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Dilma Jane, de 88 anos, mãe da presidente da República, Dilma Rousseff, voltou a ser internada no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília. Hoje, pela manhã, a presidente visitou a mãe no hospital.

Segundo fontes do Planalto, a nova internação é de rotina e a presidente não deve adiar o embarque para Nova York, previsto para hoje à noite. Pela agenda oficial, a presidente chega a Nova York na madrugada deste domingo e terá, até quinta-feira à noite, uma agenda corrida onde se destaca a participação na 66ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Na quarta, seguindo a tradição, por ser a chefe de Estado do Brasil, Dilma fará o discurso de abertura da sessão da Assembleia da ONU.

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Na segunda-feira, a equipe médica do Planalto foi mobilizada para acompanhar de perto a saúde de Dilma Jane. A mãe da presidente foi internada no HFA para se recuperar de uma embolia pulmonar, sofrida no fim de semana passado. Permaneceu no hospital até quarta-feira.

O primeiro atendimento, ainda no Alvorada, foi feito pelo médico da Presidência, Cléber Ferreira. Ela foi medicada com anticoagulantes, recomendados para evitar formação de novos trombos e dissolver o que já foi detectado. Dilma Jane mora em Brasília com a presidente e com sua irmã, Arilda.

Desde o feriado de 7 de Setembro Dilma Jane vinha tossindo com frequência e sentindo fortes indisposições, que foram inicialmente atribuídas ao ar seco e ao clima que atinge há tempos a capital federal - onde não chove há pelo menos 100 dias. No domingo, diante da persistência do quadro, o médico foi chamado ao Alvorada e, na segunda, houve a decisão de interná-la para um acompanhamento mais de perto - a idade avançada impõe mais cuidados.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se reunirá na próxima semana com a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, às margens da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Dilma e Obama pretendem lançar uma iniciativa de "governo aberto", anunciou a Casa Branca nesta sexta-feira.

De acordo com Ben Rhodes, vice-diretor da área de comunicação estratégica do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, a iniciativa a ser lançada por Dilma e Obama depois de um breve encontro em Nova York abrange compromissos assumidos por Brasil e Estados Unidos para assegurar a transparência e a imputabilidade nas fileiras governamentais.

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A Casa Branca informou ainda que, durante sua estada em Nova York para a Assembleia Geral da ONU, Obama se reunirá também com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e com os primeiros-ministros da Grã-Bretanha e do Japão, David Cameron e Yoshihiko Noda, respectivamente. Na série de encontros com líderes estrangeiros, Obama pretende discutir política externa e a crise da dívida na zona euro, disse Rhodes.

Na próxima quarta-feira, quando discursar na ONU, Obama pretende usar sua intervenção para tratar das mudanças ocorridas na esteira dos levantes ocorridos no Oriente Médio e no norte da África em 2011, detalhou Rhodes.

Líbia

Obama também deve se reunir com o líder interino da Líbia, Mustafa Abdel Jalil, às margens da Assembleia Geral da ONU. O encontro com o líder do Conselho Nacional de Transição (CNT) ocorrerá no momento em que países ocidentais prometem apoiar os rebeldes líbios na reconstrução do país após a queda de Muamar Kadafi.

"O presidente terá a oportunidade de parabenizar o presidente Jalil pelo sucesso do povo líbio no encerramento do regime de Kadafi", afirmou Rhodes. "Ele poderá expressar o apoio dos Estados Unidos para uma transição na Líbia e discutir os planos (do CNT) para uma transição pós-Kadafi".

Obama vai então participar de uma reunião internacional e multilateral de alto nível sobre a Líbia, promovida pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, informou Rhodes. As informações são da Dow Jones.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afastou na noite desta quinta-feira (15) especulações a respeito de interesses políticos na aproximação entre ele e a presidente Dilma Rousseff. Segundo o governador, o diálogo com o governo federal é de interesse do Brasil, tendo em vista as parcerias para a finalização de obras importantes tanto para São Paulo quanto para outros Estados.

"Grandes projetos não são só de São Paulo. A hidrovia Tietê-Paraná, por exemplo. São Paulo veio sozinho investindo, mas ela serve também ao Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. Ela tem caráter nacional", afirmou, em evento, na capital paulista.

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Parlamentares tucanos e pré-candidatos do PSDB à Prefeitura de São Paulo, presentes ao mesmo evento, disseram ver com normalidade esta aproximação entre Dilma e Alckmin. Para eles, Dilma adota uma postura que deveria ser seguida por todos os presidentes. E é aí, na avaliação deles, que está uma diferença dela em comparação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira, disse que diferentemente de Lula, Dilma buscou o diálogo com os Estados governados por tucanos. "Lula fez política pela ruptura, acredita que o Brasil só começou quando ele virou presidente e que agora está tudo congelado esperando ele voltar." O parlamentar afirmou ainda que a bancada do partido na Casa também vê como positiva essa aproximação.

Já o secretário de Cultura do Estado de São Paulo, Andrea Matarazzo, afirmou que o saldo positivo da sincronia entre Dilma e Alckmin está na "convergência administrativa". "O que existe é um diálogo normal e saudável do governador do Estado e da presidente da República. Isso não descaracteriza o fato de o PSDB ser oposição e Dilma, situação", disse.

Os políticos tucanos estiveram na noite de hoje em uma livraria da região central da capital paulista para o lançamento do livro "A Ousadia que deu Certo", do deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB-SP), que é pré-candidato à sucessão do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, assim como Matarazzo. Para Tripoli, não há interesse político no diálogo aberto entre a presidente e o governador. "É apenas uma questão de gestão", disse. "Dilma e Alckmin são adversários, cada um em 2012 vai defender o seu partido. E, depois que a eleição passar, temos que entrar novamente num processo de gestão", concluiu.

O deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP), líder tucano na Câmara, afirmou nesta quarta-feira (14) que a demissão do ministro do Turismo, Pedro Novais, 35 dias após primeiras denúncias na Pasta, mostram "que a faxina (anunciada pela presidente Dilma Rousseff) é só de fachada e que se não houvesse uma nova denúncia hoje ele se manteria no cargo", afirmou. Nogueira considerou "inevitável" a queda de Novais, após as novas denúncias que apontam o uso de um servidor público como motorista de sua mulher. "Antes disso, foram 38 presos no ministério, inclusive o então vice-ministro", relembrou.

Para o parlamentar, a queda de Novais "mostra a fragilidade da presidente na escolha de seus ministros e a entrega dos Ministérios de porteira fechada, sem a cobrança de metas". Nogueira afirmou ainda que a oposição retomará, após a saída do ministro do Turismo, a coleta de assinaturas entre deputados e senadores para tentar instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Corrupção.

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Hoje, antes da queda de Novais, o PSDB entrou com representações no Ministério Público Federal e na Procuradoria Geral da República para apuração de crimes de peculato e improbidade do agora ex-ministro.

O Planalto ainda não anunciou oficialmente a demissão do ministro do Turismo, Pedro Novais, porque a presidente Dilma Rousseff espera a chegada do vice-presidente Michel Temer a Brasília, na tarde de hoje, para definir o substituto, que também sairá da cota do PMDB. Em uma conversa na manhã desta quarta, envolvendo o ministro Novais, as lideranças do PMDB e assessores da presidente Dilma Rousseff, ficou decidido: 1) o PMDB não mantém mais apoio à permanência de Novais na pasta; 2) o ministro entrega hoje à presidente Dilma Rousseff a carta de demissão.

Nos bastidores, as várias alas do PMDB já disputam a indicação. Padrinho de Novais, o deputado Henrique Eduardo Alves (RN), líder do PMDB na Câmara, tentará emplacar no Turismo o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI). Corre por fora o ex-deputado Geddel Vieira Lima, que é hoje um dos vice-presidentes da Caixa Econômica Federal (CEF) e foi ministro da Integração Nacional no governo Lula. O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Moreira Franco, também gostaria de mudar de cadeira.

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Novais caiu em desgraça por uma sucessão de escândalos. O primeiro deles foi noticiado pelo jornal O Estado de S. Paulo. Dias antes da posse como ministro, a reportagem revelou que Pedro Novais, então deputado federal, pediu ressarcimento de R$ 2.156 à Câmara por despesas em um motel de São Luís (MA). Novais incluiu a nota fiscal na prestação de contas da verba indenizatória.

No mês passado, o ministro teve seu nome envolvido em nova polêmica. O secretário executivo do ministério, Frederico Costa, foi preso durante a Operação Voucher, da PF, suspeito de liberação irregular de verbas públicas para a ONG Ibrasi. Costa pediu demissão.

Há também o caso do motorista da Câmara que servia à mulher de Novais e que só agravou a situação do ministro. A Folha de S. Paulo flagrou a mulher do ministro percorrendo as ruas da Capital para fazer compras, sempre conduzida, em um Vectra preto, pelo motorista da Câmara.

A presidente Dilma Rousseff disse hoje que ainda não se encontrou com o ministro do Turismo, Pedro Novais, e que, portanto, não ouviu as explicações dele sobre as últimas denúncias envolvendo seu nome. "Primeiro a gente pede as explicações cabíveis. Eu voltei de São Paulo e hoje nós vamos encaminhar isso, avaliar a situação e tomar as medidas cabíveis de forma muito tranquila", disse a presidente, antes de participar da abertura de seminário sobre gestão de compras governamentais em Brasília. Questionada se o ministro já havia dado as explicações a ela, disse: "Ele não me deu explicação, até porque eu não estava aqui".

Novais deve entregar ainda hoje à presidente Dilma a sua carta de demissão. Hoje pela manhã, lideranças do PMDB decidiram que o partido não mantém mais apoio à permanência de Novais na pasta. Desde que assumiu a pasta, em janeiro, o ministro virou foco constante de denúncias. Na última, publicada hoje pelo jornal "Folha de S.Paulo", o Planalto soube que o ministro usa um servidor da Câmara, Adão dos Santos Pereira, como motorista particular da mulher dele, a aposentada do serviço público Maria Helena de Melo.

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A presidente Dilma Rousseff voltou a defender hoje a importância da parceria entre o governo federal e o Estado de São Paulo, governado pelo tucano Geraldo Alckmin. Depois de assinar um convênio para a construção do Trecho Norte do Rodoanel, a presidente disse que o momento pelo qual o Brasil passa hoje exige que divergências políticas e pessoais sejam superadas. A presidente fez questão de citar que esse, na sua visão, é um dos legados do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sinalizou que as parcerias vão continuar.

Citando as parcerias do governo federal e estadual no Programa Minha Casa Minha Vida, Brasil Sem Miséria, Porto de Santos e aeroportos de Guarulhos e Viracopos, a presidente elogiou Alckmin, a quem chamou de "excepcional parceiro deste início de governo", e afirmou que essas práticas são uma "exigência" do País. "Não é mais possível que divergências pessoais e políticas sejam obstáculos para investimentos absolutamente imprescindíveis para o desenvolvimento do País", afirmou a presidente, aplaudida em discurso no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

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COVAS

Um dos maiores ícones da história do PSDB, o ex-governador Mario Covas, morto em 2001, foi citado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para ilustrar a parceria entre ele e a presidente Dilma. "Quando falo em seriedade, não falo em honestidade, vou mais longe do que isso. Falo em integridade, na capacidade que cada um tem de se conduzir de forma adequada em cada circunstância, em cada momento, fazendo com que a política seja colocada num plano superior a cada um dos políticos. Ao fazermos isso, nós certamente estamos contribuindo para a ética na política", disse Alckmin, esclarecendo que citava um trecho do discurso de Covas. Em seguida, opinou: "Acredito, presidenta Dilma, que é isso que estamos fazendo hoje aqui", sob aplausos dos presentes.

A aproximação entre Alckmin e Dilma é vista com reservas por setores do PT e do PSDB. Candidato derrotado à Presidência da República, o ex-governador de São Paulo José Serra também participou do evento de hoje no Palácio dos Bandeirantes, mas não discursou nem falou com a imprensa. Serra cumprimentou a presidente.

O segundo encontro em menos de um mês entre a presidente Dilma Rousseff e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não terá a bênção de um convidado ilustre: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Convidado pelo Palácio dos Bandeirantes para participar amanhã da assinatura do termo aditivo para construção do trecho norte do Rodoanel, Lula recusou o convite. Quando foi presidente, Lula autorizou o repasse de recursos para o projeto tucano.

O evento desta terça-feira deve reafirmar a boa relação entre o governador e a presidente. Além da assinatura do contrato para a construção do Rodoanel, Dilma e Alckmin estarão juntos em Araçatuba (no interior do Estado) para lançar a pedra fundamental do Estaleiro Rio Tietê.

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Reforma política

Embora tenha evitado os compromissos oficiais de governo para não "ofuscar" sua sucessora, nos bastidores da política o ex-presidente vem se mantendo ativo. Hoje, Lula se reuniu com líderes do PT em São Paulo para discutir o andamento da reforma política no Congresso. O encontro de uma hora e meia reuniu o relator do projeto na Câmara, o deputado federal Henrique Fontana (PT-RS), o líder da bancada petista Paulo Teixeira (SP), e os deputados Érika Kokay (PT-DF) e Ricardo Berzoini (SP). O secretário-geral do partido, Elói Pietá, o presidente da Fundação Perseu Abramo, Nilmário Miranda, e os diretores do Instituto Lula, Paulo Vannuchi e Luiz Dulci também participaram da reunião.

Na próxima sexta-feira, Lula vai se reunir com lideranças do PDT, PSB e PCdoB e deve conversar também com caciques do PMDB sobre o projeto. A proposta de reforma política em tramitação no Congresso deverá ser votada na comissão especial da Câmara dos Deputados no próximo dia 21.

A presidente Dilma Rousseff enviou neste sábado uma mensagem ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, por ocasião dos 10 anos dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. Na nota, a presidente expressa a solidariedade do povo e do governo do Brasil e pesar à nação norte-americana pela data.

"Creio que a maior homenagem que podemos prestar aos mais de três mil inocentes que pereceram naquela data é, tendo por inspiração a coragem exibida pelo povo dos EUA em face da tragédia, continuar a trabalhar, incessantemente, por um mundo de paz e desenvolvimento", diz a presidente, em nota veiculada pelo Blog do Planalto.

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Na mensagem, Dilma diz partilhar plenamente a visão de Obama, expressa em discurso na cidade do Cairo, de que "o extremismo violento deve ser combatido em todas as suas formas". O texto enumera que esse combate deve considerar, inclusive, a reconciliação entre o Ocidente e o mundo árabe, a eliminação do armamentismo nuclear, a afirmação da democracia, o respeito à liberdade religiosa e aos direitos humanos e da mulher, além da promoção do desenvolvimento econômico e da criação de oportunidades para todos "em um mundo de paz e cooperação".

Ao finalizar a mensagem, Dilma afirma que Obama pode contar com o Brasil na construção dessa ordem internacional mais pacífica e mais justa.

A Marcha Contra a Corrupção, convocada pelas redes sociais na internet, ofuscou o desfile comemorativo do 7 de Setembro, em Brasília, historicamente marcante por causa da participação do presidente da República e das Forças Armadas.

Cerca de 25 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, caminharam ontem por uma via da Esplanada dos Ministérios para protestar contra a série de escândalos que marcam a política contemporânea brasileira. No mesmo momento, a presidente Dilma Rousseff estreava, do outro lado da rua, no papel de primeira mulher presidente a comandar a cerimônia nacional do Dia da Pátria.

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A forte segurança do 7 de Setembro impediu o contato de integrantes da marcha com participantes do desfile oficial. O sucesso do protesto ocorreu uma semana após congresso do PT demonstrar que não apoia nenhum tipo de "faxina" anticorrupção no governo e de considerar que esses movimentos eram parte de uma "conspiração midiática" e uma forma de promover a "criminalização generalizada" da base aliada ao Planalto.

A marcha evitou as referências partidárias. Membros do PSOL tentaram levar bandeiras do partido, mas foram impedidos de seguir adiante com os adereços. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) ensaiou entrar na marcha, mas, advertido, preferiu apenas acompanhá-la discretamente.

Vestidos de preto, com narizes de palhaço, faixas e cartazes, os manifestantes criticaram a absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), na semana passada, o voto secreto no Congresso, os recentes escândalos de corrupção no governo e a manutenção do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no comando do Legislativo. Pediram até a destituição de Ricardo Teixeira da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Exigiram, ainda, a aplicação imediata da Lei da Ficha Limpa - que depende de julgamentos no Supremo Tribunal Federal (STF). Uma faixa vinculava o nome do ditador líbio Muamar Kadafi à política brasileira, lembrando que qualquer um pode se candidatar, independentemente da ficha criminal. "Kadafi, não importa o seu passado, no Brasil você pode ser deputado."

Em oito meses de gestão, Dilma foi obrigada a trocar Antonio Palocci, Alfredo Nascimento e Wagner Rossi por conta do envolvimento deles em suspeitas de corrupção na Esplanada.

O protesto começou tímido no Museu Nacional de Brasília, por volta de 9h, com 2 mil pessoas, mas foi engrossando com a adesão de quem foi ao desfile oficial. No fim, ao meio-dia, na Praça dos Três Poderes, a marcha chegou a 25 mil pessoas, segundo balanço da PM. A rede social Facebook foi a principal ferramenta de convocação, observou Luciana Kalil, 30, uma das organizadoras do protesto.

Ministros

Em um desfile rotineiro e de público reduzido, o 7 de Setembro em Brasília chamou a atenção mais pela presença de quase todos os ministros no palanque presidencial, prestigiando a estreia de Dilma Rousseff - primeira mulher presidente da República - no comando da comemoração nacional do Dia da Pátria. Pelo menos 32 ministros foram à festa, que teve um esquema de segurança reforçado por conta das manifestações contra a corrupção.

Dilma foi ao desfile acompanhada da filha Paula e do neto Gabriel, de um ano. Apesar da presença maciça dos ministros, foi notada a ausência do vice-presidente Michel Temer, que viajou para Natal. Também não compareceram à cerimônia os presidentes do Congresso, senador José Sarney, e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, que cobra do Executivo e do Congresso a aprovação de um reajuste salarial de quase 15% para o Judiciário. Ao contrário do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma não prestigiou a tradicional exibição da Esquadrilha da Fumaça. Assim que o último batalhão militar passou à frente do palanque presidencial, Dilma foi embora, sendo seguida pelos demais ministros. O neto Gabriel deixou o palanque às 10h05, depois de brincar muito com a avó e com a faixa presidencial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No primeiro desfile de 7 de setembro sob comando da primeira mulher a chegar à Presidência da República, Dilma Rousseff, foram notadas duas diferenças em relação aos últimos anos. A primeira mudança saltava aos olhos: o palanque presidencial reuniu quase todo o ministério do governo Dilma.

A segunda alteração foi a ausência do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), que foi passar o feriado em Natal. O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), também marcou presença.

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Os ministros ficaram na cidade para prestigiar o primeiro 7 de setembro da primeira mulher presidente. Ao todo, com meia hora de desfile, estavam no palanque pelo menos 32 ministros - o governo tem hoje 38 autoridades com status ministerial. No palanque, os ministros das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, e da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, ficam mais próximos da presidente por serem os dois ministérios mais antigos.

 

Confira a galeria de fotos.

A presidente Dilma Rousseff chegou pontualmente ao desfile de 7 de setembro, que começou às 9h. Dilma foi recebida na pista pelo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e pelo ministro da Defesa, Celso Amorim. Quando faltavam dez minutos para o início, ela passou em frente ao Palácio do Planalto, dirigindo-se ao palanque montado no Eixo Monumental.

Neste ano, foi reforçada a estrutura de segurança em volta do palanque presidencial, na pista do Eixo Monumental. A pista do eixo, bem em frente ao palanque onde vai ficar a presidente, os ministros e as demais autoridades, tem uma grande protetora que não permite a aproximação.

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Em alguns anos, artistas e atletas que participavam do desfile podiam, eventualmente, estender a mão ao presidente que, da beirada do palanque, cumprimentava quem ele queria. Hoje, a grade montada na pista afasta do palanque quem passa no desfile. Neste ano, também são mais altas as grades na lateral do palanque presidencial. Nos espaços reservados para a imprensa também há mais segurança e mais restrições à movimentação dos jornalistas.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reiterou hoje, na reunião de coordenação com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, que o Brasil está sólido e preparado para o enfrentamento da "preocupante" crise econômica internacional. Segundo fontes do Planalto, Mantega teria mencionado uma citação da diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, que em entrevista à revista alemã Der Spiegel disse que a economia global deve sofrer "uma desaceleração em espiral".

Sobre a agenda legislativa, o governo espera que o Senado aprecie o quanto antes o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), o projeto de lei do Super Simples e a medida provisória (MP) que trata de recursos para creches, que já passaram pela Câmara dos Deputados.

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Além de Mantega, da presidente Dilma Rousseff e do vice, Michel Temer, estavam presentes na reunião os ministros Gleisi Hoffman (Casa Civil), Helena Chagas (Comunicação Social), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), José Eduardo Cardozo (Justiça), Edison Lobão (Minas e Energia) e Miriam Belchior (Planejamento). Também participaram os líderes do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), e no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

O prefeito da cidade do Recife, João da Costa, e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, encontram-se, nesta segunda-feira (5), com a presidenta da República, Dilma Rousseff, e a ministra do planejamento, Mirian Belchior. Dentre os motivos do encontro, que será iniciado às 15h, no Palácio do Planalto, em Brasília, estão a discussão em torno da mobilidade no Estado e na capital, além das eleições do próximo ano. Alem dos dois gestores, a comitiva será acompanhada pelos secretários municipais Evelyne Labanca (Gestão e Planejamento) e Amir Schvartz (Especial da Copa), e a presidente da URB, Débora Mendes, e do coordenador do Instituto da Cidade Pelópidas Silveira, Milton Botler. 

A presidenta Dilma Rousseff participou nesta manhã de domingo, pela primeira vez desde que tomou posse, da cerimônia de troca da Bandeira Nacional realizada na Praça dos Três Poderes, em Brasília, como ocorre em todo primeiro fim de semana de cada mês. Segundo a assessoria da Presidência, a presença de Dilma deve-se às comemorações da Semana da Pátria.

Também estiveram presentes a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o ministro da Defesa, Celso Amorim, o ministro-chefe de Gabinete de Segurança Institucional, general José Elito, e o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. A filha da presidente, Paula Rousseff Araújo, e seu neto, Gabriel, também estiveram na cerimônia.

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Neste mês, coube à Marinha a organização do evento. Existe um rodízio entre as três forças militares na condução do ato. Da Praça dos Três Poderes, a presidente retorna para o Palácio da Alvorada, onde não tem agenda oficial hoje. As informações são da Agência Brasil.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou, durante o 4º Congresso Nacional do PT, que apoiará a candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014. "Oito meses de governo é muito pouco para quem vai governar esse País por oito anos", afirmou, dizendo-se "muito orgulhoso" de sua sucessora e pedindo à população tempo para que apareçam as realizações do governo Dilma.

Sobre os confrontos com aliados - que levou à saída do PR da base de apoio do governo - Lula citou as lideranças presentes de outros partidos, como o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, e o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral. E avisou a Dilma que ela não estará sozinha, apesar dos desentendimentos com alguns aliados: "Tenha certeza de uma coisa, Dilma, aqui neste palanque não tem mar revolto, não tem vendaval, não tem vulcão que você não possa vencer, conte conosco". Não havia liderança do PMDB - partido do vice-presidente, Michel Temer - presente no encontro.

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Lula se declarou favorável à realização de prévias partidárias. No entanto, destacou que defende que as prévias sejam realizadas ou não, "de acordo com a realidade política de cada região". Lula trabalha para que não haja prévias em São Paulo, onde ele deseja que o ministro da Educação, Fernando Haddad, seja o candidato à prefeitura. Por fim, Lula deu, publicamente, seu aval para que o partido aprove uma moção de desagravo ao ex-ministro José Dirceu.

O governo federal está disposto a negociar com os Estados para "repactuar" as dívidas que eles têm com a União. Foi o que afirmou hoje a presidente Dilma Rousseff, segundo a qual as mudanças transcorridas desde o refinanciamento dos débitos mobiliários dos Estados, a partir de 1998, exigem uma alteração no "perfil" dessas dívidas.

Quando a União assumiu as dívidas, os Estados se comprometeram a pagá-las em 30 anos, prorrogáveis por mais dez, com juros em torno de 7,5% ao ano e correção pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), mais uma amortização de 13% da receita líquida. Os governadores afirmam que, nesses termos, as dívidas são impagáveis e, além da renegociação, reivindicação a substituição do IGP-DI pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado pelo governo até para medir a inflação.

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Em encontro promovido há duas semanas em Belo Horizonte, secretários de Fazenda afirmaram que o estoque da dívida saltou de R$ 93,24 bilhões em 1998 para R$ 350,11 bilhões em 2010, um aumento de 275,5%, sendo que, neste período, os Estados desembolsaram R$ 135,21 milhões apenas com o serviço da dívida. Minas, por exemplo, desembolsa cerca de R$ 4 bilhões por ano apenas com o pagamento de juros.

Responsabilidade fiscal

 

"Quando foi feito esse processo das dívidas, o governo federal assumiu as dívidas dos Estados. E a partir daí fizeram um contrato e definiram uma taxa de juros e um prazo limite para pagamento. Agora, o Brasil mudou, a situação internacional mudou e também acredito que os Estados tiveram uma melhoria muito grande na sua atuação, (com) maior eficiência. Então, o que é importante: rever esses contratos", afirmou a presidente, em entrevista a duas rádios mineiras na base aérea da Pampulha, em Belo Horizonte.

Dilma salientou, porém, que não é possível renegociar inteiramente os contratos porque o governo federal "teria de ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal". "Mas é possível conseguir uma série de medidas e de alterações. Por exemplo, dar outro tratamento à taxa de juros. É possível mudar o perfil dessa dívida. Em alguns casos, inclusive renegociá-la", ressaltou a presidente.

Ela observou que o Planalto está fazendo uma "atuação" junto a instituições de fomento como o Banco Mundial e o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) para que eles emprestem recursos aos Estados, o que, segundo ela, facilitaria o pagamento. "Porque a dívida que o Banco Mundial oferece é à taxa de juros internacionais, que são muito baixas. Seria possível o Estado tomar esse dinheiro e refazer o seu perfil de dívida", avaliou.

A presidente Dilma Rousseff disse hoje que haverá necessidade de criação de um imposto para o financiamento da Saúde. Ela também afirmou que os recursos provenientes dessa fonte têm que ser destinados exclusivamente ao setor. Em entrevista à Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, Dilma declarou que se opôs à Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) porque os recursos arrecadados com o tributo eram "desviados", mas que há necessidade de uma fonte extra de recursos para custear gastos que terão os três níveis de governo com a possível aprovação da Emenda 29, que regulamenta os gastos do setor.

"Não há saúde sem médico. Estávamos formando menos médicos que dez anos atrás, proporcionalmente. Não sou a favor daquela CPMF, por conta de que ela foi desviada. Agora, entre esse fato e falar que não precisa, precisa sim", declarou a presidente. Dilma disse ainda que vai "lutar" para que os recursos cheguem ao seu destino. "Pessoas que melhoraram e que vão melhorar de vida vão querer o quê? Serviço público de qualidade. É função de um governo buscar isso com todas as suas forças. Vou trabalhar diariamente para garantir que aquele R$ 1 destinado a determinado lugar chegue naquele lugar. Vou lutar para isso."

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A presidenta Dilma Rousseff chega a Pernambuco na próxima terça-feira (30) por volta das 10h. Na programação no Estado, junto ao governador Eduardo Campos (PSB), está prevista a assinatura das obras que visam a proteger a população da Mata Sul pernambucana de enchentes. No período da tarde, Dilma se reunirá em Garanhuns com lideranças políticas da região. Em seguida o governador e a presidenta participam da aula inaugural do curso de Medicina na UPE de Garanhuns. A presidenta deve deixar Pernambuco por volta das 18h.

O primeiro compromisso de Dilma será em Cupira, cidade do Agreste pernambucano a 168 km do Recife. Eduardo Campos e a presidenta darão a Ordem de Serviço para a construção de duas barragens e assinarão o convênio do Programa de Financiamento de Contrapartida das Obras do PAC (CPACI). As barragens de Panelas II e Gatos fazem parte do Plano de Contenção de Enchentes do Governo do Estado e serão as primeiras a sair do papel. Juntas, vão custar R$ 65 milhões, dos quais R$ 50 milhões serão bancados pela União e o restante pelo Estado. Os convênios entre Estado e União para a construção dos dois reservatórios foram assinados em maio deste ano.

Já o Programa de Financiamento de Contrapartida das Obras do PAC será financiado pela Caixa Econômica Federal e prevê investimentos de R$ 300 milhões na construção de 15.622 unidades habitacionais espalhadas em 23 municípios do Agreste e da Zona da Mata pernambucana. O valor prevê gastos com obras de terraplenagem, acesso e infra estrutura dos condomínios, voltados para moradores atingidos pelas chuvas dos últimos anos.

Serão construídos 39 conjuntos habitacionais nos municípios de Agrestina, Água Preta, Altinho, Barra de Guabiraba, Barreiros, Belém de Maria, Bezerros Caetés, Catende, Correntes, Escada, Gameleira, Jaqueira, Joaquim Nabuco, Jurema, Maraial, Nazaré da Mata, Palmares, Primavera, São Benedito do Sul, Sirinhaém,Vicência e Xexéu.

A presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, aparece em terceiro lugar na lista das 100 mulheres mais poderosas do mundo, divulgada hoje pela revista Forbes. Entre as 100 mulheres, estão políticas, empresárias e personalidades da mídia e do entretenimento. A lista é encabeçada pela chanceler da Alemanha, Angela Merkel, de 57 anos, e em segundo lugar está a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, de 63 anos.

A presidenta brasileira, de 63 anos, é descrita como a primeira mulher a comandar a maior economia da América Latina. "Dilma Rousseff fez manchetes quando foi eleita para liderar a maior economia da América Latina em outubro de 2010, mas de muitas maneiras a eleição não foi uma surpresa. Como primeira chefe da Casa Civil sob o presidente reformista Luiz Inácio Lula da Silva em 2005, era amplamente esperado que ela o sucedesse. Foi a sua trajetória até o cargo que é marcante. Envolvida na política radical da América Latina, ela ficou presa por dois anos", diz o texto da Forbes.

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A revista erra no perfil quando afirma que a atual presidente foi ministra das Minas e Energia a partir de 2001. Na realidade, Dilma passou a ocupar o cargo em janeiro de 2003, após a eleição e posse de Lula: "Em 2001, quando foi indicada para o Ministério das Minas e Energia, Rousseff começou a alterar sua visão em direção a uma abordagem mais pragmática e capitalista", escreveu a Forbes. A modelo gaúcha Gisele Bündchen, de 31 anos, é a outra brasileira que aparece na lista, em 60º lugar.

A lista traz breves biografias de todas as 100 mulheres. A mais jovem é a cantora americana Lady Gaga (nascida Stefanie Germanotta), de 25 anos, que aparece em 11º lugar. Riqueza e carisma são apontados como motivos para Gaga estar na lista. A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, de 58 anos, aparece em 17º lugar.

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