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As comissões especiais da reforma política que analisam propostas de emenda à Constituição (PECs 344/13, 352/13 e outras) e projetos de natureza infraconstitucional (que não mudam a Constituição) realizam audiência conjunta nesta terça-feira (14) para discutir os sistemas eleitorais e financiamento de campanha com presidentes de partidos políticos.

No encontro, elas vão ouvir os presidentes nacionais de cinco partidos políticos, entre eles o do PSB, Carlos Siqueira; o do PDT, Carlos Lupi; e o do PCdoB, Renato Rabelo. A reunião está marcada para as 14h30.

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O debate prossegue na quinta-feira (16), às 9h30, quando deverão ser ouvidos os presidentes do PSDB, o senador Aécio Neves, e do DEM, o senador José Agripino.

O relator da comissão especial da reforma política, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), disse que pretende dar atenção especial a dois temas que considera centrais na discussão: o sistema eleitoral e o financiamento das campanhas. Segundo o relator, esses dois temas vão dominar as audiências públicas na comissão especial, para que os deputados "amadureçam suas ideias e tomem uma decisão segura".

A comissão especial se reúne na terça-feira (24) para definir o cronograma de trabalho e as primeiras audiências públicas. Além de cientistas políticos e representantes do Executivo e da Justiça Eleitoral, Marcelo Castro cita outros possíveis convidados para debater o sistema eleitoral e o financiamento das campanhas.

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"Quem está defendendo sistemas eleitorais publicamente deve ser convidado: por exemplo, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral; o vice-presidente da República, Michel Temer, vem defendo o sistema 'distritão'; o PT defende a lista fechada com financiamento público de campanha; o PSDB defende o distrito. Então, cada um desses segmentos deverá ser convidado para vir aqui", disse Castro.

Debate amplo

Os deputados já apresentaram oito requerimentos para a realização de audiências públicas na comissão especial, além de seminários e debates nos estados.

Na lista dos possíveis convidados estão as entidades da sociedade civil que elaboraram o projeto de lei "Eleições Limpas" (PL 6316/13); entidades de prefeitos e vereadores; o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli; e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, a quem cabe o último voto do STF sobre uma ação movida pela Ordem do Advogados do Brasil (OAB) para barrar o financiamento de campanhas eleitorais por parte de empresas.

Marcelo Castro já estabeleceu a meta a ser alcançada até o fim dos trabalhos dos parlamentares. "Uma reforma política que traga estabilidade política para o Brasil, fortaleça os partidos políticos, aproxime o eleitor do seu representante tanto na hora de votar quanto na hora de cobrar o exercício de seu mandato parlamentar e, principalmente, garantir um sistema eleitoral que seja indutor de uma atividade política cada vez mais ética", disse.

Prazo de funcionamento

O relator já adiantou que não pretende ultrapassar o prazo de 40 sessões do Plenário da Câmara para a aprovação do seu parecer. Por isso, ele quer evitar a "perda de tempo" com longos debates em torno de pontos da reforma política sobre os quais a maioria dos deputados já tem opinião formada, como o fim da reeleição para os cargos majoritários, a coincidência de eleições, a cláusula de desempenho e a proibição de coligações nas eleições proporcionais, ou seja, para a Câmara dos Deputados e os legislativos estaduais e municipais.

"Sobre os temas que são pontuais e de mais fácil compreensão, eu quero ver se a gente toma uma decisão o mais rapidamente possível, para poder se concentrar naquilo que constitui o núcleo da reforma eleitoral, que são o sistema eleitoral e o financiamento das campanhas", disse Marcelo Castro.

Na reunião de terça, a comissão especial também vai escolher o 3º vice-presidente, em eleição secreta. A comissão foi criada para analisar propostas que mudam a Constituição quanto ao sistema político-eleitoral (PECs 344/13, 352/13 e outras).

*Com informações da Agência Câmara

Na mensagem enviada ao Congresso Nacional nesta terça-feira (2) sobre o plebiscito para a reforma política, a presidente Dilma Rousseff frisou que os governantes precisam dar à população uma resposta adequada às reivindicações feitas nas últimas semanas. O documento com as sugestões do Executivo foi entre aos presidentes da Câmara e do Senado, Henrique Alves e Renan Calheiros, respectivamente.

"Cabe às instituições representativas não só comemorar mais esse avanço democrático, mas também dar a adequada resposta à voz das ruas, buscando diálogo e a celebração de pactos que possibilitem a construção de caminhos para o entendimento das demandas apresentadas", disse Dilma, que nos últimos dias tem realizado reuniões com governadores, prefeitos, representantes da sociedade civil e ministros.

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No documento, a presidente salienta a "necessidade de fortalecer o sistema político" e que, por isso, sugere ao Congresso Nacional a realização de uma "consulta popular, na forma de um plebiscito para que o povo se pronuncie sobre as linhas mestras que devem balizar a reforma política que o país tanto necessita".

O Executivo também sugeriu cinco pontos a serem considerados na elaboração das questões do plebiscito, ao lado de outros que "poderão vir a ser oportunamente apontados por deputados e senadores".

O primeiro deles é a forma de financiamento da campanha eleitoral, para permitir uma avaliação das vantagens e desvantagens do modelo atual e fazer comparações entre os modelos privado e misto. A possível reformulação do sistema eleitoral também está entre as propostas, para que se faça "uma opção entre o sistema proporcional como é hoje, o voto distrital puro ou misto, o voto majoritário para a eleição de parlamentares, o voto em lista fechada ou flexível, ou, então, o voto em dois turnos como propõem entidades da sociedade civil".

Dilma também sugeriu para o plebiscito a "continuidade ou não da existência de suplência nas eleições para o Senado, a manutenção ou não da existência de coligações partidárias para a eleição de deputados e vereadores, e o fim ou não do voto secreto no Parlamento".

Por fim, a presidente informa que consultou a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Cármem Lúcia, sobre prazos e procedimentos para a realização do plebiscito.

Para ler a íntegra da mensagem presidencial, clique no link abaixo.

Durante a Conferência Internacional “Acesso Individual a la Justicia Constitucional en America Latina”, que ocorre em Arequipa, na República do Peru, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, apresentou o sistema eleitoral brasileiro e exemplificou a utilização do equipamento.

Os integrantes do evento obtiveram informações sobre os mecanismos de funcionamento da urna eletrônica e do processo eleitoral brasileiro, e em seguida, participaram de uma eleição simulada. O aparelho foi apresentado em aos membros da Oficina Nacional de Processos Eleitorais e Jurado Nacional (ONPE), órgãos que organizam as eleições no Peru, pelos juízes Carlos Henrique Perpétuo Braga e Paulo de Tarso Tamburini.

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Cooperação - Ao final dos trabalhos da Conferência, reuniram-se, em encontro específico para cuidar da matéria constitucional-eleitoral, a presidente do TSE e os demais membros da equipe brasileira, o presidente da ONPE e o presidente do Tribunal Constitucional do Peru, para iniciar conversações sobre os pontos a serem desenvolvidos visando à concretização de cooperação entre os dois países.

A 17ª edição da Conferência Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais, maior encontro do Poder Legislativo da América do Sul, será realizada de 21 a 24 de maio, no Centro de Convenções. A União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale) e a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) organizam o evento deste ano.

Nesta edição, a Conferência apresenta o tema “Os desafios para o futuro que queremos”, trazendo uma visão do Brasil atual, sua inserção no contexto da economia globalizada, projetos em andamento e os desafios para assegurar o desenvolvimento sustentável.

Cerca de 900 deputados de diversos Estados devem participar do evento. Representantes de 33 países também são esperados na Conferência, como informa o presidente da Unale, deputado Artagão Júnior, do PMDB do Paraná. No encontro um dos temas discutidos tratará das possíveis mudanças no sistema eleitoral brasileiro.

De acordo com o presidente da Alepe, deputado Guilherme Uchoa (PDT), o evento acontece num momento em que Pernambuco desperta o interesse de investidores nacionais e internacionais e ao mesmo tempo, sofre com uma das piores secas da história.

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