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Buenos Aires – As Ilhas Malvinas (Falkland, para os ingleses) se preparam para um referendo que começa neste domingo (10). Durante dois dias, pouco mais 1,6 mil eleitores vão dizer se querem que o pequeno arquipélago no Atlântico Sul mantenha o status de território ultramar britânico. A votação aumentou a tensão entre os governos britânico e argentino, que reivindicam a soberania do arquipélago.

O Reino Unido diz que cabe aos moradores decidirem seu futuro, mas a Argentina afirma que o referendo não passa de um golpe publicitário. “As Malvinas são um território colonizado pelos britânicos, que instalaram nas ilhas uma população britânica”, explicou o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado argentino, Daniel Filmus. “Agora os britânicos vão perguntar aos britânicos se querem ser cidadãos britânicos. Todo mundo já sabe o que vão responder. É uma provocação.”

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Os argentinos acusam os britânicos de terem tomado deles as ilhas em 1833 e de descumprirem as resoluções das Nações Unidas para negociar a soberania do arquipélago, que fica a menos de 500 quilômetros de distância da costa argentina e a 12 mil quilômetros de Londres. O ex-ditador argentino Leopoldo Galtieri tentou resolver o impasse pela força, enviando tropas ao arquipélago em 1982.

O resultado foi uma guerra com o Reino Unido que terminou em derrota para os militares argentinos: o fracasso militar contribuiu para a queda da ditadura em 1983. Mas mesmo na democracia, a Argentina continua reivindicando a soberania das Malvinas. E, apesar das resoluções das Nações Unidas, o Reino Unido diz que não vai negociar.

A tensão entre os dois países aumentou no ano passado. O trigésimo aniversário da guerra coincidiu com a descoberta de petróleo nas águas que rodeiam as ilhas. Desde o fim do conflito armado, o arquipélago enriqueceu: a presença militar britânica permitiu aos habitantes desenvolverem a pesca, porque contavam com navios de guerra para protegê-los de embarcações piratas. Investimentos em infraestrutura deram lugar ao turismo.

Hoje os 2,5 mil residentes das ilhas têm uma renda per capital anual de US$ 32 mil – três vezes maior que a argentina. “Vai ser um referendo sem surpresas. Não consigo pensar em uma única pessoa que prefira ser argentino que britânico”, disse à Agência Brasil, Arlette Betts, proprietária de uma pensão nas Malvinas. Ainda assim, as ilhas nunca estiveram tão cheias como nos últimos tempos. “Não temos mais quartos para alugar, tamanha a quantidade de jornalistas e observadores que estão vindo para ca para acompanhar o referendo”, acrescentou Arlette.

Os resultados da votação serão divulgados na madrugada de terça-feira (12), de acordo com o horário oficial de Brasília. Mas o referendo é apenas mais um capítulo de um debate que dura dois séculos. Nas Nações Unidas, as Malvinas (ou Falkland) ainda são um território em disputa.

O governo britânico se declarou nesta sexta-feira (1°) "decepcionado" com a recusa da Argentina de aceitar a presença de uma delegação de funcionários das Ilhas Malvinas durante uma reunião ministerial bilateral prevista para a próxima semana em Londres.

O chefe da diplomacia britânica, William Hague, convidou o colega argentino Héctor Timerman, que deve viajar a Londres na próxima semana, a celebrar uma reunião com autoridades deste arquipélago do Atlântico Sul, cenário de uma guerra entre os dois países em 1982.

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Mas Timerman rejeitou a presença de "uma terceira parte", alegando que se trata de "um conflito de soberania", e considerou que a proposta representa uma negativa a uma reunião bilateral que ele havia solicitado.

"Estamos decepcionados que a reunião tenha sido cancelada", disse um porta-voz do Foreing Office.

"Estamos abertos a discutir assuntos bilaterais e queremos desenvolver uma relação construtiva com a Argentina", completou.

Os quase 3.000 habitantes das Malvinas (Falkland, para os ingleses) participarão em um referendo nos próximos 10 e 11 de março para decidir se desejam continuar como Território de Ultramar do Reino Unido, uma consulta rejeitada pela Argentina, que considera os moradores como uma "população implantada".

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, promete realizar um referendo sobre a permanência do Reino Unido como membro da União Europeia dentro de dois anos e meio da próxima eleição geral, prevista para 2015. Em extratos de seu discurso sobre o bloco de 27 países, Cameron irá dizer que, se reeleito em 2015, um governo conservador renegociará a relação do Reino Unido com a UE e, em seguida, realizará um referendo na primeira metade de seu mandato parlamentar de cinco anos - isso quer dizer que o referendo poderá sair somente no final de 2017.

Em seu discurso ansiosamente aguardado, Cameron vai dizer que acredita "profundamente" que o interesse nacional do Reino Unido será melhor em uma UE flexível, adaptável e aberta, e que uma UE assim seria melhor com a permanência do Reino Unido. Vai dizer ainda que é hora de o povo britânico ter a palavra sobre o assunto e resolver a questão europeia na política britânica.

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O discurso - que alguns dizem pode vir a ser um dos mais importantes do mandato do premiê - poderá inquietar líderes empresariais, autoridades da Europa e dos EUA e até mesmo ministros do governo de coalizão de Cameron. Todos foram avisados nos últimos dias sobre os riscos para a economia britânica de qualquer esforço para renegociar a relação do Reino Unido com a UE e do referendo sobre a adesão à UE.

No entanto, um referendo dependerá de os conservadores viraram a corrida eleitoral. Pesquisa de intenções de voto do YouGov, feita nos dias 20 e 21 de janeiro, coloca os conservadores com 33% da preferência do eleitorado, atrás do Partido Trabalhista, de centro-esquerda, com 42%. O centrista Democrata Liberal, que faz coalizão com os conservadores, tem 10%.

Os extratos do discurso não fazem referências às áreas de relacionamento que um governo conservador do Reino Unido tentaria renegociar com a UE. Parlamentares do partido de Cameron sugeriram uma série de temas que eles gostariam de debater, como emprego, criminalidade e justiça. As informações são da Dow Jones.

O líder do principal partido da oposição no Reino Unido disse neste domingo que seria "incrivelmente perigoso" se comprometer com um referendo para decidir se o país deve ou permanecer na União Europeia (UE).

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, fará no fim deste mês um discurso decisivo, no qual definirá os seus planos para uma revisão do Reino Unido com a UE. Ele tem sido pressionado pelos parlamentares do próprio Partido Conservador a fazer um referendo sobre a adesão ao bloco econômico em algum momento depois da próxima eleição.

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Em entrevista à BBC, o líder do Partido Trabalhista, Ed Miliband, afirmou que se comprometer com um referendo antes de saber o resultado das negociações com a UE criaria uma incerteza que poderia prejudicar ainda mais as perspectivas econômicas do Reino Unido. "O primeiro-ministro está nos guiando para porta de saída", disse ele.

Miliband pode muito bem se tornar premiê após as eleições de 2015, com a maioria das pesquisas de opinião dando ao seu partido uma liderança de dois dígitos sobre os conservadores.

Ele acusou Cameron de arriscar um confronto com a Europa por motivos particulares. O Partido da Independência do Reino Unido (UKIP, na sigla em inglês), que é hostil à UE, atrai crescente suporte nas pesquisas de opinião, especialmente de pessoas que votaram no Partido Conservador nas eleições de 2010. "Ele está preocupado com a ameaça do UKIP, preocupado com o próprio partido", continuou Miliband.

O desejo do governo britânico de redesenhar a relação com a UE gera preocupações entre os aliados de que o Reino Unido pode eventualmente se retirar do bloco. Tais temores se intensificaram com a publicação na sexta-feira de uma entrevista com o ministro de Finanças, George Osborne, na qual ele parece lançar um ultimato, reforçando que a UE deve mudar para o Reino Unido continue como membro no futuro.

"A população britânica está muito desapontada com a UE e o povo tem a sensação de que muitas decisões estão sendo tomadas muito longe de Bruxelas", disse Osbourne ao jornal alemão Die Welt. "Nossos cidadãos perguntam se a Europa pode realmente resolver os problemas mais urgentes, criar empregos e prosperidade."

Na semana passada, Philip Gordon, assistente da Secretaria de Assuntos da Europa e Eurásia do Departamento de Estado, disse em visita a Londres que os EUA valorizam a "forte voz britânica" na UE. "Isso é do interesse da América", observou. Olli Rehn, autoridade econômica sênior da UE, também se juntou ao coro de vozes contra a saída dos britânicos do bloco econômico. Rehn afirmou que seria melhor para o Reino Unido estar envolvido na tomada de decisões da União Europeia no mais alto nível.

No entanto, uma pesquisa de opinião divulgada no sábado mostrou que apenas 33% dos 2.059 britânicos entrevistados no fim de dezembro votariam a favor da retirada da UE, menos que os 37% observados no levantamento de outubro de 2011. O porcentual de pessoas contra a medida subiu de 37% para 42%, e o de indecisos ficou em 25%. As informações são da Dow Jones.

Os egípcios aprovaram a nova Constituição do país em um referendo que terminou no sábado, informou o website do Partido Liberdade e Justiça, o braço político do grupo Irmandade Muçulmana. De acordo com os islamitas, 64% dos eleitores votaram favoravelmente à nova Constituição. A oposição, por sua vez, admitiu a derrota nas urnas, mas denunciou "fraudes", exigiu uma investigação e prometeu continuar combatendo a nova Constituição, o que deve prolongar o impasse político no Egito.

Os números divulgados pela Irmandade Muçulmana são preliminares. O resultado só deve ser conhecido amanhã. Se confirmada a vitória do "sim" no referendo sobre a Constituição, o resultado tende a fortalecer a posição do presidente Mohammed Morsi, eleito em junho. Morsi é ligado à Irmandade Muçulmana, agremiação que impulsionou a nova Carta magna.

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Apesar da aprovação da Constituição por quase dois terços do eleitorado, a população ainda se mostra receosa quanto ao futuro do país. Eleitores a favor e contrários à nova Constituição reclamam do processo de elaboração e votação, feito às pressas em meio a uma queda de braço entre os poderes Executivo e Judiciário.

Em vez de unidade, o nascimento da chamada "segunda república" no Egito é marcado por suspeitas, discriminação e violência. A oposição acusa o governo de, com a nova Constituição, tentar impor a lei islâmica no Egito. Também acusa os muçulmanos de tentarem "monopolizar o poder".

"Eu não posso votar por uma Constituição enquanto o Tribunal Constitucional está sitiado e o Judiciário está paralisado", critica Mohamed Said, um advogado de 34 anos que estava na fila de votação ontem no distrito rural de Fayoum, ao sul do Cairo. "Os artigos da Constituição são bons, no geral, mas existem cláusulas dúbias, que são flexíveis e podem ser alteradas dependendo da interpretação", acrescenta.

A votação do sábado encerrou a segunda etapa do referendo, que começou na semana passada, quando cerca de 56% dos eleitores se mostraram favoráveis à nova Constituição. Mas, na ocasião, apenas 32% dos eleitores que poderiam participar do referendo foram às urnas. Nesta segunda etapa, a votação se concentrou em áreas rurais, que são dominadas pela Irmandade Muçulmana e outros grupos islâmicos conservadores.

A maioria das 17 zonas que votaram ontem aprovou a nova Constituição, em alguns casos com mais de 90% dos votos. Entre as únicas duas zonas que votaram pelo "não" está Monoufiya, a terra natal do ex-presidente Hosni Mubarak e um bastião de simpatizantes do regime deposto em fevereiro de 2011.

Em meio às recentes turbulências, o autoritarismo de Morsi tem desagradado alguns membros do seu próprio governo. Ontem, seu vice-presidente, Mahmud Mekki, renunciou. Embora a decisão já fosse esperada, porque a nova Constituição não prevê o cargo de vice-presidente, ele aproveitou a oportunidade para criticar sutilmente o governo. "Eu percebi algum tempo atrás que a natureza do sistema político não se encaixa com minha formação profissional de juiz", disse Mekki na sua carta de renúncia. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Os egípcios aprovaram a nova Constituição do país em um referendo que terminou neste sábado, segundo informou o website do Partido Liberdade e Justiça, o braço político do grupo Irmandade Muçulmana. De acordo com os islamitas, cerca de 64% dos eleitores votaram favoravelmente à nova Constituição.

Esses números preliminares, entretanto, podem não ser confiáveis, já que a Irmandade Muçulmana apoiou fortemente a nova Constituição, que é baseada na Sharia, a lei islâmica. Os resultados oficiais do referendo serão divulgados apenas na segunda-feira. Mesmo assim, grupos oposicionistas que eram contra a nova Constituição também afirmaram que ela foi aprovada.

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Apesar da aprovação da Constituição por quase dois terços do eleitorado, os problemas no sistema político do Egito surgidos com a posse do presidente Mohammed Morsi, no fim de junho, continuam. E a população está receosa quanto ao futuro do país. Eleitores a favor e contrários à nova legislação reclamam do processo de elaboração e votação, feito às pressas e contrariando orientações do Judiciário.

Em vez de unidade, o nascimento da chamada "segunda república" no Egito é marcado por suspeitas, descriminação e violência. "Eu não posso votar por uma Constituição enquanto o Tribunal Constitucional está sitiado e o Judiciário está paralisado", comenta Mohamed Said, um advogado de 34 anos que estava na fila de votação ontem no distrito rural de Fayoum, ao sul do Cairo. "Os artigos da Constituição são bons, no geral, mas existem cláusulas dúbias, que são flexíveis e podem ser alteradas dependendo da interpretação", acrescenta.

A votação deste sábado encerrou a segunda etapa do referendo, que começou na semana passada, quando cerca de 56% dos eleitores se mostraram favoráveis à nova Constituição. Mas na ocasião, apenas 32% dos eleitores que poderiam participar do referendo foram às urnas. Nesta segunda etapa, a votação se concentrou em áreas rurais, que são dominadas pela Irmandade Muçulmana e outros grupos islâmicos conservadores.

A maioria das 17 zonas que votaram neste sábado aprovou a nova Constituição, em alguns casos com mais de 90% dos votos. Entre as únicas duas zonas que votaram pelo "não" está Monoufiya, a terra natal do ex-presidente Hosni Mubarak e um bastião de simpatizantes do antigo regime.

Em meio às recentes turbulências, o autoritarismo de Morsi tem desagradado alguns membros do seu próprio governo. Ontem seu vice-presidente, Mahmud Mekki, renunciou. Embora a decisão já fosse esperada, porque a nova Constituição não prevê o cargo de vice-presidente, ele aproveitou a oportunidade para criticar delicadamente o governo. "Eu percebi algum tempo atrás que a natureza do sistema político não se encaixa com minha formação profissional de juiz", disse Mekki na sua carta de renúncia. As informações são da Dow Jones.

Vários grupos de direitos civis no Egito pediram hoje a repetição da primeira rodada do referendo sobre a proposta de uma nova Constituição do país, alegando que o pleito foi marcado por uma série de violações. Grupos islâmicos que apoiam a nova carta constitucional disseram que lideravam a disputa, com a maioria dos votos optando pelo "sim".

Representantes de sete grupos alegam que a supervisão de juízes no referendo realizado no sábado foi insuficiente em dez das 27 províncias, e que monitores independentes foram proibidos de acompanhar a contagem dos votos.

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Em entrevista coletiva, esses representantes disseram que há relatos de que indivíduos se identificaram falsamente como juízes, mulheres foram proibidas de votar, e membros da Irmandade Muçulmana, do presidente Mohmamed Morsi, tiveram acesso permitido aos centros de votação. Eles também disseram que alguns centros de votação fecharam antes do horário previsto e que cristãos foram proibidos de votar.

"Pedimos que a comissão eleitoral evite essas violações na segunda rodada e repita a primeira rodada", disse um comunicado dos sete grupos. "A contagem dos votos aconteceu no escuro", disse Negad Borai, líder de um dos grupos. Segundo ele, a comissão eleitoral não apurou milhares de reclamações sobre violações e irregularidades.

Os resultados oficiais do referendo só devem sair após a segunda rodada, marcada para o próximo sábado (22).

A crise mais recente envolvendo a Constituição foi provocada por discussões que colocam, de um lado, aqueles que apoiam um estado religioso e, do outro, os que querem um estado que mantenha tradições seculares e um caráter islâmico. Determinada por Morsi, a nova carta constitucional proposta no referendo segue preceitos islâmicos.

Cerca de 120 mil soldados foram acionados para ajudar a polícia a proteger os centros de votação e sedes de órgãos do governo, depois que confrontos entre partidários de Morsi e opositores nas últimas três semanas deixaram pelo menos dez mortos e cerca de mil feridos.

Se a Constituição for aprovada por maioria simples dos votos, os islamitas que foram colocados no poder após a queda do presidente Hosni Mubarak terão mais cacife. A câmara alta do parlamento, dominada por islamitas, teria autoridade para legislar até a eleição de uma nova câmara baixa.

Se a proposta for rejeitada, haverá eleições dentro de três meses para escolher uma comissão que redigirá uma nova Constituição. Nesse meio tempo, os poderes legislativos continuariam nas mãos de Morsi.

Segundo o website da TV estatal do Egito, 68% e 72% dos eleitores votaram "não" no Cairo e em Alexandria, respectivamente. Além dessas, o "não" venceu apenas nas províncias de Gharbiyah e Daqahliya. As informações são da Associated Press.

Cidadãos egípcios começaram a votar, neste sábado (15), o referendo sobre a proposta de uma nova Constituição do país. As urnas foram abertas no Cairo, na Alexandria e em outras oito províncias. Os primeiros resultados não-oficiais devem sair algumas horas após o encerramento da votação.

O pleito ocorre em meio a divergências políticas no Egito. Determinada pelo presidente Mohmamed Morsi, a nova carta constitucional proposta no referendo segue preceitos islâmicos, mas desencadeou uma luta com a oposição, apoiada por juízes, que acusam os islâmicos de excesso de poderes.

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A Irmandade Muçulmana Morsi tem organizado grandes comícios e campanhas a favor do projeto de Constituição. Por sua vez, a principal coalizão de oposição, Frente de Salvação Nacional, pede um boicote à proposta, alegando que o texto restringe a liberdade das minorias e das mulheres.

Ao longo das semanas anteriores, diversos protestos causaram conflitos por grupos rivais no Cairo. Oito pessoas morreram e centenas ficaram feridas. Para manter a segurança até o final da apuração, Morsi mobilizou 130 mil policiais e 120 soldados. O presidente votou em uma sessão eleitoral próxima do palácio presidencial, no Cairo, mas não fez nenhum comentário à imprensa.

O pleito ocorrerá em duas rodadas para garantir que haja juízes suficientes para monitorar os locais de votação, por causa do racha dentro do poder judiciário provocado pelo referendo. A segunda etapa está prevista para o dia 22 de dezembro. As informações são da Dow Jones.

Islamitas egípcios, brandindo cimitarras, atacaram opositores seculares na cidade de Alexandria, no Mediterrâneo, às vésperas da votação do referendo constitucional que deverá acontecer no país no sábado, deixando 19 pessoas feridas nesta sexta-feira. O confronto ocorreu após um clérigo ultraconservador local fazer um discurso e chamar os seculares de "infieis" e ter insuflado fanáticos salafistas. Os egípcios votarão amanhã e no próximo sábado, 22, a Constituição, formada por 234 artigos e baseada "nos princípios" da Sharia, a lei islâmica. Grande parte da população, contudo, é contra as menções à Sharia e defende uma Constituição secular que separe o governo da religião.

Mais de 51 milhões de egípcios estão habilitados a votar amanhã e no próximo sábado. Amanhã, o referendo será feito no Cairo, em Alexandria e em dez províncias, em um total de seis mil seções eleitorais. O voto não é obrigatório. A Constituição de 234 artigos foi redigida por 85 deputados, quase todos islamitas, após os deputados socialistas, cristãos, muçulmanos moderados e seculares deixarem a Assembleia em protesto.

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Existem dúvidas sobre a lisura do referendo. O judiciário egípcio ameaçou boicotar o referendo, mas no decorrer da semana parte dos juízes disseram que irão monitorar as seções. Pelo menos nove mil seções eleitorais serão montadas, seis mil para o dia 15.O Carter Center e a União Europeia não enviaram observadores, em grande parte porque o governo demorou para divulgar as regras de monitoramento do sufrágio.

No Cairo, opositores egípcios voltaram a se manifestar contra o presidente Mohammed Morsi perto do palácio presidencial e também na praça Tahrir, epicentro dos movimentos revolucionários que em fevereiro do ano passado levaram à queda do ditador Hosni Mubarak. Também ocorreram manifestações da Irmandade Muçulmana a favor da aprovação da Constituição, mas não foi registrada a mesma violência que em Alexandria - onde automóveis foram queimados à beira-mar. Os confrontos em grande parte envolveram os islamitas e muçulmanos seculares em Alexandria.

No Cairo, onde as manifestações aparentaram ser mais pacíficas, uma multidão de dezenas de milhares de cristãos egípcios (os coptas) fizeram uma vigília pelo futuro do país perto da Catedral de Samaan el-Kharaz, no bairro de Mokattam.

Autoridades religiosas ordenaram recentemente que as mesquitas não fossem usadas como palanque para o referendo. No entanto, diversos clérigos, especialmente os mais conservadores, aproveitaram para estimular seus eleitores a aprovarem a proposta elaborada por um painel constituinte dominado por islamitas.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Uma aliança de oposição ao presidente Mohammed Morsi conclamou nesta quarta-feira (12) os egípcios a votarem pelo "não" ao referendo sobre a proposta de uma nova Constituição para o Egito, elaborada no decorrer dos últimos meses por um painel constituinte, mas deixou aberta a possibilidade de incentivar um boicote caso suas condições não sejam atendidas.

Hamdeen Sabahi, um dos líderes da opositora Frente de Salvação Nacional, disse durante entrevista coletiva concedida no Cairo que a aliança poderá recomendar um boicote se o referendo não for supervisionado pela justiça e se o Estado não fornecer segurança aos eleitores.

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A votação ocorrerá em duas etapas, uma no dia 15 e outra no dia 22. "A Frente decidiu incentivar os eleitores a irem às urnas e rejeitarem a proposta votando 'não'", declarou Sabahi.

As informações são da Associated Press.

O governador de Porto Rico, Luis Fortuño, vai realizar uma sessão extraordinária para pressionar a aprovação da resolução que determina que o Congresso norte-americano e o presidente Barack Obama honrem os resultados de um recente referendo que mudaria o status político da ilha.

Porto Rico aceitou se tornar um estado norte-americano em referendo realizado no dia 6 de novembro. Para que a decisão se consolide e Porto Rico se torne mais um estado americano, o Congresso dos EUA ainda precisa aprová-la. Fortuño lembrou que o Congresso e Obama prometeram respeitar os resultados do referendo.

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Dividido em duas partes, o referendo questionava se a ilha deveria alterar a relação de 114 anos com os EUA. Quase 54% - ou 922.374 pessoas - preferiram mudar as condições da parceria, já 46% - ou 786.749 cidadãos - optaram por manter a situação vigente.

A segunda questão dizia respeito ao modelo de parceria com os EUA. A opção de aceitar a soberania ianque como mais um Estado foi a mais votada com 61% dos votos. A associação de soberania livre, que permite uma autonomia maior, recebeu 33% das indicações e a independência, apenas 5%.

O presidente do Egito, Mohammed Morsi, convocou hoje um referendo para o dia 15 de dezembro para a aprovação da disputada Constituição.

Morsi pediu aos egípcios que participem do referendo e elogiou o papel do judiciário em observar as últimas eleições. Ele disse que o referendo será um marco na experiência democrática do Egito. As informações são da Associated Press.

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A Corte Constitucional da Romênia decidiu nesta terça-feira que o referendo sobre o impeachment do presidente Traian Basescu foi inválido, abrindo caminho para a volta dele ao poder, informou a agência de notícias Mediafax.

A coalização de centro-esquerda que governa o país, liderada pelo primeiro-ministro Victor Ponta, iniciou no mês passado um movimento para retirar Basescu, de centro-direita, do cargo. Isso culminou no referendo popular realizado em 29 de julho, que não obteve o comparecimento mínimo de 50%. A maioria dos que foram votar, no entanto, decidiram pela remoção do presidente.

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Basescu é acusado de exceder sua autoridade ao interferir demais em assuntos do governo e tentar influenciar o sistema judiciário. O processo para tirá-lo do cargo foi bastante criticado pela União Europeia, com diversos líderes levantando duvidas quanto à legitimidade do movimento.

Augustin Zegrean, presidente do tribunal, disse que a votação foi de 6 a 3. As informações são da Dow Jones e Associated Press.

O governo da Bolívia espera concluir até o fim da semana um referendo sobre a construção de uma estrada - financiada pelo Brasil - que atravessaria a reserva Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Secure (Tipnis), na Amazônia boliviana. O processo, conduzido a toque de caixa pelo governo procura driblar a resistência de lideranças indígenas.

De acordo com analistas consultados pelo Estado, esses grupos são hoje a principal força de oposição ao presidente Evo Morales. A última parcial divulgada pelo governo ao longo da semana indicava que 28 das 29 comunidades consultadas eram favoráveis à construção da estrada.

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No total, 69 grupos indígenas que habitam a reserva seriam ouvidos pelo governo. A Confederação dos Povos Indígenas da Bolívia (Cidob), principal grupo contrário à construção da estrada, já organizou duas marchas desde o Tipnis até La Paz nos últimos 12 meses e organizou a resistência à participação de algumas comunidades ao referendo.

A Cidob, que defende o boicote à consulta, alega que a estrada trará danos ecológicos a região. A confederação acusa também o governo de privilegiar plantadores de coca e fazendeiros sem ligações culturais e étnicas profundas com a região.

O governo diz que a estrada, financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e com licitação vencida pela OAS, possibilitará o desenvolvimento da região e o escoamento da exportação de recursos minerais da Bolívia. No ano passado, Evo teve de suspender o projeto após um violento confronto entre policiais e indígenas (mais informações nesta página). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Políticos em toda a Alemanha defenderam neste final de semana a realização de um referendo sobre a transferência de maiores poderes para a Europa, após um levantamento ter sugerido que a maioria dos alemães rejeitariam qualquer movimento no sentido e dividir a dívida entre os países.

O líder do principal partido de oposição da Alemanha, o SPE, Sigmar Gabriel, advertiu que o Parlamento do país está trabalhando atualmente "em permanente estado de emergência dentro da lei constitucional" à medida que procura uma saída para resolver a crise de dívida da zona do euro.

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A situação é "insustentável, afirmou Gabriel em entrevista à radio alemã, Deutschlandfunk. "Se queremos assumir a tendência em direção a políticas comuns financeiras e de impostos, a única possibilidade na Alemanha é pela mudança na Constituição", afirmou ele. Sendo assim, a maioria de dois terços no Parlamento não é suficiente, por isso precisamos perguntar à população".

Os líderes da zona do euro concordaram em junho com uma série de medidas para ajudar a resolver a crise da dívida da região, que incluem decisões em direção a regulamentações bancárias centralizadas e uso do fundo de resgate de forma mais liberal para dar suportes aos bônus dos governos da zona do euro. As informações são da Dow Jones.

O presidente da União Social Cristã (CSU, na sigla em inglês) na Baviera, Horst Seehofer, pediu um referendo sobre a prestação de mais ajuda financeira para nações europeias em dificuldades, a aceitação de novos Estados-membros para a zona do euro e a mudança de poderes políticos e orçamentais adicionais para Bruxelas, sede da União Europeia (UE).

Isso vai restabelecer a confiança nas instituições europeias, afirmou ele hoje ao diário alemão Die Welt. A CSU é uma sigla irmã da União Democrata Cristã, da chanceler da Alemanha, Angela Merkel.

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Seehofer disse que queria um referendo "relativo à ajuda financeira da Alemanha a outros Estados da UE. Deve haver eurobônus? Ou um fundo de resgate? Tais questões devem ser respondidas pelas pessoas". As informações são da Dow Jones.

Autoridades da Romênia confirmaram que o referendo sobre o impeachment do presidente Traian Basescu, de 60 anos, foi inválido por falta de comparecimento dos eleitores. A Agência Central de Eleição estimou o comparecimento à votação deste domingo em 45,92%, com margem de erro de 3 pontos porcentuais. De acordo com a lei romena, ao menos 50% dos eleitores precisavam votar para confirmar a decisão do parlamento de impedir Basescu de permanecer no cargo. Duas pesquisas de boca de urna indicam que 80% dos que votaram aprovaram a saída de Basescu.

Os rivais de Basescu no governo tentaram derrubá-lo pela segunda vez em cinco anos. A acusação é de que o populista violou a Constituição do país ao interferir nos negócios do governo, favorecer parceiros e utilizar o serviço secreto contra seus inimigos.

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O presidente suspenso afirmou neste domingo que os eleitores "rejeitaram um golpe" ao não se apresentaram para validar o impeachment aprovado pelo parlamento. Basescu, que foi capitão e cuja popularidade despencou em meio aos problemas políticos do país, afirmou que é vítima de uma vingança política e pediu que seus apoiadores boicotassem a votação - uma tática que deve ajudá-lo a sobreviver politicamente.

Os tumultos políticos prejudicaram a credibilidade da Romênia. Estados Unidos e União Europeia expressaram dúvidas sobre o respeito do governo de esquerda pela independência do Poder Judiciário. Críticos acusam o primeiro-ministro Victor Ponta - também envolvido em um escândalo de plágio - de orquestrar a crise política como parte de uma tentativa de tomada de poder.

O parlamento, dominado pelos aliados de Ponta, aprovou o impeachment de Basescu no início do mês, estabelecendo o referendo nacional deste domingo para decidir seu futuro. As urnas abriram às 7 horas no horário local (1 hora em Brasília). Cerca de 18 milhões de romenos poderiam votar, inclusive os que vivem no exterior.

A expectativa era de que a maioria decidisse por impedir Basescu de continuar no cargo. Basescu é presidente da Romênia desde 2004. Foi impedido pelo parlamento em 2007, mas sobreviveu ao referendo nacional. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Os romenos estão votando neste domingo para decidir sobre a saída do impopular presidente Traian Basescu, de 60 anos. Os rivais de Basescu no governo estão buscando derrubá-lo pela segunda vez em cinco anos. A acusação é de que o populista violou a Constituição do país ao interferir nos negócios do governo, favorecer parceiros e utilizar o serviço secreto contra seus inimigos.

Basescu, que foi capitão e cuja popularidade despencou em meio aos problemas políticos do país, afirmou que é vítima de uma vingança política e pediu que seus apoiadores boicotem a votação - uma tática que pode ajudá-lo a sobreviver politicamente. A Romênia exige que mais da metade do eleitorado total compareça para que o referendo seja válido.

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Os tumultos políticos prejudicaram a credibilidade da Romênia. Estados Unidos e União Europeia expressaram dúvidas sobre o respeito do governo de esquerda pela independência do Poder Judiciário. Críticos acusam o primeiro-ministro Victor Ponta - também envolvido em um escândalo de plágio - de orquestrar a crise política como parte de uma tentativa de tomada de poder.

O parlamento, dominado pelos aliados de Ponta, aprovou o impeachment de Basescu no início do mês, estabelecendo o referendo nacional deste domingo para decidir seu futuro. As urnas abriram às 7 horas no horário local (1 hora em Brasília) e devem fechar às 23 horas (17 horas em Brasília). Cerca de 18 milhões de romenos podem votar, inclusive os que vivem no exterior.

Pela manhã, com sete horas de votação, apenas 21,37% dos eleitores haviam comparecido, de acordo com a Agência Central de Eleições. A participação é menor do que nas eleições locais, quando no mesmo horário, 56% já haviam votado. A expectativa é de que a maioria decida por impedir Basescu de continuar no cargo. Mas há incertezas sobre o comparecimento, que se for muito baixo pode anular o referendo.

Basescu é presidente da Romênia desde 2004. Foi impedido pelo parlamento em 2007, mas sobreviveu ao referendo nacional. As informações são da Associated Press.

No momento que se discute na CPI do Cachoeira as atividades ilegais do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) defendeu nesta quinta-feira a realização de um referendo para que os cidadãos decidam sobre a legalização dos jogos de azar. Para Cavalcanti, se a proposta for aprovada, não haveria mais o "senhor Carlinhos Cachoeira".

"É lógico que ele não existiria. Ele (Carlos Cachoeira) poderia atuar, mas não com o poder que ele tinha. Como é que ele adquiriu poder? Com dinheiro sujo. E aí o Brasil ficou sem receber um tostão de imposto, organizando uma máfia envolvendo policial, criminosos, políticos", afirmou, lembrando que desde a CPI dos Bingos, que encerrou os trabalhos em 2006, a atuação do contraventor com os jogos ilegais já era conhecida.

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Mozarildo é autor de um projeto que libera a exploração de jogos em hotéis-fazenda e hotéis de selva na Amazônia e no Pantanal. Segundo o parlamentar, o País está perdendo empregos para outros países da América Latina onde a exploração do jogo é permitida. Ele disse que apenas o Brasil e Cuba proíbem a atividade. Em Roraima, exemplificou, brasileiros cruzam a fronteira para irem jogar na Venezuela.

Contudo, o parlamentar é favorável a que se submeta a referendo, caso aprovado pelo Congresso, uma proposta mais ampla, a que legalizaria a prática em território nacional. "Há hipocrisia principalmente daqueles que formam a opinião no País em discutir o assunto", afirmou Mozarildo à Agência Estado, após abordar o tema em um discurso no plenário, para uma plateia de apenas três senadores. "A criminalidade existe porque a atividade é crime. Na hora em que for descriminalizada, ela desaparece".

O governo das ilhas Malvinas, chamadas de Falklands pelos britânicos, anunciou nesta terça-feira que realizará um referendo para que os moradores locais digam se querem que o território continue a pertencer ao Reino Unido.

O presidente da Assembleia Legislativa das ilhas, Gavin Short, disse que quer realizar o referendo "não porque temos dúvidas sobre o que somos e o futuro que queremos, mas sim para mostrar ao mundo a certeza que temos".

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Os moradores das Malvinas "querem que as ilhas continuem sendo um território autônomo ultramar do Reino Unido", acrescentou Gavin.

As ilhas são reclamadas tanto pelo Reino Unido como pela Argentina. A guerra de palavras entre os dois países tem aumentado com o 30º aniversário da guerra, fruto da tentativa argentina de recuperar o arquipélago à força em 1982. As informações são da Associated Press.

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