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Conhecido como casamenteiro, Santo Antônio de Pádua ou de Lisboa teve como nome de batismo Fernando de Bulhões e Taveira de Azevedo. Nascido em 1195, em Lisboa, em Portugal, tem importância religiosa para católicos do mundo todo, em especial, brasileiros e italianos. Ele é venerado nesta terça-feira (13), data que marca sua morte na cidade de Pádua, na Itália. Desde jovem, pregava o evangelho e praticava a caridade, sendo considerado também como padroeiro dos pobres.

"Ele também é chamado de santo do mundo inteiro. Ele é chamado de Pádua, porque morreu na Itália, mas também é conhecido como Santo Antônio de Lisboa, porque nasceu na cidade portuguesa. É considerado como um dos trinta e sete doutores da Igreja Católica e doutor do Evangelho porque em suas pregações ele, como grande orador, conversava muito sobre a importância do evangelho na formação da fé cristã", afirma Oscar D’Ambrosio, pós-doutor e doutor em educação, arte e história da cultura.

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Segundo D’Ambrosio, Santo Antônio é também muito ligado aos aflitos, angustiados, como pessoas que estão em busca de emprego, assim como é venerado por ajudar a arranjar casamentos e encontrar objetos perdidos. "Também relacionado com a alimentação dos pobres e dos necessitados. E associado por guardar confidências, principalmente de paixões, em especial de mulheres."

Comemoração da data

No Brasil, o dia 13 de junho é lembrado com missas, procissões e distribuição de pãezinhos, além do famoso bolo de Santo Antônio, que pode ser encontrado em muitas igrejas que organizam festas no dia de hoje. No centro da São Paulo, a Paróquia Santo Antônio do Pari e a Igreja de Santo Antônio do Vale do Anhangabaú estão com programação especial ao longo do dia.

Há também uma forma de caridade denominada "Pão de Santo Antônio", que copia as atitudes do santo em favor dos pobres e famintos. Conforme a Arquidiocese de São Paulo, no Brasil, Santo Antônio é comemorado numa das festas mais alegres e populares, estando entre as três maiores das chamadas festas juninas (Santo Antônio, São Pedro e São João). No ano de 1946, foi proclamado doutor da Igreja pelo papa Pio XII.

Segundo a Arquidiocese de São Paulo, de família muito rica e da nobreza, ele ingressou muito jovem na Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Fez seus estudos filosóficos e teológicos em Coimbra e foi lá também que se ordenou sacerdote.

"Empolgado com o estilo de vida e de trabalho dos franciscanos, que, diversamente dos outros frades, não viviam como eremitas, mas saiam pelo mundo pregando e evangelizando, resolveu também ir pregar no Marrocos. Entrou para a Ordem, vestiu o hábito dos franciscanos e tomou o nome de Antônio", conforme a arquidiocese.

Entretanto, mal chegou ao país, ele contraiu uma doença que o obrigou a voltar para Portugal. Aconteceu, porém, que o navio em que viajava foi envolvido por um tremendo vendaval, que empurrou a nave em direção à Itália.

"Antônio desembarcou na ilha da Sicília e de lá rumou para Assis, a fim de encontrar-se com seu inspirador e fundador da Ordem, Francisco. Com pouco tempo de convivência, transmitiu tanta segurança a ele que foi designado para lecionar teologia aos frades de Bolonha", ainda de acordo com a arquidiocese.

Com apenas vinte e seis anos de idade, foi eleito provincial dos franciscanos do norte da Itália. "Antônio aceitou o cargo, mas não ficou nele por muito tempo. Seu desejo era pregar, e rumou pelos caminhos da Itália setentrional, praticando a caridade, catequizando o povo simples, dando assistência espiritual aos enfermos e excluídos e até mesmo organizando socialmente essas comunidades."

Foi em Pádua que ele também ficou conhecido por ajudar noivas a recolherem doações para o dote, visto que não tinham condições financeiras organizar o enxoval do casamento.

Continuou vivendo para a pregação da palavra de Cristo até morrer, em 13 de junho de 1231, nas cercanias de Pádua, na Itália, com apenas trinta e seis anos de idade.

No local, ele foi sepultado em uma basílica romana. Em razão de sua popularidade, seu sepulcro tornou-se meta de peregrinações que duram até os dias atuais. Ele foi canonizado no ano seguinte ao de sua morte pelo papa Gregório IX.

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Um apartamento no oitavo andar do Edifício Continental, um dos mais tradicionais do bairro de Santo Antônio, no Centro do Recife, foi atingido por um incêndio na manhã desta sexta-feira (23). O Corpo de Bombeiros foi acionado por uma vizinha, que notou as fumaças e as chamas poucos minutos depois. O apartamento estava vazio no momento do acionamento.  

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De acordo com Erica, supervisora do imóvel, o incêndio começou por volta das 10h30. A funcionária disse que tudo aconteceu muito rápido e a prioridade foi evacuar o prédio, após as orientações dos bombeiros. “A gente não sabe de muita coisa. Tentamos encontrar as pessoas que sabíamos que estavam em casa para evacuar o prédio. Há alguns transeuntes pelo prédio, mas todos que conhecemos e ligamos, conseguiram descer. Os bombeiros chegaram em menos de 10 minutos”, acrescentou a supervisora. 

O síndico, Vladmir, tentava localizar o proprietário do imóvel, enquanto a reportagem esteve presente no local. Até às 12h30, o dono, que tem cerca de 40 anos, não havia sido encontrado e não estava ciente do incêndio. A mãe do homem foi localizada e acionada à residência do filho. Ninguém ficou feriado na ocorrência. 

O prédio ocupa dois endereços: Rua Siqueira Campos e Cleto Campelo. Uma viatura de incêndio foi mobilizada. “CBMPE acionado por volta das 10h50 para chamado de incêndio em edificação multifamiliar situada a Rua Siqueira Campos, Santo Antônio em Recife, sem informações de vítimas, 01 viatura de incêndio no local”, disse o Corpo de Bombeiros, em nota. A Polícia Militar também prestou assistência. 

Trânsito 

Agentes da Autarquia de Trânsito e Transporte desviaram o trânsito após as interdições em decorrência do incêndio. Os ônibus que fazem retorno no sentido Boa Vista, através da Rua Cleto Campelo (Siqueira Campos > Cleto Campelo) foram orientados a seguir percurso pela Dantas Barreto e então, Avenida Guararapes.

A visita do presidente Jair Bolsonaro à Basílica de Santo Antônio, em Pádua, na tarde desta segunda-feira (1º) foi adiada.

A decisão chega após uma grande manifestação, com cerca de 500 pessoas, ter registrado um confronto com policiais locais que faziam um cordão de isolamento em frente ao templo católico. Uma jovem foi presa e a polícia está analisando as imagens para identificar mais pessoas que participaram do ato e agrediram os policiais.

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O confronto ocorreu por volta das 17h (hora local) e foi acalmado cerca de meia hora depois. Já a Basílica ficou aberta apenas até às 19h30.

Na agenda oficial, a visita à basílica símbolo do santo católico estava programada para ocorrer após a viagem para a cidade de Anguillara Veneta, onde Bolsonaro foi homenageado com a cidadania honorária.

No local, o presidente iria ver as relíquias de Santo Antônio, mas a Diocese de Pádua ressaltou que não receberia o mandatário como uma visita formal. Também o prefeito da cidade, Sergio Giordani, informou que não teria espaço na agenda para receber Bolsonaro.

No entanto, por conta do protesto e da confusão com os policiais, que alegaram que não houve pedido formal para realizar o ato, o presidente teria ido para um hotel em Pádua aguardar a situação se acalmar. Segundo a mídia italiana, a comitiva do mandatário não foi vista mais após um almoço oferecido a ele em Anguillara Veneta.

Visita ocorreu à noite

Após ser provisoriamente adiada devido aos protestos violentos, a visita do presidente Jair Bolsonaro à Basílica de Santo Antônio, em Pádua, foi realizada na noite desta segunda-feira (1º).

O líder brasileiro entrou na igreja pela porta lateral, na via Cesarotti, logo depois que o acesso principal da Basílica foi fechado aos fiéis, por volta das 19h30 (horário local). A visita durou pouco mais de 30 minutos.

Da Ansa

A violência urbana é um problema com altos números no Estado de Pernambuco: apenas no primeiro semestre de 2019, segundo divulgado pela Secretaria de Defesa Social (SDS) em 11 de julho do último ano, foram registradas 42 mil ocorrências classificadas como roubo, assalto ou furto. Também em 2019, dados do Atlas da Violência produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) classificou o Recife como a sétima capital mais violenta do Brasil. 

No contexto da pandemia de Covid-19, porém, os dados têm mostrado uma redução no número de crimes do Estado em relação ao último ano. Segundo a SDS, em maio de 2019 foram registrados 7.457 crimes contra o patrimônio, enquanto no mesmo mês de 2020 foram 3.360, uma redução de 54,9%. Apesar disso, em ruas da área central do Recife, o cenário tem sido marcado, em meio à pandemia, por relatos de insegurança. 

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No bairro de Santo Antônio, as queixas de quem trabalha, mora ou circula pela área apontam para um aumento da frequência de assaltos a quem passa pelas ruas, mesmo após a reabertura do comércio das 9h às 18h, desde o dia 15 de junho. Lá a sensação de insegurança aumentou durante a pandemia, na percepção de populares da região.

*Bia - nome fictício - tem 47 anos e nos últimos 18 tem trabalhado em um ponto comercial na área central da capital pernambucana. Ela aponta tanto o desemprego causado pela Covid-19 quanto a violência urbana como motivos para a redução do movimento no bairro que, segundo ela, tem problemas com o policiamento e é palco de ocorrência de crimes diariamente, cometidos quase sempre pelas mesmas pessoas, e à mão armada. 

“Muito assalto. De faca, peixeira, facão. Aqui na Rua Pedro Ivo tem um homem de facão que fica atrás de uma palmeira. Eles não mexem com os comerciantes, mas qualquer pessoa que passar nessa rua depois das 18h é roubada com um facão. Eles tiram onda dizendo que não têm medo, o centro do Recife dá pena. Viatura aqui é rara e eles só passam”, disse. Ela citou também outros locais que considera perigosos, como a Praça da Independência (popularmente conhecida como Praça do Diario), a Rua Nova e as proximidades da Igreja de Santo Antônio, onde ela afirma que dias atrás um homem foi ferido por dois golpes de faca e o socorro só chegou duas horas depois. 

Uma pessoa que trabalha no bairro de Santo Antônio e não quis se identificar por motivos de segurança, após ter sofrido um assalto na última quarta-feira (19) quando esperava por um ônibus na Rua do Sol, entre a Ponte Duarte Coelho e Ponte da Boa Vista (conhecida como Ponte de Ferro), contou que também já ouviu relatos de outros conhecidos que foram vítimas na mesma área. “Normalmente eu largo às 22h, mas durante a pandemia estou saindo do trabalho às 20h por causa do horário dos ônibus e por segurança”, acrescentou o entrevistado. Segundo ele, foram quatro meninos, adolescentes, que saíram da Rua Matias de Albuquerque, um deles armado com uma faca. “Levaram minha mochila com a carteira, dois celulares e outros itens de uso pessoal. O prejuízo foi de R$ 2.950, além de ter precisado tirar novamente documentos e bloquear cartões”, relatou.

Filipe* - nome fictício - afirma que, em sua opinião, o bairro ficou mais perigoso no período de pandemia. “Tem pouca gente circulando nas ruas e nas paradas de ônibus, fica esquisito a partir das 18h e depois das 20h não tem mais ninguém. Também sinto falta de policiamento e nunca vi guarda municipal aqui, só na praça [do Diario], ficam zanzando e não fazem nada”, disse ele. 

Na ocasião do assalto, Filipe usou o celular de um vigia para chamar a polícia, que tardou a chegar ao local. “Demorou uns 10 minutos, aí [os ladrões] já estavam longe. Se desse para acionar a viatura que fica na praça, em um minuto estaria lá”, afirmou o rapaz, alegando também que na sua opinião, uma presença de policiais na rua onde o crime ocorreu “poderia intimidar os bandidos a fazer alguma ação”. 

Lucas* nome fictício - tem 23 anos e trabalha como comerciante na Avenida Guararapes, localizada no bairro de Santo Antônio, centro do Recife. Ele já presenciou várias situações de violência, vê assaltos cotidianamente e em sua avaliação, a insegurança reduz a circulação de pessoas a pé na região do centro por medo da criminalidade. 

“Antigamente, a gente vendia muito bem, as pessoas transitavam andando, vinham de ônibus e desciam na Conde da Boa Vista e iam a pé para o Marco Zero, mas agora decidem não ir a pé por causa de assalto. Eu via policiamento um tempo atrás, chegavam 6h saíam às 9h, enquanto tiver aglomeração de pessoas ficam só para fazer plantão. A hora que alguém estiver vulnerável com celular na mão, tem hora não, basta ver a oportunidade”, contou o rapaz. 

Perguntado sobre como os assaltos ocorrem, Lucas afirma que há tanto à mão armada como apenas com ameaças, e que as rotas de fuga dos assaltantes comumente são parecidas, bem como os crimes cometidos pelas mesmas pessoas. “[Assaltam com] arma branca, faca, tesoura. As pessoas evitam muito passar aqui pela Avenida Guararapes com medo de ser assaltadas. Muito furto de celular por intimidação fingindo estar armado. Em outras regiões está bastante frequente. Na Rua do Sol, na Ponte de Ferro, [Rua] Siqueira Campos. Eles cometem um assalto aqui, trocam de roupa e vem assaltar de novo. Costumam correr muito por aqui [apontou para a Rua Siqueira Campos] e Rua do Sol, é difícil correr para a Praça do Diario, mas às vezes correm”, afirmou ele.

Juliana* (nome fictício), comerciante que trabalha na Rua Matias de Albuquerque, se queixa de violência, sujeira e falta de iluminação na região onde tem seu ponto de vendas. “Aqui não tem nenhuma vigilância, só o vigia que a gente paga para tomar conta da barraca de noite. A gente abre de 9h até 18h, mas deu 4 da tarde não tem mais ninguém aqui, as pessoas vão embora com medo de assalto. A rua é mal iluminada porque essa lâmpada de luz amarela do poste não clareia nada, tem que ser luz branca”, reclamou a comerciante.

A queixa é pertinente. Durante a entrevista e em outras rondas pelo centro do Recife, a equipe de reportagem do LeiaJá encontrou mau cheiro na Rua Matias de Albuquerque durante o dia, horário em que os clientes fazem compras. Após o anoitecer, foram encontrados vários pontos mal iluminados na Rua Barão da Vitória, Ponte Velha, junto à Casa da Cultura (perto do rio e da estação de metrô), nas imediações da Rua da Concórdia (próximo ao metrô da Estação Recife), na Rua Doutor Sebastião Lins (próximo ao cinema São Luís), atrás do Mercado da Boa Vista e também na Rua da Aurora. 

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Procurada pelo LeiaJá, a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), que é responsável pela iluminação pública da cidade junto a empresas terceirizadas para a realização do serviço, afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que “sobre estas vias do centro, iremos solicitar a nossa equipe de fiscalização para que sejam vistoriados os logradouros informados”. 

A vendedora Ana Cristina Rodrigues de Souza, 44, trabalha em uma loja da Rua Nova e contou que desde a reabertura do comércio, está muito difícil de bater as metas de vendas necessárias para compor o salário do mês devido ao movimento fraco, que ela atribui, em grande parte, à violência urbana no centro do Recife. “Realmente aumentou muito devido à pandemia. Eu achei que de fato aumentou muito a incidência de assalto aqui no centro da cidade. Se você olhar, as ruas estão vazias”, disse ela.

De todas as pessoas ouvidas na reportagem, Fátima Santos, de 66 anos, foi a única que afirmou não sentir medo da violência urbana do centro do Recife. Ela, que está aguardando a liberação de sua aposentadoria e deu entrevista enquanto esperava um ônibus em frente à Igreja de Santo Antônio, afirmou que percebe que a região é violenta, mas entrega sua vida “a Deus”. 

“Eu já vi gente passar por mim e dizer ‘irmã eu fui assaltada ali, como é ruim, irmã, perdi isso, roubaram celular’. Quanto mais a gente tem medo as coisas acontecem. Eu não tenho medo não, só entrego a minha vida a Deus e saio para a rua. Vai roubar de mim o que? Eu sou uma idosa, nem aposentada eu estou ainda. Até aqui nunca fui atingida e creio que nunca vou, nem eu, nem meus familiares”, disse ela. 

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Diante da percepção de aumento da criminalidade por parte da população no período de pandemia de Covid-19 no centro do Recife, o LeiaJá procurou a Polícia Militar de Pernambuco para saber quantas ocorrências foram registradas no bairro de Santo Antônio desde que o comércio foi reaberto em 15 de junho, como é feito o policiamento da área e quais providências podem ser adotadas para solucionar o problema. Confira, a seguir, a nota enviada como resposta: 

“A Polícia Militar informa que mantém o policiamento no bairro de Santo Antônio através de Motopatrulheiros, Guarnições Táticas e Grupo de Apoio Tático Itinerante (GATI), que atuam em toda a área, além de contar com operações planejadas de combate ao CVP (Crimes Violentos contra o Patrimônio) e CVLI (Crimes Violentos Letais Intencionais). O comandante do 16º Batalhão, tenente-coronel Rogério Manoel, informa que, de acordo com as informações do Pacto Pela Vida, do dia 15 de julho de 2020 ao dia 18 de agosto de 2020, foram registrados 135 CVP’s no bairro de Santo Antônio. Enquanto que no mesmo período do ano passado houve o registro de 223 casos, o que representa uma diminuição de 39%".

Ainda na nota, "o comando reforça que o Núcleo de Inteligência da Unidade continuará realizando o levantamento dos criminosos que possam estar atuando na respectiva área, a fim de serem repassadas as informações para o policiamento ostensivo no intuito de prendê-los no caso de praticarem algum tipo de delito”.

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As festas juninas são, junto ao período carnavalesco, as comemorações mais queridas dos nordestinos, que passam o ano esperando pelo momento de preparar a decoração, vestimenta, os alimentos, bebidas, músicas, brincadeiras e fogueiras. A origem da celebração que homenageia Santo Antônio, São João e São Pedro, no entanto, é desconhecida por muitas pessoas que vivenciam as festas. 

A professora de história Cristiane Pantoja explicou que as festividades de São João, Santo Antônio e São Pedro datam do século XV e têm nas manifestações culturais de música e dança não apenas homenagens, mas também agradecimentos aos santos. 

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“A própria quadrilha é uma manifestação de dança, mas antes de tudo,  agradecimento aos santos. Como fator de nossa cultura, a miscigenação também aparece nos elementos juninos. Indígenas e africanos dão sua contribuição na alimentação, na arte e na música”, contou a professora.

Severino Vicente da Silva, professor do Departamento de História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), conta que a tradição se iniciou na Europa, quando o cristianismo começou a dominar os povos francos e germânicos, tidos como “bárbaros”, e tentar apagar suas crenças implantando o catolicismo no lugar. 

“Eles tinham seus deuses e era uma noite longa, fria a de 23 para 24 de junho, e era uma noite sagrada. Eles iam para as florestas, lá pelo o século V e lá eles acendiam grandes fogueiras em homenagem para ao seu deus da fertilidade, Deus Chifrudo. No lugar da festa do Deus Chifrudo, dia 24 de junho, dia do solstício, se imaginou uma festa ligada ao primo de Jesus, no dia do nascimento de São João”, explicou Severino.

O historiador Paulo Henrique Carneiro destacou o fato de que as celebrações dos povos pagãos na Europa também tinha o objetivo de espantar maus espíritos que pudessem atrapalhar suas colheitas, e que não era incomum a Igreja Católica incorporar costumes de outros povos a seus calendários. 

“Assim como a festa junina foi introduzida ao calendário festivo católico, outras festividades também foram introduzidas às celebrações cristãs. Essa era uma prática muito comum da Igreja Católica, realizada como uma forma de tentar facilitar a conversão de povos pagãos ao catolicismo”, disse ele.  

O professor da UFPE também contou que, ao colonizar o Brasil, foi na região do nordeste que os portugueses devotos dos santos juninos se instalaram a princípio, fato que explica a força da tradição na região. Além disso, segundo Severino, houve também uma mistura de tradições europeias e indígenas que deram às festividades o formato que conhecemos hoje.  

“O pessoal que veio da europa para o Brasil começou a fazer fogueiras nos engenhos e coincidiu com a tradição dos índios, que é a questão do milho, que tem a colheita em junho. O Nordeste é Brasil pra valer desde 1530. São Paulo é Brasil desde 1600 e alguma coisa. O Rio Grande do Sul é Brasil em 1700 e alguma coisa. O que eu quero dizer com isso? As mais profundas raízes da formação do Brasil estão aqui no Nordeste. Os alemães, poloneses, italianos, quando chegam aqui no Século XIX não têm essas tradições”, explicou o professor.

Apesar da força que as festas juninas têm no nordeste, há celebrações em outras regiões, que resguardam algumas diferenças em relação às festas nordestinas. Segundo o historiador Paulo Henrique Carneiro, um dos pontos em que há diferenças é na gastronomia. 

“A forma que nós nordestinos usamos raízes como batata, macaxeira e inhame, o milho cozido ou assado na fogueira, ou a diferença que a gente dá para os nomes das comidas. Por exemplo, a canjica aqui no nordeste é conhecida como curau no sudeste, ou a canjica do sudeste é o munguzá do nordeste”, contou ele.  

Mesmo dentro do nordeste, é possível perceber que as festas juninas têm mais força em cidades do interior que em regiões litorâneas onde em geral se encontram as capitais dos estados. Para a professora Cristiane Pantoja, o ritmo mais lento com que ocorrem mudanças nas cidades interioranas pode ser uma das razões para esse fenômeno. 

“Um dos entendimentos é saber que no interior as manifestações são menos afetadas pelas mudanças. Claro que acontecem e se renovam, mas com menor rapidez ou intensidade. Temos os povoados sendo criados a partir das Capitanias Hereditárias que são faixas litorâneas até o interior, mas quando falamos em maior ou menor intensidade de mudanças tradicionais, a tendência é modificar com menor rapidez e intensidade”, disse a professora. 

O professor Severino segue uma linha de raciocínio semelhante ao apontar o caráter rural das festas juninas nos períodos colonial, imperial e no começo da República, indicando também o fato de que as celebrações precisaram, com o tempo, se adaptar à urbanização do país. “Nas capitais você fica caricaturando o rural, era uma festa rural de um Brasil rural que agora urbanizou-se. O Brasil moderno que você conhece começa a nascer no século XX”.

Sobre a música, que é uma marca fortíssima do São João, especialmente com ritmos como o forró, o baião e o xote, Severino aponta as décadas de 1940 e 1950, a era do rádio, como o momento em que esses ritmos passam a ter fama e reconhecimento através da carreira de Luiz Gonzaga, que começou no Rio de Janeiro. 

“Vamo pegar o Baião. Luiz Gonzaga foi para o Rio de Janeiro, começa a tocar lá se torna um sanfoneiro famoso, mas quando começou ele tocava as músicas de lá, até que um dia alguém perguntou porque ele não tocava coisas de sua terra. Quando Luiz começou a tocar o que aprendeu com o pai foi modificando e adaptando o Sertão ao Rio de Janeiro e quando os nordestinos escutaram, se lembraram da sua terra”, disse ele. 

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A prefeitura de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, anunciou a proibição de fogos de artifício e a queima de fogueiras durante as festas de Santo Antônio, São João e São Pedro - celebrados tradicionalmente em junho no Nordeste do Brasil. A gestão municipal também suspendeu os eventos juninos na cidade como forma de evitar a proliferação do novo coronavírus. 

De acordo com o comunicado feito na noite dessa quarta-feira (3), a decisão foi tomada devido “à ocorrência da fumaça e o cheiro da combustão, que podem ser nocivos ao sistema respiratório”. 

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Além disso, segundo a gestão municipal, existe o risco de acidentes com queimaduras, podendo necessitar de internação, o que poderia levar a uma possível lotação nos hospitais e unidades de saúde. 

Petrolina já registrou 298 casos do novo coronavírus e dez óbitos. Pernambuco tem um total de 36.463 infectados e já registrou 3.012 mortes, segundo dados do boletim dessa quarta.

*Com informações da assessoria de imprensa

Nesta quinta-feira (30), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) inaugura o Armazém do Campo no Centro do Recife. No local, serão comercializados produtos agroecológicos vindos de assentamentos e acampamentos da Reforma Agrária e da agricultura familiar camponesa em todo o Brasil.

A abertura do Armazém do Campo Recife – localizado na Rua do Imperador Pedro II, 387, no bairro de Santo Antônio – está programada para as 10h30. No espaço também funcionará um Café/Bar e a livraria Expressão Popular.

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Participam da festa de abertura, a partir das 18h, o Som da Rural, Fred Zeroquatro, Juliano Holanda, Joana Terra, Luíza Fitipaldi, Vinícius Barros e Elton Moura. 

Serviço:

INAUGURAÇÃO OFICIAL DO ARMAZÉM DO CAMPO

Quinta-feira, 30 de Maio de 2019, 10:30h

Rua do Imperador Pedro II, 387. Santo Antônio, Recife  - PE

A Polícia Civil prendeu em flagrante Luiz Henrique de Lima, de 26 anos, na última quinta-feira (4). Ele é acusado de ter matado uma moradora de rua de 50 anos no bairro de Santo Antônio, área central do Recife. 

O suspeito foi encontrado em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Nesta sexta-feira (5), ele passa por audiência de custódia. 

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A moradora de rua foi morta a pedradas. O corpo foi encontrado no beco da Rua da Palma. O caso está sob o comando do delegado Guilherme Caraciolo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). 

Inspirado em escritórios de grandes empresas como Google e Facebook, o Ser Educacional inaugurou no Recife, nesta segunda-feira (13), um novo espaço de coworking, tecnologia e inovação. O chamado Overdrives fica localizado no coração da capital pernambucana, em frente ao Rio Capibaribe, e vai abrigar empresas que poderão buscar mentoria, receber aceleração ou se inspirar em novas ideias.

O empreendimento ocupa três andares e mais de mil metros quadrados do histórico Edifício Trianon, na Avenida Guararapes, no bairro de Santo Antônio, e conta com 160 áreas de coworking, 18 salas de reunião, auditório para 80 pessoas, copa equipada e um amplo espaço de convivência na cobertura com área verde.

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Os locais de trabalho vão desde uma vaga nas mesas dispostas numa área comum, até um escritório privativo. Os frequentadores também serão variados – startups que estejam em estágio inicial, empreendedores descolados, empresas consolidadas que queiram se aproximar do ambiente de inovação e ainda universitários motivados a desenvolver soluções.

No amplo espaço serão desenvolvidos três projetos. O primeiro deles é o de aceleração. A ideia do Ser Educacional é oferecer a infraestrutura, aporte de capital e mentoria para ajudar as empresas, startups e estudantes a tirar suas ideias do papel.

A cada semestre, serão selecionadas seis startups - de áreas como educação, saúde, varejo, logística e construção civil - para receber um aporte financeiro de até R$ 100 mil. Os empreendimentos interessados poderão se inscrever através de um edital que será divulgado já na próxima segunda-feira (20), por meio do site oficial da Overdrives.

A segunda proposta inovadora trata-se do programa de residência para startups, um espaço de trabalho para empresas consolidadas, que terão acesso ao ambiente, aos conteúdos e receberão mentoria periódica de acordo com a metodologia de trabalho utilizada. Os interessados poderão se inscrever também por meio do site e não pagarão nada para usufruir da infraestrutura.

Já o terceiro programa, chamado solvers, pretende conectar empresas consolidadas com talentos da universidade. Os estudantes, inicialmente da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, serão incitados a resolver problemas internos de grandes companhias durante quatro meses. Todo o processo será apoiado por professores e profissionais especializados. O objetivo é, a partir do segundo semestre, expandir a ideia para alunos de outras instituições de ensino.

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O presidente do Ser Educacional, Jânyo Diniz, diz que Recife é uma das cidades com maior potencial para geração e suporte de startups. "O centro de inovação tem a missão de se colocar à disposição da sociedade, das indústrias e das empresas para que elas possam buscar soluções específicas para o seu negócio e também dos empreendedores, para que eles busquem apoio no desenvolvimento de suas ideias", disse o executivo.

Também idealizador do centro de inovação e VP de inovação e serviços do Ser Educacional, Joaldo Diniz, explica que o empreendimento - com investimento de R$ 6 milhões só no primeiro ano - tem a maior empresa de tecnologia do Recife, a Accenture, como parceira inicial. "Esse ambiente vai ser diariamente motivado a ter palestras e eventos para que as startups que estejam aqui conheçam as dúvidas e as dores que o mercado tem para solucioná-los", ressalta.

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O relógio marca 19h no Centro do Recife. Em plena segunda-feira, a iluminada quadra, ao lado do Skate Park na Rua da Aurora, recebe um grupo de mulheres. Uma bola, algumas chuteiras, afinal nem existe a obrigação do uso do calçado, e muitas risadas. As peladeiras chegaram para mais uma noite de muito futebol.

Não há novidade alguma em dizer que este grupo, com idade média entre 18 e 25 anos, gosta de jogar futebol. Afinal essa é a rotina do Aurora F.C desde o dia 13 de janeiro de 2016. Porém, ter a coragem de ocupar o espaço público e aguentar certas situações erradas, mas corriqueiras, do cotidiano na cidade, é algo inspirador.

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Tudo começou com um grupo. Organizado entre amigas que buscavam bater bola na quadra de um prédio mas acabaram sendo barradas. Daí, era hora de procurar o equipamento da cidade. O local escolhido é costumeiramente ocupado por homens. Tanto que de início foi preciso encarar algumas situações chatas. Em conversa com os usuários, as meninas ouviram que não tinham preferência para jogar por serem mulheres.

"O conceito surgiu da prática. Só quando começamos a jogar foi que realizamos o fato de sermos o único grupo de mulheres jogando em quadra pública. No começo algumas pessoas passavam de bicicleta dentro da quadra, alguns meninos ficavam chutando bola para dentro também e a gente pedia para sair. Até que, com o tempo, fomos conquistando o espaço, e o respeito do entorno", destaca a advogada Andrielly Gutierrez.

Até por esse período já de estabilidade, e até certa tranquildade para as jogadoras do Aurora F.C, que um episódio no último dia 4 foi marcante. Por meio de uma postagem no Facebook, o grupo denunciou a atitude machista de um único homem para impedir a realização da pelada. Sozinho, o indivíduo alegou que não deixaria a quadra por ter chegado mais cedo e, quando acabou cedendo à inferioridade numérica, ameaçou trazer outros homens para expulsá-las. 

"Foi até estranho para nós. Não o fato de um homem ser infantil com mulheres que jogam bola, mas um único cara, sozinho, não deixar a gente jogar, mesmo sabendo que estamos há quase dois anos com esse horário reservado. Dissemos que era possível ele jogar depois de terminarmos, ou até estabelecer um horário, porém não havia acordo", contou Andrielly.

Problema resolvido, ao menos por enquanto. A ameaça de voltar com outros para expulsar as jogadoras na base da força não foi cumprida. E mesmo que houvesse, a Guarda Municipal marcou presença para garantir a tranquilidade do grupo. O LeiaJá visitou a pelada e conversou com algumas integrantes para explicar mais sobre a iniciativa exemplar.

Conheça o Aurora F.C.:

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Os rodoviários realizam, na manhã desta terça-feira (27), um protesto surpresa na área central do Recife. A manifestação começou por volta das 10h30 e bloqueia o cruzamento da Rua do Sol com a Avenida Guararapes, no bairro de Santo Antônio. A categoria estacionou os ônibus da via, dificultando o tráfego na região. A expectativa é que o protesto dure 1h.

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A categoria é contra a violência nos coletivos e a demissão dos cobradores de ônibus na Região Metropolitana do Recife (RMR). Segundo o Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, já foram registrados 2.026 assaltos à ônibus somente em 2017.

''O governador tirou os cobradores alegando que com isso iria dimunir o número de asaltos. E a gente sabe que isso é verdade. Ainda têm muitos ônibus que ainda são assaltados e muitos não chegam a registrar ocorrência. O governador está mentindo para a sociedade na tentativa de evitar o caos", informou, em entrevista ao LeiaJá, o motorista Willams da Silva.

''Tivemos uma negociação salarial sem êxito. Se o governador não decidir nada, vamos unir a categoria para votar a possibilidade de greve'', complementou.

Com informações de Eduarda Esteves

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Quem anda pelo bairro de Santo Antônio, no Recife, mais precisamente pelas ruas das Flores e Camboa do Carmo, provavelmente já precisou desviar das placas que anunciam compra e venda de ouro, ou então responder a alguma abordagem dos compradores. A quantidade de gente envolvida nessa atividade chama a atenção. As camisas de cores berrantes e as interpelações são marcas registradas. Há espaço para negociar prata, mas ouro é o principal.

O comércio é de longa data, focado principalmente em pequenos objetos como anéis e cordões. O local também abriga várias joalherias e, na grande maioria das vezes, o material comprado fica por lá mesmo, transformado em novas jóias. Nada de grandioso, como talvez a figura do ouro nos leve a imaginar. As décadas de negociações, porém, renderam algumas histórias tão valiosas quanto o metal dourado.

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Avaliação grátis

Naldinho Jamaica, como é mais conhecido, trabalha há quatro anos abordando pessoas interessadas em vender ouro. Ele leva uma comissão caso o negócio se concretize. Como um bom vendedor, ele não para quieto. "Eu fico de olho também em quem está na concorrência e tento pegar o cliente pra mim", conta, sem constrangimento algum. Capitalismo selvagem em seu estado mais bruto. A avaliação, apesar disso, não custa nada ao cliente.

Essa é primeira etapa do processo para quem quer se desfazer de algo de valor no bairro de Santo Antônio. Essas pessoas são chamadas de captadores. Os anos de experiência já até lhe credenciam a saber que peça vale a compra ou não. "Quando consigo um, levo lá em cima e fico esperando no que vai dá", afirma Jamaica. O "lá em cima" ao qual se refere é a sala do comprador para quem trabalha, que fica no edifício Solimões, na Rua da Flores.

O prédio abriga uma infinidade de joalherias e atravessadores que negociam ouro. No local, a movimentação é intensa. Quase todos, porém, discretos em falar abertamente sobre esse tipo de comércio, principalmente os compradores. Nenhum quis conceder entrevista à reportagem do LeiaJá, sob a justificativa de que a exposição não seria boa.

Garimpeiros urbanos

Já caído em desuso há muito tempo, os dentes de ouro ainda aparecem como artigo de negociação. "Até hoje vem coveiro. E é o melhor ouro, porque é de 22 quilates, que é pra não ter rejeição do corpo", explica o ourive Heriberto Rodrigues, 57 anos, sendo 40 deles negociando e fazendo jóias. "Quando tem a troca dos ossuários antigos, sempre sobra um dente ou outro. Ninguém reclama, eles pegam", diz, de forma descontraída.

Heriberto explica que sua primeira missão do dia é ver a cotação no jornal. Com o preço definido, ele recebe os interessados no negócio. A grama, atualmente, varia entre R$ 120 e R$ 125. "Aqui o que mais vêm são dois tipos de garimpeiros: os do mar, que mergulham atrás de jóias perdidas pelos banhistas, e os do asfalto, gente que vai de casa em casa, procurando peças para comprar e vender pra gente", afirma.

Carnaval

Os dias que sucedem a Folia de Momo aquecem o mercado por um simples motivo: o fim dos noivados, provocado por traições ou simplesmente ciúmes. Ronaldo Vieira, 44 anos de praça, aproveita essas crises amorosas. Ele é atravessador: compra para vender aos ourives. Às vezes, confessa, tem pena, e se o noivo(a) for rápido(a) e voltar lá depois de bater o arrependimento, ele devolve o anel. Porém, não sem antes lucrar. "Eu dou retorno, mas cobro. Se ele me vendeu por 200, por exemplo, vai voltar para mão dele por 250", crava.

Já Heriberto diz que os arrependidos não dão sorte com ele. "Quando volta alguém sempre é tarde, eu já tenho derretido. Derreto assim que compro. É triste, mas não posso fazer nada", defende-se. Entretanto, de acordo com ele, não são só os términos que movimentam as negociações da Camboa do Carmo, onde ele atua. "Se eu compro 10 alianças por dia, também vendo 10. É equivalente. De mesmo jeito que um monte de casamento acaba, outros tantos começam", comemora.

Corrida do ouro

Os anos do garimpo de Serra Pelada, há quase 40 anos, são apontados como a época dourada do comércio no Brasil. Apesar de ficar a mais de dois mil quilômetros do Recife, o ouro de lá do interior do Pará veio bater aqui. "Tinha gente que fugia dos impostos. Aí traziam para vender aqui para conseguir um preço melhor. Geralmente pepita ou em pó", recorda Heriberto.

Essa "fuga" acontecia porque, em 1980, o governo brasileiro interviu na área e todo metal encontrado deveria ser vendido apenas à Caixa Econômica. Mas esse ouro não era pra todo bolso. "Não cheguei a comprar nada de Serra Pelada, porque era coisa fina e eu não tinha capital. O que eu fazia era repassar e pegar comissão", lembra Ronaldo.

Segundo ele, as grandes negociações enriqueceram alguns, mas também trouxeram desgraça a outros. A "febre do ouro" fez até vítimas fatais na capital pernambucana. "Aconteceu de comprador se enganar e pegar mercadoria falsa. Conheci, inclusive, gente que se matou por causa do prejuízo", conta.

É consenso geral que o negócio caiu nos últimos anos. O motivo apontado é a grande quantidade de novos negociantes que surgiram. "Agora tá fraco demais. Eu mesmo estou há cinco dias sem nada. É muita concorrência. O desemprego fez o negócio aumentar", afirma Ronaldo. Para Heriberto a falta de conhecimento dos rivais também atrapalha. "É muita gente que nem entende direito do assunto. Isso faz o preço cair", reclama.

O novo procurador-geral de Justiça de Pernambuco, Francisco Dirceu Barros, toma posse nesta sexta-feira (13). Ele foi o escolhido pelo governador Paulo Câmara (PSB) da lista tríplice para assumir o comando do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O evento acontece, às 15h, no Salão dos Órgãos Colegiados, do Edifício Roberto Lyra, no bairro de Santo Antônio.

A lista tríplice é formada com o nome dos três candidatos mais votados pelos procuradores e promotores. O anúncio oficial da escolha ocorreu no último dia 4 de janeiro. 

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Dirceu é mestre em Direito, especialista em Direito Penal e Processo Penal e professor da Escola Judiciária Eleitoral (EJE). Possui 67 livros publicados com o tema judicial. Ele comanda a instituição no biênio 201-2018. 

A concessionária Santo Antônio Energia, dona da hidrelétrica Santo Antônio, que está em construção no Rio Madeira, conseguiu uma vitória parcial com a área técnica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que o cronograma da usina seja alterado.

Depois de analisar novas justificativas apresentadas pela empresa, técnicos da agência reconheceram que as obras da hidrelétrica foram prejudicadas em 19 dias, por causa de uma greve ocorrida em 2013.

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A Superintendência de Fiscalização de Geração da Aneel (SFG) já havia rejeitado o pedido da concessionária sobre essas paralisações. A decisão foi revertida, porém, por conta de um novo documento apresentado à agência. Em decisão unânime, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) entendeu que houve "abusividade da greve", ou seja, a paralisação foi declarada ilegal pelo poder judiciário.

Diante dessa nova informação, declarou a área técnica, a greve ocorrida em 2013 pode ser "caracterizada como excludente de responsabilidade pelo atraso no cronograma de implantação da hidrelétrica Santo Antônio".

A SFG já havia reconhecido o direito da empresa em prorrogar seus compromissos financeiros e de geração por mais 37 dias, por conta de outras paralisações ocorridas em 2011 e 2012. Com a decisão, portanto, a avaliação é de que a concessionária tem de ser isentada de 56 dias de atrasos.

A Santo Antônio Energia já havia pedido que fosse perdoada por 107 dias de atraso em suas obras, sob o argumento de que não teve responsabilidade por essas paralisações. A diretoria colegiada da agência, no entanto, rejeitou integralmente o pleito da empresa, em decisão tomada em abril.

Santo Antônio já teve de desembolsar cerca de R$ 2,2 bilhões desde 2014 por conta de obrigações de recompra de energia que deveria ter sido entregue às distribuidoras. Em abril, quando teve seu pedido rejeitado pela Aneel, a empresa estimou que a decisão tenha provocado um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os olhos do setor elétrico voltam-se para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Nesta semana, o STJ deve julgar uma ação movida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que tenta derrubar uma liminar concedida à Santo Antônio Energia, dona da Hidrelétrica de Santo Antônio.

A concessionária, dona da usina que está em fase de conclusão no Rio Madeira, em Porto Velho (RO), foi a primeira a obter uma liminar da Justiça, que a desobrigou de ter de assumir os custos atrelados aos riscos hidrológicos do País - regra que tem causado um rombo bilionário no setor. É justamente essa condição que a Aneel agora pretende derrubar no STJ.

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O caso, que em princípio parece interessar exclusivamente à concessionária Santo Antônio Energia, ganhou a atenção de todos os geradores do setor elétrico, por conta do efeito cascata que poderá produzir.

Nas últimas semanas, dezenas de hidrelétricas representadas por associações entraram na Justiça para requerer a mesma liminar dada à Santo Antônio Energia. E todas elas obtiveram sucesso. Ao todo, mais de 70 hidrelétricas estão hoje desobrigadas de assumir o ônus causado pelo risco hidrológico do País, a partir de liminares concedidas pela Justiça. Se a Aneel, porém, obtiver sucesso no STJ e conseguir derrubar a liminar de Santo Antônio, o mesmo desfecho deverá ser dado para as demais usinas do País.

A origem dessa batalha jurídica está na falta de chuvas dos últimos anos e no consequente acionamento constante das termoelétricas. Sempre que uma hidrelétrica não entrega a energia que havia prometido fornecer, ela é obrigada a recorrer ao mercado à vista para comprar o que deixou de produzir e entregar a seus clientes. Como o custo da energia está muito alto devido ao preço alto cobrado pelas térmicas, essas despesas atingem patamares bilionários.

Nos últimos meses, o conjunto de hidrelétricas brasileiras tem gerado cerca de 80% do que deveria, mas a regra do setor, em geral, trabalha com uma faixa de 95%. Como o sistema funciona com um clube, todas têm de arcar com parte desse gasto para alcançar esse patamar. A liminar conquistada pela Santo Antônio Energia e, posteriormente, pelas demais hidrelétricas do País, limita o risco dessas usinas a faixa de 95%, ou seja, a empresa só precisa comprar 5% do que deixa de gerar, e o restante é pago pelas demais usinas do País.

O ministro de Minas e Energia (MME), Eduardo Braga, disse nesta segunda-feira, 13, que está otimista em relação à solução para o problema do déficit na geração de energia hidrelétrica.

Segundo o ministro, até o fim da próxima semana, o governo deve anunciar uma reestruturação do modelo atual do chamado GSF para mitigar os atuais problemas do risco hidrológico. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Santo Antônio Energia pediu ao governo a antecipação do cronograma de obras da usina, em Rondônia, para conseguir produzir mais energia. O presidente da empresa, Eduardo Melo Pinto, disse que a usina poderá agregar 150 megawatts médios ao sistema.

Esse ganho seria obtido pela maior eficiência das máquinas da usina, aliada à antecipação da entrega das próximas turbinas. Atualmente com 32 turbinas, a usina teria que entregar mais 18 a partir de novembro deste ano até novembro de 2016.

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"Temos como acelerar esse cronograma e entregar essa energia adicional no curto prazo", disse o executivo. Segundo ele, a empresa poderia fazer essa entrega de 60 a 90 dias após a aprovação do governo.

O presidente da empresa disse que ainda não foi definido se essa energia adicional seria vendida às distribuidoras, ao mercado livre ou ainda se serviria de hedge.

Segundo ele, a receita proveniente desse adicional de energia não resolveria todos os problemas financeiros da usina. "Não nos salvaria do calvário, mas seria uma importante contribuição para a empresa e o sistema elétrico", disse.

O executivo assegurou que as turbinas teriam condições de gerar a energia adicional, apesar dos problemas que a usina teve com critérios da Aneel sobre o tempo de disponibilidade das máquinas. A agência quer que as turbinas estejam disponíveis para gerar por 99,5% do tempo.

"A energia adicional seria obtida com maior performance das turbinas, não pelo tempo de disponibilidade", explicou. Segundo Eduardo Melo Pinto, a usina hoje consegue cumprir o índice de 96,8%. Sem atingir o índice da Aneel, a empresa é punida e precisa arcar com despesas bilionárias ao adquirir energia no mercado de curto prazo.

A Ordem dos Advogados do Brasil seccional Pernambuco (OAB-PE) promove, nesta terça-feira (16), ás 18h30, um seminário de capacitação para advogados. O evento, que é feito pela Comissão de Sociedade de Advogados (CSA), é uma parceria com a Secretaria da Prefeitura do Recife e será realizado  no auditório da OAB-PE, na Rua do Imperador Pedro II, 235, Santo Antônio.

Dentro da programação do seminário, os advogados e funcionários de escritórios de advocacia receberão as instruções com relação aos serviços de abertura, acompanhamento de processos e nota fiscal eletrônica. Mais informações pelo telefone (81) 3424-1012.

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A partir desta terça-feira (11), os bairros de Santo Amaro, Boa Vista, Santo Antônio e São José recebem as atividades da equipe técnica da Sala do Empreendedor. A iniciativa é coordenada pela Gerência Geral de Emprego e Renda, da Secretaria de Desenvolvimento e Planejamento Urbano, e conta com um cronograma de atividades que seguirá até o dia 28 de novembro. Para participar dos cursos de capacitação, que são gratuitos, os interessados podem fazer a inscrição a partir desta quarta-feira (12) até a próxima segunda-feira (17), na Escola Sylvio Rabelo, no bairro de Santo Amararo.

A iniciativa é voltada para os micros e pequenos empreendedores, formalizados ou não, o trabalho dos agentes tem como objetivo orientá-los sobre os seguintes temas: linhas de financiamento, elaboração de cadastro de fornecedores, promoção de cursos de aperfeiçoamento profissional e gerencial, informações sobre o Programa Municipal de Compras Governamentais, informações sobre concessão de alvará, licenças ambientais e sanitárias e tributações.

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A programação conta com diversas capacitações, como Sei Controlar meu Dinheiro, Sei Comprar, Sei Vender, Sei Unir Forças e 'Como vender à Prefeitura' e o ciclo de oficinas SEI's do Sebrae: Sei Empreender, Sei Planejar. Além disso, haverá capacitação em manipulação de alimentos. As atividades programadas acontecem em parceria com o Sebrae. Para obter mais informações, os interessados podem ligar para o número 0800.281.3535.

Sala do Empreendedor

Escola Sylvio Rabelo

Av. Mário Melo, S/N - Santo Amaro

0800.281.3535

De 11 a 28 de novembro, a Sala do Empreendedor realiza ação itinerante com capacitações gratuitas voltadas para empreendedores. Durante esse período, a equipe técnica estará nos bairros de Santo Amaro, Boa Vista, São José e Santo Antônio promovendo diversas atividades. A iniciativa iniciará na Escola Sylvio Rabelo, em Santo Amaro, a partir das 18h30.

As capacitações abordarão os seguintes temas: linhas de financiamento, elaboração de cadastro de fornecedores, promoção de cursos de aperfeiçoamento profissional e gerencial, informações sobre o Programa Municipal de Compras Governamentais, informações sobre concessão de alvará, licenças ambientais e sanitárias e tributações.

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Para participar, os interessados podem fazer a inscrição no dia da abertura ou de 12 a 17 de novembro, na Escola Sylvio Rabelo. Para realizar a inscrição é necessário preencher uma ficha com dados pessoais. Comprar, Sei Vender, Sei Unir Forças. Além disso, haverá capacitação em manipulação de alimentos. As atividades programadas acontecem em parceria com o Sebrae.

A iniciativa é coordenada pela Gerência Geral de Emprego e Renda, da Secretaria de Desenvolvimento e Planejamento Urbano. Todas as atividades serão realizadas na Escola Sylvio Rabelo, localizada na Avenida Mário Melo, s/n, Santo Amaro. Para obter mais informações, os empreendedores podem ligar para o telefone 0800.281.3535. Confira a programação a seguir:

11/11 - Abertura, às 18h30

12 à 14/11 - Atendimento individualizado, das 9h às 17h

24 à 28/11 - Ciclo de oficinas SEI do Sebrae (os interessados podem fazer a opção do curso no ato da inscrição):

24/11: SEI Empreender, das 19h às 22h;

25/11: SEI Planejar, das 19h às 22h;

26/11: SEI Controlar meu dinheiro, das 18h às 22h;

27/11: SEI Comprar, das 19h às 22h;

28/11: SEI Vender, das 19h às 22h.

 

O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) André Pepitone disse nesta quarta-feira, 17, que a agência reguladora deve analisar os processos relativos ao imbróglio envolvendo a situação da usina Santo Antônio antes da próxima liquidação do mercado de curto prazo, ou seja, até o início de outubro. A análise parcial desses processos deveria ter sido feita no último dia 5, porém a Aneel decidiu adiar o prazo de forma a poder analisar todas as solicitações do grupo controlador da usina de forma conjunta. Os controladores do projeto, segundo Pepitone, entraram com um pedido de análise do fator de indisponibilidade da usina apenas na quinta-feira, 10.

"Temos o censo de urgência dessa demanda e quando as questões forem equacionadas, levaremos para pauta", afirmou Pepitone, que é o relator do caso. Um dia antes de ter seus processos avaliados pela agência reguladora, a Santo Antônio Energia, empresa responsável pelo empreendimento, entrou com uma nova solicitação envolvendo questões técnicas sobre a operação da usina.

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Além de ser multada em até 2% da receita operacional líquida caso venha a ser penalizada pela Aneel, a empresa que lidera o projeto Santo Antônio pode ser punida conforme estabelecido nos contratos estabelecidos nos mercados livre e regulado. De acordo com Pepitone, a Aneel não tem um cálculo de quanto poderia somar essas multas, no pior dos cenários.

Sobre a possibilidade de o projeto ser abandonado, o diretor da Aneel disse que a agência não trabalha com essa possibilidade, dado que 32 turbinas da usina já estão em operação. "Não há mais como voltar atrás", destacou.

A Aneel também analisa neste momento o pedido feito pelos responsáveis pela construção da usina Jirau para que seja revisada a validade dos contratos de venda de energia às distribuidoras. Eles solicitam que essa validade seja adiada, de forma a ser concatenada com a operação do sistema de transmissão do complexo do Rio Madeira.

Sinalização

A existência de processos envolvendo dois grandes projetos hidrelétricos em construção na região Amazônica é vista com cautela por Pepitone. Para o diretor da Aneel, há o risco de essa insegurança afetar a atração de investidores a outros projetos, caso da usina São Luiz do Tapajós.

"Santo Antônio, Jirau e Belo Monte são três empreendimentos estruturantes, que adentram a fronteira da Amazônia. É natural que o mercado observe o desempenho desses empreendimentos e essa situação pode sim afetar na avaliação de novos projetos", alertou o diretor, após proferir palestra no evento Energy Summit 2014, em São Paulo. "Por isso atuamos com profundidade nesses processos, de forma a dar sinal ao mercado que temos plena ciência que os empreendimentos serão determinantes para a visão dos investidores, sobretudo dos financiadores, a projetos na fronteira amazônica", complementou Pepitone. Colaborou Anne Warth.

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