Trinta trabalhadores argelinos conseguiram escapar, nesta quinta-feira (17), de uma instalação de processamento de gás na Argélia, onde eram mantidos por extremistas islamitas juntamente com dezenas de ocidentais, informaram meios de comunicação do país.
"Trinta trabalhadores argelinos conseguiram escapar nesta quinta-feira do campo de gás de Tinguentourine, onde eram mantidos reféns desde quarta-feira por um grupo terrorista armado", informou a agência de notícias APS, citando autoridades locais.
##RECOMENDA##Dentre os reféns que estão em poder dos militantes há vários funcionários da BP. A empresa, que opera a instalação em conjunto com a Sonatrach, disse que a situação continua "não resolvida e frágil". "Grupos armados ainda ocupam o local e mantém uma série de funcionários", disse a BP em comunicado.
O governo da Argélia buscava desesperadamente uma forma de resolver o problema. Durante a noite, o governo manteve contato com os Estados Unidos e a França para discutir se forças internacionais poderiam ajudar no combate aos militantes, informou um funcionário do governo, que falou em condição de anonimato.
Os militantes teriam sequestrado 41 estrangeiros, dentre eles sete norte-americanos, e os mantém na instalação que fica a cerca de 1.300 quilômetros de Argel, a capital do país. Dois estrangeiros foram mortos, dentre eles um britânico.
Segundo a fonte, autoridades argelinas também entraram em contato com anciãos tuaregues para tentar resolver a questão. Acredita-se que os anciãos tenham ligação próxima com militantes islamitas ligados à Al-Qaeda e que poderiam ajudar nas negociações e no fim do impasse.
O grupo que realiza a ação, chamado Katibat Moulathamine (Brigada Mascarada), disse que o ataque foi uma vingança pelo fato de a Argélia apoiar o Exército francês na operação contra militantes no vizinho Mali.
Alguns militantes entraram em contato com uma empresa de comunicação e disseram que um de seus afiliados havia realizado a operação na instalação de gás e que a França deveria encerrar sua intervenção no Mali para garantir a segurança dos reféns. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.