Um dia após a presidente Dilma inaugurar o trecho da Adutora do Pajeú, ligando o sistema da base em Serra Talhada até Afogados da Ingazeira, a população botou a boca no trombone, ontem, no programa de Nill Júnior, da Rádio Pajeú, para denunciar que a água não está chegando às torneiras.
Consumidores dos mais diversos bairros da cidade reclamaram da conta cara cobrada pela Compesa sem ter direito ao líquido para as necessidades básicas do dia a dia. A falha na distribuição da água não é exclusiva do ramal que chega até Afogados da Ingazeira.
Em Serra Talhada, primeiro cidade contemplada, as queixas são generalizadas quanto à falta de água, principalmente nos bairros mais populosos e afastados do centro urbano. É inadmissível que a população continue sendo enganada pelo poder público.
Obras no Brasil só deveriam ser inauguradas quando fossem testadas e, consequentemente, ficarem aptas para entrarem em operação, servindo à população. Infelizmente, entretanto, os governos em geral se apressam em entregar projetos inacabados, simplesmente com o intuito de tirar proveito político.
Responsável pela distribuição da água da Adutora do Pajeú e pela operação do sistema, a Compesa alega que ainda faltam obras complementares para que a água jorre nas torneiras na sua plenitude como deveria ocorrer, evitando frustração e desapontamento por parte de quem tanto precisa do líquido.
Mais lógico, portanto, seria ter adiada a inauguração, porque o que está acontecendo no Pajeú não arranha apenas a imagem do Governo Federal, que gastou a maior parte dos recursos com o projeto.
Prejudica, sobretudo, o Governo do Estado, porque a parte mais delicada da Adutora do Pajeú, a administração do sistema de distribuição da água, é de responsabilidade da Compesa. E aí onde mora o perigo!
CORREÇÕES– Em entrevista, ontem, ao Frente a Frente, o presidente da Compesa, Roberto Tavares, disse que a estatal vem fazendo o possível para colocar em ordem o sistema da Adutora do Pajeú. Ressaltou que os entraves encontrados no decorrer da obra estão sendo superados. “Investimos R$ 17 milhões no projeto e vamos corrigir as falhas eventualmente surgidas”, observou.
Dilma Pinóquio– Em discurso no Senado, Jarbas disse que Dilma veio a Pernambuco mentir. Veja a pauleira: “Em comício eleitoral, bancado com dinheiro público, avião presidencial, casaco vermelho, da cor do PT, ela foi a Pernambuco e faltou com a verdade. Mentiu. Não é verdade. Ela sabe disso. É a corrupção que está destruindo a Petrobras. Não é a oposição, não é a mídia, não é a imprensa”, afirmou.
Para 10 milhões– Deu em Ilimar Franco, de O Globo: “O candidato de oposição Eduardo Campos (PSB) vai propor a ampliação, em cerca de 10 milhões, do número de pessoas beneficiárias do Bolsa Família. Sua equipe de programa de governo estima que esse é o número dos que também atendem ao critério de baixa renda mensal. Na gestão da presidente Dilma, já recebem a bolsa 14,1 milhões de famílias. Seu custo em 2013 foi de R$ 24,7 bilhões”.
Incendiários em ação- A estratégia da oposição é intrigar o governador João Lyra com Eduardo, seu antecessor. Petistas chegaram a chamar Lyra de estadista por não ter ido a Brasília prestigiar o anúncio da chapa presidencial Eduardo-Marina. Mas o governador disse, desde o primeiro momento, que sua presença na comitiva de Dilma, no mesmo dia, era institucional.
Briga sertaneja- Em Serra Talhada, o prefeito Luciano Duque (PT) e o ex-prefeito Carlos Evandro (PSB) estão distanciados. Coube a Duque fazer o mais contundente ataque ao ex-governador Eduardo Campos na fala diante de Dilma, segunda-feira passada, acusando-o de não ter priorizado o Interior. Evandro disse que as principais obras que Duque consegue fazer são com recursos do FEM, criado por Eduardo.
CURTAS
SONRISAL– Recentemente refeita, tendo ficado um tapete, a PE-320, que liga Serra Talhada a Afogados da Ingazeira, já está se dissolvendo feito Sonrisal. Alguns trechos já foram recapeados, mas é visível a presença de buracos abertos pela chuvarada. Uma vergonha!
COM O MST- O governador João Lyra recebeu, ontem, integrantes da passeata do MST, anunciando em seguida a criação de uma coordenação que vai acompanhar o atendimento de pontos da pauta de reivindicações do grupo. O documento foi entregue pelo coordenador do MST no Estado, Jaime Amorim.
Perguntar não ofende: Será que Dilma foi informada que a água da Adutora do Pajeú não chega às torneiras?