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Uma mulher alega ter sido agredida após ter declarado que, em um eventual segundo turno entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), nas eleições de 2018, ela votaria no petista. O fato, de acordo com o relato publicado por Renata Martins no Facebook, aconteceu no último dia 15, em uma padaria da Rua Augusta, no Centro de São Paulo. Segundo a internauta, ela e uma amiga entraram no local, pediram fatias de pizza e sentaram ao lado de três homens no balcão da padaria, eles as questionaram sobre a preferência eleitoral e ao ouvir a resposta começaram a disparar ofensas contra elas e, em seguida, um deles deu um soco em Renata.
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“Respondemos que votaríamos no Lula porque o Bolsonaro não tem condições. Foi quando começaram as ofensas. Começaram a nos chamar de petistas e dizer que odiavam o PT e todos os petistas, porque o PT os havia roubado, que tinha acabado com a vida de pessoas como eles, de classe média alta. Que agora o dinheiro deles era roubado para sustentar esse monte de pobre, preto e preguiçoso, que não queria saber de estudar e sim de ganhar dinheiro de graça dos outros”, postou.
“Tentamos cortar o assunto, desviar o assunto, encerrar a conversa de diversas maneiras. Tudo para não ter que argumentar a respeito desse tipo de atitude preconceituosa que estávamos presenciando, e cada vez que tentamos, os argumentos foram ficando mais pesados e preconceituosos. Foi então que decidi me levantar e dizer: ‘desculpa, vocês estão falando muito absurdo, vou pagar a minha comanda pois não quero mais participar dessa conversa’. Nisso, um deles começou a gritar em alto e bom som: ‘É, VAI LÁ MESMO, POBRE TEM MESMO QUE PAGAR. VAI TOMAR NO …’ (sic)”, acrescentou.
Neste momento, conta Renata, ela voltou para o balcão onde estavam os homens para “dizer que já tinha escutado ofensas suficientes” e “iria acabar reagindo” se continuassem, mas os xingamentos não cessaram. “Então, perdi a cabeça e fui pra cima desse homem, na intenção de que ele se calasse e me deixasse em paz. Ele não se calou, muito menos me deixou em paz, ao contrário, esperou um funcionário do local intervir, para me pegar desprevenida e acertar um soco no meu olho com toda a sua força. Esse soco resultou em um sangramento imediato e então o funcionário pediu que parasse porque ele não tinha o direito de agredir uma mulher”, informou.
Depois do soco, Renata disse que tentou impedir que os homens deixassem o local, mas não adiantou. Em seguida, conta também que um funcionário da padaria tentou anotar a placa do carro deles, mas o número não foi identificado. A internauta relata ainda a tentativa de denunciar o caso para a polícia, mas frustrada. “Na hora, a sensação foi de pleno abandono e impotência, já que os próprios representantes da lei me disseram que não havia nada a ser feito. Voltei para casa ferida, física e psicologicamente”, diz.
Por fim, Renata Martins afirma ter solicitado as imagens das câmeras da padaria, mas ainda não conseguiu acesso. O LeiaJá entrou em contato com ela para saber mais detalhes sobre o caso, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno. A nossa reportagem também contactou a padaria, mas não conseguiu falar com os responsáveis pelo local.
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