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A Fórmula 1 confirmou nesta quarta-feira (19) que as dez equipes do grid atual assinaram o chamado Pacto da Concórdia. O novo acordo, que envolve a detentora dos direitos comerciais da categoria (a Liberty Media) e a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), terá validade entre 2021 e 2025.

Equipes mais antigas e tradicionais da F-1, Ferrari, Williams e McLaren anunciaram que tinham assinado o acordo na terça. Um dia depois, a categoria confirmou a assinatura das demais, incluindo a Mercedes, que foi uma das que mais resistiu ao novo Pacto por avaliar que seria prejudicada.

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O acordo tenta melhorar a distribuição das premiações da competição, de forma a equilibrar a disputa nas pistas. A Mercedes vem dominando a F-1 com facilidade nos últimos anos. A equipe venceu todos os campeonatos, tanto o Mundial de Pilotos quanto o Mundial de Construtores, desde 2014, com o alemão Nico Rosberg, em 2016, e com o inglês Lewis Hamilton nas demais temporadas.

A Mercedes chegou a ameaçar deixar a categoria em razão da insatisfação com os termos do novo acordo. O mesmo fez a Haas, que também acabou assinando o documento. O Pacto, contudo, não traz garantia total de que todas as equipes permanecerão na F-1 até 2025.

O Pacto da Concórdia é o principal acordo da Fórmula 1 e tem esse nome em referência à Praça da Concórdia, local onde fica a sede da FIA, em Paris. O Pacto sustenta a competição como ela é até hoje desde 1981. Trata-se de um grande acordo que une as três bases da categoria: as equipes, os detentores dos direitos comerciais e a FIA. Portanto, dá base para as regras esportivas e, principalmente, comerciais e sustenta todos os seus regulamentos.

"O acordo vai garantir um futuro sustentável de longo prazo para a Fórmula 1 e, combinado com as novas regras, anunciadas em outubro de 2019 e que terão efeito a partir de 2022, vai reduzir as disparidades econômicas entre os times na pista, ajudando a equilibrar a disputa, criando uma competição mais apertada na pista que todos os nossos fãs querem", declarou Chase Carey, CEO da F-1 e representante da Liberty Media na categoria.

Presidente da FIA, Jean Todt também celebrou a assinatura das dez equipes. "A conclusão do novo Pacto da Concórdia entre FIA, F-1 e as dez equipes atuais assegura um futuro estável para o Mundial. Ao longo dos 70 anos de história, a F-1 se desenvolveu em um ritmo impressionante, indo ao limite absoluto da segurança, da tecnologia e da competição. Hoje confirmamos o começo de um capítulo novo e empolgante dessa história. Diante dos desafios globais inéditos que enfrentamos, tenho orgulho da forma com que os acionistas da F-1 trabalharam nos últimos meses, pensando nos interesses do esporte e dos fãs para encontrar soluções sustentáveis e justas", declarou.

O brasileiro Ayrton Senna foi o piloto mais rápido das últimas quatro décadas da Fórmula 1, de acordo com estudo encomendado pela própria categoria e divulgado nesta terça-feira. Utilizando uma nova tecnologia, a pesquisa apontou o tricampeão à frente do alemão Michael Schumacher, dono de sete títulos da F-1. O inglês Lewis Hamilton, hexacampeão mundial, "completou o pódio".

Senna, falecido em acidente de corrida em 1994, superou Schumacher por pouco: apenas 0s114. Hamilton aparece a 0s275. O inglês é o atual campeão da F-1 e poderá alcançar o recorde de títulos do piloto alemão nesta temporada.

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A lista dos mais rápidos da história tem apenas dez integrantes. Após o Top 3, aparecem o holandês Max Verstappen, o espanhol Fernando Alonso, o alemão Nico Rosberg e o monegasco Charles Leclerc, na sétima posição. A lista tem ainda os pouco expressivos Heikki Kovalainen (8ª), da Finlândia, e o italiano Jarno Trulli (9ª). O alemão Sebastian Vettel, tetracampeão mundial, finaliza a lista.

Curiosamente, a relação dos mais velozes não traz nomes consagrados na história da F-1, como o francês Alain Prost, o brasileiro Nelson Piquet, os britânicos Nigel Mansell, Damon Hill e Jenson Button e os finlandeses Mika Hakkinen e Kimi Raikkonen. Todos conquistaram títulos na categoria.

A pesquisa foi realizada pela Amazon Web Services (AWS), a pedido da F-1. O estudo comparou pilotos de diferentes idades e épocas, a partir de dados de 1983 até os dias atuais. A AWS utilizou a tecnologia "machine learning", algo semelhante à inteligência artificial, com base nos tempos obtidos nos treinos classificatórios, que são as sessões onde os pilotos exigem as maiores velocidades ao longo de um fim de semana de GP.

No estudo, os pesquisadores criaram o algoritmo chamado "Fastest Driver" para padronizar os carros e a equipes de todos os pilotos, de forma a poder analisar somente a performance individual do atleta na pista.

"Tem sido muito empolgante trabalhar neste projeto, retirando o homem da máquina e olhando para uma riqueza de dados de cada piloto ao longo da história. Com a ajuda da AWS, fomos capazes de abordar algo que tem sido solicitado por muitos anos: classificar os pilotos por um atributo bruto de velocidade pura em uma volta voadora, atravessando os anos, independente da qualidade do carro", disse Dean Locke, diretor de mídia da F-1.

Diretora do Amazon Machine Learning Solutions Lab, Priya Ponnapalli disse que a tecnologia poderia responder a diversas disputas polêmicas na história da F-1. "Com o machine learning, há várias oportunidades de aplicar a tecnologia para responder a problemas complexos e, neste caso, esperamos ajudar a resolver disputas antigas com os fãs usando dados para basear decisões", declarou.

Lewis Hamilton não se cansa de quebrar recordes na Fórmula 1. A vitória sem sustos no GP da Espanha, neste domingo, levou o britânico ao pódio de número 156 na carreira, superando a marca anterior construída pelo alemão Michael Schumacher.

Questionado sobre a façanha, o piloto da Mercedes fez questão de citar ainda o brasileiro Ayrton Senna, seu principal ídolo no esporte, e também o argentino Juan Manuel Fangio, primeiro grande campeão da categoria, nos anos 1950.

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"Todos nós pilotos crescemos vendo Michael e sonhando em um dia estar aqui. Isso é muito além do que eu sonhei quando criança. Sempre me sinto humildemente muito honrado por ser mencionado ao lado de pilotos como ele, Ayrton e Fangio", declarou o hexacampeão.

Com o triunfo no Circuito da Catalunha, Hamilton chegou à 88ª vitória na categoria e está a três de igualar mais um recorde, também pertencente a Schumacher. Ao deixar o cockpit, o britânico dedicou o histórico resultado à equipe, à família e aos torcedores.

"Espero que a família Hamilton também esteja orgulhosa hoje. Quero agradecer a todos da minha equipe e saudar aos que assistiram a corrida em suas casas durante esses tempos difíceis. Continuem em segurança e usando essas máscaras", declarou.

Ao contrário do que havia acontecido no GP dos 70º Aniversário da Fórmula 1, em Silverstone (Inglaterra), a Mercedes não voltou a enfrentar problemas graves com a duração dos pneus macios, mesmo sob calor na Catalunha.

"Houve um incrível esforço da equipe, pelo qual estou muito grato. Não esperava esse bom desempenho dos pneus. E a nossa estratégia foi perfeita. A gestão foi muito boa, houve um entendimento sobre o que havia acontecido na semana passada, e isso nos permitiu fazer o que fizemos hoje. Estou muito orgulhoso e totalmente motivado", elogiou Hamilton.

VERSTAPPEN - O bom desempenho da Mercedes não foi suficiente para Valterri Bottas defender a segunda colocação no grid. O finlandês foi ultrapassado na largada por Max Verstappen (Red Bull) e não conseguiu recuperar a segunda colocação na pista e nem no campeonato.

"Assim que Lewis começou a forçar, não consegui manter o ritmo e ele simplesmente foi embora. A partir daí, busquei a estratégia mais rápida para ficar à frente de Valtteri. Dividimos as Mercedes novamente e estou muito feliz por isso, embora ache que não haja muito mais o que eu possa fazer no momento", declarou o holandês.

Com o resultado final na Espanha, Lewis Hamilton lidera a temporada com 132 pontos, seguido por Verstappen (95) e Bottas (89). "Para mim, o momento chave foi a largada. Depois, foi complicado. Todos sabem o quão difícil é ultrapassar aqui. Não estou muito seguro sobre o que aconteceu, mas Lewis largou bem e os caras atrás de mim pegaram o vácuo", lamentou o finlandês.

Lewis Hamilton voltou a triunfar na Fórmula 1 com uma performance praticamente impecável. Na liderança durante toda a prova, o britânico conseguiu segurar Max Verstappen, sua principal ameaça, controlando a diferença entre os dois com muita tranquilidade para vencer o GP da Espanha neste domingo. O holandês terminou em segundo, à frente de Valtteri Bottas.

Ao vencer a quarta corrida em seis disputadas nesta temporada, Hamilton ampliou a vantagem na liderança do Mundial de Pilotos para 37 pontos em relação a Verstappen, segundo colocado, à frente de Bottas, o terceiro. Em Barcelona, o britânico da Mercedes triunfou pela quinta vez, sendo quatro de forma consecutiva, e é o maior vencedor da pista.

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O hexacampeão mundial conquistou a 88ª vitória na Fórmula 1 e está a três de igualar o recordista Michael Schumacher. Em relação ao número de pódios, o britânico já superou o alemão. Ele subiu ao pódio pela 156ª vez na categoria e ultrapassou o ex-piloto da Ferrari.

"Estou muito feliz. Fomos muito bem na pista e acertamos a estratégia", celebrou Hamilton, para na sequência dar um recado aos fãs em relação aos cuidados contra o coronavírus. "Gostaria de agradecer a todos na fábrica e dizer olá para quem estiver vendo de casa nesses tempos difíceis. Mantenham-se seguros e continuem usando máscaras", acrescentou.

Max Verstappen se consolidou como principal ameaça da Mercedes neste ano, senão a única. Depois de vencer a última prova em Silverstone, o holandês fez uma boa corrida em Barcelona desde o início. Na largada, o piloto da Red Bull ultrapassou Bottas e conseguiu manter a segunda posição até o fim. O finlandês da Mercedes completou o pódio e levou um ponto extra pela volta mais rápida.

A Racing Point colocou seus dois pilotos entre os cinco primeiros. O mexicano Sergio Pérez, que voltou a correr depois de duas provas fora por ter testado positivo para o coronavírus, cruzou a linha de chegada em quarto, mas foi punido por não respeitar bandeiras azuis e terminou atrás do canadense Lance Stroll, seu companheiro de equipe.

O espanhol Carlos Sainz Jr., da McLaren foi o sexto colocado, seguido por Sebastian Vettel, que mostrou evolução em relação às últimas corridas e finalizou em sétimo, voltando a marcar pontos após duas corridas. Já seu companheiro de Ferrari Charlec Leclerc foi o único a abandonar a prova. O monegasco rodou após o motor cortar de repente na chicane.

O tailandês Alexander Albon, da Red Bull, chegou em oitavo, à frente do francês Pierre Gasly, da AlphaTauri. O jovem britânico Lando Norris, da McLaren, completou o top 10.

Depois de corridas em três finais de semana seguidos, a Fórmula 1 dá uma pausa e retorna daqui a duas semanas para a disputa do GP da Bélgica, em Spa-Francorchamps, a sétima etapa da temporada.

Confira a classificação do GP da Espanha:

1°) Lewis Hamilton (ING/Mercedes), em 1h31min45s27

2º) Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 24s177

3º) Valtteri Bottas (FIN/Mercedes), a 44s752

4º) Lance Stroll (CAN/Racing Point), a uma volta

5º) Sergio Perez (MEX/Racing Point), a uma volta

6º) Carlos Sainz Jr. (ESP/McLaren), a uma volta

7º) Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), a uma volta

8º) Alexander Albon (TAI/Red Bull), a uma volta

9º) Pierre Gasly (FRA/Alphatauri), a uma volta

10º) Lando Norris (ING/McLaren), a uma volta

11º) Daniel Ricciardo (AUS/Renault), a uma volta

12º) Daniil Kvyat (RUS/Alphatauri), a uma volta

13º) Esteban Ocon (FRA/Renault), a uma volta

14º) Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo), a uma volta

15º) Kevin Magnussen (DIN/Haas), a uma volta

16º) Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo), a uma volta

17º) George Russel (ING/Williams), a uma volta

18º) Nicholas Latifi (CAN/Williams), a duas voltas

19º) Romain Grosjean (FRA/Haas), a duas voltas

Abandonou a prova:

Charles Leclerc (ALE/Ferrari).

A Justiça do Rio de Janeiro adiou para a próxima quarta-feira a realização da audiência pública virtual sobre o novo autódromo do Rio, empreendimento que é candidato a receber o GP do Brasil de Fórmula 1 nos próximos anos. A audiência seria na última sexta-feira à noite, mas por problemas técnicos de conexão de internet e tecnologia, não foi possível realizar o evento. Agora, já está marcada uma nova tentativa para a próxima quarta-feira, às 19h.

A audiência pública servirá para apresentar o estudo de impacto ambiental da construção do empreendimento. Após essa etapa, o consórcio vencedor da licitação para construir o autódromo, o Rio Motorsports, poderá receber a licença prévia e assinar o contrato para iniciar a construção. Como informou o Estadão em junho, o Rio tem negociações avançadas com a Fórmula 1 para ser a nova sede do GP do Brasil e substituir Interlagos, em São Paulo. A capital paulista só tinha contrato para receber a prova até o fim deste ano e tenta a renovação. No entanto, a candidatura carioca é a favorita da categoria por apresentar garantias financeiras melhores.

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O encontro virtual foi marcado para sexta-feira depois de uma longa espera e de conflitos entre a Prefeitura, favorável ao projeto do autódromo, e juízes. A audiência estava anteriormente marcada para março, porém foi desmarcada por causa do novo coronavírus. Uma nova tentativa foi feita para maio, já no formato virtual, mas na ocasião a Justiça do Rio acolheu pedido do Ministério Público do Estado para suspender a realização, sob a justificativa de que seria um gasto desnecessário. Nas últimas semanas o caso passou ainda pelo Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a ser suspenso por decisão da Justiça e, por fim, foi autorizado após autorização de um desembargador.

O objetivo do consórcio é investir R$ 700 milhões para construir o autódromo em um terreno do Exército na Floresta do Camboatá, em Deodoro, zona oeste do Rio. O plano é construir o empreendimento entre 12 a 14 meses, a tempo de receber o GP do Brasil de Fórmula 1 já no próximo ano. A Rio Motorsports já tem contrato assinado para receber em 2022 etapas da MotoGP no novo autódromo.

O finlandês Valtteri Bottas superou o companheiro Lewis Hamilton no fim da sessão classificatória deste sábado e assegurou a pole para o GP do 70.º Aniversário da Fórmula 1. Em mais um treino dominado pela Mercedes, ele estragou a festa do hexacampeão mundial, que almejava o primeiro posto em casa, no circuito de Silverstone, na Inglaterra.

De contrato renovado com a Mercedes até o final de 2021, Bottas cravou 1min25s154 e na última volta do Q3 e foi 0s063 mais rápido que Hamilton, alcançando a sua segunda pole no ano e a 13ª da carreira. Líder do Mundial de Construtores com sobra, a escuderia alemã amplia seu domínio, já que colocou seus pilotos nas duas primeiras posições em todas as atividades neste fim de semana em Silverstone.

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"A sensação é boa. Eu amo a classificação, principalmente quando tudo vai bem. Orgulhoso de pilotar esse carro. Nossa primeira missão é largar bem e começar daí", projetou Bottas, que busca sua segunda vitória no ano. A primeira veio na corrida de abertura da temporada, na Áustria. As três seguintes foram vencidas por Hamilton.

Substituto do mexicano Sergio Pérez, diagnosticado com covid-19, o alemão Nico Hulkenberg, da Racing Point, foi a surpresa da classificação e terminou em terceiro, com o tempo de 1min26s082. Ele não largava entre os cinco primeiros desde o GP da Inglaterra de 2017 e, na ausência de Perez, correrá sua segunda prova seguida.

O holandês Max Verstappen sairá do quarto posto no grid de largada. O piloto da Red Bull, porém, é o único dos primeiros que vai largar com pneus mais duros porque fez seu melhor tempo no Q2 com este composto, enquanto seus concorrentes usaram os médios.

O australiano Daniel Ricciardo, da Renault, também teve bom desempenho e terminou a atividade em quinto. Atrás dele, no sexto lugar, aparece o canadense Lance Stroll, da Racing Point, seguido pelo francês Pierre Gasly, da AlphaTauri.

Charles Leclerc, o mais bem colocado da Ferrari, surge na oitava colocação. O tailandês Alexander Albon, da Red Bull, e o jovem britânico Lando Norris, da McLaren, completam o top 10. O alemão Sebastian Vettel não foi bem novamente e vai largar com a sua Ferrari apenas em 12º lugar.

A largada para o GP do 70.º Aniversário, no circuito de Silverstone, será às 10h10 do domingo. A corrida é a quinta etapa da temporada de 2020, cujo calendário sofreu várias alterações em razão da pandemia do coronavírus.

Confira o grid de largada do GP do 70.º Aniversário da Fórmula 1:

1º) Valtteri Bottas (FIN/Mercedes) - 1min25s154

2º) Lewis Hamilton (GBR/Mercedes) - 1min25s217

3º) Nico Hulkenberg (ALE/Racing Point) - 1min26s082

4º) Max Verstappen (HOL/Red Bull) - 1min26s176

5º) Daniel Ricciardo (AUS/Renault) - 1min26s297

6º) Lance Stroll (CAN/Racing Point) - 1min26s428

7º) Pierre Gasly (FRA/Alphatauri) - 1min26s534

8º) Charles Leclerc (MON/Ferrari - 1min26s614

9º) Alexander Albon (TAI/Red Bull)- 1min26s669

10º) Lando Norris (GBR/McLaren) - 1min26s778

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11°) Esteban Ocon (FRA/Renault) - 1min27s011

12º) Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) - 1min27s078

13º) Carlos Sainz (ESP/McLaren) - 1min27s083

14º) Romain Grosjean (FRA/Haas) - 1min27s254

15º) George Russell (GBR/Williams) - 1min27s455

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16º) Daniil Kvyat (RUS/Alphatauri) - 1min27s882

17º) Kevin Magnussen (DIN/Haas) - 1min28s236

18º) Nicholas Latifi (CAN/Williams) - 1min28s430

19º) Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo) - 1min28s433

20º) Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo) - 1min28s493

Valtteri Bottas vai seguir na Mercedes na próxima temporada da Fórmula 1. Nesta quinta-feira (6), a equipe alemã confirmou a renovação do contrato do piloto finlandês "até pelo menos o final de 2021". Agora, o próximo passo será oficializar a permanência do britânico Lewis Hamilton, seis vezes campeão mundial, para o campeonato do ano que vem.

O anúncio da Mercedes se deu às vésperas do GP do 70º Aniversário, que será disputado neste fim de semana, no circuito de Silverstone. Após quatro etapas, Bottas é o vice-líder do Mundial de Pilotos, com 30 pontos a menos do que Hamilton, com 88.

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"Os últimos anos foram sobre melhoria contínua, trabalhando em todos os aspectos da minha performance", disse Bottas, que está na Mercedes desde 2017 e disse ver na permanência na equipe a sua melhor chance para conquistar o seu primeiro título mundial.

"Estou confiante de que hoje estou mais forte que já estive, mas posso sempre subir a barra. Desde que me apaixonei pela F1 quando criança, tem sido meu sonho um dia me tornar campeão do mundo. Estou na luta pelo título deste ano e ficar com a Mercedes me coloca na melhor posição possível para competir na próxima temporada também", acrescentou.

Bottas foi o escolhido pela Mercedes para substituir Nico Robsberg, que se aposentou surpreendentemente ao fim do campeonato de 2016, após ser campeão mundial. Seu melhor campeonato foi o de 2019, quando ficou em segundo lugar. E acumula oito vitórias pela equipe.

"Estou muito feliz por ficar na Mercedes em 2021 e aproveitar o sucesso que já desfrutamos juntos", disse Bottas. "Obrigado a todos da equipe e à família Mercedes em geral por seu apoio contínuo e sua confiança em mim. Tenho muito orgulho de representar esta grande equipe e a estrela de três pontas em nossa jornada juntos novamente no próximo ano", acrescentou.

Com uma dose de drama - e também de sorte - Lewis Hamilton conquistou mais uma vitória na temporada da Fórmula 1. O hexacampeão mundial teve o pneu furado na última volta do circuito de Silverstone, se arrastou nas curvas finais, mas conseguiu segurar a ponta e vencer o GP da Inglaterra neste domingo.

Hamilton fechou a prova em 1h28min01s283, pouco mais que cinco segundos mais rápido em relação a Max Verstappen, que cruzou a linha de chegada na segunda posição. O holandês da Red Bull fez uma parada a mais nos boxes para colocar pneus macios a fim de conseguir fazer a volta mais rápida e, por consequência, garantir um ponto extra.

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A estratégia deu certo e Verstappen assegurou a volta mais rápida. No entanto, se a parada não tivesse acontecido, ele teria tempo para aproveitar o pneu furado do Hamilton, ultrapassar o rival e venceria a prova. Charles Leclerc mais uma vez superou as complicações de seu carro da Ferrari e completou o pódio.

"O pneu furou na reta e o meu coração foi parar na boca. Eu só rezava para conseguir chegar. Eu estava tranquilo no final. Bono (engenheiro da Mercedes) estava me dando informações (sobre Max Verstappen). Eu realmente nunca passei por algo assim na última volta", destacou Hamilton.

Com a 87ª vitória na Fórmula 1, Hamilton ficou a apenas quatro de igualar o recorde do alemão Michael Schumacher. O piloto da Mercedes lidera o campeonato com 88 pontos, 30 a mais que seu companheiro Valtteri Bottas. Na atual temporada, foi o terceiro triunfo do britânico em quatro corridas.

O pneu do carro de Bottas também furou, mas não na "hora certa", como o do companheiro de Mercedes. Assim, o finlandês, que passou boa parte da prova no segundo lugar, foi obrigado a fazer um pit stop extra e acabou terminando a corrida na 11ª colocação, fora, portanto, da zona de pontuação.

A Renault colocou seus carros na quarta e sexta posições, com o australiano Daniel Ricciardo à frente do francês Esteban Ocon. O jovem britânico Lando Norris, da McLaren, ficou entre eles, no quinto posto. O francês Pierre Gasly, da AlphaTauri, foi o sétimo. Atrás dele vieram o tailandês Alexander Albon, da Red Bull, e o canadense Lance Stroll, da Racing Point. O alemão Sebastian Vettel teve dificuldades mais uma vez com sua Ferrari e terminou em décimo.

Chamado às pressas pela Racing Point para substituir o mexicano Sergio Pérez, diagnosticado com covid-19, Nico Hulkenberg não conseguiu sequer largar. O alemão teve um problema na unidade de potência do seu carro e não competiu. A prova também foi marcada pelo forte acidente do russo Daniil Kvyat. O piloto da AlphaTauri perdeu o controle do carro e bateu forte. Mesmo assim, saiu ileso. Irritado, porém, pelo acidente, empurrou uma câmera que o filmava.

Depois de Hamilton cobrar mais apoio da FIA e da Fórmula 1 e pedir esforço maior de outros pilotos na luta contra o racismo, a categoria organizou um protesto antirracista antes da largada neste domingo. Ainda assim, sete dos 20 pilotos escolheram não se ajoelhar.

Os pilotos voltam a acelerar no próximo fim de semana, no GP do 70.º Aniversário da Fórmula 1, novamente no circuito de Silverstone, na Inglaterra.

Confira a classificação do GP da Inglaterra:

1°) Lewis Hamilton (ING/Mercedes), em 1h28min01s283

2º) Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 5s856

3º) Charles Leclerc (ALE/Ferrari), a 18s474

4º) Daniel Ricciardo (AUS/Renault), a 19s650

5º) Lando Norris (ING/McLaren), a 22s277

6º) Esteban Ocon (FRA/Renault), a 26s937

7º) Pierre Gasly (FRA/Alphatauri), a 31s188

8º) Alexander Albon (TAI/Red Bull), a 32s670

9º) Lance Stroll (CAN/Racing Point), a 37s311

10º) Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), a 41s857

11º) Valtteri Bottas (FIN/Mercedes), a 42s167

12º) George Russel (ING/Williams), a 52s004

13º) Carlos Sainz Jr. (ESP/McLaren), a 53s370

14º) Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo), a 54s205

15º) Nicholas Latifi (CAN/Williams), a 54s549

16º) Romain Grosjean (FRA/Haas), a 55s050

17º) Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo), a uma volta

Abandonaram a prova:

Daniil Kvyat (RUS/Alphatauri)

Kevin Magnussen (DIN/Haas)

Nico Hulkenberg (ALE/Racing Point)

O mexicano Sergio Pérez está fora do GP da Inglaterra, quarta etapa da temporada de Fórmula 1, que será disputada domingo, no circuito de Silverstone. Após uma análise inicial inconclusiva, a FIA, a equipe Racing Point e os organizadores da prova comunicaram que o teste da covid-19, obrigatório antes de entrar no paddock da F-1, foi positivo para o novo coronavírus.

Segundo a nota, Pérez, que deveria ter participado da entrevista coletiva que os pilotos concedem um dia antes do início das atividades de pista, está isolado e não tem acesso ao autódromo de Silverstone.

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A Racing Point informou ainda que Pérez não viajou para ao México no período entre o GP da Hungria, no último dia 19, e esta quinta-feira. O teste feito no piloto foi o PCR, com o swab, o popular cotonete, que é inserido em uma das narinas para coletar material do examinado.

Com a vaga de Pérez, o belga Stoffel Vandoorne e o compatriota Esteban Gutiérrez são os possíveis substitutos, já que os dois têm vínculo com a Mercedes, que divide pilotos reservas com a Racing Point que tem também o canadense Lance Stroll como titular.

Pérez vem sendo um dos destaques da temporada de 2020 e ocupa a sexta colocação na classificação geral, com 22 pontos. O mexicano pontuou nas três corridas do campeonato, com dois sextos lugares (nos GPs da Áustria e da Estíria, ambos no circuito de Spielberg) e um sétimo (no GP da Hungria, em Budapeste).

Todos os envolvidos com as corridas de Fórmula 1 têm passado por teste de covid-19 para terem acesso aos paddocks. Até o momento, apenas dois casos positivos foram impedidos de acessar o circuito de Hungaroring, na Hungria, há duas semanas, mas estes não foram de pessoas que haviam estado na Áustria nas duas primeiras provas da temporada.

Em comemoração ao seu 70.º aniversário, a Fórmula 1 e a Automobilist anunciaram uma nova coleção limitada de pôsteres colecionáveis. Os itens prestam homenagens aos carros mais emblemáticos das últimas sete décadas de competição nas pistas pelo mundo.

Os pôsteres estarão disponíveis antes da realização do Grande Prêmio Aniversário de 70 anos, no circuito de Silverstone, na Inglaterra, previsto para acontecer entre os dias 7 e 9 de agosto. Ele marcará o aniversário de 70 anos da liga, já que a primeira corrida da Fórmula 1 foi realizada no mesmo local, em 1950.

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A coleção será focada na evolução dos carros. O Maserati 250F, do argentino Juan Manuel Fangio, tricampeão mundial, aparece no pôster que remete os anos 50. Já a Lotus 25, do britânico Jim Clark, é representada no colecionável dos anos 60 e assim por diante. A McLaren MP4 / 4, de Ayrton Senna, cujo piloto brasileiro conquistou em 1988 o primeiro de seus três campeonatos mundiais, aparecerá no pôster dos anos 80.

Apesar do domínio do alemão Sebastian Vettel no início da última década, foi a Mercedes-AMG F-1 W10 EQ Power +, do inglês Lewis Hamilton, a escolhida para representar o último pôster. Além disso, a edição final dos colecionáveis terá um espaço específico para os fãs da Fórmula 1 preencherem os campeões da década de 2020.

Mesmo com um calendário pronto, a Fórmula 1 tem cancelado alguns GPs da temporada de 2020 por falta de condições devido à pandemia do novo coronavírus. Na semana passada, a organização anunciou que o GP do Brasil, no autódromo de Interlagos, em São Paulo, não vai mais acontecer. O Mundial deverá ter de 15 a 18 provas de um total programado anteriormente de 22.

A Fórmula 1 terá neste final de semana a quarta etapa do Mundial deste ano e quem estiver em Silverstone para o GP da Grã-Bretanha vai precisar encarar novamente a realidade estranha desta nova temporada. Assim como os pilotos tiveram a rotina modificada, dezenas de funcionários das equipes precisam se submeter a procedimentos de segurança pelo novo coronavírus. Isso pode incluir dias sem sair do autódromo, várias reuniões por videoconferência e bem menos gente nos boxes.

Para descobrir detalhes sobre o cotidiano de engenheiros e mecânicos durante o fim de semana de prova, o Estadão conversou com dois membros da principal equipe da Fórmula 1 no momento, a Mercedes, do hexacampeão mundial Lewis Hamilton. A zimbabuana Stephanie Travers, que foi a primeira africana e negra a subir ao pódio na categoria, e o malaio En De Liow são engenheiros de combustível da Petronas. A empresa atua como fornecedora da equipe alemã. A cada final de semana os dois e mais outros colegas desembarcam na pistas e ficam praticamente fechados nos autódromos até o encerramento dos trabalhos no domingo.

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A Fórmula 1 limitou neste ano a 80 pessoas o número de funcionários permitidos por equipe em cada corrida. Normalmente, a quantidade chega a quase 200. No entanto, essa diferença numérica precisa ser compensada de alguma forma. E as reuniões por videoconferência servem para discutir os dados com quem não está presente no GP. "Temos trabalhado muito com a tecnologia. É uma evolução da nossa forma de trabalho. Nós temos incentivado muito que os funcionários trabalhem de casa, até pela produtividade. Quem trabalha no GP não é só quem fica nos autódromos", explicou En De Liow ao Estadão.

O malaio tem como atribuição durante as sessões acompanhar os números e o rendimento do carro do finlandês Valtteri Bottas para conferir informações sobre possíveis degradações dos componentes da gasolina. Mas o engenheiro costuma chegar ao autódromo três dias antes do início dos treinos. Cabe à equipe de combustíveis montar um laboratório móvel para analisar a substância de acordo com critérios técnicos de pureza e de rendimento. Todo o trabalho é feito cercado de segurança.

"Telas de divisão de espaço, máscaras e higienização de mãos são muito importantes em todo momento. No fim do dia, o desafio é se manter tão saudável como estávamos no começo da jornada", explicou o engenheiro. "Temos usado máscaras o tempo todo e cuidado com o isolamento social. Isso mudou um pouco a nossa rotina na Fórmula 1", comentou a colega dele, Stephanie Travers.

Todos os membros de equipes têm sido testados e monitorados para diminuir o risco de contágio. Durante as provas, alguns chegam até a dormir no autódromo em motorhomes das equipes para não se expor à contaminação em hotéis ou em deslocamentos. Outra dificuldade do calendário apertado tem sido conseguir descansar, já que raramente há uma semana de intervalo entre uma prova e outra.

"A nossa cabeça nunca consegue parar de pensar em Fórmula 1, mesmo quando não tem corrida na semana. Sempre fico pensando no que se pode fazer de melhor. Não dá para se desligar totalmente. Mas ao mesmo tempo você desfruta do trabalho, mesmo que tenha sido um dia estressante", revelou Liow, que conversou com o Estadão em entrevista por videoconferência.

Até mesmo quando trata de relaxar, quem trabalha na Fórmula 1 atual não fica longe do autódromo. Como a jornada costuma se alongar e é preciso evitar reuniões fora do ambiente seguro e isolado da categoria, o jeito é procurar espairecer com outras atividades. "A gente tenta não se cansar tanto. Quando tem a possibilidade, a nossa equipe sai correr pela pista à noite para fazer algum exercício", contou o malaio.

A direção da Fórmula 1 confirmou nesta sexta-feira que o GP do Brasil não será disputado neste ano. A decisão se deve ao temor dos casos de covid-19 no País, que registra um dos maiores números de infectados e de mortos no mundo. Será a primeira vez em quase 50 anos que não haverá prova no Brasil, que está presente de forma ininterrupta no calendário desde 1973.

De acordo com a cúpula da categoria, a decisão "se deveu à natureza fluida da pandemia de covid-19, às restrições locais e à importância de manter as comunidades e nossos colegas em segurança". A F-1 disse também que manteve longas discussões com todos os envolvidos de cada país. Também foram cancelados os GPs dos EUA, do Canadá e do México.

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Em comunicado, o CEO da F-1, Chase Carey, disse estar ansioso para ver estas corridas no calendário de 2021. "Queremos reconhecer o esforço dos nossos incríveis parceiros das Américas e estamos ansiosos para estar de volta nestes países na próxima temporada, quando eles poderão novamente gerar emoção para milhões de fãs pelo mundo", declarou o principal dirigente da categoria.

O Brasil, contudo, ainda não tem contrato para receber uma etapa da temporada no próximo ano. O contrato da cidade de São Paulo se encerra neste ano. E, para o futuro, a capital paulista tem a concorrência do Rio de Janeiro, que alega estar perto de um acordo com os dirigentes da competição.

Portanto, há a possibilidade de São Paulo e o Autódromo de Interlagos não voltarem a receber uma corrida da F-1 tão cedo. O Rio diz negociar contrato de 10 anos com a categoria.

Semanas atrás, o governador paulista, João Doria, havia garantido que a prova seria realizada. "Para este ano, está confirmada a Fórmula 1 (no Brasil) e o autódromo está preparado para receber a Fórmula 1, evidentemente dentro dos protocolos de saúde. Os organizadores sabem que em qualquer parte do mundo devem obedecer os protocolos de saúde da cidade", disse. Semana passada, o governador abriu eventos em Interlagos.

NOVIDADES NO CALENDÁRIO - Ao mesmo tempo em que anunciou o cancelamento de todas as provas nas Américas, a F-1 divulgou novidades no tumultuado calendário deste ano. Mais três corridas foram adicionadas à temporada: os GPs de Portugal (Portimão), da Alemanha (Nurburgring) e de Ímola. As provas estão marcadas para os dias 11 e 25 de outubro e 1º de novembro, respectivamente.

Será a primeira vez que o Circuito Internacional de Algarve receberá uma corrida da F-1 - Portugal não recebia uma disputa desde 1996. Em Ímola, a prova será realizada no Autódromo Enzo e Dino Ferrari.

Com estes anúncios, o calendário deste ano tem confirmadas 13 corridas. A direção da F-1 espera contar com 15 a 18 provas neste ano. Inicialmente, a temporada teria o recorde de 22 etapas, o que foi impedido pela pandemia do novo coronavírus.

Depois de pouco mais de um mês de sofrer um grave acidente durante um evento de paraciclismo em Pienza, na província de Siena, na Itália, a equipe médica do hospital Santa Maria alle Scotte, em Siena, deu nesta terça-feira (21) alta médica ao italiano Alessandro Zanardi. A instituição na região da Toscana comunicou que o ex-piloto de Fórmula 1, bicampeão da Cart e multicampeão paralímpico, saiu do coma induzido após ter a sedação suspensa pela junta médica e foi transferido para um centro especializado em neuroreabilitação.

Zanardi estava internado desde 19 de junho, data do acidente. Neste período, foi submetido a três cirurgias, sendo que a última delas, no começo de julho, aconteceu para promover a reconstrução cranio-facial. Dez dias depois, a junta médica atualizou o seu estado de saúde e informou a redução da sedação de coma induzido, com quadro neurológico considerado ainda grave.

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"A normalidade dos parâmetros cardiorrespiratórios e metabólicos, a estabilidade das condições clínicas gerais e o quadro neurológico permitiram a transferência para um centro especializado em recuperação e reabilitação funcional", anunciou o hospital no comunicado oficial emitido nesta terça-feira.

Diretor-geral do hospital, Valtere Giovannini disse que "os nossos profissionais permanecem à disposição desta pessoa extraordinária e de sua família para as próximas etapas do desenvolvimento clínico, diagnóstico e terapêutico, como sempre acontece nesses casos. Agradeço sinceramente à equipe multidisciplinar que cuidou de Zanardi de coração, que realizou tudo com grande profissionalismo, reconhecido nacionalmente e além".

"O atleta passou mais de um mês em nosso hospital: foi submetido a três delicadas operações cirúrgicas e mostrou um caminho de estabilidade de suas condições clínicas e parâmetros vitais que permitiram a redução e suspensão da sedação e a consequente possibilidade de poder ser transferido para uma instalação para a neuro-reabilitação necessária. Concluo enviando um grande abraço à família de Alex, que mostrou uma força extraordinária: um presente precioso que deverá ser um companheiro de jornada fundamental neste novo caminho que começa hoje (terça-feira)", finalizou o médico.

ACIDENTE - Zanardi, que perdeu as duas pernas em um acidente de automobilismo há quase 20 anos, estava em coma induzido e ligado a um respirador desde que colidiu a sua bicicleta em um caminhão durante uma corrida de revezamento. Os médicos explicaram que ele sofreu um grave trauma facial e craniano e alertaram para possíveis danos cerebrais.

O ex-piloto de Fórmula 1 competia em uma etapa do revezamento do Objetivo Tricolor, uma competição que reúne atletas paralímpicos em bicicletas de mão, triciclos ou cadeiras de rodas. O acidente ocorreu no quilômetro 146 da rodovia entre Pienza e San Quirico d’Orci.

Segundo informações da imprensa italiana, Zanardi teria perdido o controle da sua bicicleta de mão em uma descida, em uma curva, indo para a pista oposta. Na contramão, ele se chocou com um caminhão. Um vídeo divulgado pela emissora Tgr Rai Toscana mostra o que aparentemente era o equipamento de Zanardi tombado de lado na beira da estrada, parcialmente destruído.

Zanardi soma quatro medalhas de ouro paralímpicas. Ele competiu na Fórmula 1 entre 1991 e 1994, depois indo para o automobilismo norte-americano, onde foi campeão na Cart em 1997 e 1998, regressando no ano seguinte para a F-1.

Em 2001, um grave acidente em corrida da Cart na Alemanha o fez perder as duas pernas. O italiano ainda seguiria envolvido no automobilismo, mas aos poucos passou a se concentrar no esporte paralímpico. E faturou dois ouros nos Jogos de Londres-2012 e outros dois no Rio-2016.

O britânico Lewis Hamilton cobrou mais apoio da FIA e da Fórmula 1 e pediu esforço maior de outros pilotos na luta contra o racismo, depois de apenas alguns deles se ajoelharem antes da GP da Hungria deste domingo (19).

Como nas duas corridas anteriores nesta temporada, todos os pilotos deveriam se reunir antes do Hino Nacional, usando camisetas com uma mensagem contra o racismo. Hamilton e outros, como Valtteri Bottas, seu companheiro na Mercedes, e Sebastian Vettel, da Ferrari, se ajoelharam, enquanto outros pareciam estar apressados, chegando atrasados e nem mesmo em posição.

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Isso significou que, antes que os pilotos estivessem reunidos, a execução do hino se iniciou, e Hamilton e os demais ajoelhados tiveram de se levantar rapidamente em respeito ao país anfitrião.

"Definitivamente, não há suporte suficiente para isso. Do ponto de vista do piloto, muitas pessoas parecem ter a opinião que fizeram (ajoelharam-se) uma vez e não vão fazer isso de novo. Eu não sei suas razões para isso", disse Hamilton, após a corrida.

"Tudo o que eu posso dizer é que não estamos fazendo o suficiente. Eu acho que ainda há indivíduos pensando não ser importante", acrescentou o hexacampeão mundial e único piloto negro na F-1. "Não acho que esteja sendo levado a sério", disse o britânico.

Hamilton afirmou que a FIA e a Fórmula 1 deveriam ser mais assertivas, citando o exemplo de outros campeonatos e esportes em ações de combate ao racismo. "Não é bom o suficiente, quando você vê em outros esportes. É como se tivesse sido tirado da agenda. Falta liderança e em última análise, é preciso haver liderança do topo. Atualmente não há isso", afirmou.

O britânico prometeu contatar pessoalmente o presidente da FIA, Jean Todt, nesta semana, para buscar uma melhoria na maneira como a mensagem antirracismo está sendo passada. "Entrarei em contato com a Fórmula 1 esta semana, falarei com Jean porque ninguém mais vai fazer isso. Acho que precisamos de um líder. Onde está Jean nesse cenário?", questionou.

O piloto já havia declarado que a Fórmula 1 não faz o suficiente para enviar uma mensagem forte contra o racismo, e afirmou que não pode ser o único a liderar um movimento sobre assunto. "Não deveria ser para mim ter de ligar para as equipes e dizer 'Ei, o que você está fazendo? Qual é o seu plano?'. Isso deve ser anunciado e discutido de cima para baixo, deveria vir das entidades mais altas que controlam (o esporte) e puxam as cordas", concluiu.

Com mais uma performance dominante do começo ao fim, Lewis Hamilton não deu brechas para os adversários e venceu com autoridade o GP da Hungria, no circuito de Hungaroring, em Budapeste. Foi a segunda vitória do britânico em três corridas na temporada da Fórmula 1, o que o levou à liderança do Mundial de Pilotos. Ele cruzou a linha de chegada em 1h36min12s473.

O desempenho de Max Verstappen também chamou a atenção. O holandês foi do drama à euforia. Ele cometeu um erro primário antes da prova na volta de alinhamento ao grid ao bater na barreira de pneus, danificando a asa dianteira, mas a Red Bull trabalhou duro para conseguir alinhar o carro e o piloto fez uma ótima corrida, terminando a prova em segundo, seu melhor resultado no ano.

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A segunda posição de Verstappen foi sustentada depois de muito esforço, uma vez que Valtteri Bottas, que se recuperou de uma largada ruim, atacou o holandês na última volta. No entanto, o finlandês da Mercedes não conseguiu ultrapassar o rival e ficou em terceiro, completando o pódio.

Com mais uma exibição notável com pista úmida no início e seca na maior parte do trajeto, Lewis Hamilton alcançou o oitavo triunfo na Hungria e se igualou ao alemão Michael Schumacher no número de vitórias em uma mesma pista - o ex-piloto da Ferrari venceu oito vezes na França.

Além disso, o hexacampeão da Mercedes chegou à 86ª vitória na Fórmula 1, encurtando a distância em relação a Schumacher, recordista com 91. Tudo indica que é questão de tempo para o piloto britânico quebrar essa marca.

"Foi uma das minhas melhores corridas. Eu estava sozinho, mas tínhamos ótimo ritmo e estratégia perfeita. As duas últimas corridas foram incríveis para mim e precisamos continuar assim", comemorou Hamilton, que ultrapassou o companheiro Valtteri Bottas e assumiu a liderança do Mundial de Pilotos, com 62 pontos. O finlandês é o segundo, com 58.

O canadense Lance Stroll, da Racing Point, também se destacou e terminou em quarto, sua melhor colocação na temporada. Na sequência aparece o tailandês Alexander Albon, da Red Bull, equipe que mostrou evolução e celebra melhores resultados na Hungria em relação às corridas anteriores.

A Ferrari colocou apenas o alemão Sebastian Vettel entre os dez primeiros. O tetracampeão mundial terminou em sexto e o monegasco Charles Leclerc fechou a corrida apenas no 11º posto.

Completaram o top 10 o mexicano Sérgio Perez, da Racing Point, o australiano Daniel Ricciardo, da Renault, o dinamarquês Kevin Magnussen, da Haas, que conquistou seus primeiros pontos no campeonato, e o espanhol Carlos Sainz, da McLaren.

Depois de três corridas em finais de semanas consecutivos, a Fórmula 1 dá uma pausa e os pilotos voltam a acelerar daqui a duas semanas, no GP da Inglaterra, no circuito de Silverstone, a quarta etapa da temporada.

Confira a classificação do GP da Hungria:

1°) Lewis Hamilton (ING/Mercedes), em 1h36min12s473

2º) Max Verstappen (HOL/Red Bull) , a 8s702

3º) Valtteri Bottas (FIN/Mercedes), a 9s472

4º) Lance Stroll (CAN/Racing Point), a 57s579

5º) Alexander Albon (TAI/Red Bull), a 78s316

6º) Sebastian Vettel (ALE/Ferrari), a uma volta

7º) Sergio Pérez (MEX/Racing Point), a uma volta

8º) Daniel Ricciardo (AUS/Renault), a uma volta

9º) Kevin Magnussen (DIN/Haas), a uma volta

10º) Carlos Sainz Jr. (ESP/McLaren), a uma volta

11º) Charles Leclerc (ALE/Ferrari), a uma volta

12º) Daniil Kvyat (RUS/Alphatauri), a uma volta

13º) Lando Norris (ING/McLaren), a uma volta

14º) Esteban Ocon (FRA/Renault), a uma volta

15º) Romain Grosjean (FRA/Haas), a uma volta

16º) Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo), a uma volta

17º) Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo), a uma volta

18º) George Russel (ING/Williams), a uma volta

19º) Nicholas Latifi (CAN/Williams), a cinco voltas

Abandonou a prova:

Pierre Gasly (FRA/Alphatauri)

A conquista da 90ª pole na Fórmula 1 é, naturalmente, motivo de celebração para Lewis Hamilton. Mesmo assim, o hexacampeão mundial se mantém humilde apesar das inúmeras marcas expressivas que já alcançou e de outras que está perto da atingir. O britânico agradeceu à Mercedes e celebrou o desempenho na sessão classificatória do GP da Hungria, neste sábado (18).

"Adoro me aperfeiçoar, mas tenho sorte de trabalhar com pessoas muito boas que me fazem tentar. Sem elas, nada disso seria possível", disse. "O carro e eu somos uma unidade. Mas o carro não anda sobre trilhos. Embora a verdade seja que hoje tudo saiu bem e quase parecia que o carro estava realmente sobre trilhos", acrescentou Hamilton, que ostenta sete vitórias na Hungria e busca o oitavo triunfo para se igualar a Michael Schumacher no número de vitórias em uma mesma pista - o alemão venceu oito vezes na França.

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"A Hungria sempre foi uma boa pista para mim", afirmou Hamilton, antes de elogiar seu companheiro de Mercedes, que cravou o segundo melhor tempo e lidera o Mundial de Pilotos. "Valtteri fez um ótimo trabalho hoje, aplicando muita pressão. (Bottas) não facilita nada para mim. Requer perfeição absoluta quando se trata de dar voltas e se classificar assim e é o que mais gosto de fazer", prosseguiu.

O britânico da Mercedes também busca a 86ª vitória na carreira, o que o deixaria a apenas cinco de igualar o recorde de Schumacher, piloto mais ganhador da categoria. Hamilton minimizou a possibilidade e se manteve cauteloso para a corrida.

"A largada é longa, há muito espaço até a primeira curva e ainda temos que fazer o nosso trabalho", alertou. "Além disso, ainda não sabemos como será o tempo amanhã aqui no circuito de Hungaroring. Vou me concentrar em fazer o melhor que puder", acrescentou.

Apesar da soberania da Mercedes no fim de semana, com Hamilton em primeiro e Bottas em segundo, o britânico minimizou a possibilidade de a equipe alemã ter vida fácil na corrida no circuito húngaro, a terceira etapa da temporada da Fórmula 1.

"Seja qual for o caso, é intenso", disse ele. "Estamos com o desempenho máximo de nossos recursos, estamos no limite. Sim, temos um carro veloz, mas estamos no limite irregular do carro, e estamos jogando tudo ao redor. Gostaríamos de acreditar, melhor do que qualquer um, que podemos vencer. E é isso que vamos continuar a fazer", avaliou.

O governador de São Paulo, João Doria, autorizou nesta sexta-feira o retorno de competições e treinos de motociclismo e automobilismo. Eventos de categorias como Stock Car e SuperBike, entre outras, poderão ser retomados sem público, mas somente em cidades que se encontram na faixa amarela do plano de retomada das atividades dentro do Estado.

Atualmente, além da capital da região metropolitana, somente o litoral sul do Estado se encontra na fase amarela. No entanto, a liberação do governo estadual significa que o principal autódromo do País, Interlagos, poderá voltar a receber corridas e treinos normalmente a partir de agora.

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"Será preciso a testagem de pilotos e todos os profissionais, como funcionários e fornecedores, fora a medição de temperatura e uso obrigatório de máscara em álcool em gel", afirmou o governador em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes. "Esses esportes são individualizados e controlados, mas voltarão sem a presença de público", completou.

Meses atrás, para viabilizar as competições de automobilismo, a Confederação Brasileira da modalidade (CBA), elaborou um protocolo médico com medidas de segurança. Entre outras determinações, estão previstas a redução do número de funcionários presentes às corridas e a testagem em massa das pessoas envolvidas.

"Sabemos que o momento exige muita paciência, mas os dirigentes apresentaram seus protocolos, aguardaram o posicionamento do governo e, portanto, demonstraram preocupação com a saúde de todos os envolvidos em seus eventos", afirmou o Secretário de Esportes, Aildo Ferreira.

A principal categoria do automobilismo nacional, a Stock Car, sofreu com sucessivos adiamentos e cancelamentos de provas no início deste ano. O calendário deve começar no dia 26 de julho, em Goiânia, também com os portões fechados. Com o anúncio feito nesta sexta-feira feito por Doria, a categoria pretende também marcar futuras provas ainda neste ano em Interlagos.

"Este foi um passo importante e estamos muito felizes de que o projeto de retorno às atividades para o automobilismo tenha sido bem aceito. É muito importante para toda a comunidade do esporte a motor a volta das corridas", afirmou Carlos Col, CEO da Vicar, organizadora da Stock Car. "Mesmo que as corridas aconteçam sem público, trata-se de uma atividade econômica importante, que gera empregos e sustenta muitas famílias. Estamos há meses seguindo as orientações das autoridades", acrescentou.

Como aconteceu na corrida de abertura da temporada 2020 da Fórmula 1, o GP da Estíria foi marcado por novo protesto antirracista neste domingo, momentos antes da largada. A prova em Spielberg, na Áustria, contou com pilotos de joelho, mais uma vez sob a liderança de Lewis Hamilton.

Vencedor da corrida, o único piloto negro na história da F-1 afirmou que não há prazo para o fim dos protestos. "Algumas pessoas perguntaram: 'por quanto tempo vamos continuar com isso?' Alguns acharam que um protesto, na semana passada, era o suficiente. E eu tive que dizer a eles que o racismo continuará por aí provavelmente por um tempo maior do que nós mesmos", declarou o piloto da Mercedes.

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Hamilton indicou que os protestos devem fazer parte da rotina dos próximos GPs. "As pessoas de cor, sujeitas a atos racistas, não tem tempo para 'tirar um momento' para protestar. Temos que continuar a buscar igualdade e aumentar a conscientização sobre o assunto."

O britânico afirmou que a causa antirracista se tornará permanente em sua vida, após passar anos sem se manifestar publicamente sobre o tema. Mas, nas últimas semanas, após o assassinato do americano George Floyd, Hamilton passou a se posicionar constantemente contra a discriminação racial.

O hexacampeão cobrou da Fórmula 1 e de seus colegas uma postura ativa contra o racismo e depois participou pessoalmente de protestos de rua em Londres, na Inglaterra. O piloto inglês também foi nomeado líder da força-tarefa "We Race as One" ("Nós Corremos como Um", em português), criada pela F-1.

"Pessoalmente, será algo para a vida inteira para mim. E, como time, vamos manter a cor preta no nosso carro durante toda a temporada", disse o piloto, referindo-se à mudança na cor dos carros da Mercedes, geralmente prateados.

Quanto a sua 85ª vitória na carreira, conquistada neste domingo, ele comemorou a forte performance exibida ao longo de todo o fim de semana. "Que ano estranho, mas foi ótimo voltar a pilotar e com este nível de desempenho. O time fez um trabalho fantástico. O fim de semana passado foi difícil, mas este significou um passo à frente."

Ele também disse estar satisfeito com as corridas em sequência, neste início atrasado de temporada da F-1. Em razão da pandemia do novo coronavírus, a organização diversas corridas sem descanso. Assim, equipes e pilotos terão que encarar três provas em três domingos consecutivos, contando do domingo passado.

"Por mim, estaria feliz se tivéssemos corridas a cada fim de semana. Um pouco de descanso não faz mal, mas para mim seria perfeito correr todo fim de semana", comentou Hamilton.

Soberano e dominante, Lewis Hamilton sobrou no GP da Estíria da Fórmula 1. Neste domingo, o hexacampeão mundial liderou de ponta a ponta a corrida no circuito Red Bull Ring de Spielberg, na Áustria, e venceu a prova com autoridade, sem sustos, recuperando-se do quarto lugar na primeira etapa da temporada. Ele anotou o tempo de 1h22min50s683.

Valtteri Bottas chegou em segundo e, assim, a Mercedes marcou a primeira dobradinha da temporada. O pódio foi completo pelo holandês Max Verstappen, da Red Bull, que foi vice-líder por um bom tempo, mas não conseguiu sustentar a posição e acabou ultrapassado pelo finlandês, líder do Mundial de Pilotos, com 43 pontos, seis a mais que Hamilton.

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Hamilton chegou à 85ª vitória na carreira e agora está a seis de igualar Michael Schumacher, o maior vencedor da história da categoria. O piloto inglês, com o primeiro triunfo no ano, venceu pelo menos uma vez nas últimas 14 temporadas.

"O time fez um trabalho fantástico com a estratégia. Sou muito grato por voltar a vencer. Parece que faz um tempão desde a última vez. Foi um grande passo à frente. Eu amo corridas seguidas, poderia fazer isso durante toda a temporada", celebrou Hamilton.

A quarta posição ficou com o tailandês Alexander Albon, da Red Bull, logo à frente de Lando Norris, que mais uma vez se destacou pelo arrojo e talento. Pilotando como se tivesse larga experiência, o jovem inglês de 20 anos ultrapassou o mexicano Sergio Perez na última curva e terminou em quinto. No último fim de semana, ele já havia chamado a atenção ao ter chegado em terceiro e conquistado seu primeiro pódio na carreira.

Apesar da posição perdida no final, o mexicano Sérgio Peres também teve performance notável. O piloto da Racing Point largou em 17º depois de um desempenho ruim na chuva na sessão classificatória e protagonizou uma corrida de recuperação espetacular. Ele empilhou ultrapassagens e chegou a estar em quinto, mas danificou a asa dianteira na disputa pelo quarto lugar com Albon e acabou terminando em sexto.

Completaram o grupo dos dez melhores colocados, do sétimo ao décimo lugar, o canadense Lance Stroll, da Racing Point, o australiano Daniel Ricciardo, da Renault, o espanhol Carlos Sainz, da McLaren, e o russo Daniil Kvyat, da Alphatauri.

A corrida neste domingo foi bem menos caótica em relação à última prova. Abandonaram a prova apenas o francês Esteban Ocon, da Renault, e os carros da Ferrari, que teve um fim de semana para esquecer. Logo na largada, Charles Leclerc se afobou e bateu no companheiro Sebastian Vettel, que logo deixou a corrida. O jovem monegasco tentou voltar, mas não conseguiu e também retirou seu carro. Depois, ele assumiu a culpa pelo incidente e pediu desculpas. O piloto escapou de punição.

A última vez que as duas Ferraris bateram havia sido no GP do Brasil de 2019, com a dupla também abandonando. Após o incidente, o chefe da escuderia italiana, Mattia Binotto, em entrevista à Rede Globo, preferiu não apontar culpados e disse que a equipe vai trabalhar para se recuperar.

Um novo protesto antirracista marcou o GP da Estíria. Antes da prova, a maioria dos pilotos novamente se ajoelhou e usou uma camiseta com os dizeres "Fim do Racismo". Vestido com uma camiseta que estampava a frase "Black Lives Matter" (Vidas Negras Importam) Lewis Hamilton, único piloto negro da história da categoria, liderou de novo o movimento.

Os pilotos voltam à pista no próximo fim de semana para o GP da Hungria, a terceira etapa da temporada da Fórmula 1. A categoria ainda não definiu o calendário completo e deve anunciar mais corridas em breve.

Confira a classificação do GP da Estíria:

1°) Lewis Hamilton (ING/Mercedes), em 1h22min50s683

2º) Valtteri Bottas (FIN/Mercedes), a 13s719

3º) Max Verstappen (HOL/Red Bull) , a 33s698

4º) Alexander Albon (TAI/Red Bull), a 44s400

5º) Lando Norris (ING/McLaren), a 61s470

6º) Sergio Pérez (MEX/Racing Point), a 62s387

7º) Lance Stroll (CAN/Racing Point), a 62s453

8º) Daniel Ricciardo (AUS/Renault), a 62s591

9º) Carlos Sainz Jr. (ESP/McLaren), a uma volta

10º) Daniil Kvyat (RUS/Alphatauri), a uma volta

11º) Kimi Raikkonen (FIN/Alfa Romeo), a uma volta

12º) Kevin Magnussen (DIN/Haas), a uma volta

13º) Romain Grosjean (FRA/Haas), a uma volta

14º) Antonio Giovinazzi (ITA/Alfa Romeo), a uma volta

15º) Pierre Gasly (FRA/Alphatauri), a uma volta

16º) George Russel (ING/Williams), a duas voltas

17º) Nicholas Latifi (CAN/Williams), a duas voltas

Abandonaram a prova:

Charles Leclerc (ALE/Ferrari)

Sebastian Vettel (ALE/Ferrari)

Esteban Ocon (FRA/Renault)

Lewis Hamilton celebrou a sua performance praticamente perfeita durante a sessão classificatória que lhe garantiu a pole do GP da Estíria. O inglês admitiu que ficou com o "coração na boca" em dado momento na pista molhada do circuito Red Bull Ring de Spielberg, na Áustria, e falou sobre a adrenalina provocada pela chuva.

O hexacampeão mundial mostrou talento na pista molhada e anotou o tempo de 1min19s273 em sua última volta, colocando 1s216 de vantagem sobre o segundo colocado Max Verstappen no treino classificatório, que começou com 46 minutos de atraso em razão das condições climáticas adversas. O mau tempo, antes, já havia provocado o cancelamento do terceiro treino livre.

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"Honestamente, foi uma volta fantástica, a última", comemorou Hamilton. "Tive um grande momento na penúltima volta, uma grande aquaplanagem. Fiquei com o coração na boca, mas fui capaz de melhorar na próxima volta, que foi boa e limpa. Eu amo esses dias", prosseguiu.

O piloto inglês foi dominante em toda a atividade, de modo que ele fez os melhores tempos nas três etapas do treino e sobrou em relação aos rivais. Para cravar a sua primeira pole na temporada, a 89ª pole da carreira, também aproveitou um erro de Verstappen, que rodou na parte decisiva do treino.

"Obviamente, a volta que eu tinha antes era boa o suficiente, mas ainda assim, a última volta para mim foi realmente a mais perfeita possível, nessas condições. E considerando que estava chovendo mais, fico mais feliz ao saber que eu poderia ir um pouco mais rápido em relação a aquele tempo", avaliou o piloto.

A sua atuação no treino no circuito austríaco o fez comparar à vitória marcante no GP da Inglaterra de 2008. Eufórico, Hamilton analisou as dificuldades de pilotar em uma pista molhada, cheia de desafios.

"Definitivamente, isso me leva de volta a tempos como Silverstone em 2008, porque quando você está realmente em harmonia com o carro e não sofre nenhuma interrupção você precisa ser realmente dinâmico com seu estilo de dirigir do começo ao fim em razão dos trechos molhados e das poças que se alteram com os carros que estão dirigindo à sua frente, o que é um enorme desafio".

Seu companheiro de Mercedes, Valtteri Bottas, não teve um grande desempenho e largará na quarta colocação. O finlandês venceu o GP da Áustria, primeira etapa da temporada, e lidera o campeonato.

"Vamos largar em primeiro, mas não estamos com a segunda colocação, então vamos ver essa noite o que aconteceu", comentou Hamilton, em referência à posição do companheiro de equipe.

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