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A partir desta terça-feira (4), o Centro Comunitário da Paz (Compaz) Dom Helder Câmara, na comunidade do Coque, área Central do Recife, realizará atendimentos do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor de Pernambuco (Procon). O órgão divulgou um site para agendamentos.

Para obedecer aos protocolos sanitários da Covid-19 e evitar aglomerações, o Procon Recife disponibilizou o site procon.recife.pe.gov.br para que os interessados se cadastrem. O período de atendimento é de segunda a sexta, das 8h às 13h.

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Moradores da área central do Recife em breve poderão frequentar o novo Compaz Dom Helder Câmara, que abre o cadastramento para a população a partir desta quarta-feira (18), no Coque, na Ilha Joana Bezerra. A previsão é que a quarta “Fábrica de Cidadania do Recife” passe a funcionar em dezembro, após a conclusão dos registros dos usuários. As atividades desenvolvidas no local são gratuitas.

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O espaço terá piscina, quadra poliesportiva, Dojô para artes marciais, sala Mãe Coruja, Espaço do Empreendedorismo, Estúdio de Rádio, TV e Fotografia e uma série de outros serviços de cidadania, cultura, esportes e lazer, seguindo o modelo que já compõe as unidades do Compaz. 

A Prefeitura do Recife ainda não divulgou o quadro programático do Dom Helder Câmara, mas já é possível sinalizar as atividades de interesse através do cadastro. Os bairros diretamente beneficiados, no raio de 1km, pela nova iniciativa são Ilha do Leite, Cabanga, Ilha Joana Bezerra, São José, Coelhos e Paissandú.

Para o cadastramento, o equipamento vai funcionar de terça a sexta, das 8h às 20h, e aos sábados das 8h ao meio-dia. Serão atendidas 60 pessoas por dia, com distribuição de senhas, sendo 20 pela manhã, 20 à tarde e 20 à noite, para evitar aglomeração, como medida preventiva para a covid-19.

Para se cadastrar no Compaz Dom Hélder Câmara, assim como nos outros Centros Comunitários da Paz, é preciso levar RG ou certidão de nascimento, CPF e comprovante de residência. Para cadastro de menor de idade é preciso que o responsável também se cadastre. O cadastro é feito na recepção de cada local.

Segundo a prefeitura, a obra teve investimento total de R$ 7 milhões, sendo R$ 5 milhões da PCR e R$ 2 milhões do Governo do Estado. Também estarão disponíveis CRAS, serviço de mediação de conflito, PROCON, Sala da Mulher, atendimento psicológico gratuito e um auditório com capacidade para 100 pessoas.

O Diário Oficial da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) traz, nesta sexta-feira (31), a aprovação de 12 projetos de lei que designam ícones estaduais como patronos de diversas causas, segmentos sociais e atividades. As homenagens foram iniciativas de alguns deputados que fizeram questão de destacar a atuação dessas pessoas nas áreas citadas.

Entre os agraciados, a radialista Graça Araújo foi nomeada patrona do Jornalismo, o ex-governador Miguel Arraes da Política e Dom Helder Camara dos Direitos Humanos.

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A lista ainda é composta por Mestre Vitalino Pereira dos Santos (Arte do Barro); Cacique Xicão Xukuru (Povos Indígenas); Solano Trindade (Luta Antirracista); Frei Damião de Bozzano (Romeiros e Romarias); Valdir Teles (Repente e Cantoria de Viola); Lourenço da Fonseca Barbosa, o Capiba (Frevo); Ênio Lustosa Cantarelli (Cardiologia); Clarice Lispector (Literatura); e José de Souza Dantas Filho, o Zé Dantas (Compositores da Música Regional Nordestina).

Os textos foram aprovados na última sessão de autoconvocação extraordinária, realizada nessa quinta-feira (30). Autor das homenagens aos compositores Capiba e Zé Dantas, o deputado Tony Gel (MDB) destacou a importância deles, respectivamente, para a maior festa popular de Pernambuco (Carnaval) e nas composições mais líricas consagradas na voz de Luiz Gonzaga. Antonio Fernando (PSC), por sua vez, elogiou a iniciativa de Clodoaldo Magalhães (PSB) de reverenciar Frei Damião, religioso italiano da Ordem dos Capuchinhos que se radicou em Pernambuco e promoveu peregrinações por todo o Nordeste. 

Com a repercussão da reportagem sobre o caso de um idoso de 82 anos, que mesmo depois de fazer três testes de covid-19 e receber o resultado negativo para todos eles, ser encaminhado para a UTI de covid-19, o Ministério Público de Pernambuco confirmou ao LeiaJá que a 2ª Promotoria de Defesa da Cidadania do Cabo de Santo Agostinho notificou o Hospital Dom Helder Câmara, localizado no Grande Recife.

A unidade terá que prestar informações e, se for o caso, tomar as devidas providências - "visto que é preciso verificar quais foram os critérios médicos que embasaram a referida transferência", explica o MPPE.

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O homem de 82 anos é portador de Alzheimer e diabetes e deu entrada na unidade de saúde no dia 17 de abril, apresentando alguns problemas pulmonares e, por conta da suspeita do novo coronavírus, precisou ficar as primeiras semanas na ala que cuida dos casos de coronavírus.

Como não foi atestado o vírus, o idoso foi transferido e ficou sob cuidados médicos na enfermaria comum. No entanto, como no último domingo (10), apresentou uma piora, teve que retornar, sem explicações sólidas, de volta para a ala do Covid-19.

É por conta do rísco de contaminação e do Alzheimer que a família está lutando para conseguir ajudar o homem. Nesta quarta-feira (13), Ana Lucia Ferreira, filha do paciente, atualizou que o Ministério Público de Jaboatão dos Guararapes orientou a família a pedir uma cópia da requisição da tomografia computadorizada e do parecer neurológico ao hospital. "Esse laudo (neurológico) se faz necessário para que possamos comprovar que o estado de saúde dele é por conta da falta das medicações (para o Alzheimer)", explica Ana.

O estado de saúde do idoso, segundo a filha, está normal. "Mudaram os antibióticos e os exames também não deram alteração - por isso precisamos urgente do Neuro. Não adianta tanto antibiótico sem esse parecer. Achamos que ele só vai reagir as medicações com o Alzheimer controlado", pontua Ana.

 

 

Depois de fazer três testes do Covid-19 e receber o resultado negativo para a doença, um idoso de 82 anos, que estava na enfermaria do Hospital Dom Helder, localizado na Região Metropolitana do Recife, para cuidar de uma infecção respiratória, desidratação e o quadro de sonolência, foi levado, sem a família receber qualquer explicação, para a UTI que cuida dos pacientes com a Covid-19 (mesmo sem ter testado positivo). A família está desesperada e a procura de respostas e ajuda.

O idoso, que já era portador de Alzheimer e diabetes, deu entrada no Hospital Dom Helder Câmara no dia 17 de abril. Por estar apresentando problemas pulmonares, ficou em isolamento na área da Covid-19, onde ficou em tratamento e aguardando o resultado do teste que tinha feito. Após o resultado e sem precisar de respirador, apenas sonda de respiração, o homem foi transferido para a enfermaria normal junto com outros três idosos - todos vindo da área de isolamento e com os resultados negativos.

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Apresentando melhora dos sintomas que justificaram a procura por atendimento, a família estava preocupada com as doenças que o homem já tinha. "Durante todo período de internação, informamos aos médicos que meu pai precisava voltar a tomar as medicações para controle do Alzheimer, inclusive solicitamos um parecer neurológico - pois ele estava muito sonolento e não se comunicava com ninguém", explicou a Ana Lucia Ferreira, filha do paciente.

Ela confirma que o seu pai deveria ser avaliado por um neurologista na última segunda-feira (11), para saber se o homem poderia voltar para casa, onde continuaria com o tratamento. No entanto, no domingo (10), os familiares foram surpreendidos com a informação de que o idoso havia sido transferido para uma ala vermelha, depois que o seu quadro piorou.

A minha irmã, que estava lá, perguntou se de fato era necessário e a médica de plantão informou que sim, e que após os exames iria entrar em contato com a família para explicar melhor. Passou 24h e não obtivemos nenhum retorno. Decidimos ir ao hospital e, para nossa surpresa, ninguém sabia explicar onde estava meu pai". Ana Lucia lembra que, após muita procura, a Assistente Social informou que o paciente havia sido levado para o setor de Covid-19.

A família diz que a explicação dada pelos médicos é que a respiração do idoso estava fraca e que ele precisaria de um cateter de respiração. No entanto, a filha Maria da Conceição Ferreira aponta que a médica do plantão não soube dizer o motivo de o idoso ter voltado pra área da Covid-19, o que acabou não permitindo o exame neurológico que a família tanto solicitou e já estava marcado.

"A médica que vinha acompanhando ele afirma que não foi ela quem autorizou a transferência nem sabe o motivo de ter voltado pra área da Covid-19. Precisamos que seja feita uma junta médica sobre o estado do meu pai, precisamos que ele seja retestado e em caso de novas negativas tirem ele de lá", clama a filha.

Os familiares agora lutam contra o tempo e já solicitaram ajuda do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), além de terem denunciado o ocorrido na Ouvidoria do Hospital. O LeiaJá entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco e com o MPPE, mas até a publicação da matéria não havia recebido respostas.

 

 

 

 

Assuero Gomes, médico e escritor, publica amanhã, sexta-feira (31), seu novo livro independente “Minhas Memórias da Igreja de Olinda e Recife”. O evento de lançamento da obra será realizado na sede do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, no bairro da Boa Vista, às 19hrs.

A publicação de Gomes é consequência de mais de quatro décadas de experiências e vivências na Igreja Católica das cidades de Recife e Olinda. O livro também traz menções à Dom Hélder Câmara, ex-arcebispo das duas cidades e patrono brasileiro dos direitos humanos. Todo o valor arrecadado com a venda dos livros será revertida para a fazenda Esperança.

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O Sindicato dos Médicos de Pernambuco fica localizado na Av. João de Barros, 58, Boa Vista, na área central da capital pernambucana.

Terminou, nesta quarta-feira (19), a "fase diocesana" do processo de beatificação e canonização de dom Hélder Câmara. Durante solenidade, houve o lacre das caixas de documentos e a remessa para o Vaticano.

O material agora será recebido pela Congregação da Causa dos Santos. Laudos, documentos, pareceres e testemunhas coletados vão ser analisados por comissões, sendo elaborado conjunto de documentos chamado "Positio", dando início à Fase Romana do processo.

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A expectativa do arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, é que uma resposta positiva chegue até 2020. Foi dom Helder quem ordenou Saburido sacerdote. "A nossa esperança se projeta para o ano de 2020, quando a Arquidiocese de Olinda e Recife sediará o XVIII Congresso Eucarístico Nacional. Temos fé na Santa Eucaristia, confiamos que, até lá, receberemos notícias positivas sobre a análise do processo de dom Helder na Congregação da Causa dos Santos", disse o religioso.

Dom Hélder Câmara foi arcebispo de Olinda e Recife no período de 1964 a 1985. Ele se destacou pela defesa dos mais pobres, dos direitos humanos e na proposição de novos caminhos para a igreja. Foi bispo-auxiliar do Rio de Janeiro, membro atuante no Concílio Vaticano II e um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Câmara recebeu a indicação para o prêmio Nobel da Paz em 1972. Seu processo de beatificação e canonização foi aberto em junho de 2015.

Fases do processo de beatificação e canonização:

Milagre rigoroso - Precisa ser comprovado por uma junta de médicos do próprio país e por uma comissão de médicos do Vaticano.

Início informal - Qualquer pessoa pode solicitar a abertura do processo ao bispo do local em que o candidato a santo morreu. Quando se inicia o processo, depois de ter recebido a autorização da Santa Sé, o candidato recebe o título de Servo de Deus.

Investigação das virtudes - O bispo local dá entrada com seu dossiê na Congregação para as Causas dos Santos, no Vaticano. Depois, inicia-se a investigação das virtudes. O objetivo é passar ileso pela análise de comportamento durante a vida. Se o candidato viveu de forma exemplar, é declarado Venerável.

Exigência de um milagre - A Congregação das Causas dos Santos exige que o candidato a santo tenha operado um milagre e que este seja comprovado. Uma investigação é aberta no local onde o milagre ocorreu e os resultados são enviados a Roma para comprovação. Em caso de confirmação, o milagreiro é declarado “Beato” e pode ser cultuado na região em que já tem fama de santidade. Mártires, por sua vez, são dispensados do milagre e seguem automaticamente para a canonização.

Novo milagre - Na última fase, é preciso provar outro milagre. Vencida a etapa, o santo é apresentado pelo papa para o culto da Igreja mundial. É necessário confirmar inclusive a real existência do candidato a santo. Para isso, uma exumação do corpo é solicitada.

Com informações da assessoria

Em atos políticos, um crucifixo que comparava Lula a Jesus Cristo, afirmando que os dois foram "condenados sem provas", causou muita polêmica. Nesta terça-feira (1º), no ato organizado pela Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), no Dia do Trabalhador, outra comparação deve causar ainda mais discussão: um boneco do ex-presidente com faixa presidencial ao lado de outro de Dom Helder Câmara. 

Os bonecos simbólicos fazem uma nova comparação de Lula a outra ilustre figura, já que Dom Helder foi considerado, palavras do próprio pap Joao Paulo 2º, "irmão dos pobres e meu irmão".  A declaração do papa aconteceu, em 1980, quando o pontifício visitou o Recife. 

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A manifestação realizada em Recife, em defesa da liberdade de Lula, bem como para protestar por reformas do governo Temer, também acontece em outras cidades brasileiras. O ponto central está acontecendo em Curitiba, onde o ex-presidente se encontra preso em uma cela especial na sede da Polícia Federal.

O religioso católico Dom Helder Câmara tornou-se o patrono brasileiro dos Direitos Humanos após o presidente Michel Temer sancionar uma lei que concede o título ao ex-arcebispo de Olinda e Recife.

A publicação da lei ocorreu na quarta-feira (27) através do Diário Oficial da União. Segundo o site da Presidência, Dom Helder "foi um dos ícones da Igreja Católica contra a ditadura militar", participando de organizações e movimentos nas quais foi "um líder contra o autoritarismo e os abusos dos direitos humanos praticado pelos militares".

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O prelado é o único brasileiro da história a ter sido indicado por quatro vezes como Nobel da Paz e foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Nascido em 7 de fevereiro de 1909, em Fortaleza, o religioso foi ordenado padre em 1931. Além de atuar como bispo-auxiliar no Rio de Janeiro, o católico foi arcebispo de Olinda e Recife entre 1964 e 1985. Ele faleceu em 1999 no Recife.

Da Ansa

Uma mulher de 19 anos teve um filho na manhã deste sábado (31) e deixou o bebê em uma lixeira, no Hospital Dom Hélder Câmara, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife. A criança foi encontrada envolvida em uma fralda e com a boca tapada por um absorvente. A mulher foi identificada como Aline Silva Santos.

Reclamando de dores lombares, Aline deu entrada nesta manhã no Hospital Dom Hélder Câmara, segundo informações da instituição. Exames foram feitos, mas primeiramente nenhum constatou a gravidez da jovem. A mulher então foi ao banheiro do centro médico e lá teve o bebê. De acordo com o hospital, depois do nascimento da criança, Aline retornou a enfermaria sangrando, novos exames foram feitos e o cordão umbilical foi encontrado. Segundo o hospital, como não havia pediatra e nem obstetra no local, os enfermeiros de plantão pensaram que a criança ainda não havia nascido e encaminharam Aline para o IMIP, instituto hospitalar localizado no Centro do Recife.

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O bebê foi encontrado na lixeira por funcionários do Dom Hélder Câmara e também foi encaminhado ao IMIP. De acordo com a pediatra Juliana Amorim, que atendeu o recém-nascido no IMIP, a criança passa bem e não teve complicações desde que foi dada sua entrada na emergência, por volta das 11h15 deste sábado. “A criança está bem. Ela foi encontrada apenas com um hematoma pequeno no pescoço”, disse a médica. Ainda de acordo com a pediatra, uma tia e a avó da criança foram ao local visitá-la e tiveram uma conversa com a assistente social.

A mãe chegou ao IMIP por volta de 11h. Ela também foi atendida rapidamente e já passa bem. Segundo funcionários do IMIP, Aline chegou ao centro hospitalar chorando muito, porém em nenhum momento perguntou pelo filho. Ainda não foram divulgadas informações sobre se a polícia vai investigar o caso.

 

A Cúria Romana emitiu parecer favorável para o início do processo de beatificação e canonização do ex-arcebispo de Olinda e Recife dom Helder Câmara. O pedido foi feito pela Arquidiocese de Olinda e Recife, que divulgou a aprovação oficial na quarta-feira (8). Esta primeira etapa nomeia dom Helder como Servo de Deus.

O processo será iniciado a partir do próximo dia 3 de maio, quando fiéis da Arquidiocese de Olinda e Recife se encontrarão na Igreja do Santíssimo Salvador do Mundo, em Olinda, para uma celebração. A Santa Missa apresentará a oração para o religioso e os membros da comissão jurídica responsável por reconhecer as “virtudes heroicas” do ex-arcebispo.

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O tribunal, como é chamado, terá a missão de coletar documentos e ouvir testemunhas que confirmem a santidade de Camara. Com os dados coletados, será elaborado o “Positio”, compêndio contendo a biografia documentada e a apresentação das virtudes do Servo de Deus. Após aprovado, o papa concederá o título de Venerável Servo do Senhor.

A penúltima etapa é a beatificação. Na crença cristã, ser beato significa que a pessoa tem a capacidade de agir como intermediário entre os cristãos e Deus. Para que isso ocorra é preciso comprovar um milagre realizado por dom Helder.

Por último, ocorre a fase de canonização. Para que dom Hélder Câmara seja proclamado santo será preciso a comprovação de um segundo milagre. 

Perfil – Dom Hélder Câmara nasceu em 7 de fevereiro de 1909 em Fortaleza e se tornou padre aos 22 anos. O religioso foi nomeado arcebispo de Olinda e Recife em 12 de abril de 1964, poucos dias depois do golpe militar. Em agosto de 1969, foi acusado de ser demagogo e comunista por criticar a situação de miséria dos agricultores do Nordeste. Após esse caso, o ex-arcebispo sofreu represálias, tendo a casa metralhada e assessores presos.

A Arquidiocese de Olinda e Recife recorda que quando dom Helder foi lembrado para o Prêmio Nobel da Paz, em 1970, o governo brasileiro promoveu uma campanha internacional para derrubar a indicação, já que ele denunciava a prática de tortura a presos políticos no Brasil. No mesmo ano os militares proibiram a imprensa de mencionar o nome de Camara. O arcebispo comandou a Arquidiocese de Olinda e Recife até o dia 10 de abril de 1985. O religioso morreu em sua casa, no Recife, no dia 27 de agosto de 1999, devido a uma insuficiência respiratória decorrente de pneumonia.

A Cúria Romana analisa o pedido feito pela Arquidiocese de Olinda e Recife para iniciar o processo de beatificação de dom Hélder Câmara. A expectativa agora está no posicionamento dos dicastérios, que são departamentos do governo da Igreja Católica que compõem a Cúria.

Uma carta enviada à arquidiocese pelo prefeito da Congregação das Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato, explica que, caso seja dado o Nihil Obstat (Nada Consta), a Igreja em Olinda e Recife poderá iniciar o processo na diocese.

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De acordo com a arquidiocese, a primeira etapa do processo consiste em nomear dom Hélder Servo do Senhor. Em seguida, a partir da aprovação de estudos feitos por uma comissão jurídica, com base da análise de textos publicados pelo religioso e de testemunhos de pessoas que o conheceram, o papa concede o título de Venerável Servo do Senhor. Então, o passo seguinte é a beatificação.

Dom Hélder Câmara nasceu em 7 de fevereiro de 1909 em Fortaleza. Ingressou no seminário da capital aos 22 anos e teve uma vida religiosa marcada pela atenção aos mais necessitados.

Entre outras atividades exercidas por dom Hélder, destacam-se a passagem pelo arcebispado do Rio de Janeiro, onde foi bispo auxiliar na década de 40, com forte ação social, e pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da qual foi secretário durante 12 anos (1952-1964).

Foi nomeado arcebispo de Olinda e Recife em 12 de abril de 1964, poucos dias depois do golpe militar. Em agosto de 1969, foi acusado de ser demagogo e comunista por ter criticado a situação de miséria dos agricultores do Nordeste.

A partir desse episódio, dom Hélder passou a sofrer várias represálias. Teve a casa metralhada, assessores seus foram presos e sua indicação para o Prêmio Nobel da Paz foi boicotada pelo governo militar, já que ele denunciava a tortura praticada contra presos políticos. Dom Hélder recebeu, entretanto, vários outros prêmios internacionais pelo trabalho em defesa dos direitos humanos, como o Prêmio Popular da Paz, na Noruega, em 1974, e o Martin Luther King, nos Estados Unidos, em 1970.

Dom Hélder Câmara morreu no dia 27 de agosto de 1999 em sua casa, no Recife. Seus restos mortais estão sepultados na Igreja Catedral São Salvador do Mundo, em Olinda.

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Além de ideias e ações exemplares, Dom Helder deixou centenas de documentos e lembranças, que com o trabalho do projeto Preservar e Divulgar a Memória Documental de Dom Helder Camara,  são reunidos em uma exposição.

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Batizada de O Dom da Paz - vida, obra e acervo documental, a mostra traz livros, fotos, documentos e outros arquivos que oferecem um olhar mais profundo sobre a vida do ex-acerbispo de Recife e Olinda. A mostra vai até o dia 30 de novembro, de segunda a sexta-feira, das 14h às 17h, no Memorial Dom Helder Camara. 

O trabalho levou seis meses e obteve ajuda de historiadores, bibliotecários, restauradores e também técnicos de informática. Além da exposição, foi criado um banco de dados com todos os materiais, que agora fazem parte do acervo do Centro de Documentação Dom Helder Camara (CEDOHC), localizado na Igreja das Fronteiras.

“Esses são documentos relativamente novos. Têm pouco mais de meio século. Mas, a importância deste acervo está no que o DOM representa como religioso com suas ações, convicções e reflexões na vida administrativa da igreja, como também na vida social e política. É um exemplo ao combate à violência, estimulou o espírito de solidariedade e cidadania”, explica a coordenadora do projeto Preservar e Divulgar a Memória Documental de Dom Helder Camara, Célia Salsa.

O centro é parceiro do Instituto Dom Helder Camara e tem a responsabilidade de preservar o legado do Dom da Paz. Interessados em pesquisar o material têm a disposição todas as informações sobre os documentos, disponíveis num banco de dados online e em dois terminais fixos no Centro de Documentação. Para ter acesso ao espaço, basta agendar uma visita através do telefone (81) 3231 5341.

Foram conservados 4.031 livros; 1.328 multimeios; 6.755 fotos e 19.709 páginas de manuscritos, com o patrocínio da Petrobras. Os arquivos incluem roteiros de programas de rádio apresentados pelo religioso e também parte dos manuscritos originais da 'Sinfonia dos Dois Mundos', escrita por Dom Helder. Outras surpresas e preciosidades foram encontradas no processo de restauração, entre elas observações de Dom Helder sobre algum livro, áudios de programas e fotos de momentos especiais, como o recebimento do prêmio de Newano, oferecido por um grupo de budistas e encontros com personalidades, como os papas João XXIII e João Paulo II.

Serviço
O Dom da Paz – vida, obra e acervo documental
Até 30 de novembro
Memorial 
Dom Helder Camara - Igreja das Fronteiras (Rua Henrique Dias, S/N - Boa Vista)
3231 5341

 

 

 

Nesta terça-feira (3), O Senado Federal vai entregar a Comenda de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara. A condecoração - que está em sua quarta edição - é entregue, anualmente, a cinco personalidades com relevante contribuição à defesa dos direitos humanos no país.

A comenda foi instituída por projeto de lei do Senado, de autoria do ex-senador José Nery, e é uma homenagem ao arcebispo de Olinda e Recife Dom Hélder Câmara (1909-1999), notório por sua atuação na defesa dos mais pobres e dos perseguidos políticos durante a ditadura militar no Brasil.

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Receberão a honraria o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido; Claudio Luciano Dusik, portador de atrofia muscular espinhal e inventor de um teclado virtual, o Muousekey, que auxilia pessoas com limitações para escrever e se comunicar; a deputada federal Janete Capiberibe (PSB-AP); o juiz Márlon Jacinto Reis, um dos coordenadores da campanha de mobilização popular pela aprovação da Lei da Ficha Limpa; e Warley Martins Gonçalles, presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Copab).

*Com informações da Agência Senado

 

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No Opinião Brasil dessa semana o apresentador Alvaro Duarte recebe Célia Trindade, Presidente do Conselho Executivo do Cendhec (Centro Dom Hélder Câmara de Estudos e Ação Social), e Lucy Pina Neta, historiadora do IDHeC (Instituto Dom Hélder Câmara). Os três discutem sobre a vida e obra de Hélder Pessoa Câmara, arcebispo emérito de Olinda e Recife. 

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O seu arcebispado aconteceu no mesmo período do Regime Militar, de 1964 até 1985, o que ocasionou uma ampla perseguição política motivada pelo trabalho de Dom Hélder na defesa dos direitos humanos no período. Ele ficou conhecido pela sua resistência ao regime militar, ao utilizar todos os meios de comunicação para denunciar a violação de direitos humanos no Brasil, sendo acusado por isso de comunista.

Apesar da perseguição, segundo Lucy Pina, ele não deixava se abater nem tampouco lutar pelos direitos da população que era a verdadeira dona da igreja, na opinião do arcebispo. Ele abria mão de qualquer segurança particular, mesmo nos momentos mais tensos, como quando a sua casa, no fundo da Igreja das Fronteiras, foi metralhada.

No dia 27 de agosto de 1999, o "bispo vermelho", como era conhecido, faleceu aos 90 anos, de insuficiência respiratória.

O Opinião Brasil é apresentado por Alvaro Duarte e exibido toda segunda-feira aqui, no Portal LeiaJá.

O espetáculo da Paixão de Cristo de Ponte dos Carvalhos, no Cabo de Santo Agostinho, será encenado nesta quinta-feira (28) e sexta-feira (29), no Centro Social Urbano (CSU), às 20h. A peça relembra a história de vida, morte e ressurreição de Jesus, através de um texto revolucionário, adaptado por Dom Hélder Câmara e Padre Geraldo Leite Bastos.

A realização é da Sociedade Teatral e Cultural Nação do Divino, que conta com o apoio da Prefeitura do Cabo, da Fundarpe e da Secretaria Estadual de Cultura. A entrada é gratuita.

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A Paixão de Ponte dos Carvalhos tem 40 atores e mais 50 figurantes, além de oito cenários. Segundo Wedson Gomes, diretor do espetáculo, o diferencial da encenação é o texto. Ao contrário das tradicionais mensagens bíblicas do calvário, a peça, que surgiu no Cabo nos anos 50, faz uma crítica às injustiças que estão presentes no cotidiano das pessoas.

O diretor explica que em determinados momentos são feitas comparações entre a realidade social e a vida de Jesus Cristo. Em Ponte dos Carvalhos, na década de 1970, o espetáculo foi censurado pelo Governo Militar e só foi reativado em 1988.

O município do Cabo de Santo Agostinho será palco da tradicional Paixão da Ponte nesta quinta (28) e sexta (29), às 20h, no Centro Social Urbano (CSU) do distrito de Ponte dos Carvalhos. A peça remonta a história de vida, morte e ressurreição de Jesus utilizando um texto intrigante, adaptado de Dom Hélder Câmara e Padre Geraldo Leite Bastos. 

O espetáculo Paixão da Ponte conta com 40 atores, 50 figurantes e oito cenários. Além disso, no lugar das tradicionais mensagens bíblicas do calvário, a peça, que surgiu nos anos 50, faz uma crítica às injustiças presentes no cotidiano da população e em alguns momentos, são feitas comparações entre a realidade social com a vida de Cristo. 

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Serviço

Paixão da Ponte

Quinta (28) e Sexta (29), às 20h

Centro Social Urbano (Distrito de Ponte dos Carvalhos – Cabo de Santo Agostinho)

Gratuito

Um acidente envolvendo uma moto e um carro deixou uma pessoa ferida na Rua Antônio Torres Galvão, no bairro da Imbiribeira, no início da tarde desta segunda-feira (25). De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente que aconteceu próximo a uma locadora de veículos, aconteceu quando o motoqueiro colidiu em um carro passeio.

O homem que pilotava a moto teve uma fratura na perna e foi encaminhado ao Hospital Dom Helder Câmara. Mais cedo, outro acidente com uma motocicleta e um veículo passeio deixou uma pessoa ferida. O ocorrido foi na BR-101, no Centro do Cabo de Santo Agostinho, próximo ao Hospital Dom Helder.

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Segundo informações repassadas aos bombeiros, um carro modelo gol vinha no sentido Cabo de Santo Agostinho e bateu em uma moto.  Após ser atingido, o motociclista, de 29 anos, ficou ferido com fratura no joelho e foi levado ao Hospital Dom Helder. 

Pela manhã, outro acidente também envolvendo moto parou a BR-232 por alguns minutos. Desta vez, um motoqueiro foi atropelado por um caminhão e foi encaminhado em estado grave para o Hospital da Restauração (HR), na aérea central do Recife. 

Os membros da Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara ouviram, na manhã desta quinta-feira (22), na Secretaria de Direitos Humanos (bairro da Madalena-Recife), o aposentado Rogério Matos, 69 anos, em discurso referente ao caso do Padre Antônio Henrique. Durante duas horas e meia, Matos respondeu aos questionamentos dos integrantes da Comissão e negou a participação na morte do religioso. “Era uma pessoa de paz. Foi um ato perverso. Considero este crime político um ato de covardia”, contou.

Sem querer citar nomes, o aposentado, que chegou a ser preso suspeito de envolvimento no homicídio, afirmou que não sabia quem eram os verdadeiros autores do assassinato, mas, inicialmente, suspeitava de dois policiais. “Ouvi muitos comentários de que Padre Henrique foi morto por membros do CCC (Comando de Caça aos Comunistas) e até agentes da CIA (Central Intelligence Agency – agência de inteligência civil do governo dos Estados Unidos). Não conheci o CCC. Apenas ouvi falar do movimento. Era uma organização criminosa, secreta, havia o anonimato dos membros”, declarou.

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Esta seria uma sessão reservada, a pedido do próprio depoente. Mas minutos antes de começar a depor, Rogério Matos concordou que a imprensa acompanhasse os trabalhos, porém não permitiu a liberação de imagens.

Matos também foi questionado sobre a relação com Eronildes Cavalcanti Ribeiro (preso e condenado pelo assassinato do procurador Pedro Jorge), uma vez que esta proximidade aparece nos autos do processo referente ao assassinato do padre Henrique. “O conheci na prisão. E foi ele quem apontou o empresário do setor agropecuário, Roberto Souza Leão, como sendo a pessoa que matou o religioso. Este homem tinha muito prestígio. Andava escoltado por seis policiais. Tinha muitas terras”. O depoente também negou que atuou como informante da segunda sessão.

“Ele nega tudo. Para nós, o importante é recompor os fatos. Resgatar a história como ela aconteceu. Claro que seria fundamental descobrirmos os autores materiais deste bárbaro crime. Mas não temos dúvidas de que eles estavam dentro da antiga SSP. A morte do padre Henrique foi um crime político. A sociedade sabe disso. Rogério Matos estava no centro do furacão e tem o direito de negar, mas nós vamos continuar investigando”, disse o relator e membro da Comissão, Pedro Eurico.

Já o presidente da OAB-PE e secretário geral da comissão, Henrique Mariano, explicou que a missão dessas audiências é analisar o nexo de causalidade com outros fatos e estudar como funcionava a estrutura de repressão e organizações paraestatais. “A comissão não tem poder judicante. Houve o trânsito em julgado da sentença e Matos foi inocentado por falta de provas. Estamos aqui para reconstruir a história”, reforçou Mariano.

Rogério Matos tinha 26 anos, era estudante universitário de Economia, quando foi denunciado e preso pela morte de Padre Henrique. A defesa entrou com recurso contra a sentença de pronúncia que o levava ao Tribunal do Júri. Durante quatro anos e três meses, Matos permaneceu na Casa de Detenção (hoje Casa da Cultura) até que por 2 X 1 o Tribunal de Justiça despronunciou o réu. Matos foi posto em liberdade, com sentença transitado em julgado, portanto absolvido das acusações.

Padre Henrique – Em 1969, ele foi torturado e morto a tiros. Tinha apenas 29 anos. O corpo foi encontrado em um terreno baldio, na Cidade Universitária. Havia tiros na cabeça, cordas no pescoço e facadas.  Na época, era auxiliar do então arcebispo Dom Hélder Câmara, um dos nomes mais expressivos da Igreja Católica. Em 1986, o caso foi arquivado por falta de provas.

Pequenas histórias sobre a vida, a maneira de se relacionar com as pessoas, ações, gestos e o cotidiano do Arcebispo de Olinda, Dom Helder Câmara, fazem parte do livro “Além das Ideias – História de vida de Dom Helder.”

O texto de autoria do jornalista Felix Filho, será lançado pela Companhia Editorial de Pernambuco (CEPE) no dia 29 de novembro, às 19h, no Museu do Estado. A pesquisa, baseada em textos já publicados, traz também um relato da memória de pessoas que conviveram diretamente com Dom Helder.

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