O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse em conversa com jornalistas encerrada na tarde desta segunda-feira que tem o apoio da presidenta Dilma Rousseff. "Ela tem me dado motivos para que eu me sinta firme e confortável", disse. Ele anunciou que o Ministério da Agricultura vai instaurar uma comissão de sindicância para apurar o que chamou de supostas irregularidades que foram apontadas pela revista Veja.
Na edição deste final de semana, a publicação denunciou que o lobista Júlio Fróes despachava dentro do Ministério. Segundo Rossi, essa comissão será conduzida pelo coordenador adjunto da Advocacia Geral da União, Hélio Saraiva Franca.
##RECOMENDA##O ministro disse que todos os servidores citados na reportagem serão ouvidos "com garantia de ampla defesa e o contraditório". Ele disse que se houver comprovação das irregularidades, o processo será encaminhado ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas da União. Na linha de defesa contra as denúncias, o ministro citou funcionários que seriam os responsáveis pelas informações repassadas à imprensa.
Um dos citados pelo ministro é Raimundo Nonato de Oliveira Santos, ex-procurador da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que teria advogado contra a própria companhia num processo movido pela Sociedade Produtora de Alimentos Manhuaçu (Span).