Tópicos | Alexandre Padilha

Deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores e ministro do governo dos ex-presidentes Lula e Dilma, Alexandre Padilha alfinetou nesta terça-feira (14) o andamento dado ao programa Mais Médicos.

 No seu perfil oficial do Twitter, o parlamentar pontuou a atitude do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em relação ao programa e fez relação a uma situação possível de acontecer dentro dos lares brasileiros.

##RECOMENDA##

 “Quando Jair Bolsonaro diz que não tem nada a ver com o fim do Mais Médicos, age como aquele marido que ameaça bater e matar a mulher e a acusa de ter fugido de casa por que quis”, fez a analogia.

 Padilha ainda citou um dado da revista Veja. “Até a Veja mostrou: já são mais de 6 mil vagas de médicos não ocupadas”, finalizou.

LeiaJa também

--> Juntas sugerem criação de Frente para defesa de indígenas

-->  Sérgio Banhos tomará posse como ministro efetivo do TSE

--> Sérgio Moro vem diminuindo de tamanho, crava Tadeu Alencar

O vice-presidente nacional do PT, Alexandre Padilha, reiterou na manhã desta quinta-feira (25), em entrevista à Rádio Eldorado, que, independentemente do resultado do julgamento de quarta-feira (24), no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), o partido lançará nesta quinta, na reunião de seu Diretório Nacional, o nome de Luiz Inácio Lula da Silva como cabeça de chapa à Presidência da República, nas eleições gerais de outubro deste ano. "O PT não trabalha com outro nome, nosso candidato à presidência da República é Lula", disse Padilha.

Ele destacou que a sigla está apenas seguindo a legislação eleitoral que permite apresentar o ex-presidente como candidato. "Vamos formalizar a candidatura de Lula ao Planalto em agosto."

##RECOMENDA##

Na quarta, o colegiado do TRF-4 de Porto Alegre, segunda instância da Justiça, confirmou por unanimidade a sentença do juiz Sérgio Moro, que condenou Lula no caso do tríplex do Guarujá. E foi além, elevando sua pena de 9 anos e seis meses de prisão para 12 anos e um mês. Além disso, autorizou a prisão imediata do líder petista, após serem esgotados os recursos de sua defesa.

Para Padilha, todos os esforços do TRF-4, inclusive o de "antecipar o julgamento da ação de Lula", foi uma manobra para tentar tirá-lo do quadro eleitoral neste pleito presidencial. Contudo, o vice-presidente nacional do PT pontuou, na entrevista, o lado positivo dessa ofensiva: "A violência brutal sofrida por Lula só unificou o PT em torno de sua candidatura à presidência da República, ajudou a aglutinar o centro/esquerda, mesmo nomes não ligados ao PT, como Fernando Henrique Cardoso, saíram em defesa do ex-presidente, e tudo isso irá acelerar a construção de uma frente ampla de centro-esquerda para as eleições gerais deste ano."

Alexandre Padilha disse ainda à Eldorado que Lula não teme nada, nem mesmo a iminência de ser preso quando forem esgotados os recursos de sua defesa. "O que Lula teme é a afronta à democracia, como a que ocorreu ontem, sua condenação foi uma farsa jurídica e, infelizmente, nossa democracia fica cada vez menor."

Segundo ele, Lula irá participar, ao lado de outras lideranças, da reunião desta quinta do Diretório Nacional do PT, que será realizada a partir das 10 horas na sede da CUT na capital paulista, e na sexta (26) segue para a Etiópia, como convidado de honra da FAO, para falar sobre a fome que atinge o mundo.

Após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desistir de pleitear o comando nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), a ala da sigla que ele faz parte, Construindo um Novo Brasil (CNB), decidiu lançar a senadora Gleisi Hoffmann (PR) para concorrer ao cargo. A petista anunciou nesta quarta-feira (5) que participará da disputa. A eleição vai acontecer em junho, no Congresso Nacional do PT. Para que Gleisi assumisse a titularidade da chapa da CNB, o ex-ministro da Fazenda Alexandre Padilha e o secretário de Finanças da legenda, Márcio Macedo abdicaram da pré-candidatura. O acordo foi firmado nessa terça (4).

Na carta em que confirma a participação na disputa, Gleisi diz que espera “poder contribuir” para que o PT possa “enfrentar esses tempos difíceis”. “Enfrentar essa situação pressupõe estarmos unidos para rejeitar a criminalização do nosso partido, a condenação das nossas lideranças e lutar, junto com outras forças políticas, em defesa dos direitos sociais e da democracia. Pressupõe barrar o racismo, a homofobia, a misoginia e a ignorância. Nossas mulheres e a juventude estão sob ataque direto dessas ações”, salientou, dizendo que a democracia do país foi “brutalmente atacada e tombou” com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). 

##RECOMENDA##

Direcionando o discurso para as alas internas do PT, a senadora disse que as divergências faziam parte da história da legenda, mas o momento é de fazer com que elas sirvam para a “elaboração de propostas cada vez melhores para nosso Brasil”. Afinal, segundo Gleisi, “o inimigo a ser combatido está fora do PT”. “É aquele que nos golpeou e continua golpeando o povo brasileiro com a retirada de seus direitos”, cravou sem mencionar nomes. 

Pontuando que o PT aprendeu com Lula a “andar de cabeça erguida”, a pré-candidata disse que a condução da sigla “só pode ser feita por um núcleo dirigente forte e que espelhe a diversidade partidária”. Além disso, ela mencionou ainda o adversário e colega de bancada, senador Lindbergh Farias (RJ), com quem disse que terá uma “caminhada tranquila” para fortalecer o PT e agradeceu a desistência de Padilha e Márcio.

O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha disse que está à disposição para disputar a presidência do PT. O partido elege o sucessor de Rui Falcão em junho, durante o congresso nacional da legenda.

Na entrada do evento organizado pelo PT para discutir a Lava Jato, Padilha disse que era apoiador da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência do partido. Mas agora, com a decisão do ex-presidente de retirar seu nome para a disputa, Padilha entrou na disputa. "Nunca conversei com ele sobre isso. Agora estou à disposição" disse Padilha a jornalistas.

##RECOMENDA##

O ex-ministro é apoiado pela corrente petista Construindo um Novo Brasil (CNB), que é majoritária no partido. De outro lado, também disputa a presidência do PT o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), apoiado por alguns integrantes da corrente Muda PT, grupo que reúne as cinco maiores correntes da esquerda petista.

O secretário municipal da Saúde Alexandre Padilha disse nesta sexta-feira (5) que a cidade de São Paulo tem sete casos confirmados de microcefalia. Há suspeita de relação direta com o zika vírus em cinco deles, que estão sendo investigados. Segundo Padilha, até agora a capital não registrou nenhum caso de zika.

"Cinco têm uma relação muito direta (com o zika) porque são mulheres que são do Nordeste e vieram para cá no final da gravidez", afirmou o secretário. Um balanço epidemiológico com registros de zika, dengue e chikungunya em São Paulo será divulgado pela Prefeitura nesta sexta.

##RECOMENDA##

Nesta manhã, Padilha e o prefeito Fernando Haddad (PT) visitaram um terreno com criadouros do mosquito Aedes Aegypti, em Vila Esperança, na zona leste. De acordo com o prefeito, o local é usado pela Polícia Civil para abrigar veículos apreendidos. Procurada, a polícia ainda não se manifestou.

O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (governo Dilma Rousseff) iria ficar com uma parte do laboratório Labogen, usado pelo doleiro Alberto Youssef para tentar fraudar contratos milionários da pasta em 2013. A informação foi dada pelo entregador de dinheiro de Youssef, Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará, em delação premiada à Procuradoria-Geral da República.

Ele disse ter ouvido do doleiro que o laboratório seria fatiado em quatro partes, uma delas assumida por Padilha, então ministro da Saúde, em parceria com o então vice-líder do PT na Câmara André Vargas, preso e condenado na Operação Lava Jato.

##RECOMENDA##

Padilha exerce atualmente o cargo de secretário municipal de Relações Governamentais da administração Fernando Haddad (PT), em São Paulo. Ele nega categoricamente que fosse assumir o controle de uma cota do laboratório.

O delator afirmou que o laboratório seria dividido entre quatro controladores. Ele citou como beneficiários da partilha dos ativos da Labogen, além do ex-deputado André Vargas, o empresário Pedro Paulo Leoni Ramos, ex-ministro do governo Fernando Collor (1990/1992), e o doleiro Leonardo Meirelles, suposto laranja de Youssef.

"A Labogen seria dividida em quatro partes; uma das partes era de Leonardo Meirelles; a segunda parte era de Alberto Youssef, baseada no débito que Leonardo Meirelles tinha para com ele; a terceira parte era do então ministro da Saúde Alexandre Padilha e de André Vargas; a quarta parte era do fundo de investimentos administrado por Pedro Paulo Leoni Ramos; o aporte de dinheiro na Labogen para fabricar os medicamentos a serem fornecidos ao Ministério da Saúde foi feita por meio do fundo de investimentos administrado por Pedro Paulo Leoni Ramos", disse Ceará no seu depoimento.

A Labogen era uma das empresas usadas por Youssef para remeter dinheiro de forma fraudulenta para o exterior via celebração de contratos de câmbio para importações fictícias, segundo a força-tarefa da Lava Jato. O laboratório e o nome de Padilha já haviam sido citados no depoimento de Youssef. Segundo o doleiro, o ex-deputado André Vargas teria feito lobby junto ao ministro Padilha para que a Labogen firmasse contratos milionários com o Ministério da Saúde.

O delator Ceará fez dezenove depoimentos, entre 29 de junho e 2 de julho de 2015, na Procuradoria-Geral da República. Em um deles, o Termo de Colaboração número 7, o delator relata a negociação para aquisição da Labogen. Segundo ele, Youssef disse que pretendia "viabilizar" a empresa de medicamentos para "receber uma dívida" e "ainda obter lucro".

A Labogen era uma indústria química em situação financeira caótica, quando o doleiro decidiu assumir o negócio e "revitalizar" a empresa para se infiltrar no Ministério da Saúde, segundo a Polícia Federal.

Ceará disse ainda recordar que a Labogen tinha contrato com o Ministério da Saúde, mas não soube precisar o valor, se era de R$ 64 milhões ou R$ 164 milhões - desde que a PF identificou os movimentos de Youssef na área, em 2014, o Ministério da Saúde tem reiterado que não chegou a assinar contrato com a Labogen.

Em seu depoimento, Ceará relatou que em 2014 recebeu de Youssef a ordem de ir com ele buscar "um amigo" no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e que este amigo era "líder do PT, muito influente e com acesso à presidente Dilma Rousseff".

Ao entrar no carro, depois de ouvir de Youssef que Ceará era seu homem de confiança, André Vargas teria dito que "está tudo marcado, tudo certo com o ministro". Ceará afirmou à Procuradoria que, em um momento posterior, Youssef lhe disse que o ministro ao qual Vargas se referia era o então titular da Saúde, Alexandre Padilha.

Defesa

"É absurda e irresponsável qualquer tentativa, por meio de um vazamento seletivo baseado no 'ouvi dizer', de mais uma vez tentar vincular o nome do ex-ministro da Saúde ao referido laboratório mesmo após quase dois anos de conclusão de uma sindicância feita pelo Ministério da Saúde, de uma apuração concluída pela Controladoria-Geral da União (CGU) e de uma investigação da Polícia Federal (PF) não terem encontrado nenhum vínculo do ex-titular da Pasta com irregularidades e se quer o mesmo ter sido arrolado em qualquer investigação", afirma a assessoria de Padilha por meio de nota.

"Cabe ressaltar que em nenhum momento o ex-ministro esteve sob investigação da Operação Lava Jato", continua o texto, ressaltando que Padilha "sempre defendeu e contribuiu para a apuração total de qualquer irregularidade pelos órgãos responsáveis". O ministro, segundo a nota, "também defende a apuração dos vazamentos seletivos cuja motivação deve ser investigada, pois certamente esse tipo de expediente não pode ser confundido com transparência nem correção à investigação em curso".

O secretário de Saúde da Prefeitura de São Paulo e ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi hostilizado nesta sexta-feira, 2, de novo, num restaurante da capital paulista. Padilha teve de deixar o local às pressas, sob os gritos de "ladrão". Ele estava acompanhado de um funcionário da Prefeitura, quando foi reconhecido e alguns clientes começaram a tratá-lo hostilmente.

Um vídeo, gravado por um cliente, mostra Padilha deixando o local sob gritos. Um homem grita "Vai chorar para o Lula, vai beijar a mão do Lula" e é aplaudido por outros clientes. O secretário de Saúde da Prefeitura de São Paulo fala com os manifestantes, mas não é possível ouvir o que ele diz.

##RECOMENDA##

O caso aconteceu no restaurante Aldeia, no Jardim Paulista, na zona oeste da capital. Um dos sócios do local, Antônio Siqueira, disse ter achado "uma falta de respeito" dos frequentadores. "Não gostei do modo como a turma o tratou. Foi uma falta de respeito, de educação, ele não tem culpa do que está acontecendo no País", disse.

Siqueira afirmou que o Aldeia é frequentado por políticos, que Padilha já teria ido ao estabelecimento outras vezes e que nunca havia tido dificuldades como esta. "Eu pedi desculpas a ele e o agradeci porque ele foi muito calmo, agiu muito bem diante dessa situação." De acordo com o sócio do restaurante, Padilha tentou explicar para os manifestantes que a atitude deles estava errada.

Em nota, o secretário de Saúde da Prefeitura afirmou que repudia qualquer manifestação de ódio e intolerância e que, no momento em que foi hostilizado, havia parado para almoçar ao lado do Complexo Regulador da Saúde Municipal, onde tinha uma reunião às 14 horas. "Posturas como essas apresentadas no vídeo, de pessoas que querem expulsar do convívio social quem pensa e age diferente delas, só me animam a continuar o trabalho a favor de quem mais precisa e a defender programas como o Mais Médicos, que beneficia mais de 70 milhões de brasileiros", disse no comunicado.

Restaurante de luxo

Não é a primeira vez que Padilha é hostilizado em público. Em maio, quando almoçava no restaurante Varanda Grill, nos Jardins, zona sul da cidade, um dos clientes, o advogado Danilo Amaral, se levantou, bateu com uma faca num copo de vidro e chamou atenção do salão inteiro para a presença dele.

"Queria saudar, aqui, hoje, dizer a vocês que temos a presença do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, que nos brindou com o programa Mais Médicos, da presidente Dilma Rousseff, responsável pelo gasto de R$ 1 bilhão que nós, otários, pagamos até hoje." Foi aplaudido. Padilha até tentou rebater, mas foi ofuscado pelos aplausos.

Mesmo após fechar 2014 com um rombo superior a R$ 50 bilhões, a Previdência Social não passará por uma grande reformulação nos próximos anos, afirmou nesta sexta-feira (2), o novo ministro, Carlos Gabas. "Não defendemos uma grande reforma da Previdência. Precisamos fazer alguns ajustes, mas de acordo com a evolução demográfica", disse, logo após a cerimônia de transmissão de cargo, uma das mais concorridas em Brasília.

Para sanar os problemas de curto prazo, as regras mais rígidas para a concessão de pensão por morte e auxílio-doença são suficientes neste momento, defendeu o novo ministro. Até então secretário-executivo do ministério, Gabas afirmou que não há hoje a possibilidade de risco de quebra da Previdência. "Mas é preciso fazer ajustes."

##RECOMENDA##

Medidas impopulares costumam ser apresentadas nos primeiros anos de todos os governos, quando ainda há uma lua-de-mel entre o Executivo e o Legislativo. Não desta vez. Se uma grande reforma não foi desenhada no primeiro mandato de Dilma Rousseff, agora o quadro está mais complicado, já que a base parlamentar governista é menor do que há quatro anos. Como a medida provisória com as novas regras de concessão precisa ser apreciada pelo Congresso, Gabas pediu a colaboração de seu antecessor no cargo, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), para aprovar as mudanças.

Idade

Um dos ministros mais próximos da presidente Dilma Rousseff, Carlos Gabas também garantiu não haver qualquer estudo sobre uma mudança na idade mínima para aposentadoria e afirmou que os direitos adquiridos por aposentados e beneficiados não serão retirados. Haverá apenas, de acordo com ele, algumas alterações para fortalecer a Previdência. O discurso é idêntico ao adotado pelo Palácio do Planalto.

Não é justo, na avaliação do novo ministro, conceder benefícios permanentes e no teto máximo da Previdência por pensão de morte, por exemplo, a pessoas que não contribuíram ou que fizeram apenas uma contribuição. "Hoje, a lei permite isso, mas não é justo com quem contribuiu durante anos e precisamos que a Previdência seja mais justa e sustentável", argumentou. E também disse ser contrário ao fato de benefícios temporários gerarem mais regalias do que os permanentes. "Não pode haver distorções, precisamos acabar com elas".

O paulista Gabas, funcionário de carreira, começou a trabalhar em Brasília no primeiro ano do governo Lula, levado pelo novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini. A solenidade de posse foi uma das cerimônias mais concorridas da Esplanada, com a presença de ministros do primeiro e segundo mandato de Dilma. Até o antecessor Garibaldi Alves, conhecido pelas tiradas, brincou com a presença de tantas autoridades no local. "Aqui tem mais cacique do que índio, tem mais autoridades do que nunca", disse, levando os presentes às gargalhadas. "São tantas as autoridades, que a gente deveria esperar um pouco pela presidenta Dilma."

O ex-ministro Garibaldi atropelou seu sucessor e anunciou que a substituta de Lindolfo Sales na presidência do INSS será Elisete Berchiol da Silva Iwai, que era braço direito de Gabas como secretária-executiva adjunta da Previdência. O novo ministro confirmou a mudança e disse que ela começaria no novo posto na próxima segunda.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu indiretamente que o partido foi um dos responsáveis pelo desempenho da candidatura de Alexandre Padilha ao governo de São Paulo, que tem apenas 11% das intenções de voto, mas disse estar confiante na chegada do petista ao segundo turno.

"Acho que essa eleição é uma coisa fantástica. Acho que o companheiro Padilha, marinheiro de primeira viagem em uma campanha majoritária, sabe que o partido tem que trabalhar muito mais. O partido precisa voltar a ocupar as ruas desse País como sempre fizemos", disse, durante coletiva de imprensa ao lado do petista e de Eduardo Suplicy, que concorre à reeleição por uma vaga no Senado.

##RECOMENDA##

Segundo Lula, o lugar do PT "não é no gabinete". "O lugar do PT é na rua, conversando com o povo, politizando com a sociedade, discutindo os problemas bons e mais com a sociedade", disse.

Lula destacou que Padilha é jovem e tem que continuar em campanha até amanhã. "Estou convencido de que estamos em situação confortável. A Dilma (Rousseff) tem todas as condições de ganhar as eleições. Ainda acreditamos que o Padilha pode disputar o segundo turno em São Paulo", disse.

O ex-presidente lembrou que em 2006, quando ele disputou a presidência com o atual governador Geraldo Alckmin, no segundo turno, ele conseguiu uma vantagem significativa. "Algumas pessoas achavam que o Alckmin ia me passar no segundo turno. Nós conquistamos 12 milhões de votos e ele perdeu três milhões de votos. Porque a coisa fica mais clara, ideológica", disse.

Críticas a Alckmin

Lula voltou a fazer críticas a Alckmin e reconheceu que a oposição na Assembleia Legislativa poderia ser mais atuante. "São Paulo é um estado sui generis. Quem faz política em São Paulo sabe que qualquer governador de Estado é uma personalidade importante do Estado e qualquer Assembleia Legislativa é muito importante em qualquer Estado. Em São Paulo, não", disse.

O ex-presidente disse ainda que Alckmin "é uma figura exótica do ponto de vista político". "Nada é da responsabilidade dele. Tudo que acontece de bom, ele aparece dando um 'pitaquinho'. Tudo que é de ruim ele joga a culpa nos outros", afirmou, citando a crise hídrica em São Paulo.

Segundo Lula, a oposição precisa ser mais dura no combate à política em São Paulo. "(precisamos) fazer mais a política cotidiana para enfrentar (o governo)".

Após ter que defender correligionários acusados de corrupção no debate realizado na terça-feira, 30, pela TV Globo, o candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, disse nesta quarta-feira, 1, que não tem medo de falar sobre o tema durante a campanha e afirmou torcer para que o atual governador Geraldo Alckmin (PSDB) se disponha à discussão do tema.

"Estou torcendo para o governador querer discutir corrupção, porque eu vou mostrar os instrumentos que o governo federal e o prefeito (de São Paulo, Fernando) Haddad, construíram para combater a corrupção", disse. Assim como fez no debate televisivo, Padilha disse que a corrupção no governo estadual é uma das responsáveis pelo atraso nas obras de trem e metrô. "O PSDB conviveu 15 anos com o esquema de corrupção no metrô e no trem. Atacando também a crise hídrica, Padilha disse ainda estar "com sede, não só de água, mas também de debate".

##RECOMENDA##

No confronto na Globo, Alckmin tentou rebater as acusações de Padilha, mas teve seu direito de resposta negado. No entanto, assim que teve a palavra, ironizou: "O povo brasileiro sabe, sim, quem convive com a corrupção", afirmou.

Padilha cumpre agenda de campanha nesta quarta-feira no Grajaú, zona sul da capital paulista, acompanhado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O candidato ao governo de São Paulo Alexandre Padilha (PT) afirmou há pouco, durante comício em Guarulhos, na Grande São Paulo, que os mais recentes ataques do governador e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), mostram que ele "está com medo". "Quem ataca é porque esta com medo. Ninguém bate em cachorro morto", afirmou Padilha, referindo-se ao programa eleitoral do tucano de ontem, que fez os mais duros ataques a Padilha.

Segundo Padilha, o atual governador usou o programa de radio e TV "só para soltar mentiras, só pra tentar atacar". "Ele essa semana mudou a postura dele", disse o petista. Padilha criticou ainda o fato de Alckmin ter usado um locutor para fazer as críticas ao petista. "Ele não tem coragem para fazer ataques, contrata um locutor", rebateu.

##RECOMENDA##

O petista disse ainda que a única verdade que o governador contou no seu programa foi quando ele afirmou que o candidato "é o Padilha do PT". "Eu digo de alto e bom som, sou o Padilha do PT, sou o Padilha do Partido dos Trabalhadores, sou o Padilha do Lula, e tenho muito orgulho de ser", disse.

Padilha disse ainda que Alckmin é quem esconde o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Quem esconde o presidente a quem serviu é o atual governador", disse, chamando novamente Alckmin para o debate. "Venha debater cara a cara Alckmin."Durante o comício, Padilha exaltou o programa Mais Médicos e atacou a crise hídrica de São Paulo. ()

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva referiu-se nesta quinta-feira (28) pela primeira vez à candidatura de sua ex-ministra e atual candidata pelo PSB à Presidência da República, Marina Silva, dizendo que os eleitores não devem acreditar em quem faz a apologia da não política. Sem citar o nome de Marina uma única vez, Lula partiu para o ataque: "É impossível governar fora da política, pois quem for eleito presidente da República tem que conversar com o Congresso Nacional. Não está na hora de negar a política."

As afirmações de Lula, feitas em cima de um carro de som, na cidade de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, em São Paulo, em ato de campanha de seu afilhado político e candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, são uma resposta a uma das principais bandeiras de campanha de Marina Silva, a apologia da não política.

##RECOMENDA##

A candidata que foi alçada à cabeça de chapa do PSB após a morte do governador Eduardo Campos vem ganhando a adesão do eleitorado justamente pelo discurso de que pretende romper com o que ela classifica de política tradicional. Além disso, Marina foi uma da poucas políticas que se beneficiaram dos movimentos de rua deflagrados em todo o País do ano passado, pelo fato de ter conseguido passar uma imagem de que não compactua com a atual política.

As críticas indiretas de Lula à sua antiga aliada foram feitas em um momento em que o PT e a assessores da presidente Dilma Rousseff se mobilizaram para rechaçar um vídeo divulgado na internet em que Lula pede voto para a candidata do PT ao Senado por Goiás, Marina Sant'Anna, mas que passou por montagem para dar a impressão que pede votos à Marina Silva. No palanque ao lado de Padilha, Lula fez questão de pedir votos à candidata à reeleição Dilma Rousseff, deixando claro sua preferência.

Discurso

No início de seu discurso de cerca de 20 minutos, Lula criticou duramente o governo do tucano Geraldo Alckmin, dizendo que pretende fazer com que os tucanos nunca mais governem o Estado e exemplificou com a crise hídrica. "Nós não culpamos o governo pela seca e sim pela falta de planejamento do governo. Os tucanos não fizeram uma obra sequer no Cantareira para resolver o problema da água", afirmou. Lula aproveitou também para criticar mais uma vez a imprensa. "Se fosse o PT que governasse São Paulo, a crise da água teria outro tratamento. A imprensa cairia em cima." Na mesma linha, ele afirmou que "a bandalheira e a corrupção no Metrô são tratados pela imprensa como cartel."

Ainda no discurso, Lula questionou as pesquisas de intenção de voto, onde Alckmin lidera a corrida, segundo o Ibope, dizendo que não sabe por que o povo reclama tanto e o Alckmin tem 50% nas pesquisas. "Tem alguma coisa errada (com as pesquisas)." Após a divulgação da última pesquisa Ibope, que mostra o não crescimento de Padilha mesmo depois do início do horário eleitoral, Lula esteve estrategicamente ao lado de seu afilhado político em um reduto eleitoral dos adversários. São José dos Campos foi governada durante 16 anos pelo PSDB e há um ano e meio está sob a gestão do PT.

Euforia

Ao chegar, ao lado Padilha e o presidente do PT estadual, Emídio de Souza, Lula foi recebido com euforia pelos militantes. No entanto, um grupo de pessoas que estava próximo, quando ele descia de um veículo para subir em outro, foi atingido por um ovo. Alguns funcionários comissionados da prefeitura foram dispensados e orientados a participar do ato.

Lula também voltou a defender a área econômica da gestão petista, que tem sido alvo de críticas dos adversários. Lula afirmou que antes de ele assumir o governo, em 2003, muitos economistas diziam que o Brasil não tinha jeito. "Era questão de honra provar que tínhamos competência", afirmou. "Controlamos a inflação e tenho orgulho de ter saído com a maior aprovação da história."

Como costuma fazer em seus discursos, Lula lembrou a criação do PT e destacou a importância do Brasil ter conseguido eleger um representante da classe trabalhadora. "Decidimos criar um partido para mostrar que um trabalhador poderia governar este País", disse.

O candidato petista ao governo do Estado, Alexandre Padilha, teve negado pela Justiça o pedido para ter a cobertura diária no SPTV, telejornal local da TV Globo. De acordo com a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo, caso o pedido de liminar feito pela coligação "Para Mudar de Verdade" fosse acatado, outros partidos sem representação poderiam entender ter o mesmo direito. Ainda cabe recurso.

O juiz Marcelo Coutinho Gordo destaca em sua decisão o alto número de legendas. "Em uma República como a nossa, onde se aglomeram mais de três dezenas de Partidos Políticos, hoje trinta e dois inscritos para ser exato, existe a possibilidade teórica da candidatura de inúmeros indivíduos a cargos majoritários, alguns dos quais sem qualquer representatividade popular e que em nome de uma igualdade absoluta, poderiam reivindicar espaço em mídia televisiva, ainda que só para isso existissem", diz a decisão.

##RECOMENDA##

Apesar de reconhecer a representatividade e as "raízes históricas e democráticas" do PT, o juiz diz que as regras da emissora são válidas. A Globo definiu que faria cobertura diária dos candidatos com 6% de intenção de votos. Na última pesquisa Datafolha, Padilha apresentou 5%. "Há de ser reconhecer o valioso préstimo informativo que se dá com a cobertura desenvolvida, assim como a razoabilidade do critério de seleção firmado, com os 6% (seis por cento) de intenção de votos, que atua como espécie nota de corte entre aqueles que estariam entre os de considerável alcance popular e os que não", diz a decisão.

Coutinho Gordo pondera ainda que o desempenho no cenário político "ordena a quantidade de recursos auferidos do fundo partidário e de tempo no horário político gratuito". "O critério ora impugnado, como asseverado pela emissora e sinalizado pelos próprios representantes, foi utilizado também noutras oportunidades", destaca.

A Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo (PRE-SP) havia se manifestado favorável ao pedido de Padilha. Segundo o MPF, no parecer, o procurador regional eleitoral auxiliar, Paulo Thadeu Gomes da Silva, opinou que, pelo princípio da isonomia, assegurada pela lei eleitoral, Padilha teria direito à mesma periodicidade de cobertura jornalística dos candidatos que aparecem diariamente nos telejornais da Globo.

O procurador pondera, contudo, que não se pode obrigar um veículo de comunicação a fazer coberturas diárias, porém se uma emissora decide fazer cobertura diária, como é o caso, "tem-se de realizar essa cobertura com relação a todos os candidatos", cabendo ao veículo de comunicação definir o tempo destinado a cada candidatura, o que se representa pela proporcionalidade.

O pedido de liminar foi feito no início desta semana. Na ocasião, o presidente do PT-SP, Emidio de Souza, disse em nota que a emissora "descumpre os critérios de isonomia e de garantia de oportunidade igualitária a todos os candidatos". Emídio lembrou que as rádios e televisões operam em regime de concessão e devem manter sua finalidade pública. "Não podem, até por isso, ser usados para beneficiar esse ou aquele candidato, essa ou aquela candidatura; devendo pautar sua atuação durante as eleições pela imparcialidade", diz a nota.

Segundo o partido, em 2012, a TV Globo também tentou limitar a participação de postulantes à Prefeitura de São Paulo e a Justiça julgou que todos os candidatos teriam o mesmo direito à cobertura diária da emissora.

'Sacanagem'

No início do mês, durante um evento de campanha da presidente Dilma Rousseff em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou abertamente a TV Globo e chamou de "sacanagem" os critérios adotados pela emissora, dizendo que ela mudou o critério para não dar espaço ao candidato petista.

Coordenadores das campanhas nacional e estadual do PT se reuniram com prefeitos para reforçar as candidaturas da presidente Dilma Rousseff e do ex-ministro Alexandre Padilha em São Paulo, maior colégio eleitoral do País. A reunião, da qual participaram 18 prefeitos e o próprio Padilha, foi capitaneada por Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo do Campo e coordenador da campanha de Dilma no Estado, e por Emidio de Souza, presidente estadual do PT. "A reunião foi para entrosar o pessoal para que os prefeitos busquem tomar iniciativa, não somente nas suas respectivas cidades, mas também nas regiões, como lideranças políticas locais, para poder incrementar as campanhas da Dilma, do Padilha e do (senador Eduardo) Suplicy", disse Marinho.

Com 27% do eleitorado brasileiro, São Paulo é um dos Estados mais estratégicos para a campanha de Dilma e onde a candidata enfrenta uma alta taxa de rejeição - 39%. Para Padilha, o desafio é se tornar conhecido a ponto de levar o partido pela primeira vez ao Palácio dos Bandeirantes. Marinho disse que a campanha petista usará a estratégia de expor investimentos federais em obras e realizações nos municípios. Ele voltou a usar o exemplo do Rodoanel que, apesar de ser uma bandeira bastante usada pelo governo do Estado, possui também recursos federais. "Muitas obras são apropriadas por vereadores, prefeitos, pelo governador. O Rodoanel é um exemplo. Vamos dizer aqui tem X do governo federal", disse.

##RECOMENDA##

Carta

Na reunião, ficou acertado que Padilha preparará uma carta a prefeitos do Estado com o objetivo de firmar compromissos de seu eventual governo com os municípios. "Os municípios de São Paulo nunca tiveram o apoio do governo do Estado que poderiam ter, como o financiamento do Samu", disse Emidio. "(o governo do Estado) não participa de farmácia popular. É uma participação pequena e isso sobrecarrega os municípios", destacou, afirmando que a carta será uma das ações de campanha previstas para o Estado.

A coordenação de campanha aposta no início do horário eleitoral para que Padilha vença o desconhecimento e aumente suas intenções de votos - hoje em 5%. A expectativa é de que ele alcance Paulo Skaf (PMDB), que está com 16%, em 30 dias. "Vamos torcer para o crescimento de Skaf para ter dois turnos", complementou Marinho.

O candidato ao governo do PT, Alexandre Padilha, aproveitou uma visita à região da cracolândia, no centro de São Paulo, nesta terça-feira, 19, para criticar seu adversário Geraldo Alckmin (PSDB). "Nós colocamos à disposição R$ 500 milhões (quando era ministro da Saúde) para Estados e municípios. O governo do Estado não quis fazer parcerias. O atual governador sempre coloca o partido na frente do interesse da população de São Paulo", disse o petista.

Segundo o candidato, o governo estadual não quis, inclusive, utilizar os ônibus especializados para atender os usuários e garantir a segurança dos mesmos a exemplo da guarda municipal. "Ele não quis fazer parceira na saúde; não quis fazer parceria no monitoramento da polícia, tem cinco ônibus com o governo do Estado que estão parados", disse.

##RECOMENDA##

Padilha afirmou que se eleito vai estabelecer parcerias com o governo federal e com as prefeituras para oferecer tratamento às pessoas com problemas de drogas, como é o caso da cracolândia. "Tem que ter policial na rua, parcerias com entidades religiosas para ressocializar essas pessoas", disse, sem citar diretamente o programa municipal De Braços Abertos, do seu correligionário Fernando Haddad.

Vaias

Sobre as vaias que Alckmin recebeu nesta terça em visita a obras do metrô, Padilha disse que a campanha começou. "O mundo da propaganda acabou, muitas vezes o atual governador vive no mundo da propaganda", disse. O petista também ironizou a publicidade acerca da construção de 100 km de linhas do sistema metroviário. "Placa tem bastante, de construção concreta foram menos de dois quilômetros em construção por ano. Ele governa o Estado há 20 anos e não tirou o metrô da capital", afirmou.

O candidato não quis fazer promessas sobre quanto ele fará se for eleito. "Não vou falar de quilômetros, porque não adianta falar em quilômetros na Avenida Paulista", disse, ressaltando que levará o metrô ao ABC e outras regiões metropolitanas. "O que eles prometeram até 2030, vamos fazer até 2020."

Padilha participou de uma caminhada na Praça Ramos, no centro de São Paulo, acompanhado do senador e candidato à reeleição Eduardo Suplicy e de alguns secretários municipais.

Constrangimentos

Logo no início da caminhada, Padilha enfrentou um constrangimento quando um pedestre passou por ele e gritou o nome de Alckmin e Aécio, candidatos tucanos. Depois, ao entrar numa loja e entregar panfletos, o candidato viu uma vendedora amassar seu folheto de campanha. A vendedora, de 19 anos, disse que ainda não tinha definido o seu voto e que pretendia anular. "Eles só vêm aqui em época de eleição", disse.

O diretório estadual do PT paulista entrou um pedido de liminar no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) contra a TV Globo para garantir a exposição do candidato ao governo do partido .

A emissora decidiu veicular diariamente a agenda de candidatos estaduais que possuem acima de 10% das intenções de voto, o que garantiu apenas a exposição diária do atual governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do candidato peemedebista Paulo Skaf.

##RECOMENDA##

Para o PT-SP, a emissora "descumpre os critérios de isonomia e de garantia de oportunidade igualitária a todos os candidatos". Em nota, assinada pelo presidente do PT-SP, Emídio de Souza, o partido argumenta ainda que os veículos de comunicação são os que mais abrangem os municípios brasileiros.

Emídio lembra que as rádios e televisões operam em regime de concessão e devem manter sua finalidade pública. "Não podem, até por isso, ser usados para beneficiar esse ou aquele candidato, essa ou aquela candidatura, devendo pautar sua atuação durante as eleições pela imparcialidade", diz a nota.

Segundo o partido, em 2012, a TV Globo também tentou limitar a participação de postulantes à Prefeitura de São Paulo e a Justiça julgou que todos os candidatos teriam o mesmo direito à cobertura diária da emissora.

'Sacanagem'

No início do mês, durante um evento de campanha da presidente Dilma Rousseff em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou abertamente a TV Globo e chamou de "sacanagem" os critérios adotados pela emissora.

"Já fui vítima de todas as sacanagens que vocês possam imaginar, mas tem coisa que vai ficando insuportável. A Dilma é candidata, mas eles decidiram que só vão colocar na televisão, no principal jornal deste país, candidatos acima de 6% das intenções e não os pequenos porque eles estão com política de criticar de manhã, de tarde e de noite esse governo", afirmou Lula, na ocasião.

Lula acusou ainda que em São Paulo, maior colégio eleitoral do País, a emissora mudou o critério para não dar espaço ao candidato petista, Alexandre Padilha, que, segundo a última pesquisa Ibope, tem apenas 5% das intenções de voto. "Em São Paulo, a sacanagem é tamanha, que eles decidiram que só vão colocar os candidatos acima de 10% para tirar o Padilha da televisão. Cada jogo, em cada eleição, é uma sacanagem", afirmou Lula.

O candidato do PT ao governo do Estado, Alexandre Padilha, afirmou nesta sexta-feira, 15, ver com "muita tranquilidade" o resultado da pesquisa Datafolha de hoje, na qual ele manteve apenas 5% de intenções de voto. "Vocês vão me ver quando eu estiver lá na telinha, aí começa a mudar o jogo de fato. A eleição começa a partir daí", disse durante uma visita a um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), em São Bernardo do Campos, no ABC paulista.

"A própria pesquisa mostra que existe um desconhecimento do meu nome, precisamos atingir aqueles que apoiam a presidente Dilma, apoiam o PT", disse.

##RECOMENDA##

Com atividades de rua, como caminhadas de campanha, suspensas por causa do falecimento do ex-governador Eduardo Campos, Padilha afirmou que tem se dedicado a reuniões internas e à gravação do programa eleitoral.

Segundo o candidato, além de destacar sua biografia, seu período no ministério de coordenação do ex-presidente Lula e sua passagem pelo Ministério da Saúde, o programa eleitoral deve ter imagens de todos os que o apoiam. "Certamente ao longo do programa vai ter todos aqueles que me apoiam. Tenho orgulho de mostrar que estou junto da presidente Dilma, que ela está junto comigo. Tenho orgulho de mostrar o prefeito Haddad, todos os prefeitos, a prefeita Marta (Suplicy), o prefeito (Luiz) Marinho", disse.

Críticas a Alckmin

Durante a visita ao CAPS, Padilha criticou a falta de interesse do governo do Estado, comandado pelo seu adversário Geraldo Alckmin (PSDB), em realizar parcerias para estender o modelo de atendimento psicossocial. "Se fosse esperar o governo do Estado, não ia ter nenhum CAPS 24 horas", disse, destacando que o modelo é feito em parceria entre governo federal e prefeituras.

Padilha afirmou que seu programa vai reforçar essas parcerias. "Queremos mostrar que o que o PT fez nas prefeituras e no governo federal tem ajudado a mudar o Estado de São Paulo. Queremos mostrar que as conquistas que São Paulo teve nos últimos anos têm relação direta com o governo federal e com as prefeituras", afirmou.

Campos

Padilha confirmou que irá para Recife no enterro de Eduardo Campos e disse que o ex-governador era "como se fosse um irmão mais velho". "Somos filhos do governo Lula, ganhamos musculatura política no governo Lula, então não tinha condição de fazer nenhuma agenda externa", disse.

A presidente Dilma Rousseff decidiu suspender atividades de campanha por três dias ao ser informada da morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. A informação foi passada há pouco pelo comitê de campanha da presidente. Segundo a assessoria, na haverá atividades nós próximos três dias em Brasília e nenhum outro Estado.

Ainda não há definição sobre a participação da presidente no Jornal Nacional, da TV Globo, que estava programada para hoje, mas a agenda também deve ser cancelada. Dilma avalia ainda se fará algum tipo de pronunciamento, como presidente, sobre o acidente.

##RECOMENDA##

Padilha

O candidato ao governo do Estado de São Paulo, Alexandre Padilha (PT), lamentou a notícia sobre o falecimento do ex- governador Eduardo Campos. "Infelizmente acabei de ser avisado. É uma tragédia" disse, ao fazer uma visita de campanha em um hospital na Penha, zona leste de São Paulo.

"O ex-governador Eduardo Campos foi meu colega durante o governo do presidente Lula, conheço a esposa, os filhos, vou suspender qualquer outra agenda", disse. "Temos que dar conforto à família."

Padilha destacou a passagem de Campos pelo governo do ex-presidente Lula. "Quando eu fui ministro da coordenação política acompanhei (Campos) desde o início", diz. "É uma tragédia e grande perda para nós. É um político de uma nova geração, da minha geração."

O candidato ao governo pelo PT, Alexandre Padilha, prometeu nesta quarta-feira, 6, que, se eleito, vai dobrar o número de habitações construídas por meio do programa Minha Casa, Minha Vida no Estado de São Paulo. "O governo federal já tem contratadas ou em construção 600 mil casas, me comprometo a construir mais 700 mil casas em quatro anos", afirmou, durante ato de campanha em Diadema, no ABC paulista.

Padilha recebeu de representantes de associações de moradia popular uma série de reivindicações e fez mais promessas. "Dessas 700 mil, me comprometo que 200 mil serão para a faixa de renda de 0 a 3 salários mínimos", disse.

##RECOMENDA##

O candidato criticou seu adversário e atual governador Geraldo Alckmin (PSDB), por não cumprir o repasse obrigatório de 1% do ICMS para a habitação. "Quero ser governador para cumprir o que está na lei" disse. Segundo Padilha, a estimativa é que cerca de R$ 1,8 bilhão pode ser repassado para o setor.

Ele afirmou que fará mais parcerias com entidades sociais que lutam pela moradia, lembrando que ex-governador tucano Mario Covas tinha por hábito manter diálogos com estes grupos, o que, segundo ele, foi interrompido por Alckmin. E pretende garantir crédito para a compra de áreas para a construção de habitação. "Podem começar a procurar terreno", afirmou para o público formado por militantes, representantes das associações de moradia, além de moradores do conjunto habitacional Nova Naval, construído com recursos federais, para abrigar famílias em área de risco.

Durante sua visita ao conjunto habitacional, Padilha cumpriu o ritual de candidato: posou para fotos, abraçou crianças, até empurrou um garoto no balanço e entrou em três residências. Antes disso, o petista fez uma caminhada em Diadema, acompanhado de militantes e encontrou poucos eleitores para cumprimentar. Pela manhã, visitou três fábricas na região.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma agenda de campanha nesta terça-feira (5) ao lado do candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, que relembrou seus velhos tempos de metalúrgico e sindicalista. O ato foi na porta da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo (SP). Ao lado de Padilha, Lula esperou a saída do turno das 16 horas e cumprimentou os cerca de 4 mil funcionários, apresentando o candidato petista.

Depois de cumprimentar os funcionários e tirar "selfies" com vários trabalhadores, Padilha e Lula fizeram um breve discurso em cima de um caminhão de som. Em sua fala, Lula, que se desculpou por estar gripado e disse que falaria pouco para poupar a voz, afirmou que o candidato petista não deve se preocupar com as pesquisas - hoje o Padilha aparece com 5% das intenções de voto - e exaltou o público de trabalhadores. "Estar de volta à porta da fábrica é um motivo de alegria para mim", disse o ex-presidente. "Você, Padilha, vai sair daqui percebendo que as pesquisas não significam nada e que a campanha está só começando", disse. "Acompanho pesquisa e nunca me assustei", completou.

##RECOMENDA##

O ex-presidente afirmou que o PT fará uma campanha limpa e sem ofensas, mas indiretamente teceu críticas ao atual governador e candidato à reeleição Geraldo Alckmin (PSDB). "Eles ficam preocupados se vai faltar energia lá em Brasília, mas aqui debaixo no nariz deles está faltando água", disse. Lula voltou a dizer que São Paulo e a candidatura de Padilha são "prioridades" em sua vida e rebateu as críticas de que o candidato seria um novo 'poste' eleitoral dele. "Gostamos de poste, pois os postem acendem a luz", ironizou.

Falando para um público pequeno, já que a maior parte dos trabalhadores já havia deixado o local, Lula garantiu que os metalúrgicos irão manter a tradição de votar no PT. "Esse povo não vota em candidato que tenha qualquer vínculo com empresários", disse. Segundo o ex-presidente, Padilha ganhou no ato de hoje "o oxigênio da 'peãozada'" para seguir firme em sua campanha.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando