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Uma delegação oficial de Israel chegou ao Bahrein, neste domingo (18), para firmar um documento que estabelece relações diplomáticas com essa monarquia do Golfo, um mês depois da assinatura, na Casa Branca, de um acordo de normalização entre os dois países.

Representantes israelenses e do reino do Bahrein vão assinar um comunicado conjunto que marcará o estabelecimento de relações diplomáticas plenas, em aplicação do acordo firmado em 15 de setembro entre estes dois Estados em Washington.

Assim que o documento for assinado, em uma cerimônia marcada para hoje ainda, Israel e Bahrein poderão abrir embaixadas, disse um funcionário israelense à AFP, que pediu para não ser identificado.

Segundo a mesma fonte, a abertura de uma embaixada israelense está prevista para acontecer nos próximos meses.

O acordo de normalização "representa um importante passo histórico para a conquista da segurança, da paz e da prosperidade", disse o ministro barenita das Relações Exteriores, Abdellatif al-Zayani, no aeroporto de Manama.

"Este grande dia fará a paz se tornar realidade. Estas relações beneficiarão ambas as partes em diversos âmbitos", afirmou o chefe do Conselho de Segurança Nacional israelense Meir Ben Shabat, que falou em árabe.

Pequena monarquia onde os EUA mantêm sua base da V Frota, o Bahrein se tornou o quarto país árabe a normalizar as relações com Israel.

Bahrein e Emirados Árabes Unidos, outra monarquia árabe do Golfo, assinaram acordos em separado com Israel, em 15 de setembro, em uma cerimônia na Casa Branca.

Após o acordo de paz Egito-Israel, em 1979, e o acordo com a Jordânia, em 1994, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein se tornaram o terceiro e o quarto países árabes a decidirem normalizar as relações com Israel.

- Cooperação econômica

Os palestinos condenaram esses acordos, que chamaram de "traição" às suas aspirações de criar seu próprio Estado independente. Até então, a resolução do conflito entre israelenses e palestinos era uma condição prévia para a normalização das relações de Israel com os Estados árabes.

Antes de sua partida de Tel Aviv, Ben Shabat disse à imprensa que as reuniões no Bahrein têm como objetivo "traduzir em programas concretos os acordos firmados na Casa Branca" - como, por exemplo, no turismo, aviação, ciência e tecnologia.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, que embarcou para Manama com a delegação israelense, destacou a "oportunidade" que estes acordos representam para as economias dos países envolvidos - em especial no campo da tecnologia.

Emirados e Bahrein nunca estiveram em conflito com Israel e compartilham sua animosidade em relação ao Irã, inimigo dos Estados Unidos na região.

Governado por uma monarquia sunita, o Bahrein acusou o Irã xiita de causar distúrbios no reino desde 2011, quando as autoridades reprimiram as manifestações de sua comunidade xiita, exigindo reformas.

A normalização com Israel provocou manifestações na população xiita de todo país.

O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) afirmou, nesta sexta-feira (23), que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) está “incinerando as relações diplomáticas” do país. A afirmativa de Freixo se refere as recentes declarações do presidente sobre líderes políticos de países estrangeiros que vêm repercutindo as queimadas na Amazônia. 

“Bolsonaro está incinerando nossas relações diplomáticas. As consequências serão gravíssimas”, observou Freixo. 

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O deputado federal não foi o único a salientar sobre a postura do chefe do Executivo nacional. O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), gravou um vídeo mandando Bolsonaro calar a boca e agir para combater os incêndios

A última fala de Bolsonaro direcionada a líderes estrangeiros foi em reação à postura do presidente da França, Emmanuel Macron, sobre as queimadas na Amazônia. 

Em publicação no Twitter, Macron convocou os países do chamado G7 para discutirem o assunto e pontuou: "nossa casa está queimando. Literalmente. A Floresta Amazônica - os pulmões que produzem 20% do oxigênio do nosso planeta - está em chamas.”

Em resposta, Bolsonaro disse que o presidente francês quer “instrumentalizar uma questão interna do Brasil e de outros países amazônicos para ganhos políticos pessoais” e condenou a possibilidade do assunto ser discutido no G7.  “Evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI”, disparou.

O governo americano endureceu, nesta quarta-feira (17), sua postura contra o que chama de "troica da tirania", ao anunciar que permitirá abrir ações judiciais contra empresas estrangeiras presentes em Cuba, ao mesmo tempo limitando o envio de remessas e as viagens para a ilha, enquanto decretou novas sanções contra Venezuela e Nicarágua.

"Quando a Venezuela for livre, Cuba for livre e a Nicarágua for livre, então este vai ser o primeiro hemisfério livre de toda a história da humanidade", disse o presidente americano, Donald Trump.

Pela manhã, o secretário de Estado, Mike Pompeo, anunciou que em 2 de maio vai entrar em vigor uma norma que permite processar em tribunais americanos empresas estrangeiras presentes em Cuba, que administrem bens confiscados após a revolução, terminando com uma isenção de duas décadas, apesar das advertências de seus parceiros.

Pouco depois, em Miami, durante um encontro com exilados cubanos, o assessor de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton, anunciou "mudanças regulatórias para restringir viagens não familiares" à ilha e novos limites ao envio de remessas.

"As pessoas estão vivendo aqui, mandando dinheiro e, assim, mantendo o governo. O propósito é mudar o governo, não manter um sistema totalitário", disse à AFP Raymon Molina, veterano da fracassada invasão à Baía dos Porcos em 1961.

Não há cifras oficiais, mas estima-se que as remessas sejam a segunda fonte de renda da ilha, atrás da exportação de serviços médicos. Segundo o Havana Consulting Group, 70% dos cubanos recebem estas remessas.

Cuba rejeitou nesta quarta-feira o anúncio da entrada em vigor do título III da Lei Helms-Burton, uma norma que permite entrar com ações nos tribunais americanos contra as empresas que registrarem ganhos graças a ativos que tiverem sido nacionalizados durante a revolução de 1959.

Seu ministro de Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, repudiou "energicamente" o anúncio e disse que "é um ataque ao Direito Internacional e à soberania de Cuba e de países terceiros".

A vice-secretária do Departamento de Estado para o Hemisfério Ocidental americano, Kimberly Breier, esclareceu que não haverá isenções.

A União Europeia, principal parceiro comercial de Cuba desde 2017, e o Canadá manifestaram nesta quarta-feira seu desagrado em uma declaração conjunta e prometeram "proteger os interesses" de suas empresas junto à Organização Mundial do Comércio (OMC).

Sanções contra o Banco Central da Venezuela

Cuba, que sofre um embargo americano desde 1962, é acusada por Washington de apoiar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, cujo governo não é reconhecido pelos Estados Unidos, que apoia o líder opositor Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino da Venezuela.

Os Estados Unidos lideram a pressão internacional para tirar Maduro do poder e têm aplicado sanções financeiras e petroleiras contra a combalida economia venezuelana. Neste âmbito, penalizaram também empresas que levavam petróleo venezuelano para a ilha.

Nesta quarta-feira, Bolton indicou que Washington proibirá as transações americanas com o Banco Central da Venezuela, assim como as de sua diretora, Iliana Ruzza Terán.

O vínculo entre Cuba e Washington se deteriorou ainda mais depois da chegada à Casa Branca de Bolton, que já tinha anunciado antes a adoção de "ações diretas" contra o que chamou de "troica da tirania", integrada por Cuba, Nicarágua e Venezuela.

O Departamento do Tesouro também anunciou sanções contra Laureano Ortega Murillo, filho do presidente nicaraguense, Daniel Ortega, e da vice-presidente, Rosario Murillo.

Problemas à vista

Breier esclareceu que os únicos negócios que serão afetados pela entrada em vigor da norma serão as empresas que operam em propriedades confiscadas de cubanos que emigraram para os Estados Unidos.

Quando a lei foi adotada, há mais de duas décadas, o Departamento de Estado avaliou que existissem 200.000 ações em potencial. Mas até o momento, os governantes americanos adiaram a entrada em vigor desta cláusula a cada seis meses para evitar problemas com seus aliados.

Em sua declaração conjunta, a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, a comissária de Comércio, Cecilia Malmström, e a chanceler canadense, Chrystia Freeland, reiteraram que a "aplicação extraterritorial de medidas unilaterais" sobre Cuba "é contrária ao direito internacional".

O governo de Trump tem adotado uma postura firme contra Cuba, que contrasta com a flexibilização de seu antecessor, Barack Obama, que considerou que a estratégia impulsionada durante meio século por Washington contra o regime cubano não tinha dado resultados.

A lei ativada por Washington, que leva o nome do senador de extrema direita Jesse Helms e do congressista Dan Burton, foi aprovada depois que Cuba derrubou dois aviões fretados por ativistas cubanos exilados, o que pôs fim aos esforços do então presidente americano, Bill Clinton, para reconstruir os vínculos entre os dois países.

O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, anunciou nesta quinta-feira (10) o rompimento das relações diplomáticas com a Venezuela. A decisão foi anunciada logo após a posse do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

A ruptura envolve o fechamento da Embaixada do Paraguai em Caracas e a retirada imediata dos diplomatas. Além disso, foi anunciado o cancelamento de um acordo de vistos com a Venezuela - o que, segundo o governo paraguaio, afetará apenas funcionários do regime.

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Benítez lembrou que, como membro do Grupo de Lima, o Paraguai não reconhece o resultado da última eleição na Venezuela, falando em "um processo eleitoral ilegítimo". Em nota, a chancelaria paraguaia informou que a crise política na Venezuela "é de índole interna e cabe aos próprios venezuelanos resolvê-la".

"Ordenei o fechamento de nossa embaixada e a retirada imediata de pessoal diplomático do Paraguai acreditado na Venezuela", disse Abdo Benítez. O presidente paraguaio ressaltou ainda que a decisão tem como base o fato de Assunção não reconhecer o novo mandato de Maduro, que seria "resultado de um processo eleitoral ilegítimo".

Para Abdo Benítez, os líderes políticos da região deveriam adotar medidas que protejam o povo e a democracia venezuelanos. "A causa da liberdade, da democracia, a causa da Venezuela é uma causa justa", afirmou o paraguaio.

Na semana passada, o Grupo de Lima anunciou que não reconheceria o governo venezuelano se o presidente Maduro assumisse um novo mandato de seis anos. O único país do grupo que não apoiou a decisão foi o México, governado pelo esquerdista Andrés Manuel López Obrador.

O Grupo de Lima foi criado em 2017 por iniciativa do governo peruano e com o objetivo de pressionar pelo restabelecimento da democracia na Venezuela. O Equador, que integra o grupo, anunciou nesta quinta que também retirou seu embaixador de Caracas. No entanto, o governo do presidente equatoriano, Lenín Moreno, garantiu que não rompeu relações com a Venezuela. (Com agências internacionais).

Em uma crise diplomática sem precedentes, seis países árabes anunciaram o corte nas relações diplomáticas com o governo do Catar nesta segunda-feira (5) sob a alegação do país estar desestabilizando a região e patrocinando grupos terroristas.

Arábia Saudita, Bahrein, Líbia, Iêmen, Egito e os Emirados Árabes Unidos anunciaram o fechamento de fronteiras terrestres e aéreas e deram 48 horas para que os diplomatas do país deixem as seis nações. Já os turistas que vieram do Catar terão até duas semanas para deixar os territórios.

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A Arábia Saudita acusou as tropas catarianas de terem atuado no conflito do Iêmen e de "apoiar e proteger numerosos grupos terroristas que minam a estabilidade da região, como a Irmandade Muçulmana, o Daesh [Estado Islâmico] e a Al-Qaeda" enquanto o Bahrein acusa o governo de "apoiar as atividades terroristas armadas e com financiamentos ligados a grupos iranianos".

Por conta disso, os militares do Catar foram excluídos da coalizão árabe que ataca os rebeldes no Iêmen há cerca de um ano.

Entre os primeiros afetados desse "isolamento", estão os voos da companhia aérea Qatar Airways, uma das mais luxuosas do mundo, que já teve dezenas de voos afetados.

Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores do Catar informou que "lamenta" a decisão "injustificada" por parte de alguns países árabes de interromper as relações diplomáticas, sendo que a medida "não tem base de fato".

O conflito, considerado muito grave por especialistas, está ligado mais uma vez a eterna crise diplomática entre Arábia Saudita e Irã, que são os maiores países da região e tem posições opostas em quase todos os conflitos mundiais.

A decisão dessa segunda-feira vem após uma série de atitudes contrárias aos catarianos por Arábia Saudita, Egito, Bahrein e EAU. Há cerca de duas semanas, os governos desses países desativaram sites catarianos locais, incluindo aquele da emissora Al-Jazeera, sob a acusação de promoverem "notícias falsas" Coincidentemente ou não, a decisão ocorre menos de duas semanas após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, visitar os líderes de Arábia Saudita e do Egito, Abdel Fattah al-Sisi em sua primeira viagem internacional.

- Fifa acompanha o caso: Com a Copa das Confederações de 2021 e a Copa do Mundo de 2022 no país, os altos dirigentes da Fifa anunciaram que acompanham o caso e que tudo está em análise.

"Foram informados sobre a situação, mas ainda é prematuro fazer qualquer comentário. Analisaremos se uma reação por parte da Fifa será desejável em breve", informou o chefe da comunicação da Fifa, Fabrice Jouhaud.

O maior temor é em referência às questões logísticas e de transporte das obras que estão em andamento no Catar para sediar as competições. 

A poucos dias da sua posse, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, deu entrevistas ao jornal alemão Bild e ao britânico The Sunday Times neste domingo (15), quando  não poupou críticas aos líderes europeus e à Otan e defendeu o Brexit. As informações são da Rádio França Internacional.

Trump chamou de “erro catastrófico” a política migratória da chanceler alemã Angela Merkel, permitindo a entrada no país de imigrantes em situação ilegal. “O erro foi o de receber todos esses ilegais, sabe, pegar todas essas pessoas de qualquer lugar que elas tenham vindo", afirmou o magnata americano ao Times.

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Milhares de imigrantes entraram na Alemanha em 2015, fugindo da guerra na Síria. A chanceler foi diversas vezes criticada pela política “generosa” de imigração. Nessa mesma entrevista, Trump elogiou o Brexit como "uma grande coisa" e apoiou a conclusão rápida de um acordo comercial entre americanos e britânicos.

Ele ainda elogiou a premiê Theresa May e disse que se encontrará com ela depois de sua posse, em 20 de janeiro. Segundo ele, além do Reino Unido "outros países deixarão a União Europeia, As pessoas querem ter sua própria identidade”.

Otan obsoleta

Na entrevista ao jornal alemão Bild, Trump chamou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de "obsoleta", e criticou seus Estados-membros de se acomodarem às custas dos Estados Unidos. "A Otan tem problemas, foi concebida há muitos e muitos anos", declarou Trump, reclamando que "não se incomodam com terrorismo", declarou.

Os Estados Unidos contribuem sozinhos com cerca de 70% das despesas militares da Otan, fundada em 1949 para conter o avanço da União Soviética e do bloco do Leste Europeu. A organização conta hoje com 28 membros, incluindo um grande número de países oriundos da esfera de influência soviética.

Os cubanos aplaudiram o surpreendente anúncio feito na quarta-feira de que seu país vai retomar as relações com os Estados Unidos, na esperança de que em breve os dois países mantenham relações comerciais, embora o embargo de 53 anos ainda não tenha sido levantado.

"Isso representa a perspectiva de um futuro melhor para nós", disse Milagros Diaz, de 34 anos. "Nós realmente precisamos de algo como isso porque a situação tem sido ruim e as pessoas estão desencorajadas"

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Os sinos tocaram em celebração ao anúncio e professores interromperam as aulas aos meio-dia, enquanto o presidente Raúl Castro declarava ao país que Cuba vai renovar suas relações com Washington após mais de meio século de hostilidades.

Usando seu uniforme militar com uma insígnia de cinco estrelas, o líder de 83 anos disse que os dois países trabalharão para resolver suas diferenças "sem renunciar a qualquer um de nossos princípios".

Moradores de Havana se reuniram ao redor de televisores nas casas, escolas e empresas para ouvir o histórico anúncio nacional, feito ao mesmo tempo em que o presidente norte-americano Barack Obama fazia um discurso em Washington.

"Para o povo cubano, acho que é como uma injeção de oxigênio, um desejo que se torna realidade porque, com isso, superamos nossas diferenças", declarou Carlos Gonzalez, especialista em tecnologia da informação, de 32 anos. "É um avanço que vai abrir o caminho para um futuro melhor para os dois países."

Fidel e Raúl Castro lideraram a revolução de 1959 que derrubou a ditadura de Fulgencio Batista. Inicialmente, os Estados Unidos reconheceram o novo governo, mas encerraram as relações em 1961, depois de Cuba ter adotado um governo de esquerda e nacionalizado empresas norte-americanas.

Quando Cuba se aproximou da União Soviética, os Estados Unidos impuseram o embargo comercial em 1962. Desde o colapso da União Soviética, em 1991, os cubanos enfrentam escassez de vários produtos como petróleo, alimentos e bens de consumo, o que força o país a aplicar racionamentos que vão de feijão a leite em pó.

O governo cubano responsabiliza o embargo pela maioria de seus problemas econômicos. Já Washington tradicionalmente afirma que as polícias econômicas comunistas de Cuba provocam as dificuldades.

Em seu discurso, Raúl Castro pediu a Washington que encerre o embargo comercial que, segundo ele, "provocou enormes danos humanos e econômicos". Fonte: Associated Press.

Os presidentes Barack Obama e Raúl Castro se pronunciarão separadamente nesta tarde a respeito dos acordos para o restabelecimento das relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba. Os dois líderes falaram por telefone por mais de 45 minutos na terça-feira, a primeira discussão substancial entre presidentes dos dois países desde 1961, informaram fontes de Washington em condição de anonimato.

Estados Unidos e Cuba concordaram em restabelecer relações diplomáticas e suas ligações econômicas e viagens, o que representa uma mudança histórica na política de Washington em relação à ilha comunista após 50 anos de inimizade iniciada com a guerra fria, informaram autoridades norte-americanas nesta quarta-feira.

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O anúncio acontece em meio a uma série de súbitas ações de confiança entre os antigos inimigos, o que incluiu a libertação do prisioneiro norte-americano Alan Gross por Cuba, que por sua vez vai receber três espiões cubanos detidos na Flórida.

Os anúncios desta quarta-feira foram feitas após mais de um ano de negociações secretas entre Estados Unidos e Cuba no Canadá e no Vaticano. As fontes do governo norte-americano disseram que o papa Francisco esteve pessoalmente engajado no processo e enviou cartas separadas para Obama e Raúl Castro durante o ano para pedir a eles que retomassem as relações.

Como parte da retomada das relações diplomáticas com Cuba, os Estados Unidos vão em breve reabrir a embaixada em Havana e intensificar as relações entre escalões dos dois governos. Washington vai aliviar as proibições de viagens para Cuba, o que inclui visitas familiares, negócios oficiais do governo norte-americano e atividades educacionais, mas as viagens turísticas continuam proibidas.

Obama não tem autoridade para levantar o embargo econômico a Cuba, porque foi o Congresso que promulgou a lei. As fontes afirmaram, porém, que o presidente saudaria uma iniciativa neste sentido adotada pelos deputados e senadores. Fonte: Associated Press.

A Índia disse que todos os problemas - incluindo uma recente disputa fronteiriça e os desequilíbrios da balança comercial - estarão "sobre a mesa" durante a visita do primeiro-ministro da China, Li Keqiang, ao país, que começa no domingo.

Ao mesmo tempo, Nova Deli apreciou a decisão de Li de tornar a Índia sua primeira parada no exterior desde que assumiu o cargo, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores indiano, Syed Akbaruddin,.

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Depois de desembarcar pela manhã, no domingo, Li vai manter conversas com o primeiro-ministro Manmohan Singh e, mais tarde, será convidado para um jantar oferecido pelo líder indiano em sua residência, segundo as autoridades.

Tais intercâmbios visam "melhorar a confiança", Akbaruddin acrescentou. Os laços entre os vizinhos foram afetados pela desconfiança mútua que perdura desde a guerra de 1962, no alto do Himalaia.

O secretário da Índia para o Leste Asiático, Gautam Bambawale, disse que "tudo está sobre a mesa" para a discussão, incluindo a disputa por fronteiras e as melhorias para a balança comercial das nações, que está inclinado fortemente em favor de Pequim. "Os dois primeiros-ministros vão falar sobre esses assuntos", disse Bambawale.

No mês passado, a disputa de fronteira entre os dois países levou a um impasse de três semanas depois que a Índia alegou que as tropas chinesas entraram cerca de 20 quilômetros em território indiano, desenterrando velhas questões.

As fronteiras nunca foram formalmente demarcadas, embora os países tenham assinado acordos para manter a paz na região do Himalaia. Pequim disse que as tropas chinesas "nunca transgrediram a linha."

Na segunda-feira, os dois líderes, acompanhados por suas delegações, vão continuar as conversas sobre questões internacionais, regionais e bilaterais. Na frente econômica, Bambawale disse que a Índia vai pressionar por mais acesso comercial à China.

Economia

 

Em 2012, o comércio bilateral foi de US$ 66,5 bilhões, abaixo dos US$ 74,0 bilhões em 2011 e um revés para os vizinhos que têm o objetivo de alcançar US$ 100,0 bilhões até 2015. A Índia também enfrenta um crescente déficit comercial com a China, que totalizou US$ 29 bilhões em 2012, segundo dados chineses.

Além disso, Nova Deli vai procurar garantias de que um plano chinês para construir mais três barragens hidrelétricas no rio Brahmaputra - conhecido na China como o Yarlung Tsangpo - não afete o fluxo de água à jusante da Índia.

Depois de Nova Deli, Li viaja terça-feira para a centro financeiro indiano de Mumbai e, em seguida, para o Paquistão, Suíça e Alemanha. As informações são da Dow Jones.

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