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O cenário é perfeito para eles: empresários com a corda no pescoço, endividados, precisando de capital, e, por isso, mais suscetíveis a vender parte ou a totalidade de seus negócios. Para os fundos de private equity, que compram participação em empresas para vender no futuro com lucro, o momento é ideal. Hoje, a estimativa é de que eles tenham R$ 130 bilhões em recursos comprometidos para o Brasil e um número crescente de negociações em andamento.

No ano, segundo dados da consultoria PwC, a participação dos fundos de private equity chegou a 178 em setembro - mais do que os 170 do ano passado. Houve crescimento embora o número de transações, no geral, tenha diminuído de 640 para 565.

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Em julho, quando as tensões em Brasília se acentuaram, com impacto direto na economia, os fundos entraram em compasso de espera e seguraram o fechamento de alguns negócios. Agora, com um ambiente político mais calmo e o dólar rondando a casa dos R$ 3,80, a tendência, dizem executivos de bancos de investimento, é que as transações voltem a ser finalizadas.

"Ainda que não seja o item determinante, o câmbio tem um peso importante na decisão de investimento", diz o pesquisador do Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais da Fundação Dom Cabral, Sherban Leonardo Cretoiu.

Com alta volatilidade do dólar, os fundos adiaram investimentos, temendo perder dinheiro. "Agora, o horizonte está um pouco mais firme e a insegurança com a perda cambial é menor", disse o gestor de um fundo internacional. "Estou com quatro negócios em andamento e recebendo um volume maior de ligações de empresários dispostos a vender seus negócios."

Para Herbert Steinberg, sócio da consultoria Mesa Corporate Governance, dizer que o Brasil está barato em moeda estrangeira não está errado. "Mas afirmar que o investidor, quando olha País, analisa só o câmbio é incorreto."

A relação, lembra o consultor, é feita com base no Ebtida, indicador que mede o potencial de geração de caixa de uma empresa e serve de parâmetro na hora de definir seu preço de venda. "Muitas empresas (hoje à venda) estão com Ebtida entre 20% e 25% abaixo da meta estipulada. Isso significa fluxo de caixa deteriorado."

Segundo estimativas de bancos de investimento, cerca de R$ 150 bilhões de ativos estão à venda no País. Boa parte dessa cifra está relacionada a empresas envolvidas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Segundo o sócio da consultoria independente BF Capital, Renato Sucupira, essas companhias estão sem crédito na praça e precisam fazer caixa para pagar financiamentos e possíveis multas que venham a ser aplicadas a elas. Na lista, estão a CAB Ambiental e a BR-153, da Galvão Engenharia, e a Invepar, que tem participação da OAS. A própria Petrobras já anunciou que pretende fazer um "desinvestimento" da ordem de R$ 15 bilhões (leia mais abaixo). "O problema é que hoje é o momento para se comprar Brasil. Mas não para se vender ativos", disse Herbert Steinberg.

A gestora de investimentos Advent é uma das que estão olhando o País com interesse nesse momento. Em setembro, o fundo anunciou a compra de 13% da Core Participações, um dos controladores do laboratório Fleury, e não descarta fechar novos negócios na área de saúde. Em março, comprou a Faculdade Serra da Gaúcha, marcando sua volta ao setor de educação, depois de lucrar no passado com a maior empresa do setor, a Kroton.

Segundo Patrice Etlin, presidente do Advent no Brasil, o fundo está olhando negócios resilientes como saúde, educação e tecnologia.

O momento, segundo o sócio da PwC, Rogério Gollo, é propício para os fundos por causa do ciclo de investimentos que eles costumam fazer nas empresas. Entre a compra e a venda, em geral, passam-se cinco anos. Depois desse período, a participação é vendida na Bolsa, por meio de uma oferta de ações ou para um sócio estratégico, que pode ser um concorrente ou uma multinacional. "Nessa corrida, as empresas estrangeiras costumam ser mais cautelosas do que os fundos de private equity", diz Gollo. "O interessante é que eles cheguem antes para vender para as múltis no futuro."

Neste momento, há um novo nicho de fundos de investimento se voltando para o mercado brasileiro. Conhecidos como "distress", esses fundos costumam olhar empresas que estejam prestes a entrar ou que já entraram em recuperação judicial. Entre os nomes que começaram a sondar o mercado com essa finalidade está a TCP Latan, que está montando uma carteira de R$ 40 milhões para investir em até seis empresas por meio da aquisição de debêntures conversíveis em ações.

Na avaliação do professor do Insper, Sérgio Lazzarini, todo esse movimento de entrada de capital estrangeiro no Brasil é positivo para a economia neste momento. "O ideal era que fossem feitos investimentos do zero, mas a chegada de multinacionais e fundos também é interessante para o País", diz. "Entre o fim dos anos 90 e o início de 2000, com as privatizações, a chegada de grupos estrangeiros provocou um rearranjo no setor produtivo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A mudança de regras na Previdência Social fez o tema aposentadoria ressurgir com força nos investimentos. Preocupados com o futuro incerto dos benefícios do INSS, mais brasileiros passaram a aplicar em planos de previdência privada.

A captação de janeiro a setembro bateu recorde, foram R$ 26,1 bilhões , crescimento de 45,8% ante o mesmo período do ano passado (R$17,9 bilhões). Enquanto a indústria de fundos amarga uma saída líquida (aplicações menos resgates) de R$ 30,2 bilhões no acumulado em 12 meses, a previdência privada tem captação de R$ 39,4 bilhões.

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Nem mesmo a renda fixa, queridinha dos investidores em momentos de juro alto, tem tido um bom desempenho. Em 12 meses, até 27 de outubro, os saques superaram as aplicações em R$ 25,4 bilhões, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Parte da explicação para o protagonismo da previdência está na crise fiscal e econômica. Para diminuir o rombo nas contas públicas, o governo alterou a regra da aposentadoria, que agora irá se basear na fórmula conhecida como regra 85/95. A solução é apenas paliativa e espera-se que o governo proponha a idade mínima em 60 e 65 anos, respectivamente, para mulheres e homens.

"Em momentos de crise, onde se comenta muito as dificuldades do Estado de manter os benefícios da previdência, aumenta a consciência do público de que pra ter uma aposentadoria digna, já que ele tem perspectiva de viver mais anos, será preciso ter mais condição financeira", diz o vice-presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), Lúcio Flávio de Oliveira. Momentos como o que o Brasil passa ajudam o investidor a perceber que ele é o responsável por fazer uma poupança previdenciária, segundo Oliveira.

A crise econômica também influenciou a tomada de decisão. "A inflação em alta corrói o poder de compra dos consumidores, o que deixa as pessoas preocupadas com o futuro. Elas entendem que é necessário ter uma aposentadoria complementar", afirma a diretora da Anbima, Luciane Ribeiro.

Longo prazo. A própria natureza da previdência, um produto essencialmente voltado para o longo prazo, explica o motivo para o baixo número de saques. "O projeto que está vinculado à previdência é de longo prazo. Isso torna o produto menos suscetível a variações do mercado", diz o superintendente comercial da Brasilprev, Guilherme Rossi.

A diretora de previdência e vida resgatável da Mapfre, Maristela Gorayb, afirma que o "timing" da previdência é diferente. "Se o investidor precisa sacar, opta por tirar de outros produtos primeiro, como os fundos de renda fixa voltados para curto e médio prazos", diz.

No curto prazo, inclusive, especialistas não consideram os planos de previdência a melhor opção. "Se você tem um objetivo de investir por menos de dez anos tem que fazer muita conta para ver se vale a pena", diz Maristela. Benefícios como a alíquota regressiva de Imposto de Renda, que chega a 10% depois de dez anos de aplicação, só são colhidos no longo prazo.

Em relação à carteira de investimento, o brasileiro é conservador na previdência. "O investidor buscou menos risco, aplicou na previdência com renda fixa, reflexo do cenário de incerteza", diz a diretora da Mapfre. Historicamente, este tipo de plano lidera o mercado. Com R$ 450 bilhões de patrimônio, a renda fixa representa 96,5% da previdência. O juro alto tem garantido um bom retorno. A previdência renda fixa acumula rentabilidade de 12,43% em 12 meses, até 27 de outubro, desempenho maior do que a inflação de outubro medida pelo IPCA-15 (9,77%).

Na Brasilprev, um dos destaques foram os planos voltados a menores de idade. Rossi afirma que tais planos têm participação significativa na captação por causa da periodicidade. Pais ou outros responsáveis investem todos os meses.

Desde o ano passado, cresceu 8% o valor do tíquete médio investido nos planos para menores. Em julho de 2014, era de R$ 131 contra R$ 141 do balanço de julho de 2015, o último divulgado pela Brasilprev. "No acumulado dos últimos cinco anos, a alta foi de 40,3%", afirma a gerente da área de Inteligência e Gestão de Clientes da Brasilprev, Soraia Fidalgo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Google lançou nesta quarta-feira (16) uma campanha para encorajar os usuários a fazerem doações para contribuir com os esforços que visam a aliviar a crise migratória que atinge a Europa, o Oriente Médio e a África. A gigante tecnológica da Califórnia (EUA) disse que doará um milhão de euros (1,12 milhão de dólares) a várias organizações humanitárias e que irá combiná-lo com doações de usuários de até cinco milhões de euros (5,6 milhões de dólares).

"Todos queremos fazer algo para ajudar", disse o Google na página de sua campanha. "Identificamos organizações que estão fazendo um trabalho incrível na linha de frente e queremos que seja fácil para os usuários doar e apoiar seus esforços". De acordo com a empresa, os fundos serão distribuídos entre as organizações Médicos Sem Fronteiras, Comitê Internacional de Resgate, Save The Children e Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.

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"Estas organizações sem fins lucrativos contribuem fornecendo ajuda humanitária essencial como refúgio, alimentos e água, assim como assistência médica, e se ocupando dos direitos à segurança das pessoas necessitadas", disse o Google. O Google acrescentou que cobrirá os gastos de procedimento de forma que 100% de sua doação vá para onde ela é mais necessária.

Na chegada à reunião de líderes do Senado no gabinete do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta terça, 14, que há uma boa possibilidade de avanço na discussão da reforma do ICMS. Nessa segunda, 13, a presidente Dilma Rousseff assinou medida provisória que cria os fundos de compensação para Estados que tiverem perdas com a redução das alíquotas do imposto e de Desenvolvimento Regional e Infraestrutura.

"Acho que tem uma possibilidade boa de a gente avançar na questão do ICMS. Vamos ver se tem uma sinalização", disse o ministro. Levy não respondeu a questionamentos sobre a possibilidade de votação apenas no mês de agosto do projeto de lei que reduz a desoneração de empresas. Renan e Levy já haviam se reunido ontem para tratar de ICMS e desonerações.

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Conforme mostrou o Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, nessa segunda à noite, o Palácio do Planalto e a equipe econômica da presidente Dilma Rousseff buscam fechar um acordo com a cúpula do o PMDB para garantir a aprovação do projeto de lei que trata das desonerações até a sexta-feira, 17, último dia de trabalho do Congresso antes do início do recesso parlamentar.

Mais cedo, o presidente do Senado estava reunido com a presidente Dilma Rousseff.

O aumento da taxa básica de juros (Selic) ampliou ainda mais a rentabilidade dos fundos de renda fixa em relação à poupança. Ontem (3), o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou os juros em 0,5 ponto porcentual, para 13,75% ao ano.

A simulação feita pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostra que a poupança só é a melhor opção de investimento nos casos em que a taxa de administração dos fundos supera 3% ao ano (ver na tabela). "A alta da Selic vem aumentando a vantagem dos fundos. Hoje, eles batem a poupança na maioria das ocasiões", afirma Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor de Estudos Econômicos da Anefac.

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No médio prazo, porém, o contínuo aumento da rentabilidade dos fundos pode levar os bancos a aumentar as taxas de administração dos fundos. "Há três ou quatro anos, à medida que começaram a perder negócios para a poupança com a queda dos juros, os bancos reduziram as taxas de administração. Nada impede que ocorra o movimento contrário", diz Oliveira. "Não acredito que isso aconteça tão cedo, mas no médio prazo é uma possibilidade; então o investidor tem de ficar atento."

A contínua perda de atratividade da poupança tende a dificultar ainda mais o financiamento imobiliário no País. Principal fonte de recursos do crédito imobiliário, a caderneta de poupança perdeu R$ 30 bilhões no primeiro quadrimestre, o que se tornou um entrave adicional para o setor num momento de desaceleração econômica.

Com os juros a 13,75% ao ano, a poupança tem um rendimento mensal de apenas 0,62%, segundo a Anefac, insuficiente para trazer ganhos reais elevados. Em maio, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) foi de 0,60%. "A diferença entre a poupança e produtos referenciados ao CDI vai ficar ainda mais gritante, o que vai incentivar ainda mais a saída da poupança", diz Michael Viriato, coordenador do Laboratório de Finanças do Insper.

Uma parte da movimentação dos investidores já ficou evidente. De janeiro a abril deste ano, o Tesouro Direito ganhou mais de 41 mil investidores. O resultado foi mais que o dobro do verificado no mesmo período de 2014. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A pulverização dos partidos políticos com representação na atual legislatura da Câmara e a diminuição de doações de empresas às legendas em consequência da Operação Lava Jato levaram o Congresso a querer dobrar os recursos do Fundo Partidário neste ano em relação à proposta original do governo.

Atendendo a pedidos dos parlamentares, o relator do Orçamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR), vai alocar em 2015 cerca de R$ 570 milhões para o fundo, destinado a financiar as estruturas partidárias. Trata-se de um aumento de 45,2% sobre o que foi destinado no Orçamento de 2014 (R$ 392,4 milhões) e praticamente o dobro dos R$ 289,5 milhões que o valor proposto originalmente pelo governo.

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A emenda de plenário que prevê o novo valor já está pronta e será apresentada na sessão do Congresso agendada para terça-feira. Será a maior "turbinada" no Fundo Partidário desde o Orçamento de 2011, quando os parlamentares passaram a complementar os montantes sugeridos pelo Executivo. O Estado procurou Jucá, mas sua assessoria informou que ele estava no interior de Roraima e não poderia comentar o assunto.

Para Romero Azevedo, tesoureiro do DEM, o reforço orçamentário se justifica pela perda de receita de partidos tradicionais provocada pela fragmentação da Câmara - hoje há 28 legendas com pelo menos um deputado eleito. Pelas regras do fundo, 5% são divididos igualmente entre todas as legendas e 95% de acordo com o total de votos obtidos nas últimas eleições gerais pelas siglas.

Por esse critério, o DEM - que perdeu 21 deputados em relação à bancada eleita em 2010 - recebeu nos dois primeiros meses de 2015 cerca de um terço a menos do valor que era repassado mensalmente até dezembro. "Fora do período eleitoral, nossa receita vem praticamente toda do Fundo Partidário", argumenta Azevedo. "Existe uma substancial diminuição de outras fontes e os partidos vão contar cada vez mais com os recursos do fundo", acrescenta Flávio Chuery, tesoureiro do PSD.

Além do resultado das eleições gerais, os parlamentares apontam outra motivação para reforçar o caixa do fundo. Eles alegam que o escândalo de corrupção na Petrobrás, na qual políticos são acusados de receber propina, amedrontou os doadores.

Emendas. Encorpar o Fundo Partidário não é a única demanda dos parlamentares para liberar a votação do Orçamento. O governo aceitou um acordo pelo qual foram incluídos R$ 10 milhões em emendas para cada novo parlamentar, uma promessa de campanha dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Jucá promoveu uma engenharia financeira para acomodar o benefício. Ele remanejou cerca de R$ 2,7 bilhões destinados à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), usada nos últimos anos para custear o desconto na conta de luz. Mas o reajuste na tarifa de energia fez com que esse dinheiro - que o governo pretendia usar para ajudar na recuperação das contas púbicas - ficasse disponível.

O Planalto tentou articular a aprovação do Orçamento na quarta-feira, mas a oposição impediu que a proposta fosse analisada, pois Jucá ainda não havia detalhado as modificações no projeto. O Orçamento de 2015, que deveria ter sido analisado no fim do ano passado, ainda não foi aprovado. Isso impede que a equipe econômica edite um decreto congelando formalmente as despesas dos ministérios, uma das principais sinalizações do ajuste fiscal aguardada pelo mercado financeiro.

Com a elevação em 0,50 ponto porcentual da taxa básica de juros (Selic) pelo Copom - para 11,75% ao ano -, os fundos de renda fixa ficam mais atrativos para a carteira dos investidores em relação à caderneta de poupança. Segundo estudo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), fundos de renda fixa com taxas de administração de até 1% ao ano rendem mais do que a poupança seja qual for o prazo de resgate. À taxa de 1,5%, o rendimento da caderneta só se iguala aos fundos com resgate em até seis meses; à taxa de 2%, os fundos superam a poupança a partir de um ano de investimento.

"A vantagem dos fundos em relação à poupança deve crescer cada vez mais no próximo ano, com a sinalização da nova equipe econômica de que teremos um ciclo de aperto e de alta de juros", explica Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor de Estudos Econômicos da Anefac.

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Na simulação, com o novo patamar da Selic, a poupança rende ao ano 7,44% ao ano (6,17% mais a Taxa Referencial). Assim, um investimento de R$ 10 mil vai valer, ao fim de 12 meses, R$ 10.744. A mesma aplicação em um fundo com taxa de administração de 1,5% pagaria mais ao investidor, totalizando R$ 10.783.

Desde agosto do ano passado, quando a Selic chegou a 9% ao ano, os rendimentos das poupanças antiga e nova foram igualados. Com a Selic maior do que 8,5%, ambas as cadernetas rendem 0,50% ao mês (6,17% ao ano) mais a variação da Taxa Referencial (TR). Sobre o investimento em poupança não há incidência do Imposto de Renda.

Taxas

A competitividade dos fundos de renda fixa, no entanto, está atrelada à taxa de administração, que tem relação direta com o montante aplicado. A vantagem da renda fixa é preponderante com taxa de até 1,5% - que é mais do que os investidores de pequeno porte costumam pagar.

"Só os grandes aplicadores conseguem taxas tão baixas. O investidor comum hoje obtém taxas entre 2% e 2,5% ao ano", afirma Oliveira. "Para conseguir uma taxa de 2% (que garante a vantagem da renda fixa frente à poupança no longo prazo), o investidor precisa colocar pelo menos uns R$ 5 mil, R$ 10 mil. Menos que isso, só a taxas maiores, e aí a poupança rende mais."

Para Otto Nogami, professor de economia do Insper, é preciso que o investidor tenha cautela e busque opções de taxas competitivas no mercado. "A gente tem que tomar um pouquinho de cuidado com a taxa de administração e com o prazo. É preciso colocar tudo na ponta do lápis", diz o professor. Para ele, a partir de 12% ao ano, porém, os fundos seriam vantajosos em praticamente qualquer ocasião.

A renda fixa fechou o primeiro semestre como aplicação mais rentável. No acumulado do ano até novembro, só perdeu para o dólar, que apresentou uma escalada no último mês.

Cenário

Com a indicação do governo de novas altas na Selic para equilibrar a economia e controlar a inflação, Oliveira, da Anefac, recomenda que o investidor opte por fundos e títulos pós-fixados. "Para acompanhar essa nova onda da Selic, o investidor deve apostar nos pós-fixados, como nos fundos DI, por exemplo, e não em pré-fixados, que seriam mais apropriados num cenário estável", diz.

Para Otto Nogami, o pequeno investidor deve se manter na poupança. "Dada a perspectiva nebulosa que ainda temos, indiscutivelmente quanto mais seguro melhor", diz. "Já o investidor de médio porte, que conta com a ajuda de algum especialista, pode diversificar entre poupança para o curto prazo, renda fixa para o longo prazo e Bolsa, que ainda guarda boas oportunidades", diz. A recomendação do professor para esse perfil seria de 50% na renda fixa, 40% na poupança e 10% em Bolsa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As negociações entre a Argentina e os fundos credores dos Estados Unidos chegaram a um impasse, faltando poucos dias para vencer o prazo final do pagamento de US$ 1,3 bilhão, no próximo dia 30. Em uma nova reunião ontem (25), as conversas não avançaram, os credores não participaram do encontro e a delegação voltou para Buenos Aires.

"Não foi alcançada nenhuma resolução do impasse entre as duas partes", afirmou o advogado Thomas Pollack, nomeado pelo juiz federal Thomas Griesa para ser o mediador das negociações. O advogado espera que novos encontros ocorram até o dia 30 para buscar soluções e tentar evitar o default.

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Pollack informou que, após a reunião com os Argentinos, falou por telefone com representantes dos fundos e eles reiteraram a "disposição e disponibilidade" para novas conversas "a qualquer momento". Já os representantes do governo argentino voltaram para Buenos Aires em busca de novas instruções da Casa Rosada. Em um comunicado enviado após a reunião, o governo Argentino disse estar disposto a novas conversas "com o mediador", mas não menciona encontro com os fundos, que a Casa Rosada chama de "abutres".

A reunião de ontem (25) foi a mais curta até agora, durando apenas 70 minutos, menos que as mais de três horas do encontro de anteontem (24) e das cinco horas da reunião anterior. Os representantes da Casa Rosada e seus advogados saíram sem falar com a imprensa. No comunicado, o governo argentino fala que no encontro foram discutidos "os diferentes aspectos do litígio e as diversas alternativas que se apresentam".

Execução

O governo argentino insiste que, para as negociações avançarem, Griesa precisa suspender a execução da sentença dada em 16 de junho, chamado "stay". A razão é que o país alega que, por uma cláusula no contrato da reestruturação da dívida, chamada Rufo, as condições oferecidas para os fundos dos EUA têm de ser oferecidas também para os 93% dos outros credores que aderiram à reestruturação da dívida de 2005 e 2010. Essa cláusula vale até o dia 31 de dezembro deste ano e por isso os argentinos querem mais tempo para negociar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os fundos de private equity, que compram participação em empresas, reduziram os investimentos no Brasil no primeiro trimestre, mas pela primeira vez em três anos aumentaram as captações de recursos, de acordo com dados da Emerging Markets Private Equity Association (Empea), associação com sede em Washington que reúne 320 gestoras que aplicam em países emergentes.

Os dados da Empea são os primeiros números de 2014 e mostram redução de 12% nos investimentos dos private equities no Brasil no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado, somando US$ 135 milhões. Já a captação de recursos no período cresceu 140%, para US$ 206 milhões.

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Com o maior apetite por risco e a relativa menor volatilidade no mercado financeiro mundial, a expectativa é de que as captações dos fundos sigam crescendo este ano. O BTG Pactual, por exemplo, planeja captar US$ 1,5 bilhão para seu terceiro fundo de private equity.

Vários fatores, segundo uma pesquisa da Empea com gestores globais, têm contribuído para a redução dos investimentos no Brasil. No ano passado, eles já tiveram queda de 40%, atingindo o menor nível desde 2009. O principal deles é que o País tem ativos considerados caros, por causa da alta competição com vários fundos globais se instalando no mercado local. Além disso, os gestores citam preocupações com mudanças regulatórias e de regras e o baixo crescimento econômico como fatores que contribuem para a maior cautela com o País na hora de aportar recursos.

Diversificação

Um estudo da Bain & Company mostra que os private equities, depois de terem investido muito nos grandes mercados, incluindo Brasil, China e Índia, desde a crise financeira mundial, vêm, mais recentemente, diversificando as apostas e investindo em outros países emergentes, com perspectiva maior de expansão econômica, como os da África Subsaariana, e outros mercados da América Latina, como Colômbia, Peru e Chile.

Os dados da Empea mostram que os investimentos dos fundos cresceram 46% no primeiro trimestre, para US$ 5,6 bilhões.

Mas o mau humor com o Brasil dá sinais de mudanças e a expectativa é de que as captações dos fundos este ano sigam a tendência do primeiro trimestre e continuem em alta, o que pode representar aumento dos investimentos no futuro. O estudo da Bain & Company cita que 40% dos investidores pretendem começar a investir ou aumentar as aplicações no País nos próximos dois anos.

As captações vinham caindo no Brasil, sobretudo, porque os fundos já tinham muitos recursos em caixa nos últimos anos e, em meio à redução do ritmo de investimentos, não precisavam de mais dinheiro.

Em 2013, elas recuaram 64% na comparação com o ano anterior. Na avaliação do gestor de um fundo ouvido pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, um dos fatores que levaram ao aumento das captações no primeiro trimestre foi a melhora do cenário para os emergentes, depois que a mudança da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ficou mais clara e os investidores passaram a apostar em uma alta de juros nos Estados Unidos apenas em 2015. Com isso, o apetite por risco aumentou, fazendo os fluxos de capital para os emergentes subir a partir de março.

A pesquisa da Empea mostra que os gestores estão, no geral, mais otimistas com os países emergentes: 41% planejam aumentar as aplicações nestes mercados nos próximos dois anos. O número é maior que os 31% que fizeram a mesma afirmação em pesquisa feita em 2013. Na lista de países preferidos para investir, o Brasil subiu uma posição no ranking da Empea, do sexto lugar no ano passado para a quinta posição este ano. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

O rombo causado pelo banco BVA no sistema financeiro chegou a cerca de R$ 8 bilhões, um dos maiores da história do mercado bancário brasileiro. O que aconteceu na instituição, em liquidação desde junho do ano passado, terminou de ser apurado neste mês pelo Banco Central. E as conclusões do inquérito já foram enviadas à Justiça de São Paulo, que deve decidir se decreta ou não falência da instituição.

O documento produzido pelo BC é sigiloso e deverá ser encaminhado ao Ministério Público estadual, que vai apurar responsabilidades pela quebra da instituição. Caberá ao Ministério Público Federal apurar fraudes ou crimes contra o sistema financeiro.

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Com base no relato de diversas pessoas que de alguma forma estiveram ligadas ao processo de liquidação e ao relatório do liquidante, o Estado reconstruiu o modus operandi do banco e como chegou à bancarrota. Além do número do rombo, que originalmente se imaginava ser de apenas R$ 500 milhões, surpreende a rapidez com que tudo aconteceu.

Em apenas cinco anos, a instituição teve uma forte ascensão e uma queda brusca, deixando um rastro de prejuízos a milhares de investidores, fundos de investimentos, fundos de pensão e até mesmo a empresas que tomaram empréstimos no banco. Entre 2009 e 2012, o banco cresceu 500% atingindo um ativo próximo a R$ 5 bilhões. Logo depois do auge sofreu intervenção e em junho de 2013 teve sua liquidação decretada porque seu patrimônio não suportava suas operações.

Para um banco conceder crédito, precisa de capital e começa com o dinheiro dos acionistas. Depois vai buscar recursos com clientes, que investem em Certificados de Depósitos Bancários, Letras Financeiras, Letras de Crédito Imobiliário, etc.

Para crescer tão rapidamente, o banco foi agressivo. De um lado oferecia CDBs para alguns clientes com retornos de 36% ao ano, quase cinco vezes o que rende a caderneta de poupança. Atraiu grandes investidores. Na outra ponta, emprestava para empresas pequenas e médias, focando principalmente em construtoras. As garantias muitas vezes não eram em valor suficiente para cobrir o empréstimo, em caso de calote. O prazo para pagamento era longo e o desembolso dos recursos era feito com base no cronograma da obra. O que ficava retido, era aplicado no próprio banco.

Para poder girar o dinheiro mais, o BVA cedia parte da sua carteira de crédito para fundos de investimentos de sua gestora de recursos, a Vitoria Asset Management - que tinha como principais cotistas fundos de pensão -, e também com venda direta às fundações. Essa cessão de crédito é que ajudou a inflar o rombo no sistema para além do próprio banco BVA e, por isso, o valor de R$ 8 bilhões.

Círculo vicioso

A bicicleta girava bem até que os primeiros empréstimos começaram a vencer e muitas empresas ficaram inadimplentes, exigindo provisionamentos expressivos para perdas, de acordo com regras do BC, que foram minando a capacidade do banco em suportá-las. Precisava de mais capital, mas a fonte começou se esgotar. Os grandes investidores como o grupo Caoa, que fabrica carros da Hyundai, começaram a tirar recursos da instituição, piorando a situação do banco, segundo relata o liquidante em processo judicial movido contra o grupo. Nesse processo acusa o grupo de ter informação privilegiada por ser acionista da instituição e ter se apropriado indevidamente de garantias do banco. O Caoa é o maior credor, fora o

Fundo Garantidor de Crédito, na lista que deverá ser divulgada nesta semana pelo liquidante do BVA.

Outro grande credor é Cleber Faria, empresário que foi dono da Cervejaria Petrópolis e que também foi sócio do BVA. Mesmo sendo grandes credores, não necessariamente terão grandes prejuízos, segundo dizem algumas fontes, já que quando aplicaram o dinheiro no banco recebiam rentabilidades bem acima das oferecidas no mercado.

Caoa e Faria chegaram ao BVA por meio do então presidente do banco Ivo Lodo. O executivo por sua vez foi levado pelo dono, José Augusto Ferreira dos Santos, e que tinha por intenção transferir aos poucos a instituição para Lodo.

Foi na sua gestão que o banco deixou de ser um banco pequeno para figurar entre os médios e com foco nas construtoras. Muitas dessas empresas, entretanto, quebraram com o banco. Como parte do dinheiro ficava retido em CDBs e era liberado de acordo com o cronograma da obra, quando o banco quebrou esses recursos pararam de chegar às empresas.

Voltar a financiar essas construtoras é uma das propostas que será apresentada pelo BTG Pactual aos credores. O banco quer comprar a parte podre do BVA e por meio de uma taxa tentar recuperar os créditos de forma mais rápida do que aconteceria em um processo de falência. Mas para isso precisa da aceitação dos credores.

O liquidante já ingressou com execuções na Justiça que cobram R$ 2 bilhões em dívidas. O rombo no banco, ou seja, o passivo que não é coberto pelos ativos é de R$ 5 bilhões. Os fundos de investimentos também já estão recuperando créditos. Os três administrados pela gestora Vila Rica, por exemplo, que têm R$ 693 milhões em patrimônio já renegociaram R$ 200 milhões em dívidas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Caixa Econômica Federal foi responsável por 54% da captação líquida da indústria de fundos de investimento em 2013. Citando dados da Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), o banco informou ter captado R$ 34 bilhões no ano passado. A instituição fechou 2013 com patrimônio de R$ 214 bilhões sob sua administração, 8,68% do mercado. A base de clientes cresceu 44% em relação a 2012, ultrapassando 1 milhão de cotistas.

Quarta colocada no ranking geral, a Caixa é líder no segmento Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS), com participação de 42,9%, e vice-líder no segmento Varejo (20,13% de marketshare).

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"As estratégias de lançamento e de reposicionamento adotadas no decorrer do ano passado mostraram-se adequadas, no sentido de acompanhar as tendências da indústria frente às mudanças no cenário econômico", disse o vice-presidente de Gestão de Ativos de Terceiros da Caixa, Marcos Vasconcelos.

Segundo o banco, a captação foi concentrada nos fundos DI e Renda Fixa, R$ 15,4 bilhões e R$ 12,4 bilhões, respectivamente. Fundos de ações e de participações representaram cerca de 16% do total.

A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro de Capitais (Anbima) está trabalhando para aumentar a atratividade dos fundos de investimento para o varejo. "Nós queremos reverter a tendência de diminuição da participação do varejo na indústria de fundos", disse o diretor da entidade, Luiz Sorge. O executivo citou que o aumento da taxa básica de juros, hoje em 10,5%, pode aumentar ainda a captação em produtos atrelados ao DI, por exemplo.

Carlos Massaru, vice-presidente da Anbima, disse que existem hoje grandes oportunidades no varejo, diante, por exemplo, da ascensão social da população brasileira. "Essa é uma boa oportunidade futura e a Anbima está trabalhando para ter condições mais adequadas para atrair esse investidor", disse o executivo, que observou que a entidade trabalha com o governo e o regulador para abrir o acesso para esse investidor.

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Já o vice-presidente da entidade, Robert Van Dijk, cita o aumento do interesse do varejo no segmento de previdência complementar. "O varejo na previdência complementar mostra um horizonte de longo prazo". O dado de novembro do ano passado mostra que a participação em Entidade Aberta de Previdência Complementar (EAPC) chegou a 15,7% do total, e no mesmo mês de 2007 era de 10,2%.

Ainda em novembro do ano passado a participação do investidor do varejo na indústria de fundos foi de 14,4%, ao passo que nesse mesmo mês de 2007 essa fatia era de 25%. No ano passado, a captação líquida do setor chegou a R$ 59,7 bilhões, ante uma entrada de R$ 103,1 bilhões no ano imediatamente anterior. Já os recursos totais sob gestão alcançaram, em 2013, R$ 2,5 trilhões. "O cenário refletiu os índices mais conhecidos do mercado", disse Sorge. No ano passado o Ibovespa, por exemplo, apresentou uma queda de mais de 15%.

Massaru, vice-presidente da entidade, destacou também que no ano de 2013 houve um "redesenho dos fluxos da indústria", diante da perspectiva de melhora da economia dos Estados Unidos, Europa e Japão, ao mesmo tempo em que cresceu a discussão em torno das economias emergentes.

Captação

Ainda de acordo com Massarau, o ano de 2014 seguirá volátil, mas poderá trazer boas oportunidades de captação para a indústria de fundos. "Se o investidor quer ficar mais líquido, os fundos DI passam a ser uma alternativa muito boa com as taxas de juros nesse patamar", disse, fazendo novamente referencia a Selic, que passou de 10% para 10,5% ao ano.

O diretor Luiz Sorge disse ainda que o investidor mais qualificado poderá aproveitar o cenário de alta de juros para buscar um produto que apresente prêmios mais elevados. Sorge lembrou que em 2012 os fundos atrelados ao DI estavam de lado com a queda das taxas de juros, mas que no ano passado voltaram a chamar a atenção.

Os fundos de Previdência e a categoria do Poder Público tendem também a apresentar captação positiva em 2014. Apesar desse olhar mais positivo para esses dois produtos, Robert Van Dijk, vice-presidente da entidade, acredita que o ano será de desafios para a indústria de fundos. Dijk frisou a "assimetria existente entre os fundos e outros produtos de investimentos", por exemplo, no caso dos títulos incentivados.

Em 2013 a captação líquida da indústria de fundos no Brasil alcançou R$ 59,7 bilhões, ante R$ 103,1 bilhões no ano anterior.

O Santander Asset Management, que possui R$ 122 bilhões sob gestão, anunciou o lançamento de dois fundos com investimentos no exterior: o FI Global Multimercado e o FI Diversificação Global Van Gogh Multimercado. Esses fundos abriram para captação na segunda-feira, 6. A projeção é de que a captação, para cada fundo, alcance R$ 300 milhões ainda no primeiro trimestre deste ano.

Segundo a Asset, os fundos têm como objetivo investir a parcela no exterior em fundos de ações de diferentes regiões, como Estados Unidos (40%), Europa (30%) Ásia e mercados emergentes. Segundo Luciane Ribeiro, diretora da Santander Asset Management, já foram fechadas parcerias com gestores internacionais.

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No fundo Global Multimercado a parcela alocada no exterior é de até 20%, focado nos clientes Select, enquanto no FI DiversificaçãoGlobal Van Gogh Multimercado a fatia será de até 15%. Segundo a instituição financeira a parcela local será diversificada nos mercados de renda fixa e renda variável. "Esses ativos (multimercados) têm se mostrado interessantes. Para um cenário de volatilidade ele funciona melhor", disse.

Para ambos os fundos, a aplicação inicial é de R$ 10 mil. A taxa de administração para o Fundo Global Multimercado é de 1,8% e o do Van Gogh de 2%.

A decisão de um grupo de 24 médicos de vender o controle do laboratório Fleury foi a fagulha para acender uma disputa acirrada pelo negócio. Segundo fontes de mercado, são muitos os interessados. Fundos fortes no País, como Gávea Investimentos (capitaneado pelo ex-presidente presidente do Banco Central Armínio Fraga) e Carlyle (que já comprou CVC, Ri-Happy e TokStok), avaliam a empresa, que está sendo assessorada pelo banco JP Morgan.

Além desses dois pesos pesados, pelo menos um outro fundo americano - o KKR - e laboratórios estrangeiros, de olho no crescimento do setor de saúde no País, também estão olhando o Fleury.

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Toda essa movimentação do mercado seria uma "pedra no sapato" da Bradesco Seguros, que já é sócia do empreendimento e tem todo o interesse de ser controladora do negócio, dizem fontes.

A companhia seguradora, que quer aumentar sua fatia no Fleury, estaria insatisfeita com o preço pedido pelos controladores do laboratório. "As negociações estão cozinhando desde novembro. A impressão é que eles (controladores) estão esperando uma proposta melhor da Bradesco Seguros", disse uma fonte. Procurados, Bradesco Seguros e Fleury não comentam o assunto.

Negociações lentas. Entre os fundos, a impressão é que as negociações não estão muito fáceis - a Core Participações, que reúne os médicos sócios do laboratório, oficializou o processo de venda do Fleury, que era alvo de rumores há tempos, há quase dois meses. "Tudo está andando mais devagar do que a gente imaginava a princípio", disse o diretor de um dos fundos que estão avaliando o ativo. "Mas continuamos interessados", ressalvou.

Segundo fontes de mercado, as conversas com a Gávea Investimentos (fundo controlado pelo JP Morgan), que foram reveladas pela imprensa no mês passado, também não teriam caminhado muito até agora. Isso porque os acionistas do Fleury tinham reservas em abrir seus dados financeiros para o fundo, que de certa forma é seu concorrente - a gestora é sócia do laboratório mineiro Hermes Pardini. Nos bastidores, questionava-se também o uso do Hermes Pardini como plataforma para a compra do Fleury, que tem um porte bem maior.

Por trás da intenção da venda do controle do laboratório Fleury estaria a intenção de sofisticar a entrega da empresa, cuja receita hoje está quase que totalmente baseada em repasses de planos de saúde. A companhia, que já é dona de uma marca premium - a Labs D’Or, por exemplo - teria a intenção de migrar de área, com a incorporação de outros serviços médicos, além dos diagnósticos. No mercado, comenta-se que suas marcas seriam fortes o suficiente para esse movimento.

O setor de saúde está atraindo diversos investidores ao Brasil. "É um mercado em processo de concentração. Além do interesse em laboratórios de análise, investidores estão de olho em hospitais e operadoras de planos de saúde, uma vez que o aumento de renda da classe C tem gerado demanda maior por esse serviço", disse outra fonte. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em passagem pela capital pernambucana nessa segunda-feira (9), o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), assinou ao lado do governador Eduardo Campos (PSB), a portaria ministerial que cria o Comitê Temático Interinstitucional para Recuperação do Setor Sucroenergético da Região Nordeste. O ato ocorreu no Recife, durante a 7ª edição do Fórum Nordeste 2013, evento que debate desafios e oportunidades no campo dos biocombustíveis e energias limpas.

O comitê será coordenado pela diretoria de Gestão de Fundos e Incentivos da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e contará com a participação de outros ministérios ligados ao setor, representantes industriais, produtores de cana-de-açúcar, trabalhadores e dos bancos federais responsáveis pelo financiamento do setor. Na ocasião, Bezerra Coelho destacou a importância social do segmento econômico ligado à tradição industrial nordestina e estabeleceu o prazo de seis meses para obter elementos que subsidiem a formulação de políticas públicas para o setor. “Queremos apontar um novo caminho e um novo momento para a indústria sucroenergética do Nordeste”, desejou.

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Durante discurso da abertura do evento, o socialista ofereceu detalhes da estratégia que pretende orientar o trabalho do grupo. “Primeiro, queremos um diagnóstico setorial e territorial, capaz de estabelecer um novo patamar para a atividade na área”, afirmou. O comitê também deverá definir um plano de reestruturação produtiva e gerencial das empresas e seu saneamento financeiro.

“Nós não vamos ter receio de falar disso. Os empreendimentos do setor precisam dispor de um mecanismo de saneamento financeiro, com recursos do FNE e do FDNE”, analisou Bezerra Coelho acrescentando ainda que o Banco do Brasil possui linhas de crédito, em caráter emergencial, para a concessão de novos financiamentos a indústrias da região. Os novos recursos seriam utilizados para que as empresas cumpram compromissos e deem início a nova safra que se aproxima.

*Com informações da assessoria

 

Os fundos de investimentos registraram resgate de R$ 2,1 bilhões em julho, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Conforme o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, antecipou, o resultado foi influenciado pelas saídas de R$ 8,5 bilhões na categoria renda fixa e de R$ 3,9 bilhões na de curto prazo, bem como pelos resgates nas categorias Fidc (-R$ 3,8 bilhões), ações (-R$ 2,3 bilhões) e previdência (-R$1,1 bilhão).

No acumulado do ano, a captação líquida dos fundos chega a R$ 100 bilhões, volume recorde para o período.

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Na contramão, os fundos referenciados DI, que aplicam apenas em papéis do governo, captaram R$ 15 bilhões. Conforme o Broadcast já havia antecipado, a tendência é que a categoria volte ao radar dos investidores nos próximos meses por conta do ciclo de alta da taxa Selic e da insegurança dos investidores em relação a produtos mais sofisticados e arriscados.

Os fundos multimercados, que investem em ações, dólar e derivativos, captaram R$ 1,6 bilhão no período. No quesito retorno, dentre as modalidades existentes nesta família, o destaque foi o segmento "estratégia específica", conforme o Broadcast antecipou, com ganho de 1,28%.

CAPTAÇÕES COM RENDA FIXA - As captações realizadas em julho voltam a se concentrar no mercado de renda fixa, segmento em que foram levantados R$ 5,519 bilhões, entretanto, um volume 24% inferior ao registrado em junho, informou o boletim mensal da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima).

Nas captações domésticas de renda fixa, as emissões de debêntures responderam por 60,6% do total, somando R$ 3,345 bilhões. As colocações com esforços restritos responderam por 60% do volume total, enquanto as ofertas de debêntures ICVM 400, direcionadas ao público em geral, foram retomadas após dois meses sem emissões desse tipo, informa a Anbima. Este movimento contribuiu para elevar o prazo médio das captações com o ativo em 2013 para 6,3 anos, melhor média obtida desde 2008.

No acumulado do ano, as captações em renda fixa caíram 16,4% para R$ 53,508 bilhões, sendo 81,1% concentradas em operações com esforços restritos de colocação.

As captações externas de renda fixa voltaram em julho, após o mercado ficar sem operações em junho. Em julho, o total captado no exterior somou R$ 915 milhões, elevando para R$ 26,089 bilhões o acumulado do ano. O montante emitido em renda fixa no exterior até julho é 17% inferior ao acumulado entre janeiro de julho de 2012, quando foram captados R$ 31,420 bilhões no exterior.

Após dois meses consecutivos de queda, em julho o IMA-Geral e o Ibovespa registraram altas de 1,18% e 1,64%, respectivamente, o que se refletiu em rentabilidades positivas em quase todos os tipos de fundos de investimento no mês, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Os fundos de Ações FMP - FGTS registraram a maior rentabilidade da indústria no período (5,14%), que foi impulsionada pelas altas das ações da Vale e da Petrobras. Em seguida vieram os fundos de Investimentos no Exterior, com ganhos de 3,75% no mês. A Anbima destaca, ainda, a alta dos fundos de ações Setoriais (+2,72%) e Ibovespa Ativo (+2,33%).

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No ano, contudo, o IMA-Geral (-1,53%) e o Ibovespa (-20,87%) ainda acumulam perdas, refletindo as incertezas do cenário econômico, de acordo com a Associação. Neste contexto, os fundos long and short, que utilizam estratégias de valor relativo, provenientes da diferença entre posições compradas e vendidas no mercado de renda variável, seguem como destaque de rentabilidade acumulada no ano (6,08% os neutros e 6,48% os direcionais), comportamento também observado em 12 meses (10,03% os neutros e 11,42% os direcionais).

A indústria de fundos registrou o primeiro resgate líquido mensal do ano em junho, no montante de R$ 1,3 bilhão, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Apesar da saída e do cenário adverso, a captação líquida acumulada no ano, até o mês passado, foi de R$ 102 bilhões - volume recorde para o primeiro semestre.

O resgate de junho foi estimulado pelas categorias curto prazo (-R$ 2,79 bilhões), renda fixa (-R$ 6,11 bilhões) e multimercados (-R$ 2,66 bilhões). Já a captação acumulada na primeira metade do ano foi impulsionada pelos mesmos fundos de curto prazo (R$ 19,94 bilhões) e renda fixa (R$ 16,25 bilhões), além de previdência (R$ 14,59 bilhões) e Fidcs (R$ 25,49 bilhões).

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A piora do cenário em junho se refletiu nos principais indicadores do mercado financeiro, com a queda do IMA-Geral (-1,52%), do Ibovespa (-11,31%) e a alta do dólar (3,93%), afetando o desempenho da indústria. Com isso, os fundos cambiais apresentaram a maior rentabilidade da indústria em junho(3,93%), conforme o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, já havia antecipado. Os fundos referenciado DI e curto prazo, menos expostos ao cenário atual, registraram retorno de 0,61% e 0,60%, respectivamente.

Os fundos long and short, neutro e direcional, obtiveram boa rentabilidade com a utilização de estratégias de valor relativo, proveniente da diferença entre posições compradas e vendidas no mercado de renda variável. Esses fundos têm apresentado um desempenho consistente, superando os principais indicadores de renda fixa e de renda variável nos últimos 12 meses, com ganhos de 10,18% e 11,30%, respectivamente, ao longo deste período.

Os fundos de ações foram os mais afetados com a piora do cenário em junho, registrando recuo expressivo diante da queda de 11,31% do Ibovespa. No primeiro semestre, todos as modalidades apresentaram variação negativa, e com gestão ativa conseguiram minimizar as perdas de 22,14% acumuladas pelo Ibovespa no período. A categoria Ibovespa Ativo perdeu 11,33%, enquanto que a small caps caiu 11,60% e a livre variou -6,01%.

No mês passado, todos os fundos multimercados apresentaram rentabilidade negativa, mas, no acumulado do primeiro semestre, apenas as modalidades trading (-6,4%) e estratégia específica (-7,55%) não ganharam.

Os fundos de renda fixa renderam 0,21% em junho e 2,7% no ano. A modalidade renda fixa índices, também conhecidos como fundos de inflação, acumularam perdas de 1,74% em junho e 3,84% nos primeiros seis meses de 2013.

Após captarem R$ 15,15 bilhões na semana retrasada, os fundos de investimento registraram resgate de R$ 10,87 bilhões entre os dias 14 e 21 de junho, segundo o site Fortuna, que acompanha o setor.

A saída anotada no período foi impulsionada pelo resgate de R$ 9,38 bilhões dos fundos previdenciários, que tiveram retorno negativo de 0,75% na semana, e de R$ 6,98 bilhões dos fundos DI, que ganharam 0,14%. A rentabilidade da categoria ficou abaixo do CDI, que teve variação de 0,15%.

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Os fundos multimercados, que operam nos mercados de juros, câmbio, renda variável e derivativos, também registraram saída: R$ 2,86 bilhões. O ganho da categoria foi de 0,57% no período de referência.

Os fundos de ações tiveram resgate de R$ 143 milhões na semana, com variação negativa de 2,37% - menor que a desvalorização do Ibovespa, que perdeu 4,61% no mesmo período.

Na contramão, os fundos do poder público, que reúnem os recursos captados junto aos municípios, Estados e governo federal, captaram R$ 2,35 bilhões, com rentabilidade de 0,31%. Enquanto isso, os fundos de renda fixa registraram entrada de R$ 1,38 bilhão e perda de 0,20%.

Seguiram a mesma tendência os fundos de curto prazo, com captação de R$ 470 milhões e retorno de 0,12%.

Ainda segundo o Fortuna, a indústria de fundos captou R$ 104,9 bilhões no acumulado de 2013, até o dia 21 de junho. O patrimônio total das carteiras está em R$ 2,48 trilhões.

Os fundos de investimentos sofreram resgate de R$ 10,6 bilhões entre 1º e 7 de junho, segundo dados preliminares da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Considerando também os fundos estruturados (FIDCs, imobiliários e participações), a saída é de R$ 10,3 bilhões.

Das 35 modalidades de fundos de investimentos analisadas pela entidade, 16 captaram. Em termos de rentabilidade, apenas sete registraram variação positiva.

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Os fundos referenciados DI, que aplicam apenas em papéis do governo, impulsionaram a saída da indústria, com resgate de R$ 4,9 bilhões na semana e retorno de 0,15%.

Os produtos de renda fixa, que investem principalmente em títulos públicos, também sofreram resgate significativo, de R$ 4,28 bilhões, com rentabilidade de 0,04%. Só os fundos renda fixa índices, também conhecidos como fundos de inflação, tiveram saída de R$ 1 bilhão. A modalidade perdeu 0,14% nos sete primeiros dias do mês, acumulando perda de 2,28% no ano.

Seguiram a mesma tendência os fundos de curto prazo, com saída de R$ 3 bilhões no período de referência. O ganho da categoria foi de 0,15%.

O resgate dos fundos de ações não foi expressivo: -R$ 38 milhões, sendo que nenhuma modalidade apresentou retorno positivo. A modalidade Ibovespa ativo foi a que mais perdeu: -3,56%.

Enquanto isso, os fundos multimercados, que investem em ações, dólar e derivativos, tiveram captação líquida de R$ 1,23 bilhão. No quesito retorno, dentre as modalidades existentes nesta família, a única que registrou variação positiva foi a "trading", com ganho de 0,2%. A modalidade que mais perdeu foi a "macro", com variação negativa de 0,6% em sete dias.

Os fundos de previdência captaram R$ 449,4 milhões, sendo que nenhuma modalidade apresentou retorno positivo. A modalidade previdência ações foi a que mais perdeu: -3,31%.

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