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Antônio Sena pilotava um Cessna 210 rumo a uma mina ilegal na Amazônia brasileira quando o motor parou "de repente" e, em poucos minutos, a aeronave caiu. Ele saiu ileso, mas estava perdido no meio da selva.

Aos 36 anos, uma dura prova o aguardava, com 38 dias de uma caminhada incerta, da qual tiraria uma das maiores "lições" de sua vida.

Antes de cair, Antônio conseguiu pilotar o monomotor por cerca de 1.000 metros até um vale, a meio caminho entre a cidade de Alenquer, de onde havia decolado, e a mina ilegal Califórnia, no Pará, um dos milhares de sítios de exploração ilegal da região.

Coberto de gasolina, ele saiu do avião o mais rápido que pôde e pegou "o que fosse útil": uma mochila, 3 garrafas de água, um saco de pão, 4 refrigerantes, corda e um kit de emergência com um canivete, lanterna e dois isqueiros.

Pouco depois, o avião explodiu. Era 28 de janeiro.

Durante os primeiros cinco dias, Antônio ouviu equipes de resgate aéreo procurando por ele, mas não foi encontrado devido à densa vegetação. E então ... nada. “Fiquei devastado, foi a única vez que eu pensei que realmente poderia não sair dali, que poderia morrer”, admite o piloto à AFP em sua residência, em Brasília.

Graças ao GPS do celular, ele determinou sua localização e planejou uma rota para o leste, seguindo a posição do sol. Nessa direção, o mapa marcava duas pistas de voo, o que sugeria a presença humana.

“Tinha água, mas não tinha comida, eu estava vulnerável, exposto a alguns predadores” como a onça, o jacaré ou a sucuri, lembra.

Durante a peregrinação, na qual perdeu 25 quilos, ele refletiu sobre o que aprendeu em um antigo curso de sobrevivência.

- "Selva virgem" -

Natural de Santarém, no Pará, Antônio Sena se autodenomina um amante da Amazônia, um dos biomas mais diversos do mundo.

Então, por que trabalhar levando suprimentos para uma áreas de garimpo ilegal? Só na região amazônica, estima-se que 20.000 garimpeiros procuram ouro, contaminando os rios com mercúrio.

“Eu precisava me sustentar”, explica Antônio, que tem 2.400 horas de voo e já trabalhou em serviços de táxi aéreo no Brasil e em outros países, como no Chade.

Nos últimos anos, ele abriu um restaurante em Santarém, cidade localizada na confluência dos rios Amazonas e Tapajós, mas teve que fechá-lo devido às restrições da pandemia do coronavírus, que já deixou mais de 345 mil mortos no Brasil.

Para sair do aperto, concordou em fazer duas viagens para garimpeiros. "Nunca me senti atraído" por essa possibilidade, "mas era o que eu tinha para conseguir algum sustento", alega o piloto.

Motivado pela ideia de rever seus pais e irmãos, ele caminhou 28 km pelas profundezas da selva, saciou a fome com as mesmas frutas que viu macacos comer e ingeriu três ovos azuis de inhambu, sua única proteína naqueles dias solitários.

“Eu nunca tinha estado em uma área onde a mata é tão virgem, tão intocada. Descobri que a Amazônia não é uma floresta, são 4 ou 5 florestas dentro de uma só”, explica, lembrando que viu manguezais com pequenos caranguejos, pântanos e florestas de vegetação fechada, com orquídeas no alto das árvores.

- "Nunca mais voarei para o garimpo" -

No 35º dia de caminhada, Antônio ouviu pela primeira vez algo estranho na selva, o som de uma motosserra ao longe. No dia seguinte ele ouviu o barulho novamente e caminhou em sua direção, até que se deparou com um acampamento de catadores de castanhas-do-pará, sua salvação.

Maria Jorge dos Santos Tavares, que colhe castanhas há 50 anos com a família, ajudou-o a entrar em contato com a mãe para lhe dizer que o filho está vivo.

“Ela me deu comida, me deu roupas limpas”, lembra Antônio. “São pessoas pelas quais agora tenho um carinho enorme”, acrescenta.

Ser salvo por uma família que vive "em harmonia" com a natureza é uma "lição muito grande" para o piloto.

“Apesar de todas as circunstâncias que me levaram a fazer aquele voo (...), ser encontrado justamente por uma família de extrativistas, de pessoas que trabalham em conexão [com a natureza], que não agridem a floresta de forma alguma, foi mágico, "admite.

“Com certeza eu nunca mais voarei para o garimpo”, promete.

Enquanto acompanhamos as polêmicas e tensões do BBB21, a Globo já está preparando a volta de um famoso reality show: No Limite! De acordo com a colunista Fábia Oliveira, a emissora está mantendo o retorno do programa em segredo, mas já está em busca de competidores e de uma praia isolada no Nordeste, para começar aos poucos a produção.

A escolha do local tem que ser boa por conta do isolamento, mas também onde seja possível ter uma infraestrutura para abrigar ali perto uma equipe de 50 pessoas que farão a atração acontecer.

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Lembrando que No Limite foi o primeiro reality show brasileiro. O programa, que testa a resistência de participantes que são obrigados a viver no meio da floresta, estreou na Globo em 2000 e contou com Zeca Camargo como apresentador. Durou apenas quatro temporadas, chegando ao fim em 2009.

Ainda não há um nome para o posto de apresentador, mas dizem que Marcos Mion está sendo sondado. Após sua saída da Record, ele atiçou os fãs, mas não revelou quais serão seus novos projetos.

Em maio de 2020, Boninho, diretor da Globo, já havia dado esperança aos fãs ao postar uma foto dos bastidores da edição de 2009, em que aparece ao lado de Zeca Camargo, Ana Maria Braga e a dupla Simone e Simaria. No Instagram, ele escreveu:

"Boas lembranças. Será que isso quer dizer que vamos ter um novo No Limite?"

Charlie ainda é Charlie? Mais de cinco anos após o atentado que dizimou sua redação, o semanário satírico francês continua a se apresentar como um baluarte da liberdade de expressão e mantém intacto seu tom provocativo, embora seus objetos de ironia estejam mudando.

"Antes mandávamos ao inferno Deus, o exército, a Igreja, o Estado. Atualmente, tivemos que aprender a mandar para o inferno associações tirânicas, minorias egomaníacas, blogueiros e blogueiras que nos repreendem como se fôssemos educadores", escreveu em janeiro Riss, o diretor de redação, por ocasião do quinto aniversário do massacre.

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Em 7 de janeiro de 2015, os irmãos jihadistas Said e Chérif Kouachi invadiram a sede do Charlie Hebdo em Paris e mataram 12 de seus colaboradores, incluindo os renomados cartunistas Cabu, Charb, Honoré, Tignous e Wolinski.

Os autores dos ataques pensaram "vingar" Maomé dessa forma, depois que o semanário publicou várias charges zombando do profeta, da mesma forma que costuma debochar de outras religiões, o que é permitido na França, onde o crime de blasfêmia não existe.

A linha anticlerical foi a marca registrada da casa desde a sua fundação, em 1970, embora ao longo do tempo seus cartunistas zombassem de tudo e de todos, a ponto de enfrentar denúncias de difamação por parte da Igreja, empresários, ministros e celebridades que obrigaram seu fechamento por 11 anos, entre 1981 e 1992.

Mas sua irreverência não diminuiu e as sátiras ao Islã a tornaram alvo de ameaças por anos.

"Virar a página"

No atentado de 2015, o Charlie Hebdo perdeu vários de seus melhores profissionais e alguns dos que sobreviveram partiram pouco depois, traumatizados. Foi o caso de Luz, pilar da escrita e autor do desenho de Maomé proclamando "Tudo está perdoado", capa do primeiro número pós-ataque, o qual vendeu quase 8 milhões de cópias.

"Cada vez que fechamos um número é uma tortura porque os outros não estão mais lá. Passar noites sem dormir, invocando os desaparecidos, imaginando o que Charb, Cabu, Honoré, Tignous teriam feito é cansativo", confidenciou Luz ao jornal Libération.

Desde então, o cartunista tem se dedicado aos quadrinhos e entre suas publicações se destaca "Catarse", onde conta como se recuperou do ataque, do qual escapou por pouco. Patrick Pelloux também saiu devido à necessidade de "virar a página".

O jornalista Philippe Lançon ficou e no livro "Le Lambeau" narra como viveu o atentado e o doloroso processo de reconstrução facial que sofreu depois de ser gravemente ferido, ganhou vários dos mais prestigiosos prêmios literários da França.

Cruzada contra "novos censores"

À frente da redação está Riss (Laurent Sourisseau), cartunista do semanário há quase 30 anos.

Sucedeu Charb após sua morte no atentado - ele foi ferido no ombro - e realizou a reforma da redação com a chegada de novos jornalistas.

"Hoje em dia, o politicamente correto impõe uma grafia de acordo com o gênero, nos aconselha a não usar palavras supostamente incômodas", Riss ataca, atacando os "novos censores" que "se acreditam os reis do mundo por trás de seu teclado telefônico" .

"As chamas do inferno de outrora deram lugar aos tuítes reveladores de agora", acrescenta.

Aumento nas vendas

Quanto às vendas, o ataque reverteu um período financeiramente difícil. Dos cerca de 20.000 exemplares semanais vendidos nas bancas e 10.000 assinantes, o Charlie Hebdo, que vive sem publicidade ou subsídios, se beneficiou de uma onda de solidariedade que o levou a adicionar 240.000 assinantes em fevereiro de 2015.

Posteriormente, os números se estabilizaram e atualmente cerca de 25 mil cópias são vendidas a cada semana, além de cerca de 30 mil assinaturas. O seu volume de negócios passou de 5 milhões de euros (5,9 milhões de dólares no câmbio atual) em 2014 para mais de 8 milhões no ano passado (9,4 milhões de dólares).

Depois do atentado, o semanário tornou-se a primeira mídia francesa a adotar o estatuto de empresa solidária de imprensa, pela qual se comprometeu a reinvestir 70% dos lucros anuais e com o restante se financiar.

No ano passado, Riss, que detém dois terços do capital do Charlie Hebdo, cedeu algumas partes a três membros da redação, com o objetivo de preparar uma futura mudança geracional à frente da publicação.

O teto federal de gastos será necessário enquanto não forem feitas reformas estruturais na economia brasileira, disse nessa quarta-feira (19) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em discurso na solenidade de sanção de programas de ajuda para micro, pequenas e médias empresas, o ministro afirmou que pode ser necessário travar o piso de gastos obrigatórios para que o governo possa retomar a capacidade de investimentos.

“O teto sem as paredes, com o piso subindo, é uma questão de tempo. Então vai ter um momento em que nós vamos ter que superar isso e travar o piso, recuperando o espaço para os investimentos públicos e para as decisões corretas. Enquanto isso não houver, o teto é indispensável. É como se fosse uma promessa de seriedade na condução dos orçamentos públicos”, declarou o ministro.

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Para o ministro, o teto e as reformas estruturais são indispensáveis para que o Brasil alcance uma trajetória de crescimento sustentável a partir de 2021. Segundo ele, as medidas de estímulo ao crédito, aliadas à retomada das exportações e à recuperação da construção civil podem ser executadas paralelamente ao aprofundamento das reformas.

Confiança

Em seu discurso, o ministro reafirmou a proximidade com o presidente Jair Bolsonaro, indicando a confiança mútua entre os dois. “Desde que eu conheci o presidente, eu confiei. Ele não me faltou a confiança nunca, e eu espero também não ter faltado em nenhum momento. Nós estamos juntos”, declarou.

Guedes ressaltou que o tempo das reformas corresponde à política e que quem tem os votos é o presidente. Disse que medidas como o auxílio emergencial, o saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o estímulo ao crédito para empresas de menor porte darão ignição para que a economia reaja até o fim do ano. A partir de 2021, no entanto, a preocupação com as contas públicas deve ser retomada.

“Tudo isso agora está empurrando a economia neste final de ano, e nós esperamos ir aprofundando as reformas. De forma que o Brasil, já olhando para o ano seguinte, está de volta no trilho do desenvolvimento sustentável, que é onde estávamos antes”, comentou o ministro.

A Huawei, que está na lista negra dos Estados Unidos, gerará um faturamento menor do que o esperado em 2019 e em 2020 dará prioridade a sua "sobrevivência", afirmou nesta terça-feira a gigante chinesa de telecomunicações.

O grupo, que Washington acusa de possível espionagem em benefício de Pequim, espera para 2019 um faturamento de 850 bilhões de iuanes (109 bilhões de euros, 121 bilhões de dólares), ou seja, um aumento de aproximadamente 18% em relação ao ano anterior, conforme afirma em sua mensagem de Ano Novo Eric Xu, que ocupa a presidência rotativa da Huawei.

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"Esses números são inferiores às nossas previsões iniciais", reconheceu, denunciando os esforços dos Estados Unidos para esmagar a empresa. "No entanto, o negócio continua forte e resistimos às adversidades", acrescentou Xu.

O ano de 2019 foi difícil para o celular número dois do mundo porque o governo Trump proibiu que as empresas americanas vendessem equipamentos para a Huawei.

A gigante chinesa está, portanto, fora do acesso ao sistema operacional Android do Google, o que a expõe a não poder oferecer aplicativos muito populares aos seus clientes. Nesse contexto, "a sobrevivência será nossa principal prioridade", disse Eric Xu.

- Um ano difícil -

"Em 2020, continuaremos na lista negra dos Estados Unidos. ... Será um ano difícil para nós", alertou. "O governo dos Estados Unidos continuará a combater o desenvolvimento de tecnologia de ponta".

Diante do desafio americano, "devemos aumentar a diversidade de nossa cadeia de suprimentos, essencial para nossa segurança", explicou. "Qualquer risco ao bom funcionamento do negócio deve ser considerado uma questão de vida ou morte", alertou ainda.

É improvável que em 2020 a pressão dos Estados Unidos sobre a Huawei relaxe devido ao contexto de rivalidade com a China "pelo controle tecnológico global", disse à AFP Kenny Liew, analista da Fitch Solutions.

Como consequência, a Huawei deve confiar mais no mercado chinês para estimular o crescimento, acredita Liew. A mensagem da direção da empresa é acompanhada de um aviso aos funcionários.

"Vamos afastar rapidamente os chefes medíocres", um destino que afeta 10% dos gerentes com desempenho inferior a cada ano, disse ele. As equipes que não contribuírem o suficiente para a competitividade serão "mescladas ou reduzidas".

A Huawei é considerada líder mundial em dispositivos 5G, a quinta geração de internet móvel. Washington teme que o regime comunista chinês controle futuras redes globais através da Huawei.

O governo Trump pressiona seus aliados para convencê-los a parar de cooperar com a Huawei.

O grupo chinês foi fundado por um ex-engenheiro do exército chinês, cuja filha, Meng Wanzhou, diretor financeiro da Huawei, está em prisão domiciliar no Canadá e espera ser extraditada para os Estados Unidos, que suspeita que ela violou um embargo contra o Irã.

O mundo tem mudado cada vez mais rápido. Acompanhar essas tendências já não é mais opção, é questão de sobrevivência. A lista das empresas que se recusaram a inovar para acompanhar o mercado e acabaram declarando falência não é pequena e desconhecida. Blockbuster, Kodak, Xerox, Yahoo... todos esses nomes fizeram história no mercado mundial e acabaram sendo esquecidas por não entender a necessidade de inovar.

O primeiro passo para entender a inovação nas empresas é não pensar que ela está restrita apenas à uma nova gestão empresarial criativa. Mas, que inovar também está ligado a ofertar serviços diferenciados, melhorar a produção, reinventar a distribuição, proceder a transformação digital em uma empresa já existente. Inovar é avançar com os negócios, é reinventar os processos, é identificar oportunidades, e é, inclusive, ganhar mais, gastando menos.

É um grave erro achar que apenas grandes empresas conseguem inovar. A inovação precisa ser características tanto de pequenos quanto de grandes negócios. Empresas inovadoras pensam de dentro para  fora, criando um capital intelectual, conversando com seus funcionários e enxergando problemas como oportunidades.

 Podemos entender o processo de inovação de duas maneiras: emergente e disruptivo. Entendê-los é fácil. A inovação disruptiva está diretamente ligada a fazer algo novo, do zero. É quando um produto, processo ou negócio nunca visto antes é criado e colocado em prática. Já a inovação emergente é aquela que traz a proposta e garantia de melhorias de algo que já existe.

 É importante ressaltar que o empreendedor não deve pensar em inovação como um custo para seu negócio. Não importa se a inovação é básica ou radical, o processo gera impactos e muitos resultados positivos além do lucro, propriamente dito. Inovar traz, acima de qualquer coisa, visibilidade para o negócio.

Inovação virou item imprescindível que há rankings de avaliação anuais para identificar as empresas mais inovadoras, como o Ranking Fast Company que reúne as 50 empresas mais inovadoras e, em 2017, elegeu a Amazon como a mais inovadora – a empresa é focada em buscar melhorias na experiência dos clientes nas compras.

 Inovar é, acima de qualquer coisa, questionar. A melhor forma de iniciar o processo de inovação é colocar-se no lugar do seu cliente e perguntar o que pode ser feito para melhorar o produto ou serviço oferecido. É desafiar-se a fazer diferente e melhor. É buscar sempre o novo e saber que não há fórmula certa para o sucesso, mas que adicionando-se criatividade com ação  ao processo empreendedor, a inovação será uma constante.

As startups brasileiras ainda não conseguem se sustentar adequadamente. É o que mostra levantamento da Pieracciani Desenvolvimento de Empresas, consultoria especializada em inovação: 74% das empresas desse tipo não sobrevivem mais do que cinco anos. Os motivos são vários, mas a falta de inovação - que deveria ser uma premissa da startup - influencia fortemente no fracasso do empreendimento. O mesmo apontamento pode ser feito para empresas tradicionais: no cenário atual, não inovar traz risco de falência.

É grande o número de empresas que sofreram grandes perdas ou mesmo foram à falência por relutarem a abraçar novas tecnologias ou manterem seus produtos os mesmos sempre. Um grande exemplo é o da Kodak: a empresa, que fora a maior do mundo no ramo de fotografia, faliu porque não se antecipou às tendências do mercado – as câmeras digitais, mais tarde também substituídas por smartphones. Insistiu na venda dos filmes fotográficos, que viriam a deixar de ser utilizados. A quebra poderia ter sido evitada se a companhia investisse em inovação – inclusive, por seu tamanho, teria a chance de, mais uma vez, ser pioneira no setor.

 

Hoje, a tecnologia além de ser um dos principais instrumentos da inovação, é uma necessidade e um diferencial. Explorar as possibilidades dos recursos tecnológicos torna-se obrigatório para as empresas que querem sobreviver e ter sustentabilidade no competitivo mercado atual. Tais recursos estão disponíveis para serem bem usados como forma de criar inovação, desenvolver novos e melhores produtos ou serviços e garantir a liderança aos que melhor souberem usufruir deles.

A situação requer ainda mais atenção quando se pensa que, justamente pelo avanço da tecnologia, a competição já não é mais local, e sim global. Empresas precisam ter em mente que seus competidores, que outrora estavam a quadras ou bairros de distância, hoje podem estar espalhados pelo mundo, em virtude da aldeia global. Não existem mais fronteiras geográficas. Cresce também o número de empresas de tecnologia e de ferramentas de computadores, que ameaçam atividades tradicionais - vide o Google, a Netflix, o Spotify, a Amazon, a Microsoft entre outras. Parece alarmista, e pode até ser, mas as corporações, quaisquer que sejam seus tamanhos ou setores de atuação, precisam estar atentas às transformações que acontecem cada vez mais rápido.

Vivemos uma realidade de mercado que tirou o poder das grandes empresas e o transferiu principalmente para o consumidor. É o público que define o que quer consumir e é justamente isso que torna a competição mais difícil: os gostos mudam e, principalmente, são diversos. A experiência precisa ser personalizada. Esse contexto já levou muitas empresas a criarem departamentos internos de inovação, a fim de desenvolver sempre soluções compatíveis com o que a clientela exige em cada momento. Esse é o futuro, ou melhor, deveria ser o presente de toda companhia que quer ter um futuro.

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Todo dia 29 de janeiro, dia da Visibilidade Trans, a população LGBTQ+ tenta chamar a atenção da sociedade para os problemas que essa população enfrenta diariamente, tendo os seus direitos negados e suas vidas ceifadas. Há 15 anos que a última semana de janeiro é voltada fortemente para as causas trans, em especial.

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Nesta data, "as lutas são comemoradas junto com as histórias de resistência da população de travestis, mulheres transexuais, homens trans e demais pessoas trans que tem urgência de visibilidade, representatividade e ocupação de espaços que sempre foram negados historicamente para a nossa população", aponta o dossiê elaborado pela Associação Nacional De Travestis e Transexuais Do Brasil (Antra), junto com o Instituto Brasileiro Trans De Educação (Ibte).

O documento traz o levantamento sobre o número de pessoas trans mortas no Brasil que, inclusive, segue na liderança no ranking dos assassinatos de pessoas trans no mundo, sendo o país responsável pelos 41% de todos trans assassinados no planeta.

De acordo com o dossiê, no ano de 2018 ocorreram 163 assassinatos de pessoas trans, sendo 158 travestis e mulheres transexuais, 4 homens trans e 1 pessoa não-binária (pessoas cuja identidade de gênero não é nem inteiramente masculina nem inteiramente feminina).

Separando os assassinatos de pessoas trans por estado, em dados absolutos, no Rio de Janeiro foi onde mais se matou trans em 2018, com 16 assassinatos. A Bahia ficou em segundo lugar, com 15 casos. Pernambuco aparece em décimo lugar, com 7 assassinatos de transexuais.

Acre e Amapá foram os únicos estados que não tiveram nenhum caso notificado. O levantamento é feito de forma quantitativa e a partir de pesquisas dos casos em matérias de jornais e mídias veiculadas na internet. "vale ressaltar que houve um aumento de 30% na subnotificação dos casos pela mídia. O que compromete os resultados e faz parecer que houve uma queda nos assassinatos, quando na verdade houve um aumento na invisibilidade destas mortes", frisa os elaboradores do Dossiê.

O Mapa dos Assassinatos de 2017 contabilizou 179 assassinatos de travestis e transexuais. Em 94% dos casos, os assassinatos foram contra pessoas do gênero feminino.

O nordeste é a região de maior concentração dos assassinatos de pessoas trans no Brasil, com 36,2% dos casos, seguido da Região Sudeste, com 27,6%. Os Jovens são os que mais estão diretamente ligados às diversas formas de violência. O Mapa dos assassinatos aponta que 60,5% das vítimas tinham entre 17 e 29 anos.

Tanto a Antra, quando o IBTE, salientam que, apesar de não haver dados oficiais sobre a população de travestis e transexuais no Brasil, a estimativa das entidades é de que 1,9% da população seja "não-cisgênera", ou seja, que não se identificam com o seu gênero de nascença.

Contexto Social

Em levantamento, a Antra aponta que 90% da população de travestis e transexuais utilizam a prostituição como fonte de renda, devido à falta de escolaridade e à exclusão familiar. A entidade estima que aos 13 anos de idade, travestis e mulheres transexuais são expulsas de suas casas pelos pais.

São exatamente esses profissionais do sexo que foram massivamente assassinados em 2018. O Mapa dos Assassinatos detectou que 65% dos casos aconteceram contra aquelas que usavam o próprio corpo para sobreviver.

"O que denota o ódio às prostitutas, em um país que ainda não existe uma lei que regulamenta a prostituição que, apesar de não ser crime, sofre um processo de criminalização e é constantemente desqualificada por valores sociais pautados em dogmas religiosos que querem manter o controle dos seus corpos e do que fazemos com eles", salienta os elaboradores do dossiê.

É diante desse contexto catastrófico que o Mães Pela Diversidade se reúnem e tentam chamar a atenção da sociedade. Tudo na tentativa de parar com o extermínio sofrido pela população LGBTQI+, de uma forma em geral.

O levantamento organizado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais e o Instituto Brasileiro Trans de Educação trazem apenas um recorte das mortes, que neste caso foram direcionadas contra a vida de Travestis e Trans. O que o Mães Pela Diversidade e tantas outras pessoas que se enquadram nessa comunidade querem é que todas as vidas sejam preservadas, seja de uma pessoa hétero ou não. Eles só pedem por um direito constitucional: viver.

Uma bebê identificada como Sahiba, de apenas 1 ano de vida, caiu dos braços da sua mãe e ficou entre os trilhos, no exato momento em que um trem passa. Sahiba não só sobreviveu, como saiu sem um arranhão em seu corpo. O caso aconteceu nesta última terça-feira (21), no estado indiano de Uttar Pradesh.

Um vídeo compartilhado nas redes mostra a bebê imóvel entre as linhas dos trilhos e, após a passagem do trem, um homem desce para pegar a menor e entregá-la para a mãe que ficou em estado de choque com a situação.

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O pai de Sahiba, Sonu, falou à imprensa indiana que sua esposa foi empurrada enquanto descia do trem, fazendo com que a criança escorregasse para fora de seus braços.

 





 

As equipes de resgate da ONG espanhola Proactiva Open Arms descobriram no mar uma mulher que conseguiu sobreviver ao naufrágio de um barco ao ficar agarrada a dois mortos, outra mulher e uma criança.

A ONG estava patrulhando o litoral da Líbia, de onde parte a maioria dos migrantes com destino à Europa, quando fez a macabra descoberta.

A mulher, uma camaronesa de 40 anos, flutuava agarrada aos restos do barco e junto aos corpos dos dois migrantes que não conseguiram sobreviver.

Ela foi atendida pelos médicos com sintomas de hipotermia e trauma emocional.

Os dois corpos já se encontravam em estado de decomposição.

Após uma fase de testes, a Epic Games lançou oficialmente o game "Fortnine" nos iPhones nesta segunda-feira (2). O jogo de sobrevivência está disponível gratuitamente na App Store e funciona em dispositivos com o iOS 11 ou posterior. Uma versão para Android está em desenvolvimento.

Em "Fortnine", até 100 jogadores lutam até a morte em um mapa que diminui de tamanho ao longo da partida. O último que ficar vivo, ganha. Para conseguir se sair bem no desafio, o usuário deve vasculhar instalações, casas e outros locais em busca de armas, equipamentos e medicamentos.

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O jogo já ocupa o 4º lugar do ranking da App Store no Brasil. Além dos smartphones, "Fortnine" também está disponível nas plataformas PC, PlayStation 4 e Xbox One. Em fevereiro, o game registrou um pico de 3,4 milhões de jogadores. A Epic Games espera lançar uma versão para o Android nos próximos meses, mas ainda não definiu uma data oficial.

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O amor pelo cachorro colocou um menino de oito anos em risco de morte. O garoto estava em busca do seu animal quando entrou na área de uma lagoa congelada em New Harmony, nos Estados Unidos. O gelo sob seus pés cedeu e ele caiu nas águas congelantes. Apesar de parecer impossível, ele sobreviveu após passar 30 minutos submerso. O caso aconteceu na noite de Natal.

O socorro só chegou após outra criança ver o incidente e correr em busca de ajuda. Conforme a imprensa local, um sargento foi acionado. Ele precisou quebrar o gelo e mergulhar em busca do garoto. O resgate teve a ajuda de uma testemunha que disse ter visto a mão do menino, então, com essa informação, a autoridade seguiu a pista para encontrá-lo. 

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O agente que o resgatou informou que viu a cabeça dele e já o puxou para fora da água e acionou os paramédicos. No local, ele foi considerado um herói, mas ambos precisaram receber atendimento por conta da hipotermia e pequenos ferimentos. Já o menino, foi achado a sete metros da beira da lagoa. As informações são de que ele foi atendido e estava se recuperando bem, no entanto, não se sabe se o cão foi recuperado apesar do esforço.

Em todas as grandes festividades, o cenário encontrado é o mesmo, o que não seria diferente durante os festejos juninos. De um lado, a alegria, restaurantes lotados e filas grandes nas barracas típicas que requer paciência para quem quiser comprar algo. Do outro, pessoas que aproveitam a ocasião das grandes festas para aumentar um pouco sua renda. Pessoas como Juarez da Silva, 54 anos, catador de latinha “desde que se lembra”, palavras dele. Ontem (24), no Alto do Moura, bairro localizado no município de Caruaru, em meio ao pequeno espaço para andar por terem sido tomadas por quem ali foi aproveitar o dia e a noite, seu Juarez se abaixava pedindo permissão a um e a outro, passando despercebido na maioria das vezes enquanto tentava pegar o maior número de latinhas possíveis. Juarez, em conversa com o LeiaJá, contou que consegue, em “dias desse jeito”, se referindo aos dias atípicos do São João, arrecadar 23 reais por noite com a venda das latinhas. 
De acordo com ele, o quilo da latinha é vendido a três reais. A resposta exata do valor que ganha também foi a mesma quando questionado se a quantia não era pequena diante do tamanho do trabalho. Caso trabalhasse durante o mês inteiro de festas, tiraria em torno de R$ 690 reais. “Eu aprendi que não se deve fazer nada de errado. Então, trabalho para ter as minhas coisas e para ajudar a minha mãe, eu faço isso. Tem que trabalhar”, disse em um tom baixo e tímido, porém firme na certeza de que sabia o que estava falando. 
Do dinheiro da festa de São João, o catador diz que compra “feijão e farinha”. “Moro no Alto do Moura, naquelas casinhas de lá. Moro eu e a minha mãe. Daqui a pouco e vou para lá ficar com ela”, contou ao se despedir.

Aos oito anos, o menino Jake Vella se vê dependente da prática do triátlon para se manter vivo. Isto aconteceu após descobrir, em 2015, que é vítima de uma síndrome rara que acomete somente 75 pessoas – documentadas – no mundo inteiro. A doença é um distúrbio hormonal com capacidade de fazer a pessoa engordar constantemente, independentemente de atividades físicas.

No caso de Jake, o seu hipotálamo – que faz o elo entre os sistemas nervoso e endócrino – tem uma desregulação, causando obesidade. Esta síndrome é conhecida pela sigla ROHHAD e não possui cura, dando ao paciente uma estimativa de 5 a 9 anos de vida. Por conta disso, o menino passou a praticar a modalidade que une corrida, pedalada e nado. 

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Moradores do arquipélago de Malta, ao Sul da Europa, no Mar Mediterrâneo, a criança realiza esse tipo de exercício que, segundo sua mãe, Maruska Vella, o mantém em forma e ativo e ainda lhe dá a chance de socializar. Além disso, ela conta que Jake leva uma vida normal, vai à escola e tem aulas de música, no entanto, há um cuidado absoluto para que não fique doente, afinal, isso pode gerar complicações. Ele também não pode fazer viagens longas. 

A rotina de treinos do menino consiste na prática três vezes por semana na Associação de Triatlo Jovem de Malta, mas, quando compete, a organização do evento aplica condições especiais no julgamento do garoto. Isto porque há um limite de temperatura corporal e batimentos cardíacos possíveis a se chegar, no caso de Jake. Apesar de todas as suas limitações, o treinador do garoto afirma que ele é muito positivo, dedicado e motivado.

 

Uma equipe de cientistas australianos descobriu que os peixes em perigo de serem devorados emitem uma substância química, uma espécie de "apelo por ajuda", para atrair outros predadores e escapar durante a confusão.

Até o momento os cientistas sabiam que os peixes que são dominados por um predador produzem uma substância em sua pele que alerta os demais sobre o perigo. Mas desconheciam que os "apelos por ajuda" também os ajudavam a sobreviver.

"Após um minuto (de emissão da substância) se produz uma pequena aglomeração de predadores", disse à AFP um dos autores do estudo, Mark McCormick, da Universidade James Cook. "Para os predadores é como se alguém tocasse o sinal que indica o horário da refeição. Então chegam outros predadores e começam a perseguir o primeiro predador que havia atacado o peixe", explicou. O estudo mostra que em 40% dos casos o primeiro predador acaba soltando o peixe, que assim consegue escapar e sobreviver.

A pesquisa, publicada na revista científica Proceedings of the Royal Society B., se concentrou nos peixes Damisela — uma espécie de tamanho pequeno que vive em águas tropicais —, que apresentam características similares a peixes maiores como a truta de coral ou o pargo.

Segundo os cientistas, o próximo passo é investigar porque os pedidos de socorro são menos eficazes com a degradação dos recifes de coral. "Quando os recifes se degradam, os sinais químicos de algumas espécies ficam alterados. O que acontece é que o entorno acaba por modificar ou esconder estes sinais de alarme químicos", explica McCormick, que trabalha no Centro de Estudos dos Recifes de Coral da universidade.

Os bombeiros do Curso de Salvamento no Mar (CSMar) começaram na manhã desta sexta-feira (9) o teste de sobrevivência no mar. A equipe de 14 bombeiros permanecerá 24 horas em alto mar simulando uma ação de resgate frustrada, em que as embarcações utilizadas para o salvamento ficam a deriva com motores quebrados.

Dividido em três botes infláveis, o grupo começará a ação sem comida nem água. Só na fase final do teste, uma aeronave “localizará” as embarcações e enviará um destilador de água e uma ração militar. Os bombeiros também poderão tentar capturar peixes para garantir um alimento extra.

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Os profissionais começaram a prova na Praia de Casa Caiada, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Esta é a penúltima atividade para quem quer se tornar um guarda-vidas.  

 

Com o passar do tempo, alguns negócios vão saindo da cena mercadológica, pois são substituídos por outros tipos mais tecnológicos e práticos para os consumidores. As locadoras de vídeos passaram por momentos de glórias entre os anos 90 e 2000, mas com a ascensão dos tipos de conteúdo televisivo on demand – em que o telespectador é agente ativo naquilo que quer assistir, com a vantagem da praticidade de ter tudo virtualmente – e o fortalecimento de novas mídias, as casas de aluguel de filmes foram perdendo espaço no mercado. Entretanto, ainda existem aquelas que resistiram ao tempo e continuam se reinventando para não saírem de cena. 

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Localizada no bairro do Rosarinho, na Zona Norte do Recife, um estabelecimento comercial colorido e com a entrada repleta de pôsteres de filmes recém-lançados revela sua persistência no mercado. A locadora de filmes Loc Point está no mercado há cerca de 20 anos. O dono do estabelecimento, Jurandir França, revelou, em entrevista ao Portal LeiaJá, que é apaixonado pelo segmento cinematográfico e por isso continua com o funcionamento do local. “Para quem ama cinema é mais fácil de manter o estabelecimento funcionando, porque sempre há novas ideias e a forma de atendimento é personalizada”, conta.

Serviços como Netflix e Pop Corn Time, que permitem o conteúdo on demand, não assustam o negócio de Jurandir. “Uma coisa é estar na frente do computador, onde não há interação. Estar em uma locadora, onde você pode tocar na capa do filme, vê-la em detalhes e ainda discutir com os funcionários sobre o enredo, o que contém, entre outras coisas, é o que dá vida e faz de uma locadora um local mágico”, diz. 

Apesar dos cerca de três mil clientes ativos, que podem escolher mais de sete mil títulos, dos mais diversos, a Loc Point precisou ser reinventada e se adaptar nas vendas. Além dos DVDs e Blu-Rays, a locadora também prepara o cliente para uma sessão de cinema. “Aqui também vendemos os aperitivos, como num cinema: doces, salgadinhos, refrigerantes. Isso tudo, quando aliado às locações, ajuda no lucro da empresa”, conta França. 

O movimento da locadora de filmes é bem ativo. Por semana, a estimativa é que saiam cerca de 800 títulos. O valor do aluguel vai de R$ 5 a R$ 7. O cliente pode ficar com o filme por pelo menos um dia. “Nosso atendimento é diferenciado, porque só trabalham aqui pessoas que gostam de cinema e entendem do assunto. Acho que isso é um grande ponto para ter o estabelecimento ainda funcionando. A clientela que vem aqui é da mais variada possível, desde crianças e adolescentes, até ex-governadores”, comenta Jurandir França. Sobre como ter um negócio desse ramo nos dias atuais, França explica: “Só funciona para quem está no mercado há muito tempo, quem tem clientela fiel e um acerto realmente grande”.

A estudante de direito Ana Paula Teixeira consome os filmes alugados porque acha mais interessante. “É algo mágico pegar no filme, ver quem são os atores, os diretores, tudo”, opina. Ela frequenta locadoras principalmente por conta do acervo. “A quantidade de filmes é muito maior do que nesses locais como Netflix. Filmes estrangeiros também são difíceis de encontrar e em locadoras é tudo mais fácil nesse aspecto”, complementa.

O analista de Atendimento Individual do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Vitor Abreu, explica que quem vai abrir ou tem um negócio em um ramo mais defasado mercadologicamente deve ficar atento ao que pode ser reinventado. “Primeiramente o empresário deve pensar qual o modelo sustentável para o negócio. Ou seja, como ele vai obter a forma mais reaproveitável possível. Ele também tem que ver a questão da praticidade. O que vai trazer de prático ao cliente? Quais rodutos devem ter que os outros locais não tenham? Tudo isso a pessoa tem que pensar e refletir”, explica. Sobre os exemplos de como manter o estabelecimento nessas condições, Abreu diz que o empresário deve dar valor ao estabelecimento oferecendo serviços diferenciados. “É interessante que a pessoa pense em agregar valor ao produto, associar com algum outro e ainda oferecer praticidade, muita praticidade. No caso das locadoras, por exemplo, pode ser oferecido o serviço de delivery, em que o cliente recebe o produto em casa. Ou ainda melhor: colocar os filmes em um acervo online. Da própria casa o cliente pode escolher e pagar por aquele título". 

A forma de ver filmes vem mudando desde sua criação até os dias atuais. O professor de cinema da Universidade Federal de Pernambuco, Rodrigo Carrero, explica que a forma de assistir filmes, desde a criação do cinema, passando pelas locadoras e chegando aos aplicativos on demand, vem mudando, mas ao mesmo tempo aproximando o sentimento de posse. “Antes a pessoa só podia assistir um filme se pagasse para ir a uma sala de cinema. O sentimento de coletividade era realmente algo enorme. Nos anos 90, com a ascensão das locadoras, quem locava o filme não era realmente dono daquele objeto, mas tinha a posse dele por alguns momentos. Com os anos 2000, a facilidade de comprar DVDs cresceu muito e, consequentemente, o consumidor se tornou dono daquilo que ele só tinha posse por certo tempo. Com o surgimento do Netflix e afins, o retorno da ideia de não ser dono voltou à mente dos consumidores”, explana o professor. 

 

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) divulgou, nesta quarta-feira (10), o estudo 'Sobrevivência das Empresas'. O levantamento mostrou que, a cada 100 criadas no Brasil, 76 sobrevivem aos dois primeiros anos de vida.

A região com maior número de empreendimentos que superam a barreira dos dois anos de vida é o Sudeste. Nela, também se concentra a maior quantidade de pequenos negócios e o índice de sobrevivência atingiu 78%. O Sul do País teve um índice de 75,3% e em seguida apareceu o Centro-Oeste, com 74%. O Nordeste brasileiro apresentou 71,3% e o Norte 68,9%.

“A taxa de sobrevivência é muito alta e se deve principalmente a três fatores: legislação favorável, aumento da escolaridade e mercado fortalecido”, avaliou o presidente do Sebrae, Luiz Barreto, conforme informações da assessoria de imprensa da instituição.

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