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O setor privado está vivendo um ambiente desfavorável para os investimentos, de acordo com o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Simão. "O ambiente está hostil para os empresários", afirmou, citando excesso de burocracia, inflação alta, intervencionismo do governo e leis trabalhistas consideradas arcaicas.

A crítica de Simão ao ambiente de negócios ocorreu durante a cerimônia de abertura da Feicon Batimat, feira de materiais de construção. O evento também conta com participação do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Mauro Borges.

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Simão deu o exemplo de um estudo encomendado pela entidade apontando que a burocracia responde por 12% a 31% dos custos de uma obra. "Quem paga por isso é o consumidor, que também tem que esperar mais para receber o empreendimento".

O presidente da CBIC fez reclamações sobre as leis trabalhistas, consideradas obsoletas na sua opinião, e citou ainda que a nova lei anticorrupção representa uma ameaça indevida a empresários.

Por fim, Simão fez duras críticas a economistas e representantes de setores que apontam para a existência de uma bolha imobiliária no País. "Ou são pessoas ignorantes ou agem de má fé", frisou. Segundo ele, uma bolha só ocorreria se houver descontrole nas concessões de crédito para compra e construção de imóveis, o que não ocorre, segundo ele. "Mais recursos para o setor imobiliário significam menos recursos para outros setores. Isso pode estar causando ciúmes", afirmou.

Quem passou pela Rua Leonardo Bezerra Cavalcante, em frente ao Museu Murillo La Grecca, no bairro do Parnamirim, na tarde deste domingo (9), encontrou uma cena inusitada. Diversas pessoas aproveitaram o clima agradável para usufruir de uma estrutura praiana montada às margens do Rio Capibaribe. Cadeiras, lanches, redes e mergulhos compõe o cenário da ação encabeçada pelo projeto Praias do Capibaribe, que promove estes encontros mensalmente para que os cidadãos recifenses tomem consciência da importância do rio, ainda tão esquecido por muitos.

Além da “praia”, que contou com uma piscina flutuante e uma bola gigante de plástico para divertir os presentes, os que participaram desta edição do Praias do Capibaribe puderam conferir uma projeção de vídeos que também teve como objetivo promover a conscientização ambiental, além de entrevistas com pessoas ligadas ao tema.

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De acordo com a cocriadora do Praias do Capibaribe, Bruna Pedrosa, 31, o projeto é uma forma de fazer com que as pessoas tomem o Rio como patrimônio imaterial e como símbolo da cidade, já que ele atravessa todo o Recife. “Este deveria ser um ponto de encontro dos cidadãos, porque pertence a todos os recifenses. Além disso, queremos aproximar as crianças do Rio para que elas comecem a cuidar dele desde cedo, só assim a cidade começará a cuidar deste espaço”, explica.

A musicoterapeura Ledjane Sara, 42, levou o filho Romeu, de seis anos, para aproveitar a tarde perto do Rio. “Viemos para nos apoderar dos recursos naturais da nossa cidade, que, infelizmente, estão cada vez mais mal tratados. Este projeto faz com que a gente enxergue a cidade com outros olhos e comece a cobrar dos gestores a qualidade de vida que merecemos”, afirma.

A dupla de amigas Natália Sampaio, 34, e Gabriela Cabral, 32, também acredita na possibilidade de reverter a situação do Rio. “Nós reunirmos aqui dá um novo olhar para o Capibaribe que está tão abandonado e cheio de lixo. Muitos olham para o Rio como algo morto, mas eu acredito que este espaço é recuperável”, afirma Natália.

Gabriela, por sua vez, lamentou não ter levado a filha de oito anos para aproveitar a intervenção. “Este é um ambiente super agradável e na próxima edição vou trazer minha filha para que ela reflita sobre os novos locais que ela pode estar aproveitando na cidade”, finaliza. 

Os 7 bilhões de habitantes do mundo geram, por ano, cerca de 1,4 bilhão de toneladas de resíduos urbanos, mas só metade da população é atendida pela coleta desse lixo. Os números fazem parte de levantamento da Iswa (Associação Internacional de Resíduos Sólidos, na sigla em inglês) ainda inédito e passado com exclusividade para o jornal O Estado de S.Paulo. O estudo mostra que metade da população do mundo, concentrada em países da África, do sudeste asiático e da América Latina, não tem nenhum tipo de coleta de resíduos. Eles calculam que seria necessário um novo investimento de US$ 40 bilhões somente para conseguir resolver essa etapa, sem contar reciclagem, compostagem, etc.

E isso se for agora. Se o mundo continuar adiando ações nesse sentindo, a solução vai ficar mais complexa e mais cara. O trabalho calcula que em 2050, quando se estima que a população mundial chegará a 9 bilhões, o salto de produção de lixo será ainda maior, para 4 bilhões de toneladas de resíduos urbanos.

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"A produção de lixo está crescendo muito rapidamente, não só porque a população está crescendo, mas está se tornando mais rica. Estamos consumindo mais", afirma David Newman, presidente da Iswa.

"Fica claro que temos uma confusão. E ela está nos países mais pobres. A confusão é que muito do lixo que não está sendo coletado está indo para os rios, se acumula nas cidades, causa doenças, acaba nos mares. Dez milhões de toneladas de plástico vão para os oceanos todos os anos", complementa.

Os US$ 40 bilhões conseguiriam resolver a coleta da 1,4 bilhão de toneladas de resíduos, o que significa que o custo pode triplicar em 40 anos, se nada for feito agora. Para o Brasil, que tem uma meta, estabelecida pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, de até julho do ano que vem acabar com lixões, a conta aponta que são necessários R$ 6,7 bilhões em um ano para resolver a coleta e destinação dos nossos resíduos.

"Na última década a população no Brasil cresceu 9,65% e a geração de resíduos, 21%. A projeção para 2042 é que teremos 230 milhões de habitantes, 15% a mais que hoje. Se o padrão de aumento da geração de resíduos se mantiver, ela vai crescer 30%. O dobro do crescimento da população", comenta Carlos Silva, presidente da Abrelpe, parceira da Iswa no Brasil.

Depois da forte chuva de sábado (23), o Autódromo de Interlagos amanheceu sob tempo nublado, mas com a pista seca neste domingo (24). A poucas horas do início do GP do Brasil de Fórmula 1, marcado para as 14h, o traçado está praticamente todo seco, apesar da previsão de tempo ruim para o decorrer do dia.

Os termômetros do circuito marcam 20 graus, com umidade de 78%. A expectativa é de que a temperatura siga variando de 18 a 22 graus, com boas chances de pancadas de chuva durante a corrida. É provável que a prova exija dos pilotos variações constantes de pneus intermediários e de chuva. No momento, contudo, o sol desponta ainda sem força entre as nuvens.

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"Ainda não choveu, mas a chance é grande. Temos que ficar prontos para qualquer situação. Aqui tudo pode acontecer, tanto no seco quanto no molhado", projetou Felipe Massa, logo ao chegar no autódromo. Em sua despedida da Ferrari, o brasileiro aposta no seu conhecimento da pista para minimizar as variações do tempo. "Dá certa vantagem, claro. Será um extra, uma força a mais".

O piloto também conta com o apoio dos torcedores para fazer bonito em Interlagos. "O sentimento é sempre bacana. Dá para sentir a energia de toda a torcida chegando na pista. Até no farol, onde algumas pessoas estavam vendendo bonés, as pessoas me deram força. É sempre especial correr aqui e a energia é sensacional", afirmou o brasileiro.

A previsão é de que as arquibancadas de Interlagos fiquem cheias neste domingo, mas não lotadas. No sábado, a organização do GP registrou a presença de 49.822 pessoas no autódromo, ainda que houvesse muitos trechos vazios no circuito.

Ainda há ingressos disponíveis para quase todas as áreas do autódromo, com exceção dos setores D e F, e do Star Lounge, na área VIP. O valor dos bilhetes varia de R$ 525 a R$ 2.720.

Assim como aconteceu na sexta-feira, o Autódromo de Interlagos amanheceu neste sábado sob chuva. Com o asfalto molhado, os pilotos vão encontrar no terceiro e último treino livre e na definição no grid as mesmas condições enfrentadas nas sessões livres de sexta. A classificação para o GP do Brasil está marcada para as 14 horas.

Os termômetros do circuito marcam 19 graus nesta manhã, antes de os carros entrarem na pista, às 11 horas, para o último treino livre. Na pista, a temperatura é de 20 graus, com umidade de 85%. A chuva é leve, mas constante. Fãs de Fórmula 1 se protegem com capas e agasalhos nas filas para a entrada no autódromo.

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O tempo ruim não preocupa Felipe Massa, que chegou cedo ao circuito. O brasileiro disse estar preparado para a chuva e mostrou confiança antes de disputar sua última corrida pela Ferrari. "Vivo a expectativa de correr em casa com a torcida, família e amigos por perto. É impossível não passar pela cabeça que é a última parte da minha história com a Ferrari", disse o piloto nesta manhã.

Nas arquibancadas, o movimento já é maior do que na sexta, quando 13.830 torcedores compareceram para assistir aos primeiros treinos. Ainda há ingressos disponíveis para quase todas as áreas do autódromo, com exceção dos setores D e F, e do Star Lounge, na área VIP. O valor dos bilhetes varia de R$ 525 a R$ 2.720.

Poucos fãs de Fórmula 1 verão os primeiros carros na pista do Autódromo de Interlagos neste fim de semana. Sob leve chuva, o primeiro treino livre do GP do Brasil conta com baixo público nas arquibancadas do circuito de São Paulo, na manhã desta sexta-feira.

No primeiro treino livre, os pilotos vão encontrar a pista úmida por causa da chuva que caiu sobre a capital paulistana durante a madrugada. O mau tempo, que continua a molhar o traçado, derrubou a temperatura. Os termômetros registram 19 graus, contra os quase 30 da tarde de quinta. Na pista, a temperatura é de 20 graus, com umidade de 82%.

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A previsão é de que a chuva permaneça na sexta e sábado, com mínima de 17 graus. Para o domingo, deverá haver pancadas de chuva ao longo do dia, provavelmente durante a corrida, com largada às 14 horas. O mau tempo na prova brasileira já virou tradição no calendário da Fórmula 1.

De acordo com a organização da prova, ainda há ingressos disponíveis para os três dias da etapa. Somente os setores D e F já estão esgotados, assim como o Star Lounge, da área VIP. os tíquetes podem ser adquiridos nas bilheterias do Autódromo, das 7h às 17h nesta sexta e no sábado. No dia da corrida, a venda será encerrada ao meio-dia.

O ano de 2013 pode ser um dos dez mais quentes desde que esse dado começou a ser registrado, em 1850, anunciou nesta quarta-feira (13), a Organização Mundial Meteorológica (WMO, na sigla em inglês) durante evento na Conferência do Clima da ONU, em Varsóvia (Polônia), com o objetivo de informar os negociadores sobre a situação do planeta.

Os primeiros nove meses deste ano - os dados por enquanto só estão disponíveis até setembro - se equiparam com 2003 como o sétimo mais quente do período, com a temperatura da terra e da superfície do oceano cerca de 0,48°C acima da média registrada entre 1961 e 1990.

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O período de janeiro a setembro foi mais quente que os mesmos períodos em 2011 e 2012, quando houve a ocorrência do fenômeno La Niña, contribuindo para esfriar o planeta. Seu oposto, o El Niño, foi o desencadeador de alguns dos anos mais quentes, como 2010 e 1998, mas, até setembro deste ano, nenhum dos dois fenômenos foram observados.

A região do planeta que mais sentiu o aquecimento neste ano foi a Austrália, onde as temperaturas foram mais extremas, chegando a bater os 50°C. O dado é citado em um curioso momento: a Austrália voltou atrás nos seus planos de reduzir 25% de suas emissões de gases de efeito estufa até 2020 e disse que vai cortar apenas 5%, agindo contra recomendações de sua própria agência, de diminuir pelo menos 15% de CO2.

Eventos extremos - De acordo com o relatório, o problema não é somente a elevação da temperatura, mas como isso afeta também o ciclo de água, observado nas recentes secas, chuvas extremas e inundações. O secretário-geral da WMO, Michael Jarraud, citou o caso da recente devastação das Filipinas pelo tufão Haiyan, o mais forte a atingir o país, apenas um ano após passar pelo também intenso tufão Bopha.

"Apesar de ciclones tropicais sozinhos não poderem ser atribuídos às mudanças climáticas, o nível mais alto do mar deixa as populações costeiras mais vulneráveis a tempestades." De acordo com o relatório da WMO, o nível do mar tem subido desde 1993, quando a medição teve início, a uma taxa média de 3,2 milímetros/ano.

Brasil - Segundo o estudo divulgado em Varsóvia, o Brasil sentiu neste ano temperaturas mais elevadas no Nordeste. O trabalho também confirma que o índice de chuvas ficou muito abaixo da média na região, o que levou à ocorrência da pior seca dos últimos 50 anos na região. O déficit de chuva, de acordo com informações do levantamento, é o pior desde que os registros tiveram início, em 1979.

A 19ª Conferência do Clima da ONU (COP), em Varsóvia, na Polônia, começou nesta segunda-feira (11), com discursos emocionados, que fizeram a maior parte das delegações se manifestar com preocupação sobre sinais de que mudanças climáticas já acontecem. Mas sem nenhum indicativo mais concreto de que ações mais impactantes serão tomadas.

O tufão Hayan levou o principal negociador filipino, Yeb Sano, às lágrimas na sessão de abertura da COP. Sano lembrou que ficou dois dias tentando saber notícias da família e afirmou que até o momento, o irmão dele, que estaria sem comida, ajudava a empilhar corpos. O poder devastador do tufão não tem precedentes na história, mas as Filipinas já sofrem há anos com eventos climáticos extremos. Em 2012, nessa mesma época, também houve um furacão na região, e Sano tentou apelar para o compromisso moral de todas as nações com o que acontece.

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Nesta segunda-feira, ao pedir por metas mais ambiciosas de redução das emissões de gases de efeito-estufa, assim como por financiamento para medidas de adaptação e de compensação para os países que já sofrem com as mudanças climáticas, ele declarou que faria jejum ao longo de toda a conferência, em homenagem às vítimas, mas também para pressionar por mais ações. Muito emocionado, desafiou aqueles que não acreditam na realidade da mudança climática, que visitem as Filipinas neste momento. Após a fala de Sano, houve aplausos e três minutos de silêncio em homenagem aos filipinos.

O discurso ecoou. O embaixador brasileiro José Antônio Marcondes de Carvalho, que lidera o time de negociadores do País, afirmou que todos ficaram tocados pelo que aconteceu. "É uma importante lembrança para todos os países agirem, imediatamente, e cortarem suas emissões. E se comprometerem com adaptação e meios de implementação", disse.

Perdas e danos - A expectativa de negociadores dos países em desenvolvimento é que as tragédias possam impulsionar as discussões em torno de um mecanismo de "loss and damage", algo como pagar uma compensação para aqueles que já sofrem perdas e danos. Essa ideia foi acertada em linhas gerais na COP passada, mas, apesar do apelo, outros diplomatas afirmam acreditar que isso só ficará para 2015, quando todos os países têm de chegar a um novo acordo climático global que seja válido para todas as nações e entre em vigor em 2020. Também nos bastidores, é possível ouvir que, apesar dos discursos emocionados, a trágica passagem do tufão não deve ter um efeito realmente prático na negociação.

Como o objetivo é de conscientizar recifenses e turistas sobre a importância da limpeza da praia e preservação do meio ambiente, a Prefeitura do Recife (PCR) lançou, neste domingo (3), uma nova versão do programa Praia Limpa. O projeto seguirá orientando a população até abril do próximo ano, sempre aos domingos.

Durante este período, serão distribuídas dois milhões de sacolas ecológicas, 159 mil pulseiras de identificação para crianças e 1.350 camisas de proteção UV para barraqueiros, em um trecho com 7 km que vai de Brasília Teimosa ao Hotel Atlante Plaza, em Boa Viagem.

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O trecho beneficiado está identificado por sete cores diferentes: vermelho, azul, laranja, rosa, amarelo, branco e verde. Essa sinalização foi implantada para representar as 159 mil pulseiras que serão distribuídas para as crianças. O material contém um espaço para o nome e o telefone dos responsáveis pelos pequenos, o que facilitará a localização dos pais, caso as crianças se percam.

Para realizar os serviços, a PCR disponibilizou 90 trabalhadores para o Praia Limpa: 60 atuarão na areia e os outros 30 no calçadão. Eles se dividem entre os serviços de fiscalização, varrição e limpeza. À noite, um trator equipado com uma ciscadeira acoplada fará a limpeza da faixa de areia, removendo os detritos localizados em uma profundidade de até 20 centímetros.

De acordo com o prefeito Geraldo Julio, o sentimento de cuidado com a praia que o programa desperta deve tomar conta da cidade para que o Recife se torne mais saudável. “Já verificamos avanços em relação à limpeza aqui em Boa Viagem. Mas, o Município como um todo ainda precisa melhorar. Precisamos avançar muito com educação ambiental, como estamos fazendo com essa iniciativa”, pontuou Geraldo Julio.

Com informações de assessoria

A Marinha informou que um navio abandonado na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, apresenta risco de vazar óleo combustível e pediu, junto ao Instituto Estadual do Ambiente do Rio (Inea), ajuda à Transpetro para evitar que a embarcação, batizada de Angra Star, cause um acidente ambiental.

"A Transpetro, respeitando a sua tradição de empresa socialmente responsável e comprometida com a preservação do meio ambiente, prontamente aceitou o pedido de ajuda das duas instituições", informou a Transpetro, em nota, nesta terça-feira (17).

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Ambientalistas que atuam na região do Parque Estadual Cunhambebe, no Sul Fluminense, consideram que o assassinato do biólogo espanhol Gonzalo Alonso Hermandéz, nas imediações do parque, seja um caso de morte anunciada. Hernández, que tinha 49 anos e estava há pelo menos uma década fixado ali, vinha se indispondo com pessoas que praticavam crimes ambientais.

O corpo dele foi encontrado boiando perto de uma cachoeira, no distrito de Lídice, em Rio Claro, na manhã de terça-feira, 06. Na cabeça havia marcas de tiro. Maria de Lurdes Pena Campos, de 48 anos, mulher do biólogo, que trabalha no Rio e só passava os fins de semana em Lídice, disse à polícia que o marido brigava frequentemente com caçadores e palmiteiros clandestinos. O sítio do casal fica numa área isolada vizinha ao parque.

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Mariana Vilar, da Instituto Terra de Preservação Ambiental, instituição que trabalha na área, contou que, ainda assim, ele não tinha medo. "Existe uma insatisfação da comunidade pela forma como o Hernandéz defendia os ideais dele. Fazia fiscalização, mas não tinha poder de polícia. Nós, da área ambiental, estamos muito vulneráveis. As leis existem, mas não o aparato de segurança", disse Mariana.

Um amigo militante foi categórico: "Foi uma tragédia anunciada", disse o ativista, que, com medo, preferiu que seu nome não fosse publicado. "Ele tentava convencer as pessoas na base da conversa, mas às vezes tirava fotos dos crimes ambientais. Era muito aplicado no que fazia, inflexível, e, por isso, estava visado."

Hernandéz, segundo ambientalistas, não recebera ameaças diretas, mas tinha desafetos. Ele protegia a nascente e fazia o monitoramento da vazão do Rio das Pedras, um dos afluentes do Rio Piraí, importante para o sistema de abastecimento de água da Região Metropolitana da capital. Além disso, catalogava espécies de animais presentes no parque.

Uma câmera utilizada para o acompanhamento hidrológico, posicionada no caminho que o assassino teria feito para atacá-lo, pode ajudar a polícia na elucidação do crime. O delegado Marco Antônio Alves vê conexão direta entre as denúncias feitas por Hernández e o assassinato.

Os crimes ambientais mais comuns no parque, que se estende por quatro municípios (Rio Claro, Angra dos Reis, Mangaratiba e Itaguaí), são caça e queimada. É comum a autuação de pessoas que devastam para uso agropecuário e também a apreensão de armas de fogo, armadilhas para animais e de aves silvestres mantidas em cativeiro.

A fiscalização é difícil porque são 38 mil hectares. Terceiro maior do Estado, o parque, de remanescentes de Mata Atlântica, existe desde 2008 e abriga espécies ameaçadas de extinção. A área é turística e atrai praticantes de esportes de aventura, como caminhada, voo livre e escalada, pois há trilhas, cachoeiras, paredões e picos.

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Na noite desta terça (18), a capital pernambucana recebeu o mais novo restaurante com referências portuguesas: a Casa dos Bárbaros. Com um ambiente descolado e descontraído, o estabelecimento abriu suas portas, no Bairro de Boa Viagem, para aguçar não só o paladar, mas todos os sentidos dos pernambucanos. 

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“A proposta da Casa dos Bárbaros é sentir o verdadeiro sabor da comida com as mãos”, afirmou João Barbosa, sócio da casa, junto com outros dois sócios também portugueses, Francisco Silva e Filipe Cotrim. Com o lema Celebre a vida, a Casa dos Bárbaros traz uma comida temperada e saborosa com um leve toque português, além do cardápio enxuto recheado de grelhados associados aos diversos molhos, como gorgonzola, cerveja e poivre.

A pitada portuguesa vem com a tradicional comida de panela, a Chanfana, prato feito com carne de carneiro regada ao vinho tinto, bifana à moda do Porto. O carro chefe da casa fica por conta do Galeto dos Bárbaros – galeto com corte especial temperado com o molho dos bárbaros. Além dos pratos, bebidas como chopp, cerveja, vinho da casa, sangria, champanhada e caipirinha.

Com um ar cosmopolita, o estabelecimento é decorado com materiais recicláveis assinado pelo arquiteto Humberto Zípoli. A cozinha é aberta e comunga com o salão com capacidade para 150 pessoas, que podem se acomodar em mesas e balcões. 

Para os interessados, a Casa dos Bárbaros funciona de segunda a domingo, a partir do meio-dia. Além disso, nas quintas-feiras possui animação com DJ’s locais. 

Serviço

Casa dos Bárbaros

Av.Domingos Ferreira, 4255 – Boa Viagem

(081) 8235 2312   

   

Dois vazamentos de óleo na Bacia Amazônica, uma no Rio Negro, nas proximidades de Manaus, e outra no Napo, na selva equatoriana, deixaram o governo brasileiro em alerta. A Capitania dos Portos do Amazonas abriu inquérito para apurar o derramamento de diesel nas instalações da Transpetro na última segunda-feira, 3. Em outro acidente, de maior proporção, no dia 31, da Petroecuador, o rompimento de uma tubulação formou uma mancha negra que atinge dezenas de comunidades nativas no Equador.

A Capitania dos Portos do Amazonas deverá divulgar nota na quinta-feira, 6, para dar detalhes do acidente no Rio Negro, que já estaria controlado. Antes mesmo que a informação sobre o vazamento na Transpetro chegasse a Brasília, o governo montava uma força tarefa para impedir que o rompimento do oleoduto da Petroecuador, na amazônia equatoriana, atingisse as águas do Rio Solimões, no Estado do Amazonas.

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A embaixada brasileira em Quito foi informada pela empresa que 6.800 barris de óleo vazaram de uma tubulação, nas margens do Napo, afluente do Solimões, após a queda de uma barreira durante as chuvas que atingiram o País no último dia 31.

Na noite desta quarta-feira, 5, representantes da Marinha, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e Petrobras avaliavam, no Rio, medidas para conter a entrada da mancha de óleo na parte brasileira da bacia amazônica.

O Estado de São Paulo vai ganhar nesta quarta-feira, 5, Dia Mundial do Meio Ambiente, mais três unidades de conservação de espécies significativas da fauna e flora nacionais. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) assina decretos de criação de três Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) que vão somar 56,37 hectares às reservas ambientais já protegidas do Estado. As RPPN são áreas de relevância natural e ambiental que os proprietários se comprometem a preservar para a realização de pesquisas científicas, atividades de educação ambiental e, possivelmente, exploração turística.

A RPPN Parque do Zizo, em São Miguel Arcanjo, tem área de 9,1 hectares, mas faz parte de uma área maior, com cerca de 300 hectares, já preservada pela família de Francisco Fogaça Balboni. A unidade fica no alto da Serra de Paranapiacaba e faz divisa com o Parque Estadual de Carlos Botelho, habitat de espécies raras, como mono-carvoeiro, onça-pintada e anta. O parque nasceu da vontade da família de preservar a memória de Luiz Fogaça Balboni, o Zizo, militante morto pela ditadura. A verba com que a União indenizou a família foi usada para a compra e manutenção do parque.

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Outra unidade, a RPPN Reserva do Jacu, com 3,5 hectares, fica em Atibaia e faz parte da Área de Proteção Ambiental do Sistema Cantareira. A reserva de mata atlântica está inserida no Monumento Natural da Pedra Grande, conhecida formação geológica de granito, num dos pontos mais altos do município. Já a RPPN Reserva dos Muriquis, com 43,7 hectares, no município de São José dos Campos, faz parte da Área de Proteção Ambiental São Francisco Xavier, na Serra da Mantiqueira. A região, de belas paisagens, é formadora de nascentes e mantém grupos de muriqui ou mono-carvoeiro, primata ameaçado de extinção.

O mundo sofre um déficit de líderes e essa situação pode ser catastrófica para o ambiente. O alerta é de Mikhail Gorbachev, ex-líder soviético que hoje, aos 82 anos, dedica seu tempo à causa ambiental. Em uma conversa com um pequeno grupo de jornalistas internacionais, entre eles o Estado, o último chefe da União Soviética disse que o mundo perdeu uma "enorme oportunidade" nos últimos 20 anos de promover uma transformação internacional e, agora, líderes terão de promover uma "perestroika e uma glasnost", mas no campo ambiental.

Seu governo em Moscou, no final dos anos 80, foi marcado por essas duas palavras: glasnost (transparência) e perestroika (reforma).

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"O modelo de crescimento das economias não é sustentável. Precisamos de uma nova perestroika, mas uma perestroika sustentável." Para Gorbachev, o consumo "não pode mais ser o motor do desenvolvimento econômico". "Já ficou claro que isso não funciona."

O russo também insistiu na necessidade de promover maior transparência em decisões dos governos. "É inaceitável que líderes forcem planos sobre populações sem considerar suas consequências para as vidas das pessoas." Ele, porém, admite que o confronto entre ambientalistas e outros grupos não se limita ao plano ideológico.

"Não estamos falando em idealismos. Sabemos que existem batalhas reais entre grupos de interesse", admitiu. "Mas chegou o momento de agir e defendo até mesmo que se crie um tribunal ambiental internacional que possa ter a capacidade de julgar crimes." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério do Meio Ambiente decretou estado de emergência ambiental em 19 Estados e no Distrito Federal por conta da ameaça de queimadas e incêndios florestais no País nos próximos meses. A portaria, publicada nesta quarta-feira, 17, no Diário Oficial, é renovada desde 2008 para garantir a contratação emergencial de até 2,5 mil brigadistas em áreas potencialmente expostas.

Apenas sete Estados não entraram na lista: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Alagoas e Rio Grande do Norte. Em um primeiro momento, áreas em 14 Estados entrarão em alerta até o fim do ano - Ceará, Pernambuco, Paraíba, Sergipe e Roraima serão incluídos só no segundo semestre.

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O diretor de proteção ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Luciano Evaristo, diz que inicialmente serão contratados 1,6 mil brigadistas. "Daremos treinamento de uma semana para os selecionados, que ficarão de prontidão para atender às ocorrências", explica. "O restante será chamado se for necessário."

Com informações obtidas pelos programas de prevenção e monitoramento, é feito um mapa dos pontos ameaçados. "No meio do ano, por exemplo, parques nacionais como Veadeiros e Araguaia, no Cerrado, sofrem pressão muito forte do fogo e certamente teremos ocorrências", explica Evaristo. "A gente tem uma ideia de onde podem vir as ocorrências acompanhando o histórico de desmatamento, mas qualquer sujeito pode tocar fogo em uma determinada área."

Novo foco. Segundo ele, neste ano o foco não serão os municípios, mas áreas relevantes do ponto de vista da conservação. "Daremos prioridade a 18 terras indígenas, 35 unidades de conservação e 21 assentamentos extrativistas onde há um histórico de ocorrências." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A disputa da Chevron contra a decisão de uma corte equatoriana referente a uma ação de danos ambientais naquele país teve um novo capítulo, desta vez nos Estados Unidos. A Stratus Consulting, principal consultoria ambiental dos demandantes no processo que tramita contra a Chevron no Equador, confirmou a existência de ações de fraude e extorsão no trâmite legal. Ao mesmo tempo, informou que falta embasamento científico para o pedido de indenização apresentado contra a companhia norte-americana.

O caso tem repercussão no Brasil porque, após uma decisão contrária à Chevron, no valor de US$ 19 bilhões, advogados norte-americanos e equatorianos tentam validar perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ) a decisão do país sul-americano. A Chevron possui ativos no Brasil como a participação de 51,74% no Campo de Frade, cuja retomada de operações foi autorizada recentemente pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A produção no local está suspensa desde março de 2012 devido a vazamentos de óleo.

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Segundo comunicado distribuído nesta sexta-feira pela Chevron, a Stratus "detalha a participação da empresa e dos advogados dos demandantes na elaboração do laudo pericial de danos ambientais assinado pelo perito judicial Richard Cabrera, supostamente independente". Dessa forma, a companhia reitera a posição de que a decisão da Justiça do Equador foi obtida de forma fraudulenta. No começo de março, a Agência Estado noticiou que a Chevron havia solicitado ao STJ que rejeitasse os esforços de advogados norte-americanos para validar no Brasil a sentença bilionária do Equador.

"Estamos satisfeitos com a decisão da Stratus de revelar a verdade. Pedimos que outras pessoas com conhecimento da fraude cometida no julgamento no Equador se apresentem e façam o que é certo", destacou em nota o vice-presidente e conselheiro-geral da Chevron, Hewitt Pate.

As declarações dos executivos da Stratus foram prestadas em depoimentos juramentados, como parte de uma ação ajuizada pela Chevron nos Estados Unidos em fevereiro de 2011 para discutir supostas "fraudes e extorsões", ocorridas no processo equatoriano. O julgamento dessa ação está previsto para 15 de outubro.

As investigações sobre o andamento do processo no Equador põem em dúvidas a legalidade da decisão da Justiça daquele país. Dessa forma, também podem ter reflexos na intenção dos advogados de solicitar ao STJ que valide a decisão equatoriana no País. Além do Brasil, os demandantes entraram com ações na Argentina e Canadá, países nos quais a Chevron possui ativos.

A discussão envolve a Texaco Petroleum, subsidiária indireta da Chevron, e uma investigação sobre danos ambientais cometidos por uma empresa da qual a Texaco detinha participação - controlada pela estatal Petroecuador. Segundo a Chevron, a Texaco teria "remediado sua parcela dos impactos ambientais na década de 90", postura que teria feito o Estado equatoriano eximi-la de qualquer responsabilidade adicional. Esse programa para remediar foi feito na segunda metade da década de 90 e contou com investimentos de US$ 40 milhões em iniciativas de replantio de áreas, limpeza de solo contaminado e fechamento de poços, entre outras ações.

A despeito da decisão anunciada pela Justiça equatoriana na oportunidade, advogados retomaram as discussões sobre os danos ambientais cometidos pela empresa e, em um processo marcado por dúvidas de fraudes e extorsões, obtiveram a decisão bilionária contrária à Chevron.

A rede de proteção social que inclui programas de transferência de renda dos governos federal e estaduais tornou menos dramáticos os impactos da seca no cotidiano da população do Nordeste, mas ainda é incapaz de impedir que a economia local entre em verdadeiro colapso durante períodos de longa estiagem. A avaliação é de pesquisadores e autoridades ouvidas pela reportagem, que identificou em Pernambuco, Bahia e Alagoas uma realidade atenuada, porém, ainda bastante difícil para o sertanejo que enfrenta a maior seca das últimas décadas na região.

Na terça-feira passada, em visita a Fortaleza (CE), a presidente Dilma Rousseff afirmou que, graças às ações de seu governo e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "a face da miséria nessa região não foi acentuada tão perversamente pela estiagem".

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Para o professor João Policarpo Lima, do Departamento de Economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a aposentadoria rural e projetos como o Bolsa Família e o Bolsa Estiagem dão às famílias do campo, de fato, uma alternativa à produção agrícola quando as condições climáticas ficam desfavoráveis. Mas a quebra de safras e a morte de rebanhos provocam efeitos duradouros na economia local.

A estimativa é que a estiagem provocou no Estado governado por Eduardo Campos (PSB), possível presidenciável em 2014, a redução de 710 mil cabeças de rebanho bovino - sendo que 150 mil morreram e o restante foi abatido precocemente. A bacia leiteira estadual sofreu queda de 72% na sua produção.

Na passagem por Fortaleza, Dilma anunciou pacote de R$ 9 bilhões para medidas emergenciais de enfrentamento da seca no Nordeste. Porém, prefeitos de municípios do semiárido baiano e produtores agrícolas do Estado lamentaram o que chamaram de "superficialidade" das ações anunciadas pela presidente durante reunião da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Os administradores das cidades afetadas pela estiagem, liderados pela União dos Municípios da Bahia (UPB), resolveram criar um "Movimento dos Sem-Água" e prometem marchar até Brasília para cobrar "medidas objetivas e duradouras" para enfrentar a crise. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A substituição da pastagem convencional por sistemas integrados de produção - que agrupam lavoura, pecuária e florestas em uma mesma extensão de terra - seria suficiente para que a agricultura cumpra seu papel na meta de redução de gases de efeito estufa no País até 2020.

Como parte do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC), foram coletadas amostras de solos em quatro regiões brasileiras para comparar o potencial de sequestro de carbono (quantidade que deixaria de ser emitida) com base em diferentes tipos de manejo. No Sudeste, a variação de gás carbônico que deixaria de ser emitido para a atmosfera chega a 40%.

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O estudo Mitigando Emissões de Gases na Agricultura: Bases para o Monitoramento do Programa ABC foi feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria com a Unicamp. Também foram analisadas as Regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste. O objetivo foi quantificar os estoques de carbono em áreas que adotaram sistemas de Integração Lavoura-Pecuária (ILP), Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e Agroflorestais (SAF). "O potencial de retenção de carbono no solo varia, dependendo do bioma. É maior no Sul que no Nordeste, por exemplo, por conta das variações de clima e temperatura", diz Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária.

No Sul, áreas de pastagem convencional retêm 20% a menos do que as que adotaram o sistema ILPF. No Centro-Oeste, essa variação foi de 6%, índice semelhante ao verificado no Nordeste. O período mais adequado entre uma medição e outra, segundo o estudo, é de cinco anos. "O principal entrave para a adoção de outros tipos de manejo é o sistema de crédito, que hoje privilegia e financia a monocultura", explica Assad. "Os juros para o Plano ABC são maiores e afugentam os pequenos produtores." Até dezembro, a Embrapa espera concluir o estudo em solos da região amazônica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os 2.906 lixões oficialmente existentes no País precisam ser fechados até agosto de 2014, segundo determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos, mas a situação atual nos municípios é "dramática, em muitos casos de abandono, por falta de investimento público", avalia o procurador Sávio Bittencourt, presidente da Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa).

Segundo ele, a questão foi definida como prioritária pela entidade, que realiza seu congresso anual a partir do próximo dia 17, em Vitória (ES). Lá, promotores da área ambiental de todo o País serão incentivados a priorizar o tema dos resíduos sólidos e do saneamento básico em seus Estados. "Há prazos e esses prazos serão cobrados dos gestores públicos", diz Bittencourt. "O que estamos querendo é fomentar soluções. Os municípios que quiserem terão o Ministério Público como parceiro numa articulação. Não dá para deixar tudo para a última hora e dizer que não deu tempo."

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A promotora Isabela Cordeiro, dirigente do Centro de Apoio de Meio Ambiente e Urbanismo do MP do Espírito Santo, diz que foi preparada em conjunto com o Tribunal de Contas uma portaria definindo metas para revisão dos contratos de lixo, implementação de coleta seletiva e destinação final adequada no Estado. Há 105 lixões mapeados no Espírito Santo. O objetivo é discutir com as prefeituras um modelo a ser adotado.

Segundo Isabela, o foco da estratégia do MP é evitar a judicialização. "O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) é um instrumento extra judicial em que as partes acordam prazos para sanar uma não conformidade. Nosso foco será assinar esses termos. Obviamente o município não pode ser obrigado a fazer isso. Se não assinar, aí vamos ter de entrar com ações de improbidade e criminais." Segundo a Abrampa, haverá treinamento para as comarcas e distribuição de kits para fundamentar as ações.

Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), existem 2.906 lixões distribuídos em 2.810 municípios do País, mais da metade do total. O problema é mais grave em cidades de pequeno porte e na Região Nordeste. De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), são necessários R$ 70 bilhões para transformar todos os lixões do País em aterros sanitários até 2014. A entidade reclama da "falta auxílio financeiro para que as prefeituras cumpram as determinações da lei".

Paralelamente à questão da recuperação dos lixões, os municípios precisam começar a fazer a coleta seletiva, que é ínfima no País. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 17,9% das cidades a realizam, principalmente no Sul e no Sudeste. Mas isso na maioria das vezes só ocorre em alguns bairros e precariamente. "Um grande volume de resíduos vai para o lixo desnecessariamente. Não adianta ser uma coisa impositiva. Precisamos mobilizar a sociedade a aderir. Teremos campanhas de educação ambiental", diz a promotora capixaba.

No caso do Rio, o governo promete acabar com os lixões dentro do prazo, mas até o fim do ano passado apenas 4 dos 92 municípios fluminenses tinham concluído seus planos de resíduos sólidos. Em novembro, o secretário do Ambiente, Carlos Minc, comemorou no Twitter: "Fechamos todos os lixões da Baía de Guanabara, retirando um Maracanã de chorume por semana de suas águas." Nesta terça-feira, porcos fuçavam detritos em um lixão na Praia da Luz, em São Gonçalo, em um manguezal às margens da baía. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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