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Anunciada no início deste mês, a nova categoria da natação, aberta para atletas transgêneros, terá suas primeiras provas em outubro, durante a disputa da etapa de Berlim da Copa do Mundo de Natação. Serão disputadas as provas de 50 metros e 100 metros, em todos os estilos de braçada.

De acordo com World Athletics, federação responsável pela organização das competições, o requisitos detalhados para participação e mais informações sobre o processo estarão disponíveis em breve. A única especificação dada neste momento é que os nadadores e nadadoras terão a flexibilidade de participar individualmente, por clube ou como membros de federação nacional.

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"Quando a World Aquatics instituiu sua Política de Elegibilidade para as Categorias de Competição Masculina e Feminina, nos comprometemos a explorar a criação de uma categoria aberta", disse o presidente da entidade, Husain Al-Musallam . "Fiel à nossa palavra, uma equipe de especialistas trabalhou diligentemente para tornar isso uma realidade. Gostaria de agradecer a todos aqueles que ajudaram a World Aquatics a oferecer esta oportunidade", completou.

Desde o ano passado, a discussão está na mesa da entidade. A World Aquatics havia proibido a participação de atletas transexuais em grandes eventos, argumentando que a decisão preservava "a proteção e a justiça" nas competições femininas de natação.

O debate esquentou em março de 2022, quando Lia Thomas foi campeã dos 500 metros livres da liga universitária americana. Ela vem se destacando no circuito desde 2021 com resultados surpreendentes, o que deu início a questionamentos sobre a participação de atletas transgêneros em provas femininas.

O governo da Hungria endureceu suas medidas contra a comunidade LGBTQIA+, que está sob o alvo do primeiro-ministro ultraconservador Viktor Orban, com uma multa recorde para uma livraria e um projeto de lei contra transgêneros.

A rede de lojas Lira foi condenada pelas autoridades, na semana passada, a pagar 12 milhões de forintos (R$ 173.160) por ter "quebrado as regras" ao vender o graphic novel "Heartstopper: Dois garotos, um encontro", uma história de amor entre dois alunos do ensino médio que se tornou uma popular série na Netflix.

"A investigação determinou que os livros" da autora britânica Alice Oseman, "embora retratassem a homossexualidade, estavam expostas na seção juvenil, sem estar protegidos por embalagens herméticas", explicou o governo.

Foi uma "ação drástica" justificada pelo desejo de "proteger as crianças", em virtude de uma lei de 2021 que é alvo de um processo por infração em Bruxelas. De acordo com o texto, não é mais permitido discutir "mudança de sexo e homossexualidade" com menores.

Esta legislação já é aplicada nas comédias românticas ou filmes classificados X, mas até agora não tinha atingido tantas livrarias.

"Agora o Estado está começando a aplicá-la aleatoriamente", disse à AFP o diretor criativo da companhia Lira, Krisztian Nyary. O montante da multa é sem precedentes, lamentou, enfatizando as "regras obscuras" e difíceis de serem respeitadas.

A situação também está tensa com outra editora, a Libri, que recebeu uma grande sanção em maio e passou a ser controlada pela fundação Mathias Corvinus Collegium (MCC), próxima ao governo.

O diretor da Anistia Internacional de Budapeste, David Vig, denunciou as "escandalosas" restrições de direitos.

"O governo está usando esse assunto na véspera das eleições locais e europeias em 2024, para mobilizar sua base e desviar a atenção" dos problemas, disse Vig à AFP, enquanto os preços disparam e a União Europeia (UE) congela bilhões de euros em fundos.

- "Cidadãos de segunda" -

Um defensor dos valores "iliberais" na Europa, Viktor Orban tomou diversas medidas polêmicas ao longo dos anos.

Neste país de 9,7 milhões de habitantes, Orban já proibiu o estudo sobre gênero, a mudança de sexo no registro civil e a adoção por casais homoafetivos.

O Parlamento também votou um texto em abril que autorizava a denúncia anônima de quem "questionasse" a definição constitucional de casamento, família e gênero. No entanto, foi retirado diante das críticas.

Uma nova frente contra a comunidade LGBTQIA+ foi aberta pelo governo, que apresentou uma emenda para excluir mulheres trans de um programa de aposentadoria precoce.

"É inconcebível que aquelas que de repente se identificam como mulheres depois de anos trabalhando como homens tirem proveito de um sistema que deveria recompensar o papel fundamental das mães na sociedade", diz a proposta.

O texto é uma resposta à uma decisão recente do tribunal regional de Veszprem, no oeste, a favor de uma mulher chamada Elvira Angyal, que foi autorizada a receber o programa de aposentadoria. O atual partido no governo, Fidesz, considerou uma "provocação".

A ONG Hatter, que iniciou a ação judicial, criticou por comunicado um projeto de lei que "viola as regras da UE".

"Passa a mensagem de que existem cidadãos de segunda classe", declarou o responsável pela Anistia.

A Marcha do Orgulho reuniu milhares de pessoas no sábado, na capital Budapeste, e os manifestantes declararam a consternação com a degradação dos direitos neste país da Europa Central - anteriormente um dos mais liberais da região.

A situação é "catastrófica", lamentou o advogado Andras Szolnoki, de 58 anos. "Esta ditadura recusa a igualdade de direitos" e promove "uma normalidade digna da Idade Média".

No dia anterior, as embaixadas e instituições culturais de 38 países expressaram "preocupação pelas leis e pelo discurso político (...) que contribuem para a estigmatização da comunidade LGBTQIA+".

O Espaço de Acolhimento e Cuidado Trans do Hospital das Clínicas (HC) de Pernambuco, localizado na Zona Oeste do Recife, sofreu um aumento da lista de espera de cirurgia devido, entre outras dificuldades, à pandemia da Covid-19. Segundo a coordenação do espaço, a lista de espera está em 700 pessoas atualmente.

O projeto já realizou 57 cirurgias nos oito anos de atuação, com um padrão antes da pandemia de um procedimento por mês. Contudo, as paralisações causadas pelo agravamento da pandemia e dificuldades impostas em 2021 fizeram com que apenas nove procedimentos fossem concluídos.

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O espaço oferece cuidado integral à população trans e é um dos cinco centros que realiza procedimentos gratuitos de transgenitalização no Brasil. Mesmo com o ‘desfinanciamento’ que o Sistema Único de Saúde (SUS) sofre, a iniciativa mantém as portas abertas para garantir um acompanhamento ambulatorial humanizado em meio à pandemia.

O levantamento da Associação Nacional de Travestis e Transsexuais (Antra), divulgado nessa sexta-feira (28), apontou que o Brasil ainda lidera o recorde negativo de assassinatos com 135 travestis e mulheres trans e cinco homens trans mortos em 2021. Historicamente a população transsexual luta contra a negligência do Estado e se firma na busca por direitos contra os espectros da discriminação da social.

“A população trans e travesti vem requerer a legitimidade de cuidado, esse lugar de humanidade, essa possibilidade de viver sem ser discriminada e apontada na rua por suas diferenças”, apontou uma das idealizadoras do Espaço trans, Suzana Livadias.

Exclusão no sistema de saúde

Um dos pontos mais preocupantes ainda é a exclusão nos serviços de saúde, principalmente no que se refere ao atendimento primário. "Todas as demandas de saúde eram negligenciadas por que não tinha uma visibilidade da população trans como específica de cuidados comuns. A gente vai ver descrita nos cuidados da Aids, mas outros cuidados também são necessários”, ressaltou Livadias.

Criado em 2014, o espaço no bairro da Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife, oferece diversas especialidades como Urologia, Ginecologia, Endocrinologia, Dermatologia, Assistência Social, acompanhamento psicoterápico e encaminha casos de violência para instituições parceiras.

O serviço mais procurado é o procedimento de adequação corporal, oferecida com a proposta de garantir maior dignidade e bem-estar. “A adequação vem muitas vezes para dar conta de um desconforto da pessoa e para ajudar que a sociedade consiga respeitar essa expressão”, descreveu a psicóloga.

Cirurgias

As mulheres trans têm a possibilidade de passar por cirurgias de suavização do pomo de Adão e feminilização da voz, colocação de próteses mamárias e redesignação sexual. Já os homens trans podem fazer a mamoplastia masculinizadora ou retirar o útero.

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Livadias cobra mais investimento federal já que demoraria mais de 58 anos para atender toda a fila, mesmo que conseguisse retomar o ritmo de antes da pandemia. Sem ser uma política prioritária do Governo, em 2020 só 31 cirurgias foram feitas pelo SUS no Brasil, uma queda de 86% em comparação ao ano anterior.


Érica Gomes recebe os pacientes do projeto. Reprodução

Representatividade que conforta

O acolhimento inicial no Espaço Trans é feito por Érica Gomes, que recebe os pacientes e dá entrada no processo multidisciplinar. Como mulher trans, ela compreende que sua presença incentiva outras pessoas em situação semelhante a não desistir das oportunidades.

“[Ter uma] pessoa trans nesse local é como se encurtasse a distância entre a instituição e a população atendida. Eu vejo que as pessoas se sentem representadas e acolhidas e vejo também como uma possibilidade de incentivo para que essas pessoas possam procurar trabalho em ambientes formais”, comentou.

Além do corpo

Ciente de que a aparência é fundamental na relação de autocuidado, ela enxerga que o processo de aceitação passa primeiro pelo equilíbrio psicológico. “Saúde não é só hormonização e cirurgia. Saúde também é bem-estar social e o bem-estar social vai além dos muros do hospital”, indicou.

“As pessoas vêm muito em busca dessas cirurgias pelo fato da sociedade exigir que você para ser uma pessoa trans tem que reproduzir toda a performance do que é ser mulher na sociedade", observou. “Não é por aí. Fazer esses procedimentos não vão te dar segurança de que a sociedade vai te ver com outros olhos”, acrescentou.

Dessa forma, antes de iniciar o processo, ela explica que é importante refletir e se questionar sobre o real motivo para o interesse nas cirurgias. "O que essas cirurgias vão mudar na sua vida em relação ao olhar da sociedade à pessoa trans? A gente sabe que não muda nada. A gente tem a sensação de que é como se fossem metas colocadas na vida das pessoas trans e [é como se a gente] tivesse que alcançar e quando a gente alcança, são impostas outras metas, metas até impossíveis”, advertiu.

Como integrante do quadro de profissionais, ela se orgulha em participar das ações do Espaço que representa um modelo para o Norte e Nordeste. O projeto é o único nas regiões oferecido pelo SUS. os demais são o Hospital das Clínicas de Porto Alegre, o HC da Universidade Federal de Goiás, o HC da Universidade de São Paulo e o Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro.

O contato com o Espaço Trans do Recife é feito por encaminhamento da Secretaria Estadual de Saúde ou pelos canais do projeto. O atendimento é feito de forma presencial, pelo telefone (81) 2126.3587 ou no e-mail espacotranshcufpe@gmail.com, de segunda à sexta, das 7h às 17h. Para agendar uma consulta é preciso repassar dados pessoais e a numeração do cartão do SUS. 
 

De janeiro a abril, o Brasil contabilizou 64 assassinatos de pessoas transgêneros, quantidade 49% superior à registrada no primeiro quadrimestre de 2019. Conforme ressalta a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), que elaborou o levantamento link 1 , todas as vítimas eram travestis ou mulheres transexuais.

O número de casos também supera o de períodos anteriores. Em 2017, 58 homicídios foram notificados e, no ano seguinte, constatou-se um aumento para 63. Quando a contagem fica circunscrita aos meses de março e abril, a variação observada é de 13%, ante 2019.

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Em nota, a Antra disse que os dados "não refletem exatamente a realidade", por serem subnotificados e não serem computados pelo poder público. Apesar disso, acrescenta a associação, confirmam a ameaça que pesa sobre os direitos da população trans.

A entidade supunha que a pandemia da covid-19 pudesse provocar queda nos índices de homicídios de pessoas transgêneros por causa do isolamento social. "Mas, quando vemos que o assassinato de pessoas trans aumentou, temos um cenário onde os fatores sociais se intensificam e têm impactado a vida das pessoas trans, especialmente as travestis e mulheres transexuais trabalhadoras sexuais, que seguem exercendo seu trabalho nas ruas para ter garantida sua subsistência, visto que a maioria não conseguiu acesso as políticas emergenciais do Estado devido à precarização histórica de suas vidas", disse a Antra no comunicado.

 

Os médicos transgêneros e travestis do Brasil poderão ter seus nomes sociais, ou seja, como querem ser chamados, incluídos no cadastro dos Conselhos Regionais de Medicina.

A informação é do Conselho Federal de Medicina, que lembra que os dados ficam disponíveis para consulta pública. O CFM analisou o tema a pedido de alguns profissionais.

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O nome social passará a constar nas páginas dos Conselhos juntamente com o nome civil, desde que os profissionais oficializem os pedidos. Assim, os médicos transgêneros e travestis podem ser identificados por colegas de trabalho e pacientes pelo nome com o qual querem ser conhecidos.

No entanto, o CFM alerta que não é possível realizar a alteração do nome também na carteira de identificação profissional sem um pedido jurídico. "Para proceder essa alteração o médico, deve obter autorização judicial, o que possibilita a mudança de todos os seus documentos de forma definitiva", diz o documento da assessoria do Conselho Federal de Medicina.

Em 2016, o Conselho decidiu que médicos transgêneros poderiam usar o nome social em documentos administrativos internos e em seus locais de atuação.

O decreto nº 8.727/2016 estabelece que os profissionais podem requerer junto aos seus empregadores a alteração de documentos internos, privilegiando o seu nome social em lugar do seu nome civil.

A norma, que foi editada pela Presidência da República, em abril de 2016, "dispõe sobre o uso do nome social e reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional".

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira, 16, que após "intervenção" do Ministério da Educação (MEC) foi suspenso um vestibular específico para candidatos transgêneros e intersexuais da Universidade da Integração da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).

Procurada, a Unilab ainda não informou se decidiu pela suspensão e que tipo de "intervenção" foi feita pelo ministério. A Constituição brasileira assegura o princípio da autonomia universitária plena, que garante que independentemente dos governos onde estejam inseridas, o conhecimento vai ter liberdade para ser produzido. A legislação garante autonomia financeira, administrativa e didático-científica.

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Na semana passada, a universidade, que é federal, anunciou um edital com 120 vagas em 15 cursos presenciais em três campi - dois no Ceará e um na Bahia. As inscrições começaram nesta segunda-feira, 15, e iriam até o dia 24.

O lançamento do edital foi visto como um passo importante pela comunidade LGBT, já que as pessoas trans estão entre os grupos com menor inclusão no sistema educacional. No entanto, grupos conservadores e religiosos criticaram a ação.

No dia do anúncio do edital, o MEC informou ao Globo que "as instituições de ensino superior têm autonomia para estabelecer seus próprios mecanismos de acesso". Após o anúncio do presidente, o jornal O Estado de S. Paulo questionou o ministério sobre a "intervenção" feita e o respeito à autonomia da universidade, mas ainda não obteve resposta.

Iniciativas

Outras iniciativas para inclusão de pessoas transgêneras em universidades públicas já foram adotadas, mas com menor alcance do que a proposta da Unilab. No ano passado, por exemplo, a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) abriu edital de vestibular com cotas para transexuais, travestis e transgênero.

Na sequência, a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) abriu edital com reserva de vagas para negros e sobrevagas para indígenas, quilombolas, ciganos, pessoas com deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades, transexuais, travestis e transgênero.

A Universidade Federal do ABC (UFABC), na Grande São Paulo. também reservou vagas para pessoas transgêneras no ano passado. E, neste ano, a Universidade Federal da Bahia (UFBA) abriu cotas a indígenas, quilombolas e pessoas trans.

Cotas para trans na pós-graduação também têm se tornado mais comuns nos últimos anos. Universidades como a Federal de Santa Catarina (UFSC), a Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) já adotaram essa modalidade de seleção em cursos de mestrado e doutorado.

A Câmara dos Deputados do Uruguai aprovou quatro leis que determinam ações de combate à discriminação contra transgêneros e garantir seus direitos, como acesso ao trabalho e à moradia. Agora, a legislação será encaminhada para o executivo.

As medidas aprovadas são:

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Menores de 18 anos não precisarão da autorização dos pais para mudar seu nome ou receber tratamento hormonal;

facilidade para mudança de nome no Registro Civil;

1% das vagas de trabalho público ficará reservado para trans;

indenização para vítimas de violência institucional ou privada para quem nasceu até fim de 1975.

As leis foram aprovadas por 66 votos dos 88 em uma sessão que durou 10 horas. "Embora todos nós tenhamos direitos desde que nascemos, o país [se dá conta de que] ainda há um caminho muito longo para percorrer e que necessitamos legislar mais pontualmente em certas situações. Esta população tem permanentemente os direitos violados e não deveria ser assim. [E isso passa] pela sua condição de gênero", afirmou a deputada da coligação Frente Ampla, Manuela Mutti.

Uma universidade japonesa reservada a mulheres anunciou nesta terça-feira que aceitará a partir de 2020 estudantes transgênero, uma decisão surpreendente em um país onde os direitos das minorias LGTB estão atrasados em relação a outros países desenvolvidos.

A decisão da Universidade Ochanomizu de Tóquio "provavelmente não tem precedentes" no Japão, afirmou à AFP uma fonte do ministério da Educação, que no entanto não confirmou se esta é uma novidade nacional.

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"É conveniente que várias universidades adotem dispositivos para uma compreensão melhor das necessidades das minorias sexuais, mas uma decisão assim depende de cada universidade", completou.

"É importante criar um entorno no qual o conjunto da sociedade aceite a diversidade e se mostre compreensiva a respeito das pessoas transgênero", declarou o ministro da Educação, Yoshimasa Hayashi.

A medida entrará em vigor em abril de 2020 e beneficiará os estudantes nascidos homens mas que identificam como mulheres, afirmou um porta-voz da Universidade de Ochanomizu.

Akane Tsunashima, secretária-geral da Aliança Japonesa para a Legislação LGTB, recebeu a iniciativa como "uma evolução positiva para um entorno de aceitação geral nas universidades de minorias sexuais tal e como são".

No Japão, quase 8% da população seria LGTB, segundo o Instituto de Pesquisas LGTB do país, mas nove em cada 10 pessoas não falam sobre o tema com a família. Apenas 13% conversariam sobre o tema com os amigos mais próximos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um memorando que limita a presença de pessoas transgênero nas Forças Armadas.

Segundo comunicado da Casa Branca, manter soldados que exigem um "substancial tratamento médico" representa um "risco considerável para a eficácia" militar do país. No entanto o presidente deu ao Pentágono a prerrogativa de aceitar exceções em "circunstâncias excepcionais".

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Em agosto de 2017, Trump havia pegado o Departamento de Defesa de surpresa ao revogar a decisão de seu antecessor, Barack Obama, que permitia o alistamento de transgêneros. Contudo, sentenças da Justiça Federal bloquearam a medida do republicano.

Por conta disso, pessoas transgênero puderam se inscrever no alistamento iniciado em 1º de janeiro de 2018, quando entrou em vigor a norma de Obama. Ainda assim, candidatos que querem ou já mudaram de sexo não devem ser permitidos nas Forças Armadas.

Já aqueles que se identificam com outro gênero, mas não pretendem realizar a cirurgia, devem ser autorizados. A Casa Branca alega que o Pentágono não pode arcar com os "enormes custos médicos" relativos à mudança de sexo.

Além disso, transgêneros que já fazem parte das Forças Armadas continuarão em seus postos, mas o Departamento de Defesa pode exigir que eles sirvam de acordo com seu sexo de nascimento.

Da Ansa

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve analisar, nesta quinta-feira (1º), uma consulta feita pela senadora Fátima Bezerra (PT-RN) sobre a participação de transgêneros e travestis nas eleições. A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) encaminhou ao TSE um parecer sobre o assunto defendendo o uso do nome social para a identificação desses candidatos nas urnas e a possibilidade de que homens e mulheres transgêneros e travestis sejam enquadrados nas cotas de gênero, a partir da forma como se autoidentificam. 

Na consulta, Fátima Bezerra questiona a Justiça Eleitoral justamente sobre a divisão apresentada pela legislação de no mínimo 30% e no máximo 70% das candidaturas para cada sexo, além disso, ela pergunta se candidatos e candidatas podem usar o nome social nas chapas proporcionais e majoritárias.

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No documento encaminhado ao TSE, o vice-procurador-geral Eleitoral, Humberto Jacques, ressalta que a lei busca superar a desigualdade de gênero, não de diferença de sexo. Por isso, sustenta que o termo contido na lei deve ser interpretado como gênero e não sexo biológico. 

“A desigualdade entre os eleitos não é causada pelos seus sexos ou por suas orientações sexuais, mas pelos papéis, limites, barreiras e condicionantes vigentes na sociedade em função do gênero”, ressalta.

Para Jacques, mulheres transgêneras e travestis devem ser contabilizadas na cota destinada à candidatura de mulheres nas eleições. No mesmo sentido, homens transgêneros devem ser computados no rol de candidaturas masculinas.

A mesma lógica deve ser aplicada à utilização do nome social para identificar o candidato ou a candidata nas urnas eletrônicas. “O nome social representa garantia de identificação e tratamento digno a pessoas transexuais e travestis”, sustenta o vice-PGE no parecer. O resultado do julgamento no TSE já poderá virar regra já em outubro deste ano.

Não é a primeira vez que eles são representados no cinema, mas este ano é diferente: dois filmes sobre transgêneros, feitos e/ou protagonizados por transgêneros, disputam o Oscar, um marco.

Daniela Vega, atriz transgênero, interpreta de modo magistral Marina, uma jovem de luto e vítima dos preconceitos da conservadora sociedade chilena em "Uma mulher fantástica", indicado ao Oscar de filme em língua estrangeira.

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Na categoria documentário, Yance Ford, cineasta transexual, concorre por "Strong Island", um filme de inspiração biográfica sobre o racismo e as falhas no sistema judiciário.

"É uma tendência observada há alguns anos, depois de 'Transparent' ou com Laverne Cox de 'Orange Is The New Black' na capa da revista Time, e agora no Oscar", explicou à AFP Larry Gross, professor do Departamento de Comunicação da Universidade USC.

Antes de "Uma Mulher Fantástica", outros filmes sobre ou com transgêneros venceram no Oscar: "Traídos pelo Desejo" (1992) venceu na categoria roteiro; "Meninos Não Choram" (1998) rendeu a estatueta a Hilary Swank; "Clube de Compras Dallas" venceu em três categorias, incluindo ator coadjuvante para Jared Leto por seu papel de Rayon; "A Garota Dinamarquesa" (2015) rendeu o Oscar de coadjuvante para Alicia Vikander e virou uma espécie de filme pioneiro do movimento.

Na série de TV "Transparent", Jeffrey Tambor interpretava - antes de ser demitido por acusações de assédio sexual - um transgênero, chefe de uma família burguesa da Califórnia, que normalizou a imagem desta comunidade.

Mas todas estas produções foram protagonizadas por intérpretes cisgênero, - pessoas cuja identidade de gênero e sexo biológico coincidem -, e não por 'trans'.

E é neste ponto que o Oscar de 2018 é diferente: não apenas as duas produções foram indicadas, os dois filmes foram dirigidos ou protagonizados por transgêneros, um grande reconhecimento.

"É um momento sísmico, um pequeno terremoto que espero comece a mudar este campo totalmente", disse Ford à AFP.

"Estamos caminhando pouco a pouco. Se chegarmos ao rio, poderemos atravessar a ponte. Ainda estamos caminhando para isso", afirmou Vega.

- Uma mulher comum -

Yance Ford destacou a importância de que atores transgêneros possam interpretar papéis de 'trans', mas enfatizou que seu trabalho "transcende o fato de que somos transgênero".

O documentário "Strong Island" conta a história do assassinato de seu irmão por um homem branco que escapou da justiça, enquanto a vítima se tornava o principal suspeito da própria morte, o que gera um impacto devastador na família.

Em "Uma Mulher Fantástica", Vega encarna uma mulher como outras: feminina, frágil, forte e digna.

"Marina e eu compartilhamos que somos 'trans', que gostamos de cantar ópera e dos homens bonitos, nada mais", disse Vega à AFP.

"Ela é muito mais elegante que eu, tem mais paciência, é uma mulher muito mais pacífica, eu sou mais explosiva, mais latina".

Ford aplaudiu o papel de Vega e a atenção que gerou com sua representação "de uma mulher comum", uma mudança da típica caricatura de 'trans' como em filmes como "Tootsie" com Dustin Hoffman.

Gross também recorda que personagens 'trans' eram apresentados como pessoas transtornadas, marginalizadas, depressivas e que "Transparent" ou "Uma Mulher Fantástica" mudaram isso, com personagens mais autênticos.

Para o especialista, Hollywood tem a tendência de "colocar uma narrativa como vinho velho em uma garrafa nova", buscando mudanças já usadas em novas tramas. "Já fizeram antes com os homossexuais, os negros, os judeus... e os 'trans' estão na moda", explica.

Entre os reality shows na televisão, a famosa drag-queen RuPaul emplacou um sucesso nos Estados Unidos com "Drag Race", que abordou o tema de forma "extravagante e orgulhosa".

"O maior desafio é mostrar que as diferenças são boas, ao invés de ameaçadoras", conclui o professor.

O Ministério Público Eleitoral vai encaminhar hoje ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) parecer favorável a que mulheres e homens transgêneros candidatos sejam registrados na cota dos partidos pelo gênero que escolheram. A partir do parecer, o MPE indica que apenas o nome social do candidato seja divulgado publicamente.

Apesar de o nome social não substituir o do registro civil para fins eleitorais, o civil deverá ser utilizado, segundo o MPE, apenas para fins administrativos internos. "Seu emprego se dará apenas quando estritamente necessário ao atendimento do interesse público e à salvaguarda de direitos de terceiros", afirma o parecer.

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A manifestação, assinada pelo vice-procurador-geral eleitoral, Humberto Jacques, responde a uma consulta da senadora Fátima Bezerra (PT-RN) ao TSE. A Corte Eleitoral deve votar a questão até 5 de março, quando se encerra o prazo de edição das resoluções para o pleito de 2018.

O ministro Tarcísio Vieira, relator da consulta no TSE, deve liberar o caso para votação ainda em fevereiro. A Lei das Eleições prevê que cada legenda ou coligação deve preencher, no mínimo, 30% para candidaturas de cada sexo, mas a senadora petista alegou que o termo "sexo" é questionável nesse caso, pois não alcança a identidade de gênero. Nos casos em que o candidato já alterou o registro civil judicialmente, o novo nome deverá ser respeitado na disputa eleitoral, segundo recomendação do vice-procurador eleitoral.

'Visibilidade'

A data de divulgação do parecer do MPE foi escolhida porque 29 de janeiro é o Dia Nacional da Visibilidade Trans. A professora de filosofia Luiza Coppieters, mulher trans, se candidatou a vereador nas eleições de 2016, em São Paulo. Apesar de o nome "Professora Luiza Coppieters" figurar no alto de seu registro, ao lado da foto, os dados que seguiam traziam o seu nome de registro civil, contrariando a forma como ela se reconhece.

"Eu não entrei na cota de mulheres. A briga no TSE é para que os transexuais tenham respeitado o seu gênero", disse Luiza, que é pré-candidata a deputado estadual neste ano. Para ela, se o TSE adotar novas diretrizes, será dado um passo a fim de evitar que candidatos trans passem por constrangimentos. "É importante sair com uma plataforma séria, coerente, para que vejam que a gente existe como outras pessoas que estudam, que têm propostas", afirmou Luiza.

A professora participou de audiências públicas no TSE para sugestões de aperfeiçoamento das resoluções na disputa deste ano. "Eu senti uma inclinação de tentar resolver isso da melhor maneira possível." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na última terça-feira (21), a Escola Educar Sesc, no bairro de Montese, em Fortaleza, foi denunciada por rejeitar a renovação da matrícula de uma aluna de 13 anos que estuda na instituição desde os dois. Em uma publicação no seu perfil do Facebook, Mara Beatriz, mãe da menina, relatou que a rejeição se deu pelo fato da sua filha Lara ser transgênero. De acordo com Mara, de forma "transfóbica", a direção da escola recomendou que a família procurasse outra instituição para "atender as necessidades" da aluna.

Na publicação, a mãe de Lara afirmou que a escola não respeitou o nome social da menina, garantido por lei, além de dificultar o acesso da garota ao banheiro feminino. No texto, Mara Beatriz ainda afirmou que já teria feito um Boletim de Ocorrência (B.O) na Delegacia de Combate a Exploração da Criança e Adolescente (Dececa) e que está sendo acompanhada pelo Centro de Referência LGBT local.

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"Hoje, no CÚMULO DA TRANSFOBIA, me chamaram pra uma reunião e “recomendaram” que nossa família procure outra escola, que possa atender “as necessidades” dela. Admitiram que ela é uma ótima aluna, com boas notas e comportamento, mas não vão fazer a matrícula dela para o ano de 2018. Simplesmente a expulsaram, a enxotaram. E quando eu questionei nos escorraçaram: “os acompanhem, já terminamos a reunião”. Lara e nós, pais, nunca nos sentimos tão constrangidos, humilhados, diminuídos, desrespeitados...", escreveu Mara em seu perfil.

Nesta quarta-feira (22), a Escola Educar Sesc se pronunciou em seu site oficial sobre o caso e garantiu que a renovação da matrícula será efetuada. "O Sistema Fecomércio e a Escola Educar Sesc repudiam qualquer atitude de preconceito. A Escola está averiguando os fatos e tomando as devidas providências. A premissa básica do Sistema Fecomércio é inclusão e educação. Analisamos o caso e a aluna tem matrícula assegurada em 2018 como todos os veteranos", diz a nota. 

Confira a publicação de Mara na íntegra: 

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Raphael Henrique Martins é um homem transexual. Ele nasceu como mulher, mas se identifica com o gênero masculino. Por isso, fez cirurgia para a retirada dos seios e realiza tratamento hormonal que promove o crescimento de pelos e mudança na voz. No futebol, isso era um problema. Ele não queria jogar no time das meninas, pois não se sentia como elas. Por outro lado, era discriminado entre os meninos. Decidiu apostar na coluna do meio e criou o "Meninos Bons de Bola", a primeira equipe transgêneros do País.

A possibilidade de inserção social, saber em que time você joga, é uma das conquistas do grupo. "O esporte é um modo de viabilizar o encontro entre essas pessoas, proporcionando lazer e bem-estar e um grupo de apoio entre pares", disse a psicóloga Moira Escorse, que acompanha voluntariamente o time, mas também atende outras demandas da comunidade LGBT.

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O futebol é um aliado importante na transição, a passagem de um sexo ao outro, também do ponto de vista físico e psicológico. O tratamento hormonal provoca alterações físicas, entre elas, o ganho de peso. O futebol ajuda no aperfeiçoamento da forma física e no controle da ansiedade.

Em campo, o time está só começando, é amador. São 25 jogadores que treinam uma vez por semana em quadra do Sindicato dos Bancários. No domingo passado, quando o jornal O Estado de S.Paulo foi conhecer o elenco, os bancários haviam pedido o local. O jeito foi treinar em uma quadra pública. O "Meninos" só tem um uniforme. As ações de divulgação são feitas por alunos de Comunicação da Universidade Metodista. O time tem até apoio jurídico. Tudo é voluntário.

No próximo fim de semana, a equipe viaja para Curitiba para a Champions Alliance, evento esportivo e cultural da prefeitura local em prol da diversidade. Para conseguir os R$ 2,6 mil da viagem, os jogadores fizeram uma vaquinha de R$ 20 por mês e venderam balas e doces nos semáforos de São Paulo.

O calendário de 2018 é mais ambicioso. A ideia é dar um salto. Os organizadores estudam ampliar o elenco para atuar na várzea e treinar mais. Além disso, querem disputar os Gay Games, maior evento LGBT do mundo, em Paris. Para isso, vão fazer campanha nas redes sociais para arranjar patrocinadores e obter R$ 80 mil. Todos trabalham em outras atividades.

Cristiano Nunes é cabeleireiro e um dos craques do time. Sua habilidade vem dos treinos no Juventus, quando ainda era menina, dos 11 aos 16 anos. Naquela época, era Cristiane Henrique Nunes. Hoje, aos 33, o meia se prepara para fazer a retirada dos seios, um dos principais procedimentos - na visão dos atletas - para se tornar homem. No domingo, quando anunciou que não poderia viajar para Curitiba por causa da cirurgia, chamou o procedimento de "libertação". E foi aplaudido pelos companheiros.

Cristiano não quis aguardar na fila no Sistema Único de Saúde (SUS) para fazer o procedimento. Demora. Claudio Galícia, outro jogador dos Meninos Bons de Bola, conta que sua cirurgia demorou cinco anos. Para juntar os R$ 10,5 mil do procedimento na rede privada, em São Bernardo do Campo, teve de economizar por mais de um ano. "Não sobrava para nada".

Ele é casado há 15 anos e conta que sempre teve uma conversa aberta e franca com sua mulher sobre tudo. O restante da família se divide: uns apoiam, outros fingem não entender ou ignoram sua opção. "O futebol sempre foi uma dádiva e me ajuda em tudo: conter a ansiedade, fazer amigos e viver como sou".

Encontrar modelos transexuais ainda não é tão comum no mundo da moda. Para combater o preconceito e ajudar a dar uma maior visibilidade aos transgêneros, a modelo tailandesa e transexual Peche Di, 27 anos, teve a ideia de criar a ‘Transmodels’, primeira agência de modelos trans em Nova Iorque, nos Estados Unidos.

A agência atualmente trabalha com 19 modelos, alguns homens, mas principalmente mulheres e pessoas que não se reconhecem como homem nem como mulher.

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Entre as modelos está Dusty Rose, que nasceu homem no estado rural do Alabama, e pulou de alegria ao descobrir através das redes sociais a `Transmodels’, após muita rejeição e discriminação. Dusty sonha em um dia ser uma ‘angel’ da Victoria's Secret, as modelos da célebre marca de lingerie. Confira mais dessa história e da trajetória da ‘Transmodels’ a seguir:

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Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que estaria proibindo a participação de transgêneros nas Forças Armadas, a mesma organização do Canadá publicou no Twitter que pessoas de todas as orientações sexuais e identidades de gênero são bem-vindas. 

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Na rede social, a publicação repercutiu positivamente. Usuários agradeceram o posicionamento e elogiaram a postura das Forças Armadas. "Obrigada por ser um vizinho tão incrível, Canadá!", comentou uma usuária. 

O presidente americano Donald Trump anunciou a mudança através da rede social, na tarde da quarta-feira (26).  Ele afirmou que os militares não podem ficar sobrecarregados com custos médicos e devem focar em "vitórias esmagadoras".  

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Nesta quarta-feira (26), Donald Trump afirmou que não irá permitir que transgêneros se alistem no exército americano e, em seu Twitter, disse que eles eram um ‘fardo’ para o serviço militar. Nas redes sociais, muitos cidadãos comuns e nomes famosos se manifestaram contra a declaração do presidente, entre eles, Lady Gaga.

A cantora postou uma resposta ao presidente em suas redes sociais, fazendo questão de marcar sua conta presidencial oficial nos tuites, e mostrou-se indignada com o posicionamento do líder dos Estados Unidos. “A mensagem que você acabou de enviar ameaçou a vida de pessoas em todo os EUA e no exterior que estão servindo bravamente a nossa nação. Pesquisas dizem que ao menos 1/2 de estudantes do ensino médio, universitários e jovens empregados raramente/ nunca discutem com alguém sobre problemas mentais”, escreveu ela.

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“Muitos desses jovens são transgêneros e sofrem diariamente exatamente com esse tipo de isolamento social e segmentação que a sua mensagem incentiva. Sinceramente, você sabia que do grupo que você isolou hoje, 45% deles com idade entre 18 e 24 anos, já tentaram suicídio?”, questionou Lady Gaga, que finalizou dizendo: “Dentro da comunidade Trans, muitos também são fortes e corajosos. Eles devem ser capazes de servir, se o desejarem, e serem honrados por isso, se o fizerem".

Até o momento, Donald Trump não se pronunciou em relação aos questionamentos e críticas da cantora. 

Confira o que o presidente escreveu no seu Twitter as postagens de Lady Gaga:

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Em mais uma ação contra o "legado" de Barack Obama, o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (26) que pessoas transgêneros não poderão fazer parte das Forças Armadas norte-americanas.

"Após consultas com meus generais e especialistas militares, informo que o governo dos Estados Unidos não vai aceitar ou permitir que indivíduos transgêneros sirvam em qualquer competência nas Forças Armadas dos EUA", escreveu em sua conta particular no Twitter.

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De acordo com o presidente, "os nossos militares devem estar focados em vitórias decisivas e esmagadoras e não podem ficar sobrecarregados com tremendos custos médicos e interrupção que um transgênero militar possa envolver. Obrigado".

No entanto, as informações postadas nas redes sociais não dizem o que acontecerá com os milhares de transgêneros que já atuam em diversos níveis das Forças Armadas. Estima-se que até sete mil pessoas que estejam no serviço militar norte-americano sejam transgêneros.

Desde outubro do ano passado, após a revogação da proibição em junho do mesmo ano, as pessoas nessa condição que queriam entrar nas Forças Armadas deveriam ser recebidas como qualquer outro indivíduo. Além disso, aqueles que já estão no serviço e querem fazer o procedimento de mudança de sexo, contam com assistência médica dentro da corporação.

Na época do anúncio, o então secretário de Defesa de Obama, Ash Carter, afirmou que o país "não pode permitir que haja barreiras à entrada das pessoas" que querem servir, já que essas "barreiras não têm nada a ver com as suas qualificações para aqueles postos".

Essa é a segunda medida referente aos transgêneros revogada por Trump. Logo após assumir o cargo, ele revogou a liberação para que pessoas transgêneros usassem os banheiros de acordo com sua orientação em prédios públicos e escolas.

O governo do presidente Donald Trump se prepara para derrubar a diretiva criada pelo então presidente Barack Obama para garantindo a transgêneros o acesso a cômodos segregados por sexo que escolherem, incluindo banheiros.

Em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira, o porta-voz da Casa Branca, afirmou que os departamentos de Justiça e Educação estão trabalhando para implementar a medida, que deve ser anunciada ainda hoje. A medida de Trump deve elevar a discussão no acalorado debate sobre os direitos dos transgêneros, como o acesso a banheiros e vestiários segregados por sexo nas escolhas e prédios estatais.

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No ano passado, Obama alertou a Estados que se recusavam em implementar a medida que tal atitude violava o Ato de Direitos Civis, que impede de forma ampla a discriminação com base no sexo. No entanto, o atual governo pretende emitir um memorando explicando que o motivo para derrubar a diretiva tem base legal.

Ativistas Transgêneros afirmaram que irão organizar manifestações contra a medida. "Isto deve servir como um sinal claro que todas as pessoas precisam se levantar pelos direitos LGBTQ e das crianças transgêneros em particular", afirmou Sarah McBride, porta-voz da Human Rights Campaign. Fonte: Associated Press.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nesta semana entre os conselhos regionais orientação para que médicos transgêneros possam usar o nome social em documentos internos, como crachás, folhas de ponto e contracheques em seus locais de trabalho. O parecer da entidade, porém, não inclui a alteração da carteira profissional, que vale como documento de identificação civil e precisa de autorização judicial para ser modificada.

O entendimento foi expresso em parecer da Coordenadoria Jurídica do CFM e serve como orientação sobre como deve ser enfrentada a dificuldade relatada pelos médicos transgêneros para serem identificados em seus locais de trabalho. Advogados já contam com orientação semelhante desde julho.

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O Decreto nº 8.727/2016, publicado em abril deste ano também dá esse direito a profissionais do serviço público federalPacientes do Sistema Único de Saúde e candidatos do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) também contam com esse direito expresso em normas.

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