Na apresentação de Eduardo Baptista como novo treinador do Sport, nesta quinta-feira (16), um assunto era impossível ficar de fora da coletiva de imprensa: a saída de seu pai, Nelsinho Baptista, que comandou o Leão no início do ano e saiu no fim de abril, detonando a direção rubro-negra e reclamando de salários atrasados.
Eduardo, no entanto, preferiu fugir da polêmica. “Eu sempre fui criado no livre arbítrio. Meu pai sempre deu as direções e deixou as decisões para a gente tomar. Ele participou da construção dessa equipe, conversei com ele algumas situações que penso em usar, conversamos bastante de parte tática. Referente ao clube, é o pensamento dele, eu respeito. Não tenho que falar se ele está certo ou errado. Aqui é um clube que me acolheu e, de novo, em um momento difícil, fui escolhido e sei que meu pai respeita todas as decisões que eu tomar, assim como eu respeito as dele", limitou-se a dizer.
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Como já comandou o primeiro treino, Eduardo já falou do time. “Minha dúvida, neste momento, é com relação aos volantes e qual a condição de Hernane. Não temos muito tempo, fizemos três treinos em um, só tinha hoje para montar equipe e vamos levar essa dúvida amanhã, passar atletas, trabalhar bola parada e seguir definido para encarar o Santos. Temos uma dúvida nos volantes, temos Neto, Ferreira, sei que posso contar com Gabriel, assisti os últimos cinco jogos inteiros. Marlone é atleta da minha confiança, nosso artilheiro, melhor assistente, vale o voto de confiança, atleta que tenho relação muito boa com ele", garantiu.
Durante a coletiva, o novo comandante também comentou outros assuntos. Confira os tópicos:
Saída em 2015
"Aquela saída foi meu erro, demorei para passar informação. Ela vazou e magoou diretores. Tenho carinho pelo Arnaldo, vivemos momentos intensos juntos, ele me ajudou, eu o ajudei, foram trocas. Não tive oportunidade de falar com ele e tenho muita vontade de conversar."
"Àqueles que talvez tenham mágoas, venho aqui de peito aberto. Eu era um treinador no início, a gente vivia um momento de muita pressão e acabou que achei que talvez minha saída melhorasse, como melhorou. Falcão chegou e deu continuidade. Não faria de novo, vejo que foi erro."
Saída de Anselmo
"Esse mesmo time já bateu no G4. Já ouvi falar que foi a saída de um jogador que mudou isso. Mas não acredito, não era um Pelé ou um Messi."
Retorno em 2018
"O Eduardo que volta hoje é diferente, mais maduro, mas a essência é a mesma. Vontade de buscar, necessidade de conseguir algo mais, saber que a gente não sabe tudo e vou morrer não sabendo. Um cara mais maduro do que há quatro anos. Não vejo o Sport como trampolim, vejo com a missão de acabar bem o ano.”