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O projeto de marco civil da internet, que definirá os direitos e deveres dos usuários e empresas na rede, deve ser enviado pelo governo ao Congresso na próxima semana, afirmou nesta terça-feira o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Segundo ele, o texto foi aprovado ontem pela presidente Dilma Rousseff, mas ainda passará por pequenos ajustes.

"Será praticamente a mesma redação feita após as consultas públicas realizadas pelo Ministério da Justiça", disse Bernardo. Segundo ele, os principais pontos foram preservados, como a garantia de tráfego para os pequenos provedores nas redes das grandes companhias, bem como as exigências de prazo para que os registros dos usuários sejam armazenados pelos provedores de acesso.

O vice-presidente Michel Temer oferece nesta terça-feira um jantar para a presidenta Dilma Rousseff, em nome do PMDB, no Palácio do Jaburu. O encontro vai reunir deputados, senadores e ministros do partido e é mais uma oportunidade de ajustar os canais com o PMDB, aparar as arestas e de aproximação com a presidenta, que está se movimentando mais, estreitando os laços com os partidos. A previsão é de que esta semana a presidenta Dilma permaneça em Brasília e mantenha contato com outros partidos aliados também.

São variadas as hipóteses surgidas por conta da “faxina” de Dilma. Alguns suspeitam de um possível impeachment da presidenta. Outros acreditam que a opinião pública apoiará Dilma. Existem os que sugerem a possibilidade de uma aliança entre Dilma e o PSDB. Estão presentes razões para o nascimento destas hipóteses. Contudo, a sugestão de hipóteses deve vir acompanhada da predição.

Ao contrário da economia, a Ciência Política brasileira sofre de déficit de capacidade preditiva. São raros os ensaios ou artigos preditivos construídos por politólogos. Os politólogos podem se afastar do “lugar comum” da Ciência Política, e desenvolver prognósticos. Ou análises com prognósticos. Existem ferramentas metodológicas na Ciência Política para tal empreitada.
Hoje, no Brasil, os prognósticos sobre o comportamento dos atores no contexto político são realizados, majoritariamente, por jornalistas. Alguns acertos são constatados. Entretanto, observo muitos erros.

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Por outro lado, é essencial para a construção de prognósticos, a leitura de textos de jornalistas como Merval Pereira, Vinicius Torres e Dora Kramer. Eles interpretam muito bem os eventos. E em alguns momentos, realizam prognósticos. Ressalto, ainda, que prognósticos são e só são realizados com o auxilio da informação.

As recentes notícias e análises advindas da imprensa sugerem que Dilma, em razão da sua “faxina”, poderá sofrer impeachment. A “faxina” não é e não será suficiente para o impedimento da presidenta. Outros fatos, os quais qualifico de cisnes negros, pois não são identificados facilmente, podem proporcionar o impeachment de Dilma. Porém, a presidenta sabe que não pode “ir tão além” em sua faxina. Portanto, a hipótese levantada, certamente, não encontrará comprovação.

A opinião pública apóia as ações de Dilma contra a corrupção. Inclusive, Dilma, em razão delas, se posicionará ao lado ou à frente de Lula. Dilma adquirirá autonomia em relação a Lula nos âmbitos da imagem e da capacidade caso continui a ter comportamento firme em relação à corrupção. Contudo, o apoio da opinião pública não será suficiente para ela realizar uma ampla e forte cruzada contra a corrupção.

Dilma não se aliará ao PSDB. Mas poderá romper com o PT caso não seja competitiva em 2014. É interessante para o PSDB apoiar Dilma neste instante, pois contribui para que a opinião pública veja o ex-presidente Lula de modo diferente – tolerante com a corrupção.

Recomendo aos analistas que diante da informação, prognósticos plausíveis sejam construídos.

Um servidor do Ministério do Planejamento que tuitou uma piada sobre a presidenta Dilma Rousseff foi exonerado nesta sexta (19). A demissão foi publicada hoje no Diário Oficial da União.

O post no Twitter @miniplan1 dizia que a presidenta seria a "nova garota-propaganda do Veja Limpeza Pesada", com um link para o site de humor "Sensacionalista", conhecido por suas notícias satíricas. O tuíte do servidor é um dos destaques na homepage do Sensacionalista nesta sexta – que exibe a imagem da "mancada".

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Segundo reportagem do jornal O Globo, a assessoria de imprensa do Ministério disse que a mensagem foi apagada do Twitter 10 minutos depois de ter sido publicada, e que o funcionário trabalhava na própria assessoria.

A presidente Dilma Rousseff procura a reconciliação com o PR, o partido mais atingido na recente "faxina" implementada na Esplanada dos Ministérios. Na semana em que a presidente se reuniu com os partidos aliados e o PR declarou independência, coube à ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, abrir a porta para promover a volta do partido à base. O convite, em nome do governo, ainda não foi aceito nem rejeitado pelo PR. A legenda quer um tempo de "maturação" antes de responder se voltará.

"Foi um gesto de valorização do partido. A partir desse convite, a discussão está aberta no PR, mas não há pressa para tomar decisão", afirmou o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), que se reuniu com a ministra por uma hora, ontem, junto com o deputado Luciano Castro (PR-RR), vice-líder do governo.

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A saída do PR da base foi anunciada na terça-feira em discurso do presidente da legenda no Senado, senador Alfredo Nascimento (AM), ex-ministro dos Transportes, que deixou o cargo na esteira das denúncias envolvendo a Pasta. Na quarta-feira, o PR na Câmara estreou na nova posição, votando contra a orientação do governo durante análise no plenário da medida provisória que muda a estrutura dos Correios.

Do total de 32 deputados do PR que participaram da sessão, apenas Luciano Castro (RR) votou com o governo. Houve uma abstenção na bancada e 30 votos contrários aos que pretendia o Palácio do Planalto, mostrando a unidade do partido. Essa votação foi lembrada pela ministra Ideli no encontro com os deputados do PR, hoje.

Portela lembrou a ministra que o partido tomou a decisão de sair da base e adotar uma linha de independência depois de várias conversas que levaram 45 dias. Agora, esse mesmo processo terá de se repetir para avaliar se o partido voltará ou não para a base. "A decisão é colegiada", disse o líder Portela.

O deputado Luciano Castro considerou a conversa com a ministra como uma reaproximação, sem, no entanto, haver nada concreto. Para contornar a insatisfação do PR, o deputado afirma que será necessário um amadurecimento maior como governo. "É um começo, mas não significa muita coisa hoje", disse. Castro reafirmou que a principal insatisfação do partido foi com ao tratamento dado ao partido no episódio do ministério dos Transportes.

"O governo de alguma forma tem de reparar isso e começa com a presidente chamando o partido para uma conversa", afirmou. No caso do ministério dos Transportes, a presidente Dilma atuou diretamente, demitindo os envolvidos em suposta corrupção, ao contrário do que ocorreu no Ministério da Agricultura, também atingido por denúncias de corrupção.

Ao lado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sem seu padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidenta Dilma Rousseff lançou nesta quarta-feira o Plano Brasil Sem Miséria na sede do governo do Estado de São Paulo, há 16 anos comandando pelo PSDB. O programa, que pretende ser a marca do governo Dilma e uma das principais metas da presidenta, unifica os cartões e a base de dados dos programas sociais do governo federal, o Bolsa Família, e dos programas dos governos estaduais do Sudeste - Renda Cidadã (São Paulo), Renda Melhor (Rio de Janeiro), Incluir (Espírito Santo) e Travessia (Minas Gerais).

Sem fazer nenhuma referência à crise política que seu governo enfrenta, com a queda de quatro ministros em sete meses de governo apenas e a ameaça dos partidos da base aliada de não votar nenhum projeto no Congresso enquanto as emendas parlamentares não forem liberadas, Dilma usou a seu favor o termo "faxina" - utilizado pela imprensa para se referir às denúncias de corrupção de membros de sua equipe.

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"Quero reafirmar a importância concreta e simbólica do pacto que firmamos hoje, semelhante ao pacto do mês passado, com os governadores do Nordeste e que faremos em breve no Norte, Sul e Centro-Oeste", afirmou Dilma, durante seu discurso. "É o Brasil inteiro fazendo, de fato, como usa a imprensa, a verdadeira faxina que esse País tem de fazer: a faxina contra a miséria. O Brasil inteiro em um grande abraço republicano, certos e conscientes de que nossa maior riqueza não é o petróleo, o minério ou a agricultura, mas 190 milhões de brasileiros."

Dilma disse que a miséria no País é resultado de muitos anos da falta de compromisso com a população, mas fez questão de citar os ex-presidentes FHC e Lula como pessoas que tiveram a coragem e a generosidade de encarar o desafio. Sentada ao lado de FHC, ela fez questão de agradecer a presença do ex-presidente.

"Esse problema só não é maior porque tivemos, nos últimos anos, um presidente capaz de levar 40 milhões de brasileiros para classe média, ou seja, uma Argentina. Essa é sem dúvida a herança bendita que o governo do presidente Lula me legou, entre tantas outras, mas é ao mesmo tempo nosso maior desafio, que é avançar ainda mais", afirmou. "O grande pacto republicano e pluripartidário que estamos firmando hoje é um pacto capaz de transformar a realidade social que vivemos. Por isso, queria também agradecer a presença do senhor presidente Fernando Henrique Cardoso, por esse seu gesto", disse.

Dilma elogiou também o engajamento dos governadores do Sudeste. "Quando olho para essa sala e vejo os governadores de São Paulo, do Rio, de Minas Gerais e do Espírito Santo sinto um engajamento pleno e sincero dos senhores nesse projeto e tenho certeza de que o plano começa como um plano vencedor", continuou.

Em relação à crise financeira internacional, a presidente enfatizou que o caminho mais seguro para o País enfrentá-la é o combate à pobreza e o fortalecimento do mercado interno. "O mundo vive hoje um momento de inquietude e perplexidade, mas, no meio de tantas interrogações, o Brasil já demonstrou que o caminho seguro para sair ou se proteger da crise é combater a crise mais crônica da história humana, que é a pobreza, e criar um mercado interno sólido, com recursos para enfrentar as turbulências que podem nos atingir. Sabemos que a ascensão social de milhões brasileiros fortaleceu nossa economia."

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi o que mais elogiou a iniciativa da presidente, de quem disse ter feito um acerto histórico ao reconhecer a importância da estabilidade econômica conquistada durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique e da unificação dos programas sociais em torno do Bolsa Família, durante o governo do ex-presidente Lula.

Também participaram da cerimônia os governadores Sergio Cabral (Rio de Janeiro), Antonio Anastasia (Minas Gerais) e Renato Casagrande (Espírito Santo); os ministros Edison Lobão (Minas e Energia), Carlos Lupi (Trabalho), Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Ideli Salvatti (Relações Institucionais), Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário) e Helena Chagas (Comunicação Social) e os senadores Marta Suplicy (PT-SP) e Eduardo Suplicy (PT-SP), o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Barros Munhoz (PSDB), o presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, além de prefeitos, deputados e outras autoridades.

Na era Lula, diversos integrantes do governo e o próprio presidente da República estimularam o controle da imprensa. Em nome da democratização dos órgãos de comunicação, atores sugeriram que a imprensa precisaria ser controlada, e, por consequência, democratizada. Ora, este raciocínio fere a lógica de uma criança de um ano.

O que é controlado, certamente não é democrático. Ou não sofre um processo de democratização. A ideia de integrantes do governo Lula era que o estado (logo ele?)tivesse papel ativo junto a imprensa – os órgãos de comunicação no Brasil são majoritariamente privados. O presidente Lula, inclusive, criou a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) – empresa estatal.

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Lula, apesar dos variados méritos do seu governo, errou ao insinuar que desejava controlar a imprensa. A imprensa precisa ser livre, principalmente em um país em que as instituições estatais dependem de incentivos para investigarem e fiscalizarem. É a imprensa que incentiva as instituições a agirem.

A denúncia do mensalão veio à tona em razão da imprensa. No governo Dilma, a imprensa “derrubou” Palocci, Alfredo Nascimento e Rossi. A presidente Dilma, de modo acertado, demitiu estes ministros em razão da pressão da imprensa. Jobim saiu do governo porque pediu para sair.

A “faxina” promovida por Dilma, apesar dela ficar restrita, infelizmente, a “sala”, foi provocada pela imprensa. Governos ficam ansiosos para saber o que as revistas semanais noticiarão no as sextas-feiras. Costumeiramente, nas eras FHC e Lula e agora no governo Dilma, a imprensa traz novidades no final de semana.

A imprensa contribui para desestabilizar governos. Contudo, é uma desestabilização necessária. Imaginem, se não existisse imprensa livre no Brasil? Ministros, mesmo acusados, não seriam demitidos.

No governo Dilma, a imprensa continua a contribuir para a desestabilização dos governos. Mas é uma “desestabilização positiva”, pois sem a imprensa a “faxina” sugerida por Dilma não começava.

Vocês sabem o que as revistas semanais trarão amanhã?

A presidenta Dilma iniciou desde meados de julho a “faxina” em seu governo. Os atores desta “faxina” são a presidenta e a Polícia Federal. Ambos estão dispostos em realizar uma grande “faxina” na República. Contudo, a “faxina” não chegará aos quartos, à cozinha e ao banheiro. A opinião pública reclamará dos “faxineiros”.

Qualquer presidente da República tem dificuldades de realizar “faxinas” por conta do presidencialismo de coalizão e do tamanho do estado brasileiro. Os partidos aliados ao governo desejam cargos, verbas, favores diversos. Os presidentes precisam atender as demandas, caso não, a coalizão é ameaçada.

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FHC e Lula souberam lidar com o Parlamento. Atenderam as bases, mas também impuseram limites. FHC foi audacioso na realização da “faxina”, pois realizou as privatizações. Estas diminuíram o tamanho do estado e a disponibilidade de cargos. As privatizações enfraqueceram o clientelismo e a corrupção.

Lula, no inicio do seu mandato, também mostrou audácia. Incentivou, através do ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos, as ações da Polícia Federal no combate à corrupção publica. Porém, no final do seu primeiro mandato, a disposição de Lula para o enfrentamento a corrupção diminuiu.

Ressalto, contudo, que Lula, FHC e Dilma não são os únicos responsáveis para o combate à corrupção. Em um Estado de Direito, as instituições coercitivas precisam ter autonomia em relação ao Poder Executivo. Sem esta autonomia, as instituições perdem funções e razões de existência.

O que adianta para a sociedade uma Polícia Federal sem independência? Faço semelhante pergunta para o Ministério Público e o Poder Judiciário. Portanto, antes dos presidentes, estas instituições devem enfrentar a corrupção pública.

FHC e Lula sabiam que não poderia estender a “faxina” para outras partes. Sugiro que leiam dois fantásticos livros: A arte da política, de FHC; E o Lulismo no poder, de Merval Pereira. Ambas as obras mostram que presidentes da República não têm condições de estender a “faxina” além da sala. Portanto, Dilma recuará em sua faxina, caso não, a estabilidade do seu governo será ameaçada.

O governo da presidente Dilma Rousseff tem avaliação positiva de 49,2% da população, segundo pesquisa feita pelo Instituto Sensus por encomenda da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Esta é a primeira avaliação do governo Dilma feita pela pesquisa CNT/Sensus. O levantamento divulgado hoje ouviu 2 mil pessoas no período de 7 a 12 de agosto.

De acordo com a pesquisa, a aprovação corresponde à média do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos primeiros anos de seu primeiro e segundo mandato. Em agosto de 2003, a aprovação de Lula era de 48,3%. Em junho de 2007, no primeiro ano do segundo mandato, esse índice era de 47,5%.

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Do total que avalia positivamente o governo Dilma, a gestão da petista é considerada ótima por apenas 10,1% dos entrevistados, enquanto 39,1% a consideram boa. O governo Dilma é considerado ruim ou péssimo por 9,3% da população, sendo que 37,1% o consideram regular.

Para mostrar rigor fiscal e impedir pressão por aumento de gastos, a presidente Dilma Rousseff vetou artigo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que previa reajuste acima da inflação a aposentados e pensionistas do INSS que recebem benefício com valor superior ao do salário mínimo.

Esse foi apenas um dos 32 artigos que a presidente retirou da LDO, atendendo recomendação da equipe econômica. Outros artigos vetados estabeleciam limites aos gastos públicos. "Não há como dimensionar previamente o montante de recursos a serem incluídos no projeto de Lei Orçamentária anual para 2012, uma vez que, até seu envio, a política (de reajuste) em questão poderá ainda não ter sido definida", justificou o Palácio do Planalto, ao vetar o artigo do INSS.

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Com o veto, os aposentados e pensionistas do INSS receberão a variação da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

A decisão, publicada ontem no Diário Oficial da União (DOU), foi aplaudida por alguns, pois segura o aumento dos gastos em um ano que promete ser mais difícil para o País por causa da crise em países ricos.

"Achei a decisão correta. Tem de preservar o poder de compra, mas não repassar ganho real. Não tem como sustentar isso no logo prazo", disse o economista Marcelo Caetano, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e especialista em previdência. Ele ressaltou que, num cenário de instabilidade econômica, a presidente Dilma precisa mostrar compromisso fiscal.

Sensibilidade

Para o senador Paulo Paim (PT-RS) e para o presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Warley Martins, o veto à negociação de um aumento real só demonstra a falta de sensibilidade política.

Martins frisou que foi pego de surpresa com a notícia. "Os aposentados estão de luto. Na LDO havia a previsão de negociação, mas não estava nada definido. Na era Collor, os caras pintadas iam para rua. Na era Dilma, será a vez dos caras enrugadas", disse o presidente da Cobap.

A LDO de 2011, formulada no ano eleitoral de 2010, também foi aprovada com um artigo que permitia a negociação de ganho real para os aposentados e pensionistas que recebem mais que um salário mínimo.

Na ocasião, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vetou o artigo, mas, apesar das pressões dos beneficiários do INSS, o reajuste dado foi de apenas 6,47% - a variação do INPC em 12 meses. Desde 1997, o governo tem garantido ao aposentado a correção do benefício pela inflação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) inaugurou na tarde desta segunda-feira uma série de discursos em apoio às ações da presidenta Dilma Rousseff no combate à corrupção. Simon, Cristovam Buarque (PDT-DF) e Ana Amélia (PP-RS) encabeçam uma frente pluripartidária de senadores que decidiu defender, publicamente, as iniciativas de Dilma contra a corrupção.

"Não é alinhamento automático, é apoio a ações de governo", definiu Ana Amélia. No final de seu pronunciamento, ela pediu à presidenta que "não ceda a pressões de grupos determinados e prossiga em sua decisões. Ela tem o tem o direito e dever de intervir em ministérios quando e sempre que considerar necessário", concluiu. Tanto Ana Amélia, quanto Simon e Cristovam assinaram requerimentos de comissões parlamentares de inquérito (CPIs) contra o governo Dilma. No caso, pedindo a investigação da evolução patrimonial do ex-chefe da Casa Civil Antonio Palocci.

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No entanto, esse grupo passou a defender a criação de uma frente suprapartidária em apoio a Dilma depois que partidos da base aliada ao governo ameaçaram retaliar a presidente devido à "faxina" contra a corrupção que ela deflagrou, começando pelo Ministério dos Transportes e, depois, atingindo o Ministério da Agricultura. Neste caso, entretanto, Dilma dá sinais de que preservará o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, do PMDB. Por esse motivo, o PR acusa a presidenta de "tratamento diferenciado", já que não poupou o ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, que havia sido indicado pelo PR para o cargo.

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) - que também assinou CPIs contra o governo - destacou que Dilma não precisa de uma base em defesa do governo, "mas em defesa do Brasil". E acrescentou: "quantas vezes a presidente tomar a iniciativa de apoiar a Controladoria-Geral da União, o Ministério da Justiça e a sua Polícia Federal, de apoiar todos os mecanismos de combate à corrupção, terá de nós integral apoio".

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), não estava presente à sessão e nem o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), um dos principais aliados do governo. Só o líder do PT, Humberto Costa (PE), estava no plenário da Casa.

Prognósticos eleitorais requerem a compreensão da conjuntura e a construção de cenários. De acordo com a Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal), a economia brasileira deve crescer em torno de 4%. A taxa de inflação, conforme especulações do mercado, tenderá a ficar fora da meta estipulada pelo Banco Central.

É necessário também considerar a conjuntura econômica dos Estados Unidos e da Comunidade Européia. Ambos enfrentam dificuldades nos âmbitos da dívida pública, oferta de emprego reduzido e baixo crescimento econômico. As situações econômicas dos Estados Unidos e da Comunidade Européia afetam o desempenho da economia brasileira.

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No âmbito político, a presidente Dilma sofre ameaças da sua ampla coalizão partidária. O Partido da República (PR), através do senador Alfredo Nascimento, já ameaçou rompimento com o governo. Em alguns instantes, a relação Dilma-PMDB revela-se conflitante. Por conta do corte de gastos anunciados no início do ano, parlamentares ameaçam não colaborar com Dilma no Parlamento – O ato de colaborar deve ser compreendido em diversos sentidos, inclusive no ato de evitar aberturas de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

É importante salientar, o papel fiscalizador da imprensa. São corriqueiros os casos de corrupção trazidos por ela. Estes fatos incentivam a oposição a agir, como também despertam a atenção da opinião pública.

Diante de fatos de corrupção, turbulências no Parlamento e conjuntura econômica desfavorável, a média de aprovação da administração do governo Dilma é de 48% (Datafolha). A média da confiança é de 69,5% (IBOPE). Ambos os percentuais sugerem que Dilma ainda está bem. Entretanto, as conjunturas política e econômica precisam melhorar. Caso não, ela não adentrará 2014 como favorita a reeleição.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje a faxina que vem sendo promovida pela presidente Dilma Rousseff nos ministérios dos Transportes e da Agricultura. Ressaltou que as mudanças na estrutura do governo federal valem "para qualquer partido" e "para qualquer aliado". "A presidente está apenas garantindo com que os órgãos de investigação trabalhem de modo correto", disse.

Ele afastou o risco de que essa reestruturação da máquina pública possa criar uma crise na base aliada. Segundo ele, a presidente tem uma boa relação com as siglas que a apoiam no Congresso. De acordo com ele, os partidos sabem "que ninguém pode ser colocado no governo federal no intuito de se apropriar do dinheiro público".

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"As pessoas se queixam agora como se queixavam de mim e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, porque é normal que a base aliada queira cada vez mais ser atendida". O ex-presidente pediu paciência e lembrou que a atual presidente está apenas há seis meses à frente do Palácio do Planalto. "O que é importante é que ela está fazendo um trabalho extraordinário", disse.

O ex-presidente participou hoje da 1ª Feira Literária de São Bernardo do Campo (SP), promovida no Pavilhão Vera Cruz. Na visita, tirou fotos, deu autógrafos e conversou com estudantes e professores. O ministro da Educação, Fernando Haddad, também presente ao evento, percorreu a Feira Literária no rastro do ex-presidente, o principal entusiasta de sua candidatura, em 2012, à Prefeitura de São Paulo.

Alvo de críticas de algumas alas petistas que veem nele falta de traquejo político, Haddad fez questão de acenar e ensaiou breves conversas com estudantes. O convite para comparecer à feira foi do prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, tido como principal tutor do ministro para a corrida eleitoral.

Reunião

O ministro Haddad foi o primeiro a chegar ao evento, onde em seguida, reuniu-se com o prefeito de São Bernardo. O ex-presidente Lula chegou logo depois e foi acompanhado por Haddad e Marinho em uma rápida passagem pela Feira Literária. No trajeto, o ministro foi abordado por um pequeno grupo de estudantes que reivindicava o estabelecimento pelo governo federal de uma vinculação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a área de Educação. No início, o ministro apenas acenou para o grupo de estudantes. Diante da insistência, aceitou um folheto e fez uma promessa: "Eu vou defender 11%!".

Lula e Haddad leram livros infantis para um grupo de 60 crianças, com idades entre 9 e 10 anos. A obra que ficou a cargo do ex-presidente foi a "Obax", de André Neves que conta a história de uma princesa africana. O ex-ministro leu "Asa de Papel", de Marcelo Xavier, que destaca a importância da leitura entre os jovens. Antes de começar a ler, o ex-presidente mostrou algumas figuras como a da árvore africana Baobá e das savanas, para facilitar o entendimento da história pelas crianças. Ao citar a savana africana, Lula a comparou com o cerrado brasileiro e aproveitou a oportunidade para ressaltar o crescimento da região Centro-Oeste, que segundo ele apresenta hoje a maior produtividade de grãos do Brasil.

A visita do pré-candidato do PT ao Grande ABC, berço político da sigla, faz parte da estratégia de Lula para arregimentar apoio de vereadores e prefeitos à candidatura de seu novo afilhado político. O lançamento do nome de Haddad ainda encontra resistência junto a lideranças do PT na cidade de São Paulo. Em especial junto a aliados da senadora Marta Suplicy, que se considera a candidata natural para a disputa municipal.

O ex-presidente tem atuado desde julho, no Instituto Cidadania, onde despacha atualmente para diminuir a rejeição ao ministro. O foco de ação de Lula tem sido lideranças políticas da Região Metropolitana de São Paulo e dirigentes críticos à defesa que ele faz ao nome de Haddad.

Preocupada com a rebelião na base aliada, a presidente Dilma Rousseff cobrou agilidade dos ministros no atendimento de deputados e senadores e na liberação de emendas parlamentares. Até o fim do mês o governo empenhará emendas para obras no valor de R$ 1 bilhão e na semana que vem sairão outros R$ 150 milhões da rubrica "restos a pagar".

"Nós precisamos governar", disse o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. "A recomendação é para que os ministros abram espaço na agenda e deem atenção aos parlamentares. Vamos fazer nosso papel de cultivar a relação."

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Carvalho participou da conversa entre Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na noite de quarta-feira, em São Paulo. Não quis, porém, comentar o teor da reunião, que também contou com a presença do ex-ministro Luiz Dulci.

A reportagem apurou que Lula aconselhou Dilma a não comprar briga com o PMDB do vice Michel Temer e a promover a "repactuação" com os aliados para evitar uma crise de governabilidade. Insatisfeitos com ações que passam pela operação da Polícia Federal no Ministério do Turismo, a faxina nos Transportes, o atraso nas nomeações e na liberação de recursos do Orçamento, governistas de vários partidos chegaram a obstruir votações de ontem na Câmara.

Dilma vai marcar nova rodada de conversa com o PMDB, injuriado depois da devassa no Ministério do Turismo, comandado pelo partido. A ação da PF resultou na prisão de 35 pessoas, entre elas o secretário executivo do ministério, Frederico Silva Costa, o ex-deputado Colbert Martins, do PMDB baiano, e o ex-presidente da Embratur Mário Moysés, que trabalhou com a senadora Marta Suplicy (PT-SP). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dia depois da ação da Polícia Federal no Ministério do Turismo, comandado pelo PMDB, a tentativa da presidenta Dilma Rousseff de se aproximar de seus aliados na Câmara não surtiu efeito e a crise com a base parlamentar chegou ao maior ponto de tensão nesses primeiros oito meses de governo. Menos de três horas depois de Dilma reunir o Conselho Político, chamar os ministros de competentes e distribuir afagos, os deputados da base começaram a fazer obstrução na Câmara e se negaram a votar qualquer proposta até a próxima semana.

O movimento de insatisfação com a presidenta e com o seu comando político é fortemente influenciado pelas "faxinas" promovidas em ministérios e pela demora na liberação de emendas dos parlamentares. A presidente, ao abrir a reunião do conselho convocado para discutir a crise econômica internacional, falou da necessidade de estreitar as relações com a base.

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Na linha de gentilezas, segundo participantes do encontro, Dilma disse aos líderes aliados que a liderança de um País como o Brasil é feita pela presidente da República, mas que ela tinha consciência de que tal liderança é exercida em conjunto com os agentes políticos.

O pico de insatisfação da base coincidiu com a divulgação do resultado de pesquisa de opinião apontando queda na popularidade da presidenta Dilma. "Ela já perdeu 6 pontos. Daqui a pouco, ficará mais afável com a base", comentou um aliado. Um petista reagiu de outro modo: disse estar preocupado com a possibilidade de a base aproveitar esse fato, se a queda continuar, para endurecer a relação com a presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), acusou o governo de "blindar" os principais protagonistas dos escândalos de corrupção na gestão da presidente Dilma Rousseff, bem como de "encenar uma faxina" que recua diante das "forças partidárias" que apoiam o Planalto no Congresso. Segundo o tucano, essa prática foi condenada pela população, que demonstrou sua insatisfação com o governo na pesquisa CNI/Ibope divulgada hoje.

"O governo Dilma até admite irregularidades, mas procura esconder os protagonistas essenciais. Isso se reflete na opinião pública, na queda de popularidade da presidente e do índice de aprovação do governo", afirmou o líder tucano. Segundo ele, esgotou o modelo de governo baseado no "promíscuo loteamento de cargos entre os partidos políticos" aliados. "Este modelo puxa pra baixo a qualidade da gestão administrativa e estimula a corrupção", arrematou.

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Os principais líderes tucanos reuniram-se nesta quarta para anunciar futuras ações diante das novas denúncias de corrupção. O PSDB vai encaminhar duas novas representações ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pedindo investigação das denúncias de corrupção no Ministério da Agricultura e no Ministério do Turismo. "Em que pese a Polícia Federal agir, a representação é uma convocação para a investigação do Judiciário", justificou Dias.

Os tucanos também protocolaram convites para que os principais personagens envolvidos nos escândalos prestem depoimentos no Senado. A oposição quer ouvir o ex-secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Milton Ortolan, o ex-diretor da Conab Oscar Jucá Neto e o lobista Júlio Fróes. Também quer convidar o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa, e o ex-presidente da Embratur Mário Moysés, ambos presos na Operação Voucher da Polícia Federal.

Além disso, o PSDB anunciou que apresentará, no final do mês, um projeto de lei propondo uma ampla reestruturação da administração pública, com o enxugamento de pastas e a fusão de órgãos públicos, a fim de reduzir os gastos com a máquina pública.

Por fim, os tucanos defendem a votação de quatro projetos de lei que estão prontos para serem incluídos na pauta do plenário da Câmara: proposta que dá prioridade para o julgamento de processos contra gestores públicos acusados de corrupção, outra que proíbe o sigilo de processos que tratam de crimes contra a administração pública e, por fim, projeto determinando ao Tribunal de Contas da União (TCU) que divulgue todas as compras públicas na internet.

A avaliação favorável em relação ao governo da presidente Dilma Rousseff recuou 8 pontos porcentuais em relação à última pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Ibope. O levantamento, divulgado hoje, mostra que 48% dos entrevistados consideram o governo ótimo ou bom. Esse número era 56% na sondagem anterior, realizada em março. O governo é considerado regular ou péssimo por 48% dos entrevistados, ante 32% na pesquisa de março.

O nível de aprovação pessoal de Dilma também caiu acentuadamente. Atualmente, 67% da população aprovam a presidente, ante 73% em março. A pesquisa revela ainda que 25% dos entrevistados desaprovam a presidente, ante 12% na sondagem anterior.

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A aprovação pessoal de Dilma é maior no Nordeste, com 70% dos entrevistados considerando a presidente boa ou ótima. O menor índice de aprovação está na Região Sul, onde o porcentual de ótimo ou bom para a presidente Dilma é de 61%. A pesquisa entrevistou 2.002 pessoas entre os dias 28 e 31 de julho.

A maioria dos entrevistados na pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Ibope considera ainda que o governo da presidente Dilma Rousseff tem sido igual ao de seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva, mas houve uma queda em relação a essa percepção. Na sondagem divulgada nesta quarta-feira, 57% manifestam essa opinião, ante 64% em março.

Em relação à condução da política de juros, 63% dos entrevistados a desaprovam. Em março, esse índice era de 43%. A pesquisa mostrou ainda que 56% dos consultados desaprovam a política de combate à inflação, ante um índice que era de 42% em março.

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As áreas com maior índice de reprovação do governo foram a saúde e a carga tributária, ambos desaprovadas por 69% dos consultados. Em março, saúde e impostos também figuravam como áreas de pior percepção junto à população, com 53% de desaprovação. A pesquisa entrevistou 2.002 pessoas entre 28 e 31 de julho.

Na era Lula, a Polícia Federal brasileira (PF) conquistou a opinião pública por conta da sua atuação. Funcionários públicos foram detidos. Esquemas de corrupção descobertos. A criminalidade organizada endógena, a qual tem origem no estado, foi enfrentada.

Entretanto, no Brasil, as ações das instituições coercitivas têm limites. E as ações da PF tiveram limites. Em pesquisa realizada em parceria com Jorge Zaverucha, comprovei esta assertiva. Em dado instante, na era Lula, a PF recuou no enfrentamento ao crime organizado endógeno.

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Diversas pesquisas de opinião, inclusive uma realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau em 2009, mostram que a Polícia Federal tem credibilidade e é admirada pela opinião pública. Saliento que Lula utilizou as ações da PF em sua retórica para angariar votos.

Presidentes da República são chefes da Polícia federal. Mas a Polícia Federal tem, supostamente, autonomia em relação ao presidente da República. No caso, o diretor-geral da PF não precisa avisar ao presidente sobre determinada operação ou prisão. Do mesmo modo, suspeito que delegados não precisam informar ao Diretor geral as investigações em andamento.

A PF, portanto, tem autonomia em relação ao presidente da República. E delegados têm parcial autonomia em relação aos diretores. Se assim for, a PF realiza investigações de modo autônomo. Portanto, a prisão de A ou de B não é comunicada previamente ao presidente da República.

As prisões realizadas pela Polícia Federal no ministério do Turismo mostram que Dilma não sabia de nada. Foi pega de surpresa – hipótese palatável. Se assim ocorreu, Dilma, mais uma vez, mostrou para a opinião pública que não tolera corrupção em seu governo. Embora, a intolerância tenha limites. Ou seja: alguns atos por parte de atores importantes serão tolerados.

As operações da PF ofertam atributos mercadológicos para Dilma. Por consequência, a sua imagem junto à opinião pública é construída. “Intolerância com a corrupção”, “Doa a quem doer”, “Não admito corrupção no meu governo”, “A Polícia Federal tem autonomia”, “Enfrentaremos os corruptores”.

As frases sugeridas poderão, aos poucos, ser utilizadas por Dilma. E com isto, conquistar eleitores. Dilma tem um oportunidade única para construir a sua marca junto ao eleitor. Qual seja: utilizar as ações da Polícia Federal como instrumento de marketing e consolidação da sua imagem junto à opinião pública.

O novo ministro da Defesa, Celso Amorim, disse nesta segunda que o Brasil não pode ser confundido com um país "desarmado e indefeso" e destacou que vai se empenhar para obter os recursos indispensáveis para o fortalecimento das Forças Armadas. O discurso foi feito durante a cerimônia de posse no Palácio do Planalto, que contou com a presença de ministros e comandantes das Forças Armadas.

"Cabe a mim empenhar e obter os recursos indispensáveis e equipamento adequado das Forças Armadas, conto para tanto com a compreensão dos colegas da área financeira", discursou Amorim, ressaltando que "de maneira serena", cabe a ele "mais ouvir do que falar". O ministro observou que, embora seja um País que vive em "paz" com os vizinhos, o Brasil não pode abrir mão da vigilância. "Somos detentores de riquezas, cabe ao Estado resguardar nossas extensas fronteiras. Além da defesa da população, devemos proteger nossos recursos naturais", disse Amorim.

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Amorim sucede a Nelson Jobim, que pediu demissão na última quinta-feira após a repercussão negativa de declarações à revista "Piauí". Jobim não compareceu à cerimônia no Planalto. "Há um descompasso entre a crescente influência internacional e a nossa capacidade de respaldá-la no plano da Defesa", disse. "Devemos reforçar a cooperação com países da região, pretendo atribuir ênfase e relacionamento de defesa com países africanos, juntamente com o Itamaraty, continuaremos a dar nossa contribuição", afirmou Amorim.

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