Tópicos | Telmário Mota

O sobrinho do ex-senador Telmário Mota, Harrison Nei Correa Mota, conhecido como "Ney Mentira", de 49 anos, se entregou à Polícia Civil nesta quarta-feira (8). O sobrinho do parlamentar é investigado pela Polícia Civil de Roraima por supostamente ter sido o responsável por organizar a morte de Antônia Araújo de Sousa, em setembro deste ano. Ela é ex-mulher de Telmário e mãe de uma filha de 17 anos do ex-senador.

Correa Mota se entregou à Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), em Boa Vista, acompanhado de um advogado. Segundo a Polícia Civil, o sobrinho de Telmário negou participação no crime, em interrogatório ao titular da Delegacia Geral de Homicídios (DGH) da capital roraimense, João Evangelista.

##RECOMENDA##

"Eu estava no mato intocado. Não tinha advogado, e o meu pai foi quem disse que me ajudaria, porque eu não devo nada nesse crime. A motocicleta, eu comprei para a Cleidiane (ex-assessora de Telmário Mota) e entreguei para ela. Ela me deu R$ 4 mil reais e ganhei 500 de comissão. O dinheiro era dela. Eu estava com medo, um monte de acusação contra mim, de que planejei crime. Eu não devo nada disso, já fiz coisas erradas, mas já paguei na Justiça. Não passei arma para a Cleidiane e nem tive contato com o ex-senador", disse à imprensa antes de ser encaminhado ao instituto médico legal para exame de integridade física.

O delegado João Evangelista afirmou que a primeira fase foi finalizada com a prisão de Correa Mota, mas a operação continua. "É uma investigação complexa, que demanda tempo para ser concluída. Existe uma circunstância do dia do fato, outras relacionadas aos dias anteriores ao fato. Precisamos pormenorizar, aprofundar, para saber exatamente quem está envolvido e o que cada um fez. Cada peça que vamos juntando agora, vamos criando informações que serão interessantes para a Justiça", disse.

O sobrinho de Telmário Mota responde ainda na Justiça pelos crimes de estelionato, furto qualificado, crimes de trânsito, apropriação indébita, associação criminosa e roubo majorado.

Telmário será transferido de Goiás para Roraima

A Justiça autorizou nessa quinta-feira (9), a transferência do ex-senador Telmário Mota de Goiás para Roraima. Os procedimentos administrativos para cumprir a decisão já tiveram início.

De acordo com a Polícia Civil, "estão sendo realizadas as tratativas administrativas para proceder o recambiamento do ex-senador".

A investigação foi aberta para chegar aos envolvidos no assassinato de Antônia, morta com um tiro na cabeça por dois homens em uma moto no dia 29 de setembro no bairro Senador Hélio Campos, na zona oeste de Boa Vista (RR). Antônia foi abordada quando saía de casa para trabalhar. Um deles perguntou seu nome e, ao confirmar a identidade, atirou.

O ex-senador Telmário Mota será transferido de Goiás para Roraima. A Justiça autorizou nesta quinta-feira, 9, a transferência. Os procedimentos administrativos para cumprir a decisão já tiveram início.

Ele é tratado pela Polícia Civil como o mandante do assassinato da ex-mulher. Telmário foi preso no dia 31 de outubro.

##RECOMENDA##

O sobrinho do ex-senador, Harrison Nei Correa Mota, conhecido como Ney Mentira, apontado como responsável pelo planejamento e logística do crime, se entregou nesta quarta, 8, acompanhado do advogado. Ele foi ouvido por cerca de três horas na Delegacia Geral de Homicídios e negou envolvimento no caso.

Com a prisão, a última pendente, a fase ostensiva da investigação foi concluída. O inquérito segue. A Polícia Civil aguarda a perícia em projéteis encontrados na fazenda do ex-senador. Os laudos estão sendo produzidos pelo Instituto de Criminalística Perito Dimas Almeida. Testemunhas e suspeitos também estão sendo ouvidos.

"É uma investigação complexa, que demanda tempo para ser concluída. Existe uma circunstância do dia do fato, outras relacionadas aos dias anteriores ao fato. Precisamos pormenorizar, aprofundar, para saber exatamente quem está envolvido e o que cada um fez. Cada peça que vamos juntando agora, vamos criando informações que serão interessantes para a Justiça", explicou o delegado João Evangelista em entrevista coletiva.

Dado como foragido, o ex-senador de Roraima Telmário Mota foi preso na noite dessa segunda (3), em Nerópolis, em Goiás. Ele é suspeito de mandar matar a mãe da filha, Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos.

A mulher era testemunha da investigação contra o parlamentar, de 65, sobre um suposto estupro cometido contra a filha de 17 anos, no ano passado. Antônia iria prestar depoimento em uma audiência marcada para 2 de outubro, mas foi assassinada com um tiro na cabeça em 29 de setembro, três dias antes do julgamento.

##RECOMENDA##

Uma operação da Polícia Civil foi deflagrada na manhã de ontem com o cumprimento de três mandados de prisão e sete de busca e apreensão. Entretanto, Telmário não foi localizado em Roraima e a investigação foi informada de que ele poderia estar em Brasília.

O sobrinho do senador, Harrison Nei Correa Mota, conhecido como "Ney Mentira", também foi indiciado por envolvimento no crime e segue foragido. Outro homem identificado como executor, Leandro Luz da Conceição, foi preso em Caracaí, no interior de Roraima.

A assessora Cleidiane Gomes da Costa, que trabalhava com Telmário a cerca de 20 anos, seria responsável por monitorar Antônia e repassar os detalhes da sua rotina a Telmário. Ela também é investigada.

A Polícia Civil de Roraima tenta prender o ex-senador Telmário Mota na investigação sobre o assassinato da mãe de sua filha, Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos. O ex-parlamentar é suspeito de ser o mandante do crime. Filiado ao Solidariedade, Mota está fora do Senado há dez meses. No ano passado, tentou a recondução ao cargo, mas não foi reeleito.

Mota foi senador entre 2015 e 2022. Nas eleições do ano passado, obteve 19 mil votos e terminou em terceiro lugar na disputa em Roraima, atrás de Hiran Golçalves (PP) e Romero Jucá (MDB).

##RECOMENDA##

A investigação foi aberta para apurar os responsáveis pelo assassinato de Antônia Araújo, mãe de uma filha do ex-senador. A jovem de 17 anos acusou Telmário de estupro no ano passado. A adolescente narrou que ele tentou tirar a roupa dela em um passeio no Dia dos Pais. Antônia ficou ao lado da filha na denúncia. Quando o caso veio a público, ele negou as acusações e disse ser vítima de perseguição de adversários políticos. O Estadão procurou Telmário Mota nesta segunda-feira, 30, mas ainda não obteve retorno até a publicação deste texto.

A ex-mulher de Telmário foi morta com um tiro na cabeça no dia 29 de setembro no bairro Senador Hélio Campos, na zona oeste de Boa Vista (RR), por dois homens em uma moto. Ela foi abordada quando saía de casa para trabalhar. Um deles perguntou seu nome e, ao confirmar a identidade, atirou.

Duas pessoas próximas a Telmário o colocaram no centro das suspeitas da Delegacia Geral de Homicídios. Uma assessora do ex-senador foi vista indo entregar a moto aos assassinos um dia antes do crime. Os investigadores também descobriram que a moto foi comprada pelo sobrinho do ex-senador.

Telmário Mota, de 65 anos, é formado em Economia pela Universidade Católica de Salvador. Atuou como assessor técnico da Corregedoria-Geral do Tribunal de Contas do Estado de Roraima (TCE-RR).

O ex-senador iniciou a trajetória na política em movimentos sociais, em 1990. Foi eleito pela primeira vez à Câmara Municipal de Boa Vista, assumindo o cargo de primeiro suplente em 2005. Em 2008, Mota foi o terceiro vereador mais votado da capital roraimense.

Nas eleições de 2010, Mota alcançou 54 mil votos, mas não foi eleito ao Senado. Já em 2014, em mais uma tentativa de chegar ao Legislativo federal por Roraima, foi o mais bem votado da história no Estado, com 96.888 votos e conquistou o posto em Brasília.

Antes de se filiar ao Solidariedade, Telmário esteve nas fileiras de PSDC (1996-2005), PDT (2005-2017), PTB (2017-2019) e PROS (2019-2023). Esteve ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) durante parte do processo de impeachment, em 2016, quando estava filiado ao PDT. Com o andamento do processo, mudou de posição e votou a favor do impeachment.

Durante as eleições de 2018, o ex-senador, então filiado ao PTB, deixou o partido após a sigla declarar apoio a Jair Bolsonaro no segundo turno. Em 2022, no entanto, voltou a mudar de posição e declarou ser apoiador do ex-presidente. "Temos trabalhado sempre na base do presidente Jair Bolsonaro. Telmário é Bolsonaro", afirmou em um vídeo divulgado antes do pleito.

"Eu estou ao lado do presidente Jair Bolsonaro, em todos os projetos e ações que venham desenvolver Roraima e o Brasil. Votei com o governo em todos os seus projetos, mas como senador da República, tenho a obrigação de cobrar e fiscalizar seus atos. Isso significa um trabalho independente e harmônico entre os Poderes", disse.

Ex-senador é acusado pela filha

Uma filha adolescente do ex-senador o acusou de assédio sexual e conseguiu uma medida protetiva contra ele na Justiça. O parlamentar nega o crime e diz ser vítima de "perseguição política", além de alegar que a menina tem "distúrbios psicológicos". O caso foi registrado pela polícia como estupro de vulnerável. As informações são do portal G1.

A adolescente afirmou ao portal que o senador encostou em suas partes íntimas e tentou tirar sua roupa durante um passeio no Dia dos Pais. Ela diz que ele sempre foi um pai distante, mas que ambos mantêm contato. Ela não é filha da esposa atual do senador, mas de um relacionamento dele com outra mulher.

Segundo o relato da adolescente, ela combinou um passeio com o pai e estranhou quando o ex-senador sugeriu levá-la à noite para um lago, a princípio, e depois propôs que eles fossem "beber". Ela afirma que o parlamentar estava "claramente bêbado" quando chegou para buscá-la. No carro, segundo ela, ele começou a tentar tirar sua roupa e a tocá-la.

Ao G1, ele disse ser "vítima de uma montagem política que vislumbra atacá-lo no período eleitoral".

Investigado por agressão contra jovem

Telmário é investigado por ter supostamente agredido uma jovem de 19 anos até a perda de consciência da vítima, em 2015. Maria Aparecida Nery de Melo registrou boletim de ocorrência em 31 de dezembro de 2015, no qual acusa Mota, com quem disse manter relacionamento à época, de agredi-la com socos e chutes em sua casa. O caso foi revelado pelo jornal Folha de S. Paulo. O exame de corpo de delito constatou lesões pelo corpo da vítima. Ela também relatou ameaças de morte por parte dele para que não houvesse uma denúncia dos episódios de agressão.

Em agosto de 2016, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de abertura de inquérito contra o ex-senador. O ministro Gilmar Mendes autorizou a abertura de investigação por entender haver "indícios mínimos da existência do crime e de sua autoria - exame de corpo de delito e declarações da suposta vítima".

Sobre a acusação, a assessoria do senador informou, à época da denúncia, que Mota estava "tranquilo" e buscava celeridade na apuração do caso, que classificou como "calúnia".

Investigação sobre dinheiro na cueca

O ex-senador é um dos investigados sobre supostos desvios de recursos destinados ao combate da covid-19. Ele é um dos alvos da apuração que flagrou o senador Chico Rodrigues (DEM-RR) com dinheiro na cueca. Rodrigues foi proibido pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF, de manter qualquer tipo de contato com Mota.

O ex-senador Telmário Mota é apontado pela Polícia Civil de Roraima como suspeito de matar a ex-companheira e mãe de uma de suas filhas. Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos, levou um tiro na cabeça quando saiu de casa para trabalhar, no dia 29 de setembro.

A mulher foi vítima do atentado por volta das 6h30, em Senador Hélio Campos, na Zona Oeste de Boa Vista. Na manhã desta segunda (30), três mandados de prisão e sete de busca e apreensão estão sendo cumpridos em uma operação conjunta entre as polícias Civil e Militar. Telmário estaria em Brasília, onde é procurado pela investigação.

##RECOMENDA##

De acordo com a Rede Amazônica, o ex-parlamentar participou de uma reunião na fazenda Caçada Real, onde o assassinato foi planejado. O sobrinho do político, Harrison Nei Correa Mota, conhecido como "Ney Mentira", ficou encarregado da execução.

A investigação descobriu que a moto usada pelos autores do crime foi comprada por Ney por R$ 4 mil em espécie, mas foi colocada em nome de outra pessoa e com documentação irregular. A assessora de Telmário também foi vista indo entregar a moto aos assassinos um dia antes do crime

"[Após comprar a moto, o sobrinho a entregou] para uma assessora do ex-senador levar até uma oficina e realizar alguns reparos/revisão. Em seguida, pediu para a assessora entregar a moto para os autores do crime em um local indicado", cita trecho do relatório da investigação.

O suspeito de atirar em Antônia é Leandro Luz da Conceição. Ele também é apontado pelo latrocínio da empresária Joicilene Camilo dos Reis, de 47 anos. Em dezembro de 2019, ela foi encontrada morta dentro da própria casa, com as mãos amarradas por um fio elétrico, em Rorainópolis, no Sul do estado.

Uma filha adolescente do senador Telmário Mota (PROS-RR) o acusou de assédio sexual e conseguiu uma medida protetiva contra ele na Justiça. O parlamentar nega o crime e diz ser vítima de "perseguição política", além de alegar que a menina tem "distúrbios psicológicos". As informações são do portal G1.

A adolescente, que tem 17 anos, afirmou ao portal que o senador encostou em suas partes íntimas e tentou tirar sua roupa durante um passeio no Dia dos Pais. Ela diz que ele sempre foi um pai distante, mas que ambos mantêm contato. Ela não é filha da esposa atual do senador, mas de um relacionamento dele com outra mulher.

##RECOMENDA##

Segundo o relato da adolescente, ela combinou um passeio com o pai no último domingo (14) e estranhou quando o senador sugeriu levá-la à noite para um lago, a princípio, e depois propôs que eles fossem "beber". Ela afirma que o parlamentar estava "claramente bêbado" quando chegou para buscá-la. No carro, segundo ela, ele começou a tentar tirar sua roupa e a tocá-la.

"Dentro do carro, ele começou a tentar tirar minha roupa. Ficou me tocando, tocando... Eu não consigo nem falar sobre o tanto que isso foi horrível", ela disse ao portal.

O caso foi registrado na Vara de Crimes Contra Vulneráveis de Roraima e corre em segredo de justiça. A mãe da adolescente disse ao portal que a medida protetiva obriga o senador a manter distância de 500 metros da menina.

O Estadão procurou o senador Telmário Mota para comentar a denúncia, mas ainda não obteve resposta. Ao G1, ele disse ser "vítima de uma montagem política que vislumbra atacá-lo no período eleitoral".

O senador Telmário Mota (Pros-RR) pediu nesta segunda-feira (18), em Plenário, que o presidente da República, Jair Bolsonaro, demita o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Para o parlamentar, o chanceler tem colocado os seus interesses ideológicos acima dos interesses do Estado.

Na opinião de Telmário, a boa relação entre os países-membro do Mercosul é essencial para o desenvolvimento do Brasil. No entanto, para o senador, não é essa a política que tem sido adotada pelo ministro.

##RECOMENDA##

O parlamentar afirmou que o chanceler tem desrespeitado o artigo 4° da Constituição Federal, que diz: “A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações”.

“O presidente Jair Bolsonaro tem que demitir esse tal de Ernesto Araújo porque ele é um antipatriótico, é um anti América Latina, é um desintegrador do nosso continente”, criticou.

*Da Agência Senado

 

O senador Telmário Mota (PTB-RR), acusou nesta terça-feira (24) o presidente Michel Temer de "maltratar" o estado de Roraima com o objetivo de desgastar o governo estadual com fins eleitorais. Telmário leu comentário publicado no jornal Folha de Boa Vista segundo o qual Temer precisa mostrar atitudes “republicanas” ou não terá condições morais de pedir união nacional.

O artigo mencionado por Telmário Mota chama a atenção para a crise de refugiados da Venezuela, que sobrecarrega os serviços públicos de Roraima e critica a opção pelo investimento em obras de “muita visibilidade” na tentativa de reeleger políticos que buscam manter o foro privilegiado. O senador roraimense acrescenta que Michel Temer só visitou Roraima por “politicagem”, pois continua “virando as costas” para o estado.

##RECOMENDA##

"É lamentável que o governo federal continue fazendo uma política destrutiva, uma política de desmonte, uma política de quanto pior melhor para os correligionários dele e sacrificando o povo de Roraima", disse.

Da Agência Senado

O senador Telmário Mota (PTB-RR) foi à tribuna da Casa Alta afirmar que estava arrependido de ter votado pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Ao discursar, nessa terça-feira (20), o petebista acusou o governo do presidente Michel Temer (MDB) de abandonar o estado de Roraima “à própria sorte por motivos políticos” e pediu desculpas a Dilma por ter apoiado a destituição do mandato dela.

“Eu, infelizmente, cometi o maior equívoco da minha vida. O maior equívoco político da minha vida foi ter votado a favor desse impeachment, porque agora percebo que botei uma quadrilha ali, que hoje está contra o meu Estado”, disparou. 

##RECOMENDA##

“Quero até aqui, de público, pedir desculpas, Dilma, porque você foi a melhor presidenta para o meu Estado. Lamentavelmente, essa quadrilha hoje está sacrificando o meu Estado”, completou Telmário Mota. 

O petebista criticou Michel Temer por não apoiar a questão da imigração em massa de venezuelanos, assim como a “inação das autoridades federais quanto à interligação do território roraimense ao sistema elétrico nacional”. 

A Executiva Nacional do PDT decidiu nesta terça-feira, 17, expulsar o senador Telmário Mota (RR) por ter votado a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria um teto para os gastos públicos da União por 20 anos em novembro e dezembro do ano passado.

Os três senadores que eram do PDT na época da votação da PEC do Teto no Senado votaram a favor da proposta: Telmário, Lasier Martins (RS) e Pastor Valadares (RO). Lasier já deixou o partido no fim do ano passado. Já o caso de Valadares será analisado posteriormente, porque ele era suplente na época da votação.

##RECOMENDA##

De acordo com o partido, a Executiva decidiu expulsar Telmário, mas ainda precisa ser referendada pelo Diretório Nacional da legenda. Nesse intervalo, o parlamentar de Roraima pode apresentar sua defesa. Nos bastidores, porém, integrantes do PDT consideram que dificilmente a expulsão será revertida.

O senador Telmário Mota (PDT-RR) vai recorrer da decisão do presidente do Conselho de Ética da Casa, João Alberto Souza (PMDB-MA), que decidiu arquivar o pedido de cassação do senador Romero Jucá (PMDB-RR). O arquivamento aconteceu no mesmo dia em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a prisão de Jucá por obstrução da Justiça, argumento que embasa o pedido de cassação.

"Acho que foi uma decisão autoritária, arbitrária e até ilegal, porque acho que ele devia ter submetido, pelo menos, à Comissão de Ética", disse Mota. O senador afirmou que, como prevê o regimento, ele já colheu cinco assinaturas de membros do Conselho para entrar com o recurso e o pedido deve ser protocolado ainda nessa quarta-feira, 8.

##RECOMENDA##

Para Mota, a decisão de João Alberto não foi técnica e, sim, parcial. Ele acredita que o arquivamento pode ter relação com o fato de João Alberto ser do PMDB, como Jucá, ou por ser muito próximo do ex-presidente José Sarney - que também foi flagrado em conversa com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.

"Talvez ele entenda que isso pode causar um efeito dominó, que depois de chegar no Jucá, a investigação possa alcançar outros", disse.

Delcídio

Jucá foi flagrado em um diálogo com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado em que o senador fala que é preciso trocar o governo para estancar a "sangria" da Lava Jato.

A situação é semelhante ao caso do ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), que foi preso e cassado acusado de tentar obstruir a Justiça após divulgação de uma conversa em que ele sugeria uma rota de fuga para o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró, preso no âmbito da Lava Jato.

"Entendo que as gravações de Jucá são muito mais fortes. Delcídio tentava obstruir a Justiça com um caso específico, Jucá fala de um pacto para parar a investigação. Não era um nome, ele queria parar a operação como um todo", argumenta Telmário.

Ao pedir a prisão de Jucá, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também teria argumentado que o caso de Jucá é mais grave que o de Delcídio.

O relator Telmário Mota (PDT-RR) admitiu, na tarde desta quarta-feira, 9, a representação contra Delcídio Amaral (PT-MS) no Conselho de Ética do Senado. Segundo Telmário, há indícios de quebra de decoro na conduta do senador durante possível negociação para fuga do ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró. O colegiado, que até a semana anterior caminhava para um alongamento do processo, agora sustenta a tese de afastamento do senador.

"A defesa alega que Delcídio estava em uma conversa particular. Mas o senador é senador no banheiro, no futebol, no plenário. Ele é senador em todo o momento. Não existe conversa particular, é uma conversa de um senador com o filho de um preso", argumentou o relator Telmário Mota, após ler parecer pela admissibilidade do processo.

##RECOMENDA##

Na conclusão de seu parecer, Telmário alega que a defesa não apresentou argumentos técnicos que permitam o imediato arquivamento do processo e pediu que fosse instaurada investigação no Conselho, considerando a existência de indícios ilícitos que configuram a quebra do decoro parlamentar. Ainda segundo o relator, a punição coerente seria a cassação do mandato. "Quando acatamos o processo, fizemos no sentido da perda de mandato, que é a proposta inicial da representação."

Agora os senadores que compõem o Conselho terão cinco dias úteis para analisar o parecer de Telmário e se reúnem na próxima quarta-feira, 16, para votar o relatório. Alguns senadores já haviam apresentado requerimentos ao processo, mas é preciso aguardar a votação do plenário para dar seguimento à investigação. Um dos requerimentos pede a inclusão da suposta delação premiada de Delcídio ao processo que corre no Senado.

Delação acelera cassação

A delação, inclusive, foi ponto decisivo na condução do processo. Até a semana passada, membros do colegiado defendiam nos bastidores a tese de que era preciso aguardar que a situação de Delcídio fosse resolvida antes no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o caso pudesse ser analisado no Senado. Com a divulgação de suposta delação, os senadores deram Delcídio como "morto" politicamente.

Segundo matéria da revista IstoÉ, Delcídio teria pedido uma cláusula de confidencialidade de seis meses para divulgação da delação, tempo necessário para escapar do processo no Conselho de Ética. Na interpretação de alguns membros do colegiado, o objetivo era voltar ao Senado e reunir provas contra outros senadores para encorpar a delação e chantagear os pares. Com a divulgação do texto, o clima no Conselho não foi de intimidação e cresceu o consenso sobre a cassação de Delcídio.

Telmário afirmou ainda que a suposta delação do senador não será incluída na investigação até que seja homologada pelo STF. Em contrapartida, ele acredita que o documento deve dificultar a situação de Delcídio. "O delator pra mim tem dois defeitos, primeiro ele é réu confesso, depois ele é frouxo", disse.

A declaração de Telmário relembra fala da presidente Dilma Rousseff que, em junho do ano passado, rebateu delação do empreiteiro Ricardo Pessoa sobre doações da UTC à campanha da presidente. "Eu não respeito delator. Até porque eu estive presa na ditadura e sei o que é que é. Tentaram me transformar em uma delatora", afirmou Dilma à época. A presidente também foi citada na delação de Delcídio.

Já existem requerimentos no Conselho de Ética que pedem a inclusão da delação de Delcídio ao processo, mas só poderão ser avaliados após o colegiado votar o parecer apresentado pelo relator. "O nosso relatório foi em cima do que foi apresentado, ainda não sabemos se a delação existe. Se ela não for homologada, não tem nenhuma validade. Mas, se tiver uma delação, naturalmente ela vai incriminá-lo", argumentou Telmário Mota.

No Senado, há grande expectativa quanto à homologação da suposta delação de Delcídio, que teria citado pelo menos cinco senadores, incluindo os já investigados Renan Calheiros (PMDB-AL), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Romero Jucá (PMDB-RR), além do presidente do PSDB, Aécio Neves (MG).

A divulgação da delação mudou os rumos do processo contra o senador, que contava com a conivência de alguns membros do colegiado para atrasar o processo. Agora, o humor é outro no Senado e a maior parte dos parlamentares tende pela cassação de Delcídio.

"A delação torna inevitável o processo de cassação do mandato. O Senado não pode correr o risco de cumprir o papel triste que está sendo cumprido na Câmara dos Deputados. O Senado tem que dar exemplo", afirmou o senador Ranfolfe Rodrigues (Rede-AP), em referência ao processo enfrentado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando