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De cara pintada e figurino colorido, três crianças brincavam alheias ao movimento de festa na Casa da Rabeca, na madrugada deste domingo (7). Giovana Salustiano, João Pedro Figueiredo e NIquinho, aguardavam sua vez de entrar no samba, na Festa de Reis, junto com alguns de seus familiares que integram o grupo de cavalo marinho Boi Matuto. Apesar da aparente descontração, os pequenos já sabem que esta é uma brincadeira séria.

Carregando um sobrenome de peso dentro da cultura popular, Giovana, de oito anos, abre o sorriso para contar que é “desde pequenininhos” que ela e o primo João Pedro, de seis, brincam no cavalo marinho. Apesar da pouca idade, eles já deram à vida a muitos dos personagens que fazem parte do brinquedo, mas, hoje, estavam de Mateus e Empata Samba, respectivamente. O menino garante que gosta de todos eles, já ela, revela que seu preferido é o Nego Pitanga. Quando perguntada se aguenta varar a madrugada sambando, como é de costume no cavalo marinho, ela não hesita: “Aguento sim. E você, aguenta?”

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Niquinho, de 11 anos, está vestido de Catirina e é quase impossível conseguir fazê-lo parar de correr pelo terreiro. Em uma das tentativas, ele conta que começou a brincar cavalo marinho há pouco tempo, “um dia desses”, mas pelo tamanho do seu sorriso e o brilho nos olhos, é perceptível o quanto o garoto gosta da brincadeira. Eles são a garantia da continuidade desta manifestação popular típica da Zona da Mata Norte Pernambucana, rica em beleza e história. E, se depender da energia destas crianças, o folguedo ainda vai longe.

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Nesta sexta (29), o secretário de cultura, Marcelino Granja, e a presidente da Fundarpe, Márcia Souto, anunciaram o tombamento do acervo do Mestre  Vitalino, reunido em três diferentes equipamentos culturais de Pernambuco. Ao todo, 232 obras passam a ser resguardadas pelo Estado.

O pedido foi feito pelo escritor Raimundo Carrero. O processo de tombamento foi aprovado na última quinta (28) faltando, apenas, publicação do decreto que oficializa o processo. As peças tombadas se encontram no Museu do Barro, de Caruaru; Museu de Arte Popular, do Recife; e Centro Cultural Benfica. Alguns colecionadores também serão notificados para que seja feita uma relação das peças do Mestre.

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Trazida ao Brasil no final do século 16, pelos colonizadores portugueses, uma tradição derivada do Auto do Presépio lusitano encontrou guarida em terras tupiniquins e logo se abrasileirou. Foi nas ruas brasileiras que esta cultura tornou-se o Pastoril e, subvertendo a si mesma, encontrou dois caminhos para estar entre todos os tipos de gente: o religioso e o profano. Hoje em dia, embora esteja um pouco relegada ao esquecimento, o pastoril se mantém resistente às intempéries do tempo e da modernidade e muitos são aqueles que trabalham pela sua manutenção e preservação.

Giselly Andrade é uma dessas pessoas. Ela que dá nome a um pastoril, vive este brinquedo popular desde sua adolescência. O grupo surgiu a partir do sonho da mãe de Giselly, Ana Farias, que sentindo falta dos tradicionais pastoris de sua adolescência decidiu colocar a filha para dançar. "Ela já não via pastoris na rua e decidiu criar um", conta Giselly. A menina, então com 13 anos, passou a sonhar junto com a mãe e com as demais 'pastorinhas' que se juntaram a elas. Passados 17 anos, o grupo segue contando a jornada das pastoras em direção ao local de nascimento do menino Jesus, mantendo viva a tradição secular de essência religiosa.

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Os esforços para manter a manifestação viva são muitos. "As crianças não conhecem tanto o brinquedo, como antigamente, quando as pessoas faziam a cultura popular independente da ajuda do governo", diz Giselly, relembrando um tempo em que as comunidades se juntavam, por iniciativa própria, para brincar o pastoril nas portas das casas. "Hoje em dia tem muita violência, você termina não conhecendo seu vizinho. Isso ajuda a não ter mais tanto quanto antigamente", diz. Mas, apesar das dificuldades, é o amor pela cultura popular que faz o trabalho continuar. "É uma coisa que mexe demais com a gente, quando você chega e pode continuar brincando, é emocionante".

É este amor que faz outro grupo se manter ativo, o Pastoril Nossa Senhora do Rosário, da paróquia do Pina. Composto por crianças e adolescentes, os brincantes são guiados pelos mais velhos, e, assim, dão continuidade ao folguedo. A coordenadora Joelza de Vasconcelos explica que a cada ensaio são ensinados os fundamentos do pastoril para os jovens. Ela fala da importância deste trabalho de manutenção do brinquedo: "A gente está preservando esta cultura juntos".

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“O que eu sei fazer é isso. Eu fico tentando ver se consigo ir à frente, mas, este ano, parece que estou chegando ao limite”. O lamento de Antônio Coutinho, de 82 anos, é bastantante sentido. Ele é o Velho Xaveco, que há três décadas se dedica à arte do pastoril profano. Ao lado de suas pastoras e munido de sua cobra, o Xaveco diverte a plateia com piadas, irreverência e músicas de duplo sentido.

Ele conta que, de tão polêmico, o pastoril profano chegou a ser proibido e perseguido em certa época: “Muitas vezes a polícia chegava para proibir os velhos com as pastoras, era uma coisa reprimida pela sociedade”. Hoje em dia, apesar de ser mais aceito, outros são os motivos que levam à escassez de grupos e apresentações. “Esses ritmos que apareceram dos anos 2000 pra cá enfraqueceram muito o pastoril, assim como outras manifestações. As novas gerações preferem essas grandes produções. A gente fica em segundo plano, porque não temos estrutura financeira para nos manter”. O Velho Xaveco lamenta, também, o esquecimento por parte do poder público: “Nesses últimos 10 anos, eu sempre fazia o Natal, no Pátio de São Pedro, no Sítio da Trindade, no Marco Zero,  esse ano ninguém nos contratou para nada, parece que nos esqueceram”.

O folguedo

O pastoril é uma manifestação cultural tipicamente natalina, encontrada na Paraíba, Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas e, até no Rio de Janeiro, mas, com maior expressão, em Pernambuco. Ele conta a jornada das pastoras em direção ao local de nascimento do menino Jesus. Elas se dividem em dois cordões, o azul e o encarnado; uma pastora fica entre os dois, a Diana. Além delas, há camponesas, borboletas, anjos e ciganas que cantam e dançam à chegada do Nazareno.

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A brincadeira achou nas ruas campo fértil para se desenvolver, como explica a pesquisadora e etnomusicóloga, Dinara Pessoa: “O pastoril se desenvolveu nas casas de família, se expandiu pelas ruas, antigamente também era dançado como presépio, onde tinha a parte de dança, canto e de texto.” A estudiosa conta que houve época em que o folguedo era visto com maus olhos por parte da sociedade: “Nas cidades do interior existia um certo preconceito porque quem dançava o pastoril eram as pessoas de classe social simples”. Segundo ela, muitas pessoas eram proibidas de brincar por conta do status de suas família.

Sendo uma manifestação brincada na rua, o pastoril acabou criando laços com o circo e se tornou profano. Neste, há a figura do velho que atua como um palhaço, ao lado das pastoras: “Ele interage com o público,  solta piadas, às vezes picantes, que o público responde.”  No pastoril profano, as pastoras aparecem em número reduzido e as músicas cantam provocações e situações cômicas e de contexto mais adulto: “São duas manifestações da cultura popular completamente diferentes do ponto de vista do conteúdo.”, explica Dinara.

A pesquisadora fala, também, sobre o momento atual dos pastoris: “Eles estão desvalorizados diante dos poderes públicos, mas não estão arrefecendo, eles continuam em plena função”. Ela compartilha da opinião do Velho Xaveco, quando credita ao surgimento de inúmeros ritmos musicais novos o desinteresse das novas gerações ao brinquedo e lamenta a falta de valorização por parte do governo: “Os poderes públicos levam as coisas que vão dar mais credibilidade a eles, então eles não se interessam muito pelas manifestações da cultura popular porque eles também nem entendam, nem sabem o que significa isso para uma região, para o Estado. Eles pagam uma miséria por uma apresentação de um pastoril e pagam um dinheiro enorme por um cantor desses qualquer que tenha uma proposta completamente fora de uma melhoria cultural”.

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Cultura popular não costuma ser aprendida nos bancos das escolas. O lugar de aprendizado das expressões mais genuínas do povo brasileiro é dentro de casa mesmo, método de ensino que não exige didática específica. A arte do povo é passada, de geração para geração, à medida em que avós, pais, filhos e netos naturalmente convivem. Foi assim na casa de Nadinho, que hoje vê no neto, Allyson, a continuidade da  arte de tocar sanfona.

Aguinaldo Alves de Lima, o Nadinho, aposentado de 67 anos e ‘tocador’ de sanfona há mais de duas décadas, é o responsável por Allyson Martins, de 19, desde o nascimento do menino. À medida que o neto crescia, em sua casa, em Abreu e Lima, o interesse pelo instrumento do avô  foi ganhando espaço: “Toda vez eu via a sanfona em cima da cama, comecei a pegar e quando ele viu, me ensinou”, conta o jovem. Nadinho fez logo gosto pela curiosidade do garoto: “Ele começou pegando devagarzinho, o que eu sabia fui passando pra ele. Depois botei ele no Conservatório. Eu não estudei nada, ele tá no estudo, vai ser melhor do que eu, se Deus quiser”.

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O investimento - de tempo, carinho e estímulo do avô - tem dado certo. Hoje, Allyson trabalha com música e, além de ter tornado a sanfona seu instrumento de profissão, compartilha com o seu ‘mestre’ a paixão por ela: “Para mim é tudo, é o que eu gosto de fazer”, diz com sorriso largo. Seu Nadinho é só orgulho. Ele acompanha o neto nas apresentações, inclusive no Encontro de Sanfoneiros do Recife, que acontece todos os anos no Recife - evento no qual Allyson se apresenta desde os 10 anos de idade. E numa prova de que os ensinamentos da cultura e tradição populares não acabam nunca, o avô garante: “Ele agora tá me ensinando”.  

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Começaram neste sábado (22) e vão até o ultimo dia do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) as atrações do Palco da Cultura Popular Ariano Suassuna, em Garanhuns, Agreste de Pernambuco. A coordenadora do palco, Teca Carlos, resumiu o espaço como "um grande painel da diversidade cultural do Estado de Pernambuco". 

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As atrações do primeiro dia, por exemplo, vão do Cais ao Sertão. Há o grupo de xaxado de Serra Talhada, no Sertão, ciranda de Glória do Goitá, Mata Norte de Pernambuco, e um cortejo de blocos líricos do Recife, Camaragibe e Olinda. 

Outros ritmos estão presentes ao longo dos dias, como o maracatu e o coco. A ideia do Palco da Cultura Popular veio do Mestre Salustiano, que chegou a coordená-lo em seus primeiros anos. 

A 1ª edição da Mostra EntreArtes, promovida pelo Serviço de Aprendizagem Comercial (Senac), acontece na próxima quinta-feira (29) a partir das 9 h na sede da instituição, localizada no bairro de Santo Amaro.

O evento contará com ciclo de palestras, peça teatral, exibição do curta-metragem 'O Mundo é uma Cabeça', que narra a trajetória de Chico Science, show, debates e intervenções poéticas. A entrada é gratuita. Além disso, o público poderá conferir a exposição fotográfica que retrata pessoas e espaços públicos do Recife, como o Mercado da Encruzilhada e Casa da Cultura, e Olinda. 

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O coordenador da mostra, Danilo Lucio, ressalta a importância desse tipo de evento para fomentação de diversas expressões artísticas e cenário cultural de Pernambuco. “É uma maneira de apresentar ao público artes que precisam ser melhor exploradas para ganhar mais visibilidade diante da cultura de massa. Por isso, teremos um debate sobre cultura popular com representantes de vários segmentos", afirma.

Programação Completa:

Dia todo (9h às 17h)

Exposição Fotográfica - Faces Distintas (Hall da Lanchonete)

Banca Artesanato (Pátio da Bandeira)

Banca Camisetas (Pátio da Bandeira)

Banca Literatura - Venda de Livros e Intervenção poética (Pátio da Bandeira)

Manhã

9h às 9h15 - Curta: O Mundo é uma Cabeça - sobre a trajetória de Chico Science (Auditório)9h15 às 9h30 - Intervenção poética – Giu Poetisa (Auditório)

9h30 às 10h30 - Palestra: Cultura Popular: Sua História e Resistência - Frevo: Maestro Ademir Araújo, Claudionor Germano e Severino Araújo (Auditório)

10h30 às 12h - Palestra: Cultura Popular: Sua História e Resistência - Afoxé: Mestra Maria Helena - Oyá Tokolê Owó e Fabiano Silva - Alafin Oyó (Auditório)

11h às 13h - Almoço Jazz - Música instrumental (Hall Lanchonete)

Tarde

13h às 13h20 – Curta (Auditório)

13h20 às 13h30 -  Intervenção poética - José Carlos Bastos (Auditório)

13h30 às 14h30 - Palestra: Cultura Popular: Sua História e Resistência - Coco de Roda: Pacheco Cantador (Auditório)

14h30 às 15h30 - Palestra: Cultura Popular: Sua História e Resistência - Ciranda: mestre Ferreira (Auditório)

15h30 às 16h - Intervenção Poética - Joy Thamires (Auditório)

16h - Coco de Praia - Sambada de Coco de Roda (Pátio da Bandeira)

16h às 17h30 - Teatro - Peças: Phudê, Figurinos e Poesias e Os Sobreviventes (Auditório)

Serviço

1ª Mostra EntreArtes

Quinta (29) | 9h

Senac (Av. Visconde Suassuna, 500 - Santo Amaro)

Entrada Gratuita

A cidade de Caruaru foi eleita para o lançamento do Prêmio Culturas Populares Leandro Gomes de Barros, promovido pelo Ministério da Cultura (Minc), por meio da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultura, O evento é nesta quinta-feira (22). A iniciativa tem apoio da Prefeitura da cidade e visa reforçar a identidade e artistas da cultura popular.

As inscrições estão abertas e vão até 28 de julho. Cada candidato poderá apresentar apenas uma iniciativa para a seleção. O edital, ficha de inscrição e orientação são encontrados no site do Minc.

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A quinta edição do prêmio vai contemplar mestres, grupos, comunidades e instituições privadas que visam à preservação do patrimônio da cultura popular do país. Ao todo, serão financiadas 500 iniciativas com R$ 10 mil cada. O prêmio recebe o nome do poeta paraibano Leandro Gomes de Barros, considerado o rei dos poetas populares. Ele se destaca por ser sinônimo de resistência e defesa das rimas do imaginário popular. 

Veja como funciona o prêmio e inscrições de projetos:

 

O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura (Selcut-PE) e da Fundação de cultura de Pernambuco (Fundarpe), anunciou nesta sexta-feira (16) os ganhadores do 2ª Prêmio Ariano Suassuna de cultura popular e dramaturgia.

Em 2017, foram 66 inscritos de todas as partes do estado. Inscreveram-se mestres e mestras, comunidades tradicionais de Pernambuco e grupos cênicos. O prêmio é uma homenagem ao escritor paraibano Ariano Suassuna, que faria 90 anos este ano, por seu legado e incentivo à cultura popular.

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Confira a lista completa dos vencedores 

VENCEDORES NO SEGMENTO CULTURA POPULAR

RMR – GRUPO

Cambinda Estrela: No Baque da Cidadania - Uma reflexão sobre cultura popular, saberes e fazeres (Recife)

RMR – MESTRE

Dona Glorinha do Coco (Olinda)

AGRESTE – GRUPO

Grupo Bacamarteiros Batalhão 56 (Riacho dos Almas)

AGRESTE – MESTRE

Mestre João Elias Spíndola (Poção)

ZONA DA MATA – GRUPO

Caboclinho Cahetés de Goiana

ZONA DA MATA - MESTRE

Mestre Biu Alexandre (Condado)

SERTÃO – GRUPO

Samba de Veio (Ilha do Massangano/Petrolina)

SERTÃO – MESTRE

Zé Carlos do Pajeú (Tabira)

VENCEDORES NO SEGMENTO DRAMATURGIA

CATEGORIA TEATRO ADULTO

1º lugar

Texto: O Gaioleiro

Autor: Raphael Gustavo Soares Ferreira

Município: Vitória de Santo Antão

2º lugar

Texto: Sina

Autora: Andala Pereira da Silva

Município: Paulista

O Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultura, lançou hoje (5) o Edital Culturas Populares Leandro Gomes de Barros, que irá premiar 500 inciativas que fortaleçam as expressões culturais populares brasileiras.

Cada iniciativa selecionada receberá R$ 10 mil. Das 500 premiações, 200 serão destinadas a pessoas físicas, 200 para coletivos culturais sem constituição jurídica, 80 voltadas para pessoas jurídicas sem fins lucrativos e com natureza ou finalidade cultural e em homenagem aos mestres já falecidos (in memorian). Além disso, 20 prêmios serão destinados aos herdeiros dessas pessoas que dedicaram seus trabalhos a expressões culturais e a fazeres populares.

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Segundo a secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do ministério, Débora Albuquerque, a premiação visa valorizar e manter vivas as manifestações culturais populares, os saberes populares e os seus mestres.

“O incentivo à participação social de representantes deste segmento na elaboração de políticas públicas de cultura e o acesso a recursos públicos é outro passo na garantia de seus direitos culturais”, afirmou a secretária.

O edital vai contemplar iniciativas ligadas ao Cordel, Quadrilha, Maracatu, Jongo, Cortejo de Afoxé, Bumba Meu Boi, Boi de Mamão, entre outras.

Inscrições

As inscrições já estão abertas e seguem até 28 de julho. Para participar, basta fazer a inscrição pela internet ou por via postal. Em caso de inscrição online, a documentação prevista no edital deverá ser preenchida, assinada e anexada ao Sistema de Acompanhamento às Leis de Incentivo à Cultura, alicWeb, disponível na página eletrônica.

Caso o candidato prefira fazer a inscrição por via postal, ela deverá ser enviada com aviso de recebimento obrigatório (AR) simples ou entrega rápida, para o endereço especificado no edital.

Entre os critérios avaliados estão: contribuição sociocultural que o projeto proporcionou às comunidades, melhoria da qualidade de vida das comunidades a partir de suas práticas culturais, impacto social e contribuição da atuação para a preservação da memória e para a manutenção das atividades dos grupos, entre outros.

Uma proposta legislativa que tramita no Senado pode tornar o funk "um crime de saúde pública". No texto, feito pelo empresário Marcelo Alonso, está escrito que a difusão do ritmo com conteúdos "podres" é um "crime contra a criança, o menor adolescente e a família", e que esse tipo de música é uma "falsa cultura".

A proposta já chegou a quase 22 mil assinaturas, tendo atingido a meta nesta quarta-feira (24). Com isso, a ideia agora foi transformada em sugestão oficial (n° 17 de 2017) e está em consulta pública e tramitação na CDH (Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa). 

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Ainda no texto consta que os bailes funk servem apenas para que criminosos como estupradores e pedófilos possam praticar seus crimes contra menores de idade e estimular a venda e consumo de drogas e álcool. Além disso, é apontado também que nesses locais podem ocorrer crimes como pornografia, exploração sexual, pedofilia, sequestro, roubo e etc.

Em entrevista ao UOL, o autor do texto, Marcelo Alonso, criticou outros ritmos além do funk. Segundo ele "O axé e o forró também estão indo nesse ritmo. A cultura paulista sempre foi do rock e do hip hop. O paulista não tem esse apelo musical do funk. A música eleva seu estado de espírito e o funk te irrita e provoca."

O funk atualmente é um dos ritmos mais tocados no país, muito difundido nas vozes de artistas como Ludmilla, Nego do Borel, Mc Catra e muitos outros. No YouTube, o canal Kondzilla, especializado em vídeos de funk e que já produziu vídeos para cantores como Mc Kevinho e Mc Bin Laden, já conta com mais de 5 bilhões de visualizações, além de ser o segundo maior do país em números de inscritos, com mais de 14 milhões de assinantes. 

Nesse sábado (29), a Torre Malakoff recebe o projeto "Ciranda da Gente", uma grande roda cultural promovida pelo Sesc Casa Amarela, que começa às 15h.  

O nome vem justamente da ideia de que, assim como na ciranda todos se dão as mãos, nesse evento todos possam juntar suas sonoridades e estilos de viola brasileira em um só espaço. 

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Na programação haverá apresentações artísticas e uma oficina ministrada pelo professor de viola de dez cordas do Conservatório Pernambucano de Música Aldemo Arcoverde, mostrando as variedades sonoras das violas.

Entre o artistas convidados estão o grupo Bando de Violas, formado por Adelmo, para se apresentar às 17h com um repertório fundamentado na cultura popular. Em seguida, entra o grupo Rabecado, às 18h30, trazendo sons do xote, baião, carimbo, coco e samba.

Serviço

Ciranda da Gente

Sábado (29) | 15h

Gratuito

Torre Malakoff (Praça do Arsenal, s/n, Bairro do Recife)

Nesta sexta-feira (23), a cidade a cidade de Olinda lança um projeto diferente: a Caminhada Assombrada. Com a proposta de fomentar o turismo local, o projeto visa apresentar o Estado de Pernambuco através de contos que estão no imaginário popular da cidade, bem como das histórias do escritor Gilberto Freyre.

O lançamento da caminhada será na casa do Turista em Olinda, situada nos 4 Cantos da cidade. A ação será aberta para a imprensa e para o público e após a explanação do passeio, os presentes vão poder fazer um dos quatro roteiros, que terá duração de uma hora e trinta minutos.   

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De acordo com o idealizador da caminhada, César William, a iniciativa tem como proposta contar a história de Pernambuco para os pernambucanos. “Com a caminhada, proporcionaremos aos visitantes a oportunidade de poder conhecer o Estado de forma diferente, exaltando a diversidade e a alma cultural do local, com surpresas e sustos”, contou César William.

Serão oferecidos pontos distintos do Sítio Histórico, cada um com um conto, que vão poder passear pelo Mercado da Ribeira, Alto da Sé e Amparo. Oficialmente, as caminhadas serão realizadas aos sábados, das 19h30 às 22h, pelas ladeiras da cidade. 

Com o objetivo de preservar o patrimônio cultural pernambucano, além de fortalecer os vínculos comunitários e promover um intercâmbio entre a educação formal e os Mestres Griôs, o Maracatu Rural Águia Formosa realiza o Projeto Azougue - Manutenção do Maracatu Rural Águia Formosa por 12 meses. A iniciativa levará, à cidade de Tracunhaém, atividades que colocarão o público em contato direto com a tradição do maracatu rural. 

Nos próximos meses, serão realizadas Sambadas de Maracatu no próprio terreiro do Água Formosa. A proposta é integrar a comunidade, e demais interessados, apresentando a disputa entre duas nações. No dia 8 de outubro, a sambada será guiada pelo Mestre Zé Joaquim. Já no dia 5 de novembro, Maciel Salú comandará o Águia Formosa que vai duelar contra o Maracatu Leão Mimoso, com o Mestre Carlos Antônio.

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O projeto é uma realização do Maracatu Rural Águia Formosa, Grão - Comunicação e cultura e Maciel Salú com apoio da Feed Comunicação e Grão Coletivo. Todas as atividades são gratuitas.

Confira este e outros eventos na Agenda LeiaJá.

Serviço

Sambada com o Maracatu Águia Formosa (Mestre Adriano Paixão) e o Maracatu Pavão Dourado (Mestre Zé Joaquim)

8 de outubro | 22h

Rua Professora Ana Vaz de Andrade, 48 - Bairro Novo - Tracunhaém

Gratuito

Sambada com o Maracatu Águia Formosa (Mestre Maciel Salú) e O Maracatu Leão MImoso (Mestre Carlos Antônio)

5 de novembro | 22h

Rua Professora Ana Vaz de Andrade, 48 - Bairro Novo - Tracunhaém

Gratuito

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Tomaz Aquino Leão fez sua primeira embolada aos nove anos, na beira do fogão de sua mãe, na casa onde moravam em Bom Conselho de Papacaças - Agreste pernambucano. Desde então, não parou mais de embolar; tendo passado por importantes programas da televisão nacional e principais palcos do Brasil, tornou-se o Mestre Galo Preto - hoje reconhecido como Patrimônio Vivo de Pernambuco. Agora, aos 82 anos de idade, mais de 70 de carreira, Galo Preto entrou no estúdio para gravar seu primeiro CD e deixar registradas, para esta e futuras gerações, sua arte e grande sabedoria musical.

O disco, com previsão de lançamento para novembro deste ano, terá 12 faixas autorais que trazem o autêntico coco, com direito a arranjos feitos apenas com pandeiros, sanfona e o tradicional coco de trava língua, difícilmente executado hoje em dia. Para a gravação deste trabalho, Galo Preto se rodeou de jovens músicos e, conta também, com a parceria das filhas e de uma sobrinha. O Mestre conversou com o Portal LeiaJá sobre esta fase da carreira e sobre os planos futuros.

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LJ - Mestre, já são 73 anos fazendo coco. O senhor já fez muitas coisas, não é?

Alguma coisa, né? Minha primeira música eu fiz com nove anos de idade. Minha mãe estava matando uma galinha e eu fiquei perguntando os nomes dos pedaços, que na época a gente chamava de 'taco'. Quando ela terminou eu fiz a embolada da pinta: 'eu nunca vi uma pinta daquela, a minha mãe matou a pinta pra fazer a cabidela'. Tempos depois, eu cheguei em Garanhuns e me descobriram. 

LJ - O senhor chegou a ficar um tempo parado, mas voltou pra música. Qual o motivo?

Eu passei um tempo fora de ação, eu não queria nem cantar mais - não houve um motivo específico - , mas fui obrigado. Eu não queria, mas o povo queria. E quando eu voltei, subi no palco sem nem saber o que ia cantar. Mas eu sou repentista e o repente é um dom de Deus.  

LJ - Depois de toda esta trajetória, aos 82 anos o senhor está gravando o seu primeiro CD. Era um sonho seu?

Eu perdi muito tempo sem gravar porque eu gravava muito jingle político. Até uns sete anos atrás, os candidatos se valiam dos repentistas e dos cantadores para fazer a propaganda política. E eu fiquei o tempo todo envolvido em fazer isso e não me liguei na gravação. Agora, eu com 82 anos e ainda aparecer alguém patrocinando uma gravação pra mim (o CD está sendo patrocinado pelo programa Rumos Cultural do Itaú), é uma boa oportunidade pra eu deixar o meu trabalho aí para os meus seguidores. 

LJ - O senhor está cercado de músicos muito jovens. Como é esta convivência entre gerações?

É boa e é onde eu me sinto bem. O que eu sei, eu estou deixando para os que estão chegando agora. Então eles podem herdar esta raiz e começar a explorar. Por exemplo, Jackson do Pandeiro, tem muita gente ganhando em cima dele; Luiz Gonzaga, muitos gravam Luiz Gonzaga e ganham também. É isso que vai acontecer na linha do coco com o Galo Preto e outros que já se foram. Como Selma do Coco e Zé Neguinho, já se foram, mas deixaram um trabalho. E eu vou deixar o meu também.

LJ - O que o senhor acha da nova geração do coco, dos grupos atuais que estão aparecendo?

Todo pessoal que faz coco, geralmente é coisa que vem dos avós, dos pais, está no sangue. Estava muito parado porque não havia incentivo. Agora o coco tomou impulso, graças a Selma do Coco que gravou aquela música (A Rolinha) que caiu na graça do povo, aí acordou o coco. O coco estava dormindo e Selma acordou. Agora, está havendo por aí muita imitação, muita coisa que não é autêntica. Mas não deixa de ser coco.  

LJ - E finalizando o CD, quais os próximos projetos?

Vou fazer um lançamento em São Paulo e um aqui no Recife. E daí, vamos ver o que vai acontecer. Se alguém me convidar pra uma turnê... Eu já venho fazendo uns shows por aí. 

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Nesta terça-feira (23), a cirandeira Lia de Itamaracá promove uma grande festa para marcar o início da realização de seu maior sonho: o Centro Cultural Estrela de Lia (CCEL). Ao som de muito coco e ciranda, a artista vai assinar a ordem de serviço das obras de reconstrução do espaço cultural, no bairro de Jaguaribe, na própria Ilha de Itamaracá, às 15h. 

O CCEL, aberto em 2005, funcionava como espaço para difusão da cultura popular pernambucana, além de abrigar cursos de artesanato, fotografia e percussão para crianças e jovens. O espaço fechou as portas em 2010, por falta de condições e, em 2014, a estrutura física do local foi destruída por fortes chuvas. Agora, Lia de Itamaracá receberá da Fundarpe, um valor de R$ 100 mil - liberado desde 2014 através de uma emenda parlamentar - que tornará possível a reforma do lugar. 

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Nesta terça-feira, Lia receberá os representantes da Fundarpe para assinatura da ordem de retomada das obras do CCEL. Ela também aproveitará a ocasião para lançar uma campanha para arrecadar doações que viabilizem a melhoria do lugar - uma vez que a verba inicial custeará apenas o palco e o toldo. Serão necessários R$ 540 mil no total. O momento será regado a muita música com o grupo de percussão 'À Parte', as coquistas Aurinha, Dona Glorinha e As Filhas de Baracho com o Coco de Selma, além de um cortejo da cirandeira ao lado de seu boneco gigante pelas ruas do bairro.   

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Na última quarta (17), foi celebrado o Dia do Patrimônio Histórico, e agremiações e artistas populares pernambucanos dos mais diversos segmentos, intitulados Patrimônios Vivos do Estado, receberam os diplomas que materializam a honraria em uma cerimônia no Teatro de Santa Isabel. O título, que hoje conta com 39 contemplados, além de homenagear estes representantes da cultura popular pernambucana, também se propõe a apoiar e perpetuar suas tradições, memórias e saberes. O Portal LeiaJá conversou com dois destes ícones culturais - o Mestre Galo Preto e o Maracatu Nação Leão Coroado - para conhecer suas realidades e entender como a titulação os ajudou, em termos práticos, no seu ofício de fazer cultura.

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O Mestre Galo Preto recebeu o título de Patrimônio Vivo em 2011. Ele é um dos mais tradicionais coquistas de Pernambuco e já contabiliza 73 anos de carreira, dentro dos quais teve a oportunidade de se apresentar em grandes programas da televisão nacional e importantes palcos Brasil afora. Para o Mestre, a titulação não trouxe mudanças efetivas mas, ainda assim, ser patrimônio é uma grande honra para ele: "Não mudou muito não. Mas eu me senti muito feliz em saber que meu trabalho foi reconhecido. É honroso", disse.

Para Galo, além do reconhecimento, a relevância da nomeação está no impulsionamento da carreira com a visibilidade e a facilidade em entrar na grade de eventos e festas populares, promovidas pelo Governo do Estado, sem a necessidade de passar por editais e burocracias. Ele também esteve na cerimônia de entrega dos diplomas e se emocionou por receber a homenagem em tão nobre palco: "Eu nunca pensei que o coco entraria no Teatro de Santa Isabel. A gente está fazendo uma coisa que tá chamando atenção", comemorou.

A Nação de Maracatu Leão Coroado, uma das mais antigas em atividade, com 153 anos de tradição, ostenta o título desde 2005. Localizada no bairro de Águas Compridas, em Olinda, a agremiação conta hoje com cerca de 100 integrantes - sendo 98% oriundos da própria comunidade - e já levou seu baque virado a diversos lugares do Brasil e do mundo. Herança do lendário mestre Luís de França, o Leão Coroado é comandado, desde 1997, pelo Mestre Afonso Aguiar. Para Afonso, ser considerado Patrimônio do Estado não é o bastante. "A gente recebe uma bolsa, mas o dinheiro não é tudo. Acho que falta um apoio do governo. Se é Patrimônio do Estado, então o Estado tem que ajudar e orientar. Não é manter o grupo, mas direcionar, dar escolaridade pro pessoal. E não tem nada disso", revela.

O Mestre também frisa a falta de atenção para com os contemplados com a honraria: "Só agora, em 2016, é que vieram dar o diploma. Porque até então não tinha nada que comprovasse", disse, em referência à cerimônia ocorrida no Teatro de Santa Isabel na última quarta (17), e lamentou: "Ninguém toma conta. Os que morrem, morrem desprezados. É um patrimônio desprezado". Afonso acredita que, para aqueles que levam o título, poderia haver uma equipe específica para elaborar medidas de apoio e manutenção de suas agremiações e ofícios: "Deveria ser criado um órgão para cuidar disso, com pessoas da cultura, que entendem dos processos". E complementa: "Ser Patrimônio é bom, mas tem essas fragilidades".  

Registro do Patrimônio Vivo é lei

Pernambuco é o primeiro Estado brasileiro a instituir a Lei do Registro do Patrimônio Vivo (nº 12.196, de 2 de maio de 2002). A iniciativa inédita visa preservar, valorizar e cuidar dos fazedores de cultura popular. Para concorrer ao título, os interessados devem se inscrever através de um edital anual que escolhe, com a avaliação do Conselho Estadual de Cultura (CEC), três nomes por ano - este número subirá para seis a partir de 2017 devido a uma mudança na lei, anunciada pela presidente da Fundarpe, Márcia Souto, durante a cerimônia de entrega dos diplomas aos já titulados, na última quarta (17). 

Para concorrer, os candidatos devem residir em Pernambuco há mais de 20 anos e comprovar sua participação em atividades culturais por este mesmo período de tempo. Os contemplados recebem uma pensão vitalícia - no valor de R$ 1.080,61 mensais para pessoas físicas e R$ 2.161,22 mensais para grupos - além da prioridade na participação em eventos e festas populares promovidas pelo Governo do Estado. Em 2016, foram nomeados os três Patrimônios Vivos mais recentes - a repentista Mocinha de Passira, a Troça Carnavalesca Mista Cariri Olindense e o cineasta Lula Gonzaga.

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No próximo dia 17 e agosto é celebrado o Dia Nacional do Patrimônio. Para comemorar a data, e festejar os fazedores de cultura do Estado, uma semana inteira de atividades como oficinas, exposições, debates e seminários em nove cidades pernambucanas começa na segunda (15). A IX Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco acontecerá no Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Brejo da Madre de Deus, Caruaru, Paudalho, Cabo de Santo Agostinho, Tamandaré e Buíque.

Sob o tema Participação Social na Preservação do Patrimônio, a programação da Semana é gratuita e pretende promover, além da valorização dos patrimônios de Pernambuco, o debate sobre questões essenciais às formas de constituição, reconhecimento e preservação destes. A abertura oficial das atividades, no teatro Arraial (Recife), recebe a conferência do professor Albino Rubim (UFBA) sobre Política Cultural e Participação Social. Na ocasião, também erá lançada a primeira edição da Aurora463 - Revista da Semana de Patrimônio Cultural. Já no Dia do Patrimônio, serão diplomados todos aqueles que receberam o título, incluindo os três mais recentes - a repentista Mocinha de Passira, o cineasta Lula Gonzaga e a Troça Cariri Olindense, no Teatro de Santa Isabel. Esta última promete fazer um grande show durante o evento. 

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Também serão realizados diversas oficinas e seminários. Na capital pernambucana, eles acontecerão no teatro Arraial (Participação Social na Preservação do Patrimônio) e no Ginásio Pernambucano (Participação Social e Educação Patrimonial). Toda a programação é gratuita e pode ser conferida na internet. As inscrições para as ações formativas também podem ser feitas on-line. 

Serviço

IX Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco

15 de agosto a 21 de agosto

Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Brejo da Madre de Deus, Caruaru, Paudalho, Cabo de Santo Agostinho, Tamandaré e Buíque

Gratuito

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Foram anunciados nesta quinta-feira (7) os vencedors da primeira edição do Prêmio Ariano Suassuna de Cultura Popular e Dramaturgia. O objetivo da premiação é contemplar grupos, mestres e dramaturgos que simbolizam a cultura pernambucana dando-lhes visibilidade e valorizando a transmissão de saberes e manutenção do acervo cultural do Estado. 

No segmento Cultura Popular, foram premiadas práticas individuais ou coletivas de transmissão de saberes e fazeres e preservação das expressões populares nas suas mais diversas formas. Já na área de Dramaturgia, foram selecionadas obras inéditas do gênero dramático. O prêmio recebeu propostas de todas as regiões de Pernambuco, totalizando 70 inscritos da área de Cultura Popular e 55 para Dramaturgia. 

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Os vencedores da categoria Mestres e Mestras dos Saberes e Fazeres receberão um prêmio de R$ 10 mil, cada. Na categoria Grupo, a premiação será de R$ 15 mil e para Dramaturgia serão distribuídos R$ 10 mil para os primeiros lugares e R$ 7 mil para os segundos colocados em cada categoria. A entrega dos prêmios será realizada no dia 18 de julho no Teatro Arraial Ariano Suassuna.

Entre os contemplados estão o Afoxé Alafin Oyó, Mestra Ana Lúcia, Caboclinho União Sete Flexas e os textos Severino Brincante e Cantigas e histórias na terra do Sabiá ou que é meu é meu e o boi não lambe. Confira todos os premiados:

CULTURA POPULAR

RMR - GRUPO                                 

Proponente: Associação Recreativa Carnavalesca Alafin Oyó

Nome da Obra: Afoxé Alafin Oyó

RMR - MESTRE                                

Proponente: Ana Lúcia Nunes da Silva

Nome da Obra: Ana Lúcia – A Rainha do Império e o Ofício de Brincar

AGRESTE - GRUPO                                        

Proponente: Anderson José Francisco da Silva

Nome da Obra: Casa do Pife

AGRESTE - MESTRE                                       

Proponente: Benoni Bezerra de Carvalho

Nome da Obra: Mestre Reisado Três Reis do Oriente

ZONA DA MATA - GRUPO                                         

Proponente: Caboclinho União Sete Flexas de Goiana

Nome da Obra: Caboclinho União Sete Flexas de Goiana

ZONA DA MATA MESTRE                                           

Proponente: José Lopes da Silva Filho

Nome da Obra: Mamulengo Teatro Riso

SERTÃO - GRUPO                                          

Proponente: Associação Cultural Samba das Irmãs Lopes

Nome da Obra: Anda a Roda

SERTÃO - MESTRE                                         

A Comissão de avaliação considerou que as propostas da categoria Mestres e Mestras de Saberes e Fazeres da Macrorregião Sertão não apresentaram documentação comprobatória suficiente para indicar a premiação.      

DRAMATURGIA

CATEGORIA TEATRO DE FORMAS ANIMADAS

1º lugar

Texto: Cantigas e histórias na terra do Sabiá ou que é meu é meu e o boi não lambe

Autora: Maria José Bezerra de Oliveira

Município: Recife.

2º lugar

Texto: Severino Brincante

Autor: Alex Apolonio Soares

Município: Garanhuns.

CATEGORIA TEATRO PARA INFÂNCIA E JUVENTUDE

1º lugar

Texto: Um conto de marias ou de maria flor

Autor: Raphael Gustavo Soares Ferreira

Município: Vitória de Santo Antão

2º lugar

Texto: O sonho de ent

Autor: José André da Silva

Município: Recife

CATEGORIA TEATRO ADULTO

1º lugar

Texto: Talvez sim, talvez não

Autor: Cleyton José de Andrade Cabral

Município: Olinda

2º lugar

Texto: A dança ou o evangelho?

Autor: Alberto Vilarinho Amaral

Município: Recife

A terceira edição do projeto Viva a Xambá, do centro Cultural Grupo Bongar, homenageia o chorinho em comemoração ao Dia do Chorinho, celebrado em 23 de abril. No próximo domingo (17), o espaço recebe o show Chorinho para Pixinguinha, com a cantora Naara Santos acompanhada dos músicos João Paulo Albertim, Júnior Teles, Rubem França, Alexandre Rodrigues e Johnanthan Malaquias. 

Além de apresentar os choros de Pixinguinha, os músicos também irão dialogar com o público sobre a vida e obra do artista. O projeto Viva a Xambá promove ainda uma visita guiada às ruas da comunidade ao Memorial Severina Paraíso da Silva - Mãe Biu. Os visitantes poderão conhecer a história, tradição e ancestralidade do povo Xambá. 

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Toda a renda do show e da visita será revertida para a manutenção do Centro Cultural Grupo Bongar - Nação Xambá. O lugar, gerido pelo grupo Bongar, é um novo espaço cultural localizado em uma comunidade quilombola, na periferia de Olinda, com o propósito de preservar a cultura afro brasileira. Confira este e muito mais eventos na Agenda LeiaJá.

Serviço 

Chorinho para Pixinguinha

Domingo (17) | 16h30

Centro Cultural Grupo Bongar - Nação Xambá (Quilombo Xambá - Rua Severina Paraíso da Silva, 65, Olinda)

R$ 5 + 1kg de alimento não perecível

Visita guiada

Domingo (17) | 14h

Centro Cultural Grupo Bongar - Nação Xambá (Quilombo Xambá - Rua Severina Paraíso da Silva, 65, Olinda)

R$ 3

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Nesta quarta-feira(27), sete grupos de caboclinhos mostram a força do som de suas preacas e surdos no Encontro de Baques. Eles se reúnem no Pátio de São Pedro, área central do Recife, para mostrar sua música e dança às 19h. 

Se apresentam o caboclinho Cahetés de Goiana, Tribo de Índio Oxóssi Pena Branca, caboclinho Tupinambá de Goiana, Tribo Arapahós, Caboclinho Tapuias Camarás, caboclinho Urubá e Tribo de Índio Canindé Itambé. O evento reúne apenas os Caboclinhos de Baque e é uma idealização do cacique Luna, da Tribo Indígena Tabajara de Camaragibe.

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No Carnaval de 2016, os caboclinhos ganharam um espaço importante na abertura oficial da festa ao lado do percussionista Naná Vasconcelos. Alguns grupos se apresentarão na cerimônia que abre os festejos da cidade, a pedido do próprio Naná, com o intuito de dar visibilidade a esta manifestação cultural pernambucana.

Confira este e muito mais eventos na Agenda LeiaJá.

Serviço

Encontro de Baques

Quarta (27) | 19h

Pátio de São Pedro

Gratuito

 

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