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O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu na última sexta-feira, 19, mais uma investigação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O caso tramita em segredo de justiça e tem relação com a denúncia existente na Corte sobre suposto recebimento de propina pelo parlamentar para pagamento de despesas pessoais.

Desde 2013, Renan foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo pelo suposto recebimento de dinheiro da construtora Mendes Júnior para apresentar emendas que beneficiariam a empreiteira. Em troca, o senador teria as despesas pessoais da jornalista Monica Veloso, com quem mantinha relacionamento extraconjugal, pagas pela empresa.

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Renan apresentou recibos de venda de gado em Alagoas ao Conselho de Ética do Senado, na ocasião, para comprovar um ganho de R$ 1,9 milhão. A suspeita de investigadores é de que as notas sejam frias. Ele foi acusado por uso de documento falso, falsificação de documentos e peculato referente ao escândalo.

O novo procedimento de investigação encaminhado ao STF, desta vez, apura as práticas dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. A suspeita é de que exista fraude contábil e tributária. A apuração ainda precisa ser analisada pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator do caso na Corte, mas já tem quase 2 mil páginas existentes com base em uma "notícia de fato" sobre o caso. Procurada, a defesa de Renan Calheiros disse que ainda não tem conhecimento da nova apuração.

A denúncia oferecida pela PGR em 2013 havia sido pautada, no início do mês, para julgamento pelo plenário do STF. Na última sexta-feira, no entanto, Fachin retirou o caso de pauta após apresentação de uma manifestação pela defesa do peemedebista alegando uma falha processual.

O caso foi remetido à Procuradoria-Geral da República (PGR) e, após manifestação da Procuradoria, será novamente analisado pelo ministro.

Além da denúncia relativa ao caso Monica Veloso e da nova apuração encaminhada ao Supremo, Calheiros é alvo de ao menos seis inquéritos no âmbito da Operação Lava Jato, entre eles a investigação por suposta formação de quadrilha envolvendo políticos no esquema de corrupção na Petrobras.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira (16) não ter havido "dinheiro público" no pagamento da pensão para a filha fora do casamento. O Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir em breve se ele vai virar réu por peculato (desvio de dinheiro público), falsidade ideológica e uso de documento falso no escândalo de 2007, em que é acusado de ter recebido propina da Mendes Junior para pagar despesas pessoais em troca de emendas parlamentares para a empreiteira.

Na chegada a seu gabinete, Renan admitiu ter cometido um "excesso", mas destacou que o caso envolve uma questão pessoal que precisa ser preservada. "Sobre essa matéria é preciso que se diga, primeiro, que quem pediu a investigação junto ao Supremo Tribunal Federal e ao Ministério Público fui eu. Eu, mais do que qualquer um, tenho total interesse que essas coisas se esclareçam. Isso não envolve dinheiro público", afirmou.

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O presidente do Senado informou que, depois, falará sobre o assunto. Reafirmou não haver nenhum fato novo e que a matéria já foi fartamente discutida. "Eu já dei todas as explicações", disse.

Há duas semanas, Renan não respondeu se, caso vire réu no Supremo, vai deixar o cargo de presidente do Senado. Ele é o quarto na linha sucessória da Presidência da República. O peemedebista ainda é investigado em outros seis inquéritos na Corte por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, dentro da Operação Lava Jato.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltou a adotar a tática de tentar pautar assuntos polêmicos ligados à agenda da economia para se afastar de investigações que o envolvem diretamente. A tática foi colocada em prática no retorno do recesso parlamentar, na semana passada, quando ele anunciou ter eleito como prioridade de 2016 as propostas que desobriga a Petrobras de ser a operadora única na exploração da camada do pré-sal e que dá independência para a escolha do presidente e dos diretores do Banco Central.

Coincidentemente, Renan foi acossado durante a pausa dos trabalhos legislativos por revelações da Operação Lava Jato, do qual é alvo de seis inquéritos no Supremo Tribunal Federal, e mais recentemente com a possibilidade de virar réu na mesma Corte por peculato (desvio de dinheiro público), falsidade ideológica e uso de documento falso no escândalo de 2007, em que é acusado de ter recebido propina da Mendes Júnior para pagar despesas pessoais em troca de emendas parlamentares para a empreiteira. Esse último caso levou-o a renunciar na época ao comando do Senado para evitar ter o mandato cassado.

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Sem qualquer aval do Planalto, do qual é o principal aliado do PMDB no Congresso, ele defendeu a apreciação das matérias. "É fundamental que o Congresso delibere sobre temas controversos, se é para aprovar ou rejeitar, não importa. O que importa é que essas matérias sejam apreciadas", disse Renan na semana passada, quando se reuniu duas vezes com a presidente Dilma Rousseff.

Numa mudança de sinal em relação ao ano passado, o governo topa ao menos discutir o projeto de autoria do senador José Serra (PSDB-SP) que acaba com a participação exclusiva da Petrobrás na exploração do pré-sal. Contudo, continua frontalmente contrário à concessão de autonomia legal ao BC. Na próxima semana, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) já avisou a Renan que apresentará outros assuntos para discussão com a pauta sugerida pelo peemedebista. "Essa agenda aqui que ele quer nos oferecer nós não vamos aceitar", afirmou.

Um senador da base aliada que acompanha as movimentações do peemedebista disse que, ao defender de antemão se adiantar propondo a votação dessas duas pautas, Renan tenta fazer um aceno ao mercado financeiro e ao mesmo tempo tenta garantir a simpatia dos partidos de oposição - que reconhece a destreza dele em incluir as pautas dos adversários do Planalto.

Por outro lado, ao menos por ora, não há qualquer movimento entre partidos governistas - em especial do PT - de pedir a saída do presidente do Senado do cargo. A avaliação principal é que Renan se tornou o principal aliado do governo no Congresso e há muitos iguais a ele, envolvidos na Lava Jato na Casa. Diante de pautas delicadas, o governo precisa sempre tê-lo por perto para conversar.

Questionado diretamente sobre as acusações, o presidente do Senado responde, sempre negando as suspeitas, ter prestado todos os esclarecimentos e estar à disposição da Justiça. Na semana passada, ele se calou duas vezes ao ser perguntado se fica no cargo mesmo se virar réu no caso da Mendes Júnior.

Inicialmente, Renan pode ser premido em plenário a dar explicações sobre as acusações que o envolvem. "Obviamente que vai ter um movimento de pressão para que haja um esclarecimento (sobre as denúncias)", disse o senador Walter Pinheiro (PT-BA), embora tenha ressalvado considerar difícil no momento a abertura de um processo de cassação contra Renan no Conselho de Ética com base em vazamentos da Lava Jato. Para o petista, se isso ocorresse, mais de dez senadores teriam de responder perante o colegiado por estarem em situação idêntica.

Pacote

Em março passado, logo após o STF ter aberto o primeiro inquérito contra ele na Lava Jato, o presidente do Senado voltou a sugerir a independência do BC ao então ministro da Fazenda, Joaquim Levy. A primeira vez que ele propôs a matéria foi em 2013. Um aliado dele, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), até apresentou uma nova proposta de emenda à Constituição com esse objetivo no mês seguinte - e que não andou na Casa.

Em agosto, ao mesmo tempo em que aumentavam as citações a ele na operação policial, Renan propôs a chamada Agenda Brasil, um pacote de medidas legislativas para tirar o País da crise, mas quase nada das ações foi adiante.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Menos de 24 horas depois de tornar público o inquérito que investiga o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), envolvendo a ex-amante do parlamentar, a jornalista Mônica Veloso, o ministro Edson Fachin, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a decretar sigilo do processo. O caso, que remonta ao ano de 2007, ficou conhecido como "Renangate".

A denúncia contra Renan já foi liberada por Fachin para ser julgada no plenário do Supremo e, se for aprovada, o peemedebista passará a responder a processo como réu. Ainda não há uma previsão para quando isso deve acontecer. A Procuradoria-Geral da República (PGR) disse que não iria se pronunciar sobre o restabelecimento da condição de sigilo do processo.

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O inquérito no STF investiga o pagamento de pensão alimentícia à Mônica por um lobista da empresa Mendes Júnior. Na denúncia, oferecida ao Supremo em 2013, a Procuradoria-Geral da República acusa o presidente do Senado de uso de documento falso, falsidade ideológica e peculato. O escândalo levou-o a renunciar à presidência do Senado na ocasião para não ter o mandato o cassado.

Os documentos do processo, que ficaram disponíveis nessa quinta, 4, no sistema do STF, mostram que Calheiros não tinha recursos para bancar a pensão para a jornalista, com que ele teve uma filha fora do casamento. Em troca de ter recebido recursos da empreiteira Mendes Junior para arcar com seus gastos, o senador, segundo a acusação, apresentou emendas que favoreciam a empresa.

Um laudo da Polícia Federal de 2010 mantido até o momento sob segredo de Justiça concluiu que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não tinha recursos para bancar a pensão alimentícia para a jornalista Mônica Veloso, com quem ele teve uma filha fora do casamento.

As conclusões da PF embasaram denúncia por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso oferecida três anos contra o presidente do Senado depois pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e que, após a liberação do caso pelo ministro Luiz Edson Fachin, será julgada em breve pelo plenário do Supremo Tribunal Federal. Renan é alvo de outros seis inquéritos no STF por supostos envolvimento na Operação Lava Jato.

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Essa investigação decorreu do escândalo de quase nove anos atrás em que Renan foi acusado de ter tido despesas pessoais de um relacionamento extraconjugal pagas pela empreiteira Mendes Junior. Em troca de ter recebido recursos da empreiteira para arcar com seus gastos, o senador, segundo a acusação, apresentou emendas que favoreciam a empresa. O escândalo levou-o a renunciar à presidência do Senado na ocasião para não ter o mandato cassado.

Em maio de 2009, Renan apresentou um parecer de um contador gaúcho a fim de contestar um laudo feito dois meses antes pelo Instituto Nacional de Criminalista (INC) da polícia. Nesse estudo particular, a defesa do senador rebatia a conclusão de que o peemedebista não tinha recursos para arcar com a pensão e até mesmo a metodologia adotada pela corporação para firmar tal entendimento.

No novo laudo, de janeiro de 2010, o INC da Polícia Federal contra-argumenta a manifestação de Renan. Os peritos dizem que, mesmo se adotar a metodologia proposta pela defesa, de contabilizar todos os cheques depositados na conta do senador, não seria possível sequer arcar com o primeiro pagamento da pensão à Mônica Veloso, no valor de R$ 43,2 mil em março de 2004. E, de modo geral, não há correspondência entre recursos em contas administradas por Renan e efetivos repasses para a jornalista.

O instituto reafirma a conclusão do laudo anterior e confirma que Renan não demonstrou, com base nos documentos apresentados e analisados, capacidade financeira que permitisse efetuar, em determinados períodos, os pagamentos determinados por ordem judicial no valor de R$ 16,5 mil.

Na conclusão do texto, os peritos também rechaçam os questionamentos sobre a metodologia adotada. "As ilações da defesa, sob o ponto de vista técnico-científico, são impróprias, pois se baseiam em pressupostos inválidos, além de apresentarem alegações conflitantes com os documentos constantes nos autos e com as informações fornecidas pelo próprio investigado", critica.

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) terá de decidir em breve se o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), deve se tornar réu e responder a uma ação penal por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso.

O caso remonta a um escândalo que está sob investigação na Corte desde agosto de 2007. Na noite dessa terça-feira, 2, o relator do processo, ministro Luiz Edson Fachin, liberou a decisão sobre o recebimento da denúncia para julgamento pelo plenário.

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Cabe agora ao presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, incluir o caso na pauta do plenário. Como a liberação feita por Fachin ocorreu à noite, Lewandowski ainda não foi informado sobre a decisão e, por isso, ainda não há previsão no Tribunal de quando o caso deva ser pautado.

Há mais de três anos, em 2013, a Procuradoria-Geral da República ofereceu a denúncia contra o peemedebista ao STF no inquérito aberto em 2007. O relator original do inquérito contra Renan era o ministro Lewandowski, que deixou parte dos processos de seu gabinete ao assumir a presidência do Tribunal.

Fachin tomou pé do caso após tomar posse como ministro, no final de junho do ano passado. A investigação sobre Renan Calheiros por peculato e uso de documentos falsos é feita no âmbito da apuração sobre suposto recebimento de propina, pelo parlamentar, da construtora Mendes Júnior para apresentar emendas que beneficiariam a empreiteira.

Em troca, o peemedebista teria despesas de relacionamento extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso pagas pela empresa. O suposto esquema teria se desenvolvido na primeira passagem de Calheiros pela presidência do Senado (2005-2007).

O escândalo estourou em 2007 e, na época, o peemedebista renunciou à presidência do Senado para evitar ser cassado.

Para comprovar um ganho de R$ 1,9 milhão, na ocasião, Renan apresentou recibos de venda de gado em Alagoas. Os documentos foram apresentados ao Conselho de Ética do Senado. A suspeita dos investigadores é de que as notas sejam frias, com falsificação dos documentos para justificar o patrimônio.

Pelos mesmos fatos, o senador é alvo de ação por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal. O processo corre na 14ª Vara Federal do Distrito Federal. Na ação, Renan é acusado de enriquecer ilicitamente e de forjar documentos para comprovar recursos.

O processo por improbidade é uma ação civil e, portanto não precisa tramitar no STF, foro para ações penais de autoridades. A Procuradoria da República no Distrito Federal diz que a Mendes Júnior pagou pelo menos R$ 246 mil para Mônica Veloso.

Presidentes na mira

Renan já é alvo, no STF, de outros seis inquéritos abertos para apurar suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, investigado no âmbito da Operação Lava Jato. Ainda em fevereiro, o presidente da outra casa legislativa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) também pode se tornar réu em uma ação penal.

O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato na Corte, disse que existe a possibilidade de o STF julgar ainda neste mês o recebimento da denúncia contra Cunha por suposta prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Lava Jato.

O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto - preso na Operação Lava Jato desde 15 de abril - foi interrogado nesta quarta-feira, 4, na 5ª Vara Criminal de São Paulo, onde responde a uma outra ação penal por suposto desvio de R$ 70 milhões da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop). Ele presidiu a Bancoop entre 2004 e 2008.

Durante sua gestão verbas destinadas à construção dos edifícios de apartamentos dos cooperados teriam sido desviadas. Ele negou todas as acusações do Ministério Público Estadual, que lhe imputa os crimes de formação de quadrilha, estelionato e falsidade ideológica.

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Vaccari foi escoltado pela Polícia Federal desde Curitiba, base da Lava Jato, onde está preso por ordem do juiz federal Sérgio Moro, para o Fórum Criminal da Barra Funda, São Paulo. Nas ações a que responde sobre desvios na Petrobras, Vaccari escolheu o silêncio como estratégia. Ele é acusado de arrecadar para o caixa do PT valores da corrupção na estatal petrolífera. Nas audiências perante o juiz federal Sérgio Moro, o ex-tesoureiro do PT se recusou a responder as indagações. Seus advogados afirmam que ele não coletou dinheiro ilícito para a legenda.

Na audiência da 5ª Vara Criminal de São Paulo Vaccari respondeu as perguntas e negou ilícitos durante sua gestão na presidência da Bancoop, entidade criada nos anos 1990 por um núcleo do PT.

A defesa do ex-tesoureiro, a cargo do criminalista Luiz Flávio Borges D'Urso, pediu o adiamento do interrogatório sob alegação de que o Ministério Público 'corrigiu' a denúncia sobre desvios de R$ 70 milhões da cooperativa. "O Ministério Público refez a denúncia. Neste caso Bancoop, o Ministério Público Estadual corrigiu a denúncia contra Vaccari, mas ainda não tivemos acesso a essa alteração", disse Luiz D'Urso antes do início da audiência.

"Apontamos em alegações finais do processo uma série de erros nos cálculos do Ministério Público e eles fizeram um novo laudo, um novo relatório. Esse documento foi apresentado na quinta-feira, 29, da semana passada. É uma nova denúncia. Na sexta-feira, 30, foi feriado (Dia do Servidor), emendou com Finados. Precisamos ter acesso a esse relatório. Por isso pedimos adiamento (do interrogatório)."

A 5ª Vara Criminal de São Paulo rejeitou o pedido de adiamento.

Após se reunir com líderes da oposição, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou que eles irão protocolar na próxima terça-feira (26), uma ação de crime comum contra a presidente Dilma Rousseff na Procuradoria-Geral da República. Esse foi o caminho escolhido depois de o parecer elaborado pelo ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior não trazer elementos suficientes para o grupo entrar com um pedido de impeachment no Congresso.

"Neste momento, essa é a ação que une as forças de oposição. Nada impede que futuramente, a partir das sucessivas novas informações que nos chegam, haja espaço para um pedido de impeachment", afirmou.

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Na quarta-feira (20), Aécio recebeu do jurista a ação que responsabiliza Dilma pelas chamadas pedaladas fiscais, que consistiu em atrasar repasses do Tesouro Nacional aos bancos federais para o pagamento de benefícios sociais. Esse procedimento fere a Lei de Responsabilidade Fiscal.

O documento sacramentou a decisão do partido de recuar da estratégia de pedir no Congresso o impeachment. A tese era defendida pela maioria da bancada de deputados tucanos, mas perdeu força após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sinalizar que engavetaria a iniciativa.

Durante encontro nesta quinta-feira (21), as lideranças da oposição negaram que tivessem recuado e afirmaram que a ação que vão protocolar terá a mesma função do impeachment. "Feita a denúncia, o afastamento da presidente é automático. Então as consequências desse ato que nós estamos promovendo, é igual ao impeachment. Mas estamos trabalhando com a responsabilidade de dar um argumento jurídico consistente", disse o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN).

Caberá ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a decisão de encaminhar ou não denúncia ou pedido de abertura de investigação ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em caso de pedido de abertura de inquérito, o pleno do Supremo decide sozinho. Em caso de denúncia, a Corte deve fazer encaminhamento do pedido à Câmara, que vai ou não autorizar a abertura de inquérito por maioria de votos.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa, minimizou o envolvimento do tesoureiro da legenda, João Vaccari Neto, nos esquemas de corrupção da Petrobras. Segundo o petista, não há nada que justifique a abertura de uma ação penal contra Vaccari por corrupção e lavagem de dinheiro. 

“Não conheço nenhuma prova consistente que diga da participação do tesoureiro do PT em qualquer esquema de corrupção. O que ele diz é que as contribuições feitas ao PT foram legalmente realizadas e aprovadas pelos TREs, da mesma forma que foram para muitos outros partidos”, defendeu.

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Sobre a permanência de João Vaccari Neto no cargo de tesoureiro do PT, Humberto Costa disse que no momento certo a legenda vai debater o assunto. “Isso é uma discussão que o PT tem que fazer. O partido, no momento adequado, vai debater esta questão com tranquilidade”, minimizou Costa.

Além de Vacarri, a Justiça Federal no Paraná também abriu ação penal contra o ex-diretor da estatal Renato Duque e mais 25 investigados da Operação Lava Jato. É o primeiro processo criminal aberto contra o tesoureiro do PT e o ex-diretor, suposto elo do partido no esquema de corrupção e propinas da Petrobras.

Veja a íntegra do posicionamento do senador:

A Justiça Federal em Pernambuco (JFPE) iniciou a ação penal contra dez integrantes do grupo “Sonho Real”, responsável por comercializar o título de capitalização “Pernambuco Dá Sorte”. De acordo com as investigações realizadas pela Polícia Federal (PF), dentro da Operação Trevo, os acusados se apropriavam da maior parte dos valores que deviam ser envidados à entidade beneficente Instituto Ativa.

O grupo distribuía títulos de capitalização da modalidade popular, emitidos pelas sociedades de capitalização APLUB Capitalização S.A. (Pernambuco Dá Sorte, Goiás Dá Sorte, Alagoas Dá Sorte, Capixaba Dá Sorte, Carimbó Dá Sorte, Paraíba Cap, Piauí Cap e Amazonas Dá Sorte) e Sul América Capitalização S.A. (Sulacap) (Bahia Dá Sorte). De acordo com a Justiça Federal, apesar de possuírem a autorização para a distribuição, os títulos eram comercializados por empresas denominadas Promobem, que assumiam o risco e o lucro do negócio, o que deveria ser suportado pela Aplub e Sulacap. Esse esquema de funcionamento levantou indícios da prática do crime de gestão temerária.

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Após serem citados, os dez réus terão o prazo de 10 dias para oferecer defesa por escrito. Eles são acusados de participação em organização criminosa, gestão temerária, apropriação indébita e lavagem de dinheiro.

A Operação Trevo investigou três organizações criminosas distintas, que possuíam conexões em alguns segmentos. Devido à quantidade de investigados – mais de vinte – e também pela quantidade de crimes praticados, a PF solicitou o desmembramento do processo original em três. As ações penais contra o grupo “Shock Machine” ou “Show Ball” e contra A Paraibana já estão em andamento na Justiça. 

A defesa do doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, pediu nesta segunda-feira (24) à Justiça Federal, a suspensão de uma da ações penais a que ele responde, até que o acordo de delação premiada seja homologado. No depoimento, o doleiro citou nomes de pessoas que receberam propina do esquema de desvio de recursos da Petrobras.

Segundo os advogados, novos fatos surgiram após a delação premiada, e terão reflexos na ação penal contra o doleiro. "A colaboração de Alberto Youssef vem sendo decisiva para os desdobramentos da Operação Lava Jato, inclusive para o bloqueio de valores e a recuperação de ativos aos cofres públicos. Diante de tudo quanto restou sobejamente demonstrado, requer seja recebido e processado o vertente petitório, a fim de que seja desmembrado o feito", pede a defesa.

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Na ação penal em que os advogados pedem a suspensão, o doleiro e outros seis investigados são acusados de evasão de divisas no valor de US$ 444,9 milhões em contratos fraudulentos de importações ilegais.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, pediu ao Ministério Público que tome providências contra o advogado Luiz Fernando Pacheco, defensor do ex-deputado federal José Genoino. Na semana passada, Pacheco cobrou de Barbosa que colocasse em julgamento um pedido para que Genoino volte para prisão domiciliar. Na ocasião, houve bate-boca e o presidente do STF determinou a seguranças que expulsassem o advogado do plenário do tribunal.

Barbosa quer que seja providenciada a abertura de uma ação penal contra Pacheco pelos supostos crimes de desacato, calúnia, difamação e injúria. Mas um processo somente será aberto após uma eventual denúncia do Ministério Público. Ao deixar nesta segunda-feira a sua última sessão como presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Barbosa foi abordado por jornalistas. Perguntado sobre a acusação de que ele teria cerceado a defesa de Genoino, ele respondeu que "o Brasil inteiro assistiu (ao episódio no plenário do STF)." Em seguida, ele afirmou: "A minha resposta virá em breve" e "procure a Procuradoria da República do Distrito Federal". Minutos depois, a procuradoria confirmou que Barbosa havia protocolado uma representação.

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Na sessão de quarta-feira da semana passada, depois de Pacheco ter dito que Barbosa deveria honrar o tribunal e colocar o recurso de Genoino em julgamento, o presidente do STF determinou aos seguranças que retirassem o advogado. Pacheco disse que era "abuso de autoridade". O advogado alega que Genoino está com problemas de saúde e que corre risco se permanecer na cadeia onde cumpre pena por envolvimento com o esquema do mensalão. A defesa do ex-ministro José Dirceu também protocolou um pedido para que o tribunal decida até o final deste mês se ele pode trabalhar fora do presídio.

Apelo

Cerca de 300 pessoas, entre as quais escritores, artistas, advogados, políticos e petistas, assinaram um documento no qual acusam o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, de ter cometido uma "escalada de arbitrariedades". Batizado de "Apelo público ao STF, em defesa da Justiça e do Estado de direito", o documento deverá ser entregue amanhã no tribunal.

"O presidente do Supremo Tribunal Federal, ao invés de cumprir as decisões dessa Suprema Corte, nega direitos a alguns sentenciados, desrespeitando a decisão do próprio pleno do STF e a jurisprudência do STJ quanto ao cumprimento do regime semiaberto. Com isso ameaça levar ao caos o sistema prisional brasileiro, pois, aceito o precedente, cria-se jurisprudência não somente em desfavor dos presos e sentenciados, mas contrária ao espírito democrático que rege as leis de execução penal, inclusive", afirmam no documento, numa referência às decisões de Joaquim Barbosa que cassaram autorizações de trabalho externo que tinham sido obtidas por condenados por envolvimento com o mensalão.

A Suíça abriu processo penal contra o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso novamente ontem no Rio. Os investigadores suíços imputam formalmente a Costa "ofensa de lavagem de dinheiro". A Suíça bloqueou US$ 23 milhões em 12 contas atribuídas ao ex-diretor da estatal petrolífera em cinco instituições financeiras naquele País.

Outros US$ 5 milhões também embargados foram localizados em conta de João Procópio Junqueira Pacheco de Almeida Prado, suposto "colaborador" do doleiro Alberto Youssef, alvo maior da Operação Lava Jato - investigação da Polícia Federal sobre lavagem de R$ 10 bilhões deflagrada em março de 2014. A informação sobre a instauração de processo penal contra Paulo Roberto Costa está no Pedido de Assistência Judiciária em Matéria Penal do Ministério Público da Confederação da Suíça enviado ao Brasil no dia 28 de maio. O documento é subscrito pelo procurador federal suíço Luc Leimgruber.

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A ordem para Paulo Roberto Costa retornar à cadeia foi decretada pela Justiça Federal no Paraná após comunicação do Ministério Público da Suíça sobre a abertura de processo penal naquele País europeu. O juiz federal Sérgio Moro, que deflagrou a Operação Lava Jato, viu "risco de fuga" do executivo. "Há risco à investigação e à instrução, não só em relação às ações penais em andamento, mas também quanto às investigações complementares em andamento pela Polícia Federal, evidenciado pelo fato de familiares do acusado terem sido surpreendidos, durante as buscas, destruindo ou ocultando provas, o que só pode ter sido feito a seu mando, e ainda por ter tentado dissipar valores mantidos em contas correntes a fim de ocultá-los do sequestro judicial", assinalou o juiz federal.

"Há ainda risco à ordem pública, evidenciado pela prática, nos termos da denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal, de sucessivos desvios de recursos na construção da Refinaria Abreu e Lima, com posterior lavagem com auxílio de Alberto Youssef, e que teriam se prolongado mesmo depois dele ter deixado o cargo de diretor de Abastecimento da Petrobrás." A Suíça abriu a investigação contra o ex-diretor da estatal petrolífera em 10 de abril, quando a Unidade Financeira de Inteligência daquele País identificou as contas pelas quais transitaram os valores atribuídos a Paulo Roberto Costa.

Propina

Luc Leimgruber, o procurador federal suíço, informou que entre 2011 e 2012 Costa teria recebido "propinas para a adjudicação das obras no âmbito da construção das refinarias de Abreu e Lima, nos arredores de Recife (Pernambuco)". Segundo a Suíça, o dinheiro nas contas de Costa teria origem ainda em "desvio de fundos públicos no âmbito de outra investigação vinculada à compra pela Petrobras, em 2006, da refinaria americana Pasadena, sediada no Texas". Costa foi dirigente da estatal entre 2004 e 2012. A Polícia Federal sustenta que ele intermediou contratos entre fornecedores da Petrobrás e empresas controladas por Youssef.

A Suíça pediu ao Brasil uma série de medidas: "Quaisquer documentos e as informações úteis relativas à suposta atividade das pessoas acima mencionadas (Costa, seus familiares e Youssef), assim como quaisquer documentos e as informações que permitam estabelecer um liame entre as infrações penais supostamente prosseguidas no Brasil pelas pessoas acima mencionadas e os haveres controlados por estas últimas e que foram sequestrados na Suíça, ou seja nomeadamente cópias de quaisquer peças dos processos brasileiros pertinentes para o processo suíço (nomeadamente o que se refere aos julgamentos e decisões de tribunais, atos de acusação, relatórios de polícia, outros relatórios, oitivas, documentação bancária, financeira, contábil e social, explicações dadas pelas partes, correspondência".

Os investigadores suíços solicitam ao Brasil, "se for necessário, autorizar representantes do Ministério Público da Confederação Suíça a consultar os processos brasileiros e fazer copias das peças pertinentes".

Eles pedem, ainda, que o Brasil comunique ao Ministério Público da Confederação "o montante dos supostos ganhos ilícitos cobrados pelas pessoas mencionadas e/ou as companhias no âmbito das atividades ilícitas das que são acusadas pelas autoridades brasileiras e, sendo o caso disso, o montante dos haveres que pertencem a essas pessoas ou as suas companhias e que foram sequestrados pelas autoridades brasileiras no âmbito deste caso". Os investigadores suíços pleitearam ao Brasil que transmita "quaisquer outras informações ou documentos susceptíveis de fazer progredir o processo penal instruído na Suíça no âmbito do presente contexto de fatos".

Desembargadores do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª. Região suspenderam uma ação penal que tramitava na Justiça contra o coronel da reserva Sebastião Rodrigues Curió. Ele era acusado de envolvimento com crimes durante a ditadura militar. Por 2 votos a 1, a 4ª. Turma do TRF confirmou decisão liminar que já havia determinado a suspensão do processo.

A decisão do TRF é uma derrota para o Ministério Público Federal. Apesar da Lei de Anistia, que perdoou crimes cometidos por ex-agentes da ditadura, o MPF propôs ações contra militares. A assessoria de comunicação do Ministério Público informou que procuradores avaliam a possibilidade de recorrer para instância superior da Justiça.

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O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta abrir uma ação penal contra o deputado federal Fernando Antônio Ceciliano Jordão (PMDB-RJ), ex-prefeito de Angra dos Reis. No processo, será apurado se o parlamentar teve ou não envolvimento com crime eleitoral. De acordo com a acusação, durante a campanha de 2008 ele teria oferecido transporte marítimo gratuito a potenciais eleitores em troca de votos. O STF aceitou a denúncia, mas resolveu encaminhar o processo para o Ministério Público Federal para avaliação sobre a possibilidade ou não de suspensão condicional do processo. Pela legislação brasileira, quando a pena mínima prevista para um determinado crime for igual ou inferior ao um ano o MP poderá propor a suspensão do processo desde que o acusado não esteja sendo processado ou tenha sido condenado por outro crime.

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