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O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, a ser votado daqui a cinco dias, vai propor a criação de uma pensão especial para órfãos de vítimas do novo coronavírus. O relator do colegiado, senador Renan Calheiros (MDB-AL), informou ainda que vai sugerir a aposentadoria por invalidez para pessoas que ficaram com sequelas graves em razão da doença.

A iniciativa da CPI se soma às discussões sobre o tema já em andamento no Congresso. Tramita na Câmara o projeto de lei 1305/21, de autoria do deputado Flávio Nogueira (PDT-PI), que obriga o Fundo Nacional de Assistência Social (Fnas) a pagar pensão individual e mensal no valor de um salário mínimo a órfãos da covid. Na estimativa da relatora do PL, deputada Dra. Soraya Manato (PSL-ES), há mais de 130 mil crianças no Brasil que perderam pai e/ou mãe ou algum cuidador por causa do coronavírus.

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Após uma semana sem atividades, na manhã desta sexta-feira, 15, os membros da comissão se reuniram remotamente e decidiram que o membro do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Nelson Mussolini, será o último nome a depor à CPI, na próxima segunda-feira, 18. Ele também é integrante da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

Antes de decidir pela oitiva de Mussolini, os senadores aprovaram quatro requerimentos para convocação de autoridades que participaram na quinta-feira, 7, de reunião da Conitec em que foi retirada de pauta a votação de um relatório que não recomenda o uso de "kit covid" no tratamento ambulatorial de pacientes.

No dia seguinte ao depoimento final, será feita a leitura do parecer do relator. A votação do documento está marcada para o dia seguinte, após a vista coletiva ao relatório. O formato do auxílio ainda está sendo desenhado pelos membros da comissão. Quando anunciou a proposta da pensão, Renan sugeriu o valor de um salário mínimo, que a partir do ano que vem passa a ser de R$ 1.192, "para os órfãos, cuja renda familiar não permita a sobrevivência até completar 21 anos de idade". Segundo o senador, a proposta é financeiramente "exequível".

De acordo com versão da proposta divulgada nesta sexta-feira pelo jornal O Globo, a pensão para órfãos seria paga a famílias que tenham ao menos uma criança ou adolescente cujo genitor tenha morrido em decorrência covid e não tenha contribuído para a Previdência Social. O beneficiário receberia R$ 1 mil por mês até completar 18 anos.

"É propósito desta CPI responsabilizar o Estado com um encaminhamento que seja responsável do ponto de vista fiscal e exequível nesta circunstância que nós estamos vivendo", disse Renan no último dia 6. Na sequência, o relator falou ainda sobre "incluir a covid na relação das doenças que pode ensejar, a partir de uma perícia, portanto, absolutamente responsável, a aposentadoria por invalidez."

Conforme revelou o Estadão em junho, o governo federal planejava criar um benefício especial para órfãos da covid-19 dentro da reformulação do programa Bolsa Família.

Em agosto, representantes do governo federal e do Ministério Público Federal fizeram sugestões para o aprimoramento do PL já em tramitação na Câmara. Entre as observações feitas durante reunião da Comissão de Seguridade Social e Família da Casa, as autoridades apontaram que o projeto não cria distinção entre órfãos de pais que eram trabalhadores protegidos pela Previdência Social, com dependentes igualmente protegidos, e entre aqueles em situação de vulnerabilidade social, o que poderia levar a uma sobreposição de benefícios no caso daqueles que já receberiam pensão previdenciária por morte dos pais. Outro ponto citado é que aproposta não limita a quantidade de pensões que podem ser acessadas por família.

Convocações

Na reunião desta manhã, além de Mussolini, foram aprovadas pela CPI as convocações de Carlos Eduardo Menezes de Rezende, representante da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); Elton da Silva Chaves, representante do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems); Luiz Claudio Lemos Correa, representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

As quatro autoridades fazem parte da Conitec, que teria sido pressionada por aliados do Planalto a adiar a análise do relatório, encomendado pelo governo, contrário ao uso do chamado "kit covid".

O vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que nem todos os convocados serão necessariamente ouvidos, já que o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), decidiu realizar apenas mais uma oitiva, no dia 18. "Não estou dizendo que propriamente nós vamos convocar todos eles", disse.

Originalmente, na próxima sessão, a CPI pretendia ouvir pela terceira vez o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, mas a cúpula da comissão desistiu da ideia e sugeriu ouvir na data o pneumologista Carlos Carvalho, coordenador da Conitec. No entanto, em reunião com senadores no último sábado, ele não garantiu que apresentaria à comissão o relatório supostamente retirado da pauta da reunião da Conitec. Por isso, Randolfe requereu a convocação de outros integrantes da Conitec, em substituição eventual a Carvalho.

"A impressão que tenho é de que o relatório que ele iria apresentar, no dizer do dr. Carlos Carvalho, como ele está ainda em reserva, ele não apresentará. Diante disso, que complementarmente nós apresentamos esses requerimentos de convocação dos membros da Conitec que participaram da dita reunião em que foi retirado de pauta a votação do protocolo de enfrentamento à pandemia", detalhou o vice-presidente da CPI da Covid.

As equipes que vão disputar a final da Libertadores 2021 foram decididas nesta semana. O Palmeiras se classificou sobre o Atlético Mineiro, na última terça-feira (28), e o Flamengo passou pelo Barcelona de Guayaquil, nesta quarta-feira (29). Com isso, essa será a 4ª final disputada entre equipes brasileiras. O LeiaJá preparou um conteúdo especial sobre a história de cada equipe finalista na competição internacional:

• Palmeiras

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O primeiro finalista percorreu um caminho difícil até a decisão. O verdão enfrentou o Universidad Católica nas oitavas de final; São Paulo nas quartas; e o Atlético Mineiro nas semifinais. Além disso, a equipe quebrou um tabu diante do São Paulo, o Palmeiras nunca se classificou sobre o rival em jogos de mata a mata na Libertadores.

O atual campeão da competição é o time brasileiro com mais participações (21), maior número de vitórias (116), mais gols marcados (390), mais jogos na competição (209), mais vitórias em casa (71) e mais vitórias como visitante (44) da Libertadores. O Palmeiras também empatou com o São Paulo em números de participações nas finais (6). No último confronto, a equipe de Abel Ferreira ampliou o recorde de invencibilidade fora de casa da competição, com 15 jogos sem perder como visitante.

Abel Ferreira é o 3° técnico europeu a conquistar a Libertadores e o primeiro a chegar em duas finais consecutivas. O técnico português é o 2° treinador com mais vitórias pelo clube na competição (13), empatado com Vanderlei Luxemburgo e atrás de Luiz Felipe Scolari (23). No atual elenco alviverde, apenas o atacante Willian e o lateral Marcos Rocha (que está fora da decisão pela soma de cartões amarelos) possuem duas Libertadores no currículo - Rocha venceu em 2011 pelo Atlético Mineiro, já o Willian conquistou pelo rival Corinthians, em 2012.

• Flamengo

O Flamengo teve um caminho menos complicado até a final. O 'malvadão' passou por Defensa y Justicia nas oitavas de final; Olímpia nas quartas; e o Barcelona de Guayaquil na semi. Além disso, a equipe está invicta na competição com nove vitórias e três empates.

A equipe rubro-negra vive seu melhor momento na libertadores, com a melhor sequência de vitórias, maior sequência invicta da história da libertadores (17 jogos), dois jogos sem sofrer gols e seis jogos consecutivos com gols marcados. Renato Gaúcho também faz história na competição, o técnico se isolou como o treinador com o maior número de vitórias na história da Libertadores, com 50.

Renato conhece a competição como poucos: o comandante é o único brasileiro a conquistar o título como jogador (1983) e treinador (2017), ambos pelo Grêmio. O técnico chegou a duas finais de Libertadores, uma com o Grêmio (2017) e outra com o Fluminense (2007) - o tricolor carioca perdeu a final para a LDU de Quito. Agora em sua 3ª final, o treinador tem em suas mãos uma das melhores equipes da história do Flamengo.

 Final

A final será disputada em Montevidéu, no Uruguai, em 27 de novembro, no Estádio Centenario, o horário da partida está em definição. O confronto é em jogo único, em caso de empate teremos prorrogação e pênaltis (se necessário). A última vitória do Verdão sobre o Flamengo foi em 2017, de lá para cá, tivemos cinco vitórias do Fla e quatro empates. O palco da decisão é o principal estádio do Uruguai e a casa da seleção celeste.

Maior clássico do futebol de São Paulo, o Derby Paulistano definirá o campeão brasileiro feminino de 2021. Neste domingo (12), às 21h (horário de Brasília), Palmeiras e Corinthians começam a decidir, no Allianz Parque, o título deste ano da Série A1 (primeira divisão). A partida de volta será domingo que vem (19), às 20h, na Neo Química Arena.

O duelo opõe os times que fizeram, desde a primeira fase, as melhores campanhas da competição. O Timão é a equipe que mais pontuou (50), venceu (16) e marcou gols (60), além de ser a defesa menos vazada (16). O Verdão é o segundo colocado de todas as estatísticas, com 46 pontos, 14 vitórias, 55 gols a favor e 17 sofridos. O duelo anterior entre os rivais terminou empatado em 1 a 1, no Parque São Jorge, com a lateral Bruna Calderan abrindo o marcador para as Palestrinas e a atacante alvinegra Vic Albuquerque deixando tudo igual.

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O embate envolve times com históricos diferentes na modalidade. O Corinthians teve o futebol feminino reativado há seis anos. Desde então, chega pela quinta vez à decisão do Brasileiro, com dois vices (2017 e 2019) e dois títulos (2018 e 2020). Neste período, o Timão também conquistou duas vezes a Libertadores (2017 e 2019) e o Campeonato Paulista (2019 e 2020).

A manutenção da base ao longo das campanhas é um dos trunfos do Alvinegro, que tem se mantido competitivo mesmo se perde alguma atleta. Após a Olimpíada de Tóquio (Japão), por exemplo, as atacantes Gabi Nunes e Giovana Crivelari deixaram o clube. Mesmo assim, o Corinthians venceu os quatro jogos que fez pelo mata-mata do Brasileiro com autoridade, marcando 16 gols (média de quatro por partida).

“Nós voltamos muito bem depois da Olimpíada. O Arthur [Elias, técnico] soube treinar bem as meninas no tempo que ficamos fora. O elenco estava com uma alegria grande. Então, quando voltamos e sentimos essa alegria das meninas, isso motivou ainda mais. Sabíamos que tínhamos mais coisas a construir nesse segundo semestre e estamos mostrando isso. Em todos os jogos desde o retorno [do Brasileiro], o Corinthians tem mostrando essa união e coletividade”, destacou a lateral corintiana Tamires, que esteve com a seleção brasileira em Tóquio.

O Palmeiras, que retomou a modalidade em 2019, modificou de forma significativa o elenco após estrear na elite do Brasileiro em 2020, quando chegou à semifinal, sendo eliminado justamente pelo Corinthians (a zagueira Rafaelle e a atacante Bia Zaneratto, emprestadas por clubes chineses, deixaram o Verdão após Tóquio). Entre as caras novas desta temporada estão três jogadoras que, no ano passado, bateram na trave na busca pelo título nacional: a lateral Bruna Calderan, a volante Júlia Bianchi e a meia Duda Santos. O trio foi vice-campeão pelo Avaí/Kindermann, fez parte do pacotão de reforços trazidos no início do ano e tem a chance da “revanche” contra as alvinegras, que as superaram na última decisão.

“As contratações surtiram efeito. A gente realmente chegou aqui e vestiu a camisa, honrando o que é ser Palmeiras. No ano passado, o elenco já era muito bom. Esse ano, acho que está um pouco mais forte e disputado. O entrosamento veio com os treinos, com as brincadeiras no vestiário. Todo mundo se uniu de verdade. Vimos que juntas poderíamos chegar longe. Esse grupo cresceu muito dentro e fora de campo”, enalteceu Duda Santos, em entrevista à Agência Brasil.

“No ano passado, fizemos uma competição muito boa [pelo Avaí/Kindermann], tínhamos um elenco maravilhoso. Acho que o grupo fez com que chegássemos à final. Esse ano, tivemos que conquistar o nosso espaço e mostrar porque merecíamos vestir esta camisa. Será uma final muito boa, dois bons jogos de serem assistidos. Confesso que estou um pouco mais ansiosa para essa final”, completou a meia alviverde.

O Brasileiro Feminino é organizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) desde 2013. De lá para cá, seis clubes diferentes ficaram com a taça. Com dois títulos, o Corinthians divide o posto de maior campeão com a Ferroviária (2014 e 2019). O Palmeiras busca entrar na lista de vencedores, que ainda tem Centro Olímpico (2013), Rio Preto (2015), Flamengo (2016) e Santos (2017).

As últimas regatas da classe 49er FX das categorias feminina e masculina, que estavam previstas para esta segunda-feira (2), foram adiadas por falta de vento em Enoshima, local das provas da vela nos Jogos de Tóquio, a 55km da capital japonesa.

Com isso, a "medal race", etapa que define a disputa de medalhas, será realizada na terça-feira, em horário a ser divulgado pelos organizadores do evento.

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Na categoria feminina, a dupla brasileira formada por Martine Grael e Kahena Kunze, ouro na Rio 2016, está na briga por um lugar no pódio.

Martine e Kahena estão na segunda posição geral, com 70 pontos perdidos, atrás das holandesas Annemiek Bekkering e Annette Duetz, que lideram pelo critério de desempate. Na terceira colocação estão Tina Lutz e Susann Beucke, da Alemanha.

A superestrela da ginástica americana Simone Biles, que não disputou quatro finais da ginástica dos Jogos Olímpicos de 2020, talvez volte a competir na terça-feira (3), na última final de sua modalidade em Tóquio, na trave de equilíbrio - disse sua companheira de equipe Mykayla Skinner neste domingo (1º).

"Não sei se está confirmado, ela vai decidir, mas parece que sim", respondeu Skinner à imprensa, ao ser questionada sobre a participação de Biles na final desta prova.

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"Ele está lidando com tudo melhor do que imaginava. Ri com a gente todos os dias, estimula a gente. Talvez seja diferente quando voltar para casa, mas, como está do nosso lado, provavelmente vai competir. Está tentando fazer isso para permanecer na competição", afirmou Skinner, depois de seu segundo lugar na final de salto.

Vencedora de cinco medalhas nos Jogos Rio-2016, quatro delas de ouro, Biles desistiu de quatro finais: final por equipes, salto, barras assimétricas e solo, onde, em geral, ofusca suas concorrentes.

Aos 24 anos, em sua segunda Olimpíada, Biles passa por um momento de perda de confiança, afetada por pressões e pelo fenômeno dos "Twisties", uma perda de referência espacial que a coloca em risco nas acrobacias.

Os brasileiros Alexsandro Melo e Samory Uiki não conseguiram se classificar neste sábado para a final do salto em distância nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

No Estádio Olímpico na capital japonesa, Samory queimou seu último salto, depois de alcançar 7.88m em sua primeira e melhor tentativa.

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Já Alexsandro Melo ficou abaixo, com 6.95m, insuficiente para se classificar já que a marca necessária era de 8.15m.

O cubano Juan Miguel Echevarría, um dos favoritos ao título, se classificou com a melhor marca: 8,50 metros.

A final do salto em distância masculino acontece na próxima segunda-feira (2).

Um dia depois de seu surpreendente abandono da competição por equipes, a superestrela americana da ginástica artística Simone Biles anunciou que não vai disputar a final do individual geral na quinta-feira (28), o que deixa em dúvida sua continuidade nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em que ela parecia destinada a reinar.

"Após uma avaliação médica adicional, Simone Biles se retirou da final do individual geral nos Jogos Olímpicos de Tóquio, com o objetivo de se concentrar em sua saúde mental", afirmou a Federação Americana de Ginástica no Twitter a respeito da disputa programada para quinta-feira.

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A americana também está classificada para as quatro finais de aparelhos.

A campeã, um ícone que vai além do esporte, desistiu da final por equipes na terça-feira (27) para não comprometer sua saúde mental. Ela citou "demônios na cabeça" e muita pressão para administrar pelas expectativas criadas a respeito de sua participação nos Jogos.

"Assim que eu piso no tablado, sou só eu e a minha cabeça, lidando com demônios em minha cabeça. Tenho que fazer o que é certo para mim e concentrar na minha saúde mental, e não prejudicar minha saúde e meu bem-estar, explicou a americana à imprensa na terça-feira.

Pouco antes, a ginasta de 24 anos desistiu de competir na final por equipe após passar pelo primeiro aparelho, a trave, onde ficou abaixo de seus padrões habituais, com nota de 13,766 pontos.

Biles deixou por alguns minutos o local de competição, antes de retornar com status de reserva para acompanhar o final da disputa por equipes, na qual a Rússia, que compete sob bandeira neutra devido à suspensão do país devido aos escândalos de doping que envolveram o Estado, conquistou o ouro, superando Estados Unidos (prata) e Grã-Bretanha (bronze).

Biles, capaz de movimentos extraordinários, incluindo quatro que levam seu nome, é considerada a melhor ginasta de todos os tempos.

A atleta de Ohio ainda pode participar nas quatro finais por aparelhos (salto, solo, trave e barras assimétricas) de 1 a 3 de agosto.

- 'Dar um passo atrás' -

Vencedora de cinco medalhas na Rio-2016, quatro de ouro, Biles explicou na terça-feira à imprensa que sua participação nas demais finais seria decidida dia a dia.

"Ela será examinada diariamente para determinar se disputará as provas individuais da próxima semana", confirmou a federação.

Desde que abandonou a prova por equipes na terça-feira, Biles recebeu várias mensagens de apoio, que vão além do mundo do esporte, incluindo da ex-primeira-dama Michelle Obama e da porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

"Apenas uma pequena recordação: os atletas olímpicos são humanos e estão fazendo o melhor que podem. É muito difícil estar no auge no momento certo e fazer a rotina de sua vida sob tanta pressão. É realmente muito difícil", escreveu no Twitter Aly Raisman, que integrou a equipe olímpica ao lado de Biles na Rio-2016.

Depois dos Jogos no Rio de Janeiro, Biles tirou um ano sabático. Ela revelou que estava entre as vítimas de agressão sexual do médico da equipe americana de ginástica Larry Nassar, atualmente preso, e se identifica como "uma sobrevivente".

Ela também denunciou publicamente a passividade das autoridades esportivas americanas. "Depois de tudo o que enfrentei com a federação, reencontrar o amor ao esporte e ser simplesmente Simone tem sido um longo caminho", afirmou recentemente.

Na terça-feira, entre momentos de lágrimas e sorrisos ao lado das colegas de equipe, ela declarou: "As coisas aconteceram assim. As meninas fizeram o que tinham que fazer. Tenho todo o apoio que precisava. No fim, você sabe o que é bom para você e, por isso, decidi dar um passo atrás".

Na reta final do Power Couple Brasil 5, o casal ragatanga não conseguiu conquistar o público e foi eliminado. No programa que foi ao ar nesta quarta-feira (21), Li Martins e JP Mantovani disputaram a última DR do reality, mas tiveram que se despedir da mansão ao receberem apenas 5,44% dos votos.

A ex-Rouge não ficou nada feliz com o resultado e ficou bastante chateada com o distanciamento repentino do casal fênix, que eram seus aliados no jogo.

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"Me senti usada. Foi muito triste ver que o dinheiro e o jogo foram colocados acima de uma amizade de 15 anos. Existe uma mágoa sim e é muito triste ver tudo isso", disparou Li.

Com isso, o confronto final fica entre Deborah Albuquerque, Bruno Salomão, Mari Matarazzo e Matheus Yurley. A partir de agora, os dois casais se enfrentarão cara a cara para concorrerem ao prêmio máximo. Lembrando que na próxima quinta-feira (22) todos os participantes da temporada vão retornar ao programa para uma atividade especial: debater situações mal resolvidas no reality. E na sexta-feira (23), vai rolar a revelação da dupla vencedora às 22h30min.

A última semana do Power Couple Brasil começou cheia de emoções. No programa que foi ao ar nesta segunda-feira (19), os quatro casais finalistas tiveram que se enfrentar na Prova Especial dos Casais para fugirem da DR.

Nas alturas, o objetivo era atravessar um circuito e encher o balde que cada um da dupla segurava. À medida que eles enchiam, um painel era revelado com o logo do novo reality da Record TV, A Ilha. Mari e Matheus não tiveram nem chance e desistiram da missão, já que o influenciador digital está com o ombro machucado. Com agilidade e equilíbrio, Li Martins e JP Mantovani completaram a atividade em menor tempo e foram o primeiro casal a conquistar a vaga na final.

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Por outro lado, as outras três duplas - Deborah Albuquerque e Bruno Salomão, Thiago Bertoldo e Geórgia Fröhlich, Mari Matarazzo e Matheus Yurley - foram direto para a berlinda. Na próxima terça-feira, dia 20, a dupla que não conquistar os votos do público será eliminado e a última DR da temporada será formada. Quem vai sair?

E quando tudo parecia estar bem, o clima pesou entre o casal fênix e os amigos Li e JP. Tudo rolou quando Deborah e Bruno ganharam um jantar durante a dinâmica e chamaram Geórgia e Thiago para acompanhá-los, deixando a ex-Rouge com ciúmes por não ter sido convidada.

"Senti que fomos jogados de escanteio. As coisas estão esquisitas", disparou JP.

"Quando eu estiver lá fora, vou assistir e ver se eles fizeram por você, tudo o que fizemos. O JP e eu viramos o foco da casa inteira por sua causa. O programa inteiro você falou que éramos sua prioridade e, de repente, mudou", argumentou Li.

"A Li foi muito dura comigo. Ela me odeia agora", lamentou Deborah.

Foto: Reprodução/Record TV

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Uma partida cheia de emoções marcou a final do Parazão. No domingo (23), o Paysandu chegou à Curuzu tendo que virar o placar de 4 a 2 conquistado pela Tuna no primeiro jogo. A Lusa poderia até perder por um gol de diferença que ficaria com o título. Porém, Gabriel Barbosa marcou três vezes, o Papão ganhou de 4 a 1 e levantou a taça de bicampeão paraense. Os outros gols da partida foram de Paulo Rangel, da Tuna, e Igor Goularte, do Paysandu.

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Talvez nem o torcedor bicolor mais otimista poderia imaginar a conquista do título estadual com tantas emoções. A missão do Paysandu, que já era difícil, ficou ainda mais quando aos 5 minutos Nicolas colocou a mão na bola dentro da área e o árbitro marcou pênalti para a Tuna. Paulo Rangel bateu no canto esquerdo do goleiro Victor Souza, que pulou para o outro lado, e abriu o placar para a Águia Guerreira. No placar agregado, os cruzmaltinos venciam por 5 a 2.

Mas o Papão não desanimou, foi pra cima. Marlon enfiou a bola para Igor Goularte que, perto da pequena área, chutou cruzado por baixo das pernas do goleiro Gabriel Bubniack e empatou a partida para os bicolore aos 14 minutos.

A Tuna mal chegava no ataque, só se defendeu a maior parte do tempo enquanto o Paysandu criava mais, mas errava na finalização. As coisas ficaram piores para a Lusa nos acréscimos do primeiro tempo, quando Neto faz falta em Marlon e recebe o segundo amarelo e foi expulso.

Aos 17 do segundo tempo, Gabriel Barbosa entrou no lugar de Igor Goularte para mudar a história do jogo. Dois minutos depois, logo na sua primeira participação, Gabriel recebeu a bola de Ary Moura na entrada da área, girou e mandou para o fundo da rede, virando o jogo. Paysandu 2 a 1.

Gabriel marcou o segundo dele na saída atrapalhada do goleiro Gabriel Bubniack. O atacante bicolor roubou a bola e chutou de fora da área para o gol livre. Paysandu 3 a 1, aos 30 minutos do segundo tempo.

De novo ele, Gabriel Barbosa recebeu dentro da área e na saída do goleiro deu um toquinho na bola, que tocou caprichosamente na trave antes de ir parar no fundo da rede, aos 34 do segundo tempo. Foi o terceiro gol de Gabriel na partida. Paysandu 4 a 1.

Uma confusão generalizada começou na Curuzu. Jogadores da Tuna foram em direção ao banco do Paysandu. Após tudo se acalmar, o árbitro expulsou Lukinha, da Tuna, e Paulinho, que estava no banco de reservas do Paysandu.

A Tuna ainda teve a chance de levar a decisão para os pênaltis, quando Jayme entrou na área e foi derrubado por Perema. Pênalti para a Águia aos 52 minutos do segundo tempo. Léo Rosa foi para a cobrança e mandou pra longe do gol a chance de título dos cruzmaltinos. Só deu tempo de Perema ser expulso na comemoração do pênalti perdido. Placar final: Paysandu 4 a 1 Tuna Luso. O Papão conquistou o seu 49º título estadual.

Números do Paysandu

Ao longo da competição o Paysandu mostrou um futebol inconsistente, provocando protestos dos torcedores e a demissão do técnico Itamar Schulle. Porém, os números do Papão no campeonato são bons. Em 14 jogos foram 8 vitórias, 4 empates e apenas 2 derrotas. Marcou 20 gols, o terceiro melhor ataque da competição, e terminou com uma das melhores defesas com 12 gols sofridos.

Com os 3 gols marcados na Curuzu, Gabriel Barbosa chegou aos 5 gols no Parazão e se igualou a Nicolas, que está há 10 partidas sem marcar. Porém, Gabriel chegou a essa marca com apenas 7 jogos.

Análise do jogo

Gabriel Barbosa, o nome da final, teve poucas oportunidades no Paysandu, geralmente começando como reserva e entrando durante as partidas. “Eu venho ganhando poucos minutos, mas que eu usei em prol de mim e da minha equipe, eles foram necessários para esses três gols. Isso aqui é uma família. Agradeço a todos que fizeram parte desse processo”, comentou o artilheiro bicolor.

“Queria agradecer a confiança da diretoria e esses atletas que se empenharam ao máximo. Compraram a idéia a semana toda. A nossa estratégia foi estimular, dar confiança e mostrar o peso dessa camisa. Camisa pesada. Torcida imensa. É uma nação que merecia esse título e estou muito feliz”, comentou o Wilton Bezerra, auxiliar técnico permanente que comandou o Paysandu na final.

O atacante da Tuna, Paulo Rangel, terminou o campeonato como artilheiro, com 8 gols. “Eu trabalhei bastante. Infelizmente não conseguimos o objetivo coletivo que era ser campeão, mas por conseguir esse objetivo individual estou muito grato aos meus companheiros e grato à Tuna pela oportunidade que me deu”, afirmou o artilheiro cruzmaltino que também lamentou a perda do título: “Fica um gosto amargo. Parabéns aos meus companheiros. Não conseguimos o título mas está todo mundo de parabéns”.

Ficha técnica

COMPETIÇÃO: Campeonato Paraense 2021 – Final – Jogo de volta.

DATA: 23/05/2021

JOGO: Paysandu x Tuna

LOCAL: Estádio Curuzu, Belém-PA.

ÁRBITRO: Marco José Soares de Almeida (CBF)

ASSISTENTES: Bárbara Roberta da Costa Loiola (FIFA) e Jhonathan Leone Lopes (CBF)

PAYSANDU: Victor Souza; Israel, Alisson, Perema e Bruno Collaço; Denilson (Robinho), Paulinho (Jhonnatan), Ratinho; Marlon (Ari Moura), Igor Goularte (Gabriel Barbosa) e Nicolas (Yan). Técnico: Wilton Bezerra.

TUNA: Gabriel; Léo Rosa, Dedé, Renan, Alexandre Pinho (Felipe); Arthur (Jayme), Kauê (Welington Pará), Lukinha; Neto, Fabinho (Pedrinho) e Paulo Rangel (Lineker). Técnico: Robson Melo.

CARTÕES AMARELOS: Nicolas, Ratinho, Gabriel Barbosa, Jhonnatan, Renan, Neto e Welington Pará

CARTÃO VERMELHO: Paulinho e Igor Goularte (no banco de reservas); Perema, Neto e Lukinha.

GOLS: Paulo Rangel 4’ 1T, Igor Goularte 15’ 1T, Gabriel Barbosa 19, 33 e 34’ 2T.

Por Bruno Chaves.

 

Depois de perder o Campeonato Pernambucano de 2021 ao ser derrotado nos pênaltis para o Náutico neste domingo (23), o treinador explicou as mudanças no time titular que gerou crítica nas redes sociais principalmente pela ausência de Mikael, artilheiro do time na competição e que marcou o empate. 

A mudança transformou Thiago Neves em um 'falso 9' e foi explicada por Louzer: "O Thiago já jogou como esse falso 9, a gente tinha a questão do Mikael que ficou um período sem treinar, um atleta que não ia aguentar de início e no jogo passado quando optamos pelo Tréllez a gente não encaixou nosso jogo. Era uma ideia de uma outra formatação, treinamos assim na semana, a semana fluiu muito bem e nós acreditávamos que na tarde de hoje com essa formatação de início teríamos equilíbrio de meio campo". 

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Entretanto, o equilíbrio não veio e o Sport foi incapaz de segurar o Náutico, ainda que no tempo normal o empate tenha sido mantido. O treinador obviamente lamentou a derrota, mas quer tirar proveitos disso pensando na série B e ainda enxerga o trabalho no caminho correto. 

"Toda perda de título é ruim. No tempo normal não perdemos o jogo, mas no somatório acabamos perdendo o título. É ruim, mas tem que servir para o crescimento, assim como nas vitórias falamos que não estaria tudo bem que precisávamos evoluir e crescer, melhorar em vários aspectos na adversidade não podemos achar terra arrasada", finalizou.

Ouça a entrevista do técnico do Sport:

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Apesar do domínio no campo, o Náutico não foi capaz de converter em gols as chances criadas na final do Campeonato Pernambucano que aconteceu neste domingo (23), nos Aflitos, contra o Sport. O 1x1 no tempo normal levou o duelo para a cobrança de grandes penalidades. Marquinhos perdeu a quarta cobrança e deixou para Kieza que decidir o título e por fim o tabu de 52 anos sem que o Náutico vencesse uma final sobre o Sport. Teve muita confusão após o apito final. Jogadores e comissão do Sport questionaram decisão do VAR que anulou defesa de Mailson por se adiantar na cobrança de Giovanny.

O jogo

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Diferente do primeiro jogo, o equilíbrio marcou o início do duelo decisivo. O Sport preencheu o meio campo e marcou as investidas do Timbu. No ataque porém o Leão também criava pouco. A primeira chance do duelo nasceu aos 18. Mailson afastou mal uma bola cruzada na área que sobrou para Kieza encher o pé, mas Maidana, bem colocado, ‘defendeu’ com a cabeça. Em seguida foi a vez do Sport chegar com Zé Welison em chute de fora da area defendido por Alex Alves. 

A partir daí o Náutico foi se mostrando mais à vontade com a bola, mas ainda criava pouco. Além de alguns perigos em escanteios cobrados por Jean Carlos, o Timbu ainda criou em chute de Vinícius, salvo por Mailson. Já o Leão, não voltou a obrigar o goleiro Alvirrubro a trabalhar e a primeira etapa terminou com empate.

O segundo tempo voltou com o Náutico mais dominante e um Sport se defendendo, assim como na primeira parte. Mas as chances reais de gol não existiram até os 25 minutos. Hereda cruzou na cabeça de Kieza que acertou o travessão, no rebote Jean Carlos finalizou e novamente Maidana salvou o Leão. 

Mas aos 32 minutos, uma saída errada de Marcão permitiu que o Náutico pegasse a defesa do Sport desmontada e o artilheiro da competição Kieza  não perdoou e levou os Alvirrubros ao delírio com o gol. O Leão respondeu com Thiago Lopes da intermediária e se lançou ao ataque. E o empate veio na pressão do Rubro-negro que achou o atacante Mikael para empatar tudo no fim do jogo e levando tudo para a cobrança de grande penalidade. 

VAR age nas penalidades

Quem abriu as batidas foi Jean Carlos que fez o seu. Depois veio Maidana para o Sport e também marcou. Vinicius também converteu sua cobrança para o Timbu, assim como o Rubro negro Mikael. Hereda quase perdeu, mas conseguiu manter o Alvirrubro na frente, mas Tréllez empatou novamente.

Giovanny que errou e teve seu pênalti repetido, acertou na segunda. O VAR chamou atenção ao fato de Mailson não ter ficado com um pé sobre a linha, como manda a regra. 

Marquinhos por sua vez errou sua cobrança e deixou a chance de título  nos pés de Kieza que marcou e pôs fim a escrita de 52 anos sem vencer o Sport em uma decisão. 

 Ficha de jogo

Competição:Campeonato Pernambucano

Local: Estádio dos Aflitos

Náutico: Alex Alves; Hereda, Camutanga (Ronaldo Alves), Wagner Leonardo, Bryan; Rhaldney (Marciel), Djavan (Matheus Trindade), Jean Carlos; Erick (Giovanny), Vinícius, Kieza. Téc. Hélio dos Anjos. 

Sport: Mailson, Patric, Adryelson, Maidana, Sander; Marcão (Tréllez), Júnior Tavares, Zé Welison (Thiago Lopes), Thiago Neves (Mikael). Neilton (Marquinhos) e Everaldo (Toró). Téc. Umberto Louzer

Gol: Kieza (NAU)

Arbitragem: Rodopho Thoski Marques (FIFA)

Cartão amarelo: Rhaldney, Bryan, Jean Carlos, Erick (NAU), Maidana, Tréllez, Marquinhos (SPO)

O técnico Umberto Louzer tem a chance de, neste domingo (23), escrever um novo capítulo em sua carreira que, apesar de curta, carrega títulos importantes. A Série B do Brasileiro 2020 pela Chapecoense é um deles. Hoje, porém, a atenção do treinador se volta ao Pernambucano, diante do Náutico, em uma decisão marcada por história.

O Náutico não vence o Sport em uma decisão há mais de 50 anos. Sem mencionar o tabu, o técnico do Leão preferiu dar destaque à forma como interpreta uma possível conquista com a camisa vermelha e preta: para Louzer, essa é a única maneira de os treinadores e atletas marcarem seus nomes em um clube de futebol.

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“É sempre bom conquistar (títulos), ainda mais para profissionais como a gente, que estão em início de carreira. Os olhares estão voltados àqueles que conquistam, então por isso que a gente trabalha com intensidade máxima. Que a gente consiga o máximo de conquistas dentro de um clube, porque é a única maneira de você marcar seu nome na história de um clube”, disse o treinador em entrevista a jornalistas.

A grande final do Campeonato Pernambucano começa daqui a pouco, às 16h. O confronto será realizado no Estádio dos Aflitos.

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Este domingo é especial para o futebol pernambucano. Náutico e Sport entram em campo, às 16h, em busca do título do Estadual. O palco, o Estádio dos Aflitos, não terá torcida presencial em razão da Covid-19, mas fora do reduto alvirrubro, uma massa vermelha e branca está sedenta pela taça, uma vez que há mais de 50 anos o Timbu não derrota o Leão em uma final. O confronto é, também, uma oportunidade para o técnico Hélio dos Anjos de enriquecer sua trajetória de conquistas.

A vibração de Hélio é uma de suas principais características. À beira do gramado, seus gritos empurram os atletas às vitórias e além das quatro linhas, o comandante do Náutico tenta escrever a história do Campeonato Pernambucano 2021, por meio de um enredo que poderá fazer o coração do técnico bater ainda mais forte. “Bate mais forte sim, porque não vou ter muitas outras oportunidades para ganhar títulos. Sou muito consciente, tenho 63 anos. Sou humilde nas ações, nas colocações, vamos enfrentar um grande adversário, mas não estamos temendo”, declarou Hélio, em entrevista à imprensa.

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Sonhar com o título, para o treinador do Náutico, é sinal de resistência. “No dia que parar de sonhar, eu paro de trabalhar no futebol. O meu lado emocional é calibrado lá em cima, eu vivo o Náutico”, disse o técnico, além de afirmar: “O meu psicológico é muito bom, é muito forte. Eu gosto da pressão, gosto de saber que estou sendo cobrado”.

No primeiro jogo da decisão, Sport e Náutico ficaram no placar de 1 a 1. Quem vencer hoje no tempo normal ostentará o título, mas caso dê empate, a final conhecerá seu campeão após decisão por pênaltis.

Considerado o torneio menos importante da temporada dos grandes clubes de São Paulo em função do nível técnico dos competidores, o Campeonato Paulista ganhou relevância e virou prioridade nas últimas semanas. São Paulo e Palmeiras decidem neste domingo o título estadual, às 16h, no Morumbi, depois de poupar seus titulares nos jogos da Libertadores, badalado torneio que garante vaga no Mundial de Clubes. Essa mudança de status do estadual em relação ao sul-americano era impensável anos atrás. O Paulistinha virou Paulistão.

Depois do empate por 0 a 0 no primeiro jogo da semifinal, no Allianz Parque, nova igualdade (por qualquer placar) levará a decisão para os pênaltis. O vencedor levará o título. Por ter feito a melhor campanha, o São Paulo leva a vantagem de fazer o segundo confronto em casa.

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Disputado em cerca de três meses, o Campeonato Paulista merece o grau aumentativo também em função de sua rentabilidade. Nesta semana, o Estadão mostrou que o campeão paulista vai receber R$ 33,5 milhões. Para faturar esse mesmo valor, Palmeiras e São Paulo teriam de chegar ao menos na semifinal da Libertadores, quando receberiam R$ 40 milhões. Ou chegar também à semifinal da Copa do Brasil.

Para o São Paulo, o torneio estadual se tornou a primeira oportunidade da temporada de encerrar o jejum de nove anos sem conquistas. Do lado alviverde, o bicampeonato seria uma resposta às críticas depois dos reveses na Supercopa do Brasil e na Recopa Sul-Americana e de uma campanha irregular na primeira fase. Por essas razões, a taça está longe de ser "menor".

O termo "Paulistinha" foi usado mais recentemente pelo presidente Maurício Galiotte, do Palmeiras, na decisão contra o Corinthians em 2018. O dirigente criticou a arbitragem por recuar depois de assinalar um pênalti de Ralf em Dudu por "interferência externa", segundo ele. O Corinthians se sagrou campeão. "Esqueçam o Paulistinha. O Palmeiras vai brigar por coisas grandes", disparou.

Para o técnico Hernán Crespo, a conquista é sinônimo de tranquilidade e respaldo para o restante da temporada. Vale o mesmo raciocínio para a diretoria, que tomou posse em janeiro. Foi por isso que o diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, usou a expressão "Copa do Mundo" para se referir ao torneio. Um troféu se tornou ainda mais urgente depois da campanha no Campeonato Brasileiro do ano passado. Depois de abrir sete pontos na liderança, o time do Morumbi perdeu um título que estava bem próximo.

Essa obsessão orientou o planejamento da comissão técnica desde o início do torneio. Nas fases agudas, ele ficou ainda mais evidente. Com o aval dos diretores, o time poupou os titulares nos dois últimos jogos da Libertadores (Rentistas e Racing). Hoje é o segundo colocado da chave. Tudo para que o time principal fosse preservado para os dois jogos da decisão.

Todos os cuidados tiveram êxito apenas relativo. O clube confirmou que a meia Martin Benítez sofreu um estiramento na coxa esquerda, praticamente descartando o argentino na segunda decisão. Já o lateral-direito Daniel Alves sofreu um trauma no joelho e será reavaliado. O clube vive ainda a expectativa pela volta de Luciano e Eder, que também se recuperam de lesão.

"Neste momento, qualquer coisa que eu fale aqui não quero que vire desculpa. Mas é um fato, o calendário é assim. Vamos jogar uma final no Morumbi, vamos ver como os atletas estarão. Sabemos da dificuldade, mas a situação é essa e convivemos com ela", afirmou Crespo após a partida desta quinta.

Para o Palmeiras, o torneio foi ganhando peso aos poucos. Depois que a Federação Paulista de Futebol negou o pedido de adiamento do jogo com o Corinthians, ainda na fase de classificação, o atual campeão passou a escalar um time B. Às vezes, até o C no torneio. A prioridade escancarada era a Libertadores.

Nas fases finais do estadual, a situação mudou. A escalação reserva passou a ser mais encorpada. Nas quartas de final diante do Bragantino, jogaram vários titulares - o gol da classificação foi marcado por Rony, destaque da temporada. Diante do Corinthians, na semifinal, a escalação foi a principal. Além disso, o técnico Abel Ferreira usou o time reserva na última partida da Libertadores, terça, no Allianz Parque - derrota por 4 a 3 para o Defensa y Justicia. Vale lembrar que o time já está classificado em primeiro lugar de sua chave.

Com um elenco recheado de opções, Abel deve repetir a escalação de quinta-feira. Ou pode optar pelo titular Matías Viña no lugar de Victor Luis na lateral-esquerda. "A história do jogo de quinta foi essa, no domingo pode ser outra. São jogos diferentes, basta ter um gol cedo no jogo que já vai ser diferente. Se não houver gols, será parecido", analisou João Martins, auxiliar de Abel Ferreira.

Um Náutico forte. Essa é a promessa do treinador Hélio dos Anjos para a decisão do Campeonato Pernambucano, no domingo (23), contra o Sport, nos Aflitos. O técnico ficou satisfeito com a semana de trabalho da equipe e está focado no duelo. 

"Primeiro que o Náutico está muito feliz em chegar a uma decisão e segundo que é uma grande oportunidade e vamos chegar bem depois de uma semana proveitosa. O que define uma semana de trabalho é o comportamento dos jogadores e eles estão conscientes da responsabilidade. Vamos chegar fortes, até porque o adversário merece respeito. Acima de tudo, tivemos um trabalho consistente e com dedicação dos atletas", garantiu.

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Hélio ainda chegou a dizer que estava ‘empolgado’ pela possibilidade de ser campeão e comentou que essa pode ser uma das últimas chances de conquistar um troféu.  "Porque na minha carreira não vou ter muitas outras oportunidades para ganhar títulos. Tenho consciência dos meus 64 anos. Estou empolgado, entusiasmado, mas também consciente e humilde das ações e colocações. Vamos enfrentar um grande adversário, que merece todo o respeito. Mas não tememos nada. Sabemos da nossa capacidade", afirmou.

Preparação

O comandante do Timbu ainda falou sobre a preparação para o confronto que, na ótica dele, foi melhor do que no primeiro jogo. Hélio explicou que, na semana do primeiro jogo, as chuvas obrigaram o time a fazer mudanças no cronograma de treinos, mas ele ressaltou que desta vez, foi diferente, e se mostrou satisfeito com o trabalho.

"Temos uma semana completa, todos os trabalhos ministrados, todos trabalhos elaborados feitos, uma motivação muito grande dos jogadores e não podia ser diferente, porque é privilégio você disputar um título. Estou muito feliz com a semana, muito feliz com o comportamento do clube como um todo para a decisão", completou o treinador.

O principal foco do técnico Umberto Louzer na preparação do Sport para a final contra o Náutico, no domingo (23), ficou bem claro durante a coletiva de imprensa concedida pelo treinador nesta sexta-feira (21). Louzer pede um time mais competitivo e mais intenso do que aquele que viu no último duelo entre os times. 

Mesmo que tenha sido dominado pelo adversário, o Sport se manteve vivo para o segundo jogo, após o empate em 1x1. "A expectativa é a melhor possível por se tratar de jogar uma final de competição, é um privilégio para nós profissionais, seja comissão, sejam atletas", disse o treinador.

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"É o último jogo do Campeonato, você não pode enxergar de outra maneira, tem que colocar tudo para fora ali dentro, lógico, com inteligência, com organização, para que você consiga potencializar suas capacidades. Competitividade e intensidade não pode faltar em um jogo decisivo", completou Louzer.

Sobre o Náutico

Sobre o adversário, o treinador rubro-negro não espera nenhum novidade. "Acredito que o Náutico venha com a mesma proposta, já falei em outras ocasiões, é uma equipe que tem um entrosamento, uma maneira de jogar bem definida pelo Hélio, uma equipe agressiva que ataca bastante", ressaltou. 

"Cabe a nós sabermos neutralizar esses pontos fortes do adversário, levar para campo uma intensidade e uma competitividade maior da que tivemos na jornada passada. E quando tivermos com a bola, levar para campo aquilo que nós trabalhamos ao longo da semana para que a gente consiga gerar desequilíbrio no sistema defensivo deles e chegar ao nosso gol", encerrou.

O Náutico informou que a sede do clube, no bairro dos Aflitos, estará fechada a partir das 20h de sábado (22), visando o jogo de domingo (23), contra o Sport, pela final do Campeonato Pernambucano. A decisão é para evitar aglomerações no dia do confronto. 

Apesar da sede ficar fechada, a loja TimbuShop permanecerá aberta, mas apenas a entrada feita pela avenida Rosa e Silva ficará disponível, no domingo, das 8h ao meio dia. A sede só voltará a ser aberta na segunda (24), às 6h.  

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O clube, que divulgou a informação por meio de uma nota, aproveitou para fazer um pedido aos torcedores e fez menção à alta taxa de internação e a falta de leitos de UTI no estado devido a Covid-19.

"Entendemos que o momento é de apoio por parte da torcida mais fiel do Nordeste, mas também é hora de permanecermos em casa, tendo em vista o agravamento da pandemia da Covid-19, com quase 100% dos leitos de UTI ocupados em Pernambuco. Seu apoio é fundamental, mas, o mais importante neste momento, é ficar em casa", dis o comunicado.

Casos

Pernambuco registrou nesta quinta, 20, 3.188 casos de infecção causadas pela Covid-19. Foi o terceiro dia seguido de alta com registros acima dos 3 mil. O estado também computou 65 óbitos.

Disputar a final do Campeonato Pernambucano tem 'um sabor especial' para o zagueiro Wagner Leonardo. Ainda que tenha sido um dos inscritos do Santos, na final da útlima Libertadores da América, o zagueiro jogou uma decisão como titular pela primeira vez, no último domingo, inclusive marcando o gol do Náutico.

Em boa fase, o jogador comemora a titularidade no Timbu. "Significa muito para minha carreira eu poder ganhar sequência, minutagem, jogos, ganhando experiência, ainda mais com essa camisa do Náutico, que é tão pesada. Está sendo de extrema importancia", declarou. 

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Domingo (23), nos Aflitos, sai o campeão estadual e Wagner pretende deixar o troféu por lá mesmo. "Nosso objetivo era fazer uma excelente campanha para ter a condição de decidir o título em casa. Já que temos essa possibilidade, vamos trabalhar para poder decidir da melhor maneira possível esse título", finalizou.

Estrear como titular e fazendo gol na final de um campeonato com certeza é algo presente no imaginário de alguns jogadores. E foi isso o que aconteceu com o atacante do Sport, Everaldo, que fez seu primeiro gol na decisão contra o Náutico no domingo.

E foi sobre esse momento particular que ele falou nesta quarta-feira (19). "Para mim, foi um sentimento muito bom, até porque foi meu primeiro jogo como titular e na final de campeonato, onde a gente não tava tão bem na partida", disse. 

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"Foi um gol de suma importância, que nos deu um pouco de tranquilidade para poder ir para o vestiário, ouvir o que o professor tinha para falar para tentar acertar o que estava errado. Para mim foi um gol muito grandioso. Desde a minha chegada aqui meu intuito sempre foi de poder fazer história no clube", completou.

O atacante ainda lembrou que chegou no clube já na fase final do estadual e contou que levantar uma taça pelo Sport é um sonho. "Um momento onde todo mundo sonha em poder jogar, que é nas fases finais. Todo mundo quer levantar títulos, quer ser campeão e graças a Deus pude chegar em um momento importante", encerrou.

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