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Os antigos moradores da Vila Oliveira, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife, realizam um protesto na Avenida Domingos Ferreira, na noite desta quarta-feira (6). Um grupo de 100 pessoas ocupa a calçada da via. Apesar de nenhum trecho está interditado, o trânsito no local está lento, devido aos curiosos que param para observar a manifestação.  

O protesto segue pacífico e os moradores reclamam da demora dos governos estaduais e municipais resolverem o problema da relocação das famílias depois do despejo, em novembro de 2012. Eles alegam que têm um título de posse da terra, cedido pelo antigo governador Miguel Arraes. O grupo levou um bolo para marcar a data. 

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Para a moradora, Tâmara da Silva, de 30 anos, as 22 famílias que habitavam no local agora exigem um habitacional de qualidade. “Fomos expulsos de nossas casas há um ano, agora exigimos um lugar de qualidade para morar”. O governo disponibilizou o habitacional em Cajueiro Seco como provisório.

Segundo a advogada que representa os moradores, Maria José, o terreno pertence ao governo do estado. “Uma perícia foi entregue ao governo na sexta-feira (1°), comprovando a localidade como sendo governamental”, afirmou Maria José. A advogada entrou nesta terça-feira (5) com o pedido de reintegração de posse, um dia antes de completar um ano de despejamento. Não há previsão para uma resposta do governo, mas a advogada afirma que vai continuar cobrando.

Policias e agentes da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) acompanham o movimento.  

Com informações de Moriael Bandeira

Os moradores da Vila Oliveira, retirados do local onde moravam há cinco meses, voltaram a protestar na Avenida Domingos Ferreira, na Zona Sul de Boa Viagem na manhã desta sexta (5). A mobilização, que tomou conta das duas vias da Domingos Ferreira, só foi encerrada por volta das 9h.

Os 200 moradores foram chamar a atenção do Governo do Estado, para eles resgatarem uma moradia digna, pois foram colocados no Habitacional Olho D’água, em Prazeres, Jaboatão dos Guararapes. Segundo o morador Isaías Santos, a desapropriação da Vila Oliveira não era para ser realizada, pois querem que façam valer o título de posse tido por eles. “Após cinco meses, o Governo do Estado não deu a gente uma certeza sobre a moradia. Onde estamos agora, consta na Justiça o termo ‘provisório’ e não temos nenhuma resposta sobre onde iremos morar. Fora que não recebemos nenhuma indenização”, conta.

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Ainda de acordo com Santos, a mobilização foi tranquila, sem tumultos. “Não entramos em confronto com polícia, com ninguém. Só queremos justiça daqueles que precisam. O governador dá entrevista bonita, mas é tudo para confundir a cabeça da gente. Sabemos muito bem que não temos direito a nada”, afirma.

Relembre o caso - Os moradores da Vila Oliveira, localizado no bairro do Pina, foram despejados das casas onde moravam no dia 6 de novembro. Depois, realizaram vários protestos para reivindicar a moradia, comprovada por eles através de escritura. Mesmo depois de apresentada, a ordem de despejo foi efetuada e os moradores tiveram que ter suas casas destruídas. As 17 famílias foram levadas para um abrigo na Avenida Norte, na Zona Norte do Recife e, um tempo depois, transferidos para o Habitacional que residem atualmente. 

Segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), a retirada das famílias foi iniciada em 1993. Paulo Roberto Fonseca dos Santos e Dulcinea Maria Fonseca dos Santos alegaram ser donos do terreno. Em 2009, o juiz Franciso Julião deu ganho de causa às famílias. Já no ano passado,o desembargador Adalberto de Oliveira Melo julgou procedente o recurso dos dois. O terreno foi entregue ao dono, um empresário.

O sonho dos moradores da extinta Vila Oliveira de passar o Natal numa casa nova está virando pesadelo. Na última terça-feira (18) as 20 famílias, que tiveram suas casas demolidas no mês de novembro, receberam as chaves de moradias provisórias no Conjunto Habitacional Lagoa Olho D’água, em Cajueiro Seco, Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR). Mas segundo eles, quando chegaram nessa quarta-feira (19) para conhecer o local, não foram recebidos. 

“Alguns apartamentos estavam sem portas, com as janelas e banheiros quebrados, sem água e sem energia. Muitas fechaduras foram trocadas e nem conseguimos entrar”, contou um dos moradores, Isaías Santos. O ato de vandalismo, conforme ele, teria sido praticado por pessoas de outras comunidades que também aguardavam por moradia. 

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Em meio à confusão, a polícia foi chamada e a situação parcialmente controlada. Mesmo assim, os moradores da Vila Oliveira continuam com medo. De acordo com eles, a região onde o habitacional foi construído não tem policiamento. “Nós já fomos despejados, tivemos nossas casas destruídas e quando achávamos que essa situação estava acabando, acontece isso”, desabafou Isaías. 

A advogada dos moradores, Maria José do Amaral, acredita que seria importante que uma patrulha da Polícia Militar permaneça no local enquanto a situação não for resolvida. “Também é indispensável a presença de um assistente social para conscientizar esses outros moradores”, afirmou.

A mudança para o Habitacional Lagoa Olho D’água, inicialmente programada para ontem (19), deve começar nesta quinta-feira (20). A Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab) disponibilizou caminhões que farão o transporte dos móveis e pertences de todas as famílias. 

Moradores da Vila Oliveira, no Pina, Zona Sul do Recife, receberam na tarde de ontem (18), as chaves do Conjunto Habitacional Lagoa Olho D'água, localizado em Jaboatão dos Guararapes, onde será a nova residência de 20 famílias. A solenidade de entrega foi conduzida pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e realizada na Sede Provisória do Governo, no Centro de Convenções, em Olinda.

A situação dos moradores da Vila Oliveira vem se arrastando desde 1991, quando o terreno foi desapropriado pelo Governo. Três anos depois, um casal foi à justiça pedir a reintegração de posse de parte do terreno e apesar de, em 2006, a Companhia Estadual de Habitação e Obras ter emitido os títulos de posse para as famílias, em 2011, a justiça entendeu que o terreno pertencia ao casal. Este ano, advogados das famílias recorreram da decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), mas não tiveram sucesso e os moradores foram despejados no mês de novembro.

O governador de Pernambuco garantiu que recorrerá da decisão da justiça e lutará pela legitimidade dos títulos de posse, que foram emitidos pelo Governo do Estado em 2006. “Nós tivemos pressa para encontrar um lar para as famílias removidas de suas casas por decisão judicial, pois estão há 60 dias morando em um abrigo da prefeitura. Todos vão receber o apoio da Procuradoria do Estado para continuar lutando pelo terreno”,  prometeu Campos.

As 20 famílias morarão no Conjunto Habitacional Lagoa Olho D'água, no bairro de Cajueiro Seco, até o desfecho da justiça. Caso não haja êxito na garantia dos terrenos, os apartamentos serão cedidos em caráter definitivo. Cada compartimento tem 39 metros quadrados, dois quartos, sala, cozinha, banheiro social, área de serviço e varanda.

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As 20 famílias que foram retiradas da comunidade Vila Oliveira, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife, receberam nesta terça-feira(18) as chaves de moradias provisórias no Conjunto Habitacional Lagoa Olho D’água, em Cajueiro Seco, Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR). A solenidade aconteceu, na sede provisória do governo estadual, no Centro de Convenções, Olinda, RMR.

Os ex-moradores da Favela do Petrúcio (como era conhecida à comunidade Vila Oliveira) afirmam que o local onde fica situado o apartamento que ficarão provisoriamente pode trazer transtornos. “Dificulta um pouco por ser uma contramão, a maioria das pessoas trabalham em Boa Viagem”, disse o ex-morador da Vila, Isaías Santos.

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Segundo Isaías, apesar do governo ter entregue as chaves, os ex-moradores não possuem dinheiro para a mudança e estão preocupados com a segurança. “Vamos solicitar um policiamento no local para garantir o bem estar das famílias”, comentou. Segundo o governador do Estado, Eduardo Campos o poder público tem a obrigação de reparar o dano causado, pois todos os moradores tinham a posse da propriedade validada. “Todos vão receber o apoio da Procuradoria do Estado para continuar lutando pelo terreno”, afirmou o governador.

Eduardo Campos entregou as chaves de forma simbólica aos moradores Eraldo Ferreira, Arnaldo Silva, Antonio Rodrigues e Elizângela Aldemir. A disputa judicial começou em 1991, quando o terreno da Vila Oliveira, que pertencia a Santa Casa de Misericórdia, foi desapropriado pelo governo. Três anos depois, um casal foi à justiça pedir a reintegração de posse de parte do terreno. Em 2006, a Companhia Estadual de Habitação e Obras emitiu os títulos de posse para as famílias. Já em 2011, a justiça entendeu que o terreno pertencia ao casal.

 

 

Famílias que tinham em suas casas recordações de anos de vida, viram toda essa trajetória ser “apagada” quando tiveram o lugar onde moravam completamente destruído, por uma ordem judicial polêmica e até hoje não resolvida em definitivo. Nesta sexta-feira (7), completa um mês que a Vila Oliveira, localizada na Zona Sul do Recife, foi demolida, apesar dos moradores da área apresentarem título de possse da terra. As 17 famílias que moravam no local tiveram que se mudar para o abrigo Xucurú, localizado na Avenida Norte. 

Além da distância do antigo bairro onde moravam, a cabeleireira Lilian Conceição, de 38 anos, diz que também está longe dos filhos. Eles estão na casa de familiares e amigos próximos a antiga Vila para que possam estudar. “As crianças estão na casa da minha amiga, sinto muita falta delas” desabafou a cabeleireira. 

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Já o auxílio moradia prometido pela Companhia Estadual de Habitações e Obras (Cehab) às famílias é no valor é de R$ 151. Além do valor baixo, moradores dizem que alguns ainda não receberam. “Por enquanto, apenas duas pessoas pegaram esse benefício que não dá pra alugar nem uma casa com um vão”. 

Eles relatam as condições que estão vivendo e se dizem sem perspectivas para ter o que comemorar na noite de Natal. Confira o vídeo:

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A advogada que está cuidando do caso das famílias despejadas, Maria José do Amaral, ressaltou que na última terça-feira (5), o Secretário Executivo Marcelo Canuto decidiu que os moradores serão transferidos para residências provisórias. Mas ainda não possui informações do local para onde eles serão transferidos. “É um absurdo essas famílias estarem em um abrigo de mendigos, se antes elas tinham suas casas”, comenta a advogada. Apesar das dificuldades os moradores programam uma ceia de natal no local onde moravam.

 

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Nesta próxima quarta-feira (14) os representantes dos moradores, vítimas de polêmico despejo, da Vila Oliveira, comunidade localizada zona Sul do Recife, Pina,  irão se reunir com os representantes do governo, das secretarias de Habitação, Direitos Humanos e Procuradoria, na Secretaria de Articulação Social (Searte). A decisão foi tomada minutos antes da Vigília que ocorreu no início da noite desta segunda-feira (12), repleta de devoção e clamor.

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Ex-moradores realizaram uma caminhada da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário até o local onde residiam. A concentração aconteceu às 18h30. Cerca de 100 pessoas estavam presentes no ato organizado pelas freiras o Grupo Medianeiro da Paz, que também aproveitou o momento para arrecadar donativos para os desabrigados.  “Vamos com uma vela na mão e clamando pela nossa causa”, enfatizou a missionária Verônica Ribeiro, de 53 anos, que estava prestando apoio a comunidade. “Quem organizou essa ação foi os paroquianos da igreja que se sensibilizaram com a situação dessas pessoas”, ressaltou.

A advogada Maria José do Amaral afirmou que pediu o afastamento dos dois desembargadores que ordenou o despejo da comunidade, Adalberto Oliveira Lemos e José Fernandes. “Eu pedi o afastamento, mas ainda não recebi a confirmação”, conta.

Chegando a antiga comunidade, os moradores fizeram um círculo e rezaram o terço. “Vocês não estão aqui para fazer confusão, mas sim clamando a presença de Deus, para que ele enxergue a necessidade de vocês”, desabafou a missionária Verônica.









 

* Com informações da repórter Rhayana Fernandes. 

O Clima de é comoção entre os ex-moradores da Vila Oliveira, no bairro do Pina, despejados no ultimo dia 6, na vigília organizada pelas freiras o Grupo Medianeiras da Paz na noite desta segunda-feira (12), na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, também localizada no Pina. A vigilia aconteceu para arrecadar donativos para os desabrigados. 

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Os moradores saíram da Paróquia em direção ao local onde ficavam suas antigas casas, demolidas após a ordem de despejo. Numa atitude de fé, a população clama e pede  a Deus solução para o caso. 

Segundo um dos representantes da comunidade, José Cícero dos Santos, desde a ida do Arcebispo Dom Fernando Saburido no dia 8 deste mês ao local, as coisas estão melhorando. “Estamos recebendo muito apoio da população e, principalmente, da igreja”, disse José Cícero. 

O trânsito na Avenida Domingos Ferreira é intenso com a passagem da Vigília. Segundo policiais militares que fazem a escolta, cerca de 100 pessoas participaram da ação. 

 

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Xique-Xique. Assim é conhecida a ruela nomeada pelos moradores que vivem por trás da extinta Vila Oliveira, no Pina, Zona Sul do Recife. Um muro junto à calçada da Avenida Domingos Ferreira já está sendo erguido desde a noite desta quinta-feira (8). No entanto, outra construção deve fechar o terreno alvo do processo judicial, a uma distância de cerca de dois metros de outras casas da Comunidade Xique-Xique, que fica exatamente por trás da Vila.

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Os primeiros impactos e expectativas já começam as ser sentidos por eles que não aceitam a construção do muro que vai bloquear o acesso direto da comunidade à via. “Tem muito idoso e criança aqui, quando alguém ficar doente e precisar de uma ambulância como ela vai passar?” indagou Karina da Silva, de 25 anos, mãe do pequeno Isaac de 1 ano e sete meses.

As ruas e vielas que cercam as casas no local são estreitas e não comportam a passagem de veículos. Até a coleta de lixo é feita de maneira primitiva, em uma espécie de carroça, puxada à mão.

Para Dona Maria do Carmo, 65, o transtorno é ainda maior. No dia da desocupação da Vila Oliveira, ocorrido na última terça-feira (6), ela ficou sem luz, pois a energia vinha justamente de um poste que ficava na comunidade. “Estou há quatro dias sem luz e quase que perco a insulina do meu marido. Por sorte um vizinho me ajudou. É isso que a gente vê nesse país: arbitrariedade com gente que não tem onde cair morta,” desabafou a senhora que mora no local há oito anos.

Segundo ela, a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) deu um prazo de 25 dias para reestabelecer o fornecimento de energia. A nossa reportagem tentou entrar em contato com assessoria da Celpe, mas não conseguiu.

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A Comunidade Vila Oliveira, situada no bairro do Pina, Zona Sul do Recife, recebeu o Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, e padres da Região Episcopal Recife Sul 2, em solidariedade a situação das famílias que foram despejadas nesta última terça-feira (6). A visita aconteceu no início da tarde de hoje (8).

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“Eles estão vivendo uma situação de injustiça. Estamos juntos nessa causa, porque a comunidade está sofrendo uma arbitrariedade, então estamos dispostos a ajudar no que precisarem”, enfatizou Dom Fernando Saburido. Cerca de 50 pessoas estavam à espera do Arcebispo.

O clima é de tristeza. Muitos moradores foram encaminhados para o Abrigo das Chuvas, situado na Avenida Norte, em Casa Amarela, próximo ao Morro da Conceição. “A única coisa que queremos é que o governador Eduardo Campos olhe para gente porque nós não somos cachorros”, desabafou a educadora e moradora da comunidade, Suzana Alves, de 29 anos.

Em média, 40 pessoas estão alojadas no abrigo. Maria Aparecida dos Santos, 29, relatou por telefone como está a situação no local. “Estamos bem e permaneceremos aqui esperando uma solução dos órgãos”, conta a telefonista. De acordo com um dos representantes da comunidade, Cícero dos Santos, o governo reconhece que o terreno é da comunidade, “se eles não tem peito para enfrentar uma coisa dessa ao nosso favor, imagina os problemas de mais de dois milhões de pessoas”, afirma. 

Ainda hoje, um muro será levantando para bloquear a área. Sem concordar com a decisão do advogado dos proprietários do terreno, as famílias que ainda se encontram no local afirmam que não irão deixar construir a estrutura. “O terreno vai ser fechado de todo jeito”, conta Renato Santos, “isso é uma ação que ocorre há 19 anos, e em 2011 foi o ano em que o mandato foi expedido. Uma reunião foi realizada no dia 3 de agosto deste ano, quando ficou decidido que eles sairiam voluntariamente do local”, explica.

Segundo o advogado, os moradores em reunião pediram 90 dias para deixar o terreno por livre e espontânea vontade. “Agimos de acordo com o que foi decido na reunião. A justiça foi feita” concluiu.

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O muro que será construído na recém-destruída Vila Oliveira, na Zona Sul do Recife, está sendo levantado aos poucos. A parede vai bloquear totalmente o acesso dos moradores que ainda restaram no local para a Avenida Domingos Ferreira, seja a pé ou de carro.

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A empresa Grupo Mais, responsável pela retirada dos destroços no local, declarou no fim desta manhã (8) que a construção da divisória é legal. “A empresa averiguou na Prefeitura se consta alguma rua aqui, para depois não aparecer problemas pra nós. Como no mapa não foi confirmado a existência da mesma, temos liberdade para levantar o muro nessa área de 1008 metros quadrados”, afirmou Mamed Sena, gerente do Grupo.

As famílias se preocupam com essa construção. “O medo é que aconteça conosco o que aconteceu com nossos amigos, ou seja, que a gente tenha que sair daqui. Estamos sujeitos a tudo nesse momento”, relata AiresTrindade, morador há 55 anos da Vila.

Nota - De acordo com a Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), a posse das casas que foram destruídas é legítima e as medidas legais serão tomadas para que as famílias sejam ressarcidas. Confira a nota enviada a imprensa abaixo:

"O Governo do Estado reconhece a legitimidade dos títulos de posse emitidos para os moradores da Vila Oliveira, no Pina, e vai apoiar integralmente  as famílias despejadas, na manhã de ontem (06),  na batalha judicial que está em curso. Em paralelo, a Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab) disponibiliza o pagamento do auxílio moradia às 20 famílias que residiam em 17 imóveis na área que é alvo da disputa e vai estudar a viabilidade de identificar imóveis nos habitacionais em construção para ofertar a essas famílias.

A Procuradoria Geral do Estado vai designar um procurador para acompanhar o caso. Na segunda-feira (12/11) os departamentos jurídicos da Cehab, Pernambuco Participações e Investimentos S/A – Perpart, Secretaria de Articulação Social e Regional se reúnem, na sede da Seart, para concluir a análise do processo e definir as medidas jurídicas a serem adotadas ou até reforçar os procedimentos já realizados pela advogada das famílias.

Os moradores foram informados sobre as medidas adotadas na manhã de hoje (07/11), durante reunião na sede da Cehab, em Campo Grande. Participaram do encontro uma comissão formada por cinco moradores, a advogada das famílias Maria José do Amaral, o presidente interino da Cehab, Paulo Lócio, o secretário executivo de Articulação Social e Regional, Erick Souza, e a Gerente de Mediação de Conflitos da Seart, Ana Dias"

 

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Com informações de Pollyanne Brito

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Um muro está sendo construído e deve bloquear o acesso dos moradores das quatro casas restantes da Vila Oliveira, no Pina, Zona Sul do Recife, à Avenida Domingos Ferreira, impedindo o fluxo de veículos. O acesso dos moradores será feito apenas, pela Rua Chico City, que fica por trás, e é estreita para a passagem de carros. 

Cinco homens que não querem falar com a imprensa, tentam na manhã desta quinta-feira (8) construir um muro no limite das casas que foram derrubadas nesta quarta-feira (7). Não se sabe ainda a mando de quem os trabalhadores estão no local.

Os moradores reclamam que desta forma os carros e as pessoas não terão acesso às casas pela Avenida Domingos Ferreira. “Eu moro aqui há 30 anos e em casa tem três carros. E agora que vão fechar a rua como é que isso vai ficar? Vai ficar só guardado?,” indagou uma moradora que não quis se identificar.

Rafael Pinto, de 26 anos, também é morador do local. A casa dele tem um muro conjugado com outra que foi derrubada. “Eu me sinto revoltado com isso. Moro aqui desde que eu nasci e agora eu vejo a hora dos destroços da outra casa caírem em cima da minha e eu não tenho como fazer nada,” falou.

A polícia está no local.

 

 

Moradores da comunidade Vila Oliveira, localizada no bairro do Pina, Zona Sul do Recife, se reuniram com representantes da Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), e da Secretaria de Articulação Social e Regional (Seart) nesta segunda-feira (7). No encontro, que durou mais de 2h e ocorreu a portas fechadas na sede da Companhia, ficou decidido que as famílias receberão, provisoriamente, o auxílio-moradia no valor de R$ 151 e poderão ser acolhidas em abrigo. A quantia deverá ser paga a partir da próxima segunda-feira (12). Outra possibilidade é a relocação dos moradores para habitacionais construídos pelo governo. 

De acordo com o presidente interino da Cehab, Paulo Lócio, o governo estadual está do lado das famílias e paralelamente às medidas provisórias estará acompanhando o processo jurídico, juntamente com a Seart, a Procuradoria Geral do Estado e a Pernambuco Participações e Investimentos (Perpart). “O pessoal da Perparte já está atuando nesse processo e a partir de hoje a Cehab também se coloca a disposição”.

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Coforme Lócio, os moradores possuem o título de posse dos terrenos e muitos deles, cerca de 90%, já haviam o registro no cartório de imóveis. O terreno onde a comunidade Vila Oliveira foi construída pertencia a Santa Casa e foi vendido ao Governo do Estado, sendo posteriormente doado aos moradores. “Os títulos de posse foram dados às famílias em 2006 e a Cehab reconhece a legitimidade desses documentos. Por isso vamos defender judicialmente esse processo. Vamos tentar derrubar a liminar que reconhece a invalidade dos títulos de posse da Cehab”, afirmou Paulo. 

A advogada dos moradores, Maria José do Amaral, também participou da reunião. Segundo ela, houve abuso de poder na ação realizada na comunidade nessa terça-feira (6). “A ordem de despejo era para apenas três imóveis e todas as famílias foram retiradas. O documento também solicitava a entrega da posse e não a demolição”, explicou a advogada. 

Segundo Maria José, uma perícia duvidosa, e que será contestada por ela, entendeu que o terreno pertencia ao casal, que reivindica a posse do espaço. "A justiça reconhece o casal como donos e a Cehab reconhece o título de posse dos moradores". A advogada também adiantou que moverá cinco ações, cada uma no valor de R$ 6 milhões, totalizando R$ 30 milhões. Conforme Maria José, as ações são pelos danos morais, materiais, violação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), violação o Estatuto do Idoso e os traumas psicológicos sofridos pelos moradores. 

“Uma das ações é contra o Estado, devido ao posicionamento do oficial de justiça Alberto Maia. As outras cinco serão movidas contra o casal que se diz proprietário do terreno. E em todas elas eu vou pedir a antecipação de título (pagamento adiantado), pois muitas dessas pessoas trabalhavam naquele local e não vão conseguir viver com R$ 151”, afirmou. Havendo resultado positivo, o valor seria dividido entre os cerca de 100 moradores, que residiam na Vila Oliveira.

Entenda o caso - De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) o processo de retirada das famílias teve início em 1993. Um casal, Paulo Roberto Fonseca dos Santos e Dulcinea Maria Fonseca dos Santos, alegou ser dono do terreno. Em 2009, o juiz Franciso Julião deu ganho de causa às famílias. Já no ano passado,o desembargador Adalberto de Oliveira Melo julgou procedente o recurso do casal. As famílias só podem recorrer agora ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Confira outras matérias sobre o protesto realizado pelos moradores da comunidade Vila Oliveira:

Moradores resistem a ordem de despejo

Advogada entra com ação para impedir desapropriação em BV

Moradores liberam via de Boa Viagem, mas protesto continua

Moradores de comunidade do Pina são despejados

Despejados da Vila Oliveira são recebidos pelo Governo

Tratores derrubam casas na Vila Oliveira

 

*Com informações de Victor Soares

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A demolição das casas da comunidade Vila Oliveira, no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, após a desocupação dos imóveis está sendo realizada desde a madrugada desta quinta-feira (7) e segue durante o dia. 

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O dono de uma das oficinas do local, um dos primeiros imóveis a ser destruído, se mostra arrasado: “Toda uma vida vinda abaixo. Sendo demolida” disse Antônio Rodrigues dos Santos, de 65 anos.

Ele mora na Vila Oliveira há 42 anos e tinha há cerca de 20 uma oficina mecânica de onde tirava o sustento da mulher e da filha que também moravam no local. “Estou sem casa e sem trabalho vegetando pela rua. Um sonho de 20 anos indo por água abaixo. Tudo que conseguimos,” lamentou.

Ainda nesta manhã, a advogada do grupo de moradores da Vila Oliveira, Maria José do Amaral, se reúne com o secretário de Articulação do Governo do Estado, Sileno Guedes, na sede da Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), para definir a moradia das famílias. 

*Com informações da repórter Tatyane Serejo

O desembargador José Fernandes Lemos decidiu por não aceitar o pedido dos moradores da comunidade Vila Oliveira, localizada no bairro do Pina, Zona Sul do Recife, que lutavam pela permanência no local. Sendo assim, a reintegração da terra continua e as famílias serão despejadas.

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De acordo com o oficial de justiça, Alberto Maia, a comunidade possuía 16 imóveis e 70% deles já estavam desocupados, até o início da tarde desta terça-feira (6). Insatisfeitos, parte dos moradores e representantes do movimento Coletivo de Luta Comunitária (CLC) ocuparam a sede da Secretaria de Articulação Social, que fica no bairro dos Aflitos, Zona Norte da cidade.

Caminhões com os móveis e pertences das famílias começam a deixar a comunidade. Os moradores não concordaram com a decisão e tentam ocupar, novamente, parte da Avenida Domingos Ferreira, em Boa Viagem. Segundo eles, a revolta não é apenas pela desapropriação, mas pela forma como ela está sendo feita. "Eles já quebraram o portão de uma casa e estão destruindo outra. Nós não somos bandidos não. Temos o direito de tirar nossas coisas", afirmou Maria do Nascimento, uma das moradoras da comunidade. 

Equipes do Choque, do Corpo de Bombeiro, Polícia Militar e Polícia de Trânsito estão no local para acompanhar a desapropriação.

Entenda o caso - De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) o processo de retirada das famílias teve início em 1993. Um casal, Paulo Roberto Fonseca dos Santos e Dulcinea Maria Fonseca dos Santos, alegou ser dono do terreno. Em 2009, o juiz Franciso Julião deu ganho de causa às famílias. Já no ano passado,o desembargador Adalberto de Oliveira Melo julgou procedente o recurso do casal. As famílias só podem recorrer agora ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Confira outras matérias sobre o protesto realizado pelos moradores da comunidade Vila Oliveira:

Moradores resistem a ordem de despejo

Advogada entra com ação para impedir desapropriação em BV

Moradores liberam via de Boa Viagem, mas protesto continua

 

*Com informações da repórter Tatyane Serejo

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O clima ainda é de revolta e apreensão entre os moradores da Comunidade Vila Oliveira, localizada no bairro do Pina, Zona Sul do Recife. Apesar de já terem liberado a Avenida Domingues Ferreira, em Boa Viagem, bloqueada desde a manhã desta terça-feira (6) como ato de protesto, os manifestantes ainda não sabem se serão ou não despejados.

Por volta das 15h, o desembargador José Fernandes Lemos esteve no local para conversar com os moradores e com o oficial de justiça, que possui a ordem de despejo das famílias. O desembargador deixou o local e seguiu para o Tribunal de Justiça de Pernambuco e, segundo ele, voltará em breve com a decisão se haverá ou não a suspensão da ação de imissão de posse.

Revoltados, os moradores chegaram a ocupar novamente a Avenida Domingos Ferreira que rapidamente foi desbloqueada. Alguns manifestantes também deverão seguir para a sede do TJPE, no bairro de Santo Antônio, para acompanhar a decisão do desembargador.

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A advogada dos moradores da Vila Oliveira chegou, ainda há pouco, na comunidade que fica no Pina, Zona Sul do Recife. Maria José do Amaral estava no Fórum Joana Bezerra, na Ilha do Leite, desde ás 7h, para dar entrada em um mandado de suspensão do despejo dos moradores. 

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“Eles têm a escritura da casa fundamentada e dada pelo governador Miguel Arraes. Esse mandado da justiça é falso, por que a perícia que eles realizaram consta que este terreno é baldio, mas qualquer pessoa que chegar aqui vai ver que não é,” alega.

Os moradores permanecem dentro das casas mesmo com a tentativa de negociação da Polícia. O acesso à Vila Oliveira está fechado para a imprensa.

*Com informações de Pollyanne Brito

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O clima é de revolta entre os moradores da Comunidade Vila Oliveira, localizada no bairro do Pina, Zona Sul do Recife. Desde as 6h, desta terça-feira (6) a Polícia Militar realiza a ação de despejo das famílias e dos móveis no local, em cumprimento a uma decisão judicial de janeiro do ano passado.

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Inconformados, os moradores realizam um protesto na Avenida Domingos Ferreira, na altura do Clinical Center, interditando a via, desde o inicio da manhã. Dois caminhões carregados com móveis e pertences das famílias já foram levados para onde os moradores indicaram.

Os moradores estão ameaçando atear fogo nas casas, alegando que não vão sair do local onde moram há mais de 30 anos. “Todas as casas estão preparadas para resistir até o fim. Não somos lixo para nos colocarem na rua. Eu morro dentro da minha casa, mas não saio daqui,” disse Nadja Silva Santos, moradora há 33 anos na Vila Oliveira.

De acordo com oficial de justiça, Alberto Maia, a ação de despejo é legal, contestando o que disse a advogada do grupo, Maria José do Amaral. Ele afirma que o despejo total será realizado ainda hoje (6).

Entenda o caso - De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) o processo de retirada das famílias teve início em 1993. Um casal, Paulo Roberto Fonseca dos Santos e Dulcinea Maria Fonseca dos Santos, alegou ser dono do terreno. Em 2009, o juiz Franciso Julião deu ganho de causa às famílias. Já no ano passado,o desembargador Adalberto de Oliveira Melo julgou procedente o recurso do casal. As famílias só podem recorrer agora ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

 

 

Sob a mira de uma ação de despejo, em Boa Viagem, bairro nobre da cidade do Recife, localizado na zona Sul, 15 famílias da Vila Oliveira realizaram protesto que marcou a manhã desta terça (30). Os moradores queimaram pneus e gritaram por justiça para chamar a atenção dos órgãos públicos. A ação tumultou o local e causou engarrafamento.

Na Avenida Domingos Ferreira, os manifestantes reivindicaram as moradias dadas com título de posse há 15 anos pelo governador Miguel Arraes. O líder comunitário e porteiro, Isaías Santos, diz que os moradores da Vila estão lá há quase 50 anos e não tem nenhum outro lugar para morar. “Conseguimos esse lugar aqui com muito esforço há muitos anos. Queremos justiça e uma moradia. Não é possível que o governador Eduardo Campos não tenha o que fazer por nós”, indaga.

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A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano esteve no local para orientar os motoristas, que enfrentaram o engarrafamento causado pelo tumulto. O batalhão de choque da Polícia Militar também estava na Vila para controlar os moradores. Não foi notificada nenhuma gravidade, além dos pneus e entulhos queimados pelos moradores e logo apagados pelo Corpo de Bombeiros.

Cerca de 15 famílias do local estão com a ação de despejo há três meses, com último dia do prazo para o próximo sábado (3). "Cheguei aqui e ainda era maré. Moro há 40 anos no local, e tive muito esforço pra construir a casa. Agora, estão tentando nos tirar na marra. Um homem do ramo imobiliário está com essa ação contra nós. Mas temos advogado e tudo e vamos rever. Já conseguimos uma vez e se Deus quiser, conseguiremos de novo ficar aqui", garante o aposentado Antônio Rodrigues, 65 anos.

 

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