Os moradores de alguns bairros do Recife reclamam, através do microblog Twitter, da falta de energia desde a madrugada desta segunda-feira (25). Segundo eles, o serviço foi suspenso em Candeias e Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, além de Iputinga e Cidade Universitária, na Zona Oeste.

Em Candeias, o fornecimento de energia foi interrompido por volta das 21h do domingo (24) e normalizado às 2h de hoje. Na Cidade Universitária e em Boa Viagem, no trecho entre a Rua dos Navegantes e Padre Carapuceiro, o problema continua.

De acordo com a assessoria da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), a suspensão no bairro da Zona Oeste ocorreu devido a um carro que bateu contra um poste, em frente ao Santander, da Caxangá. Uma equipe da concessionária já está no local. 

Já em Boa Viagem, a Celpe não tem informações de irregularidades e acredita tratar-se de um caso isolado, talvez por ligações irregulares.

É inegável que a obra de engorda da orla de Jaboatão dos Guararapes trará muitos benefícios à cidade e aos moradores. Porém, é também inegável o direito dos pescadores de tirarem seu sustento daquelas praias. Uma coisa não deveria interferir na outra, mas é isso que está acontecendo. Pescadores estão perdendo tudo, ou melhor, estão perdendo a principal ferramenta de trabalho – os barcos – de onde tiravam tudo o que tinham para sustentar suas famílias.

Bem antes da obra de engorda começar, uma solução encontrada por gestões anteriores à do prefeito Elias Gomes para conter o avanço do mar foi criar um “arrecife” artificial na altura do bar Du´Maranhão, em Candeias. Neste trecho a intervenção funcionou e os banhistas passaram a ter uma praia mais calma, enquanto que os pescadores acharam seu refúgio contra a força da maré.

Neste ano, quando foi iniciada a obra de engorda da faixa de areia da orla, o “arrecife” foi desmembrado e as ondas voltaram com toda a força. O que era refúgio virou uma arapuca para os barcos, que estavam tranquilamente ancorados no local e passaram a conviver com um mar buscando seu espaço novamente. “A gente sabia que isso ia acontecer e tentamos alertar os técnicos, mas não temos conhecimento o suficiente para convencê-los. Há algum tempo os pescadores já começaram a ser pegos de surpresa, perdendo apetrechos de pesca, motores e danos nas cabines”, afirmou Maria Aparecida, presidente da colônia de pescadores de Jaboatão dos Guararapes.

Houveram algumas reuniões entre pescadores e a empresa realizadora da obra, onde eram explicados alguns detalhes da mesma, mas, segundo os pescadores, não foi emitido nenhum alerta sobre o risco de naufrágio, o que começou a acontecer na semana passada. “O governo nos apresentou um relatório dizendo que ninguém pescava no período do inverno, o que é uma inverdade, e nos ofereceram um salário mínimo para o período da obra, o que não é suficiente, porque tiramos muito mais do que isso do mar”, disse Aparecida.

Desde a metade deste mês de setembro, as ondas começaram a chegar com ainda mais força e ao menos sete embarcações já foram jogadas contra a costa, ficando totalmente destruídas e deixando famílias sem ter de onde tirar o sustento.  “Estou muito triste. Agora tenho que fazer alguma coisa... catar latinha ou outra coisa. Porque barco eu não tenho mais. Em questão de minutos deixei de ter e agora só trabalho com pesca se for como empregado. Não se compra um barco da noite para o dia. Foi com muito esforço”, lamentou Gilvan França, 38, dono da embarcação Leila II, destruído pela força no mar na noite dessa segunda-feira (23).

Por coincidência, quando o LeiaJá averiguava a situação denunciada pela colônia de pescadores, em Candeias, o prefeito da cidade Elias Gomes, caminhava pela praia e parou para conversar com pescadores e com a reportagem. “Primeiro será feito um laudo para verificar as causas, se foi razão natural mesmo ou teve interferência da obra. Com o laudo, vamos buscar soluções para estas questões emergenciais”, disse ele sem detalhar quando o documento estará pronto.

Sobre os prejuízos dos pescadores, o prefeito fez referência apenas à entrega de âncoras e um benefício do governo federal. “Já entregamos 10 âncoras e serão mais 44 até a próxima semana. Já existe uma linha do seguro desemprego para estes casos e vamos agilizar esse procedimento para que os pescador que teve sua renda suspensa possa ser amparado. Além disso, faremos uma linha de financiamento para renovação da frota e estruturação da atividade pesqueira no município”, afirmou Gomes, que governa a cidade há cinco anos, sem dar prazos.

Igreja - O LeiaJá está acompanhando de perto a obra de engorda das praias de Jaboatão dos Guararapes. Em agosto, duas reportagens denunciaram o descaso da prefeitura e da empresa que realiza a obra com a história do Brasil. Uma igreja de mais de 300 anos que ficava na praia está sendo enterrada sem nenhuma pesquisa e suas pedras, provavelmente trazidas do exterior no século 17, estão jogadas em uma rua ao lado do condomínio onde o governador Eduardo Campos costuma descansar.

Um acidente envolvendo um carro GM Monza e uma moto na Rua Aniceto Varejão, no município de Jaboatão dos Guararapes, deixou uma pessoa gravemente feriada no inicio da noite desta quarta-feira (4).

Segundo a testemunha que passava pelo local, Águida Valênça, a vítima pilotava a moto e ficou desacordada sobre o para-brisa do carro e havia muito sangue. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) prestou o socorro e segundo os bombeiros, ela foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Barra de Jangada. Agentes da Secretaria Executiva de Transito e Transporte (SETT) estão presentes para isolar o local do acidente.

Governador, ministro e prefeito estiveram visitando a obra de engorda da praia de Candeias, Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana do Recife, neste final de semana. Sem dúvida uma grande obra, que beneficiará setores de todas as classes sociais, numa clara demonstração do que pode ser feito de útil com o dinheiro público. No entanto, debaixo de todo volume que deixará mais extensa a faixa de areia, onde o mar já havia chegado, está esquecido um pedaço da história do Brasil. Os outros pedaços da Igreja de Nossa Senhora das Candeias – ou Candelária – foram retirados sem nenhuma cerimônia e estão jogados à sorte.

Um distinto cidadão sertanejo, José Sales, nascido em Petrolândia, e morador de Candeias desde 1980, resolveu arregaçar as mangas e lutar pelo resgate da história adormecida. Há dois anos e meio, ele procurou a prefeitura de Jaboatão para contar-lhes que embaixo das máquinas, que invadiriam sua praia, estava uma igreja, de mais de 300 anos, cujas pedras já haviam se misturado a outras, quando o mar começou a “incomodar” e alguns fizeram muralhas para impedir seu avanço.

Quase que desconhecida por historiadores pernambucanos e sem registros oficiais nos documentos da Arquidiocese de Olinda e Recife - a Cúria Metropolitana - a Igreja de Nossa Senhora das Candeias era supostamente uma das primeiras igrejas de Pernambuco e do Brasil. “Ela era virada para Portugal e servia de referência para os barcos. Há indícios de que havia também um cemitério, inclusive, com a separação entre brancos e escravos, como era comum na época”, conta Sales.

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A tese do missionário da Igreja Católica, como Sales se intitula, é plenamente possível, de acordo com o historiador Severino Vicente, da UFPE. “Nem todas as igrejas eram viradas para Portugal ou serviam de farol, mas é possível que neste caso possa ter acontecido, afinal uma construção na beira do mar favorecia aos que procuravam uma referência”, explica ele, que confirma a existência da candelária. “Sem dúvida a Igreja existia”, afirma.

A idade da Igreja não pode ser comprovada ainda, já que não houve nenhum estudo arqueológico, mas mapas da costa brasileira feitos por holandeses entre 1643 e 1649 – publicados no livro Atlas da Costa do Brasil (2011) - já apontavam a existência da Candelária.

Quando as escavadeiras começaram o trabalho de retirada das pedras para aterrar a parte da praia onde estava a igreja, Sales e alguns amigos resolveram procurar a prefeitura para alertá-los e pedir que essa história fosse investigada, literalmente, a fundo, já que a igreja já estava coberta de água há quase 100 anos. “Depois de muito insistir com a prefeitura e com a ajuda de algumas pessoas influentes conseguimos que pelos menos as pedras fossem separadas das comuns”, relata Sales.

O LeiaJá foi até a praia de Candeias para registrar o atual estado dos pedaços que compunham a histórica construção. Jogadas em uma rua ao lado do condomínio onde o próprio governador passa alguns dias de férias ou “bem cuidadas” dentro do mesmo condomínio, na porta de um bar e em frente à atual igreja de Nossa Senhora das Candeias, em reforma, as pedras, que poderiam estar em um museu, são tratadas como outras quaisquer e “clamam” por reconhecimento.

Procurado pela reportagem, o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em Pernambuco, Frederico Farias Neves Almeida, confirmou ter recebido no início deste mês uma solicitação e prometeu averiguar a situação, mas sem dar prazos. Almeida disse ainda que a responsabilidade pela autorização da obra cabia à Marinha, já que a igreja estava embaixo d’água. A assessoria da Marinha se comprometeu a fazer uma análise do caso e enviar a resposta ao LeiaJá posterioremente.

 A secretária de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade da Prefeitura de Jaboatão, Fátima Lacerda, disse à reportagem que "as pedras haviam sido retiradas por alguns interessados e colocadas em algum lugar", que ela não recordava no momento da entrevista. Ela afirmou ainda que dentro de alguns meses, após a conclusão da obra de engorda da praia, no projeto de urbanização, será feito um marco para lembrar a existência da Igreja. A secretária também afirmou que o IPHAN foi avisado sobre a descoberta das pedras e "achou que não era preciso fazer nenhum estudo na área".

Confira o relato de José Sales sobre a descoberta:

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Com colaboração de Felipe Mendes e Wagner Cesario 

Desde 1968 no ramo imobiliário, a construtora Celi – sediada em Aracaju (SE) – anunciou nesta quarta-feira (17), a chegada da empresa na capital pernambucana. Inicialmente, a companhia planeja dois empreendimentos para a Região Metropolitana do Recife (RMR), um edifício no bairro de Candeias e outro em Nova Barra, ambos em Jaboatão dos Guararapes. 

Segundo o superintendente da filial, Roberto Câmara, a área dos primeiros empreendimentos foi escolhida devido à demanda crescente da região, que fica próximo ao polo de Suape. “Nós sempre estamos à procura de mercados ativos, e Pernambuco nos levou a olhar melhor para o crescimento da Região Metropolitana e principalmente a demanda de Suape. Realizamos pesquisas e vimos que teríamos espaço para trazer nossa empresa”. 

A construtora prevê um investimento inicial de R$ 150 milhões logo nos próximos três anos, sendo R$ 80 milhões para a RMR e R$ 70 milhões para Caruaru – que é outro foco da empresa. Os apartamentos que irão ser construídos terão em média, 50 m² à 80 m² e o custo de aproximadamente R$ 300 mil, dependendo do imóvel. 

Os representantes da Celi afirmaram que todos os imóveis terão a garantia na qualidade das obras e o rigor nos prazos entrega. O Famile Candeias será lançado ainda no mês de julho e o de Barra de Jangada, tem previsão para o final do ano. 

Trabalho Social

Além dos investimentos no setor imobiliário, a construtora gerencia o Instituto Barreto Júnior, que realiza um trabalho de inclusão social e atividades socioeducativas. Os alunos do instituto aprendem português, matemática, informática e capacitação profissional, inclusive para os operários das obras.

Entretanto, a vice presidente de negócios imobiliários da Construtora Celi, Ana Cecília Barreto, informou que ainda não existem planos para que o projeto social seja implantado no Recife.

Após receber várias denúncias de moradores, o PROCON e a Vigilância Sanitária municipal fizeram uma vistoria nesta terça-feira (19) no supermercado Bompreço no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. Na ocasião, foi verificada a venda de possíveis produtos que possam ser prejudiciais aos consumidores e não acondicionamento e conservação dos congelados.

A Vigilância Sanitária fiscalizou a câmara frigorífica do estabelecimento e não constatou nenhuma irregularidade, entretanto, foram encontrados alguns produtos com o prazo de validade vencido e expostos a uma temperatura não adequada. As informações da vistoria foram repassadas pela secretária executiva de defesa do consumidor, Débora Albuquerque.

Segundo a coordenadora da Vigilância sanitária de Jaboatão, Pauliane Barreto, a ação faz parte de uma agenda rotineira de fiscalização nos estabelecimentos do município. Os produtos encontrados impróprios para consumo serão inutilizados e depois será aberto um processo administrativo sanitário contra o estabelecimento, que pode receber uma advertência, multa ou até suspensão da licença de funcionamento da loja, explicou Pauliane.

Para solicitar o serviço do Procon de Jaboatão, o consumidor deve entrar em contato pelo número 0800-281-6970. O órgão está localizado na Rua Emiliano Ribeiro, nº 389, em Piedade e realiza atendimentos de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Um canteiro de obras, que funcionará 24 horas como ponto de apoio para as equipes que trabalharão na contenção do avanço do mar, está sendo construído na praia de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes. Além deste trabalho, estudos topográficos serão desenvolvidos no local, através desse levantamento, serão possíveis as manutenções posteriores e monitoramento.

Segundo o engenheiro da Prefeitura de Jaboatão responsável pelo acompanhamento da obra, Roberto Rocha, o cronograma estipulado pelo projeto executivo está sendo cumprido. “Esse canteiro será o ponto de apoio para todas as equipes que trabalharão na obra e para as equipes da Prefeitura e da Eicomnor, empresa responsável pelo monitoramento ambiental. Além disso, a partir desse ponto, será construído o caminho que levará as máquinas ao quebra-mar, que será seccionado em 5 partes de 50 metros, sendo, para isso, retirados 100 metros do arrecife artificial, o quebra-mar,  entre uma parte e outra”, explicou.

O engenheiro informou ainda que até o dia 15 de março, a construtora que está executando a obra, apresentará o plano de trabalho para a construção do caminho para o quebra-mar, que será iniciado na sequência. Além disso, paralelamente, o tubo que será acoplado à draga para trazer a areia do fundo do mar será montado.  

A draga deve chega entre os dias 20 e 25 de março, iniciando imediatamente os serviços de dragagem e transporte da areia, estima-se que sejam movimentados cerca de 1 milhão de metros cúbicos de areia. No total o navio, com capacidade para 2,5 mil metros cúbicos, fará 4 viagens por dia, no trajeto de 14 km entre a jazida, localizada em mar aberto nas imediações da praia de Pedra do Xaréu, no Cabo de Santo Agostinho, e a costa de Jaboatão. 

A obra que restabelecerá a faixa de areia das praias de Barra de Jangada, Candeias e Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR) começará nesta segunda-feira (4), às 9h30. O trabalho irá aumentar as praias em média de 30 a 45 metros em uma extensão de 5,8 km onde estão localizados os pontos críticos, já que alguns locais a força do mar atinge prédios e equipamentos públicos.

Para devolver a faixa de areia às praias, serão movimentados quase um milhão de metros cúbicos de areia, o que equivale a 80 mil caminhões do tipo caçamba, cheios. A areia será retirada de uma jazida localizada na costa do Cabo de Santo Agostinho, a cerca de 14 km de distância do litoral.

O evento - que dará inicio as obras -, está marcado nas imediações da Curva do S, em Piedade. A ocasião contará com a presença do Prefeito, Elias Gomes, do Governador, Eduardo Campos, e do Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. Serão R$40 milhões investidos através de recursos dos governos Federal e Municipal.

O município de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), já começa a se preparar para as festividades de final de ano. Mais uma vez as estruturas serão instaladas nas proximidades do Mercado do Peixe, em Candeias, Regional Praias. 

Os camarotes estão em fase de acabamento. O palco principal terá um espaço de 14m de largura por 12m de comprimento e 7m de altura. Mais de 30 comerciantes foram cadastrados para atuar na localidade e capacitados por técnicos da vigilância sanitária, do município, sobre o correto manuseio dos alimentos e questões de higiene. 

Pontos de saúde serão instalados e garantirão os serviços de urgência e emergência. Médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem atenderão a população caso haja algum incidente. Além disso, três ambulâncias ficarão de plantão na festa. Dentro de uma área de 1 km e meio, a população contará com aproximadamente 80 banheiros químicos. 

O polo de Jaboatão receberá as bandas Barca Maluca, Forró Santa Dose, Capital Inicial, Musa do Calypso e a Orquestra de Frevo de Jaboatão. Ao todo, serão entre 12 e 15 minutos de queima de fogos de artifício, começando pontualmente a partir das 0h.  A expectativa é que aproximadamente 250 mil pessoas compareçam ao local. 

Com informações da Prefeitura de Jaboatão