envolvendo EUA, Grã-Bretanha, China, França, Alemanha e Rússia é um acordo abrangente que poderia minar a capacidade do Irã de produzir armas nucleares em troca de alívio nas sanções econômicas impostas ao país.

Outras opções discutidas consideram alterar o urânio enriquecido de forma que não possa ser usado para armas ou enviá-lo ao exterior para armazenagem, provavelmente na Rússia.

Um dos diplomatas disse que a Rússia é peça-chave, com Moscou podendo converter o material pouco enriquecido e o Irã teria uma larga fatia dos lucros das vendas. Fonte: Associated Press

A próxima rodada de negociações sobre a questão nuclear entre o Irã e as seis potências mundiais irá acontecer na próxima semana, em Viena, de acordo com diplomatas. A reunião irá começar na terça-feira e deve terminar na sexta-feira seguinte.

Dois diplomatas disseram que as negociações serão realizadas entre os diretores políticos, o mais alto nível depois da reunião dos ministros de Relações Exteriores.

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Os Estados Unidos e demais países do P5+1 (China, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha) querem conter o desenvolvimento de tecnologia nuclear pelo Irã que, por sua vez, deseja o levantamento das sanções econômicas contra o país. As seis potências esperam chegar a um acordo até 30 de junho.

Os diplomatas, que estão familiarizados com as negociações, exigiram anonimato, pois não estão autorizados a dar informações. Fonte: Associated Press

Os EUA e seus parceiros europeus estão trabalhando para conquistar o apoio da Rússia sobre um mecanismo que permitiria suspender as sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas contra o Irã e colocá-las rapidamente de volta em vigor se o país for pego descumprindo um acordo nuclear, afirmaram funcionários norte-americanos, europeus e russos neste domingo.

A questão, que está em discussão nos últimos dias dentro das negociações do grupo dos seis poderes com o Irã sobre seu programa nuclear, está complicando os esforços para cumprir o prazo final para definição dos detalhes políticos de um acordo.

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Diplomatas disseram que as preocupações da Rússia sobre um possível enfraquecimento dos direitos de veto do Conselho de Segurança da ONU estão reduzindo a flexibilidade do grupo de seis potências para resolver um dos principais desacordos finais com o Irã: quando e em quais circunstâncias as sanções da ONU contra o Irã serão suspensas.

O cabo de guerra em torno do processo de retirar as sanções sublinha um fator que tem tornado as negociações nucleares tão complexas. Além das diferenças entre as seis potências e o Irã, há interesses contrastantes e sensibilidades políticas no seio do grupo que podem limitar as soluções.

O ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, chegou a Lausanne, na Suíça, hoje, onde o grupo está reunido. Ele se encontrou com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, nesta tarde.

As autoridades dos EUA disseram, mais cedo, que as negociações nucleares entre o Irã e os seis poderes podem continuar até o prazo final, na terça-feira, à medida que os dois lados tentam fechar um acordo sobre os principais detalhes da proposta final. O acordo final deverá entrar em vigor no dia 30 de junho.

Os funcionários disseram que as conversações fizeram progressos significativos, mas ressaltaram que algumas diferenças centrais ainda permanecem, como o ritmo de alívio das sanções, nomeadamente das medidas do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e quais atividades nucleares o Irã poderá realizar nos últimos anos do que parece provável que seja um acordo de 15 anos. Isso inclui se o Teerã poderá executar uma pesquisa mais ampla para desenvolver infraestrutura nuclear mais sofisticada. Fonte: Dow Jones Newswires.

A agência nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) declarou nesta sexta-feira que suas tentativas de investigar alegações de que o Irã teria atuado na fabricação de armas nucleares chegaram a um impasse.

A agência da ONU analisou informações relativas a supostos experimentos com detonadores que podem ser utilizados para a ativação de armas nucleares, explosivos utilizados em detonações nucleares, dentre outros objetos.

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"O Irã não provê explicações que permitam à agência esclarecer essas práticas", afirma o relatório sobre o caso.

A investigação da ONU é conduzida desde fevereiro, quando Teerã concordou em realizá-la, em uma decisão que foi vista pela comunidade internacional como uma nova disposição diplomática que poderia reduzir as tensões sobre o programa nuclear.

A declaração da agência nesta sexta-feira, no entanto, é importante para reconhecer a que pé estão as negociações dos Estados Unidos e outros países com Teerã a respeito do programa nuclear. As nações têm até o dia 24 deste mês para firmarem um acordo sobre a questão, mas o processo diplomático tem prosseguido a passos lentos.

Caso o prazo seja descumprido, será ainda mais difícil que um acerto ocorra, já que parlamentares norte-americanos críticos à iniciativa ganharão força, bem como cidadãos iranianos contrários a uma aproximação com os Estados Unidos. Fonte: Associated Press.

O presidente do Irã, Hassan Rouhani, afirmou nesta segunda-feira (13) que Teerã e as potencias mundiais podem chegar a um acordo final sobre o programa nuclear iraniano até o prazo de 24 de novembro.

"Acreditamos que um consenso final sobre a questão é possível nos 40 dias restantes (do prazo limite)", afirmou Rouhani. Ele acrescentou que o Irã tem "vontade política" de chegar a uma acordo, ainda que persistam diferenças significativas sobre detalhes nas negociações. O discurso de Rouhani foi transmitido pela rede de televisão estatal iraniana.

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De acordo com o presidente do Irã, grandes companhias estão esperando um acordo que retire as sanções e permitam novas oportunidades de negócios no país.

O Irã, a Alemanha e os cincos membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) vão se reunir nesta terça-feira em Viena para discutir o assunto. O acordo deve definir medidas que evitem que o Irã produza armas nucleares em troca da retirada de sanções econômicas. O Irã nega que vá produzir armas atômicas e insiste que o programa nuclear tem finalidades pacíficas apenas, como geração de energia. Fonte: Associated Press.

A União Europeia (UE) e o Irã vão se reunir na próxima segunda-feira (1º) em Bruxelas, na Bélgica, para mais uma rodada de negociações envolvendo o polêmico programa nuclear iraniano, informou nesta segunda-feira (25) a própria União Europeia.

As conversas serão conduzidas pela chefe de política externa da UE, Catharine Ashton, e pelo ministro de Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif. Havia a expectativa de que um acordo fosse selado em julho, mas em uma rodada no mês passado, em Viena, na Áustria, ficou decidido pela extensão do prazo para até 24 de novembro.

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"Esse será um importante encontro, a partir do qual poderemos estar mais preparados para uma próxima e grande rodada de negociações", disse uma porta-voz de Catharine Ashton. A chefe de política externa da UE tem liderado as conversas em nome de seis grandes potências, com o objetivo de responder às preocupações da comunidade internacional em torno da ameaça que pode representar para o mundo o programa nuclear iraniano. Além da reunião em Bruxelas, um outro encontro acontecerá em Nova York, no próximo dia 16 de setembro, quando começa a próxima edição da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Os países do Ocidente buscam um compromisso do Irã em não desenvolver armas nucleares. Na última rodada, o país do Oriente Médio concordou com novas medidas para conter seu programa, pedindo em troca a suspensão de algumas sanções internacionais, em especial dos Estados Unidos.

Os norte-americanos afirmaram que poderiam dar aos iranianos acesso a US$ 3 bilhões em receitas exportações de petróleo, pelos próximos quatro meses. Em contrapartida, o Irã aceitou acelerar a conversão de 20% do seu urânio em combustíveis para seu reator de pesquisa. A medida torna bem mais difícil usar o urânio convertido em armas nucleares. Fonte: Dow Jones Newswires.

A chefe de política externa da União Europeia (UE), Catherine Ashton, deve continuar liderando o grupo de seis países que negocia com o Irã sobre o seu programa nuclear até o fim de novembro, informou um diplomata sênior neste sábado. Na sexta-feira, o Irã e as seis potências mundiais decidiram prorrogar o prazo para as negociações de 20 de julho para 24 de novembro.

Catherine Ashton deve se retirar do cargo de chefe de política externa da UE no fim de outubro. Contudo, o diplomata revelou que ela continuará envolvida nas negociações com o Irã. "O claro entendimento entre os países é de que ela concluirá seu trabalho", disse. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou haver "lacunas muito significativas" nas negociações nucleares com o Irã. Kerry chegou neste domingo à capital austríaca para participar de reuniões sobre o tema.

A uma semana do prazo de 20 de julho para concluir um acordo nuclear final, Kerry se reúne com os ministros das Relações Exteriores da Alemanha e da França para tentar dar um novo ímpeto para as negociações, que têm progredido lentamente nas últimas semanas. O ministro do Exterior britânico, William Hague, também é esperado para o encontro. Kerry e os outros ministros devem se reunir mais tarde com o ministro do Exterior iraniano Javad Zarif.

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"Obviamente, nós temos ainda algumas lacunas muito significativas. Precisamos ver se poderemos alcançar algum progresso e eu espero que tenhamos uma série de diálogos e reuniões importantes hoje", Kerry disse a repórteres assim que chegou a Viena. "(A discussão) é vital para se ter certeza de que o Irã não vai desenvolver uma arma nuclear, que o seu programa é pacífico."

O chanceler francês, Laurent Fabius, disse que alguns dos ministros também vão discutir o conflito em Gaza, atendendo a um pedido seu de cooperação mútua para se chegar a acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. "Há muitas vítimas em Gaza, bombas estão sendo atiradas em Israel, nesta escalada de violência absolutamente desastrosa. A França exige o retorno do cessar-fogo de 2012", disse Fabius.

No entanto, o foco das discussões permanecerá sobre as negociações nucleares com o Irã. Se não houver progresso nos próximos dias, Washington disse que pode não seguir mais com a linha diplomática, um movimento que poderia aumentar as tensões em torno do programa nuclear do país persa.

O Irã vem tratando de seu programa nuclear com os EUA, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha. Os ministros das Relações Exteriores russo e chinês não puderam participar das conversas neste domingo. O objetivo das negociações é gradualmente as potências levantarem sanções em troca de Teerã apresentar garantias claras de que não produzirá armas nucleares.

Um oficial sênior dos EUA disse, sábado, em Viena, que qualquer acordo final desenhado precisaria assegurar que as futuras atividades nucleares do Irã sejam muito limitadas. "Por algum tempo, eles vão ter que ter um programa muito limitado, que terá inspeções, verificação, monitoramento e uma série de restrições sobre o que eles podem fazer", disse o oficial.

Já as autoridades iranianas vêm pressionando por um acordo que limite as atividades do país por apenas alguns anos. No início da semana, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse que o país vai precisar de um programa de enriquecimento de urânio significativamente maior, sem contudo precisar quando. Fonte: Dow Jones Newswires.

O ministro das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, disse neste sábado que as negociações entre os poderes mundiais e o Irã sobre o programa nuclear iraniano têm sido "encorajadoras".

Os comentários foram feitos antes de uma nova rodada de negociações que serão realizadas em junho entre Irã e o grupo P5+1, que reúne Grã-Bretanha, China, França, Rússia, Estados Unidos e Alemanha.

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"Independentemente da situação geral que torna a cooperação entre os EUA e a Rússia difícil em algumas áreas, no momento, as negociações sobre a questão iraniana, certamente avançaram", disse o ministro. "Nas últimas semanas e meses as negociações foram tão positivas que acreditamos na possibilidade de chegar a um acordo", acrescentou, depois de conversar com o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, o xeque Mohammed bin Zayed al-Nahyan. Fonte: Dow Jones Newswires.

Conservadores linha-dura no Irã se reuniram neste sábado (3) em frente à ex-embaixada dos Estados Unidos em Teerã para protestar contra o recente acordo do país com as potências mundiais sobre o controverso programa nuclear.

Eles carregavam faixas acusando o moderado presidente, Hassan Rouhani, e a equipe de negociadores de "desistir do direito do Irã" em troca de pouca coisa. Rouhani tem sido alvo de críticas por parte dos conservadores por ter fechado em novembro um acordo, ao qual muitos se referem como "cálice de veneno".

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O pacto firmado permitiu a retirada de algumas sanções impostas ao Irã em troca da restrição das operações de enriquecimento de urânio e da autorização de supervisão internacional. As potências mundiais e o Irã atualmente negociam os termos de um acordo final sobre o assunto.

As nações do Ocidente temem que as atividades nucleares no Irã possam permitir ao país construir bombas atômicas, mas o país alega que o programa tem propósito pacífico. Fonte: Associated Press.

O governo israelense enviará nos próximos dias uma delegação a Washington para discutir com o governo norte-americano o acordo em torno do futuro do programa nuclear iraniano. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

Depois de conversar com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, Netanyahu disse que os dois concordaram com o envio de uma delegação chefiada por Yossi Cohen, conselheiro de segurança nacional de Israel, para conversar com autoridades norte-americanas.

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Israel tem criticado duramente a abertura que permitiu o acordo entre o Irã e o grupo de potências formado por Alemanha, China, EUA, França, Reino Unido e Rússia. Na avaliação de Tel-Aviv, as potências diminuíram a pressão sobre o Irã sem exigirem "nada significativo" em troca. Fonte: Associated Press.

O primeiro esboço de um acordo inicial que está sendo discutido em Genebra sobre o programa nuclear do Irã foi insatisfatório, afirmou o ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, neste sábado. Contudo, um acordo ainda é possível. O Irã está discutindo com potências mundiais sobre limitar seu programa nuclear em troca de uma amenização das sanções internacionais contra o país.

"Nós queremos um acordo, mas... ainda há grandes questões que não foram resolvidas", afirmou Fabius em uma entrevista à emissora de rádio France Inter.

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A França não aceita o esboço por causa de omissões, afirmou Fabius. Entre elas, o ministro citou o funcionamento de um reator em Arak, que pode ser capaz de produzir plutônio para armas até o próximo ano, e o que poderá ser feito com os estoques existentes de urânio enriquecido do Irã. Renovar as sanções deve fazer parte do acordo, acrescentou.

Ministros de Relações Exteriores da França, Reino Unido e Alemanha, além dos secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e a chefe de assuntos exteriores da União Europeia, Catherine Ashton, estão reunidos com o ministro de Relações Exteriores iraniano, Javad Zarif, em Genebra neste sábado. O ministro russo Sergei Lavrov também deve participar do encontro. Fonte: Dow Jones Newswires.

As negociações entre o Irã e seis grandes potencias mundiais sobre as atividades nucleares de Teerã foram retomadas nesta terça-feira. Espera-se que o Irã delineie novas propostas para limitar seu programa em uma tentativa de amenizar as duras sanções contra o regime.

O Irã mantém as negociações nucleares com os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos - mais a Alemanha. As negociações, que devem continuar nesta quarta-feira, dizem respeito à primeira rodada completa de negociações desde a eleição do presidente iraniano, Hasan Rouhani, em junho. As últimas negociações formais ocorreram no Casaquistão, em abril.

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No mês passado, Rouhani, considerado como um político moderado, comprometeu-se a fornecer uma transparência maior sobre o programa nuclear, mas insistiu que o Ocidente deve aceitar o direito do Irã de enriquecer urânio. O Irã insiste que seu programa nuclear é para fins civis. Os EUA e seus aliados ocidentais temem que Teerã está tentando desenvolver armas nucleares.

Nesta terça-feira, o ministro de Relações Exteriores iraniano, Javad Zarif, deverá delinear um roteiro de propostas iranianas para reduzir suas atividades nucleares, disseram diplomatas ocidentais. O governo do Irã espera convencer os EUA e a União Europeia a suspender sanções comerciais, bancárias e de energia que atingiram a economia do país.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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