Tópicos | Alckmin

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, acredita que não existe ligação entre os assassinatos e a emboscada sofrida por um policial das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) na noite de segunda-feira na mesma região, no Jaçanã. "Não há uma relação, provavelmente, entre um caso e outro. E a polícia já está trabalhando", disse.

Apesar disso, Alckmin admitiu que São Paulo enfrenta "meses difíceis" no que se refere à violência. "Especialmente o mês de junho e agora o mês de julho", afirmou, no dia seguinte à divulgação dos índices de criminalidade.

##RECOMENDA##

Em seguida, o governador comparou a situação do Estado com o restante do País. "Analisando a série histórica, nós vamos verificar que saímos de 35 homicídios por 100 mil habitantes há 10, 11 anos para 10,3 no primeiro semestre deste ano. O Brasil tem 26 homicídios por 100 mil habitantes", enumerou. "Mas claro que não estamos satisfeitos (com o aumento da violência) e, por isso, o trabalho vai aumentar."

De acordo com ele, a polícia está agindo "firme" no combate ao tráfico de drogas. "Até mesmo em cima das chamadas biqueiras, que são a ponta do tráfico. Houve uma reação grande das quadrilhas, do crime."

Sobre erros de policiais durante as suas ações, Alckmin reafirmou que há "tolerância zero" do governo. "Veja que no caso que houve daquele publicitário (Ricardo Prudente Aquino, no Alto de Pinheiros) os policiais foram presos imediatamente. A rapidez foi total."

"Agora, nós temos 97 mil policiais militares, fora os civis e fora a Polícia Científica. Então, pode haver erro? Pode. Pode haver abuso? Pode", continuou Alckmin. "O que não pode ter é nenhum tipo de tolerância. Para isso, nós temos uma Corregedoria muito forte nesse trabalho", afirmou Alckmin. O governador também anunciou que está reforçando o efetivo das forças de segurança do Estado. "Só hoje estamos nomeando 200 delegados."

Já o coronel Roberval Ferreira França, comandante da Polícia Militar de São Paulo, que não tem se pronunciado publicamente sobre os últimos episódios envolvendo a corporação, divulgou ontem em sua página do Facebook uma carta sobre o trabalho da tropa. No texto, o oficial cita que a PM "é uma das mais bem preparadas e ativas polícias do País". Diz ainda que neste ano a corporação teve mais de 50 policiais assassinados "covardemente" e outros 5 mil estão inválidos. O coronel termina o comunicado dizendo que a corporação "não vai se acovardar". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho do governo de São Paulo assinou em 2012 um convênio com o Centro de Memória Sindical, ligado à Força Sindical, para promover o Momento Itália-Brasil, uma exposição de fotos realizada no centro da capital paulista.

Segundo informações públicas disponíveis no Portal da Transparência do governo do Estado, o convênio, no valor de R$ 100 mil, foi o único firmado até agora pelo sindicalista Carlos Ortiz, indicado ao cargo de secretário de Emprego e Relações do Trabalho pelo candidato do PDT à Prefeitura, deputado Paulo Pereira da Silva. Ortiz assumiu a secretaria em março deste ano. No dia 2 de maio, o Tesouro estadual liberou a primeira metade do valor do convênio, R$ 50 mil.

##RECOMENDA##

O presidente do Centro de Memória Sindical, o sindicalista Milton Cavalo, é secretário de Cultura e Memória Sindical da Força Sindical e diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco. Na abertura da exposição, em maio, esteve João Carlos Gonçalves, o Juruna, que é secretário-geral da Força Sindical e um dos maiores aliados de Paulinho.

Com os recursos liberados no convênio firmado com a secretaria, foi organizada a exposição, que tinha como tema "A participação italiana na organização operária e sindical brasileira".

De acordo com informações da Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho, a mostra "foi idealizada sob a missão de resgatar de uma forma geral a importância da participação italiana nas atividades sindicais e operárias da história social brasileira".

Questionado pela reportagem sobre o convênio, o governo afirmou que, apesar de Ortiz ter assinado o processo e liberado os recursos, a decisão de liberar as verbas para o Centro de Memória Sindical foi tomada durante a gestão do sindicalista David Zaia (PPS), que foi o secretário do Trabalho de 2011 até março.

A assessoria de imprensa de Zaia afirmou que o projeto começou a ser desenvolvido em 2011 e foi aprovado por um grupo de trabalho criado pelo governo do Estado. A proposta da exposição foi desenvolvida durante sua gestão, apesar de o convênio ter sido assinado pelo sucessor.

Ontem, Paulinho afirmou que a Força Sindical, entidade da qual é presidente licenciado, não tem nenhum convênio com os governos municipal, estadual ou federal.

Memória - Ortiz também foi à abertura da exposição promovida pelo Centro de Memória Sindical, entidade criada em 1981. "A maior conquista é podermos estar aqui no centro da cidade e ter a oportunidade de abrir este acervo", disse Ortiz na ocasião.

O extrato do convênio, publicado no Diário Oficial do dia 18 de abril, afirma que poderão ser firmados "termos de aditamentos, quantos forem os projetos e atividades considerados por ambas as partes de interesse ou conveniência comum, dentro da finalidade aqui definida". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

 

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), determinou ontem que a Corregedoria-Geral da Administração, ligada à Casa Civil, investigue a atuação de Alexandre Pereira da Silva, filho do candidato à Prefeitura pelo PDT, o deputado Paulo Pereira da Silva, na Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho.

Na pasta, Alexandre comandava um "escritório paralelo", como revelou ontem o jornal O Estado de S.Paulo. Apresentado como "coordenador", ele recebia prefeitos e decidia sobre a aplicação de recursos de programas da pasta sem ocupar cargo formal. Ontem, Alexandre pediu demissão para não atrapalhar a campanha eleitoral do pai.

##RECOMENDA##

O filho do presidente licenciado da Força Sindical chefiava na prática a Coordenadoria de Operações da pasta, responsável por 243 postos de atendimento a trabalhadores, uma importante vitrine eleitoral no interior paulista. Alexandre tinha gabinete e secretária. No papel, no entanto, o cargo era ocupado por Marcos Wolff, um funcionário de carreira sem ligações partidárias.

A secretaria é controlada pelo PDT desde março, após acordo no qual Paulinho indicaria o titular da pasta em troca do apoio à reeleição de Alckmin em 2014. Alexandre entregou uma carta de demissão ao secretário, o sindicalista Carlos Ortiz, nomeado para o cargo por indicação de seu pai. Segundo o governo estadual, Alexandre trabalhava na secretaria como funcionário contratado da Fundação para o Desenvolvimento das Artes e da Comunicação (Fundac), que tem dois contratos com a pasta para assistência técnica à coordenação de políticas de emprego e renda.

Embora tenha pedido investigação, Alckmin disse não haver, em princípio, desvios de função de Alexandre na secretaria. "Ele é funcionário contratado pela Fundac exatamente para fazer este trabalho: cuidar de políticas públicas voltadas a emprego e renda. Ele ajuda, assessora o coordenador", afirmou ontem em visita às obras de prolongamento da Linha-2 Verde, na zona leste da capital. Segundo Alckmin, Alexandre trabalhava na área de emprego e renda, atuação esperada da Fundac em relação ao governo. "Não vejo nenhum problema nisso."

O candidato a prefeito de São Paulo pelo PDT, Paulo Pereira da Silva, também afirmou ontem não haver irregularidades na atuação de Alexandre na Secretaria de Estado de Emprego e Relações do Trabalho. "Ele era funcionário terceirizado da secretaria e só por ser filho de deputado (federal) não pode trabalhar?", disse Paulinho ontem, durante ato de campanha.

Segundo o pedetista, a decisão do filho de deixar a Fundac e, consequentemente, a secretaria, foi tomada para não prejudicar sua campanha à Prefeitura. "Pesquisas (eleitorais) estão me dando embaixo, e eu estou apanhando. É perseguição. Percebo, claramente, uma tentativa de prejudicar minha candidatura."

Ele não disse, porém, de quem partem os ataques contra ele. Embora não saiba especificar as atividades de Alexandre no órgão, o candidato do PDT afirmou que ele não chefiava a Coordenadoria de Operações. "Eu não sei qual a função dele, não sei nem onde é a Secretaria do Trabalho."

Questionado sobre ter um filho trabalhando em uma secretaria comandada pelo PDT, partido que preside no Estado, Paulinho se irritou e destacou não haver nenhum contrato entre a Força Sindical e os governos federal, estadual e municipal. "Meu partido tem uma secretaria importante e vamos continuar participando do governo do Estado." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Alexandre Pereira da Silva, filho do candidato do PDT à Prefeitura de São Paulo, o deputado Paulo Pereira da Silva, conhecido como Paulinho da Força Sindical, comanda um escritório paralelo na Secretaria de Estado de Emprego e Relações do Trabalho, controlada por pedetistas, onde recebe prefeitos, decide sobre aplicação de recursos e toma decisões institucionais sem que tenha sido nomeado oficialmente para exercer a função.

Chefe informal da Coordenadoria de Operações desde março, quando o sindicalista Carlos Ortiz assumiu a secretaria por indicação de Paulinho, Alexandre, de 32 anos, é responsável por uma rede de 243 Postos de Atendimento ao Trabalhador, os PATs. Criados em parcerias com as prefeituras, esses postos são importantes vitrines eleitorais no interior. Oferecem serviços como habilitação ao seguro-desemprego, emissão de carteira de trabalho e qualificação profissional. Os PATs movimentaram cerca de R$ 10 milhões em 2011.

##RECOMENDA##

No papel, quem aparece como coordenador de Operações da pasta é Marcos Akamine Wolff, um funcionário de carreira sem ligações com o PDT. Questionado sobre a atuação de Alexandre, Marcos disse que "ele é um assessor do secretário" e que "presta assessoria à sua coordenadoria".

A secretaria negou ontem que Alexandre exerça o cargo na prática. Disse que ele é contratado da Fundação para o Desenvolvimento das Artes e da Comunicação (Fundac), com quem a pasta tem acordo para "prestar serviços de assistência técnica à coordenação de políticas de emprego e renda".

Estrutura de chefe

O filho de Paulinho da Força, no entanto, tem um gabinete no segundo andar da secretaria, em prédio no centro da capital, e até secretária. A reportagem ligou para a pasta e pediu para falar com o coordenador de Operações. A secretária afirmou que era Alexandre quem respondia pelo cargo.

A página da secretaria chegou a divulgar notícia em que Alexandre recebia, como o coordenador de Operações, um prefeito do interior a fim de "discutir ações realizadas no município".

No dia 27 de junho deste ano, às 16h07, a secretária de Alexandre, funcionária do governo, mandou um e-mail para colegas de trabalho no qual dizia: "Prezados Senhores, em nome do coordenador de Operações, sr. Alexandre, solicito que encaminhem até o dia 4 de julho de 2012 relatórios atualizados sobre o andamento dos seus PATs".

O PDT passou a controlar a Secretaria de Emprego após acordo costurado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) no qual Paulinho se comprometeu a apoiar sua reeleição em 2014. A nomeação faz parte da estratégia do PSDB de se aproximar do movimento sindical, historicamente ligado aos petistas.

Alexandre, integrante do diretório estadual do PDT, que é presidido por seu pai, não é o único integrante do partido que passou a ocupar postos na hierarquia da pasta após a indicação de Ortiz. O chefe de gabinete da secretaria, o advogado Cristiano Vilela de Pinho, é secretário de Assuntos Jurídicos da legenda.

Luciano Martins Lourenço, ex-assessor de Paulinho e também integrante dos quadros pedetistas no Estado, foi nomeado coordenador de Políticas de Inserção no Mercado de Trabalho.

Na ponta

Ortiz também nomeou integrantes do PDT para os Centros Regionais da secretaria, espalhados pelo interior. Levantamento feito pela reportagem mostra que, de 21 deles, em pelo menos 8 há relação com o PDT. É o caso de São José do Rio Preto, onde foi nomeado diretor Fabio Amaro da Silva, integrante do diretório municipal do PDT.

Walkyria Andrades, mulher do presidente do PDT de Itapetininga, foi indicada para o centro de Sorocaba; Marcio Bento Villalva, secretário de Finanças do PDT paulistano, agora é diretor em Ribeirão Preto, e Paulo Alexandre Lopes, diretor do centro de Presidente Prudente, é líder do PDT no município. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que Alexandre Pereira da Silva é contratado via Fundação para o Desenvolvimento das Artes e da Comunicação (Fundac), que mantém acordo com a pasta. De acordo com a secretaria, "o escopo do contrato é prestar serviços de assistência técnica à coordenação de políticas de emprego e renda ao Programa Estadual de Qualificação Profissional".

Filho do deputado Paulo Pereira da Silva, candidato do PDT à Prefeitura de São Paulo e presidente licenciado da Força Sindical, Alexandre é, na prática, coordenador de Operações da pasta. Ele é responsável pela implementação dos PAT (Postos de Atendimento ao Trabalhador) pelo Estado.

##RECOMENDA##

Questionado sobre o fato de Alexandre, que é administrador de empresas, atuar numa coordenadoria para a qual oficialmente não foi nomeado, a assessoria de imprensa da secretaria afirmou que "o site da secretaria será corrigido", numa referência à notícia da própria pasta, em que apresenta o filho de Paulinho como o coordenador de Operações.

A assessoria de imprensa do governador Geraldo Alckmin (PSDB) não comentou o caso ontem. Procurados pela reportagem, Paulinho e Alexandre não responderam aos pedidos de entrevistas.

Indagada sobre as nomeações de pessoas ligadas aos quadros do partido nos escritórios regionais das secretarias, a Secretaria de Emprego afirmou que "todos têm ou tiveram atuação no movimento sindical ou no serviço público". Disse ainda que "suas indicações foram realizadas atendendo aos dispositivos legais".

Sobre a nomeação do ex-assessor de Paulinho, Luciano Martins Lourenço, para coordenador de Políticas de Inserção no Mercado de Trabalho, a secretaria afirmou que "ele é graduado em direito pela Universidade Paulista, foi diretor do Sindicato dos Químicos da Baixada Santista e diretor de Relações Sindicais da Força Sindical". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Com bom humor, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) evitou comentar nesta quarta a aliança do PT com Paulo Maluf (PP) em torno na candidatura de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. O ex-presidente visitou o espaço Humanidade 2012, que recebe discussões paralelas à Rio+20 no Forte de Copacabana, ao lado de Paulo Skaf e Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, presidentes das federações da indústria dos Estados de São Paulo e do Rio (Fiesp e Firjan), respectivamente. Ao ser questionado sobre o que achava da parceria costurada pelo PT, ele respondeu: "Estou no Rio, não vi nada".

Após um encontro que reuniu Lula e Maluf na segunda-feira, a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) se recusou a permanecer como vice na chapa do petista Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo.

##RECOMENDA##

O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, também preferiu não comentar, pelo segundo dia consecutivo, se o acordo do PT com o PP de Paulo Maluf pode beneficiar o ex-governador José Serra na disputa pelo governo de São Paulo.

"Esse é um assunto que cabe ao PT explicar", afirmou Alckmin. "O Serra tem um amplo arco de alianças. Já tem cinco partidos: PSDB, Democratas, PSD, PV e PR. E que é uma aliança forte e com bom tempo de televisão", acrescentou o governador.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, confirmou hoje que a inauguração da estação de metrô Adolfo Pinheiro deverá ocorrer no segundo semestre de 2013. A previsão foi feita durante visita do governador ao canteiro de obras da estação, que integra a linha 5-Lilás do metrô, na zona sul da capital paulista. Até então, o Metrô informava uma previsão de inauguração da estação Adolfo Pinheiro para o ano de 2013. Conforme as obras avançam, explica a assessoria, é possível prever o período mais provável de inauguração.

A linha 5-Lilás, com início no Capão Redondo até o Largo Treze, passa por processo de expansão e deve ganhar mais 11 estações até 2015. Adolfo Pinheiro é a primeira no processo até a Chácara Klabin. Neste sábado, operários que iniciaram os trabalhos de expansão no extremo sul chegaram à futura estação.

##RECOMENDA##

O governador admitiu atrasos no cronograma das obras da Linha-5 do metrô, mas avaliou que agora estão "em ritmo intenso". De acordo com ele, tanto os canteiros de obras já existentes quanto as desapropriações a serem feitas estão caminhando dentro do planejado. Além disso, o governador afirmou que já estão sendo comprados 26 novos trens para a linha Lilás, com seis vagões cada um, que começarão a ser entregues a partir do ano que vem.

O presidente do Metrô de São Paulo, Peter Walker, afirmou que o projeto da linha Lilás (Capão Redondo-Chácara Klabin), deve contribuir para desafogar a linha 4-Amarela (Butantã-Estação da Luz). Segundo ele, hoje a linha Lilás transporta 38 mil passageiros por dia, que têm de utilizar trens da CPTM até Pinheiros e a linha Amarela para acessar o centro da cidade. "Depois do projeto concluído, os passageiros da zona sul acessarão o centro da cidade sem precisar recorrer à linha Amarela", reduzindo o tempo de viagem.

A visita do governador a um canteiro de obra do metrô ocorre na mesma semana em que os metroviários realizaram uma greve, prejudicando cerca de quatro milhões de usuários diários do metrô e trens da CPTM. A greve ganhou contornos políticos porque, segundo Geraldo Alckmin, a paralisação teve caráter eleitoral. Na visita de hoje, estava prevista a participação do pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB e ex-governador do Estado, José Serra. Na última hora, a assessoria do governo de São Paulo informou que o tucano cancelou a participação no evento. Alckmin foi acompanhado pela vice-prefeita de São Paulo, Alda Marco Antonio.

O governo de São Paulo vai lançar nesta quarta, em parceria com o governo federal, um programa baseado em um modelo inédito de transferência de renda. O plano é, até 2014, garantir uma renda mínima de R$ 70 per capita para 1,1 milhão de paulistas que atualmente vivem com menos que isso. A exigência será que o dinheiro seja utilizado de acordo com uma lista de prioridades feita com cada família.

O lançamento do programa, em pleno ano eleitoral, será feito em Miracatu, no Vale do Ribeira, região mais pobre do Estado. Estarão presentes o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o secretário de Estado de Desenvolvimento Social Rodrigo Garcia (DEM) e a ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Cerca de 8 mil pessoas serão atendidas nesta primeira fase.

##RECOMENDA##

Os R$ 70 per capita serão pagos pelo governo federal, por meio do Bolsa Família, e pelo governo estadual, que vai complementar a quantia necessária por meio do Renda Cidadã. Esse é o valor base levado em consideração pelo governo federal para seu programa de erradicação da miséria até 2014.

Um dos principais anúncios será a unificação do cartão de recebimento dos dois programas. "Vários Estados estão lançando seus cartões unificados com o governo federal. Mas somos os únicos que estamos criando esse novo modelo que exige que o beneficiado cumpra seus compromissos", afirmou Garcia.

O modelo funciona assim: assistentes sociais das prefeituras vão percorrer todos os domicílios nas áreas mais pobres da cidade. Nessa primeira etapa, apenas os 100 municípios com pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no Estado foram visitados. No total, 200.169 residências foram percorridas.

Depois de identificadas as que estão abaixo da linha da miséria, as famílias recebem uma nova visita para estabelecer uma lista de objetivos para gastar o dinheiro. "Se o problema da família é educação, vamos colocar a meta de participar de algum curso profissionalizante. Se o problema é a falta de piso banheiro, vamos calcular quanto isso vai custar", explicou Garcia. Caso o compromisso não seja respeitado, o benefício deixará de ser pago.

No ano que vem, toda as famílias em situação de miséria no interior paulista deverão ser atendidas - serão mais 480 cidades. Em 2014, último ano da gestão, é a vez dos municípios restantes - as regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas e Santos. Nesse ano, o gasto estadual com transferência de renda deverá chegar a R$ 350 milhões por ano, o triplo do que é hoje. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quinta-feira que a CPI Mista do Cachoeira não pode servir para uso político. Alckmin participou de uma reunião com governadores na Câmara dos Deputados para debater a renegociação da dívida dos Estados.

"Não pode ter utilização política, nem para desviar atenção nem para perseguir partidos ou pessoas", afirmou o tucano. "É importante investigar, esclarecer e punir", completou.

##RECOMENDA##

Questionado sobre se faria em seu Estado alguma auditoria nos contratos da empreiteira Delta (que estaria envolvida no esquema de Cachoeira), o governador disse não saber se há negócios com a empresa. "A Delta, se tiver contrato em São Paulo, é mínimo, residual, vírgula, nem sei se tem".

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), decidiu nesta quinta nomear o segundo colocado na lista tríplice do Ministério Público para ocupar o cargo de procurador-geral do Estado. Márcio Elias Rosa - candidato da situação - recebeu 838 votos 1.730 na eleição entre procuradores e promotores, 56 a menos que o primeiro colocado, Felipe Locke Cavalcanti, da oposição.

Embora o governador tenha a prerrogativa de nomear para a chefia do Ministério Público Estadual qualquer um dos três nomes da lista, é tradição que o mais votado seja escolhido. A última vez em que o segundo colocado foi apontado para a procuradoria-geral foi em 1996, quando Mário Covas ocupava o Palácio dos Bandeirantes.

##RECOMENDA##

Logo depois da eleição interna, realizada no último dia 25, Felipe Locke provocou polêmica ao insinuar que poderia estender aos membros do Ministério Público Estadual o auxílio-alimentação, uma prerrogativa apenas de juízes.

Foi a primeira vez que um candidato da oposição venceu a disputa interna do Ministério Público paulista.

Diante da possibilidade de que Alckmin apontasse Rosa, duas entidades de classe pediram formalmente ao governador que escolhesse Locke. Alckmin, no entanto, optou por Rosa, o candidato preferido do atual procurador-geral, Fernando Grella Vieira.

Bastidores

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que os secretários Ferreira Pinto (Segurança Pública) e Saulo de Abreu (Transportes) foram os maiores defensores da indicação de Márcio Rosa. Teria pesado na decisão do governador o fato de Rosa ser uma garantia de continuidade da gestão Grella, que é visto dentro do governo como um conciliador dos grupos antagônicos dentro do MP.

Alckmin levou 11 dias, desde que recebeu a lista tríplice, para escolher o novo mandatário do MP paulista. O prazo máximo era de 15 dias.

O novo procurador-geral será o responsável pelo maior Ministério Público do País. Rosa comandará um orçamento de R$ 1,5 bilhão.

Em entrevista, antes da eleição, Rosa disse que sua primeira medida, caso fosse escolhido para o cargo, seria "a criação de três setores indispensáveis: central de criminologia e de inteligência criminal, núcleo de formulação de políticas públicas e núcleo de comunicação social". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, divulgou nesta quarta-feira, por meio da sua assessoria de imprensa, nota sobre a morte do escritor Millôr Fernandes: "O Brasil perde o homem das fábulas e dos contos fabulosos. Millôr Fernandes era um mestre das palavras e das artes em todas as atividades que exercia, com humor cortante e crítica inteligente: jornalista, desenhista, tradutor, roteirista de cinema e dramaturgo". "É com grande pesar que transmito meus sentimentos e orações a todos os seus fãs, amigos e familiares", continua o texto.

O Prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, também divulgou em nota seus sentimentos pela morte do escritor e jornalista, que aconteceu na noite de terça-feira, 26, em Ipanema, zona sul do Rio. "Com a morte de Millôr Fernandes, o Brasil perde uma referência de humor refinado, criatividade e bagagem cultural. Sua vida foi um exemplo de retidão e princípios que ajudou muito na formação do pensamento democrático brasileiro".

##RECOMENDA##

Duas entidades de classe do Ministério Público pediram formalmente ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) que nomeie Felipe Locke procurador-geral de Justiça de São Paulo, por ele ter conquistado o primeiro lugar nas eleições internas da instituição. Por meio do ofício 043/2012, a Associação Paulista do Ministério Público solicitou ao governador nomeação do "candidato mais votado". Alckmin tem em mãos uma lista tríplice - além de Locke, foram votados os procuradores Márcio Elias Rosa e Mário Papaterra.

A Constituição autoriza o chefe do Executivo a nomear qualquer nome, independentemente da ordem de votação. O presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), César Mattar Jr., diz que a escolha do candidato mais votado sempre foi defendida pela classe. No blog do promotor, por meio do qual a categoria expõe suas ideias e aspirações, vários promotores pedem a indicação do mais votado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

##RECOMENDA##

O ex-governador José Serra (PSDB) quer uma maior participação de Geraldo Alckmin na sua campanha para disputar a prévia que escolherá o candidato tucano à Prefeitura, no dia 25. O governador, porém, avisou que, por enquanto, não vai se manifestar publicamente em favor de nenhum dos três candidatos - além de Serra, há ainda na disputa o secretário José Aníbal (Energia) e o deputado Ricardo Tripoli.

A ideia de pedir ao governador uma manifestação pública de apoio começou a ser discutida na reunião da coordenação da pré-campanha de Serra, no último domingo, em um hotel de São Paulo. O ex-governador ouviu a sugestão de um dos 20 participantes de que seria bom Alckmin comparecer a um evento de Serra antes do dia da prévia.

##RECOMENDA##

Foi proposto, então, que Alckmin fosse no dia seguinte ao encontro com os filiados do Butantã, diretório ao qual é ligado. No local, deveria fazer uma declaração de apoio a Serra. Emissários conversaram com Alckmin sobre a proposta, que descartou participar de qualquer evento em favor de um único candidato. Alckmin conversou nesta semana com Serra sobre o assunto.

Antes de tomar a decisão o governador consultou aliados sobre a entrada mais incisiva na campanha de Serra, mas foi aconselhado a não se manifestar. Primeiro, porque não haveria necessidade de declarar seu voto, já que a campanha de Serra estaria caminhando bem. Depois, porque seria um ato excessivo e deslegitimaria o processo de fortalecimento da democracia partidária, que Alckmin defende.

A avaliação é que uma declaração do governador em favor de um candidato numa disputa que deve ter menos de 6 mil votos seria "gastar um torpedo" para um alvo relativamente pequeno. Poderia ser interpretada ainda como demonstração de fraqueza da pré-candidatura de Serra.

Nos bastidores, Alckmin trabalha para Serra. Seus secretários estão fazendo a campanha do ex-governador. O tucano marcou uma reunião com o DEM no Palácio dos Bandeirantes nesta semana para tratar da eleição e convidou Serra, deixando evidente sua predileção. Parte dos integrantes da coordenação de campanha acredita que essas manifestações já são suficientes para indicar aos militantes que Serra é o candidato de Alckmin.

Regiões

Os serristas estão preocupados com as regiões sul e sudoeste da capital. O grupo avalia que a campanha de Aníbal está fortalecida nesses locais. Chegaram a identificar tucanos ligados ao presidente municipal do partido, o secretário Julio Semeghini (Planejamento), atuando pelo secretário de Energia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, garantiu hoje que o governo paulista quitará antes de 2025 o montante atual em precatórios devido pelo Estado de São Paulo. Em conversa com jornalistas, ele argumentou que a administração estadual já cumpria "rigorosamente" o pagamento dos precatórios antes da aprovação da Emenda Constitucional (EC) 62 de 2009, que alterou o regime de pagamento das execuções judiciais. "Nós pagamos perto de R$ 2 bilhões por ano. A Emenda 62 estabelece 1,5% da receita corrente líquida, isso é pago rigorosamente", afirmou. O governador de São Paulo informou ainda que a administração estadual tem hoje em torno de R$ 1,050 bilhão junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) para pagamento dos precatórios.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) iniciou ontem esforço concentrado para solucionar o impasse em torno do pagamento de R$ 20 bilhões em precatórios devidos pelo Estado de São Paulo e por municípios de São Paulo. Em reunião, a corregedora do CNJ, Eliana Calmon, acertou que, a partir de março, uma equipe vai iniciar trabalho conjunto no TJ-SP de diagnóstico da atual situação dos precatórios.

##RECOMENDA##

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, que também participou da reunião, afirmou que a situação das execuções judiciais em São Paulo virou "um caso de polícia" e se está cometendo um "atentado aos direitos humanos". O governador de São Paulo reconheceu que não é fácil estabelecer uma ordem de pagamento e disse ter certeza que esse mutirão do CNJ vai "acelerar o pagamento".

"O prazo que foi dado pela Emenda 62 para quitar os precatórios é 2025, São Paulo vai terminar antes desse prazo", frisou o governador, segundo o qual, em 2012, a administração estadual irá promover leilões para reduzir a dívida de São Paulo. Ele avaliou ainda que há valores que precisam ser investigados. "Alguns valores são absurdos, há precatório, por exemplo, de R$ 1,5 bilhão", criticou. "Alguns foram inflados também porque, antes da Emenda 62, havia juros moratórios, juros compensatórios e correção monetária", acrescentou. O governador de São Paulo participou hoje de cerimônia para implantação do Parque Tizo, em Taboão da Serra.

Na esteira da Lei da Ficha Limpa, aprovada na semana passada (dia 16) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pretende publicar até o final de março um decreto que impede a nomeação de servidores públicos indicados para cargos de confiança, condenados em segunda instância judicial.

Ele informou, na manhã de hoje, em evento na zona norte da Capital, que a Procuradoria Geral do Estado aguardava a decisão do Supremo sobre a matéria para formatar o decreto estadual. Segundo ele, a iniciativa será retroativa e, logo válida para os atuais servidores públicos, que se tiverem condenação poderão ser exonerados a partir de sua validade. "Vamos formatar o decreto estadual que, pronto, vai ser divulgado e publicado", afirmou. "Ele não é só para os novos funcionários, mas para todos, independentemente do tempo de serviço."

##RECOMENDA##

Além de servidores, o decreto irá impedir a nomeação de secretários estaduais e diretores de autarquias condenados em segunda instância judicial. A Câmara Municipal de São Paulo também pretende, nas próximas semanas, votar proposta que leve em conta a Lei da Ficha Limpa para nomeações na administração municipal, que inclui servidores ou agentes públicos.

A Lei da Ficha Limpa determina a inelegibilidade de políticos condenados em segunda instância judicial que foram cassados ou que tenham renunciado para evitar uma cassação. A lei já é válida para as eleições municipais deste ano.

Alckmin visitou neste manhã as obras da futura Escola Técnica Estadual (Etec) de Esportes, que funcionará no bairro de Vila Maria. A unidade vai oferecer o curso técnico de Esportes e Atividade Física, elaborado em conjunto por profissionais do Centro Paula Souza e da Fundação Gol de Letra. A unidade oferecerá cursos a mais de dois mil alunos e deverá estar concluída, segundo o governador, até outubro deste ano. O período de conclusão das obras coincide com as eleições para a Prefeitura.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, informou hoje pela manhã que a administração estadual abriu investigação para apurar a denúncia de violência sexual que teria sido cometida contra uma moradora durante a reintegração de posse na comunidade do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP). Alckmin ressaltou que as denúncias serão investigadas com rigor. "Já foi aberta a investigação e será apurada de maneira rigorosa e rápida", afirmou. "Vamos aguardar 48 horas", pediu.

O governador participou do "Primeiro Seminário de Preparação de Candidatos", evento promovido pelo DEM, na capital paulista.

##RECOMENDA##

Na última semana, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) leu, no plenário do Senado, um documento do Conselho Estadual de Defesa da Pessoa Humana (Condeph) com depoimentos que relatam violência sexual por policiais da Rota. O senador pediu providências aos governos estadual e federal para que seja garantida a proteção às supostas vítimas.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) encaminhou mensagem 009/2012 à Assembleia Legislativa indicando a auditora Cristiana de Castro Moraes para ocupar cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O gesto do chefe do Executivo acolheu pleito da corte de contas, mas no Palácio 9 de Julho uma ala de parlamentares acena com forte resistência - eles consideram que a vaga é do Legislativo.

A rebelião é ensaiada pelo deputado Campos Machado, líder da bancada do PTB. Ele quer barrar a nomeação de Cristiana. Para alcançar seu intento está disposto a novo choque com o Palácio dos Bandeirantes.

##RECOMENDA##

Em ofício ao presidente da Casa, deputado Barros Munhoz (PSDB), o petebista questiona sobre medidas para evitar a aprovação do nome da auditora, que seria a primeira mulher a integrar o quadro de conselheiros do TCE paulista.

A cadeira tão disputada do TCE - órgão auxiliar da Assembleia - foi ocupada pelo procurador de Justiça Fulvio Julião Biazzi até 16 de dezembro, quando ele se aposentou compulsoriamente, aos 70 anos de idade.

O tribunal enviou a Alckmin, dia 20 de dezembro, uma lista tríplice de auditores de carreira, formada por Samy Wurman, bacharel em Direito e em Ciências Econômicas, Alexandre Manir Figueiredo Sarquis, engenheiro eletricista, e Cristiana, bacharel em Direito e ex-procuradora do Estado.

O líder do PTB sustenta que as próximas vagas de conselheiro devem ser providas pelo Legislativo. Na carta a Barros Munhoz, ele pede providências "acerca de qual procedimento se fará adotado no correspondente processo legislativo de escolha de conselheiro, e sob quais fundamentos constitucionais e legais serão embasados para a promoção da referida propositura".

Pelo menos quatro deputados federais almejam a vaga. Campos Machado avalia que um deputado estadual deve ser o escolhido.

Para o TCE a regra, a tradição e a jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) mostram que a sucessão nos tribunais de contas é realizada alternadamente, ora por indicação do Legislativo, ora do Executivo. Necessariamente, quatro assentos são preenchidos por sugestão da Assembleia. Os outros três saem do governo.

A Constituição do Estado, promulgada em 5 de outubro de 1989, estabeleceu que as quatro primeiras vagas de conselheiro do TCE seriam preenchidas por indicação da Assembleia e as outras três pelo Executivo. Mas esse dispositivo teve sua eficácia suspensa por liminar do STF.

Um mês antes da aposentadoria de Biazzi a Assembleia aprovou Emenda 33/2011 - que dá nova redação ao artigo 31, parágrafo 2.º da Carta estadual, prevendo que as próximas vagas de conselheiro devam ser preenchidas pelo Legislativo.

Para o TCE, o critério para a sucessão respeita a origem de quem está de saída. A corte considera que, inequivocamente, a vez é de um auditor.

Juristas

No ofício a Barros Munhoz, o petebista expõe sua estratégia para neutralizar a pretensão do TCE, endossada por Alckmin. "Sem prejuízo dos procedimentos a serem adotados, mas considerando a enorme relevância de que se reveste a questão, valho-me do presente para requerer providências no sentido de que os organismos técnicos e jurídicos deste Poder sejam acionados para manifestarem-se oficialmente ante o tema em discussão."

Campos Machado alega que sua iniciativa "busca uma razoável segurança jurídica". Ele sugere "a possibilidade" de consulta a renomados juristas especializados na área.

"Defendo de maneira intransigente que um deputado estadual seja indicado na primeira vaga", assevera o petebista. "O governador recebeu uma lista tríplice que veio do TCE, mas grande parte da Assembleia não aceita a auditora. Vai depender de uma grande costura política. A única coisa que eu tenho certeza é que a Casa não vai abrir mão da sua prerrogativa de indicar um deputado." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse hoje que a administração estadual irá avaliar se houve abusos em operação, deflagrada ontem pela Polícia Militar, de reintegração de posse da comunidade Pinheirinho, área de 1,3 milhão de metros quadrados em São José dos Campos (SP). A comunidade foi desocupada pela Polícia Militar após decisão judicial que determinou a reintegração de posse do terreno, que pertence à massa falida da Selecta S/A, do empresário Naji Nahas.

"Sempre é avaliado. A operação foi acompanhada por um juiz de direito, presente todo o tempo, ela foi filmada e documentada. A polícia tem de cumprir ordem judicial", afirmou Alckmin, após participar de evento na capital paulista. Na operação policial, foram usados dois helicópteros, carros blindados e cerca de dois mil soldados do Batalhão de Choque. Segundo a Polícia Militar, não houve resistência, mas três manifestantes ficaram feridos e dezoito foram presos.

##RECOMENDA##

O governador de São Paulo frisou que, na operação policial, foi cumprida uma determinação judicial e informou que, a partir de agora, os governos estadual e municipal irão tratar da "questão social". "A prefeitura está agora cadastrando todas as famílias, que serão amparadas", disse ele.

O tucano relatou ainda que foi procurado ontem pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e que o petista foi informado da operação policial e "entendeu perfeitamente" que ordem judicial se cumpre. "Ele é um jurista, ele sabe das decisões judiciais, da necessidade do cumprimento, vamos trabalhar juntos no sentido de atender as famílias que precisam de moradia", afirmou.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), se esquivou ontem de comentar as declarações do presidente do Tribunal de Justiça paulista, desembargador Ivan Sartori, de que iria procurar o tucano para pedir repasses extras para cobrir o passivo que a corte tem com magistrados e outros servidores.

Questionado sobre a possibilidade de repasses extras este ano, o tucano afirmou apenas que, ao menos por ora, isso não ocorrerá. "Suplementação no dia 17 de janeiro é meio difícil."

##RECOMENDA##

Sartori afirmou anteontem que o montante chega a R$ 3 bilhões. "Vou tentar buscar com o governador. Uma hora vamos ter que conversar. Quero buscar pelo menos uma parte para os juízes, mais para os funcionários em situação de penúria", disse.

Sobre as queixas do desembargador, o governador lembrou que o orçamento do TJ previsto para este ano é 18% maior do que o previsto para 2011, e afirmou apenas que manterá conversas com a corte.

"Tivemos na proposta orçamentária do ano passado R$ 5,6 bilhões. Este ano, R$ 6,8 bilhões. Um importante crescimento", disse. "O governo do Estado terá permanente diálogo com o Poder Judiciário. Nós temos o mesmo objetivo, que é o bem comum." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de São Paulo Geraldo Alckmin admitiu hoje que várias reuniões foram realizadas com a prefeitura de para decidir a ação conjunta que seria adotada na ocupação da Cracolândia, no centro da capital paulista.

Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", Estado e Prefeitura discutiam a estratégia de ocupação desde dezembro. Alckmin, que se referiu à região como "ex-Cracolândia", comemorou "os indicadores positivos" da operação. "Aumentou muito o número de pessoas procurando abrigos sociais. Agora estamos oferecendo mais 286 vagas em abrigos. Também aumentou muito a procura por internação voluntária, nenhuma foi compulsória. Foram sete por dia", revelou.

##RECOMENDA##

Dados do governo estadual contabilizam 80 internações, apreensão de 2,355 kg de crack, 10,208 kg de cocaína e de 17,875 kg de maconha, retirada de 101 toneladas de lixo das ruas da Cracolândia, além da recaptura de 43 fugitivos procurados pela Justiça e prisão de 109 pela Polícia Militar desde o início da ocupação, no último dia 3 de janeiro. Para Alckmin, a ação na Cracolândia é um trabalho social, de saúde e de segurança pública. "Nós acreditamos na recuperação das pessoas. Nós temos o dever de ajudar a população e os dependentes químicos, e de combater duramente o tráfico de drogas", justificou.

Questionado sobre uma possível participação do governo federal na ação, Alckmin disse que a região precisa "da ajuda de todos", seja da União, das Igrejas ou do Ministério Público. "Esse é um trabalho longo, só está começando", destacou.

Alckmin contou que já passou "uma madrugada inteirinha" andando à pé pela região, pouco antes de assumir o novo mandato como governador. Na última sexta-feira (13) passou pela "ex-Cracolândia", mas como seguiria para um evento religioso, não desceu do carro. "Tenho ido pessoalmente in loco", garantiu.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando