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O atacante Cristiano Ronaldo foi apresentado aos torcedores do Al-Nassr em uma cerimônia de recepção no estádio Mrsool Park, na Arábia Saudita, nesta terça-feira (03). Em entrevista coletiva, o craque português defendeu o futebol árabe e revelou que recebeu propostas de clubes europeus, da Austrália e do Brasil.

“Posso dizer agora que tive muitas oportunidades na Europa, muitos clubes no Brasil, na Austrália, Estados Unidos e até em Portugal muitos clubes tentaram me contratar, mas eu dei minha palavra a esse clube [Al-Nassr]”, afirmou.

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O atacante de 37 anos disse que o seu trabalho na Europa está feito, descartando a possibilidade de um possível retorno ao futebol do Velho Continente. "Me sinto muito orgulhoso por essa decisão na minha vida, na minha carreira. Meu trabalho na Europa está terminado. Venci tudo, joguei nos clubes mais importantes do mundo. Agora é um novo desafio", pontuou.

CR7 também saiu em defesa do futebol árabe, do qual será o grande protagonista a partir de agora. “Muitos dizem que o nível do futebol neste país é baixo, mas poucos conhecem o futebol. Várias seleções fizeram um excelente percurso, o futebol evoluiu. E não é o fim da minha carreira vir para aqui”, afirmou.

“Não penso no que as pessoas dizem, tomei minha decisão e estou feliz por estar aqui. Sei que o campeonato é competitivo. Todo mundo diz que não, mas já vi várias partidas. Quero continuar me divertindo”, concluiu.

O acesso às redes sociais por atletas é mais uma preocupação dos clubes. No futebol, por exemplo, o São Paulo promoveu recentemente palestra sobre o comportamento de seus jogadores na internet. Na Ponte Preta, o atacante Dadá foi multado e suspenso por uma semana por ter xingado um torcedor em uma "live" (transmissão ao vivo) em seu Instagram durante almoço entre elenco e comissão técnica.

A maioria dos clubes prepara uma cartilha para seus jogadores sobre a conduta nas redes sociais - empresas nacionais e internacionais já adotam esse expediente com seus funcionários. Além disso, o departamento de comunicação é responsável por verificar se algum novo contratado tem perfil oficial, analisar postagens antigas e avisar tudo isso para a imprensa.

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Atletas mais consagrados contam com o chamado "estafe", responsável por orientá-los e por administrar suas redes. A desculpa de que foi um "primo que fez a postagem" em caso de polêmica não cola mais.

Para o advogado especialista em direito eletrônico Renato Opice Blum, que fez a palestra para os jogadores do São Paulo, o caso envolvendo Neymar e a modelo Najila Trindade chamou a atenção dos atletas sobre como agir nas redes. O atacante da seleção e do PSG é alvo de investigação por crime virtual por ter divulgado imagens íntimas da modelo, que o acusou de estupro. O caso repercutiu no mundo inteiro.

Blum, que dá dicas aos atletas sobre como evitar polêmicas, contou como foi a reação dos são-paulinos durante a palestra. "Fiquei muito contente, porque os jogadores participaram demais. Havia muitas dúvidas. Expliquei que jogadores, técnicos e dirigentes são formadores de opinião, então precisam ter cuidado com o que escrevem e postam. Me pediram para fazer uma outra conversa detalhando a segurança da informação, saindo do conteúdo para os ataques de possíveis hackers", afirmou ao Estado o advogado, que já deu palestras para profissionais das escolinhas da NBA e no Clube Monte Líbano.

A palestra contou com a participação da psicóloga do clube, Anahy Couto. Na visão de Blum, "um time ideal para cuidar das redes sociais precisa ter um profissional de comunicação, um especializado em mídias sociais, um psicólogo e até um representante do jurídico".

René Simões, ex-técnico que trabalhou durante três anos como coach de treinadores em atividade - fez parcerias com Fábio Carille, do Corinthians, e Zé Ricardo, do Fortaleza, entre outros -, contou os conselhos que dava a seus clientes, que se preocupam com o que os jogadores postam nas redes sociais.

"Falava para não tentarem fazer os jogadores abrirem mão do celular. É preciso orientá-los de que são pessoas públicas e devem satisfação a quem os paga, que são os clubes, e na ponta disso estão os torcedores. É preciso ter cuidado com quem você se relaciona nas redes sociais, porque isso traça o seu perfil e as empresas e clubes olham para isso o tempo todo", avaliou René.

Outra coach esportiva ouvida pelo Estado, Amanda Ciaramicoli alertou para os malefícios que as redes sociais podem trazer aos atletas, principalmente no futebol, no qual as torcidas são mais atuantes e têm o humor influenciado pelos resultados do time. Ela acumula trabalhos com o ex-atacante e atual coordenador do Corinthians Emerson Sheik, o goleiro Sidão, o atacante Lucca, a meia Bebel e o campeão mundial de jiu-jítsu Alexandre Ribeiro.

"A rede social é benéfica e prejudicial para o atleta na mesma proporção. Os atletas normalmente passam muito tempo nas redes sociais, e há comentários do público e da imprensa que nem sempre são positivos", disse Amanda. "Os comentários prejudicam o desempenho dos atletas nos dias da competição, porque acabam gerando ansiedade e estresse que atrapalham a parte mental e a física. Conversamos sobre como utilizar a internet apenas para coisas produtivas, filtrando o que se lê, e como preencher esse tempo que se fica nas redes com algo benéfico. É um desafio."

Nesta terça-feira (9) começa o returno da primeira fase da Libertadores da América e alguns dos representantes do futebol brasileiro podem garantir antecipadamente suas classificações. Apesar da expectativa ser maior para cruzeirenses e colorados, a quarta rodada do torneio tem emoção para gaúchos, paranaenses, mineiros, cariocas e paulistas.

Hoje, às 19h15, Athletico-PR e Internacional-RS vão a campo, em Curitiba. O Furacão encara o Tolima, da Colômbia, para manter a primeira colocação no grupo G, um dos mais equilibrados da competição. O Athletico-PR é o líder com seis pontos, seguido pelo Boca Juniors, da Argentina, que tem quatro, mesma pontuação dos colombianos do Tolima que ocupam a terceira posição.

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O lanterna Jorge Wilstermann, da Bolívia, tem apenas dois pontos e, amanhã (10), vai à Buenos Aires com a difícil missão de tirar pontos do Boca, na Bombonera, às 21h30. Já em Porto Alegre, o colorado gaúcho recebe o Palestino, do Chile, às 21h30 na Arena Beira-Rio. Se o Inter fizer a lição de casa derrotando os chilenos, abrirá seis pontos do rival da noite de hoje que é segundo colocado do grupo A, ficando em uma situação bastante confortável para garantir a passagem para a próxima fase.

Os rivais mineiros, Atlético-MG e Cruzeiro, estão em situações diferentes na competição e entram em campo amanhã (10). O Galo Mineiro, que venceu apenas um de seus três jogos é o lanterna do seu grupo, e vai ao Paraguai enfrentar o Cerro Porteño, líder com nove pontos, às 19h15. Em Belo Horizonte, no mesmo horário, o Cruzeiro joga no Mineirão contra o Huracán, da Argentina, para manter a melhor campanha da Libertadores. A raposa tem 100% de aproveitamento e garante matematicamente sua classificação se vencer os argentinos.

Ainda na quarta-feira, o Palmeiras recebe o Junior Barranquila, da Colômbia, às 21h30, no Allianz Parque. O alviverde torce para um empate hoje à noite no confronto entre San Lorenzo, da Argentina, e Melgar, do Peru, pois, se vencer o rival colombiano que é o último colocado do Grupo F, volta à liderança com nove pontos.

Rodriguinho é o principal nome da Raposa na temporada - Foto: Divulgação / Igor Sales - Cruzeiro

Pelo complemento da quarta rodada da Libertadores na quinta (11), o Grêmio-RS enfrenta o Rosário Central, da Argentina, na Arena do Grêmio, às 21h30, no duelo dos dois piores times do Grupo H. Em três jogos, brasileiros e argentinos somaram apenas um ponto cada. No Maracanã, às 21h, o Flamengo recebe o San José, da Bolívia. O rubro-negro carioca é o segundo colocado em seu grupo e disputa o primeiro lugar com o Peñarol, do Uruguai.

Nesta terça-feira (2) clubes brasileiros que disputam a Taça Libertadores da América entram em campo. Os jogos válidos pela terceira rodada do principal torneio do continente terão em campo Palmeiras (SP), Athletico-PR, Atlético-MG, Internacional (RS), Cruzeiro (MG), Flamengo (RJ) e Grêmio (RS).

O Palmeiras já está na Argentina, onde encara o San Lorenzo de Almagro, no Estádio Nuevo Gasômetro, hoje, às 19h15. O alviverde venceu seus dois primeiros jogos pela competição e, em caso de vitória sobre os argentinos, praticamente garante sua classificação antecipada à próxima fase da Libertadores.

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Também nesta terça, às 21h30, em Curitiba, o Athletico-PR enfrenta o argentino Boca Juniors. O duelo vale a liderança do Grupo G da Libertadores. Em caso de empate, o Boca seguirá na frente, pois somou quatro pontos nas duas primeiras rodadas. O Furacão, que foi derrotado na primeira e venceu na segunda rodada, precisa da vitória para tirar o tradicional clube argentino da ponta da tabela.

Amanhã (3) tem mais Taça Libertadores para o futebol brasileiro. Em Porto Alegre, às 19h15, o Internacional recebe o River Plate, da Argentina, na Arena Beira-Rio, para tentar manter os 100% de aproveitamento. O colorado gaúcho venceu Palestino, do Chile, e Alianza Lima, do Peru, nas duas primeiras rodadas.

O Cruzeiro, que também venceu seus dois primeiros jogos contra Deportivo Lara, da Venezuela, e Huracán, da Argentina, vai ao Equador para desafiar o Emelec, às 21h30.

Rival da raposa de Belo Horizonte, o Atlético-MG, que ainda não pontuou na tabela da competição, joga no Mineirão contra o Zamora, da Venezuela, para tentar sair do zero. O Galo Mineiro precisa vencer os venezuelanos para se manter vivo e não deixar Cerro Porteño, do Paraguai, e o Nacional, do Uruguai, que têm seis pontos cada, se distanciarem na classificação.

Já o Flamengo, líder do Grupo D da Libertadores com seis pontos, encara o Peñarol, do Uruguai, segundo colocado, às 21h30, no Maracanã. O rubro-negro carioca, que poupou seu time titular na decisão da Taça Rio contra o Vasco e acabou garantindo o título, vai com força máxima para cima dos uruguaios para tentar manter a primeira colocação.

Na quinta-feira, pelo grupo H, é a vez do Grêmio ir à Santiago enfrentar a Universidad Católica, do Chile, às 19h. O tricolor gaúcho vai mal na Libertadores 2019 e, por enquanto, soma apenas um ponto na tabela. O time comandado por Renato Portaluppi tenta a reabilitação fora de casa após ter sido derrotado pelo Libertad, do Paraguai, na Arena do Grêmio, e ficar só no empate contra o Rosario Central, da Argentina.

Como forma de homenagear a Chapecoense na última rodada do campeonato brasileiro, os clubes brasileiros da Série A estamparão um trecho do hino do clube catarinense em seus uniformes nos jogos deste domingo (11). Cada um dos 19 clubes, incluindo o Atlético-MG, que não estará em campo, usará em seu uniforme uma pequena parte do hino que representará o trecho escolhido pelas equipes.

A parte escolhida do hino de Chapecó para a homenagem feita pelos times será: “Ó glorioso verde que se expande. Entre os estados, tu és sempre um esplendor. Nas alegrias e nas horas mais difíceis. Meu furacão, tu és sempre um vencedor”. Os trechos serão distribuídos por ordem alfabética entre as equipes, o Vitória, que encerra a lista entrará em campo com a frase #ForçaChape no uniforme.

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“Foi uma ação elaborada em conjunto com todos os clubes da série A e com o apoio dos demais que não entrarão mais em campo esse ano. Uma singela forma de homenagear a Chapecoense e toda a comunidade de Chapecó. Nossa união fora de campo foi fundamental para essa iniciativa”, comentou Bernardo Pontes, diretor de marketing da Arena Corinthians e idealizador da iniciativa entre os clubes.

Após a rodada, as camisas de todos os times serão reunidas em um Box que será leiloado. Toda a renda arrecadada com o leilão será revertida para a Chapecoense. O Palmeiras, que pretendia entrar em campo com o uniforme do time catarinense teve a idéia vetada pela CBF, invés disso, os clubes desenvolverão outras ações além do trecho, como o Sport, que entrará em campo com o escudo da equipe de Chapecó estampado na camisa ao lado do seu.

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Mostrando solidariedade à Associação Chapecoense de Futebol, os clubes brasileiros resolveram ir além das manifestações em redes sociais e elaboraram uma nota enviada a CBF que prevê duas medidas em respeito ao time catarinense nas próximas temporadas. O documento prevê o empréstimo gratuito de atletas para o clube em 2017 e o não rebaixamento da equipe por pelo menos três temporadas.

A medida foi tomada em consenso entre grandes equipes do futebol brasileiros como São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Santos, entre outros. As solicitações visam à reestruturação do time de Santa Catarina e que se caso termine a Série A na zona de rebaixamento entre 2017 e 2019 seja salva da queda e o 16º colocado da competição vá para a Série B do brasileirão.

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A tragédia na Colômbia vitimou mais de 70 pessoas entre atletas, comissão técnica e jornalistas. Em respeito ao momento, o Brasil decretou luto oficial de três dias.

LeiaJá procurou a assessoria de imprensa da CBF para confirmar se algum pedido foi feito formalmente, no que diz respeito à manutenção da Chapecoense na Série A pelos próximos três anos, mas nossas ligações não foram atendidas. Até o fechamento desta matéria, não havia, no site oficial, comunicado formal da Confederação sobre os pedidos de Palmeiras e Corinthians. Confira o texto na íntegra divulgado pelos times paulistas:

Confira a nota divulgada pelos clubes:

"NOTA OFICIAL

Neste momento de perda e de profunda tristeza, nós, presidentes dos clubes brasileiros que publicam essa nota, gostaríamos de manifestar nossos mais sinceros sentimentos de pesar e solidariedade à Associação Chapecoense de Futebol e seus torcedores, e em especial às famílias e amigos dos atletas, comissão técnica e dirigentes envolvidos na tragédia ocorrida na madrugada desta terça-feira (29).

Mesmo cientes dos prejuízos irreparáveis provocados por este terrível acontecimento, os Clubes entendem que o momento é de união, apoio e auxílio à Chapecoense.

Neste sentido, os Clubes anunciam Medidas Solidárias à Chapecoense, que consistirão, dentre outras, em:

(i) Empréstimo gratuito de atletas para a temporada de 2017; e

(ii) Solicitação formal à Confederação Brasileira de Futebol para que a Chapecoense não fique sujeita ao rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro pelas próximas 3 (três) temporadas. Caso a Chapecoense termine o campeonato entre os quatro últimos, o 16o colocado seria rebaixado.

Trata-se de gesto mínimo de solidariedade que se encontra ao nosso alcance neste momento, mas dotado do mais sincero objetivo de reconstrução desta instituição e de parte do futebol brasileiro que fora perdida hoje.

#ForçaChape"

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O Brasil é o maior exportador do mundo de jogadores de futebol. Mas os clubes nacionais que formam os craques e os colocam no mercado ganham apenas uma pequena fração dos recursos que circulam pelo planeta. Dados compilados pelo prestigioso Centro Internacional de Estudos do Esporte apontam que apenas dois clubes brasileiros, Santos e São Paulo, fazem parte do grupo que, nesta década, mais lucrou com a venda de atletas.

Ainda assim, eles estão bem distantes daqueles clubes que encheram os cofres com negociações. O Santos aparece na 42ª posição, com vendas de 147 milhões de euros (cerca de R$ 538 milhões), e o São Paulo na 50ª, com 108 milhões de euros (R$ 395,2 milhões). Os valores incluem vendas como as de Neymar, do Santos para o Barcelona, e de Lucas, que o São Paulo negociou com o Paris Saint-Germain.

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Mas, mesmo assim, os números estão muito abaixo dos lucros obtidos pelo times europeus, muitos dos quais sequer formam jogadores. O Liverpool, que lidera o ranking, obteve desde 2010 uma renda de 442 milhões de euros (R$ 1,617 bilhão) com a venda de atletas, contra 432 milhões de euros (R$ 1,581 bilhão) ganhos pelo Valencia e 415 milhões de euros (R$ 1,519 bilhão) de renda obtida pela Juventus de Turim.

Entre os 100 clubes que mais tiveram renda com a venda de jogadores, o Internacional de Porto Alegre aparece na 71ª posição, com 72 milhões de euros (R$ 263,5 milhões), valor equivalente ao do modesto time holandês do Twente. O Corinthians, com vendas de 71 milhões de euros (R$ 259,8 milhões), vem logo atrás, na 73ª posição.

Dois outros times brasileiros ainda aparecem na lista dos cem que mais ganharam dinheiro com negociações: o Palmeiras, na 92ª posição com 52 milhões de euros (R$ 190,3 milhões) em renda desde 2010, e o Fluminense, na 97ª, com 50 milhões de euros (R$ 183 milhões) em vendas.

No total, mais de 1,9 mil jogadores brasileiros atuam pelo mundo. Mas muitos deles saem com preços baixos ao exterior e apenas registram um salto em seu valor numa eventual segunda transferência, que ocorre normalmente entre clubes do continente europeu.

RECORDE - A atual década, segundo os especialistas do centro com sede na Suíça, tem sido marcada por um movimento de dinheiro jamais visto no mercado de jogadores. Entre 2010 e 2016, um total de 19,4 bilhões de euros (R$ 71 bilhões) já foram gastos por clubes para reforçar seus elencos. O Brasil, de acordo com o levantamento, ficou apenas com uma fração disso, apesar de ser o maior fornecedor de jogadores ao mundo.

Do total gasto pelos europeus na compra de jogadores, quase tudo fica na Europa. Apenas 7% dos recursos destinados a reforçar equipes acabaram nos cofres de clubes de fora do continente europeu, entre eles os brasileiros e argentinos.

Em alguns dos casos, o investimento superou todos os patamares já conhecidos no fluxo de recursos. O Manchester City, sozinho, destinou 1 bilhão de euros (R$ 3,66 bilhões) na compra de jogadores entre 2010 e 2016, contra 877 milhões de euros (R$ 3,2 bilhões) investidos pelo Chelsea e 841 milhões de euros (R$ 3,07 bilhões do Manchester United. O Paris Saint Germain aparece na quarta posição, seguido pelo Barcelona, com gastos de 680 milhões de euros (R$ 2,48 milhões).

Entre os países, a liderança é da Inglaterra. Em seis anos, foram gastos 7,5 bilhões de euros (R$ 27,4 bilhões). O segundo maior gasto nesta década veio da Itália, com um total investido de 4,3 bilhões de euros (R$ 15,7 bilhões) entre 2010 e 2016. Na Espanha, foram 3,1 bilhões de euros (R$ 11,3 bilhões) gastos neste período.

A Olimpíada será uma grande oportunidade para alguns clubes brasileiros e universidades que possuem uma boa estrutura de treinamento. As delegações estrangeiras já estão negociando e acertando espaços exclusivos para fazerem suas aclimatações antes dos Jogos do Rio. E muitos clubes já olham para o dinheiro que vai entrar como uma chance para preparar futuros atletas para as edições de 2020 e 2024.

É o caso do Pinheiros, Flamengo, Paineiras, Hebraica, Clube Naval Charitas e Minas Tênis, só para citar alguns. Nenhum deles revela quanto vai receber, pois existe um contrato de confidencialidade entre as partes, mas estima-se que o Comitê Olímpico Chinês pagará cerca de R$ 12,6 milhões para o Pinheiros, enquanto os Estados Unidos gastará R$ 5,4 milhões para ficar com algumas modalidades no Flamengo.

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"A verba será utilizada para garantir o sucesso da operação. Isso inclui as intervenções necessárias em nossas instalações para atendermos as 14 modalidades da delegação chinesa, compra de equipamentos, operação e logística de alimentação, e contratação de pessoal ou serviços especializados das diferentes áreas envolvidas, caso necessário", diz Roberto Cappellano, presidente do Clube Pinheiros.

Cezar Roberto Leão Granieri, presidente do Sindicato dos Clubes do Estado de São Paulo (Sindi-Clube), explica que os clubes paulistas são os maiores formadores de atletas olímpicos e podem se lucrar com a presença dos estrangeiros em suas sedes. "São diversos os benefícios para essas agremiações, e podem ser mensurados de muitas formas. Em alguns casos, há contrapartidas financeiras, que poderão ser direcionadas para investimentos, como a compra de equipamentos e ampliação da estrutura existente. Outro aspecto importante, que costuma fazer parte dessas parcerias, é a possibilidade de trocar conhecimento, que gera um ganho inestimável no aspecto técnico para nossos atletas, por meio dessa convivência."

No Rio, o Flamengo firmou parceria com o Comitê Olímpico Norte-Americano e está reformando boa parte de sua sede na Gávea para receber atletas de basquete, vôlei, handebol, rúgbi e ginástica artística. Os três ginásios estão passando por obras, e o investimento vem todo dos Estados Unidos. O clube não confirma valores, mas o jornal O Estado de S. Paulo apurou que o investimento norte-americano é de aproximadamente US$ 1,5 milhão (aproximadamente R$ 5,4 milhões). O montante vai para um caixa à parte das demais receitas e é revertido para o projeto olímpico.

"O Flamengo queria modernizar suas instalações, e está aproveitando a Olimpíada para isso", disse o vice-presidente de Esportes Olímpicos do clube, Alexandre Póvoa. "Nós queremos usar o ciclo olímpico para investir fortemente no pós-Olimpíada. Queremos voltar a ser um clube formador para nos tornarmos o maior fornecedor de atletas para o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2020 e 2024."

Além da reforma na estrutura física, a parceria também envolve troca de experiências entre os treinadores americanos e do Flamengo. "Queremos aproveitar o know-how deles", afirmou Póvoa. Quase todo o valor está sendo usado na modernização na sede, mas uma pequena parte será utilizada em ações de marketing. "Eles não queriam apenas um lugar para treinar. Eles queriam aproveitar um pouco da popularidade do Flamengo para se aproximar da torcida brasileira."

Já em Belo Horizonte, o Minas Tênis Clube firmou parceria com a delegação olímpica e paralímpica britânica para utilização de suas sedes antes e durante os Jogos Olímpicos. O clube já recebeu atletas da equipe de canoagem para treinos e aclimatação no Minas Náutico, uma de suas unidades.

PREPARAÇÃO - Para receber atletas de Israel e Japão, o Clube Hebraica, em São Paulo, também já vive um clima de Olimpíada mesmo a alguns meses dos Jogos. Para o gerente-geral de esportes, Carlos Inglez, todos no clube estão felizes por fazer parte deste momento. "Não temos solicitações específicas das delegações. As únicas coisas que estão sendo feitas são a troca das raias da piscina olímpica e a aquisição de alguns novos aparelhos de musculação para nosso Fit-Center", conta.

No Clube Pinheiros, o trabalho para receber atletas chineses de 14 modalidades diferentes será grande. "Uma particularidade é que o nosso salão de festas, tradicional por receber importantes eventos do clube e artistas, será o 'QG' da delegação. Nele, teremos salas de atendimento à imprensa, escritórios, além do espaço para alimentação de toda a delegação. Será no salão, também, que a equipe de badminton fará seus treinos", explica Cappellano.

Ele conta que o ginásio de handebol receberá dezenas de mesas e iluminação especial para a prática do tênis de mesa, esporte no qual os chineses são os melhores do mundo. "Recentemente, representantes do Comitê Chinês visitaram nossas dependências e ficaram bastante impressionados com alguns de nossos espaços, como a piscina olímpica, que já possui padrão internacional, o ginásio de esgrima e o ginásio da ginástica artística."

O faturamento dos principais clubes do futebol brasileiro teve crescimento estimado de 12% em 2015. Depois de descontada a inflação oficial do ano (IPCA) de 10,67%, o quadro é praticamente de estabilidade. Além do resultado financeiro, de maneira geral, o cenário é dos clubes repetindo velhos erros administrativos e ainda longe de atingir o equilíbrio financeiro.

Levantamento do Itaú BBA com base em vários balanços intermediários e dados como orçamento, arrecadação e valores de contratos comerciais projetam receita conjunta dos clubes que foram alvo do estudo de aproximadamente R$ 2,58 bilhões no ano passado, contra cerca de R$ 2,32 bilhões em 2014. Mas esse aumento não é tão bom quanto possa parecer.

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"Crescimento de 12% num ano de crise a princípio parece bom. Mas se descontarmos 10% de inflação, temos crescimento real de 2%, que é praticamente nada", diz César Grafietti, superintendente de crédito do Itaú BBA e responsável pelo estudo.

Esse crescimento se deu por conta dos programas de sócio-torcedor, aumento de bilheteria e ajuste nas receitas de TV. Mas, sobretudo, por um fator bastante importante: a venda de jogadores, principalmente para o exterior. "Ajudou nesse crescimento. Com os dólar beirando os R$ 4 reais no ano passado, qualquer venda gerou um aumento de 50% do valor esperado pela negociação do atleta."

BONS EXEMPLOS - Os clubes brasileiros, na visão do analista, continuam cometendo velhos pecados. E os caso daqueles que fazem contratações de atletas por altos valores, para satisfazer a torcida e tentar conquistar títulos, mesmo tendo dívidas gigantescas. Mas há duas exceções: Palmeiras e Flamengo.

Na definição de Grafietti, ambos fizeram o "dever de casa" nos últimos anos. "Os dois se destacam positivamente. O Flamengo conseguiu reduzir custos e aumentar receita e entra em 2016 em posição favorável." Ele diz que o rubro-negro já começa a sentir os reflexos positivos dessa reestruturação. O Palmeiras também saneou as finanças, teve crescimento de receitas, o que lhe dá condição de fazer investimentos.

Reflexo disso é que o Palmeiras aparece como o clube com maior faturamento projetado (R$ 322 milhões), seguido do Flamengo, com R$ 305 milhões (leia arte ao lado). "O Palmeiras equacionou suas dívidas de curto prazo e isso permite planejar melhor o futuro. Não estamos nadando em dinheiro, mas conseguimos andar com as próprias pernas", disse o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre.

Paulo Dutra, diretor financeiro do Flamengo, afirma que o aperfeiçoamento da gestão é prioridade. "O Flamengo espera nos próximos anos melhoria no seu fluxo de caixa em função da redução de penhoras de ações judiciais cíveis e trabalhistas. Com isto poderá cada vez mais investir na sua atividade principal (futebol), mantendo um nível de alavancagem em linha com suas receitas."

Mas, se o faturamento geral aumentou, as despesas também tiveram um salto em 2015: atingiram R$ 2,34 bilhões, aumento de 6% em relação a 2014. Um dos fatores, diz Grafietti, é que os clubes vivem "no limite da responsabilidade", investindo mesmo sem poder. "O Atlético-MG gasta muito mais do que arrecada e está sempre tendo de procurar uma fonte externa para fechar as suas contas." (COLABORARAM DANIEL BATISTA E GONÇALO JUNIOR)

A Konami divulgou, nesta sexta-feira (3), a lista de clubes brasileiros que estarão no Pro Evolution Soccer (PES) 2015. São 20 times da primeira divisão do Campeonato Brasileiro, e um time da Série B. Pernambuco será representado no título pelo Sport Clube do Recife, único time do estado presente. O principal rival do jogo, FIFA 15, que será lançado no próximo dia 9, não terá nenhum time do Brasil

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Os times brasileiros serão o Atlético Mineiro, Atlético Paranaense, Bahia, Botafogo, Chapecoense, Corínthians, Curitiba, Criciúma, Cruzeiro, Figueirense, Flamengo, Fluminense, Goiás, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos, São Paulo, Sport, Vitória e Vasco da Gama. Destes, apenas o Corínthians, Cruzeiro, Palmeiras e Figueirense virão com os nomes de jogadores no lançamento, o resto será adicionado através de atualizações posteriores. 

PES 2015 será lançado dia 11 de novembro no Brasil. As versões para os consoles da nova geração, PlayStation 4 e Xbox One, custarão R$ 199, enquanto as de PlayStation 3 e Xbox 360 serão vendidas por R$ 149.

A Electronic Arts (EA) anunciou nesta quarta-feira (30), através de uma nota para imprensa, que o FIFA 15, próxima versão do popular jogo de futebol, não contará com clubes brasileiros. Segundo a produtora, ela não chegou a um acordo com as equipes. 

"A ausência de clubes e estrelas nacionais se deve, principalmente, a algumas mudanças no processo de licenciamento no Brasil. Desse modo, a EA não conseguiu chegar a um acordo com os detentores dos direitos dos jogadores e, consequentemente, eles não serão incluídos no jogo FIFA 15, estando também ausentes os respectivos clubes do campeonato brasileiro", explica o aviso da empresa. As equipes brasileiras estavam presentes em todas as versões do jogo desde o FIFA 07, lançado em 2006. Por outro lado, foi assegurado que a Seleção Brasileira e os jogadores que atuam em clubes internacionais ainda estão no jogo. 

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Será feito um novo anúncio - referente a ligas e licenças -, provavelmente próximo ao começo da Gamescom, que será realizada no dia 13 de agosto. FIFA 15 será lançado para PC, Xbox One, Xbox 360, PlayStation 4, PlayStation 3 no dia 25 de setembro.

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