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A cultura popular pernambucana se despede de um ícone. Morreu nesta semana Carlos Roberto de Souza, conhecido como Roberto Cocada. O artista era mestre do Coco de Pontezinha e um dos ícones do Coco de Roda da região. 

Cocada morreu aos 56 anos no Hospital Geral Pelópidas Silveira, depois de quase 60 dias internados por complicações de um AVC. Dois filhos do artistas continuam trabalhando com manifestações populares, são eles: Cristiano que está à frente do Coco Renascer Mirim, e o mais velho Jefferson Souza "Fofo", cantor e compositor atual do Coco do Mestre Zezinho Valério.  

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Roberto Cocada nasceu no dia 1 de janeiro de 1958 no Cabo de Santo Agostinho e desde os 12 anos acompanhava seu tio, mestre Zezinho de Valério, precursor do coco em Pontezinha. 

Roberto se destacava como coquista de raiz, desenvolvendo um estilo próprio. No início de sua carreira artística integrou o Coco do Mestre Goitá, criando seu próprio grupo em 2005, o Coco Renascer. Em 2009 consagrou-se como Mestre Griô pelo Ministério da Cultura e em 2011 criou o Coco do Mestre Zezinho, em homenagem ao seu tio .

Nesta quinta (20), no Auditório Municipal Padre Vander Velden, em Pontezinha, Cabo, será lançado o DVD Mestres do Coco de Pernambuco que conta um pouco sobre mestres consagrados e novatos deste ritmo da cultura popular. O lançamento começa às 10h.

O DVD Mestres do Coco percorreu os quatro berços do coco pernambucano - Pontezinha, no Cabo de Santo Agostinho, Amaro Branco, em Olinda, Arcoverde e Sítio do Açude da Pedra, em Lagoa de Itaenga. O filme revela alguns mestres coquistas ainda desconhecidos do público e da mídia como os ipojucanos Inspetor e Manuel Pereira, Preto Limão, de Garanhuns (aos 95 anos de idade) e os novatos Fofo, de Pontezinhae, Natali Tomaz, do Coco do Mestre Goitá.

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As gravações foram feitas durante o ciclo junino de 2014 em Pernambuco em oito cidades pernambucanas. Participam do documentário 15 mestres de coco. Galo Preto (Recife), Patrimônio Vivo da Cultura Pernambucana, Zé de Teté (Limoeiro), com 45 anos de coco, e Ciço Gomes (Arcoverde) são alguns deles. O vídeo também mostra cenas inéditas da paisagem da reserva Fulni-ô, de Águas Belas. O projeto atingiu todas as regiões de Pernambuco, Mata Mata Norte (Lagoa de Itaenga), Metropolitana (Recife, Olinda, Cabo e Ipojuca), Agreste  (Limoeiro e Garanhuns) e o Sertão (Arcoverde).

O filme também será exibido em Olinda no dia 06 de dezembro, durante o festival Cena Brasil 2014 e no Recife no dia 26 de dezembro, às 19h, no Pátio de São Pedro, integrando o festival A Hora do Coco 2014. 

 

 

Serviço

Lançamento do DVD Mestres do Coco

Quinta (20) | 10h

Auditório Municipal Padre Vander Velden (Pontezinha - Cabo)

Gratuito

O coquista, aboiador, violeiro, mestre de maracatu, glosador e cordelista, Adiel Luna, está entre os três finalistas na categoria música do 1º Prêmio Saraiva, que visa revelar novos talentos da literatura e música de todo o Brasil. A premiação acontece nesta terça (4) no Teatro do Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, com apresentação de Zeca Camargo.

Os critérios do júri para escolha dos finalistas foram originalidade e criatividade. Concorrem com o coquista os músicos Rapha Moraes, de Curitiba e Zé Vito, do Rio de Janeiro. Na noite de entrega dos prêmios, Adiel também se apresenta com o Coco Camará. 

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Já na quarta (5) e quinta (6), o músico pernambucano realiza a oficina Mangaio de Versos: A Poética e a Oralidade Nordestinas na CAUS - Comunidade Alternativa Urbana Sensual, localizada no bairro da Vila Madalena. O público paulistano interessado na métrica da poesia popular e nos versos de improviso vão ter a oportunidade de fazer uma imersão nos aspectos da oralidade que distinguem e unem coco, repente, aboio, cavalo marinho, ciranda e maracatu de baque solto.


"Não troco meu oxente pelo OK de ninguém." Esta é uma das frases clássicas de um dos maiores defensores da cultura popular brasileira. Professor, dramaturgo, escritor, imortal, muitas são as formas de identificar Ariano Suassuna, e muitos são os desdobramentos da sua obra.

Morto nesta quarta (23), aos 87 anos de idade, Ariano deixa um legado que vai além das histórias que escreveu - e que foram publicadas e republicadas, adaptadas para teatro, cinema e TV e eternizou personagens como João Grilo e Chicó. Ele deixa uma marca inapagável na cultura brasileira, ao traduzir para seus romances e peças teatrais hábitos, expressões, causos, a cultura, as feições e desafios do povo nordestino.

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Ao atingir a maturidade, o longevo Ariano passou a ser ele mesmo sua principal obra. Iniciou, no último ciclo da sua vida, uma turnê com suas aulas-espetáculo que visitou mais de 100 municípios pernambucanos. Com um tom mais intimista, o dramaturgo contava histórias da sua vida e opinava sobre a realidade atual do cenário cultural brasileiro, espalhando sua experiência e conhecimento e fazendo as pessoas se encontrarem com sua própria cultura.

Família e amigos dão adeus ao escritor Ariano Suassuna

'A Caetana chegou, mas ele está aqui com a gente'

O impacto da obra e da vida de Ariano Suassuna fica claro no prestígio que o autor conquistou em vida. Na morte, Suassuna está sendo homenageado por algumas das pessoas mais representativas de Pernambuco e do Brasil, incluindo a presidente Dilma Roussef, que chega no início da tarde desta quinta para o velório. O ex-governador e candidato à presidência da república Eduardo Campos, que tinha uma relação pessoal com o pensador, também tem marcado presença desde os primeiros momentos.

Muito emocionado, Campos se despede de Suassuna

Ariano não se resumiu à sua arte. Homem político, participou de diversos momentos importantes da política brasileira, sempre ligado à área da cultura. Em 1975, torna-se Secretário de Educação e Cultura do Recife; em 1994, assume a secretaria de Cultura de Pernambuco, durante mandato de Miguel Arraes, cargo que voltou a ocupar em 2007, a convite do neto de Arraes, o então governador Eduardo Campos.

Ariano Suassuna e sua paixão pela política

Armorialismo

Um dos momentos mais importantes da vida politico-cultural do dramaturgo foi a criação do Movimento Armorial. Com ele, Ariano pretendia criar uma arte erudita brasileira, nordestina, autêntica, próxima das suas raízes e longe de ideias prontas ou importadas.

A princípio, procurou compositores da importância de Guerra-Peixe, Clóvis Pereira e Capiba para a criação da música armorial. Com o quinteto armorial (do qual participava Antonio Nóbrega, um dos seus mais importantes pupilos), estava criada a musicalidade Armorial.

Da música, o armorialismo foi encontrando novas formas de expressão, e encontrou na dança uma das mais duradouras. Com o Balé Popular do Recife, atingiu sua expressão máxima, ao adaptar os folguedos e danças populares com grande sucesso de crítica e público. Artes plásticas, cinema e, claro, literatura, também fizeram parte do esforço de Suassuna em criar uma arte erusita tipicamente brasileira.

Ariano Suassuna é o grande homenageado do Galo da Madrugada em 2014

A compadecida

A obra de maior sucesso foi o Auto da Compadecida, adaptada inúmeras vezes para o teatro, o cinema e a televisão. É dos protagonistas João Grilo e Chicó que muita gente lembra quando se fala em Ariano Suassuna. Usando como fonte de inspiração o romanceiro nordestino, Ariano conseguiu captar a essência do povo, criando personagens marcantes e inesquecíveis, e contando histórias cômidas e trágicas com talento ímpar.

A esperteza de João Grilo, arquétipo do brasileiro submetido à fome e à pobreza que usa a criatividade para sobreviver em um ambiente árido e violento, encontra-se na alma do Brasil. O cangaceiro, a religiosidade - e os aproveitadores da fé -, as festas populares, a relação com os animais, está tudo ali em Compadecida, registro ficcional da dura realidade do povo brasileiro.
Certamente por tudo isso, a obra se tornou a maior referência quando o assunto é a obra de Ariano, e uma das mais relevantes na ficção regionalista brasileira.

"A massificação procura baixar a qualidade artística para a altura do gosto médio. Em arte, o gosto médio é mais prejudicial do que o mau gosto... Nunca vi um gênio com gosto médio." Assim, o gênio Ariano Suassuna defendia não só sua visão de mundo, mas a cultura genuinamente brasileira.

Na tarde desta quinta-feira (1°), algumas vias do Centro do Recife foram tomadas por um cortejo-protesto que fazia uma alusão à Festa da Lavadeira, considerada Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco e acontece anualmente, mas que teve sua edição de 2014 cancelada por falta de investimento público. 

Intitulada de Vamos Passear, a manifestação comemorativa foi realizada em três pontos da capital Pernambucana: Pátio do Carmo, Praça da Independência, e na Rua do Sol. O movimento, contou com a estrutura de três mini trios elétricos e um palco fixo. "Tudo é uma grande brincadeira, mas com caráter de protesto. Hoje, vamos receber grupos de vários estados", disse Eduardo de Melo, coordenador do evento.

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A professora de psicologia Carmen Freyre, que acompanhou todas as apresentações com as filhas, falou indignada: “os poderes públicos estão surdos, simplesmente esqueceram-se da cultura popular e das manifestações”, contou a psicóloga, que ainda relatou a importância do evento, “Aqui podemos observar várias frequências culturais e isso é que bonito”, falou emocionada.  

Um dos organizadores do evento, Wilson Maraca, almeja apenas o direto de realizar a manifestação popular, que antes de tudo tem um caráter religioso. “Esse movimento vai além da festa, ela na verdade é um ato religioso”, explicou. “Antigamente, na Praia do Paiva, a festa reunia 120 mil participantes. Agora, o que queremos é que pelo menos o poder público nos trate com respeito e não como ‘um quarto de empregada’”, desabafou, Maraca.

Ao som dos tambores, vários grupos de Maracatu se encontraram e festejavam. O Maracatu Rural e o de Baque Solto apresentaram as cores e a entonação da resistência de uma festa esquecida. Um dos líderes da Rede Afro LGBT de Pernambuco, Carlos Tomaz, lamenta a dispersão e fragilidade da festa. “Observamos um movimento de resistência, que se resume a isto: poucos grupos e a luta para manter viva a cultura popular”.

Durante o ato, faixas foram erguidas representando a insatisfação com o poder público. Segundo a organização, o ato que iniciou com duas horas de atraso, tem previsão para encerrar às 20h. 

A tradicional Festa da Lavadeira, Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco segundo lei estadual e que este ano chegaria a sua 28ª edição, realmente não vai acontecer em 2014. Mas de acordo com Eduardo Melo, coordenador da festividade, o dia 1º de maio não vai passar batido. É que na próxima quinta-feira (1º) será realizada, com início às 14h, a primeira edição da Vamos Passear, ato de celebração da Festa da Lavadeira que vai contar com a participação de vários grupos da cultura popular, como afoxés, maracatus e outras manifestações. O evento terá saída no Pátio do Carmo e chegada à Praça da Independência, em frente à Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. A entrada é aberta ao público. 

“Dia 1º de maio vai ser um plebiscito de apoio à cultura popular. No dia 2 de abril a gente decidiu cancelar o evento e a gente teve a ideia do Vamos Passear porque há uma tentativa de desconstruir e acabar com a Festa da Lavadeira, que há anos vem perdendo apoio do poder público. É uma festa que cresceu, não houve reconhecimento e agora não há o que a gente possa fazer para manter”, comenta Eduardo Melo. A previsão é que 30 mil pessoas passem pelo Bairro de São José neste dia. Além disso, de cinco a sete carros de som mais uma carreta palco fazem parte do ato.

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De acordo com o coordenador do evento, o Governo do Estado ainda não pagou o apoio de R$ 150 mil prometido no ano passado, que seria entregue via Empetur. “Além disso, em 2013 a Prefeitura do Recife reduziu em R$ 40 mil a verba de apoio na véspera do evento. E esse ano demoraram um ano para autorizar a realização da festa. Ficamos de mãos atadas, porque não conseguimos captar recursos com ninguém”, explica Eduardo Melo. Desde 2012 a Festa da Lavadeira tem sido realizada no Marco Zero, no Bairro do Recife, mas sua história esteve ligada à Praia do Paiva, onde foram realizadas as outras edições do evento.

Programação do Vamos Passear

Segundo Eduardo Melo, os grupos culturais não querem participar da programação oficial com medo de represálias por parte do poder público. “Os grupos não querem estar na programação porque ninguém quer se indispor com a Prefeitura do Recife e Governo do Estado. Eles estão indo, mas de forma cidadã para não serem perseguidos pelo próprio Estado, o que é um absurdo”, opina Eduardo.

Coordenador confirma cancelamento da Festa da Lavadeira

O evento vai receber caravanas do Rio Grande do Norte, de Alagoas e da Paraíba. “Inclusive o pessoal da Paraíba foi quem criou a Mandala Sonora, com afoxés para receber a Boneca da Lavadeira. Depois que ela for recebida integrantes de maracatus também vão saudá-la. E depois a boneca sai num cortejo de 250 batuqueiros até a Praça da Independência”, revela o coordenador da festa.

Diálogo com o poder público

“São dois anos de silêncio, de interdição e redução de dinheiro. A ideia do Vamos Passear é que ele aconteça até o fim da gestão de Geraldo Julio. Quando ele sair da Prefeitura do Recife, a gente tenta voltar. Ou seja, estamos no início do fim”, comenta Eduardo Melo. Segundo ele, a Secretaria de Cultura da cidade tem sido omissa neste processo. “A informação que nos passaram é que quem tem dinheiro pra esse tipo de evento na Prefeitura do Recife é a Secretaria de Turismo e Lazer. Mas eu cheguei a pedir um espaço na agenda de Leda Alves, só que não tive resposta. Desde o conflito do ano passado que o silêncio é absoluto”, reclama Eduardo Melo. 

O LeiaJá entrou em contato com a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc) do Recife e, em comunicado oficial, o órgão informa que houve uma autorização prévia para a Festa da Lavadeira. Ainda de acordo com a nota, o documento foi entregue dia 17 de janeiro, sob condição dos organizadores do evento procurarem a Secretaria-Executiva de Controle Urbano para esclacerem os procedimentos para formalizar uma autorização. O comunicado informa que, até o momento, a Secretaria não recebeu a documentação necessária para utilização do espaço público.

 

A 28ª edição da Festa da Lavadeira foi mesmo cancelada. O LeiaJá entrou em contato com Eduardo Melo, organizador do evento, e ele alegou que o cancelamento aconteceu por falta de interesse do poder público na festa. “Isso é uma brincadeira com o povo e com a cultura. É por isso que a gente cancelou, porque todos dão as costas para gente”, explica Melo.

Nesta quinta (4), a organização da festa publicou uma nota oficial sobre o cancelamento no blog do evento, que aconteceria dia 1º de maio. No comunicado, Eduardo Melo alega que falta apoio da Prefeitura do Recife em relação às licenças de uso dos espaços públicos para a festa.

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Confira o comunicado oficial do blog.

Em resposta, a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc) do Recife emitiu um comunicado oficial sobre a Festa da Lavadeira. De acordo com a nota, o órgão deu uma autorização prévia para realização do evento no dia 17 de janeiro. O comunicado ainda informa que a organização do evento não enviou até o momento os documentos necessários para utilizar o espaço público. 

Confira o comunicado da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano na íntegra.

A Secretaria de Mobilidade ainda alega que a organização da Festa da Lavadeira não solicitou o uso da Praça da Independência e não enviou o croqui para os estandes do Sebrae no Pátio do Carmo. No entanto, Eduardo Melo afirma que a produção do desenho é obrigação da Secretaria. 

Sobre o local de realização da festa, Eduardo conta que solicitou apoio em 2013, mas o órgão só respondeu com a autorização prévia dia 17 de janeiro e ainda enviaram o mapa errado. Os locais de realização da Festa seriam a Praça do Carmo, a Avenida Dantas Barreto,a  Avenida Nossa Senhora do Carmo e o Pátio do Terço. Melo também conta que a confirmação da festa só veio em fevereiro. “Assim que passou o Carnaval eles ligaram. João Braga (secretário de mobilidade) nos tirou da Praça da Independência e diz que a gente não fez a solicitação do local, mas a gente sempre teve aquele espaço”, destaca o coordenador da festa. 

Em 2013, a Festa da Lavadeira passou por dificuldades semelhantes para ser realizada. “No ano passado, tiraram a gente do Bairro do Recife e ofereceram o Parque do Cordeiro para realizar a festa. E a gente só soube disso 40 dias antes do evento”, lembra Melo.

Histórico

A Festa da Lavadeira surgiu há 28 anos na praia do Paiva, Zona Sul da Região Metropolitana do Recife. Uma escultura com uma mulher lavando roupas inspirou o encontro que reúne todo ano caboclinhos, maracatus e diversos artistas para celebrar a cultura popular. Em 2006, a festa foi considerada Patrimônio Cultural de Pernambuco pela lei estadual 13.042.Com a chegada de empreendimentos na região do Paiva, a Festa da Lavadeira foi tranferida para o Recife, onde acontece desde 2012. 

A tradicional Festa da Lavadeira, que promve o encontro da cultura popular pernambucana, está com dificuldades para ser realizada este ano. Na quinta (4), Eduardo Melo, coordenador do evento, publicou no blog da festa um comunicado sobre o cancelamento da 28ª edição, prevista para acontecer dia 1º de maio. A alegação seria a falta de apoio da Prefeitura do Recife em relação às licenças de uso dos espaços públicos para a festa.

Leia na íntegra o comunicado da organização da Festa da Lavadeira no blog do evento 

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O LeiaJá entrou em contato com a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc) do Recife e, em comunicado oficial, o órgão informa que houve uma autorização prévia para a Festa da Lavadeira. Ainda de acordo com a nota, o documento foi entregue dia 17 de janeiro, sob condição dos organizadores do evento procurarem a Secretaria-Executiva de Controle Urbano para esclacerem os procedimentos para formalizar uma autorização. O comunicado informa que, até o momento, a Secretaria não recebeu a documentação necessária para utilização do espaço público.

Esta não é a primeira vez que a Festa da Lavadeira é ameaçada. Em 2013, a organização do evento também enfrentou dificuldades para realização do evento

Confira o comunicado oficial da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc) na íntegra:

“A Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc) esclarece que foi dada autorização prévia à Associação da Festa da Lavadeira em 17 de janeiro (documentos em anexo), sob condição dos responsáveis pelo evento procurarem a Secretaria-Executiva de Controle Urbano para receber orientação quanto aos procedimentos e documentação necessária para formalização da autorização. No entanto, até a presente data, não foi dada entrada com a documentação para uso e ocupação do solo.

Em relação à estrutura do Sebrae autorizada para ser montada na Praça do Carmo, a Semoc informa que houve vistoria e medição na área para que o espaço comportasse o palco e as salas de aula do Sebrae. Foi solicitado ao responsável pela festa o croqui do palco para adequação das duas estruturas, no entanto, o documento não foi entregue.

Na autorização prévia, como pode ser visto no mapa em anexo do documento, foi permitida a utilização da Praça do Carmo, da Avenida Dantas Barreto, Avenida Nossa Senhora do Carmo e Pátio do Terço. Sobre o Pátio de São Pedro, a Semoc não pode autorizar o uso do espaço por recomendação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) por se tratar de área de preservação histórica. Quanto à Praça da Independência, em nenhum momento essa área foi solicitada.

Em relação ao apoio financeiro, a Secretaria de Cultura informa que, até a presente data, não foi dada entrada com solicitação para tal apoio.”

A Festa da Lavadeira, tradicional encontro da cultura popular pernambucana, pode não ser realizada neste ano. Nesta quinta (4) Eduardo Melo, coordenador do evento, publicou no blog da festa um comunicado sobre o cancelamento da 28ª edição, prevista para o dia 1º de maio. O motivo alegado seria a falta de apoio da Prefeitura do Recife, que não liberou as licenças de uso dos espaços públicos até o momento.

Segundo Melo, desde 2013 a organização da festa solicita a autorização para que a celebração seja realizada no Bairro de São José, mesmo lugar em que aconteceu a última edição. Apesar da antecedência no pedido, a Prefeitura do Recife só veio liberar a autorização no período do carnaval e com restrições.

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Melo ainda diz no comunicado que em janeiro deste ano a produção do evento foi informada que teria que mudar o local de realização da festa. “A autorização permitiria apenas o uso da Av. Nossa Senhora do Carmo, Pátio da Igreja Nossa Senhora do Carmo e Avenida Dantas Barreto. Não nos foi autorizada a ocupação nem do Pátio de São Pedro nem da Praça da Independência", revela Eduardo no comunicado, ressaltando que mesmo assim a produção da festa foi adequada ao novo espaço. "Mas para nossa surpresa, na segunda semana do mês de março fomos informados por telefone que existe uma ordem do Sr. João Braga para ocupar o Pátio do Carmo, com uma estrutura de 40mx14", pontua Eduardo o motivo da inviabilização da festa. 

Veja também: Em 2013, realização da Festa da Lavadeira também foi ameçada 

No texto o coordenador da festa comenta também que por conta da falta de definição por parte da Prefeitura do Recife todo o processo de captação de recursos ficou estagnado. O LeiaJátentou contato com Eduardo Melo, mas até o fechamento desta matéria não teve retorno. Já a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano, a qual João Braga é secretário, informou que ainda hoje emite uma nota sobre o assunto.

Leia na íntegra o comunicado oficial publicado no blog da Festa da Lavadeira

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Mesmo com todas as dificuldades recorrentes no cotidiano de uma companhia teatral de rua, o Boi D’Loucos segue firme com a programação de apresentações do espetáculo Movimento de Cultura Popular – o sonho não acabou, realizados em praças públicas do Recife até o dia 17 de abril. Na manhã deste domingo (16), o grupo esteve no Largo da Paz, em Afogados, no Recife, e assim que a peça começou vários curiosos, como famílias com crianças, se aproximaram da encenação.

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Em Afogados, quando a montagem teve início, algumas pessoas se aproximaram para ver o que estava acontecendo, como Edileusa Maria da Silva, aposentada de 63 anos que nunca foi ao teatro na vida. “Eu não sei o que é isso, mas vou olhar porque fiquei curiosa. Vim de Boa Viagem pra missa e quando vi a movimentação me interessei”, disse desconfiada. “Eu ia voltar pra casa pra fazer o almoço, mas vou ficar é por aqui”, comentou aos risos depois que viu o desenrolar da peça. Na última sexta (14) e sábado (15), a montagem esteve em bairros como Várzea e Torrões e ainda neste domingo ainda irá para Santo Amaro, no Largo da Feira, às 16h. Até meados de abril serão realizadas, ao todo, 17 apresentações.

O espetáculo inédito mistura teatro e dança num caráter lúdico e educativo. "A nossa peça é uma iniciativa a qual contamos um pouco da história do Movimento de Cultura Popular, que, na nossa opinião, é o mais importante movimento cultural e educacional de Pernambuco”, explica Carlos Amorim, diretor e roteirista do Boi D’Loucos.

De acordo com diretor do espetáculo, as dificuldades de quem produz teatro de rua são constantes, mas não são impedimentos para quem quer fazer a história acontecer. “A Companhia Elétrica de Pernambuco (Celpe) ficou de vir aqui para nos deixar um ponto de energia, mas não veio e deixou a gente na mão. Tivemos que improvisar e tentar algo com os estabelecimentos do local. Para nossa sorte os donos de uma padaria cederam um ponto. A gente sempre dá um jeito”, revela Amorim. 

O cenário da peça é formado apenas por um tecido e alguns objetos, e o grupo realiza as apresentações sem nenhum toldo ou proteção do tipo. “Dessa vez demos sorte porque estamos debaixo de uma mangueira e aqui tem sombra. Mas hoje ainda vamos pra Santo Amaro, pro meio da rua, debaixo do sol. No fim das contas a gente adora o trabalho que faz, e é isso o que importa”, brinca um dos integrantes da equipe técnica. 

Segundo Carlos, a peça integra um projeto maior, com capacitações e palestras. “O ano de 2009, quando tudo começou, foi um ano que só se respirava MCP, por conta dos 50 anos do movimento. Na época eu ministrava uma oficina de teatro no Sítio Trindade e conseguimos uma emenda parlamentar para um projeto que contempla não apenas as nossas apresentações, mas que envolve a reforma do Sítio Trindade, além de oficinas e seminários no local”, comenta.

A coreografia do espetáculo é assinada por Simone Santos e o elenco é formado pelos atores Raphael de Castro, Sillecier Araujo, Carlos Amorim e pelos bailarinos Diego Bertto, Alexsandra Sacramento e Simone Santos. A sonoplastia e a iluminação são responsabilidade de Emanoel Carlos.

O projeto Trocadilho chega a sua segunda edição em 2014. Com o objetivo de trabalhar a dança, teatro e cultura popular pernambucana, a iniciativa está com inscrições abertas até este sábado (15) para artistas-pesquisadores de todo o Brasil, que tenham pesquisas nesta área e desejam participar da programação do II Encontro Prático e Teórico Sobre Pesquisas em Danças Populares, que será realizado no Recife. 

Organizada pela pesquisadora Viviane Souto Maior, a segunda edição do Encontro tem uma programação dividida em cinco dias, de 22 a 26 de abril. Entre as atividades a serem desenvolvidas estão sete aulas espetáculos, duas oficinas, uma mesa redonda e duas exibições de documentários. As atividades são gratuitas.

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De acordo com Hudson Wlamir, produtor do Projeto Trocadilho, serão destinadas de quatro a seis vagas para os pesquisadores inscritos e duas vagas para convidados. Os selecionados, para apresentarem suas pesquisas, receberão cachê de R$ 2 mil.

Inscrições

Até o próximo sábado (15), pesquisadores de todo o Brasil, que tenham trabalhos desenvolvidos na área de dança, teatro e cultura popular pernambucana, podem se inscrever através do e-mail: vivianemaior@ig.com.br. Em anexo, deve ser enviado o currículo completo, release do currículo, carta de intenção, resumo da proposta a ser apresentada (aula-espetáculo ou demonstrações de trabalho), portfólio (contendo clipping referente ao trabalho proposto e no mínimo três fotos); e links contendo vídeos referente ao trabalho proposto.

No assunto do e-mail deve conter: INSCRIÇÃO TROCADILHO - IIᵃ EDIÇÃO. O resultado será divulgado até o dia 24 de fevereiro, na página do facebook . Os selecionados receberão a confirmação através do e-mail e terão até cinco dias úteis para enviar a documentação solicitada.

Selecionados

Os selecionados apresentarão sua pesquisa e farão parte da mesa redonda, além de participar das outras atividades do período da tarde. A seleção não inclui gastos com transportes, hospedagem e alimentação. O horário das atividades do II Encontro Prático e Teórico Sobre Pesquisas em Danças Populares será pela manhã, das 9h às 12h, e pela tarde, das 14h às 17h.

Rap e coco se unem em movimento de resistência e cultura popular através do Feijam. O encontro ganha um registro em áudio e vídeo, que será lançado, neste sábado (25), no Beco do Caixão, em Olinda. O evento começa às 15h, reunindo música e feijoada em frente à casa de Dona Cila do Coco.

O DVD e o CD receberam apoio do Fundo de Incentivo à Cultura (Funcultura) para a prensagem. O produto registra os encontros como os das duplas Cila do Coco e seus Pupilos com A Cria e Coco de Praia com Combo X, que ocorreram no Beco do Caixão.

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Durante o lançamento, também acontecem novos encontros. Com participação de Buguinha Dub, as apresentações serão realizadas por Maracatuzeiros com Romariz; Bate o Ganzá com Galo; Adiel Luna com Clécio Rimas; Sagranna com Zaca; Coco dos Pretos com Chapa e Lemos; Zeca Rolete com Alcides e com Baloo; e A Cria com Cila do Coco e seus pupilos.

Serviço

Lançamento CD e DVD Feijam

Sábado (25) | 15h às 21h

Beco do Caixão - Varadouro, Olinda (próximo a Rua Joaquim Nabuco)

Gratuito

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O grupo pernambucano SaGrama apresenta o espetáculo Timbres da Cultura Popular na Caixa Cultural Recife. Serão três dias de shows, com um repertório teatral e poético. As apresentações são realizadas de quinta (23) a sábado (25), sempre às 19h30. O último dia de show ainda terá uma sessão extra, às 17h30.

O SaGrama tem em seu repertório composições instrumentais, baseadas nas manifestações da cultura popular local, com uma linguagem mais erudita. O grupo foi criado em 1995 no Conservatório Pernambucano de Música e possui uma discografia com sete CDs gravados. SaGrama ficou conhecido com a composição da trilha sonora original do filme O auto da Compadecida, baseada na obra de Ariano Suassuna.

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Os ingressos custam R$ 20 inteira e R$ 10 meia e estarão à venda a partir das 10h desta quarta (22), na bilheteria da Caixa Cultural. 

Serviço

Espetáculo Timbres da Cultura Popular - SaGrama

Quinta (23) a sábado (25) | sempre às 19h30, com sessão extra às 17h30 no sábado

Caixa Cultural Recife (Avenida Alfredo Lisboa, 505- Bairro do Recife)

R$ 20 (inteira) R$ 10 (meia)

A Casa da Rabeca mantém viva a tradição da cultura popular e promove, neste fim de ano, duas festas para encerrar as atividades em 2013 e dar as boas vindas a 2014. As celebrações pretendem honrar os costumes e a tradicionalidade local com: Encontro Nacional de Cavalo Marinho e a comemoração do Dia de Reis. As festas contam com patrocínio da Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo do Estado.

Nesta quarta (25), a Casa da Rabeca promove o 19º Encontro Nacional de Cavalo Marinho. Gratuita, a festa religiosa já é tradição do espaço e conta com a presença dos grupos do gênero em atividade na Paraíba e em Pernambuco. Na casa, 16 grupos vão se reunir para participar do festival, criado por Mestre Salu, um apaixonado pelo auto que integra o ciclo de festejos natalinos do Nordeste e que, nesta época, presta homenagem aos Reis Magos.

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O Cavalo Marinho – uma variação do Bumba-Meu-Boi típica da Zona da Mata nordestina – mescla sons, cores e movimentos, apresenta uma série de performances que reúnem teatro, música, dança e poesia, com direito a coreografias e falas improvisadas. O encontro começa a partir das 18h.

Em 2014, a Casa Da Rabeca conclui sua programação de Natal promovendo outro encontro tradicional do local, que acontece no dia 6 de janeiro: A festa do Dia de Reis. Inspirado pela tradição portuguesa, com direito à queima da lapinha e apresentação de cânticos, o encontro reúne grupos pernambucanos e paraibanos do gênero musical, que apresentam música regional, dança e teatro para o público. Assim como no Encontro desta quarta (25), a entrada do Dia de Reis também é gratuita.

Confira a Programação:

Cavalo Marinho Estrela de Ouro de Mestre Biu Alexandre (Condado/PE);

Cavalo Marinho Estrela Brilhante de Mestre Antônio Teles (Condado/PE);

Cavalo Marinho Estrela do Amanhã (Condado/PE);

Cavalo Marinho Boi Brasileiro de Mestre Biu Roque (Condado/PE);

Cavalo Marinho Boi Pintado de Mestre Grimário (Aliança/PE);

Cavalo Marinho de Mestre Batista (Aliança/PE);

Cavalo Marinho Estrela do Oriente de Mestre Inácio Lucinda (Camutanga/PE);

Cavalo Marinho Boi Maneiro (Itambé/PE);

Cavalo Marinho Boi de Ouro de Mestre Araújo (Pedra de Fogo/PB);

Cavalo Marinho Boi Ventania de Mestre João de Pixica (Feira Nova/PE);

Cavalo Marinho Boi Tira Teima de Mestre Zé de Bibi (Gloria de Goitá/PE);

Cavalo Marinho Boi Teimoso de Mestre Borges de Lucas (Lagoa de Itaenga/PE);

Cavalo Marinho Boi Coroado de Mestre Aicão (Araçoiaba/PE);

Cavalo Marinho Boi Matuto de Mestre Salustiano (Olinda/PE);

Cavalo Marinho Boi da Luz de Mestre Dinda (Olinda/PE);

Cavalo Marinho Boi Jacu (Recife/PE).

Serviço

19º Encontro Nacional de Cavalo Marinho 

Quarta (25) | 18h

Dia de Reis da Casa da Rabeca

Segunda (6) | 18h

Casa da Rabeca - Rua Curupira, 340, Cidade Tabajara – Olinda

Gratuito 

 

O 16° Encontro de Sanfoneiros, que este ano acontece no Recife a partir desta quarta (4) e termina no próximo sábado (7), reúne artistas de vários estados do país que se relacionam com a sanfona. As apresentações acontecem no Teatro Santa Isabel nesta quarta (4), às 20h, e no restaurante Nosso Quinta, no Torrões, na sexta (6) e sábado (7), às 18h. A entrada é gratuita, mas os ingressos devem ser retirados com uma hora de antecedência.

Este ano o evento homenageia Truvinca e Waldonys, além dos músicos Dominguinhos, Arlindo dos 8 Baixos, Duda da Passira e Juarez, em memória. Além dos sanfoneiros, o encontro reúne desde 1998 grupos de xaxado, aboiadores, violeiros, bacamarteiros e trios de forró pé de serra com a prooposta de divulgar a música popular regional e a sanfona para várias gerações.

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O evento, que busca manter viva a memória de Luiz Gonzaga e o instrumento que o imortalizou, traz a oportunidade de músicos de diferentes regiões de Pernambuco e de outros estados brasileiros trocarem experiências. A ideia teve início no quintal do produtor Marcos Veloso, que mantém no restaurante Nosso Quintal uma parede dedicada à história do Rei do Baião.

Serviço

16º Encontro de Sanfoneiros do Recife

Quarta (4) | 20h; De quinta (5) a sábado (7) | 18h

Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n - Bairro de Santo Antônio) e Restaurante Nosso Quintal (Rua Leila Félix Karan, 15 - Torrões)

Gratuito (Ingressos devem ser retirados no local com uma hora de antecedência)

(81) 3228 6846

De 14 a 17 de novembro acontece o Festival Macuca Jazz & Improviso, realizado na Fazenda Macuca, no município de Correntes, Agreste de Pernambuco.  A proposta do evento, que não conta com patrocinadores, é a divulgação da cultura popular de forma livre e independente. A programação completa está disponível no site do evento, onde também estão sendo vendidos os ingressos para o festival.

Quem quiser ir para os quatro dias do festival vai pagar R$ 40. Há também outras opções de compra, como entrada individual para os dias 14 R$ (10), 15 (R$ 20), 16 (R$ 20) e 17 de novembro (R$ 10), além de espaço para camping (R$ 30) e pacote com passagem mais camping (R$ 70).

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Neste ano, o Macuca Jazz terá na programação mais de 20 atrações, entre elas Helton Moura, Vertin Moura, Maciel Melo, Adiel Luna, Rogério Diniz, Zé Manoel e Xique Baratinho.

Serviço
Festival Macuca Jazz & Improviso

De 14 a 17 de novembro

Fazenda Macuca (Correntes – PE)

R$ 10 (ingressos individuais dos dias 14 e 17), R$ 20 (ingressos individuais dos dias 15 e 16), R$ 40 (quatro dias do festival), R$ 30 (espaço para camping), R$ 70 (passagem mais camping)

(87) 9913 2667

O Sesc Pernambuco estará realizando, até o dia 1 de novembro, a 5ª edição da Mostra de Música Leão do Norte. O evento este ano conta com uma programação itinerante que tem o intuito de fortalecer a troca de conhecimento entre os músicos. As atividades são gratuitas e a programação completa pode ser acessada no site do Sesc.

Em 2013, as cidades participantes são Recife, Caruaru, Petrolina, Belo Jardim, Arcoverde e Garanhuns. Este ano, o Sesc convidou o grupo português Espelhos, que fará uma apresentação e uma palestra, o Maestro Spok, com os trabalhos Quinteto e Frevo Orquestra, o lançamento do CD de Adelmo Arcoverde, professor e violeiro, e a presença do Quinteto da Paraíba, que acompanha o músico Sandro Guimarães.

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Entre os artistas que fazem parte da programação estão João Paulo Albertim, Sandro Guimarães e Flauta de Bloco, representando o Recife, Johnathan Malaquias, de Arcoverde, Ivanar Nunes e Carlos Fabiano, de Belo Jardim, e Rogério Diniz e Irmãos Viana, representando a cidade de Garanhuns. A mostra conta ainda com oficinas e palestras que terão suas inscrições abertas no local.

Para comemorar o dia do folclore, a Editora do Brasil lança a coleção Akpalô - Cultura Popular. São cinco livros ao total, cada um abrangendo algum gênero da tradição oral como as adivinhas, trava-línguas, cantigas e parlendas. Voltados para a educação infantil, as publicações são de autoria da escritora Rosinha, que também ficou encarregada pelas ilustrações.

O primeiro volume - Seu rei boca de forno - aborda as parlendas que, segundo o dicionário, são rimas infantis usadas para divertir ou guardar alguma coisa na memória. Já ABC do Trava-Língua, os leitores encontram diversos travas-línguas escolhidos para representar cada um, uma letra do alfabeto. O terceiro volume é A velhinha e o porco, uma história baseada em um conto inglês. Voltado para as cantigas de roda, As Cantigas de Lia é indicado para as crianças a partir do quarto ano e, por fim, Adivinha só!, livro que traz diversas adivinhas em seu conteúdo.

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Selma do Coco, um dos Patrimônios Vivos de Pernambuco, aos 83 anos de vida, se apresentou neste sábado (22) no polo junino localizado no Pátio de São Pedro, no bairro de São José. Além de Selma, também marcam presença na grade de shows Coco Verde e Melancia, Zeca do Rolete, Coco de Olga e Siba.
Quem foi conferir a apresentação de dona Selma não parou de dançar o coco em nenhum momento. Animação que rendeu até brincadeiras da artista. "Já já eu vou ai pro meio dançar também", disse rindo, pra depois de algumas canções emendar. "Vou tomar uma e vou descansar", avisou, antes de sentar um pouco, dando espaço pra banda continuar com a apresentação. Essas "paradas" de Selma foram constantes, devido a alguns problemas de saúde dela. Mas nada que tirasse da artista popular a vontade de fazer a cultura acontecer.

Maria da Paz, diretora do Pátio de São Pedro, comemorou a participação de dona Selma no polo junino instalado no local. "Para a gente foi o maior prazer do mundo ter um show de uma figura como Selma do Coco. Este ano, pela primeira vez na história da Festa da Lavedeira, dona Selma não se apresentou, mas veio pra cá cheia de energia", comentou Maria. "O Pátio sempre foi um berço da cultura popular e ter essa rainha aqui é algo indescritível", concluiu.

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Selma acabou o show sem cantar seu maior clássico, A Rolinha, que foi pedido incessantemente pela plateia. Insistência que deu certo. Mesmo cansada, ela voltou aos palcos e fez a festa do pessoal presente. "Esse São João tá bom demais. Tem muita gente trabalhando, polo em todo canto. É animação total aqui", disse dona Selma, com exclusividade ao LeiaJá. "Encerrei hoje o meu São João e infelizmente não me apresentei na minha terra natal (Vitória de Santo Antão). Só faço show agora lá pra o mês que vem, em Petrolina, se Deus quiser", revelou.

Por Marcus Fernandes

Uma das mais importantes festas populares, o São João é tema do 8º Seminário do Ciclo Junino, promovido Secretaria de Cultura do Recife. O evento acontece entre os dias 21 e 23 de maio no auditório do Centro de Artesanato, no Bairro do Recife.

Elementos como a música, a dança e a religiosidade são debatidos em mesas redondas com a participação de estudiosos da cultura popular. Entre os participantes está o coreógrafo Mika silva, um dos homenageados do São João do Recife 2013.

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Interessados em participar devem se inscrever na Casa 38 do Pátio de São Pedro, no Bairro de São José, de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h, até o dia 17 de maio. Mais informações pelos telefones (81) 3355 8046, 3355 8018 ou 3355 8048.

Programação

21 de maio

14h
Mesa de abertura
Leda Alves (secretária de Cultura do Recife), Roberto Lessa (presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife), Zélia Sales (gerente de Preservação do Patrimônio Imaterial da Secretaria de Cultura) e Albemar Araújo (ator, dramaturgo e especialista em Cultura Popular e Políticas Culturais)

15h
Mesa temática: Religião e Religiosidade
Albemar Araújo, Ubiracy Ferreira (coreógrafo, mestre e pesquisador da Cultura Popular)

22 de maio

14h
Mesa temática: O Canto e Dança do Ciclo Junino
Geraldo Vital (mestre em Música e professor do Conservatório Pernambucano) e Mika Silva (coreógrafo e pesquisador da cultura popular)

23 de maio

14h
Mesa Temática: A Festa.
Carmem Lélis (pesquisadora e historiadora) e Mário Ribeiro (pesquisador e historiador)

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