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O Centro Dom Hélder Câmara de Estudos e Ação Social (Cendhec) e o Fórum Estadual de Reforma Urbana (FERU-PE) se recusaram a assinar documento com procedimentos para negociações do projeto Novo Recife em reunião ocorrida na segunda-feira (16), na sede da Prefeitura do Recife (PCR). Em nota divulgada nesta quinta-feira (19), as entidades esclareceram que a recusa se deu pela falta de participação na confecção do material.

Segundo a nota, os órgãos foram surpreendidos com “um procedimento construído exclusivamente pela prefeitura”. Entretanto, o material foi assinado por sete das onze instituições que compõem as discussões, sendo elas: Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-PE), Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-PE), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PE), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) e Observatório do Recife. 

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Para a coordenadora Tergentina Vilarin, do FERU-PE, desde o início dos debates, o fórum não se sente como mediador do conflito. “Colocamos este sentimento durante a primeira reunião. Percebemos que há um esforço muito grande da prefeitura em solucionar este impasse, mas é uma ação muito tardia”, diz. 

O representante do Cendhec, Alexandre Pacheco, aponta que falta negociação e participação da prefeitura. “Ela não está assumindo seu papel. Quem deve atender às demandas do projeto é o prefeito e não o consórcio”, comenta. Ele ressalta que alguns órgãos ainda apontaram mudanças no protocolo, mas não houve grandes reformulações. “O que foi apresentado não dá conta das ilegalidades do processo administrativo, não se compromete com um plano urbanístico e nem traz o debate para uma estância de participação popular, como o Conselho da Cidade do Recife”, critica o representante.

Uma nova reunião entre as entidades ainda não está agendada, mas para Pacheco o processo não tem evoluído bem. “Ao contrário do que aponta a prefeitura, não estamos seguindo para resolução alguma do impasse”, coloca.

Procurada pela nossa reportagem, a PCR responde que, a princípio, não irá se pronunciar sobre a nota.  O documento de procedimentos será colocado à apreciação dos Ministérios Públicos Federal e Estadual e do movimento Direitos Urbanos (DU). 

O Secretário estadual da Criança e da Juventude, Pedro Eurico declarou que o Centro Dom Helder Camara de Estudos e Ação Social (CENDHEC) estava tendo uma visão exagerada sobre a denúncia de tortura, maus tratos, e mortes dentro da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Estado (Funase). O órgão por sua vez, afirmou em nota, não se omitirá diante da violência sistemática e institucional na Funase.

Pedro Eurico ainda criticou a denúncia, chamando-a de "requentada", além de chamar o CENDHEC de "oportunista", por não levar em conta os trabalhos em andamento que a Secretaria está realizando. Entretanto, o Centro Dom Helder Camara rebateu as acusações: 

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Diante de sua trajetória histórica na defesa dos Direitos Humanos, o Cendhec vem a público afirmar que compreende o papel político exercido pelo referido secretário e que, ao contrário de sua postura, reconhece sua atuação política e de seus interlocutores. Mas, infelizmente, as declarações do secretário apenas trazem à luz a falta de incorporação das várias solicitações da sociedade civil e de Órgãos do Sistema da Garantia de Direitos de âmbito local e nacional, em relação ao cumprimento do que estabelece o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE), prática que se tornou a verdadeira política de Estado da atual gestão por ele representada.

CASO - A Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente (ANCED) divulgou, nesta última terça-feira (12), uma denúncia contra o Estado de Pernambuco que será enviada à Organização das Nações Unidas (ONU). O intuito do documento é relatar os casos de tortura e maus tratos que jovens e adolescentes sofrem dentro das unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Estado, além das condições precárias que vivem cotidianamente. De acordo com o órgão, a denúncia será formalizada e enviada ainda esta semana e servirá como um “instrumento de pressão” contra o Estado. 

O documento será entregue ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, na Suíça, como forma de pedido para apontar as medidas mais eficazes para a erradicação dos maus tratos, torturas, mortes e entre outros fatores. O coordenador do Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop), Rodrigo Deodato, acredita que terá uma resposta em março ou outubro do próximo ano. 

 

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No Opinião Brasil dessa semana o apresentador Alvaro Duarte recebe Célia Trindade, Presidente do Conselho Executivo do Cendhec (Centro Dom Hélder Câmara de Estudos e Ação Social), e Lucy Pina Neta, historiadora do IDHeC (Instituto Dom Hélder Câmara). Os três discutem sobre a vida e obra de Hélder Pessoa Câmara, arcebispo emérito de Olinda e Recife. 

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O seu arcebispado aconteceu no mesmo período do Regime Militar, de 1964 até 1985, o que ocasionou uma ampla perseguição política motivada pelo trabalho de Dom Hélder na defesa dos direitos humanos no período. Ele ficou conhecido pela sua resistência ao regime militar, ao utilizar todos os meios de comunicação para denunciar a violação de direitos humanos no Brasil, sendo acusado por isso de comunista.

Apesar da perseguição, segundo Lucy Pina, ele não deixava se abater nem tampouco lutar pelos direitos da população que era a verdadeira dona da igreja, na opinião do arcebispo. Ele abria mão de qualquer segurança particular, mesmo nos momentos mais tensos, como quando a sua casa, no fundo da Igreja das Fronteiras, foi metralhada.

No dia 27 de agosto de 1999, o "bispo vermelho", como era conhecido, faleceu aos 90 anos, de insuficiência respiratória.

O Opinião Brasil é apresentado por Alvaro Duarte e exibido toda segunda-feira aqui, no Portal LeiaJá.

Três dias após um interno da Fundação de Atendimento Socioeducativo (FUNASE) ser assassinado na unidade de Abreu e Lima, o Centro Dom Helder Camara de Estudos e Ação Social (Cendhec) se pronunciou sobre o caso. A entidade enviou uma nota à imprensa manifestando sua total revolta com a ocorrência. 

No documento, o Cendhec se diz preocupado com o fato, que segundo a instituição “está se tornando uma rotina dentro dos Centros de Atendimento Socioeducativo da FUNASE”. Conforme dados repassados pela entidade, em 2012 foram sete mortes, enquanto que em 2013, já se contam quatro.

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O Cendhec também criticou as superlotações das unidades prisionais de Pernambuco. “O Estado possui 10 estabelecimentos de internação com capacidade total de 715 vagas, mas tem uma ocupação de 1.295, percentual de superlotação de 181,1%, quase que o dobro”.

Confira abaixo a nota na íntegra:

O Centro Dom Helder Camara de Estudos e Ação Social - Cendhec, entidade da sociedade civil que tem a missão, dentre outras, defender e promover os direitos humanos de crianças e adolescentes, vem manifestar seu mais veemente protesto com relação a ocorrência de mais uma morte de adolescente dentro da Unidade de Internação da FUNASE (Fundação de Atendimento Socioeducativo do Estado de Pernambuco) do município de Abreu e Lima.

Expressamos, enfaticamente, nossa preocupação em razão desse fato lamentável estar se tornando (ou tenha se tornado), uma rotina dentro dos Centros de Atendimento Socioeducativo da FUNASE.  No ano de 2012 foram sete mortes, enquanto que em 2013, já se contam quatro mortes.

As diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/1990) e do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo/SINASE (Lei 12.5094/2012) não vem sendo cumpridas.

Em avaliações do Sistema Socioeducativo em Pernambuco, devidamente realizada por órgãos de controle e fiscalização, evidenciou-se que em pleno século XXI, quando a humanidade prima pela dignidade humana, em destaque, o direito à vida, vivencia-se no Estado de Pernambuco um quadro de latente violação dos direitos nacionais e internacionais garantidos nos mais variados instrumentos legais ao público infanto-juvenil.

Em abril de 2011, o Conselho Nacional de Justiça, no Relatório Final do Programa Justiça ao Jovem no Estado de Pernambuco, recomendou, explicitamente, o fechamento dos Centros de Atendimentos Socioeducativos/CASE nos municípios de Cabo de Santo Agostinho e de Abreu e Lima por apresentarem “de longe a pior situação em termos de superlotação, dinâmicas viciadas e absolutamente inadequadas (no CASE Cabo há o controle das várias alas por representantes de pavilhão escolhidos pelos próprios adolescentes; no CASE Abreu e Lima, a administração não tem meios efetivos para o controle das rixas entre adolescentes, que não realizam qualquer atividade coletiva); o fechamento deve ser gradual, impedindo-se a entrada de novos adolescentes para ali cumprirem medida, ao tempo em que se coloca em funcionamento novas unidades de internação, menores, descentralizadas e com padrões de acordo com os critérios do SINASE” (grifos nosso).

Entretanto, tais medidas não foram adotadas pelo Governo do Estado, já que adolescentes continuam sendo encaminhados para esses Centros, bem como não há datas concretas para inauguração de novas Unidades.

Nesta semana, o Conselho Nacional do Ministério Público divulgou relatório mostrando a situação de superlotação das Unidades de Internação e Semiliberdade, sendo Pernambuco destaque pelo elevado índice de ocupação. O Estado possui 10 estabelecimentos de internação com capacidade total de 715 vagas, mas tem uma ocupação de 1.295, percentual de superlotação de 181,1%, quase que o dobro.

Diversos Termos de Ajustamento de Conduta foram celebrados com o Ministério Público Estadual e Ações Civis Públicas ajuizadas no sentido de melhorar as condições das Unidades da FUNASE, tendo-se que ressaltar que o Plano de Reordenamento do Sistema Socioeducativo (2010-2015) não vem sendo implantado de forma efetiva. 

Então, até que instância será necessário ir para que o Estado de Pernambuco venha a se comprometer com a implementação de políticas voltadas para adolescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas?

O fato é que não há demonstração de esforço algum para mudar concretamente tal realidade.

Por tudo isto, reiteramos os nossos protestos pelo descaso do Estado frente às violações desses direitos e manifestamos o nosso profundo pesar aos familiares deste adolescente que é mais uma vítima daquele que detém o dever de resguardar pela sua integridade física.

Nesta segunda-feira (10), o Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social (Cendhec) lança nesta a campanha Trabalho Infantil é um Jogo Sujo, com o intuito de chamar a atenção para a gravidade da situação do trabalho infantil em Pernambuco. O lançamento será feito a partir das 19h, com uma palestra que ocorre na escola estadual José Mariano, no bairro de Areias.

A atividade faz parte do projeto “Do Trabalho Infantil à Participação”, que é desenvolvido pelo Cendhec, para sensibilizar sobre o tema o trabalho infantil. A campanha Trabalho Infantil é um Jogo Sujo estará sendo desenvolvida pelo Cendhec até a Copa do Mundo de 2014. Entre as atividades, palestras, rodas de diálogo entre adolescentes, participação em seminários e conferências e mobilizações. 

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A ação marca também o início da celebração do Dia Mundial e Nacional de Combate ao Trabalho infantil, lembrada no próximo dia 12. Durante o mês de junho, entidades que integram o Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil de Pernambuco (Fepetipe), estarão promovendo diversas ações para lembrar a data e chamar a atenção da sociedade para os problemas relacionados à exploração do trabalho infantil.

NÚMEROS SOBRE TRABALHO INFANTIL

Apesar dos avanços nas últimas décadas, desde 2005 houve uma desaceleração na redução do número de crianças e adolescentes em situação de trabalho irregular. Persistem justamente as formas mais difíceis de serem combatidas. 

Segundo estatísticas, no Brasil existem mais de 3,4 milhões de crianças e adolescentes entre cinco e 17 anos que estão no trabalho infantil. Em Pernambuco, embora o trabalho infantil tenha diminuído, ainda existem mais de 170 mil crianças e adolescentes na mesma faixa etária, sendo exploradas em trabalhos domésticos, no comércio, nas casas de farinha, na agricultura e pecuária, nas feiras livres, na exploração sexual e em várias outras atividades.

Serviço:

•    Evento: Lançamento da Campanha Trabalho Infantil é um Jogo Sujo – palestra para alunos e familiares.

•    Dia: Segunda-feira, 10 de junho.

•    Horário: A partir das 19h.

•    Local: Escola Estadual José Mariano, na Av. Dr. José Rufino, 892 - Areias, Recife/PE.

Com informações de assessoria

O Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social (Cendhec) divulgou uma nota, nesta segunda-feira (11), sobre o caso do afastamento da promotora Belize Câmara. À frente da promotoria de Justiça do Meio Ambiente desde outubro de 2011, e responsável por processos contra as irregularidades do Projeto Novo Recife, Belize foi relocada para a comarca de Jaboatão dos Guararapes há 10 dias. 

Durante este período, manifestantes saíram às ruas do Recife em protesto contra o afastamento da promotora. Na última quarta-feira (6), uma comissão do movimento #OcupeMPPE conseguiu se reunir com o procurador-geral Aguinaldo Fenelon. Eles entregaram uma carta pedindo o retorno de Belize e devem voltar a conversar com o procurador nesta terça-feira (12). 

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Em nota, o Cendhec afirmou que o afastamento de Belize “foi um duro golpe para a sociedade civil organizada, que vinha tendo, através dessa promotoria, um canal de expressão da vontade popular e de defesa dos interesses da população”. 

O Centro ainda alegou que “a atuação da promotora vinha contribuindo para o crescimento da projeção e credibilidade do Ministério Público de Pernambuco junto à sociedade, fortalecendo seu papel de fiscal da lei e como espaço de defesa dos direitos coletivos e do interesse público”.

Por fim, o Cendhec concluiu declarando que a atitude de Aguinaldo Fenelon foi arbitrária, fortalecendo um conjunto de fortes interesses particulares, representados no Projeto Novo Recife. “Lamentamos profundamente a atitude do Procurador Geral e consideramos o afastamento da promotora Belize Câmara como um incalculável prejuízo para o Ministério Público do Estado de Pernambuco, para a sociedade e para a consolidação de nossas instituições enquanto democráticas”.

Nesta segunda-feira (11), às 19h30, o Blog Acerto de Contas e o Grupo Direitos Urbanos realizam um Ato de Desagravo à promotora. O encontro será na Faculdade de Direito do Recife, no centro da cidade. Através de uma página numa rede social, mais de mil pessoas já confirmaram presença no evento.

 

Verão combina com o que? Praia, sol, mar... Isso é tudo que criança gosta, além de brincar. Apesar de vermos no litoral muitas crianças se divertindo, outras, infelizmente, estão nas praias para trabalhar. Por conta disso, neste domingo (21), o Fórum Estadual para a Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (Fepetipe) realiza uma campanha de conscientização, na Praia de Piedade, no Recife.

A ação ocorre das 10h às 12h, em frente à famosa Igrejinha. A ideia surgiu de acordo com Paulo Lago, assessor do Centro Dom Helder Camara de Estudos e Ação Social (Cendhec), como forma de lembrar o Dia das Crianças, comemorado no último dia 12. “Queremos sensibilizar a população para que preste atenção nessa realidade que parece ser invisível. Nas praias, tem muita criança trabalhando, vendendo CD, DVD, e até trabalhando com os pais nas barracas,” esclareceu. 

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O trabalho nas praias está na lista das piores formas de trabalho infantil, de acordo com Decreto Federal 6481 de 12/06/2008. Segundo Paulo Lago, isso pela exposição das crianças ao sol que pode gerar lesões físicas. 

Para Lago, ações educativas como estas são positivas para orientar a população. “São as campanhas que ajudam. Na década de 90 o número de crianças envolvidas em trabalho infantil era assustador, o que se percebe é uma diminuição. O trabalho infantil ainda é muito aceito pelo simples fato da população achar que é melhor eles estarem trabalhando do que roubando,” explicou. 

Além das praias, feiras, mercados, sinais e trabalhos domésticos estão entre os locais de maior incidência da violação do direito da criança e do adolescente. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), atualmente, 3,6 milhões de crianças trabalham no Brasil. Os casos mais graves estão no Norte e Nordeste onde se concentram 1,7 milhões deles.

Campanha Nacional – No dia 9 de outubro foi lançada a campanha nacional “É da nossa conta! Trabalho Infantil e Adolescente”. A iniciativa pretende sensibilizar a sociedade para a responsabilidade de cada um. A ação segue até o final do ano com mobilização nas redes sociais e nas cidades de São Paulo (SP), Salvador (BA), Teresina (PI), Belém (PA), Curitiba (PR), Brasília (DF) e Fortaleza (CE). Em caso de exploração do trabalho infantil a população pode denunciar no disque 100. 

O Opinião Brasil desta semana traz um debate sobre a regularização fundiária no Recife e na Região Metropolitana. Participam do debate o apresentador do programa, Alvaro Duarte, a assessora especial da Secretaria de Controle Urbano e Desenvolvimento e Obras da Prefeitura do Recife, Paul Mendonça, além de Daniela Rodrigues, assistente social do Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social (Cendhec).

De acordo com Paula Mendonça, 15% do território recifense é constituído por moradias ilegais, ou seja, que foram construídas sem a devida posse da terra. A maioria delas estão em zonas periféricas e em situações precárias, como áreas de risco. Na conversa, a assessora explica que a regularização fundiária na cidade acontece por meio de programas como o Minha Terra.

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Já Daniela Rodrigues fala sobre o déficit habitacional do Recife, que gera uma grande demanda pela legalização da posse da terra. “A população não tem conhecimento de que tem direito a moradia digna”, afirma. Hoje, cerca de 2,5 mil ações de usucapião estão em curso em sete comunidades da cidade e o Cendhec auxilia os moradores dando suporte e orientação para que a regularização aconteça.

O Opinião Brasil é produzido pela TV LeiaJá e exibido toda segunda-feira aqui, no portal LeiaJa.com.

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Nesta semana o Opinião Brasil volta ao seu formato original de debates, após a série de entrevistas com os pré-candidatos à Prefeitura da Cidade do Recife. No programa desta segunda-feira (25), o tema discutido é a Lei da Palmada. O apresentador Alvaro Duarte conversa com a coordenadora executiva do Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social (Cendhec), Valeria Nepomuceno.

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A Lei da Palmada, como é chamada pela imprensa brasileira, altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e determina que seja considerado castigo corporal qualquer forma de uso da força física para punir ou disciplinar, causando dor ou lesão à criança e ao adolescente. Na conversa, a coordenadora explica sobre a importância desse projeto de lei, além de ressaltar que a violência mais grave pode sim começar com uma simples palmada.

Durante o debate Valeria Nepomuceno ainda fala sobre a questão cultural de como os pais brasileiros educam os filhos por meio de palmadas e sobre a falta de políticas públicas que garantam os direitos de crianças e adolescentes. O Opinião Brasil é uma produção da TV LeiaJá.

Será discutida em audiência pública, nesta segunda-feira (23), a “Lei da Palmada”. O debate será realizado pela Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente no auditório da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Durante a discussão, haverá uma apresentação da 8ª edição da Campanha pelos Bons Tratos de Crianças e Adolescentes, criada pelo Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social (Cendhec).

De autoria do Poder Executivo, o projeto de lei altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e determina que seja considerado castigo corporal qualquer forma de uso da força física para punir ou disciplinar causando dor ou lesão à criança e ao adolescente.

Prevê medidas que visam prevenir a violência contra a criança, como encaminhamento a programas oficiais e comunitários de apoio às famílias, possibilidade de tratamento psicológico ou psiquiátrico, cursos ou programas de orientação, encaminhamento da criança a tratamento especializado e advertência.

A Lei da palmada prevê ainda que “a criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados pelos pais, pelos integrantes da família, pelos responsáveis ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar, tratar, educar ou vigiar, sem o uso de castigo corporal ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação, ou qualquer outro pretexto”.

Além disso, também podem ser punidos os profissionais (professores, médicos e funcionários públicos) que tomarem conhecimento das agressões contra crianças e não denunciarem. A multa pode chegar a 20 salários mínimos.

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A partir desta sexta-feira (30), a 8ª edição da Campanha pelos Bons Tratos de Crianças e Adolescentes promovida pelo Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social (CENDHEC), pode ser acompanhada pelas redes sociais. A ação divulgada através do facebook pode ser conferida no hot site da campanha (www.bonstratos.org.br).

O objetivo da iniciativa é mobilizar as pessoas para a defesa do Projeto de Lei Nº 7.672, de 2010, do Poder Executivo, aprovado pela Câmara, que busca alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente, para que eles sejam educados e cuidados sem o uso de castigos corporais ou de tratamento cruel ou degradante. Em 2012 o projeto será levado para análise e aprovação no Senado.

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No hot site, além de conhecer a campanha, enviar mensagens de apoio, acessar e acompanhar o projeto de lei está disponível, em versão online, a nova revista em quadrinhos de Florisbela Sorriso, mascote da Campanha pelos Bons Tratos. Para o mais novo desafio, Florisbela busca mobilizar a sociedade para a aprovação do projeto de lei.

Diversas ações serão desenvolvidas durante todo o ano de 2012 como audiências públicas, seminários e a distribuição de materiais informativos nas escolas e instituições públicas e privadas.

A Campanha recebe o co-financiamento da União Européia e Fundação Abrinq/Save The Children. Além de contar com o apoio da Rede Não Bata, Eduque! e da organização alemã EED, sendo produzida pela Mabuia Produção Cultural e pela Mediateam Comunicação Digital.

Para a deputada e relatora do projeto, Tereza Surita, a lei é educativa e a punição física, por parte de pais e responsáveis quando a criança é desobediente, é uma questão cultural. “Está mais do que comprovado que a violência não educa. Ela paralisa e não traz reflexão”, disse a relatora.

Segundo o comunicador social do Cendhec, Paulo Lago,  para se combater os maus-tratos contra a criança são necessárias mudanças culturais, sociais e políticas, que chamem a responsabilidade de todos para a promoção, garantia e defesa dos direitos das crianças. “Apostamos na campanha para defender que criança merece atenção especial. Isso é importante quando se reconhece que todas as elas devem ser tratadas com respeito, dignidade, cuidados e assistência”, pontua.

 

 

 

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