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Assim que terminou o jogo com o Brasil, Messi se juntou aos companheiros e foi comemorar onde estavam posicionados os torcedores argentinos no Maracanã. Após atuação abaixo do esperado, o camisa 10 admitiu que sentiu uma lesão e não jogou em totais condições. E aproveitou para criticar o despreparo da polícia em confusão nas arquibancadas.

Antes de a bola rolar, policiais separaram princípio de confusão entre brasileiros e argentinos com muita violência, com golpes de cassetetes, e Messi correu para o local para pedir calma. Vendo a agressividade, tirou a seleção de campo e após o apito final não poupou críticas.

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"Vimos como a polícia estava batendo nas pessoas e estávamos com alguns familiares nossos aqui. Isso aconteceu também na final da Libertadores. Eles estão mais focados nisso do que em jogar", reclamou Messi. "Nos somos uma família e decidimos jogar para acalmar a situação."

Sobre o jogo, revelou que sentiu uma leve lesão muscular e que atuou no sacrifício. Por isso, provavelmente, não mostrou explosão nos lances e acabou passando despercebido em campo.

"Senti a lesão no início da partida, mas aguentei. Não é forte e espero voltar melhor. Mas hoje eu realmente não joguei 100%", admitiu, antes de expressar toda sua alegria pelo triunfo e a manutenção da liderança isolada das Eliminatórias.

"Este grupo continua a conquistar coisas históricas. Eu amo essa equipe e sempre fico feliz em jogar aqui. E sempre gosto de vencer o Brasil", comemorou. "Vaiado e também aplaudido por alguns brasileiros, optou pela diplomacia ao comentar seu sentimento no estádio. "Quero agradecer também o apoio da torcida brasileira. Eu sei que eles gostam de mim."

Sobre o futuro, revelou que ainda passará um tempo nos Estados Unidos. "Ficarei mais um pouco em Miami porque as crianças vão para a escola lá. Depois vou para a Argentina e depois me preparar para a pré-temporada para jogar o ano de 2024 com força total."

A confusão entre brasileiros, argentinos e policiais nas arquibancadas do Maracanã nesta terça-feira, antes do confronto entre as duas seleções pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026, no Maracanã, foi mais uma de um longo histórico de briga envolvendo torcedores dos dois países. A pancadaria começou durante a execução do Hino nacional argentino e atrasou o início da partida. Houve brigas entre os rivais e ação pesada da polícia.

Relembre outros episódios em que brasileiros e argentinos entraram em conflito:

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Fluminense x Boca Juniors (04/11/2023)

Mesmo antes de a bola rolar para Boca Juniors e Fluminense, no Maracanã, pela final da Libertadores, o clima no Rio já estava pesado por causa da rivalidade. Teve briga até na praia de Copacabana. Horas antes do duelo que iria decidir o campeão da América do Sul, torcedores do time argentino e a polícia militar entraram em confronto nos arredores do estádio, principalmente pelo lado norte. A polícia usou bombas e gás lacrimogêneo.

Atlético-MG x Boca Juniors (20/07/2021)

O Boca foi eliminado pelo Atlético nas oitavas de final da Libertadores, no Mineirão. Após o jogo, no acesso aos vestiários, jogadores do time argentino partiram para cima de seguranças e da delegação atleticana, inclusive erguendo grades e até um bebedouro. O argentino Pavón foi um dos principais envolvidos na confusão, tanto que recebeu uma suspensão de seis jogos da Conmebol.

Atlético-MG x Arsenal (03/04/2013)

Enquanto o Atlético-MG saía de campo comemorando a goleada por 5 a 2, no Independência, pela Libertadores, os jogadores do adversário Arsenal (ARG) partiram para cima da arbitragem, que já estava protegida pela polícia local. Revoltados com o resultado, os atletas resolveram trocar agressões com os policiais com socos e pontapés.

Por causa da confusão, eles seriam detidos, mas a segurança decidiu ouvi-los no estádio mesmo. A luta não se restringiu apenas ao gramado. Os policiais acuaram os jogadores nos vestiários do Independência com escudos e cassetetes, além de espingardas com balas de borracha. O espaço restrito e acanhado do estádio apenas aumentou a tensão e a violência continuou com cadeiras e outros objetos sendo atirados, atingindo os repórteres que estavam mais próximos.

São Paulo x Tigre (12/12/2012)

A final da Sul-Americana foi marcada como um jogo que "não acabou". Após um primeiro tempo movimentado, o São Paulo foi para o vestiário com 2 a 0 no placar. Na saída do gramado, o time do Tigre causou uma confusão generalizada com parte do elenco e os seguranças do time paulista nas escadas para o vestiário do estádio. Depois disso, os argentinos se recusaram a retornar para o campo e a equipe brasileira foi declarada vencedora da partida.

São Paulo x River Plate (22/06/2005)

O Morumbi foi palco de cenas de pancadaria antes do jogo entre São Paulo e River Plate, pelas semifinais da Copa Libertadores da América. Já nas arquibancadas do estádio, os torcedores argentinos entraram em confronto com a polícia e a briga deixou um saldo de 12 feridos, mas nenhum caso grave - foram 11 policiais e 1 torcedor do River, que se recusou a receber atendimento médico e foi para o vestiário da equipe argentina. Antes, no jogo de ida, em Buenos Aires, as duas torcidas já tinham entrado em confronto.

O que aconteceu dentro de campo no Maracanã nesta terça-feira se tornou o menor dos problemas com os quais a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) terá de lidar. A seleção brasileira sofreu uma derrota histórica para a Argentina. Apesar do placar magro, 1 a 0, é a primeira vez que o País perde um jogo como mandante nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo.

Antes de o jogo começar, quando os atletas já estavam no gramado, uma confusão generalizada teve início no setor Sul do estádio. A briga entre torcedores brasileiros e argentinos começou efetivamente durante a execução do Hino argentino. Policiais interviram no confronto e usaram cassetetes. Assentos foram arremessados e pessoas tiveram de pular o muro que separa a arquibancada do gramado. Ao menos quatro foram detidas e duas precisaram de atendimento médico. Diante da pancadaria, o jogo foi atrasado em 27 minutos.

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Quando a bola rolou, a tensão das arquibancadas se transferiu para o campo de jogo. Atletas das duas equipes travaram disputas mais ríspidas, mas os brasileiros foram advertidos pela arbitragem chilena pelas faltas cometidas. Nenhuma das seleções conseguiu criar oportunidades claras de gol. Havia muita dificuldade para acertar as assistências.

A Argentina se mostrou mais capaz de provocar desequilíbrio na defesa do Brasil nos primeiros minutos, enquanto os comandados de Fernando Diniz insistiram nos cruzamentos, que em nada assustaram Dibu Martínez. A seleção brasileira tentou pressionar a saída de bola para retomar a posse rapidamente e gerar situações de gol.

Na parte final do primeiro tempo, o Brasil se sentiu mais à vontade no jogo. Os atacantes do Arsenal, Martinelli e Jesus, se movimentaram de forma mais incisiva no setor ofensivo, mas a indecisão e falta de qualidade na finalização impediram a seleção brasileira de inaugurar o marcador.

A falta de entrosamento entre os brasileiros foi nítida, em especial nos lances de ataque. Na bola parada, de fato, o Brasil levava mais perigo e havia melhor organização. Messi pouco fez e não exibiu sua genialidade. Com o apito final no primeiro tempo, vaias ecoaram no Maracanã. A reclamação do torcedor foi condizente com o que se apresentou no gramado. As escolhas de Diniz, que manteve o esquema com quatro atacantes, não se justificaram, uma vez que a seleção novamente apresentou problemas de criatividade e construção de jogadas.

No segundo tempo, a seleção brasileira voltou com a mesma postura. A Argentina, por sua vez, fez um jogo mais conciso, focado em construir seus lances com paciência. E foi assim que os visitantes se aproximaram da meta de Alisson.

Em cobrança de escanteio, aos 18 minutos, a Argentina usou da principal fraqueza brasileira para inaugurar o marcador no Maracanã. O zagueiro Otamendi se desvencilhou da marcação, subiu mais alto e cabeceou no ângulo.

Com o placar adverso, Diniz decidiu colocar o Brasil ainda mais no ataque. O técnico do Fluminense tirou o zagueiro Gabriel Magalhães para colocar o volante Joelinton. Quem também ganhou nova oportunidade foi o garoto Endrick, de 17 anos, que atua no Palmeiras e já está vendido para o Real Madrid. As alterações, porém, não surtiram efeito, e a seleção diminuiu seu ritmo e se desencontrou em campo.

Aos 36, Joelinton, que havia entrado poucos minutos antes, tentou se livrar da marcação do meia De Paul e acertou o rosto do argentino. O brasileiro recebeu cartão vermelho e foi expulso de campo. Depois disso, a partida ficou morna, com raras oportunidades geradas de parte a parte e os argentinos controlando a posse de bola. Gritos de "vergonha" e "olé" foram ouvidos no estádio carioca e torcedores deixaram o local antes mesmo do fim do jogo.

Este deve ter sido o último jogo oficial de Fernando Diniz no comando da seleção brasileira, de acordo com o que anseia a CBF. A entidade tem convicção de que o italiano Carlo Ancelotti, hoje no Real Madrid, assumirá como técnico da equipe a partir de junho de 2024.

A terceira derrota seguida do Brasil nessas Eliminatórias faz o País cair para a sexta colocação, a última que garante vaga direta para o Mundial dos EUA, México e Canadá. A seleção tem apenas sete pontos somados. A Argentina, por sua vez, lidera o torneio, com 15 pontos.

As Eliminatórias Sul-Americanas serão retomadas apenas em setembro de 2024. Na ocasião, o Brasil terá pela frente o duelo com o Equador, em casa. Já a Argentina recebe o Chile. Até lá, as duas seleções farão amistosos, em março e junho, e disputarão a Copa América, entre 20 de junho e 14 de julho de 2024, nos Estados Unidos.

A seleção brasileira entra novamente em campo no dia 23 de março diante da Inglaterra, em Wembley. Depois, o Brasil mede forças com a Espanha. A data ainda não foi confirmada, mas deve ser no dia 26, em Madri, no Estádio Santiago Bernabéu. Messi, que passou em branco na partida, foi substituído aos 30 minutos.

FICHA TÉCNICA

BRASIL x ARGENTINA

BRASIL - Alisson; Emerson Royal, Marquinhos (Nino), Gabriel Magalhães (Joelinton) e Carlos Augusto; André e Bruno Guimarães (Douglas Luiz); Raphinha (Endrick), Rodrygo, Gabriel Jesus e Gabriel Martinelli (Raphael Veiga). Técnico: Fernando Diniz.

ARGENTINA - Dibu Martínez; Molina, Cristian Romero, Otamendi e Acuña (Tagliafico); De Paul, Enzo Fernández (Paredes) e Mac Allister; Lo Celso (Nico González), Messi (Di María) e Julian Álvarez (Lautaro Martínez). Técnico: Lionel Scaloni.

GOL - Otamendi, aos 18 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Carlos Augusto, Raphinha e Gabriel Jesus.

CARTÃO VERMELHO - Joelinton.

ÁRBITRO - Piero Maza (CHI).

PÚBLICO - 68.138 torcedores.

RENDA - R$ 19.989.700,00.

LOCAL - Maracanã, no Rio.

A Seleção Brasileira enfrenta, nesta terça-feira (21), a Argentina no Maracanã, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. A amarelinha não encarava uma campeã mundial no Maraca há mais de 10 anos, quando venceu a Espanha por 3x0 em duelo válido pela final da Copa das Confederações de 2013

A Fúria, na época, além de ser a atual campeã do mundo em 2010, também vinha de dois títulos seguidos da Eurocopa em 2008 e 2012. A final daquela Copa das Confederações traz momentos inesquecíveis para o torcedor canarinho, como o gol de Fred caído no chão, ou o gol salvo por David Luiz tirando a bola em cima da linha. 

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Além do gol de Fred, também teve gol de Neymar ainda no primeiro tempo. O próprio Fred fechou o caixão no segundo tempo. A Espanha ainda teve chance de marcar de pênalti, mas desperdiçou. O título foi muito comemorado, já que indicava um confronto com uma seleção poderosa, em confronto que o Brasil não tomou conhecimento do adversário. 

A esperança do torcedor é que a Amarelinha possa repetir o feito no confronto desta terça-feira (21) contra a Argentina. Afinal, a Seleção de Diniz ainda não engrenou nas Eliminatórias e ganhar um clássico contra os rivais da albiceleste poderia ser um ponto de virada neste início de trabalho da Canarinho em preparação para a Copa do Mundo de 2026. 

Brasil e Argentina vão se enfrentar na próxima sexta-feira, às 9 horas (horário de Brasília), em Jacarta, na Indonésia, pelas quartas de final do Mundial Sub-17. Os argentinos golearam, nesta terça-feira, a Venezuela por 5 a 0 e garantiram a disputa do clássico sul-americano na competição.

O Brasil se classificou para as quartas de final do Mundial na segunda-feira, após vitória sobre o Equador, por 3 a 1.

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O vencedor de Brasil x Argentina vai encarar na semifinal quem ganhar o duelo Espanha x Alemanha. Os brasileiros venceram os argentinos este ano no Sul-Americano, com vitória por 3 a 2.

Apesar da forte chuva em Bandung, a Argentina demonstrou paciência, ao concentrar suas jogadas pelo lado esquerdo. E com ótimo toque de bola foi colecionando gols. Três saíram ainda no primeiro tempo. Aos 14, López só teve o trabalho de empurrar a bola para abrir o placar.

O mesmo López, aos 22, completou jogada que veio da esquerda e bateu colocado: 2 a 0. O terceiro foi do craque Echeverri, que finalizou com classe, após novo cruzamento da esquerda.

O segundo tempo foi todo de Ruberto, atacante do River Plate. Aos 24 minutos, o camisa 9, de cavadinha, converteu pênalti e fez 4 a 0. Ele fechou o placar, aos 33, após bela finalização de dentro da área.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, se reuniu na manhã desta terça-feira (21) com o presidente eleito, Javier Milei, para iniciar a transição para a próxima gestão presidencial, que se inicia no próximo 10 de dezembro.

Milei, que partiu de um hotel em Buenos Aires sem dar declarações à imprensa, foi eleito no domingo (19) pelo La Libertad Avanza, e obteve 55,69% dos votos, mais de 11 pontos porcentuais acima do governista e atual ministro da Economia, Sergio Massa. Fonte: Associated Press.

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A seleção brasileira enfrenta a Argentina, nesta terça-feira, às 21h30 (horário de Brasília), no Maracanã, pela sexta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Com o "dinizismo" em crise, o Brasil vai precisar derrotar a atual campeã mundial para findar a sequência negativa na competição e não correr o risco de ficar fora da zona de classificação. O clássico pode marcar, ainda, a última partida de Lionel Messi no País.

Sem vencer há três partidas, a seleção vive o seu pior momento desde que o técnico Fernando Diniz assumiu interinamente o comando da equipe, acumulando o cargo com o seu trabalho no Fluminense, enquanto a CBF aguarda por Carlo Ancelotti. Depois de estrear com goleada por 5 a 1 sobre a Bolívia e vencer por 1 a 0 o Peru, o time brasileiro empatou com a modesta Venezuela, em casa, por 1 a 1, e amargou derrotas fora de casa para Uruguai (2 a 0) e Colômbia (2 a 1). Foi a primeira vez na história que o Brasil perdeu duas partidas consecutivas em Eliminatórias.

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Em oito jogos disputados em 2023, metade sob o comando do técnico do time sub-23 Ramon Menezes, a seleção brasileira já foi derrotada quatro vezes. A última vez que o Brasil perdeu o mesmo número de partidas em um único ano foi em 2003, logo após a conquista do pentacampeonato. Se perder a quinta, diante da Argentina, vai igualar uma marca que não ocorre desde 1968.

A necessidade de vitória diante de Messi e cia também se deve ao risco de a seleção terminar a Data Fifa fora do G-6 para a Copa de 2026. Na quinta posição, com sete pontos, o Brasil pode cair para sétimo se, além de não fazer o dever de casa, o Paraguai derrotar a Colômbia, e o confronto entre Equador e Chile não terminar empatado. O time brasileiro saiu da zona de classificação pela última vez em 2016, quando o técnico era Dunga. Os resultados negativos culminaram na demissão do treinador, com Tite sendo contratado para assumir a vaga.

A fase ruim da seleção coincide com uma queda de rendimento do setor defensivo. Junto com o Chile, o Brasil tem a segunda pior defesa das Eliminatórias, com seis gols sofridos em cinco jogos - a Bolívia é a pior, tendo sido vazada 11 vezes. Diante da Colômbia, o Brasil foi sufocado no segundo tempo, com o adversário finalizando incríveis 23 vezes até virar o placar. Foi a primeira vitória colombiana sobre o time brasileiro na história em uma classificatória de Copa.

Além do desajuste defensivo, Diniz encontra dificuldades para implementar sua filosofia. Se o Flu conquistou a inédita Libertadores jogando por música, com variações de posicionamento e uma equipe ofensiva, que chegou a atuar com quatro atacantes, a seleção brasileira é o oposto. O time tem dificuldades em desenvolver jogadas contra defesas sólidas e parece ainda não ter assimilado o estilo do treinador, característico pela posse de bola e constante movimentação dos atletas. Nem mesmo a entrada do volante André, seu homem de confiança no tricolor carioca, ajudou a melhorar a equipe.

Sem Neymar, fora por causa de uma grave lesão no joelho esquerdo, a seleção também perdeu Vini Jr. por contusão e deve ter mudanças no ataque para o duelo com a Argentina. A comissão técnica aguarda para saber se Gabriel Jesus, que foi convocado enquanto ainda se recupera de um problema na coxa, terá condições de jogo. Caso contrário, João Pedro, do Brighton, e Endrick, joia de 17 anos do Palmeiras, disputam a vaga. Na lateral-esquerda, Carlos Augusto, da Inter de Milão, ganha o lugar de Renan Lodi, do Olympique de Marselha.

ADEUS DE MESSI NO BRASIL E SCALONETA DERROTADA

O clássico entre Brasil e Argentina também deve marcar a última vez em que Messi vai disputar uma partida no Brasil. O Maracanã, palco do clássico desta terça-feira, foi cenário para momentos distintos na carreira do craque. Em 2014, ele ficou com o vice da Copa do Mundo para a Alemanha. Sete anos depois, ergueu no estádio a taça da Copa América, seu primeiro título pela seleção albiceleste. A conquista encerrou um jejum de 28 anos dos hermanos sem título e foi essencial para dar confiança à equipe na campanha do tricampeonato na Copa do Catar. Ao todo, Messi disputou 22 partidas em solo brasileiro, com 13 vitórias, cinco empates e quatro derrotas.

A Argentina lidera as Eliminatórias, com 12 pontos em cinco partidas. Antes de enfrentar o Brasil, o time comandado pelo técnico Lionel Scaloni sofreu a primeira derrota desde a conquista do Mundial do Catar. Os argentinos perderam para o Uruguai na última rodada, por 2 a 0, em La Bombonera, em uma partida que terminou com briga entre os jogadores de ambas as seleções. O comandante argentino minimizou o placar e indicou duelo complicado contra os brasileiros mesmo com os desfalques do lado verde-amarelo.

"O time, apesar de não ter feito um bom jogo, nunca deixou de buscar o seu estilo, para continuar tentando empatar. E isso é o que salva. Acho que o time competiu, e isso me deixa tranquilo", disse Scaloni. "É relativo dizer que eles vêm baqueados. Fizeram uma boa partida com a Colômbia, uma boa partida até os 76 minutos. O resultado é enganoso. São grandes times, que, venham como venham, têm que sair e vencer."

A Argentina terá todos os jogadores à disposição para o duelo com a seleção brasileira, mas pode ter mudanças em relação à equipe que enfrentou o Uruguai. O experiente Ángel Di Maria pode ganhar uma chance na ponta esquerda, enquanto os centroavantes Lautaro Martínez e Julian Álvarez disputam uma vaga no ataque. O volante Paredes também pode ser novidade no meio-campo.

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, confirmou nesta segunda-feira (20) seus planos de privatizar a petrolífera YPF, a TV pública, a Rádio Nacional, a agência de notícias Télam e de acabar com o Banco Central. Ele alertou, no entanto, que a inflação deve demorar dois anos para ceder. "Vamos começar primeiro pela reforma do Estado e pela resolução do problema dos 'Leliqs' (títulos emitidos pelo BC)", disse.

"Tudo o que puder estar nas mãos do setor privado, estará nas mãos do setor privado", disse Milei, em entrevista a rádios locais. Ele não definiu um prazo para as privatizações, eixo de uma campanha centrada em reduzir o tamanho do Estado argentino, que consome 42% de seu PIB, segundo estimativa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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Um dos desafios de Milei para implementar sua agenda ultraliberal é que tanto as privatizações quanto o fim do Banco Central dependem de apoio legislativo, e seu partido La Libertad Avanza (LLA) não tem maioria - o presidente eleito terá 38 dos 257 deputados e 7 dos 72 senadores.

A aliança feita no segundo turno com Patricia Bullrich e Mauricio Macri pode render mais 93 deputados e 24 senadores, mas ainda é incerto se essa coalizão de centro-direita é capaz de atuar em bloco, já que uma facção, ligada a Horacio Rodríguez Larreta, governador de Buenos Aires, é refratária a Milei.

Uma alternativa seria tentar vender 51% das ações de estatais com base em um Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), mas que, segundo especialistas, também precisaria da chancela posterior do Congresso, o que acarretaria um risco para os compradores.

Preparação

Um dos pontos mais sensíveis é a YPF, que emprega cerca de 100 mil argentinos. A estatal foi privatizada nos anos 90 e nacionalizada em 2012, durante o governo de Cristina Kirchner, quando Axel Kicillof era ministro da Economia. Por conta da expropriação, em setembro, um tribunal dos EUA determinou que a Argentina deve pagar US$ 16 bilhões em indenizações aos acionistas minoritários.

Ontem, as ações da estatal subiram mais de 40% em Wall Street, após as declarações do presidente eleito. Segundo Milei, é preciso primeiro reorganizar a YPF, antes de privatizá-la.

"Desde que Kicillof decidiu nacionalizá-la, promoveram uma deterioração da empresa, em termos de resultados, para que ela valha menos do que quando foi expropriada. Obviamente a primeira coisa a fazer é reconstruí-la", afirmou. "Temos de agregar valor para que ela possa ser vendida de uma forma muito benéfica para os argentinos."

Viagens

Milei também anunciou suas primeiras viagens antes da posse, em 10 de dezembro. À rádio Mitre, ele disse que visitará Miami e Nova York, nos EUA, e Tel-Aviv, em Israel - o Brasil, destino tradicional da primeira viagem dos eleitos, ficou de fora. Milei também deve desembarcar em breve no Uruguai, a convite do presidente conservador, Luis Lacalle Pou. O libertário disse que resolveria qualquer assunto com o vizinho em um churrasco, devido a afinidade entre eles.

Transição

O clima ontem chegou a ficar pesado entre Milei e o governo, principalmente após rumores de que Sergio Massa, candidato derrota, fosse renunciar ao cargo de ministro da Economia, o que poderia prejudicar a transição. O presidente eleito chamou o peronista de "irresponsável".

Um dos problemas da equipe de Milei é que o tempo é curto - faltam apenas duas semanas para a posse. O presidente, Alberto Fernández, permanece em silêncio e ainda não há uma data marcada para um encontro com o futuro inquilino da Casa Rosada. A vice, Cristina Kirchner, decidiu viajar para a Itália, para dar uma palestra em Nápoles, reforçando a impressão de que a Argentina está desgovernada.

Massa, no entanto, confirmou ontem que permanecerá no cargo até a posse e montou uma equipe de transição para trabalhar com Milei. A decisão foi confirmada pelo número dois do Ministério da Economia, Gabriel Rubinstein.

Gabinete

Entre os primeiros nomes do futuro governo estão o advogado Mariano Cúneo Libarona, que será ministro da Justiça, e Carolina Píparo, nova chefe da Anses, entidade que cuida da assistência social e esteve sob o guarda-chuva do La Cámpora, grupo de jovens de esquerda do kirchnerismo.

Outros nomes são aguardados nos próximos dias, principalmente o do próximo ministro da Economia. No domingo, Milei se reuniu com Macri e Bullrich, provavelmente para costurar nomes do futuro gabinete. Durante a campanha, o libertário prometeu reduzir o número de ministérios de 18 para 8.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta segunda-feira (20), que recebeu uma ligação do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, que o convidou para a sua posse. Os dois são ideologicamente próximos e um fez campanha para o outro em 2022 e 2023.

Neste domingo (19), Milei derrotou o peronista Sergio Massa, candidato do governo abertamente apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus correligionários.

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"Recebi agora telefonema de Javier Milei, onde o cumprimentei pela vitória, bem como fui convidado para sua posse. Hoje a Argentina representa muito para todos aqueles que amam a democracia e respiram liberdade", disse o ex-presidente nas suas redes sociais.

O libertário Milei venceu Sergio Massa por mais de dez pontos porcentuais: o candidato vitorioso fez 55,6% dos votos, enquanto o governista fez 44,3%.

O herdeiro do peronismo foi diretamente ajudado pelo governo brasileiro: além da cessão de marqueteiros que trabalharam na campanha de Lula, o Estadão revelou que um empréstimo concedido à Argentina teve o objetivo de favorecer Massa, que é ministro da Economia da atual gestão, encabeçada por Alberto Fernández, que é próximo ao PT.

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, anunciou na manhã desta segunda-feira, 20, suas primeiras medidas entre nomes do seu gabinete, viagens internacionais e empresas a serem privatizadas. O libertário foi eleito na noite de domingo, 19, o novo presidente da Argentina em um histórico resultado de 55,6% dos votos contra 44,3% do seu rival, o peronista Sergio Massa.

Já na noite de domingo, em seu discurso de vitória, o libertário disse que pretende manter suas promessas de campanha, mas não citou a controvertida dolarização. Hoje, porém, ele reiterou os planos de fechar o Banco Central, mas alertou que a inflação deve demorar até dois anos para retroceder. "Vamos começar primeiro pela reforma do Estado e pela resolução do problema dos Leliqs [liquidez do Banco Central]", disse.

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Em entrevista a rádios argentinas, Milei confirmou uma promessa de campanha ao anunciar a privatização dos meios de comunicação públicos do país, entre eles: TV Pública, Télam e Rádio Nacional. "Consideramos que a TV Pública se tornou um mecanismo de propaganda", disse em entrevista à rádio Mitre. Segundo ele, esses veículos teriam se transformado em propaganda peronista e parte da campanha de medo promovida contra ele na campanha.

Ele também confirmou a privatização da estatal de petróleo e gás YPF, que recentemente esteve no meio de uma crise de combustíveis no país. "Tudo o que pode estar nas mãos do setor privado, vai estar nas mãos do setor privado", disse. O presidente eleito, porém, não definiu uma data para as privatizações.

"Primeiro é preciso recompor a YPF. Desde que Kicillof decidiu nacionalizá-la, a deterioração que foi feita à empresa em termos de resultados para que ela valha menos do que quando foi expropriada... Obviamente a primeira coisa a fazer é reconstruí-la", afirmou, citando Axel Kicillof, o governador kirchnerista reeleito de Buenos Aires.

As privatizações são um projeto central de seu futuro governo, que visa reduzir o tamanho do Estado argentino, que atualmente consome 42% de seu Produto Interno Bruto e com baixa taxa de eficiência, segundo avaliações do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Áreas mais polêmicas, porém, ficaram de fora em um primeiro momento, como Saúde e Educação. Estudos mostram que os argentinos, embora estejam mais liberais, são contra a privatização dessas duas áreas.

"Nem a Educação nem a Saúde podem ser privatizadas, são responsabilidades das províncias. O melhor é sempre subsidiar a procura e não a oferta, mas isso ainda não vai acontecer no curto prazo", disse.

A dúvida, porém, é se poderá de fato realizar essas privatizações, já que necessita do apoio do Congresso, onde não tem maioria. Neste sentido, as alianças que deve construir, especialmente com o partido Proposta Republicana (PRO) de Mauricio Macri será essencial.

Outras medidas anunciadas pelo novo presidente são as primeiras viagens internacionais. Nesse sentido, o Brasil ficou de fora dos primeiros destinos, quebrando uma tradição de o presidente eleito da Argentina visitar primeiro Brasília e vice-versa.

Em entrevista à mesma rádio, Milei anunciou que sua primeira viagem será aos Estados Unidos e depois Israel, destinos que deve visitar antes mesmo da posse em 10 de dezembro. "A viagem tem uma conotação mais espiritual do que outras características", afirmou.

Entre os primeiros nomes de seu governo estão o advogado Mariano Cúneo Libarona para o Ministério da Justiça e Carolina Píparo será a nova chefe da Anses, entidade que cuida da assistência social do país e esteve sob o guarda-chuva do La Cámpora, grupo de jovens de esquerda do kirchnerismo.

Outros nomes ainda são aguardados, principalmente o do próximo ministro da Economia. Na noite de domingo, Milei se reuniu com Macri e Patricia Bullrich, candidata derrotada do PRO no primeiro turno, possivelmente para costurar nomes em seu governo. O libertário prometeu reduzir o número de ministérios de 18 para 8.

O libertário também deve se reunir nesta segunda com o presidente Alberto Fernández para tratar da transição presidencial, reunião que deve também definir o futuro de Sergio Massa em meio a rumores de demissão.

O ministro da Economia argentino, Sergio Massa, deve renunciar ao cargo após reunião entre o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, e o atual mandatário, Alberto Fernández, que deve ocorrer nesta segunda-feira (20), para iniciar o processo de transição. O presidente eleito assume o cargo no dia 10 de dezembro.

De acordo com a imprensa argentina, citando funcionários do ministério, Sergio Massa espera os resultados dessa reunião para decidir se segue no cargo até o fim do mandato de Fernández. A equipe econômica que participará da transição terá o presidente do Banco Central, Miguel Pesce, e o secretário da Fazenda, Raúl Rigo.

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Milei criticou em seu discurso da vitória a postura de Sergio Massa e pediu que ele "assumisse o comando" até o final do mandato. O candidato peronista se desvinculou dos próximos dias de governo em seu discurso assumindo a derrota. "A partir de amanhã (segunda-feira, 20), a tarefa de dar certeza e transmitir garantias sobre o funcionamento político, social e econômico é responsabilidade do presidente eleito. Esperamos que ele o faça", disse Massa durante o discurso. "A partir de amanhã, a responsabilidade pela economia é sua".

Pouco depois, Alberto Fernández se juntou ao apelo de Massa e propôs ao libertário uma reunião nesta segunda-feira. "Espero que amanhã possamos começar a trabalhar com Javier Milei para garantir uma transição ordenada", ele tuitou.

Mas Milei não aceitou a proposta e descartou a possibilidade de assumir o comando do curso econômico a partir de segunda-feira, colocando a transição em crise.

"Queremos pedir ao governo que seja responsável, que entenda que uma nova Argentina chegou e que aja de acordo. Que assumam sua responsabilidade até o final do mandato em 10/12", disse Milei.

O boato mais relevante é o de que Massa tiraria uma licença do Ministério da Economia, uma ideia surpreendente porque implicaria em sua demissão do cargo. Em resumo, a medida seria uma fuga do governo. A comitiva de Massa não confirmou nem negou a versão aos veículos argentinos.

Segundo o site argentino La Politica, o Ministério da Economia está considerando decretar um feriado cambial na terça-feira , 21, para ter uma "margem mínima para chegar a um acordo sobre algumas medidas com Milei". Dessa forma, tentariam adiar uma alta do dólar.

Por enquanto, o pouco que se sabe sobre o governo é que Massa designaria Miguel Pesce e Raúl Rigo como responsáveis pela transição. No La Libertad Avanza, o ativista Iñaki Gutiérrez, que é muito próximo do presidente eleito, disse que a equipe de transição seria liderada por Karina Milei, irmã de Javier.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desejou boa sorte ao "novo governo" da Argentina, mas sem citar o nome do mandatário eleito Javier Milei, que durante a campanha chamou o petista de "comunista furioso" e prometeu não fazer negócios com o Brasil.

"A democracia é a voz do povo, e ela deve ser sempre respeitada. Meus parabéns às instituições argentinas pela condução do processo eleitoral e ao povo argentino, que participou da jornada eleitoral de forma ordeira e pacífica", escreveu Lula nas redes sociais.

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"Desejo boa sorte e êxito ao novo governo. A Argentina é um grande país e merece todo o nosso respeito. O Brasil sempre estará à disposição para trabalhar junto com nossos irmãos argentinos", acrescentou.

Lula é amigo do atual ocupante da Casa Rosada, Alberto Fernández, e nunca escondeu a preferência pelo candidato peronista Sergio Massa, enquanto Milei acusou o líder brasileiro de tentar interferir nas eleições para prejudicá-lo.

*Da Ansa

O recém-eleito presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou em discurso da vitória realizado na noite desse domingo (19), que começará a realizar o processo de reconstrução da Argentina.

"Hoje começa o fim da decadência da Argentina. Hoje viramos a página da nossa história, acabamos com o modelo do Estado provedor, que só beneficia alguns. Termina a visão de que os agressores são as vítimas e as vítimas são os agressores", afirmou Milei.

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O novo mandatário agradeceu ao ex-presidente Mauricio Macri e à candidata de Macri, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno, Patricia Bullrich, pelo apoio concedido no segundo turno contra o peronista Sergio Massa. Milei agradeceu também aos eleitores que realizaram a fiscalização dos votos impressos, em meio aos questionamentos que, até então, ele mesmo fez quanto à possibilidade de fraudes.

"Vamos mais uma vez abraçar a ideia da liberdade. As mudanças que o nosso país precisa são drásticas, não temos lugar para fraqueza. Se não avançarmos com as mudanças que a Argentina precisa, nos dirigiremos à maior crise da história", afirmou o presidente eleito. "Queremos fazer as coisas que, na história, se mostraram as corretas para a prosperidade do país", afirmou.

Javier Milei também afirmou, no discurso, que terá compromisso com a democracia, com o livre mercado e com a paz.

O novo representante do poder Executivo disse que todos que em algum momento foram contra as ideias da sua candidatura serão bem-vindos para contribuir com o novo governo, mas ressaltou que não irá tolerar ações violentas.

"Sabemos que haverá resistência e as pessoas vão querer manter esse sistema de privilégios. Mas na nova Argentina não há lugar para violência, seremos implacáveis contra quem utilizar a força. Quero dizer que o nosso compromisso é com a democracia, o livre mercado e a paz", afirmou o presidente eleito.

Milei acrescentou ainda que a situação política e econômica da Argentina é sombria, mas o novo mandatário vislumbra um futuro para o país, e que ele é liberal. Segundo Milei, o modelo do estado indutor da economia só beneficiava a alguns, e o país mais uma vez vai abraçar a ideia da liberdade.

Contas fiscais

Milei afirmou que terá a determinação para acertar as contas fiscais. Segundo o novo mandatário, a tarefa de ajuste do orçamento e dos gastos públicos não é uma tarefa para fracos, covardes e corruptos.

"Além da euforia e da tarefa gigantesca que temos pela frente, lembrem-se que o nosso modelo se baseia no respeito irrestrito ao próximo baseado na não agressão, no direito à vida, à liberdade e à propriedade", afirmou Milei.

O novo presidente acrescentou que os países que adotam o modelo de livre mercado são mais ricos, e que a Argentina voltará a ser uma grande potência, como o foi no século 19. "Os países que abraçam a ideia de liberdade são oito vezes mais ricos, as pessoas vivem 20% a mais", disse Milei. "Temos a determinação de colocar a Argentina de pé mais uma vez."

Ao final do discurso da vitória, Milei impulsionou o coro: "Viva a liberdade! Viva a liberdade!"

O ex-presidente Jair Bolsonaro parabenizou o povo argentino pela vitória de Javier Milei nas eleições presidenciais do país vizinho. Com um comparecimento de 76%, dois pontos a mais que no primeiro turno, Milei derrotou o governista Sergio Massa. De acordo com a apuração, Milei teve 55,8% dos votos. Massa, 44,2%.

"A esperança volta a brilhar na América do Sul. Que esses bons ventos alcancem os Estados Unidos e o Brasil para que a honestidade, o progresso e a liberdade voltem para todos nós", escreveu Bolsonaro na rede social X (antigo Twitter).

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O senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, também já usou as redes sociais para comemorar a vitória de Milei sobre o candidato peronista Sergio Massa. Segundo ele, essa é "apenas a primeira de muitas mudanças para melhor no nosso continente".

O senador Ciro Nogueira, presidente do Partido Progressistas (PP), celebrou em suas redes sociais a vitória do libertário Javier Milei, eleito presidente da Argentina nas eleições desse domingo (19).

Segundo Nogueira, a vitória de Milei sobre o candidato peronista Sergio Massa foi uma recusa da população à legenda equivalente ao Partido dos Trabalhadores (PT) daquele país.

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"Hoje é dia de autocrítica para a esquerda sul-americana, leia-se PT. A vitória de Milei prova que desprezar o déficit público, cair no populismo, governar para um partido e não para o país tem limite. A Argentina disse não ao PT de lá, tão apoiado pelo PT daqui. A liberdade avança!", publicou o senador, em sua conta no X, o antigo Twitter.

Pela primeira vez desde a redemocratização, a Argentina não será governada por um peronista ou pela oposição tradicional de centro-direita. Com a promessa de realizar cortes radicais para reduzir o tamanho do Estado argentino, o libertário Javier Milei, um neófito na política local, rompeu a bolha e será o novo presidente do país a partir de 10 de dezembro.

Com um comparecimento de 76%, dois pontos a mais que no primeiro turno, Milei derrotou o governista Sergio Massa mesmo sem contar com a máquina do governo peronista, especialmente o apoio de prefeitos e governadores espalhados pelo interior da Argentina. De acordo com a apuração, Milei teve 55,8% dos votos. Massa, 44,2%.

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A sensação de vitória já era palpável bem cedo, assim que as urnas foram lacradas, antes da divulgação do resultado. No Hotel Libertador, na região central da capital argentina, o libertário acompanhou a apuração cercado de aliados e reconheceu que as eleições "foram transparentes" - um contraste com a véspera da votação, quando sua campanha havia questionado o resultado, mesmo sem apresentar evidências de fraude.

TELEFONEMA

No início da noite, Massa telefonou para Milei e reconheceu a derrota. O candidato peronista acompanhou a apuração no complexo Art Media, no bairro de Chacaritas, e discursou antes mesmo da chegada dos primeiros números oficiais.

"Hoje, acaba uma etapa da minha vida", disse. "Quero dizer que os resultados, obviamente, não são os que esperávamos e tenho me comunicado com Milei para felicitá-lo, porque ele é o presidente e é quem vai liderar a Argentina pelos próximos quatro anos."

O pronunciamento de Massa foi a senha para explodir o bunker de Milei, onde o clima de animação e otimismo descambou rapidamente para uma festa completa, com direito a troca de abraços e rock'n roll tocado por DJs. Apoiadores gritavam "Temos presidente" e se diziam orgulhosos do resultado.

Os mais animados eram os jovens, um segmento do eleitorado que apoiou em peso o libertário. Fermin Cabezas, de 14 anos, estava exultante, apesar de não ter idade para votar. "Estou emocionado. Era triste ver a Argentina que já se foi e a economia piorar a cada dia. Mas finalmente vem uma mudança."

FORÇA

Antes de a campanha começar, Milei era um candidato improvável. Para ocupar a Casa Rosada, primeiro ele teria de derrubar a oposição tradicional, a centro-direita capitaneada pelo ex-presidente Mauricio Macri, que sempre carregou a bandeira do antiperonismo.

Desde o início, Milei se apresentou como uma figura estranha, de fora do sistema, que minimizava o impacto da ditadura militar em um país traumatizado pelo regime autoritário. Com um cabelo cuidadosamente despenteado, com as costeletas de Elvis Presley, ele empunhava uma motosserra com a qual cortaria o Estado, exterminando ministérios. Em sua lista de promessas estão ainda a dolarização da economia e o fim do Banco Central.

Para a surpresa do establishment, ele deixou para trás Patricia Bullrich, candidata do macrismo, e foi para a disputa do segundo contra Massa, o ministro da Economia de um governo impopular, chefiado por Alberto Fernández, que deixa de herança uma inflação anual de 140% e uma taxa de pobreza que afeta cerca de 40% da população.

Para derrotar Massa, Milei moderou seu discurso e buscou apoio de Bullrich e Macri. Na reta final, tentou se esquivar das bombas que ele mesmo montou, desdizendo algumas ideias lançadas durante a campanha. Depois de sugerir a liberação da venda de armas, disse que o tema não fazia parte de sua plataforma. Propôs liberar a venda de órgãos, mas recuou no último debate presidencial.

INCÓGNITAS

Agora na Casa Rosada, Milei levanta uma série de dúvidas, que não se restringem apenas à viabilidade de sua agenda econômica ultraliberal. A principal delas é o futuro da relação com o Brasil. O libertário não esconde sua antipatia pelo Mercosul e pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, a quem chama de "comunista".

O Brasil, no entanto, é o maior parceiro comercial da Argentina, uma interdependência com impacto nos dois lados da fronteira. O próprio Milei já tratou de conter os rumores de que pretende romper relações com Brasília, afirmando que prefere que os laços sejam levados adiante por empresários.

Mas a simpatia do governo brasileiro por Massa - explícita durante a campanha - pode criar ruídos na relação. Por outro lado, o peronismo, historicamente protecionista e nacionalista, era muitas vezes um entrave à integração. O futuro agora está na habilidade de Milei governar sem olhar para o retrovisor.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As eleições na Argentina terminaram às 18h deste domingo, 19. A partir de agora, dá-se início ao processo de contagem dos votos a partir das cédulas depositadas, visto que a apuração no País ocorre de forma manual.

De acordo com o anúncio feito pela Câmara Eleitoral da Argentina, a participação do eleitorado no segundo turno foi de 62% até as 16h. De acordo com o jornal Clarín, fontes oficiais do governo apontaram, de forma não oficial, que a participação chegou a 76%.

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Uma mulher que se voluntariou para trabalhar na fiscalização da eleição na Argentina pelo partido La Libertad Avanza, do candidato libertário Javier Milei, foi expulsa na manhã deste domingo, 19, de uma escola na cidade de Quilmes, em Buenos Aires, depois de ser acusada de tentar roubar envelopes que continham cédulas da seção eleitoral.

A mulher foi revistada pela polícia e por agentes da Prefeitura na escola Chaparral. Posteriormente ela foi expulsa do local pela polícia federal argentina. O momento em que os agentes federais retiravam a fiscal eleitoral da instituição foi registrado em vídeos por várias testemunhas.

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Até o meio-dia deste domingo, cerca de 30% dos eleitores registrados nacionalmente haviam depositado seus votos para o segundo turno das eleições presidenciais da Argentina, segundo veículos da mídia local. O número reflete ritmo semelhante ao observado nas eleições primárias e no primeiro turno.

Candidatos ao pleito, o atual ministro da Economia, Sergio Massa, e o populista libertário Javier Milei já votaram em suas respectivas seções eleitorais.

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Massa afirmou que o processo ocorre "dentro da normalidade" e classificou as eleições como "muito importantes para decidir os próximos quatro anos" do país. "Convido todos os argentinos a passar este dia com reflexão, calma e esperança. Estamos iniciando uma nova etapa na Argentina, que requer, acima de tudo, o diálogo e o consenso necessários para seguir um caminho mais virtuoso no futuro", afirmou ele, durante coletiva de imprensa, conforme vídeo publicado pelo Clarín.

Milei também falou à imprensa, afirmando que realizou "todo o esforço possível", de acordo com o La Nacion. "Agora, que falem as urnas", disse, acrescentando que as cédulas estão funcionando sem problemas. Anteriormente, o candidato havia acusado o processo eleitoral de fraude e seu partido, La Libertad Avanza (LLA), reclamou de cédulas cortadas em algumas unidades eleitorais nesta manhã.

Órgãos públicos responsáveis pelas eleições - como a Junta Nacional Eleitoral e a Câmara Eleitoral - reiteraram diversas vezes a integridade e segurança do processo eleitoral argentino.

No dia do segundo turno das eleições na Argentina, políticos governistas e de oposição estão divididos entre apoiar o libertário Javier Milei (La Libertad Avanza) e peronista Sergio Massa (Unión por la Patria) no X (antigo Twitter). A primeira-dama Janja da Silva, mostrou o seu apoio a Massa ao postar uma tirinha da personagem Mafalda, enquanto que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu a vitória de Milei como forma do País "se livrar da esquerda’.

Na manhã deste sábado, 19, a primeira-dama publicou uma foto de Mafalda, de autoria do cartunista argentino Quino, junto com a Mônica, do brasileiro Maurício de Sousa. Na legenda, Janja escreveu "Que Massa esse abraço!". O termo "massa" foi colocado com a primeira letra em maiúsculo para se referir ao candidato de centro-esquerda do Unión por la Pátria.

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Na última terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o País vizinho precisa eleger um presidente que "goste de democracia". O petista classificou a Argentina, principal parceiro do Brasil na região, e o bloco Mercosul como "muito importante" para o país e afirmou que os dois países precisam um do outro. Ao longo da sua campanha à Casa Rosada, Milei sugeriu que poderia retirar os argentinos do bloco caso seja eleito.

Outros políticos governistas também declararam os seus apoios para Massa, ou as suas rejeições ao libertário. O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), vice-líder do governo Lula no Congresso Nacional, comparou Milei ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que o peronista seria a "certeza de que a Argentina seguirá pelo caminho da democracia e da união, sem nenhuma armadilha ou aventura".

Bolsonaristas relacionam liberdade com a vitória de Milei

Flávio Bolsonaro publicou um post de apoio ao libertário, e afirmou que a Argentina tem uma oportunidade de "se libertar da esquerda, de décadas de hiperinflação e de crise econômica e social". A declaração do filho do ex-presidente faz referência ao fato de Massa ser o atual ministro da Economia do País, que registrou uma inflação de 142,7% em outubro.

O deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE) publicou uma imagem de Milei nas suas redes sociais e afirmou que o libertário está indo "rumo a vitória". "Que o povo argentino escolha o caminho da liberdade e da prosperidade", afirmou.

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