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Diferente do entendimento de ambientalistas, a governadora de Pernambuco Raquel Lyra (PSDB) entende que a construção da Escola de Sargentos em Aldeia, na Região Metropolitana do Recife (RMR), trará ganhos ambientais ao estado. O investimento de R$ 1,8 bilhão deve ser anunciado pelo presidente Lula (PT) nesta sexta (19).

A gestora destacou que os impactos causados pela construção do equipamento vem tendo amplo debate. "A gente tem o compromisso do Governo Federal de que não haverá perdas ambientais. Muito pelo contrário, haverá ganhos. E a gente tem discutido isso num grupo de trabalho com diversas secretarias, o Fórum Socioambiental de Aldeia e o Ministério da Defesa", disse Raquel.

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O presidente do Fórum Socioambiental de Aldeia, Herbert Tejo, apontou que, apesar da criação do grupo de trabalho, não houve acordo em relação à pauta ambiental. "Um grupo de trabalho foi instalado, mas não houve construção de um acordo. O Exército ainda não concordou em iniciar o reflorestamento antes de desmatar. Vamos saber o que eles têm a dizer", afirmou Tejo, que deve acompanhar a apresentação com mais detalhes do projeto na tarde desta quarta (17).

O Greenpeace é uma organização não governamental que atua em escala global. Como objetivo do movimento, tem como principais chaves a proteção do meio ambiente e da biodiversidade. A história do coletivo começou em 15 de setembro de 1971, promovendo ações não-violentas com o objetivo de conscientizar, em médio e longo prazo, a população sobre os impactos ambientais, além de pressionar autoridades públicas e órgãos privados a agirem em prol da mudança.

A origem do movimento remonta a um grupo de 12 ativistas norte-americanos, originários do estado da Colúmbia Britânica (EUA), que rumaram até a ilha de Amchitka, no Alaska, para demandar o fim dos testes com armas nucleares. O barco de pesca alugado para o transporte do grupo foi denominado “The Greenpeace”, assim, surgia o nome do movimento que seria preservado até os dias de hoje.

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Poucos meses após a primeira missão da organização, em 1972, houve uma resposta do governo norte-americano, que pôs fim nos testes nucleares na Antártida. Desde então, a organização começou a atrair um maior número de adeptos e mobilizando-os a se envolver em diversas causas de cunho ambientalista local, regional e global. À época, as principais pautas do movimento eram:

A pesca de baleias;

O avanço do desmatamento na Amazônia;

O uso de agrotóxicos;

A poluição dos oceanos;

A construção de novos reatores nucleares;

Os combustíveis fósseis e outros problemas que têm impacto negativo de médio e longo prazo no equilíbrio ambiental.

Nos dias de hoje, o Greenpeace é formado por 26 organismos independentes (coordenados pelo Greenpeace International), que desempenham atividades em 55 países, reunindo 2500 funcionários e mais de 15 mil voluntários. No Brasil, as atividades da ONG tiveram início há 30 anos, coincidindo com a ECO-92.

O governo do Peru pediu neste domingo (23) ajuda internacional para conter um vazamento de 6 mil barris de petróleo no litoral. O óleo foi lançado ao mar quando um petroleiro descarregava na refinaria La Pampilla, localizada 30 quilômetros ao norte de Lima. O desastre foi resultado da violência das ondas que atingiram a costa peruana após o tsunami causado pela erupção de um vulcão no arquipélago de Tonga, no Oceano Pacífico.

No sábado, 22, o Peru declarou emergência ambiental por 90 dias úteis para realizar "trabalhos de recuperação" na área atingida e mitigar os danos. O incidente deixou pássaros mortos flutuando no mar, cobertos de óleo nas rochas, incapazes de voar, e os pescadores sem poder trabalhar.

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As correntes marinhas espalharam o petróleo ao longo da costa a mais de 40 quilômetros da refinaria, afetando 21 praias, segundo o Ministério da Saúde. O órgão de controle ambiental do Peru calculou que 1,7 milhão de metros quadrados de solo e 1,2 milhão de metros quadrados no mar foram afetados pela massa negra de óleo.

Limpeza

"Estamos fazendo um esforço incansável. Não é uma coisa comum isso acontecer e tentamos fazer o melhor que podemos", afirmou a bióloga Liseth Bermúdez, do Parque das Lendas. "Nunca na história do Peru se viu uma situação semelhante. Não há precedente para um tipo de derramamento na costa peruana. Não acreditávamos que seria dessa magnitude."

Brigadas de limpeza, que têm atuado em Ancón e em outros destinos populares na orla, encontraram enormes manchas de óleo na superfície do mar na baía. O pescador Alfredo Roque disse que as dificuldades devem durar muito tempo, já que uma grande quantidade de peixes recém-nascidos morreu.

Outras pessoas que viviam de atividades ligadas às praias também ficaram sem renda, como donos de restaurantes e funcionários do comércio local. "Não se vende nada. O peixe sai com cheiro de óleo, e as pessoas não compram, têm medo de se envenenar", afirma a vendedora Giovana Rugel, de 52 anos.

Extinção

Um zoológico de Lima está tentando salvar aves marinhas ameaçadas de extinção após o derramamento de petróleo. Mais de 40 aves, entre elas os pinguins de Humboldt, uma espécie ameaçada de extinção, foram resgatadas em estado crítico das praias e reservas naturais dos distritos de Ventanilla, na Província de Callao e no distrito de Ancón, perto de Lima.

As aves banhadas em óleo foram levadas ao zoológico Parque das Lendas, no distrito de San Miguel, na capital peruana, onde zoólogos e veterinários lutam para salvar suas vidas e remover o óleo de sua plumagem.

A Repsol, dona da refinaria onde ocorreu o vazamento, afirma que não foi responsável pelo desastre, já que as autoridades marítimas peruanas não emitiram alertas sobre um possível aumento das ondas após a erupção em Tonga. A empresa espanhola, que entregou um plano de contenção ao governo, disse que espera concluir, até o fim de fevereiro, a limpeza das áreas afetadas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio) divulgou um edital, nesta segunda-feira (29), com intuito de preencher 171 vagas para os cargos de analista ambiental e técnico ambiental. O certame é voltado para profissionais de nível médio e superior e oferece remuneração de R$ 3.605,34 a R$ 8.089,64. As inscrições podem ser realizadas de 3 a 23 de dezembro por meio do site da banca avaliadora.

No ato da inscrição, será cobrada uma taxa de R$ 104 para os cargos de nível superior e R$ 72,80 para o nível médio. O período para solicitar a isenção da taxa é o mesmo da inscrição. As 171 vagas estão distribuídas da seguinte forma: 61 vagas para analista ambiental e 110 para técnico ambiental. 

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Para estar apto a participar, o candidato precisa comprovar por meio de certificados reconhecidos seu nível de graduação de acordo com o cargo que almeja. O processo será composto por provas objetivas, com conhecimentos básicos e específicos para cada cargo, e provas discursivas a serem aplicadas no dia 6 de fevereiro de 2022. 

A divulgação do edital que informará a disponibilização da consulta dos locais de prova está previsto para 31 de janeiro de 2022. A data do resultado não foi divulgada até o momento. Para mais informações, acesse o edital.

 

As avaliações da população com relação às áreas de atuação do governo federal tiveram uma piora em dezembro, segundo pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta quarta-feira, 16, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A queda segue a tendência registrada na avaliação geral da população com relação ao governo do presidente Jair Bolsonaro.

A pesquisa revela que o índice de pessoas que reprovam o governo na gestão do meio ambiente subiu para 59% ante 57% registrado em setembro. A aprovação da atuação do governo Bolsonaro na área de meio ambiente variou de 37% para 36%. Em dezembro de 2019, a aprovação do governo nessa área chegou a 40%. Nos últimos meses, com o avanço das queimadas na Amazônia e no Pantanal, o Brasil virou alvo de críticas e pressão por parte dos investidores estrangeiros, ruralistas e ambientalistas por respostas contra a destruição das florestas.

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Das nove áreas pesquisadas, quatro registraram queda no porcentual de avaliação, entre setembro e dezembro, acima da margem de erro da pesquisa de dois pontos porcentuais para cima e para baixo: segurança pública, saúde, taxa de juros e combate à inflação.

Com relação à área de combate à fome e à pobreza, houve queda também na avaliação sobre a atuação do governo, mas no limite da margem de erro, ou seja, de quatro pontos porcentuais. A aprovação da população sobre a gestão do governo no combate à fome e à pobreza ficou em 44%, enquanto outros 53% desaprovam a atuação do Executivo federal.

Segurança pública tem aprovação de 44% da população, segundo a pesquisa, uma queda de 7 pontos porcentuais em relação a setembro. A parcela dos que desaprovam a atuação do governo federal nessa área chegou a 53%. Em setembro, essa era a única área aprovada por mais da metade da população. Mas, ainda assim, destaca a pesquisa, a segurança pública continua sendo a área melhor avaliada, empatada com combate à fome e à pobreza.

A atuação do governo no combate à inflação caiu da quinta para a sétima posição no ranking das mais bem avaliadas, com 33% de aprovação. Nas últimas colocações continuam impostos e taxas de juros, cada área com 70% de desaprovação.

A CNI-Ibope foi realizada entre os dias 5 e 8 de dezembro, com 2 mil pessoas em 126 municípios. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

O desembargador Murilo Kieling, da 23ª Câmara Cível do Rio de Janeiro, manteve nesta quarta-feira a suspensão da audiência pública que iria discutir o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) do projeto de construção do novo autódromo do Rio. O novo circuito é cotado para receber o GP do Brasil de Fórmula 1 a partir de 2021.

Kieling rejeitou recurso do Estado do Rio que pretendia anular decisão anterior, da juíza Neusa Regina Larsen, da 14ª Vara da Fazenda Pública. Na quarta passada, ela havia suspendido a realização da audiência virtual, marcada para esta quinta-feira, dia 28, ao atender ação civil demandada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).

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"Em vista do exposto, indefiro, rebus sic stantibus, o pedido de efeito suspensivo. Ademais, as razões declinadas pelo ente público Agravante não demonstram que a imediata e integral produção de efeitos da decisão agravada irá acarretar risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e sendo assim, eis que necessária a integração do contraditório e da ampla defesa", escreveu o desembargador em sua decisão.

Mesmo sem caráter decisório, a audiência pública é um dos passos para que o EIA/Rima do projeto de construção do autódromo receba autorização ambiental para ser erguido. No encontro, agora suspenso, as entidades e pessoas interessadas no caso poderiam debater e discutir os possíveis efeitos ambientais das obras do circuito, no bairro de Deodoro.

A decisão do desembargador afeta diretamente o cronograma da construção do autódromo definido pela Rio Motorpark, liderada pelo empresário JR Pereira. Isso porque a audiência é essencial para os seguintes passos na tramitação do relatório ambiental no Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

É a partir da audiência que são contados 10 dias para que interessados apresentem questionamentos quanto ao projeto, que podem ser incorporados ao processo de licenciamento. "Em seguida, a equipe técnica do Inea avaliará todas as manifestações apresentadas para, então, emitir parecer técnico final com vistas à Procuradoria do Inea", explicou o Instituto, em nota recente ao Estadão. Somente após o parecer técnico final, em caso de aprovação, é que a Rio Motorpark poderá iniciar as obras.

Na semana passada, a juíza Neusa Regina Larsen alegou que a realização da audiência pública não era essencial neste momento de pandemia e crise na saúde pública do Rio. "É fato notório a situação de emergência na saúde pública do estado do Rio de Janeiro e que somente apresenta-se razoável a prática de atos efetivamente necessários", alegou a juíza.

"No que pese o objetivo da audiência pública por meio eletrônico ser o estudo do impacto ambiental, tal ato gerará despesa que, no momento, apresenta-se desnecessária, principalmente para o fim a que se destina, que é a construção de espaço esportivo que não beneficiará a população em suas necessidades prioritárias. (...) O Estado não tem conseguido, sequer, comprar os medicamentos objeto de sentença transitada em julgado e, no caso de sequestro de verba, na conta indicada pelo próprio ente estadual para esta finalidade, as ordens judiciais têm retornado negativas."

O Rio de Janeiro disputa com São Paulo pelo direito de sediar o GP do Brasil de Fórmula 1 a partir de 2021. O atual contrato da capital paulista com a F-1 se encerra neste ano. Em razão da pandemia e das mudanças no calendário do campeonato deste ano, São Paulo corre até o risco de não receber a prova desta temporada.

Ao mesmo tempo, o Rio vem tendo dificuldades em obter a aprovação da licença ambiental para iniciar a construção do novo autódromo. Apesar destes obstáculos, ambas as cidades dizem estar em situação avançada em suas negociações com a cúpula da F-1. Inicialmente, a categoria havia colocado o mês de agosto deste ano como prazo para tomar sua decisão quanto ao futuro do GP brasileiro. Mas o adiamento do campeonato deste ano, em razão do novo coronavírus, deve adiar ainda mais a definição sobre o GP nacional de 2021.

Cães e gatos estarão disponíveis para a adoção no Parque Santana, em Casa Forte, Zona Norte do Recife, a partir das 9h do próximo sábado (6). Ao todo, 40 animais esperam por um novo lar nessa ação que segue até às 16 horas.

O projeto chama-se "Prefiro Bicho" e está sendo realizado, pela primeira vez, com a expectativa de que maioria dos pets consigam a adoção. Alguns desses bichos são do Centro de Vigilância Ambiental (CVA). 

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Os organizadores do evento afirmam que todos os animais serão entregues castrados e vermifugados. Os filhotes que ainda não estiverem castrados terão suas esterilizações agendadas pela equipe. 

Para adotar um pet o interessado tem que ser maior de 18 anos, sendo necessário levar documento de identificação, comprovante de residência, além de ter que assinar um termo de adoção - se responsabilizando pelo animal. 

Duas toneladas de camarão sete-barbas foram apreendidos pela Polícia Militar Ambiental na madrugada desta segunda-feira (17). Os frutos do mar estavam sendo pescados ilegalmente em uma área de proteção da Marinha, na Praia Grande, São Paulo.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), uma equipe marítima do 3º Batalhão de Polícia Ambiental (BPAmb) realizava patrulhamento no local quando flagrou a embarcação. Em abordagem, foi constatado que os tripulantes não possuíam autorização do órgão ambiental competente para a pesca.

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Equipamentos utilizados para a prática e a embarcação foram apreendidos pela polícia. Todo o pescado foi recolhido e doado para instituições beneficentes e carentes da região, segundo afirma a SSP. O responsável pelo barco foi autuado em flagrante e submetido a multa de quase R$ 82 mil.

O estouro da barragem de rejeitos controlada pela Vale do Rio Doce, em Brumadinho, em Minas Gerais, está sendo considerado por muitos uma tragédia anunciada: três anos antes, em Mariana, no mesmo Estado, foi o maior desastre ambiental do país deixando 19 mortes e muita devastação. Por meio do Instagram, a apresentadora Fátima Bernardes questionou quantas mais vidas serão sacrificadas. 

“De novo, uma tragédia. De novo, pessoas inocentes perdem as vidas. O que foi feito depois do desastre ambiental de Mariana, MG, há três anos? Quantas mais vidas serão sacrificadas? Não há explicação que conforte a dor de tantas famílias”, lamentou acrescetando a hashtag #investigacaorigorosa e #tristeza. 

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Alguns internautas comentaram a publicação da apresentadora afirmando que não foi uma tragédia e, sim, um crime ambiental. “Não foi tragédia. Tragédia é um tsunami, um vulcão em erupção, foi crime ambiental mesmo. Um risco que toda barragem corre e que a empresa sabe. Aconteceu mais uma vez”, comentou a apresentadora Astrid Fontenelle. Fátima rebateu as opiniões. “Amigos, o fato de ser um crime ambiental não descarta a tragédia que se abateu sobre essas famílias”. 

Na madrugada deste sábado (26), o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais divulgou que o rompimento da barragem em Brumadinho já causou nove mortes. De acordo com a corporação, o número de desaparecidos pode chegar até 355 pessoas. 

Badoque apontado para um sanhaço que voa pela última vez, João é só um garoto de 14 anos prestes a se arrepender. Quis a desatenção na pontaria que ele errasse justo aquela pedra. “Ele caiu vivo no chão, com uma das asas inutilizadas. Eu resolvi levar para casa e cuidar. Foi naquele momento que decidi nunca mais caçar”, conta, hoje adulto, João Batista da Silva, que ainda chora ao lembrar do hábito abandonado de matar passarinhos com os amigos. Depois de prestar serviços ao Parque Estadual Dois Irmãos, na Zona Norte do Recife, em diversas funções por três anos, o destino reservou ao agora tratador a irônica atribuição de cuidar de cerca de 60 aves do zoológico. “Recolho as fezes, troco água delas, ponho a comida e dou muito carinho”, brinca. 

Também é de João a missão de garantir que Antônia e Tomás, o casal de araras canindé do zoológico, aceitem bem seus exames e medicações, caso venham a ser necessárias, sem a utilização de uma abordagem violenta. O tratador entra no recinto com algumas sementes de girassol, saboroso lanche para a espécie, e reveza os chamados entre um e outro, que já atendem bem pelo nome. “Faço um treinamento com elas para estabelecer contato físico. Tomás é muito bravo, gosta muito de me beliscar. Antonia não, Antonia é mais tranquila, não é nega?”, acarinha a ave.

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"O amor que me mudou", diz João sobre o trabalho. (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

Dono de uma paciência monástica, João aceita bem seu carma. O ex-caçador tira por menos as inúmeras bicadas que recebe durante os treinamentos e prefere destacar os prazeres do trabalho. “É muito bom trabalhar com animais. Foi depois de vir para o zoológico que comecei a abrir a cabeça para a natureza”, comenta. Atencioso com os visitantes curiosos com os detalhes acerca de cada animal, João discorre sobre a idade e tamanho médio, bem como sobre curiosidades acerca do plantel da instituição. “Nossa águia chilena ainda tem alojada em uma das asas uma bala atirada por um caçador. Também tem um tucano que perdeu uma asa em cativeiro. Com esses aí, a gente precisa ter ainda mais cuidado. É muito triste, quando me lembro que matava aves, dá uma coisa ruim, remorso”, lamenta.

Na possibilidade de trabalhar com educação ambiental, ainda que indiretamente, o tratador “paga” pelos erros do passado com muita dedicação. “Eu aprendi o amor com as aves, que me fez mudar tudo. O amor que me mudou”, conclui. 

Interagir para educar

Treinamento de Sinistro atrai atenção dos visitantes. (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens) 

Se algumas de suas colegas estampam fotos dos namorados em suas redes sociais, a estudante de medicina veterinária Jéssica Mikaele prefere exibir suas amizades um tanto exóticas. Ela aparece “abraçada”, por exemplo, por Kevin, a salamanta do Parque Dois Irmãos, com quem garante ter desenvolvido grande afinidade. “A gente faz um condicionamento com ele para educação ambiental. Ele já aceita bem o toque”, comemora o progresso do trabalho. A ideia, contudo, não é viabilizar o simples registro de fotos do público com a cobra. “A gente busca utilizar algumas espécies que as pessoas temem para a sensibilização delas. Muitas serpentes são mortas porque as pessoas têm medo ou acham que são todas venenosas. Ainda há também quem jogue pedra nas corujas por acreditar que elas trazem ‘mau agouro’”, completa a médica veterinária Luciana Rameh. 

No zoológico há pouco mais de um ano, Jéssica também é responsável pelo treinamento do gavião asa de telha Sinistro. Paciente, a garota veste sua luva de couro na mão esquerda, onde sinistro é acomodado, se posiciona entre algumas árvores e faz o lançamento da ave. “Tomo distância enquanto ele voa e faço o chamado de volta com o apito ou o comando de ‘venha’”, explica Jéssica. 


 Condicionamento ocorre a partir da técnica da falcoaria. (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

Sinistro responde ao chamado, ávido pela recompensa por sua obediência. “Antes do treino, preparo a comida dele, retirando o trato gastrointestinal de camundongos abatidos. Cada vez que ele volta para a luva, recebe um pedacinho de carne”, comenta a tratadora. Poucos minutos de treino são o suficiente para atrair a atenção dos visitantes do zoológico, sobretudo das crianças, para as quais a ave em seu imponente voo parece ser mais interessante do que as dezenas de outras presas ao seu redor. “Quando Sinistro atrai as pessoas nos possibilidade de falar para elas sobre as espécie e sua importância. Juntos, contribuímos para que esse público cresça respeitando os animais”, comemora. 

De visitante a tratador

Das crianças de sua geração que frequentaram o zoológico, Adriano José Evelino foi a mais privilegiada. O Parque Dois Irmãos havia se tornado uma extensão de sua casa desde que seu tio assumiu a função de tratador do chimpanzé Sena, que o garoto poderia observar de perto durante seu condicionamento e alimentação. “Alguns anos depois, fui fazer um trabalho no açude e o diretor me chamou pela primeira vez para ser tratador, mas não aceitei. Só depois do meu casamento topei a vaga. O primeiro animal do qual me encarreguei foi Sena”, lembra. 

 

 Desde de criança, Adriano já acompanhava de perto o trabalho do tio, que era tratador. (Chico Peixoto/LeiaJáImagens)

Atualmente com sessenta anos de idade, o primata já era considerado idoso e passou a apresentar tosse constante. “Avisei ao médico, era tuberculose. Ele ficou isolado e cabia a mim dar a medicação. Iam me buscar em casa às uma da manhã para dar a medicação a Sena”, conta. O tratamento progrediu, Sena venceu a tuberculose e Adriano ganhou um amigo. “Acho que ele me teve como um companheiro mesmo. Quando eu e outros tratadores íamos tirar ele do recinto, só confiava em dar as costas para mim. Até hoje, tem muito ciúme de mim com outros animais”, completa.

Também foi de Adriano a responsabilidade de assumir o condicionamento do incontrolável Pota, hipopótamo que já conhecia dos tempos em que apenas o observava o trabalho do tio. “Ele não respondia a nenhum tratador até que o diretor me pediu ajudar. Pota já tinha arrancado quase todas as grades de proteção e jogado dentro do tanque. Medo nunca tive, porque se você respeita os limites do animal, ele respeita o seu”, comenta. Adriano entrou no recinto e retirou as grades da água. “Senti muito a perda dele quando morreu”, lamenta. 

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Vazio, o recinto do hipopótamo buscava um novo morador até que a administração do parque soube do hipopótamo recém-nascido no zoológico da cidade de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Sem estrutura para receber mais um filhote, a instituição cedeu o animal. Batizado de Balofo e apelidado de Pota, em homenagem ao antecessor, o hipopótamo chegou a Dois Irmãos com apenas dez meses de idade, o que reforçou as saudades da mãe. “Ele começou a interagir com a gente, ficamos perto dele. Antes, parte do público achava que a gente destratava os animais, porque os comandos eram no grito. Agora a gente usa um aparelho que emite um click”, coloca. 

Luciana Rameh comemora o bom funcionamento da tecnologia. “O som funciona junto à recompensa positiva, ou seja, dar ao animal que obedece uma coisa de que ele que gosta”, explica. Se o lanche é a ferramenta mais atrativa do tratador com a maioria dos animais, com Balofo, um curioso hobby também funciona bem. “Ele adora escovar os dentes, é um carinho, um prazer para ele. Então ele facilita o procedimento porque sabe que vai receber esse agrado”, acrescenta a veterinária. 

 Adriano costuma escovar os dentes do hipopótamo. (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

Assim, um animal associado à violência em diversas culturas, gentilmente abre a boca sempre que Adriano se aproxima com a escovinha. “É muito gratificante, porque você acha que sabe de tudo, mas nunca sabe. Todo dia chegamos cedo, olhamos os recintos, colocamos água, comida e conferimos se as fezes estão normais, o animal se apega a você. Além disso, tenho algo que ninguém pode tirar de mim: o conhecimento que vou passar para os meus filhos e os visitantes”, afirma. 

A maior tragédia ambiental do Brasil - que completa dois anos neste domingo, 5 - deixou, no rastro do mar de lama que se espalhou por 650 quilômetros entre Minas Gerais e Espírito Santo, 19 mortos, a localidade de Bento Rodrigues (em Mariana) submersa, as de Paracatu de Baixo (também em Mariana) e Gesteira (em Barra Longa) destruídas e perdas imateriais que continuam doendo em seus moradores. Desde então, as festas religiosas, as partidas de futebol descomprometidas, o bate-papo com os vizinhos e o trabalho na roça se esvaíram.

As cerca de 300 famílias desalojadas pela lama que se alastrou com o rompimento da barragem do Fundão, da mineradora Samarco, vivem agora na área urbana da Mariana, apartadas umas das outras, e enfrentam a hostilidade de muitos moradores da cidade (que ganharam novos vizinhos de uma hora para outra) e seus próprios demônios. A cena mais marcante é o distrito de Bento Rodrigues: uma localidade fantasma, com escombros e lama. Dos 19 mortos, 14 eram trabalhadores e 5, moradores locais.

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Durante uma semana, a reportagem percorreu locais centrais da tragédia em Minas e no Espírito Santo e conversou com pessoas que foram diretamente atingidas pelo rompimento. Apesar do risco de desmoronamento, ex-moradores voltam periodicamente ao local.

"Eu venho quando quero e ninguém me impede. Eles (Defesa Civil) sabem que, se eu achar algo que era meu, vou pegar", conta a agricultora Marinalva dos Santos Salgado, de 45 anos, que teve a casa soterrada e continua à procura de uma agenda que o marido deixou. "Ele viajava muito a trabalho. Estava doente, mas não me contava pelo telefone, só escrevia. Ele me deu a agenda e morreu três dias depois."

O rompimento da barragem do Fundão em 5 de novembro de 2015 atingiu muito mais gente que os mortos e suas famílias: um total de 500 mil pessoas. Estima-se que, com o rompimento da barragem, 39,2 milhões de m³ de rejeitos de minério tenham percorrido os Rios Gualaxo do Norte, Carmo e Doce até desembocar no Oceano Atlântico. O tsunami de lama afetou diversas comunidades ribeirinhas mineiras e capixabas pelo caminho. Contaminou a água, tirou o trabalho de pescadores que dependiam dos rios para sobreviver, matou animais e plantas.

Após o rompimento da barragem, um Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC) assinado entre a Samarco e suas controladoras, Vale e BHP, com a União e diversas autarquias federais e estaduais, criou a Fundação Renova, responsável pela reparação dos danos decorrentes. As ações passaram a ser definidas pelo Comitê Interfederativo, que reúne também órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Agência Nacional de Água (ANA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do governo federal.

À espera

Até agora, poucos foram indenizados. Boa parte dos pagamentos - 70% a pescadores - ainda está em negociação. A Fundação entregou pouco mais de 8 mil cartões de auxílio financeiro, que é pago mensalmente, a cerca de 20 mil pessoas. O reassentamento das vilas está marcado para 2019, mas as obras nem começaram.

Dos R$ 11,1 bilhões previstos até 2030 no orçamento da Fundação, R$ 2,5 bilhões foram gastos. Além de um processo criminal contra 22 pessoas, que está paralisado por ordem judicial, há ao menos outros 74 mil em andamento, além de uma ação civil pública que reúne os atingidos em Bento Rodrigues.

A previsão de recuperação total dos estragos ambientais é 2032. Ainda não há laudos definitivos sobre todos os impactos, e os órgãos monitoram a área afetada para verificar se os peixes estão ou não aptos para o consumo humano e como a quantidade de espécies foi impactada. Os estudos, de acordo com a Renova, devem ser finalizados até o início do ano que vem e compartilhados com os órgãos ambientais.

A Renova cercou 511 nascentes na Bacia do Rio Doce e promete recuperar em dez anos, conforme prazo fixado pelo TTAC, 5 mil nascentes. Ainda há o debate sobre o que será feito com os rejeitos. Na barragem, esse material tinha areia e argila. Depois do rompimento, isso se juntou a solo, sedimento, árvores e o que mais estava no fundo do rio - o que dificulta a destinação dessa mistura.

Após dois anos, ainda há muitas perguntas sem respostas, dúvidas e muito por fazer. Enquanto isso, a mineradora Samarco quer retomar suas operações. Com atividades paralisadas, a empresa tenta provar às autoridades que é capaz de atuar em segurança. Hoje, sobrevive de aportes de suas controladoras, que já destinaram à empresa US$ 430 milhões (cerca de R$ 1,41 bilhão). Antes da tragédia, a Samarco empregava cerca de 6 mil funcionários. Hoje, são 1,8 mil, sendo que 800 estão com o contrato suspenso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na manhã da quarta-feira (17) a polícia militar deflagrou a operação Voo Livre, de fiscalização ambiental, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR). Foram encontrados cerca de 200 pássaros silvestres em situação de irregularidade e sendo utilizados para uma competição de canto. 

De acordo com informações da Polícia Militar, cerca de 150 pessoas estavam presentes na ocorrência. Ao todo, 30 pessoas foram detidas por crime ambiental. Os acusados foram levados para a Delegacia de Prazeres e, caso sejam condenados, estarão sujeitos a uma multa de até R$ 500 ou detenção de seis meses a um ano. 

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Os animais encontrados devem ser encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) para receberem os devidos cuidados e, em seguida, reintegrados à natureza. As aves que estavam sendo mantidas são da espécie Sporophila nigricollis, popularmente conhecido como Papa Capim, Coleiro e o híbrido das espécies.

Através de servidores da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), o LeiaJá teve acesso, com exclusividade, a uma carta aberta do engenheiro de pesca, Assis Lins, enviada no último domingo (9) aos funcionários do órgão. Em uma espécie de depoimento, Lins, que trabalhou durante 19 anos na CPRH, relata os motivos de seu afastamento do cargo na Unidade de Gestão Costeira (UGC) e a sua devolução ao seu orgão de origem, segundo ele, sem nenhuma justificativa técnica. No documento, o engenheiro afirma que o seu afastamento foi motivado por uma repentina mudança de posição da CPRH em relação ao embargo da obra da "Arena Porto", projeto da empresa Luan Promoções e Eventos Ltda.

Detalhadamente, Assis explica como foram os procedimentos para o embargo da obra na praia de Porto de Galinhas, município de Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco. Ele conta que, no dia 7 de novembro de 2016, a presidente da CPRH, Simone de Souza convocou duas gerências para uma fiscalização “urgente, urgentíssima” no local da obra, que já vinha sendo acompanhada pela Prefeitura de Ipojuca, com quem a CPRH tem convênio de cooperação.

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Segundo Assis Lins, a Arena Porto chegou a ser notificada para que em 48 horas obtivesse a licença definitiva para a continuação da parte do aterro da obra. A orientação foi, segundo ele, prontamente aceita pelos responsáveis e a intervenção foi paralisada. Para a surpresa do engenheiro, na mesma tarde, no gabinete da presidência, o diretor de Gestão Territorial e Recursos Hídricos (DGTRH), Nelson Maricevish, recebia uma empresa de televisão reforçando a paralisação por 48 horas até a entrega da licença completa.

“Nesta mesma hora, recebo uma ligação do secretário de Meio Ambiente do município de Ipojuca, Francisco Uchôa, que me questionou o que estaria acontecendo. Informei ao secretário da paralisação temporária e que, assim que fosse emitida a licença completa, seria desembargada a obra”. A obra havia sido licenciada pela Prefeitura de Ipojuca, assim como em outros casos da mesma natureza.

Ainda no mesmo dia, de acordo com o relato de Assis Lins, um fato causou estranhamento. “No final da tarde, Ângelo Leite (outro técnico que tinha participado da vistoria) indagava a falta de uma reunião de toda a equipe e diretoria, para analisar e avaliar o caso. Falava que estava surpreso pelo fato de ter sido chamado para assinar outra versão de relatório de vistoria e que não identificava o meu nome na equipe”.

Lins explica na carta que um dia depois da vistoria, Nelson Maricevish anunciou que a analista ambiental e assessora especial da presidência, Cinthia Lima, havia encontrado resquícios de restinga (vegetação que protege a região litorânea) e que o embargo passou a ter prazo indeterminado. Cinthia também haveria estabelecido uma multa de R$ 600 mil reais pelo impacto ambiental. “Alertei que havia muita fragilidade nessa informação, e mostrei uma imagem aérea de 1974 do local, com a clara existência de grandes ilhas com plantio de coco, sem manguezal”, detalha. O estranho é que Cinthia, que faz parte da diretoria de Recursos Florestais e Biodiversidade (DRFB), não havia participado da fiscalização.

Assis finaliza o documento ressaltando que o Ministério Público já teria notado distorções no caso. O engenheiro florestal e superintendente do IBAMA, Francisco Barreto Campelo teria realizado outra vistoria no local acompanhado da promotora, Bianca Azevedo (responsável pelo processo que investigas as irregularidades no embargo a obra da Arena Porto), e confirmado não haver mata de restinga na área. “A justiça já entendeu as distorções e sentenciou para a empresa terminar a instalação do aterro”, afirma.

Termos de declarações

Por conta dessas irregularidades, denunciadas a época a justiça, o Ministério Público abriu inquérito para investigar o caso. O LeiaJá também teve acesso aos termos de declarações dos servidores da CPRH, Assis Lins, Fabíola de Lemos e  Ângelo Leite - responsáveis pela primeira vistoria - feitos para a 2ª Promotoria Cível de Ipojuca, na presença da promotora Bianca Barroso e o promotor André Felipe de Menezes, que confirmam o relato feito na carta aberta por Assis Lins.

Em depoimento, Fabíola e Ângelo também afirmaram que Cinthia não havia participado da vistoria, tida pelos três como "corriqueira". Porém, a pedido de Simone de Souza, contribuiu na redação do relatório de vistoria. Fabíola ainda disse que este tipo de pedido da presidente era "normal" entre os técnicos da CPRH. Além disso, Ângelo confirmou que não havia característica de restinga - como alegado no relatório editado sem a presença de Assis Lins - e que isso teria sido incluído um dia depois.

Contradição

No dia 2 de fevereiro, o professor de biologia, Ismael Teixeira havia denunciado um crime ambiental na praia de Muro Alto, também no município de Ipojuca. O professor registrou desmatamento numa área de restinga e enviou à CPRH. Na ocasião, o órgão de fiscalização fez vista grossa e afirmou que a responsabilidade seria da prefeitura - mesmo contendo uma placa da CPRH no local, alertando que ali seria uma área de preservação.

No caso da Arena Porto, todo o processo de autorizações e licenças ambientais foi realizado pela Prefeitura de Ipojuca. O que não ficou claro é porque a análise do poder público municipal foi ignorado neste caso.

Confira a carta do servidor na íntegra:

CARTA ABERTA I – AOS FUNCIONÁRIOS DA CPRH

Autor: Assis Lins de Lacerda Filho Engenheiro de Pesca – UFRPE  e Mestre em Oceanografia Biológica - UFPE

Assunto: Esclarecimentos de fatos, que possivelmente, motivaram a minha retirada da gerência e da própria UGC e devolução ao órgão de origem sem justificativa.

Antes de tudo, após duas semanas de férias, resolvi escrever sobre os fatos ocorridos, principalmente, por todos os funcionários dos quarenta anos de existência da Agência Estadual do Meio Ambiente – CPRH, em segundo lugar, pela sociedade pernambucana que pode estar sendo induzida a erros de interpretação de impactos ambientais ocorridos, por desinformação midiática e de redes sociais.

LINHA DO TEMPO:

Para melhor compreensão, iniciei na CPRH, dia 2 de fevereiro de 1998, vindo da FIAM e do mestrado de oceanografia biológica, o Governador Miguel Arrais e o Diretor presidente CPRH era Ricardo Braga e a Diretora da DHN era a Engenheira Civil Simone Souza. Para orientação, tempos da implantação, diagnóstico e zoneamento da APA de Guadalupe, que serviu de modelo para os ZEEC’s Sul e Norte.

Passamos os governos de Jarbas Vasconcelos, Eduardo Campos e hoje Paulo Câmara, para não alongar, relatamos os tempos mais próximos:

No primeiro mandato de Eduardo, ele atraiu para o governo o PV, através da figura do candidato do partido – Sérgio Xavier, criando a SEMAS 2011 e nomeando-o como Secretário.

Ainda no primeiro mandato de Eduardo Campos, 2010 e 2011, a Diretoria já nos colocavam desafios de assumir o licenciamento das dragagens de SUAPE, Rio Beberibe, Rio Capibaribe, Portos do Recife e Noronha, e principalmente para responder aos Ministérios Públicos Federais e Estaduais, todos os processos envolvendo a pesca artesanal, Comitê de Monitoramento dos Incidentes com Tubarões – CEMIT, e outros.

Em 2012, no início do seu 2º mandato, Eduardo Campos faz acordo nacional com o PV e com Marina Silva, no apoio da criação do partido da Rede, com isso, Sérgio Xavier assume a SEMAS e a Presidência da CPRH – no começo desse período, fui nomeado Assessor Especial da Diretoria, por indicação do Diretor Nelson Maricevich - DGTRH.

Já em 2013, Sérgio Xavier, deixa a CPRH e assume na presidência da CPRH o Engenheiro Agrônomo Carlos André Cavalcanti até o final de 2014, nesse período, fui deslocado da Assessoria Especial, para a Gerência da Unidade de Gestão Costeira (1.3.2014) inclusive, com apelos da Diretoria, em razão dos grandes problemas criados durante as últimas gestões, e que, meu perfil de conciliador e conhecedor da área costeira do Estado, poderia corrigir ou vários conflitos da Gerência.

Citamos, apenas alguns exemplos de problemas detectados na UGC, que comprometeram a CPRH e o Estado, sendo:

1 - Utilizavam da estratégia de assinatura coletiva, todos os membros da gerência da época assinavam todos os relatórios e principalmente, documentos para os Ministérios Públicos (Federal e Estadual), essa coletividade, atrapalhava as ações da Justiça e Ministérios, ficava mais difícil de identificar os responsáveis pelas decisões;

2 - Foram produzidos relatórios de monitoramentos, em áreas de importante projeto, com objetivo de subsidiar o Grupo de Trabalho do EIA/RIMA e a equipe da APA de Guadalupe na análise dos impactos previstos, o problema, é que o Relatório de Monitoramento (RTM SMAI/UGC nº 01/2013, 9/7/2013), ele alimentou os analistas e técnicos da Agência, com informações distorcidas dos ambientes que envolvem o projeto, alterou completamente o ZEEC Sul, e os ecossistemas foram mudados de estuário para rio e curso d’água, o que gerou uma confusão técnica e jurídica, e foi emitido o Indeferimento Ambiental nº 02.13.08.003/82-0, porque a margem de APP foi instituída erradamente, para seiscentos metros (600) inviabilizando o empreendimento; após várias investidas do grupo empresarial, a CPRH reconheceu o erro e provocou outro EIA/RIMA, outro projeto, mais não investigou a origem das distorções técnicas;

3 - Outro problema criado por encomenda externa, foi os autos de infração 767 e 768/2013, para SUAPE com multa de 2.500.000,00 (dois milhões e meio) e da obrigação de fazer grandes estudos ambientais, para informar, esses autos já foram cancelados na Justiça, na PGE, e na própria CPRH. A questão é que o Juiz Federal do Cabo, Dr. Rodrigo Vasconcelos Coêlho Araújo, apensou esse processo do mero, ao processo principal e mais antigo, que investiga os impactos de SUAPE a pesca artesanal (Autos nº 0005552-13.2011.4.05,8300 Classe: 1 – ACP MPF e réu a CPRH), fato esse, que induziu o Juiz Federal ao erro de avaliação técnica e jurídica, que na legislação consta como crime, induzir a Justiça ao erro. O Juiz proferiu sentença, SUAPE questionou e entrou com defesa, espera-se que a PGE se posicione e ajude a Justiça corrigir o erro;

Importante ressaltar, que como gerente da UGC, atendemos no segundo semestre de 2014, a engenheira civil e consultora Simone Souza, com esclarecimentos sobre intervenções no porto de SUAPE para instalar uma grande termoelétrica, a profissional ficou satisfeita e aliviada pelas orientações recebidas na UGC, tanto que, quando assumiu a Presidência da CPRH, nos manteve na função de gerente até o dia 7.2.2017, anunciando, a amigos, antes da posse.

Com a eleição de Paulo Câmara, o Carlos André é levado para a Secretaria Executiva da SEMAS e deixa na presidência da CPRH o Engenheiro Agrônomo Paulo Teixeira. Por influência das novas articulações políticas para as eleições municipais de 2016 e seus resultados, o PV reivindicou a indicação da Presidência da CPRH, quando indicam a Engenheira Civil, Simone Souza, iniciando em 1.4.2015.

QUANTO AOS FATOS DA ARENA PORTO:

Sempre com objetivo de informar aos funcionários da CPRH, com informações precisas e comprovadas, para uma avaliação mais ponderada, com respeito às intervenções da Agência Estadual, nas obras de instalação de um centro de convenções e pátio de eventos artísticos, atividade, que estava sendo licenciada pela Prefeitura do Município de Ipojuca, que tem um convênio de cooperação com a CPRH. Sendo assim o ocorrido:

1 – Pela minha função de Gerente da Unidade de Gestão Costeira, de 1 de março de 2014 ao dia 6 de fevereiro de 2017 (quando fui já exonerado do cargo de gerente), já tinha conhecimento da terraplanagem e aterro do espaço, tanto por imagens que amigos enviaram, quanto por passagem pela PE observando os movimentos. Na época ciente da instalação, me comuniquei com técnico da Prefeitura Municipal, que me confirmou estaria sendo licenciada pelo município e seria uma casa de show;

2 – 7.11.16 – dia da vistoria – Segunda, início da semana, chegando à CPRH, como de praxe, minha equipe “O diretor está a sua procura”, imediatamente, o Diretor da DGTRH Nelson Maricevish – o mesmo, por ordem da Diretora Presidente, arregimentou uma equipe, de sua diretoria, para uma fiscalização urgente, urgentíssima. Convocou duas Gerências – a arquiteta Fabíola Valença de Lemos da Unidade de Gestão de Uso do Solo – SGUS e o Engenheiro de Pesca e MSc em Oceanografia Biológica Assis Lins de Lacerda Filho da Unidade de Gestão Costeira – UGC, reforçando a equipe, convoca o Analista Ambiental Engenheiro Civil Ângelo Benean Alves Leite, também da SGUS;

Em campo, constatamos um aterro em curso, com uma base de barro e sendo instalada outra camada sobreposta de brita, atividade que não estava respaldada pela Autorização de Ambiental municipal nº 009/2016 e validade até 20.9.2017, a equipe se dividiu, ficando a Gerente Fabíola dialogando com o engenheiro responsável, e os outros membros circularam todo o aterro, em suas extremidades, executando o registro fotográfico da atividade, além de registro da área de entorno da obra.

No retorno ao canteiro de obras, nos reunimos com o engenheiro e justificamos a paralização cautelar de 48 horas, tempo suficiente para a Prefeitura emitir a licença em definitivo, justificativa prontamente aceita e executada com a paralização da obra;

3 – Quando do retorno do campo – na CPRH, ainda no dia 7.11.16, a paralização da obra já havia gerado repercussão midiática, na mesma tarde, no gabinete da Presidência, o Diretor Nelson, recebia uma empresa de televisão famosa e reforçando a paralisação por 48 horas até a entrega da licença completa. Nesta mesma hora, recebo uma ligação do Secretário de Meio Ambiente do município de Ipojuca, Sr. Francisco Uchôa, que me questionou o que estaria acontecendo, informei ao secretário da paralisação temporária e que, assim que fosse emitida a licença completa, seria desembargada a obra;

No final da tarde do dia 7.11.16, já se observava um movimento estranho, o Analista Ângelo indagava a falta de uma reunião de toda a equipe e diretoria, para analisar e avaliar o caso, e já nos falava que estava surpreso, pelo fato, de ter sido chamado para assinar outra versão de relatório de vistoria, e que já não identificava o meu nome na equipe;

4 – 8.11.17 – dia posterior a vistoria de campo, para minha surpresa, o próprio Diretor Nelson anunciou, que analista ambiental, de outra diretoria, havia encontrado resquícios de restinga, e que o embargo passou a ter prazo indeterminado e se estabeleceu uma multa de R$ 600.000,00 (Seiscentos mil reais) pelo impacto ambiental. Mesmo assim, alertei que havia muita fragilidade nessa informação, e lhe mostrei uma imagem aérea de 1974 do local, com a clara existência de grandes ilhas com plantio de coco, sem manguezal; A outra técnica envolvida foi a Assessora Especial da Presidência, a bióloga Cinthia Lima, que já atuou no setor florestal da CPRH, e que alegava não haver nenhuma possibilidade de instalação do empreendimento na área.

ANDAMENTO DO CASO: 

O próprio MP de Ipojuca, a Promotora Bianca Azevedo, já começou a desvendar as distorções, quando envolveu o IBAMA e seu Superintendente o Engenheiro Florestal Francisco Barreto Campelo, que fez vistoria na área acompanhando a promotora e atestou: Não existia mata de restinga na área. 

O MP de Ipojuca, através da Recomendação Ministerial 01/2017, já indica correções dos fatos, e a Justiça já entendeu as distorções e sentenciou para a empresa terminar a instalação do aterro. 

A todos os funcionários, o que escrevi está proporcional ao declarado no Termo de Declarações, quando convocado pelo MPPE de Ipojuca, junto com todos os analistas que participaram, ou não, da vistoria de campo. Atenciosamente:

Recife, 7 de abril de 2017

Assis Lins de Lacerda Filho

Eng. de Pesca e MSc em Oceanografia Biológica

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A empresa BHP Billiton afirmou que falhas de projeto e outros problemas provocaram o rompimento da barragem da mineradora Samarco. Esta é considerada a maior tragédia ambiental da história do Brasil. Assista à reportagem no vídeo:

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A lama de rejeitos da mineradora Samarco, que chegou ao Espírito Santo após o rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais, no dia 5 de novembro, deixou uma mancha vermelha que já se espalhou por 57 quilômetros ao norte, 17,5 quilômetros ao sul e 18 quilômetros mar adentro no litoral norte capixaba, com impactos para ao menos 317 mil pessoas no Estado. O acidente deixou 15 mortos e quatro desaparecidos.

Além disso, três toneladas de peixes foram recolhidas ao longo do Rio Doce, no Estado, e cerca de 20 ninhos de tartarugas foram removidos da foz do rio, na cidade de Linhares.

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Esse cenário foi visto e descrito pelo fotógrafo, ambientalista e presidente do Instituto Últimos Refúgios, Leonardo Merçon, durante uma expedição às margens do Rio Doce e também ao distrito de Regência, em Linhares, onde fica a foz do rio, no litoral capixaba.

Um mês após a tragédia, Merçon, que lança nesta semana o projeto Lágrimas do Rio Doce, exposição de vídeos e fotografias que retratam a atual situação do rio e regiões afetadas, contou que as consequências do desastre são mais graves do que parecem. Segundo ele, a região é berçário de peixes, crustáceos e pássaros - alguns ameaçados de extinção - e, por isso, a preocupação é grande.

"As pessoas não têm noção. É mais grave do que possam imaginar. O grosso dos rejeitos ainda deve chegar ao Espírito Santo e agravar ainda mais a situação", comentou Merçon.

Segundo ele, o problema não se restringe a ambientes aquáticos. Merçon explicou que a lama de rejeitos engoliu o braço do mar onde ocorre a reprodução das tartarugas-marinhas em Regência. Elas tiveram seus ninhos removidos. Os filhotes também precisaram de uma atenção especial e foram realocados para outros pontos do litoral, que não foram atingidos pela lama. Ainda não se sabe o que pode acontecer com esses animais no mar.

Merçon destacou, no entanto, que não apenas as tartarugas foram vítimas da lama de rejeitos. "Jacarés, capivaras, lontras, bois, cachorros, aves migratórias - todos foram afetados. Estive no Rio Doce uma semana antes da chegada dos rejeitos e vi muitos animais. Ir agora e ver todos mortos é desolador."

Para Merçon, além dos impactos ambientais, a vida das pessoas que dependem do rio também foi afetada. "É absurdo que as pessoas vejam a situação da água e façam uso dela para beber. A situação é muito grave", alertou.

Tartarugas

A médica veterinária do Projeto Tamar Cecília Baptistotte explicou que o período de desova das tartarugas da região tem o pico no mês de novembro, justamente na época em que a barragem se rompeu. "Estamos no pico de desova e as tartarugas ficam na frente das praias neste período, porque elas colocam ovos várias vezes. É preocupante o impacto negativo que a lama pode trazer à saúde desses animais."

O médico veterinário Marcelo Renan contou que o sangue das tartarugas vem sendo coletado para a realização de testes que deverão revelar a concentração de elementos tóxicos. "Só assim saberemos como esse material tóxico tem afetado a vida desses animais", disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Projeto Água – Conhecimento para Gestão lança, nesta semana, o jogo eletrônico educacional Água em Jogo. O game simula os impactos das ações do homem sobre os recursos hídricos de uma bacia hidrográfica. O desafio do jogador é garantir água em quantidade e qualidade para as atuais necessidades dos moradores e para as futuras gerações. O game é online e gratuito. Conheça através deste link.

O Água em Jogo tem duração de 30 minutos, tempo em que são simulados quatro anos fictícios. A bacia é formada por diversos cenários, como áreas industriais, rurais, de moradia, de lazer, entre outras. Cada região tem necessidades diferentes relacionadas a água e cabe ao jogador, que assume papel de administrador dos recursos hídricos, decidir como será usada.

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Os níveis de qualidade e quantidade são apresentados em formato de indicadores, que precisam ser analisados o tempo todo. Se o jogador identificar, por exemplo, que uma indústria está consumindo muita água e poluindo, ele pode tirar a outorga de direito de uso de recursos hídricos até que a indústria se regularize.

Para garantir bons resultados, o jogador conta com o uso de algumas ferramentas, como fiscalização, cobrança pelo uso da água e outorga – que são instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos. Também é possível usar recursos disponíveis e investir em melhorias, como plantio de mata ciliar e construção de estações de tratamento de esgoto.

Durante a jogatina, acontecem eventos inesperados, como estiagem e inundações, que afetam negativamente os indicadores de qualidade e quantidade de água. Estes indicadores, aliados ao conjunto de investimentos e decisões tomadas, formarão a pontuação final do jogador. Os 100 melhores terão seu nome registrado em um ranking público.

Através do jogo, busca-se conscientizar os jovens sobre os conflitos e dificuldades relacionadas ao uso e conservação das águas, a fim de despertar o interesse no assunto. Este game poderá ser utilizado por professores em sala de aula, para trabalhar com os adolescentes temas como água, meio ambiente, poluição, bacia hidrográfica, administração de recursos financeiros, mediação de conflitos, entre outros.

Também poderá ser usado por comitês de bacia hidrográfica a fim de apresentar alguns dos problemas e necessidades enfrentadas por seus gestores, e conscientizar a comunidade sobre a importância de sua participação na tomada de decisões que dizem respeito a gestão dos recursos hídricos.

A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife promove o Desafio EcoRecife, concurso para o desenvolvimento de jogos digitais com temática ambiental. Os games vencedores serão utilizados nas escolas da rede municipal e em equipamentos públicos, como o Jardim Botânico, por exemplo.

Os três primeiros colocados receberão R$ 15 mil, R$ 9 mil e R$ 5 mil, respectivamente. Estão previstas ainda duas menções honrosas, no valor de R$ 500, para o melhor roteiro e a melhor arte. As inscrições devem ser realizadas através deste site, porém, ainda não foram abertas.

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Os candidatos devem ser pessoa física e ter mais de 18 anos. No caso de menores de idade, é exigida autorização dos pais. Os trabalhos precisam seguir a identidade visual da Turma do Mangue e Tal, empregadas pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade nas ações de educação ambiental junto à Secretaria de Educação.

Outra exigência é que o jogo eletrônico desenvolvido rode nas plataformas Windows, Android ou web. Os candidatos deverão se inspirar em quatro temas para desenvolver os jogos: resíduos sólidos, verde urbano, água e biodiversidade. 

Quem passou pela Rua Leonardo Bezerra Cavalcante, em frente ao Museu Murillo La Grecca, no bairro do Parnamirim, na tarde deste domingo (9), encontrou uma cena inusitada. Diversas pessoas aproveitaram o clima agradável para usufruir de uma estrutura praiana montada às margens do Rio Capibaribe. Cadeiras, lanches, redes e mergulhos compõe o cenário da ação encabeçada pelo projeto Praias do Capibaribe, que promove estes encontros mensalmente para que os cidadãos recifenses tomem consciência da importância do rio, ainda tão esquecido por muitos.

Além da “praia”, que contou com uma piscina flutuante e uma bola gigante de plástico para divertir os presentes, os que participaram desta edição do Praias do Capibaribe puderam conferir uma projeção de vídeos que também teve como objetivo promover a conscientização ambiental, além de entrevistas com pessoas ligadas ao tema.

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De acordo com a cocriadora do Praias do Capibaribe, Bruna Pedrosa, 31, o projeto é uma forma de fazer com que as pessoas tomem o Rio como patrimônio imaterial e como símbolo da cidade, já que ele atravessa todo o Recife. “Este deveria ser um ponto de encontro dos cidadãos, porque pertence a todos os recifenses. Além disso, queremos aproximar as crianças do Rio para que elas comecem a cuidar dele desde cedo, só assim a cidade começará a cuidar deste espaço”, explica.

A musicoterapeura Ledjane Sara, 42, levou o filho Romeu, de seis anos, para aproveitar a tarde perto do Rio. “Viemos para nos apoderar dos recursos naturais da nossa cidade, que, infelizmente, estão cada vez mais mal tratados. Este projeto faz com que a gente enxergue a cidade com outros olhos e comece a cobrar dos gestores a qualidade de vida que merecemos”, afirma.

A dupla de amigas Natália Sampaio, 34, e Gabriela Cabral, 32, também acredita na possibilidade de reverter a situação do Rio. “Nós reunirmos aqui dá um novo olhar para o Capibaribe que está tão abandonado e cheio de lixo. Muitos olham para o Rio como algo morto, mas eu acredito que este espaço é recuperável”, afirma Natália.

Gabriela, por sua vez, lamentou não ter levado a filha de oito anos para aproveitar a intervenção. “Este é um ambiente super agradável e na próxima edição vou trazer minha filha para que ela reflita sobre os novos locais que ela pode estar aproveitando na cidade”, finaliza. 

Um homem foi flagrado pela Polícia Militar em posse de 40 filhotes de papagaio durante uma blitz no final da noite desta quinta-feira (18), em Cidade A.E. Carvalho, na zona leste de São Paulo.

Claudionor Pereira Santiago ocupava um Gol prata e foi parado pelos policiais ambientais na altura do nº 1.500 da Avenida Imperador. Ao revistarem o porta-malas do veículo, os soldados Duarte e Alecsandra encontraram as aves presas dentro de caixas de papelão. Santiago disse que recebeu os filhotes de um desconhecido com o qual se encontrou na Ponte Aricanduva, na Marginal do Tietê. A intenção dele era revender as aves em uma feira.

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Levado para o Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), Claudionor pagou fiança de um salário mínimo e foi liberado pelo delegado José Celso Damasceno Junior, porém responderá por crime ambiental.

No dia 2 de dezembro, o Centro de Educação (CE/UFPE) realizará o 2º Ciclo de Palestras do curso de especialização em Educação Ambiental na era da globalização. O encontro acontecerá no auditório do Centro, das 9h as 18h30. Lá, o público participante debaterá com especialistas a aprendizagem baseada na resolução de problemas com foco nas questões ambientais de Pernambuco. Além disso, o momento será oportuno para comemorar os 60 anos do CE. Ao todo, 120 vagas estão sendo disponibilizadas.

Entre os muitos palestrantes confirmados para o encontro está a professora Laurinda Leite da Universidade do Minho (Portugal). Para os estudantes interessados em participar, as inscrição serão realizadas mediante e-mail. Para isso, basta que o público envie um email informando o nome completo para npk@bol.com.br. Ao final da palestra, os participantes receberão um certificado. Para mais informações, o Centro dispõe do telefone 2126-8320.

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Confira abaixo a programação completa:

9h - Abertura (professor José Batista Neto, diretor do Centro de Educação)
9h20 - As mudanças climáticas e as enchentes em Pernambuco (professora Suzana Montenegro, do Departamento de Engenharia Civil)
10h15 - O tratamento das águas residuárias em Pernambuco: atualidades (professora Lourdinha Florencio do Departamento de Engenharia Civil)
11h15 - Aprendizagem baseada na resolução de problemas: teoria e método (professora Laurinda Leite)
13h30 - As políticas de Educação Ambiental no Brasil (professor Carlos Frederico Loureiro, da UFRJ)
14h30 - O avanço do mar em Pernambuco (professora Núbia Chaves, do Departamento de Oceanografia)
15h30 - O cinismo da reciclagem: o significado ideológico da reciclagem da lata de alumínio e suas implicações para a educação ambiental (professor Philippe Pomier Layrargues, da UnB)
16h30 - Reuso de água na agricultura: estratégias para o semi-árido (professor Valmir Marques, da UFCG)
17h30 - Os impactos ambientais em Pernambuco (professora Rosângela Gomes Tavares, da UFRPE)
18h30 - Encerramento

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