Tópicos | Alckmin

Na tentativa de agradar petistas e tucanos, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, decidiu homenagear durante as comemorações do 458º aniversário da capital paulista a presidente Dilma Rousseff e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, com a Medalha 25 de Janeiro. A honraria, entregue no ano passado ao ex-vice-presidente José de Alencar, é concedida anualmente a personalidades em reconhecimento ao mérito pessoal e a bons serviços prestados à cidade. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que não pode receber a medalha no ano passado porque estava no exterior, participará da cerimônia deste ano.

As medalhas serão entregues em um momento em que o prefeito flerta com o PT e com o PSDB para a formação de uma aliança com o PSD à sucessão municipal. Na semana passada, Kassab teria oferecido ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a indicação de um candidato a vice na chapa do pré-candidato petista Fernando Haddad em uma eventual dobradinha entre PT e PSD.

##RECOMENDA##

O aceno político gerou desconfiança entre lideranças tanto do PT como do PSDB, que avaliaram o movimento político como uma estratégia do PSD para pressionar os tucanos por uma definição em torno de uma aliança. Em troca do apoio à reeleição de Alckmin, em 2014, o prefeito vislumbra a composição de uma dobradinha entre PSDB e PSD à Prefeitura de São Paulo, aliança que teria como cabeça de chapa o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador de São Paulo José Serra foram homenageados com a medalha em 2010, criada por decreto municipal em dezembro de 2009. A solenidade de entrega da honraria ocorrerá no Hall Monumental da Prefeitura no dia 25, às 12 horas, após tradicional missa na Catedral da Sé, na região central da capital paulista, às 9 horas. O Palácio do Planalto ainda não confirmou a presença da presidente Dilma.

A presidente Dilma Rousseff defendeu hoje (12) a parceria entre o governo federal e os governos estaduais como forma de beneficiar a população. A presidente disse que tem defendido a ideia de que, assim como o decoro parlamentar, existe também o "decoro governamental". "O decoro governamental consiste em perceber que não se faz e não se tem, não se pode ter, dentro de políticas governamentais, uma relação de atrito com Estados e municípios. Essa é a grande característica do decoro governamental", afirmou em discurso durante cerimônia de assinatura de convênio entre a Caixa e o governo de São Paulo para a construção de casas populares pelo programa Minha Casa, Minha Vida.

"É impossível no Brasil um governante achar que se governa sem os governos estaduais e os prefeitos. Não governa", disse. De acordo com a presidente, a parceria entre União, Estados e municípios mostra a maturidade do País. "Independente de origem partidária, credo político, credo religioso e opção futebolística, nós conseguimos criar essa capacidade. Nós podemos ter nossas divergências eleitorais, mas acabou a eleição essas divergências eleitorais deixam de existir", afirmou.

##RECOMENDA##

Dilma disse que o programa Minha Casa, Minha Vida, juntamente com o Brasil sem Miséria, promovem a igualdade e a distribuição de renda no País. "Nós não queremos um país de bilionários e pobres miseráveis como é em muitas grandes nações do mundo afora. Nós queremos um país obviamente de pessoas ricas e prósperas, mas queremos sobretudo um país de classe média. Ninguém é classe média se não tiver sua casa", afirmou.

Dilma enfatizou que a parceria com o governo de São Paulo é fundamental para que o programa Minha Casa, Minha Vida possa atingir as faixas de renda mais baixas. "O governador vai viabilizar o processo em que nós tínhamos dificuldades, que era o preço e a dificuldade de acesso a terrenos em São Paulo", disse. Dilma fez questão de citar que o programa não causa a chamada "bolha imobiliária", pois, na avaliação dela, ele não está baseado em um processo especulativo, mas sim na percepção de que a presença do Estado é fundamental nesta questão.

Em seu discurso, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, citou que as parcerias entre o Estado e a União já chegaram ao programa de combate à miséria e viabilizaram a Hidrovia Tietê-Paraná, o Rodoanel e a construção de moradias populares. "No que depender de São Paulo, esses alicerces que proporcionaram a harmonia entre os governos estarão de pé em meio a quaisquer intempéries", disse Alckmin.

Alckmin, ao se referir às parcerias, citou estas, mas Dilma o lembrou de que ele havia esquecido uma. "Aqui em São Paulo nós temos parcerias muito efetivas com o governador Geraldo Alckmin. Nós fizemos, né governador, e lançamos aqui, algumas parcerias estratégicas, e a única que o senhor esqueceu foi que nós também lançamos o Ferroanel Norte", afirmou. "Quero dizer que eu pretendo continuar nesse processo". Dilma também disse que a parceria com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, tem sido "muito produtiva e excepcional".

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, definiu hoje que serão contingenciados R$ 784,7 milhões dos recursos previstos no Orçamento do Estado de São Paulo para 2012, que é de R$ 156,6 bilhões. A expectativa inicial do Palácio dos Bandeirantes era de que R$ 1,5 bilhão fosse congelado, como em 2011, mas o governador decidiu não cortar os recursos previstos para investimentos. O contingenciamento total refere-se apenas a recursos previstos para custeio e representa 20% do total desse tipo de gasto no Orçamento do Estado.

Alckmin já havia informado, no final do ano passado, que haveria um contingenciamento nos recursos estaduais, mas que evitaria congelar os previstos para investimentos. No início de 2011, do total de recursos congelados, R$ 1,259 bilhão era voltado a investimentos. O contingenciamento decorre das preocupações da administração estadual com os efeitos da crise mundial, que poderiam comprometer a capacidade de investimentos do governo paulista.

##RECOMENDA##

O decreto que fixa normas para a execução orçamentária e financeira em 2012 foi publicado na edição de hoje do Diário Oficial do Estado de São Paulo.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, tem dado mostras nas últimas semanas de que está insatisfeito com a atual condução da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, o que tem, segundo auxiliares próximos, fortalecido a tese de que a atual titular da pasta, Mônika Bergamaschi, poderá ser substituída em uma minirreforma do secretariado, prevista para março.

A avaliação do governador de São Paulo, de acordo com membros da administração estadual, é de que a pasta poderia ter apresentado um desempenho melhor este ano, com um mais amplo plano de atuação estratégica e com projetos de maior repercussão na área. O diagnóstico, segundo integrantes do Palácio dos Bandeirantes, é de que a atual secretária estaria isolada politicamente e que o secretário-adjunto, Alberto Macedo, dificulta o encaminhamento de pedidos e projetos.

##RECOMENDA##

As críticas ao desempenho da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, entre as quais há dificuldade de interlocução com a Pasta e falta celeridade na execução de projetos que beneficiem o segmento agropecuário, surgem até entre aliados, como o presidente estadual do PSDB, deputado estadual Pedro Tobias. O dirigente tucano defendeu abertamente a saída da secretária. "No meu ponto de vista, a atual secretária deveria ser trocada", disse.

Logo após assumir o cargo, a secretária irritou o dirigente tucano ao escalar o secretário-adjunto para recepcioná-lo em uma audiência. O deputado estadual não aceitou o encontro, levou as críticas ao Palácio dos Bandeirantes e ameaçou torná-las públicas em um discurso na Assembleia Legislativa, mas foi demovido da ideia. Em público, o governador de São Paulo elogia a secretária e banca a permanência dela no cargo.

"A secretária de Agricultura e Abastecimento vai muito bem e vai continuar secretária", disse o governador de São Paulo, na manhã de hoje (28), em Ribeirão Preto, após um compromisso de sua agenda. Mas o desconforto do governador com o modo de comando da Pasta teria sido manifestado em reunião, no dia 17 de dezembro, com a equipe de governo. Segundo alguns presentes, o tucano teria feito cobranças à secretária, após ela apresentar um balanço das ações de 2011 e das previsões para 2012. "A situação interna da pasta passa atualmente por muitas turbulências", resumiu um aliado do governador. Em nota, a assessoria de imprensa da Secretaria de Agricultura negou que o governador tenha feito, durante a reunião, "reprimenda específica à secretária Mônika Bergamaschi".

Após o episódio com o presidente do PSDB, o secretário-adjunto foi ainda o pivô de uma áspera discussão com a então chefe de gabinete da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Maria Cristina Godoy. Segundo relatos de funcionários da Pasta, no episódio que culminou com sua saída do cargo, Maria Cristina teria até mesmo ido ao gabinete da secretária para chamá-la de "marionete". Além de reclamar da centralização dos poderes da Pasta nas mãos do secretário-adjunto, a ex-chefe de gabinete teria discordado de vários procedimentos internos. "Não quero me pronunciar sobre isso", respondeu a ex-chefe de gabinete ao ser procurada pela reportagem. Por meio da assessoria de imprensa, a secretária informou que "não fará comentários" sobre as demais informações noticiadas.

A assessoria de imprensa ressaltou ainda, por meio de nota, que a Pasta tem "trabalhado intensamente pelo desenvolvimento do agronegócio paulista". "Nos colocamos à disposição das solicitações da imprensa sobre nossos programas e projetos". O governador de São Paulo, por sua vez, afirmou que o cargo de chefe de gabinete é de confiança e que a "secretária muda quantas vezes for necessário". No mesmo evento, em Ribeirão Preto, a reportagem tentou falar com o deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP), que foi ex-secretário de Agricultura e Abastecimento entre janeiro de 2003 e março de 2006. O deputado federal foi o responsável pela indicação da secretária e do secretário-adjunto, após o governador tentar negociar o comando da Pasta com o PMDB e o DEM, sem sucesso.

Ao iniciar a entrevista, negando qualquer crise na secretaria estadual, o deputado federal foi interrompido por um assessor para que atendesse uma ligação urgente. Era a secretária em busca de notícias. O deputado federal conversou com ela por alguns minutos, a tranquilizou e entrou na van em que estava o governador, sem concluir a entrevista.

O governo da presidente Dilma Rousseff (PT) conta com um grau maior de aprovação no Grande ABC, berço político do PT, do que a administração do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). A conclusão é de levantamento realizado com 3.456 pessoas, dos municípios de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema e Mauá, pelo Instituto Unidade de Pesquisa (UP).

A gestão do tucano à frente do Palácio dos Bandeirantes foi bem avaliada na região, mas a administração da petista no comando do Palácio do Planalto levou vantagem. A sondagem aponta que a administração da presidente é avaliada como "ótima" ou "boa" por 56,5%, como "regular" por 27,7%, e como "ruim" ou "péssima" por 13,4%, sendo que 2,4% não souberam responder. A gestão do governador de São Paulo, por sua vez, é considerada "ótima" ou "boa" por 49%, "regular" por 36% e "ruim" ou "péssima" por 11,7%, sendo que 3,3% não souberam responder.

##RECOMENDA##

O levantamento foi promovido entre os dias 10 e 19 de dezembro e tem margem de erro de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos. A pesquisa mostra ainda que nos municípios de Diadema, São Bernardo e Santo André a aprovação da presidente é maior do que a do governador, enquanto que em São Caetano e Mauá o tucano leva vantagem sobre a petista.

O crescimento da popularidade de Dilma Rousseff em São Paulo, administrado por quase duas décadas pelo PSDB, tem preocupado membros do Palácio dos Bandeirantes. O receio é de que o aumento da popularidade da presidente, que integra o principal partido de oposição ao PSDB em São Paulo, ameace a reeleição do tucano em 2014. A Unidade de Pesquisa (UP), fundada em 1998, é presidida pelo analista político Sidney Kuntz, especialista em marketing político e pesquisas eleitorais e administrativas.

O vice-presidente da Comissão Europeia, Antonio Tajani, disse hoje, durante visita a São Paulo, que "há muito que fazer, no nível financeiro e da economia real" para solucionar a crise na Europa. Tajani falou à imprensa após reunião com o governador Geraldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes, para tratar de investimentos e parcerias, com foco nas pequenas e médias empresas.

"A superação da crise não é muito fácil", afirmou. Em uma declaração otimista, mas cautelosa, sobre o atual quadro da crise na União Europeia, Tajani afirmou que "o final (da crise) é o mais perigoso". "Há ainda problemas em orçamento, em bancos", alertou.

##RECOMENDA##

Para solucionar a crise, ele defende uma atuação também na economia real, foco de sua visita ao País. Responsável pelas áreas de Indústria e Empreendedorismo na União Europeia, Tajani disse que ficou decidido com Alckmin que haverá encontros técnicos entre empresários da Europa e do Brasil, com o foco na busca de parcerias. "Gostaríamos de trabalhar mais com empresas dessa região para competir com o restante do mundo", de maneira saudável, disse Tajani, citando os chineses como concorrentes.

Segundo o vice-presidente da Comissão Europeia, apenas 25% das pequenas e médias empresas da Europa trabalham em outros países, e apenas 13% delas atuam fora da Europa. Um dos objetivos da visita ao Brasil, segundo ele, é melhorar esses números.

A presidente da República Dilma Rousseff também lamentou a morte de Sócrates neste domingo. Em nota, ela elogiou a genialidade do ex-jogador e exaltou sua atuação política durante a ditadura militar, na década de 80.

"O Brasil perde um de seus filhos mais queridos, o doutor Sócrates. Nos campos, com seu talento e seus toques sofisticados, foi um gênio do futebol. Como jogador do Corinthians, deu muitas alegrias à torcida", registrou a presidente, em nota oficial.

##RECOMENDA##

Dilma ressaltou ainda o envolvimento do ex-atleta com a campanha das Diretas Já e o movimento Democracia Corintiana, no qual os jogadores do clube tinham direito a voto em questões que iam desde o pagamento de "bichos" até contratações de reforços.

"Sócrates foi um campeão da cidadania. Fora dos campos, nunca se omitiu. Foi um brasileiro atuante politicamente, preocupado com o seu povo e o seu país. Procurando o bem-estar de seus companheiros, ajudou a implantar um sistema democrático no clube em que atuava. Participou também ativamente da campanha pelas Diretas Já e de outros momentos importantes da redemocratização do país", completou a presidente.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também emitiu nota de pesar pela morte de Sócrates. "É com pesar que recebemos a notícia da morte do ex-jogador Sócrates, ídolo que dignificou o futebol brasileiro com talento, ética e solidariedade únicos. Sócrates fez parte do seleto grupo de estrelas de futebol que encantaram não só torcedores das equipes em que jogava, mas a todos os brasileiros. É um dia triste para o esporte nacional", declarou Alckmin, torcedor declarado do Santos.

A perda do ídolo corintiano e da seleção brasileira levou ainda a prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera, a decretar luto oficial de três dias na cidade do interior de São Paulo. Foi no Botafogo de Ribeirão que Sócrates deu início a sua carreira profissional. "Sócrates levou o nome de Ribeirão Preto para todo o mundo. Foi porta voz da cidade mostrando nossas potencialidades", afirmou a prefeita.

Aos 57 anos, Sócrates faleceu na madrugada deste domingo por conta de uma infecção generalizada. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde a noite de quinta-feira.

Em um encontro de aproximadamente 30 minutos, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, conversaram sobre as economias mundial e a brasileira, além do nível de endividamento do Estado de São Paulo. Boa parte da conversa, no entanto, foi dedicada aos benefícios da acupuntura - terapia apresentada a Lagarde pelo embaixador chinês na França para tratamento de uma tendinite crônica na mão direita, segundo relato de um dos presentes.

Em conversa com jornalistas após a saída de Lagarde, Alckmin disse que ela manifestou preocupação com as incertezas em relação ao crescimento da economia mundial em 2012, especialmente com a Europa. De acordo com ele, Lagarde disse ver alguns sinais positivos em relação à zona do euro, apesar de riscos. Ainda segundo Alckmin, Lagarde disse que o Brasil é um dos países menos endividados na proporção do PIB e que tem boas condições de enfrentar a crise. "São Paulo, dentro do Brasil, também tem um endividamento abaixo da Lei de Responsabilidade Fiscal, o que possibilita importantes investimentos no Estado", disse Alckmin.

##RECOMENDA##

Segundo o governador, Lagarde não fez nenhum pedido ao governo e nem São Paulo solicitou algo ao Fundo Monetário Internacional. "Foi um encontro muito positivo", resumiu o governador paulista.

Acupuntura

Alckmin, que é formado em Medicina, é entusiasta da terapia. Foi em uma especialização em acupuntura que o governador paulista dedicou seus anos fora da política logo após a derrota nas eleições presidências de 2006 e para a Prefeitura de São Paulo em 2008. Entusiasta da terapia, ele discorreu sobre os benefícios desse tratamento para doenças, como a de Lagarde, que garantiu, ainda de acordo com o relato dos presentes, ter sido curada após inúmeras tentativas fracassadas com outros tratamentos.

Depois do encontro com Alckmin no Palácio dos Bandeirantes, Lagarde visitou rapidamente a exposição "A tradição do presépio em seus diferentes contextos", com 30 tipos de presépios de 13 países e obras sacras dos séculos XV, XVI e XVII. Lagarde foi presenteada com um presépio artesanal feito na cidade de Itararé (SP) e deixou o Palácio sem falar com os jornalistas.

Participaram da reunião os secretários Sydnei Beraldo (Casa Civil), Andrea Calabi (Fazenda), o vice-governador Guilherme Afif Domingos, o assessor especial para assuntos internacionais do governo de São Paulo, Rodrigo Tavares, e outros membros de segundo escalão do governo e integrantes da comitiva de Lagarde.

O governo da presidente Dilma Rousseff (PT) conta com grau maior de aprovação na Região Metropolitana de Campinas (SP) do que a administração do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Apesar da administração do governador tucano também ser bem avaliada nessa região, a da presidente petista leva um pouco mais de vantagem. A conclusão é de levantamento realizado com 7.650 pessoas, de 19 municípios da região, pelo Instituto Unidade de Pesquisa (UP).

A sondagem aponta que a administração da presidente é avaliada como "ótima" ou "boa" por 51,8%, como "regular" por 28,8% e como "ruim" ou "péssima" por 16,5% dos entrevistados, sendo que 2,9% não souberam responder. A gestão do governador de São Paulo, por sua vez, é considerada "ótima" ou "boa" por 49,7%, "regular" por 33,1% e "ruim" ou "péssima" por 11,%, sendo que 5,6% não souberam responder. O levantamento foi promovido entre os meses de outubro e novembro e tem margem de erro de 1,1 ponto porcentual, para mais ou para menos.

##RECOMENDA##

O crescimento da popularidade de Dilma Rousseff em São Paulo, Estado administrado por quase duas décadas pelo PSDB, tem preocupado membros do Palácio dos Bandeirantes. O receio é de que o aumento da popularidade da presidente, que integra o principal partido de oposição ao PSDB em São Paulo, ameace a reeleição do tucano em 2014.

Na atual gestão à frente do Palácio dos Bandeirantes, o governador tem evitado criticar o governo federal e se esforçado para demonstrar proximidade com a atual mandatária do Palácio do Planalto. Em mais de uma solenidade, o tucano e a petista fizeram questão de trocar elogios, tendo inclusive viajado juntos, no avião presidencial, em viagem a São José do Rio Preto, para a assinatura de convênios entre os programas Minha Casa, Minha Vida e Renda Cidadã.

A Unidade de Pesquisa (UP), fundada em 1998, é presidida pelo analista político Sidney Kuntz, especialista em marketing político e pesquisas eleitorais e administrativas. Kuntz é um dos precursores do marketing político no País - realizou o I Congresso Internacional de Marketing Político, em 1988, em parceria com alguns órgãos de imprensa e que reuniu representantes de partidos do País, dos EUA, da Espanha e Argentina. E também foi sócio fundador da Brasmarket, em 1982.

Em mais uma demonstração da proximidade entre os governo federal e do Estado de São Paulo, a presidente Dilma Rousseff e o Geraldo Alckmin farão juntos o anúncio da linha 18 - Bronze do Metrô, que levará o Metrô às cidades de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul, no ABC. A ligação com a capital será feita a partir da estação Tamanduateí, da linha 10 da CPTM, que também está integrada à Linha 2 - Verde do Metrô.

De acordo com o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, a cerimônia será realizada no mês de dezembro. Dilma e Alckmin já anunciaram juntos investimentos para o Trecho Norte do Rodoanel, Ferroanel e Hidrovia Tietê-Paraná. Também lançaram juntos o programa Brasil Sem Miséria, no Palácio dos Bandeirantes, e firmaram uma parceria para o programa Minha Casa Minha Vida, em que São Paulo se comprometeu a ceder terrenos para o programa federal. Além disso, o governo federal recentemente ampliou o teto da dívida de São Paulo para R$ 17 bilhões.

##RECOMENDA##

A linha 18 - Bronze do Metrô ligará a capital paulista ao ABC por meio de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). De acordo com o Metrô, a previsão é de que a linha tenha cerca de 20 quilômetros, 18 estações, quatro terminais integrados e transporte 400 mil usuários por dia. Não há previsão de início de obra.

Segundo Marinho, a prefeitura pediu que a linha se estenda até a Estrada do Alvarenga, onde seria a estação final. A linha cruzará com dois corredores de ônibus em São Bernardo do Campo que serão construídos na cidade - um ligará a Praça dos Bombeiros, Avenida Prestes Maia, Viaduto Tereza Delta, Avenida José Odorizzi e Estrada Samuel Aizemberg até a divisa com Diadema, e o outro corredor irá da Estrada do Alvarenga até o Largo do Piraporinha. Ao menos um deles será bancado com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade Urbana das Grandes Cidades.

Marinho afirmou que a prefeitura já investiu R$ 1,8 milhão para o projeto funcional da linha. As obras serão bancadas com recursos do governo federal e do governo de São Paulo. "É possível também que o projeto seja complementado, eventualmente, com recursos de uma Parceria Público Privada (PPP)", afirmou.

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, afirmou hoje que os projetos do Metrô e os dois corredores de ônibus estão em fase de análise pelo governo federal. "Estamos terminando as definições e esses empreendimentos têm grandes condições de serem encaixados, mas ainda não temos uma definição definitiva. Acredito que, no máximo, em meados de dezembro (a presidente Dilma) anuncie, como já anunciou os metrôs de Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador", afirmou.

O Palácio dos Bandeirantes confirmou na tarde de hoje, por meio de nota, que a secretária-adjunta Cibele Franzese assumirá, interinamente, o comando da Secretaria de Gestão Pública do Estado de São Paulo. A mudança deve-se ao deslocamento do secretário estadual Julio Semeghini para a Secretaria de Planejamento de São Paulo, movimento que dá início à minirreforma do secretariado planejada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para o segundo ano de administração.

A solução caseira, segundo membros do governo paulista, tem como objetivo abrir espaço na máquina pública para contemplar potenciais siglas aliadas nas eleições municipais de 2012. O governador de São Paulo já teria, inclusive, acertado com lideranças do PDT a entrada da sigla na administração estadual, mas ainda não definiu qual pasta será entregue à legenda, que já indicou o nome do deputado federal João Dado.

##RECOMENDA##

O governador de São Paulo anunciou, em outubro, que o secretário estadual Emanuel Fernandes deixaria, por motivos pessoais, a Secretaria de Planejamento de São Paulo. Emanuel decidiu se afastar do cargo para acompanhar mais de perto o tratamento médico de sua mulher. O Palácio dos Bandeirantes trabalhava com uma lista de oito nomes para ocupar o cargo, entre eles o do ex-secretário estadual de Economia e Planejamento Francisco Vidal Luna.

O governador ainda não definiu se Semeghini desempenhará também a função de presidente do Comitê Paulista para a Copa do Mundo de 2014, posto ocupado anteriormente por Emanuel Fernandes. O Palácio dos Bandeirantes discute ainda a quem responderá agora empresas e autarquias como o Detran, o Poupatempo e a Prodesp. Uma das soluções analisadas pelo governo estadual é que a Prodesp passe para o comando da Secretaria de Planejamento e o Detran fique sob o controle da Secretaria da Fazenda.

A festa do centenário das Assembleias de Deus levou ontem ao Estádio do Pacaembu 32.940 pessoas (quantidade registrada pelas catracas) e mobilizou uma megaoperação da Prefeitura de São Paulo de limpeza, fiscalização e monitoramento de trânsito para evitar ações judiciais promovidas pela associação de moradores do bairro, a Viva Pacaembu.

Com a proximidade das eleições, também estiveram presentes políticos de diferentes colorações partidárias, já que o voto evangélico é um dos mais disputados pelos candidatos.

##RECOMENDA##

Os moradores conseguiram determinação da Justiça para limitar eventos no estádio, em 2009. "A sentença judicial tem sido atendida. Os eventos são permitidos e acredito que as limitações têm sido cumpridas", disse o prefeito Gilberto Kassab (PSD). Segundo ele, outros eventos no estádio, se acontecerem, terão a mesma fiscalização.

Além de Kassab, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e até o ex-governador José Serra (PSDB) assistiram à celebração em cadeiras reservadas na primeira fileira de autoridades religiosas no palco montado no gramado, em frente da arquibancada do tobogã.

O governador se manifestou em apoio à realização de eventos no Pacaembu, desde que atendidas as regras municipais que limitam em 50 decibéis o ruído no bairro. Alckmin e Serra foram cercados por religiosos para tirar fotos e atenderam aos pedidos. Para Kassab, que deixou o estádio pouco antes do fim da cerimônia, eles gritavam: "Kassab, Jesus te ama!", ao que o prefeito respondia com acenos. "É uma Igreja importante, muito séria", disse o prefeito, que liberou a comemoração no estádio e foi homenageado pelo locutor oficial durante o evento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de receber críticas por ocultar informações referentes às emendas parlamentares e pela lentidão na divulgação de dados dos últimos quatro anos, o governo de São Paulo apresentou ontem medidas que, segundo o governador Geraldo Alckmin, devem aumentar a transparência do Orçamento do Estado.

As medidas - parte de dois decretos assinados ontem por Alckmin - incluem uma reestruturação da Corregedoria do Estado, a criação de um Portal da Transparência, a edição de um Código de Ética da Alta Administração Pública e o cadastramento de ONGs que pretendam fazer convênios com governo.

##RECOMENDA##

A decisão de cadastrar ONGs ocorre num momento em que o governo Dilma Rousseff suspendeu repasses a entidades por suspeitas de corrupção envolvendo vários ministérios. O Cadastro Estadual de Entidades será criado em janeiro e, a partir de junho, todas as ONGs que queiram receber dinheiro do Estado precisarão de certificado de idoneidade - válido por cinco anos e concedido após fiscalização na sede da entidade. O objetivo é evitar convênios com ONGs fantasmas.

Ao anunciar as mudanças na corregedoria, o governador negou que as ações tenham sido motivadas pelo escândalo das emendas secretas na Assembleia. O suposto esquema de vendas de emendas pelos parlamentares foi denunciado pelo deputado Roque Barbiere (PTB). "Na campanha eleitoral, eu já coloquei a questão da criação da Controladoria-Geral do Estado. Esse trabalho vem sendo feito desde o início do ano", disse Alckmin.

Datas

O governo não anunciou datas para implementação das medidas. O secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, afirmou apenas que o Portal da Transparência deve começar a funcionar no início de 2012. A promessa é que o site centralize todas as iniciativas de transparência do governo na internet, incluindo o portal Prestando Contas, em que a execução orçamentária é divulgada hoje.

Os dois decretos criam ainda o Sistema Estadual de Controladoria, vinculado à corregedoria, que deverá ter acesso automático aos dados das secretarias e autarquias do Estado. Antes, a corregedoria precisava solicitar as informações aos outros órgãos da administração paulista.

Serão estruturadas novas unidades no interior da corregedoria, como o Conselho de Transparência da Administração Pública, que terá o papel de "consolidar a transparência, eficiência e o compromisso com a moralidade administrativa", segundo a Casa Civil. O órgão deverá ter 12 membros, 6 do governo e 6 da sociedade civil. Os detalhes da composição do conselho não foram divulgados. Será criada ainda uma Comissão Geral de Ética, que fará o Código de Ética da Alta Administração. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador Geraldo Alckmin afirmou em conversa com jornalistas hoje que os estudantes que invadiram a reitoria da Universidade de São Paulo (USP) precisam ter aula de democracia. "Eu entendo que os estudantes precisam ter aula de democracia, precisam ter aula de respeito ao dinheiro público, respeito ao patrimônio público", disse. "Não é possível depredar instituições que foram construídas com dinheiro da população que paga impostos", acrescentou.

"(Eles) Precisam ter aula de respeito à ordem judicial. É inadmissível isso, é lamentável que tenha que chegar ao ponto de a policia ter que ir lá para fazer cumprir uma decisão judicial, mas ela já foi feita", continuou Alckmin. Anteriormente, ao falar sobre a operação policial para reintegração de posse que aconteceu na manhã de hoje, o governador declarou que "a Polícia Militar mostrou mais uma vez sua competência, sua capacidade de trabalhar nessas questões de alto stress".

##RECOMENDA##

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse hoje que o ex-governador José Serra terá o apoio do partido em qualquer disputa que deseje enfrentar. Ao chegar ao seminário do PSDB "A nova agenda - desafios e oportunidades para o Brasil", realizado no Rio de Janeiro, Alckmin evitou, no entanto, falar da disputa para a prefeitura paulistana em 2012 e para a sucessão da presidente Dilma Rousseff, em 2014.

"Serra é um dos melhores quadros do PSDB, uma liderança nacional. Ao que ele for (candidato), terá nosso apoio", disse o governador tucano. Ao comentar a candidatura do ministro Fernando Haddad a prefeito, depois da desistência da senadora Marta Suplicy, Alckmin disse ser "indiferente" o nome do candidato petista.

##RECOMENDA##

Embora reconheça as dificuldades da oposição no plano nacional, Alckmin disse que "o PSDB tem história, é o partido das grandes mudanças, dos grandes avanços". "O País não é vocacionado para um partido único. O PSDB ficará firme na oposição", disse o governador.

O processo de transformação do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira em região metropolitana foi deflagrado oficialmente hoje, em ato realizado no Palácio dos Bandeirantes, quando o governador Geraldo Alckmin assinou a mensagem de encaminhamento à Assembleia Legislativa, do respectivo projeto de lei.

Ao ato compareceram prefeitos, deputados e outros políticos valeparaibanos, para prestigiar a iniciativa, que envolverá 39 municípios, numa extensão territorial que vai de Igaratá até Bananal, na divisa com o Rio de Janeiro. O projeto deve tramitar na Assembleia em regime de urgência, a pedido do próprio governador, que quer a mais nova região metropolitana do Estado implantada antes do final desse ano.

##RECOMENDA##

"Formando um quadrilátero entre as cidades de Santos, Campinas, São Paulo e São José dos Campos, temos ai dois terços da população do Estado" comentou o governador Geraldo Alckmin, sobre a chamada Macrometrópole Paulista, que concentra 80% do PIB do Estado, aproximadamente 27% do PIB do País. "Por isso a grande necessidade da institucionalização de mais essa Região Metropolitana", definiu.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido, a Região Metropolitana do Vale do Paraíba é um instrumento do Estado que permitirá o planejamento e a gestão de questões comuns que afetam as cidades da região, com políticas públicas em comum.

"A região passa a ter agora um planejamento integrado com todo o transporte intermunicipal, o que pode favorecer muito a população", destacou.

O deputado estadual Padre Afonso Lobato (PV), presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira, formada por parlamentares de vários partidos da região, destacou o esforço conjunto da bancada regional para a consolidação da proposta. "Os interesses pessoais foram deixados de lado e a força conjunta impulsionou a proposta", disse.

O processo de criação da Região Metropolitana do Vale do Paraíba se arrasta desde 2001, quando foi apresentada o primeiro projeto de lei, de autoria do então deputado estadual Carlinhos Almeida (PT), de São José dos Campos. No ano passado, quando assumiu o governo, Alberto Goldman deu os primeiros sinais de que o projeto seria possível, o que detonou um processo de mobilização da região em torno do tema.

O governador de Pernambuco (PE) e presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Eduardo Campos, classificou como uma "cortesia política" as visitas do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e do prefeito Gilberto Kassab (PSD) ao IX Congresso Estadual do PSB, que está sendo realizado hoje na Assembleia Legislativa de São Paulo.

A declaração de Campos foi uma negativa ao questionamento sobre se a visita dos dois mandatários paulistas à convenção do PSB poderia ser um movimento em direção a apoio ou aliança com vistas às eleições municipais de 2012. "Isso é uma cortesia política de dois amigos, já que o PSB participa hoje dos governos da Prefeitura e do Estado", disse Campos.

##RECOMENDA##

Ainda segundo o governador de Pernambuco, a questão de uma aliança com PSDB ou PSD não foi discutida no evento, porque isso caberá à nova diretoria, que está sendo eleita. O debate só ganhará corpo a partir do ano que vem, disse Campos.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afastou na noite desta quinta-feira (15) especulações a respeito de interesses políticos na aproximação entre ele e a presidente Dilma Rousseff. Segundo o governador, o diálogo com o governo federal é de interesse do Brasil, tendo em vista as parcerias para a finalização de obras importantes tanto para São Paulo quanto para outros Estados.

"Grandes projetos não são só de São Paulo. A hidrovia Tietê-Paraná, por exemplo. São Paulo veio sozinho investindo, mas ela serve também ao Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. Ela tem caráter nacional", afirmou, em evento, na capital paulista.

##RECOMENDA##

Parlamentares tucanos e pré-candidatos do PSDB à Prefeitura de São Paulo, presentes ao mesmo evento, disseram ver com normalidade esta aproximação entre Dilma e Alckmin. Para eles, Dilma adota uma postura que deveria ser seguida por todos os presidentes. E é aí, na avaliação deles, que está uma diferença dela em comparação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira, disse que diferentemente de Lula, Dilma buscou o diálogo com os Estados governados por tucanos. "Lula fez política pela ruptura, acredita que o Brasil só começou quando ele virou presidente e que agora está tudo congelado esperando ele voltar." O parlamentar afirmou ainda que a bancada do partido na Casa também vê como positiva essa aproximação.

Já o secretário de Cultura do Estado de São Paulo, Andrea Matarazzo, afirmou que o saldo positivo da sincronia entre Dilma e Alckmin está na "convergência administrativa". "O que existe é um diálogo normal e saudável do governador do Estado e da presidente da República. Isso não descaracteriza o fato de o PSDB ser oposição e Dilma, situação", disse.

Os políticos tucanos estiveram na noite de hoje em uma livraria da região central da capital paulista para o lançamento do livro "A Ousadia que deu Certo", do deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB-SP), que é pré-candidato à sucessão do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, assim como Matarazzo. Para Tripoli, não há interesse político no diálogo aberto entre a presidente e o governador. "É apenas uma questão de gestão", disse. "Dilma e Alckmin são adversários, cada um em 2012 vai defender o seu partido. E, depois que a eleição passar, temos que entrar novamente num processo de gestão", concluiu.

A presidente Dilma Rousseff voltou a defender hoje a importância da parceria entre o governo federal e o Estado de São Paulo, governado pelo tucano Geraldo Alckmin. Depois de assinar um convênio para a construção do Trecho Norte do Rodoanel, a presidente disse que o momento pelo qual o Brasil passa hoje exige que divergências políticas e pessoais sejam superadas. A presidente fez questão de citar que esse, na sua visão, é um dos legados do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sinalizou que as parcerias vão continuar.

Citando as parcerias do governo federal e estadual no Programa Minha Casa Minha Vida, Brasil Sem Miséria, Porto de Santos e aeroportos de Guarulhos e Viracopos, a presidente elogiou Alckmin, a quem chamou de "excepcional parceiro deste início de governo", e afirmou que essas práticas são uma "exigência" do País. "Não é mais possível que divergências pessoais e políticas sejam obstáculos para investimentos absolutamente imprescindíveis para o desenvolvimento do País", afirmou a presidente, aplaudida em discurso no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

##RECOMENDA##

COVAS

Um dos maiores ícones da história do PSDB, o ex-governador Mario Covas, morto em 2001, foi citado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para ilustrar a parceria entre ele e a presidente Dilma. "Quando falo em seriedade, não falo em honestidade, vou mais longe do que isso. Falo em integridade, na capacidade que cada um tem de se conduzir de forma adequada em cada circunstância, em cada momento, fazendo com que a política seja colocada num plano superior a cada um dos políticos. Ao fazermos isso, nós certamente estamos contribuindo para a ética na política", disse Alckmin, esclarecendo que citava um trecho do discurso de Covas. Em seguida, opinou: "Acredito, presidenta Dilma, que é isso que estamos fazendo hoje aqui", sob aplausos dos presentes.

A aproximação entre Alckmin e Dilma é vista com reservas por setores do PT e do PSDB. Candidato derrotado à Presidência da República, o ex-governador de São Paulo José Serra também participou do evento de hoje no Palácio dos Bandeirantes, mas não discursou nem falou com a imprensa. Serra cumprimentou a presidente.

O segundo encontro em menos de um mês entre a presidente Dilma Rousseff e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não terá a bênção de um convidado ilustre: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Convidado pelo Palácio dos Bandeirantes para participar amanhã da assinatura do termo aditivo para construção do trecho norte do Rodoanel, Lula recusou o convite. Quando foi presidente, Lula autorizou o repasse de recursos para o projeto tucano.

O evento desta terça-feira deve reafirmar a boa relação entre o governador e a presidente. Além da assinatura do contrato para a construção do Rodoanel, Dilma e Alckmin estarão juntos em Araçatuba (no interior do Estado) para lançar a pedra fundamental do Estaleiro Rio Tietê.

##RECOMENDA##

Reforma política

Embora tenha evitado os compromissos oficiais de governo para não "ofuscar" sua sucessora, nos bastidores da política o ex-presidente vem se mantendo ativo. Hoje, Lula se reuniu com líderes do PT em São Paulo para discutir o andamento da reforma política no Congresso. O encontro de uma hora e meia reuniu o relator do projeto na Câmara, o deputado federal Henrique Fontana (PT-RS), o líder da bancada petista Paulo Teixeira (SP), e os deputados Érika Kokay (PT-DF) e Ricardo Berzoini (SP). O secretário-geral do partido, Elói Pietá, o presidente da Fundação Perseu Abramo, Nilmário Miranda, e os diretores do Instituto Lula, Paulo Vannuchi e Luiz Dulci também participaram da reunião.

Na próxima sexta-feira, Lula vai se reunir com lideranças do PDT, PSB e PCdoB e deve conversar também com caciques do PMDB sobre o projeto. A proposta de reforma política em tramitação no Congresso deverá ser votada na comissão especial da Câmara dos Deputados no próximo dia 21.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando