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Familiares de sul-americanos mortos na catástrofe da companhia aérea Germanwings em 2015 apresentaram uma ação judicial em um tribunal de Dusseldorf pedindo 3,7 milhões de euros de indenização, indicou neste domingo um porta-voz da jurisdição à agência DPA.

Em 24 de março de 2015, durante um voo entre Barcelona e Dusseldorf, o copiloto Andreas Lubitz, de 27 anos, que tomava antidepressivos, aproveitou a ausência momentânea do comandante para lançar o avião contra os Alpes franceses, causando a morte de 149 pessoas, segundo os investigadores.

De acordo com o jornal alemão Bild, o processo foi apresentado por três cidadãos paraguaios. Não havia nenhum passageiro dessa nacionalidade no avião, mas um deles, um empresário argentino, morava no Paraguai.

As vítimas sul-americanas da catástrofe da Germanwings, filial de voos de baixo custo da Lufthansa, são três argentinos, dois colombianos, dois mexicanos e dois venezuelanos.

Em janeiro, a justiça alemã encerrou a investigação sobre o incidente e absolveu a companhia aérea e os médicos que examinaram Lubitz de qualquer tipo de negligência, uma decisão que deixou insatisfeitos os familiares de várias vítimas.

Dois advogados que representam 73 vítimas apresentaram em março de 2016 uma denúncia nos Estados Unidos contra a escola de pilotos que formou Lubitz.

Um desse advogados prepara também uma ação de responsabilidade civil contra a Lufthansa na Alemanha.

Após a catástrofe, a Germanwings se mostrou disposta a dar uma ajuda de emergência de 50.000 euros às famílias de todas as vítimas, e 35.000 euros adicionais aos parentes de alemães falecidos, sob uma regulamentação específica do país.

Algumas famílias afirmam, no entanto, que não receberam todo o dinheiro prometido.

A Agência Europeia de Segurança Aérea (AESA) oficializou nesta terça-feira (16) suas recomendações para melhorar o monitoramento médico de pilotos, quase um ano e meio após a tragédia da Germanwings, nos Alpes franceses.

A Comissão Europeia solicitou à AESA que detectasse os erros que permitiram o co-piloto Andreas Lubitz lançar voluntariamente contra os alpes o avião A320 em 24 de março de 2015, matando as 149 pessoas a bordo. O voo fazia a rota Barcelona-Düsseldorf.

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Em julho de 2015, a agência emitiu uma série de recomendações que, depois de consultar a indústria da aviação, fazem parte de um documento que deve servir de base para o executivo europeu "fazer propostas legislativas até o final de 2016", segundo um comunicado.

A AESA propõe o reforço dos exames médicos dos pilotos através "da introdução de análises de drogas e álcool, uma avaliação completa da saúde mental" e um melhor acompanhamento em caso de histórico de problemas psiquiátricos.

As propostas prevêem ainda uma melhor formação e supervisão dos médicos que tratam de pilotos, bem como evitar tentativas de fraude, forçando os centros de exames médicos para pilotos a informar sobre exames incompletos.

Em julho passado, a Agência Europeia flexibilizou a sua recomendação sobre a presença constante de dois membros da tripulação no cockpit. A AESA previa examinar esta disposição, recomendada em março de 2015, após um período de um ano. Agora, decidiu "rever o seu conteúdo", após consultar a indústria da aviação, de acordo com um boletim informativo.

A agência agora aconselha as companhias aéreas a considerar caso a caso o risco ligado à presença de uma única pessoa no cockpit. "A avaliação do risco pode ser resumida assim: Até que ponto você conhece sua equipe e controla o risco em sua organização?", declarou à AFP nesta terça-feira uma porta-voz da AESA. Essa avaliação "pode levar o operador a exigir duas pessoas no cockpit em todos os momentos", acrescentou.

O relatório final dos investigadores franceses estabeleceram que Lubitz, de 27 anos, derrubou o avião da Germanwings, do grupo Lufthansa, após se trancar sozinho na cabine.

O copiloto Andreas Lubitz jogou intencionalmente o avião da Germanwings nos Alpes franceses, um incidente que matou todas as 150 pessoas que estavam a bordo do voo 9525 que viajava de Barcelona, na França, para a cidade de Duesseldorf, na Alemanha, de acordo com o relatório divulgado neste domingo por especialistas aéreos franceses. A investigação confirmou ainda que Lubitz tinha problemas psiquiátricos.

Meia hora depois da decolagem no dia 24 de março de 2015, o piloto Patrick Sondenheimer entregou o controle do avião para Lubitz e foi ao banheiro. Quando voltou, Sondenheimer encontrou a cabine trancada por dentro. Lubitz, ao que parece, tinha desativado o código de segurança, que teria permitido o piloto abrir a porta. Pouco depois, o Airbus A320 caiu perto da aldeia francesa de Le Vernet.

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Os investigadores analisaram os registros de vários médicos consultados por Andreas Lubitz nos meses anteriores à tragédia e concluíram que o copiloto sofria de "episódio psicótico depressivo". Nos meses que antecederam a tragédia, Lubitz visitou 41 médicos, principalmente especialistas oftalmológicos. Nenhum alertou que ele não poderia voar. Nem a companhia aérea, nem Andreas Lubitz sabia que os seus médicos tinham feito este diagnóstico.

Segundo Remi Jouty, diretor da agência de investigação aérea francesa, Lubitz estava tomando antidepressivos na época do incidente e que ele tinha sido previamente tratado por causa de depressão e tendências suicidas. Ainda assim, o copiloto renovou o seu certificado para voar em novembro de 2014.

No entanto, Jouty destacou que os médicos tinham a informação necessária para que a Germanwings e as autoridades de aviação proibissem Lubitz de voar, mas que por causa da proteção do segredo médico - principal fator de confiança dos pacientes - nada foi revelado. Em seguida, o investigador defendeu a importância de "encontrar um equilíbrio entre a confidencialidade e a segurança pública". "É uma questão global que precisa ser discutida", disse ele.

A investigação mostrou também que o piloto Patrick Sondenheime usou uma barra de ferro e um tanque de oxigênio para tentar quebrar a porta do "cockpit". De acordo com o relatório, as caixas pretas registraram várias pancadas violentas.

Diante disso, os investigadores salientaram a necessidade de novas regras relacionadas à porta da cabine, pois Lubitz conseguiu trancar o piloto para fora graças às medidas introduzidas para impedir que passageiros consigam acessar os controles de um avião. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

As 150 vítimas do avião A320, da Germanwings, que caiu em 24 de março nos Alpes franceses, foram identificadas e foram assinados as permissões para seu sepultamento, anunciou nesta terça-feira (19) o promotor de Marselha (sul da França).

A comissão de identificação das vítimas do acidente, que se reuniu em 25 de maio em Marselha, "permitiu validar a identificação das 150 vítimas. Portanto, as 150 certidões de óbito puderam ser assinadas, assim como as 150 permissões de sepultamento", escreveu o promotor Brice Robin em um comunicado.

As certidões de óbito foram entregues pelo promotor de Marselha aos representantes da Lufthansa, "com a finalidade de permitir a repatriação dos corpos das vítimas e entregá-los aos seus familiares", destacou o comunicado.

Desde o começo de abril e com o isolamento de 150 perfis de DNA diferentes, um longo trabalho de identificação foi feito graças à comparação destes com o DNA 'ante mortem' das vítimas, proporcionado por seus parentes.

Segundo a investigação, a catástrofe ocorreu como consequência de um gesto voluntário do copiloto, Andreas Lubitz, de 27 anos. Para os investigadores, Lubitz jogou nos Alpes o A320, da companhia Germanwings, filial de baixo custo da Lufthansa, que fazia o trajeto entre Barcelona (Espanha) e Dusseldorf (Alemanha). Entre as 150 vítimas havia 72 alemães e 47 espanhóis.

Um relatório divulgado nesta quarta-feira detalha os últimos minutos do voo da Germanwings, que caiu nos Alpes franceses em 24 de março passado, com base nos dados obtidos das caixas-pretas.

Os dados coletados apontam o caráter voluntário da ação do copiloto.

Esse documento preliminar do Escritório de Investigação e Análise da Aviação Civil francesa (BEA) relata que é possível ouvir "um barulho de respiração" até o último momento no gravador de voz da cabine do piloto (CVR, na sigla em inglês).

O texto lembra que o Airbus A320 da companhia Germanwings, que fazia o trajeto entre Barcelona (Espanha) e Düsseldorf (Alemanha) com 144 passageiros e seis membros da tripulação, decola às 9h GMT (6h em Brasília). O copiloto Andreas Lubitz é o piloto encarregado.

Às 9h27min20, a aeronave se nivelou a uma altitude de cruzeiro de 38 mil pés (FL380). A tripulação do voo entrou em contato com o centro de controle de Marselha (França).

Às 9h30, registra-se a última comunicação da tripulação com o controle aéreo, feita pelo comandante de bordo.

Às 9h30min08, o comandante diz ao copiloto que iria sair da cabine de voo e lhe pede que assuma o controle das comunicações de rádio.

Às 9h30min24, ouvem-se barulhos de abertura e, três segundos depois, de fechamento da porta da cabine de voo. O comandante ainda estava do lado de fora.

Às 9h30min53, a altitude selecionada no painel de controle do piloto automático passou em um segundo de 38 mil pés para 100 pés. Um segundo depois, o piloto automático mudou para o modo de descida. A aeronave começou a descer, e a potência de ambos os motores diminuiu.

Às 9h33min12, a gestão da velocidade mudou para modo "selecionado", de acordo com a escolha da tripulação. A velocidade da aeronave começou a aumentar junto com o regime de descida.

Às 9h33min47, o controlador perguntou à tripulação de voo em que nível de voo estavam autorizados. Nesse momento, a aeronave estava a uma altitude de 30 mil pés em descida. Não houve resposta do copiloto. Nos 30 segundos seguintes, o controlador tentou se comunicar de novo com a tripulação em duas ocasiões, sem qualquer tipo de resposta.

Às 9h34min41, foi registrado durante um segundo o sinal acústico de pedido de acesso à cabine de comando.

Às 9h34min38, o controlador voltou a tentar entrar em contato com a tripulação, sem resposta.

Das 9h34min47 até as 9h35min01, o centro de controle de Marselha tentou novo contato com a tripulação, de novo sem resposta. A aeronave estava a uma altitude de 25.100 pés, em queda.

Por quatro vezes, foi registrado o sinal de chamada da cabine de passageiros entre 9h35min04 e 9h39min27.

Ouve-se o barulho parecido com o de uma pessoa batendo na porta, seis vezes, entre 9h35min32 e 9h39min02.

Em diferentes momentos, é possível ouvir vozes ao fundo entre 9h37min11 e 9h40min48. Depois, às 9h37min13, uma voz já exausta pede para que se abra a porta.

Entre 9h35min07 e 9h37min54, o centro de controle de Marselha tentou cinco vezes entrar em contato com a tripulação, ainda sem resposta.

Entre 9h38min38 e 9h39min23, o Sistema de Defesa Aérea da França tentou três vezes o contato com a tripulação, sem obter qualquer retorno.

Cinco vezes ouvem-se barulhos similares a fortes pancadas na porta da cabine de voo entre 9h39min30 e 9h40min28.

Entre 9h39min30 e 9h40min07, alguém parece mexer na alavanca de controle do copiloto.

A tripulação de outra aeronave tentou fazer contato com a do voo GWI18G, à 9h39min54, sem resposta.

Às 9h40min41, foi ativado o aviso sonoro "Terrain, Terrain, Pull Up, Pull Up" do GPWS, o qual adverte para proximidade do solo. O aviso permaneceu ativo até o final do voo.

Às 9h40min56, registrou-se o aviso de "Master Caution" e, posteriormente, às 9h41min, ativou-se o "Master Warning" (alerta máximo), permanecendo ativo até o final do voo.

Às 9h41min06, a gravação do CVR parou. Neste momento, a aeronave colidiu com o solo.

O copiloto da Germanwings que provocou a queda de um avião nos Alpes franceses em março havia executado um teste da mesma manobra de descida, mas sem consequências, no voo de ida, afirmam autoridades francesas em um comunicado.

O Escritório de Investigações e Análises (BEA) da aviação civil francesa afirma em um relatório preliminar que o copiloto Andreas Lubitz, de 27 anos, havia praticado a mesma manobra em um voo de Dusseldorf a Barcelona sem nenhum efeito sensível, antes de provocar a queda do avião contra as montanhas com 150 pessoas a bordo em 24 de março.

Segundo o relatório, o copiloto, "de maneira intencional, modificou as instruções do piloto automático para fazer a aeronave descer até o impacto com o terreno".

"Não abriu a porta da cabine de comando durante a descida, apesar das solicitações de acesso realizada por meio do teclado digital, do interfone da cabine e das comunicações de rádio", afirma o BEA.

O diretor do BEA, Rémi Jouty, afirmou que no voo de ida entre Dusseldorf e Barcelona, o copiloto havia realizado a mesma manobra, que depois repetiu no voo da tragédia.

O relatório indica que "no voo anterior ao do acidente, e durante a descida, foram registradas várias seleções de altitude até 100 pés enquanto o copiloto estava sozinho na cabine".

As manipulações, além do que é necessário, foram realizadas depois que os controladores aéreos haviam autorizado o pouso e não tiveram nenhum efeito sensível, afirmou Jouty.

Um avião da Germanwings que partia de Colônia com direção a Milão foi esvaziado neste domingo após a polícia alemã receber uma ameaça de bomba, informou o porta-voz da empresa.

A denúncia sobre o voo 826 foi recebido pela manhã. A aeronave ainda não havia partido do aeroporto quando o piloto terminou o taxiamento e abriu as portas para os passageiros e a tripulação deixarem o avião. Policiais e cães farejadores inspecionaram o Airbus A320.

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O porta-voz não deu mais detalhes sobre a ameaça. Fonte: Dow Jones Newswires.

A maioria dos pilotos que sofrem de depressão oculta a doença das companhias e das autoridades aéreas, segundo um estudo divulgado hoje (5) pelo jornal alemão Bild. O problema veio à tona após a queda do avião da Germanwings, com 150 pessoas a bordo, no último dia 24, na região dos Alpes franceses.

O copiloto da companhia, Andreas Lubitz, que teria deliberadamente derrubado avião, que fazia a ligação entre Barcelona (Espanha) e Dusseldorf (Alemanha), sofria de depressão e, segundo a investigação em curso, fez buscas na internet sobre métodos de suicídio na véspera da viagem.

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Segundo o estudo divulgado pelo Bild, o caso de Andreas Lubitz não é único entre os pilotos, que procuram esconder os problemas de saúde dos seus superiores. A análise, do diretor do Departamento de Medicina da Organização Civil Internacional da Aviação, Anthony Evans, datada de novembro de 2013, revela a existência de déficits graves no acompanhamento dos pilotos em matéria de saúde mental.

De acordo com o estudo, cerca de 60% dos pilotos que sofrem algum tipo de depressão decidem continuar a voar sem comunicar aos empregadores. Com base na análise de 1.200 casos de pilotos com depressão, o trabalho de Evans revela que cerca de 15% dos profissionais optam por tratar-se em segredo com medicamentos que conseguem por seus próprios meios, e apenas 25% declaram ao empregador que está fazendo tratamento.

O estudo resulta da observação de casos entre 1997 e 2001, informa o Bild, que destaca ainda a enorme pressão a que são submetidos os pilotos e o fato de um diagnóstico de depressão implicar seu afastamento do serviço.

A investigação alemã sobre queda do avião da Germanwings revelou que Lubitz fez, há alguns anos, antes de receber a licença de piloto, tratamento psicoterapêutico por ter tendências suicidas.

Nas buscas à casa do copiloto e dos pais foi descoberto que Andreas Lubitz estava em tratamento e que tinha um atestado médico para o dia da catástrofe, que não tinha comunicado à companhia.

 

Um voo da companhia área alemã Germanwings, que fazia a rota entre Colônia e Veneza, precisou ser desviado na manhã deste sábado (4) e aterrissar em Stuttgart (sudoeste da Alemanha), devido a uma "perda de óleo", informou a empresa, segundo o jornal francês Le Figaro.

"Por segurança, um dos propulsores do aparelho foi desligado e um desvio da aeronave foi acionado", disse a companhia, acrescentando que o avião é um "Airbus A319. A aeronave tinha 123 passageiros e cinco membros da tripulação a bordo". "Não foi uma aterrissagem de emergência, os passageiros deixaram a aeronave de maneira normal", disse a Germanwings. Segundo a empresa, o avião estava sendo examinado por técnicos.

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O copiloto do voo 9525 da Germanwings parece ter pesquisado sobre métodos suicidas e a segurança da cabine do piloto nos dias que antecederam o incidente que levou o avião a cair nos Alpes franceses, disseram hoje promotores alemães.

Termos de busca encontrados no navegador de internet do tablet de Andreas Lubitz, encontrado em seu apartamento em Dusseldorf, fornecem os primeiros indícios de que as ações podem ter sido premeditadas.

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O copiloto "se informou sobre os tipos e formas de suicídio", disse o porta-voz da promotoria de Dusseldorf, Ralf Herrenbrueck. "Além disso, ao menos uma vez ele se ocupou, por diversos minutos, em pesquisar na internet sobre as portas do cockpit."

Após ouvir às gravações de voz do cockpit, investigadores acreditam que Lubitz, de 27 anos, trancou o capitão para fora da cabine do avião Airbus A320 no dia 24 de março, e deliberadamente jogou o avião contra as montanhas francesas, matando todos os 150 passageiros e toda a tripulação.

Promotores franceses também anunciaram hoje que a segunda caixa preta da aeronave foi encontrada. O aparelho contém as últimas 25 horas de informação sobre as posições e condições técnicas de cada parte do avião.

A caixa, que é laranja, foi encontrada completamente escurecida em um local "exaustivamente inspecionado", como se tivesse sido queimada e enterrada, disse o promotor de Marselha, Brice Robin. Fonte: Associated Press.

O consórcio de seguradoras liderado pela alemã Allianz reservou 300 milhões de dólares para enfrentar as consequências da tragédia com o Airbus A320 da Germanwings, anunciou à AFP o grupo Lufthansa.

"Posso confirmar que 300 milhões de dólares foram colocados como provisão para enfrentar os possíveis processos por danos e prejuízos das famílias das vítimas do avião que caiu na semana passada", afirmou uma fonte da Lufthansa, casa matriz da Germanwings, confirmando assim informações do jornal Handelsblatt.

Segundo a publicação, as indenizações pagas no caso de acidente aéreo geralmente chegam a um milhão de euros por passageiro, mas por questões jurídicas a presença de americanos entre as 150 vítimas fatais pode resultar em um valor maior.

O avião tinha seguro de 6,5 milhões de dólares, segundo o jornal econômico.

A Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), filial da seguradora alemã Allianz, especializada em gestão de riscos de grandes grupos, é a principal seguradora da Germanwings.

As mortes provocadas pela tragédia aérea nos Alpes franceses serão indenizadas pelas seguradoras, mesmo se o acidente foi provocado de maneira deliberada, afirmaram à AFP fontes próximas ao caso.

Andreas Lubitz, copiloto do avião da Germanwings, que voava entre Barcelona e Dusseldorf, se trancou na cabine, aproveitando uma breve ausência do comandante. Ele é suspeito de ter provocado a queda deliberada do avião contra as montanhas, segundo a justiça francesa, com base nas gravações de áudio registrada por uma caixa-preta.

A Alemanha tem debatido uma flexibilização do sigilo médico para os empregos considerados de risco, após as revelações e rumores sobre o estado de saúde do copiloto da Germanwings.

Andreas Lubitz, o copiloto de 27 anos que precipitou o A320 da empresa alemã contra os Alpes franceses, estava, de acordo com a promotoria de Düsseldorf, doente e não deveria ter entrado na cabine da aeronave devido a um atestado médico que ele manteve em segredo.

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As autoridades judiciais alemãs, no entanto, ainda não revelaram a natureza desta "doença". A promotoria de Düsseldorf informou nesta segunda-feira (30) que o copiloto chegou a receber tratamento para tendências suicidas no passado.

Vários meios de comunicação alemães, principalmente o jornal Bild, citando documentos oficiais, o copiloto atravessou um "episódio de depressão profunda" há seis anos, para o qual recebeu tratamento "médico especial e regular". No fim de semana, vários meios de comunicação também evocaram o fato de o jovem copiloto ter sofrido um descolamento de retina, lesão que poderia prejudicar sua carreira.

Tendo em conta estes elementos, várias autoridades políticas, como Dirk Fischer, especialista em questões de transporte dentro do partido conservador de Angela Merkel (CDU), exigiu que os pilotos, assim como de outras profissões sensíveis, "consultem somente médicos indicados por seus empregadores".

Esses profissionais "devem ser liberados da obrigação do sigilo médico em comunicação com o empregador e as autoridades da aviação civil". O deputado Thomas Jarzombek, também membro do CDU, pediu o estabelecimento de uma comissão de especialistas para estudar como devem ser tratadas as doenças dessas pessoas que, em seu trabalho, comprometem a saúde ou a vida de outros.

Para o deputado social-democrata (SPD) Karl Lauterbach, professor de medicina, é evidente que um médico "tem o dever de informar o empregador da incapacidade de um funcionário para trabalhar" no caso deste ser responsável pela vida de outras pessoas. "E isso é especialmente verdadeiro nos casos de doença mental e do risco potencial suicida", insistiu.

Mas a solução não é tão simples, como observou em um editorial o jornal Die Welt, uma vez que os "pilotos também têm o direito (...) a ter uma discussão aberta com um médico sem medo de que seu empregador seja informado". As normas da Associação Médica Alemã são claras sobre o assunto: "os médicos devem permanecer em silêncio sobre o que lhes foi confiado ou sobre o que ouviram no curso de sua prática médica."

A traição deste segredo, que permanece válido após a morte do paciente até mesmo aos membros de sua própria família, é punível com pena de prisão e multa. "O sigilo médico é tão precioso para o médico quanto para o paciente, e que é garantido pela Constituição como um direito humano", alertou o presidente da Câmara Federal dos Médicos, Frank Ulrich Montgomery.

Mas já estão previstas exceções a este segredo, especialmente quando se trata de evitar "um crime particularmente grave" ou evitar o risco de pôr em perigo a segurança dos outros.

Para Hans-Werner Teichmüller, presidente da União Federal dos Médicos Aviação (DFV), se um piloto escolhe voar mesmo estando medicamente inapto, "eu sou obrigado a informar às autoridades". Mas esta exigência não se aplica ao empregador, disse ele em entrevista à ZDF.

Na semana passada, o diretor da Lufthansa afirmou que Andreas Lubitz estava 100% apto para pilotar um avião. Ele também disse que o jovem tinha interrompido a sua formação por vários meses, mas indicou que não poderia revelar o motivo. Nesta segunda-feira, em uma coletiva de imprensa, um porta-voz de Angela Merkel declarou "que não poderia comentar sobre casos individuais específicos".

Anteriormente, os porta-vozes dos ministérios da Saúde da Justiça já haviam evitado o assunto. Nesta segunda, o Hospital Universitário de Düsseldorf, no qual Andreas Lubitz se consultou em três ocasiões em fevereiro e março, declarou ter enviado seu dossiê médico às autoridades judiciais.

As operações de busca foram retomadas nesta segunda-feira (30) nos Alpes franceses, na área da catástrofe do A320 da Germanwings, pela primeira vez por terra, em consequência das condições meteorológicas ruins, que impedem o uso de helicópteros. "As equipes terão acesso ao local pela pista já existente", declarou o capitão de polícia Yves Naffrechoux, no sétimo dia das buscas.

O caminho existente, que está sendo ampliado e melhorado, leva a uma planície na qual várias máquinas estão sendo utilizadas para concluir a última parte do terreno, até a área da queda do avião da companhia alemã Germanwings, que viajava de Barcelona a Düsseldorf.

As equipes devem avançar por 45 minutos até chegar ao local do impacto do avião, segundo Naffrechoux, já que a rota de acesso em construção ainda não está concluída. Quatro caminhões militares deixaram a área de pouso dos helicópteros transportando, cada, uma dezena de investigadores e oficiais.

A busca da segunda caixa-preta do avião (com os dados do voo) continua sendo o principal objetivo. Como nos dias anteriores, 50 pessoas trabalham na retirada de restos humanos, disse o capitão.

O A320 da Germanwings caiu em 24 de março nos Alpes franceses, aparentemente por uma decisão deliberada do copiloto Andreas Lubitz. A tragédia matou as 150 pessoas que estavam a bordo, de 18 nacionalidades, principalmente da Alemanha e Espanha.

Promotores alemães dizem ter encontrado evidências de que Andreas Lubitz, copiloto da Germanwings que teria jogado um A320 nos Alpes franceses na terça-feira (24), parece ter escondido provas de uma doença de seus empregadores.

Promotores da cidade de Düsseldorf dizem que encontraram documentos médicos na casa de Lubitz que indicam "uma doença existente e de tratamento médico adequado".

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O promotor Ralf Herrenbrueck disse em comunicado nesta sexta-feira (27) que um atestado médico rasgado, que liberava Lubitz de trabalhar no dia do acidente, "apoia a avaliação preliminar de que ele escondeu sua doença de seu empregador e seus colegas".

Ele disse que durante as buscas na casa do copiloto não foi encontrado um bilhete suicida ou qualquer motivação política ou religiosa para suas ações.

Sindicato francês abre processo contra vazamento de informações das investigações

O principal sindicato de pilotos da França abriu um processo contra o vazamento de informações das investigações sobre o acidente com o avião da Germanwings.

Guillaume Schmid, representante do sindicato SNPL, disse nesta sexta-feira que os pilotos estão irritados com as informações sobre os dramáticos momentos finais do voo que foram divulgadas pela mídia antes mesmo de os promotores terem sido informados.

Após a divulgação por meios de comunicação, um promotor anunciou que as gravações da cabine indicavam que o copiloto do A320 intencionalmente jogou a aeronave contra um montanha. Todas as 150 pessoas que estavam a bordo morreram.

O processo pede o respeito à lei francesa segundo a qual informações sobre investigações devem ser mantidas em segredo enquanto o inquérito estiver em vigor. O processo não indica um culpado, método comumente usado pela lei francesa, que deixa para os investigadores determinar de quem é a culpa.

Schmid disse que os pilotos estão tristes com o acidente e compreendem o desejo do público por informações imediatas, mas criticou a pressão sobre os investigadores e disse que isso pode levar a população a receber informações incorretas. Fonte: Associated Press.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse hoje estar profundamente chocada com a informação de que o copiloto do avião da Germanwings aparentemente provocou deliberadamente a queda da aeronave após ter se trancado sozinho na cabine.

"Hoje, chegou a nós a notícia que dá a esta tragédia uma nova dimensão, aparentemente incompreensível", disse Merkel. "Fui atingida por esta notícia, provavelmente da mesma forma que a maioria das pessoas. Isso é algo que vai além de qualquer poder da imaginação. Nós ainda não sabemos o contexto e é por isso que continua sendo tão importante prosseguir com as investigações até que cada aspecto tenha sido investigado exaustivamente", complementou.

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Ela reiterou a promessa que fez a líderes da França e da Espanha na quarta-feira de que seu governo faria tudo o possível para ajudar a esclarecer todos os aspectos da tragédia, na qual 150 pessoas morreram.

O copiloto, identificado como Andreas Lubitz, de 28 anos, cresceu na cidade alemã de Montabaur.

O Ministério Público da França informou que o piloto foi intencionalmente fechado para fora da cabine de pilotos minutos antes do Airbus A320 cair nos Alpes franceses. Fonte: Dow Jones Newswires.

As forças de segurança alemãs não têm indícios de que o copiloto, que investigadores franceses afirmam ter deliberadamente derrubado o avião da Germanwings na terça-feira, tivesse antecedentes terroristas, afirmou o ministro do Interior alemão Thomas de Maizière nesta quinta-feira.

"De acordo com nossas informações atuais...não temos indícios de que ele tinha qualquer antecedente terrorista", declarou Maizière em declarações transmitidas pela televisão. Ele afirmou que a Lufthansa também não descobriu nada a respeito em suas verificações regulares de segurança com o copiloto, que foi identificado pela promotoria francesa como Andreas Lubitz, de 28 anos.

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A tripulação também passou por verificação sobre conexões com terrorismo e outras questões de segurança. O resultado "foi negativo para todos eles", afirmou Maizière.

O A320 fazia o voo 9525, que saiu de Barcelona com destino a Düsseldorf, e caiu no sul da França. As 150 pessoas que estavam a bordo morreram.

Vídeo de treinamento

Um vídeo de treinamento da Air Airbus mostra que o A320 tem salvaguardas para o caso de um piloto no interior da cabine ficar incapacitado enquanto o outro está do lado de fora, ou no caso de os dois pilotos ficarem inconscientes.

Geralmente, alguém que tenta entrar na cabine solicita o acesso. Imagens de uma câmera ou um olho mágico permite que o piloto decida ou não liberar a entrada.

Se não houver resposta, um integrante da tripulação pode digitar um código requisitando o acesso. Se, porém, a pessoa na cabine negar a entrada após o pedido de emergência, a porta permanece fechada por cinco minutos, segundo o vídeo da fabricante da aeronave. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

Um dos dois pilotos do Airbus A320 da Germanwings, que caiu nos Alpes franceses na terça-feira, saiu da cabine pouco antes de o avião começar a descer, segundo duas pessoas que tiveram acesso às informações recuperadas de uma das caixas pretas do da aeronave.

Aparentemente, os tripulantes não conseguiram entrar novamente na cabine porque a porta estava fechada, disse uma das fontes, confirmando relatos anteriores publicados pelo jornal New York Times e por outras publicações. As fontes pediram para não ser identificadas porque não têm autorização para falar sobre as investigações.

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Os investigadores tentam descobrir por que o avião entrou em descida não autorizada, da altitude de cruzeiro de 38 mil pés. A descida levou ao choque com uma das montanhas 10 minutos mais tarde.

Investigadores disseram na quarta-feira que retiraram informações do gravador de voz da cabine. São conversas e outros sons, segundo informou Rémi Jouty, diretor da agência de investigação de acidentes aéreos francesa, a BEA. Ele afirmou que ainda não há explicações para o acidente.

"Pode-se ouvir os pilotos falando alemão nas gravações", disse um funcionário alemão, que recusou-se a informar o que aconteceu na cabine. Fonte: Dow Jones Newswires.

Gravações recuperadas da caixa preta do avião da Germanwings contém vozes de pessoas que conversam durante o voo, informaram investigadores franceses nesta quarta-feira.

A recuperação de arquivos de voz representa um avanço para os investigadores, que tentam chegar a uma conclusão sobre o que deu errado antes de o Airbus A320 começar uma descida não planejada de dez minutos que acabou com a colisão com uma montanha, desintegrando a aeronave na manhã de terça-feira.

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"Conseguimos um arquivo de áudio que contém sons e vozes utilizáveis", disse Rémi Jouty, diretor da agência de segurança aérea da França, conhecida como BEA, na sigla em francês.

Jouty disse que o arquivo foi recuperado da caixa preta, que estava muito danificada, e que ainda é muito cedo para tirar qualquer conclusão a partir do áudio. Ele disse esperar que os investigadores tenham uma "ideia aproximada" de seu conteúdo em alguns dias.

Os investigadores tentarão combinar os registros de voz com informações dos registros de voo. Essas informações, porém, estão na outra caixa preta, que ainda não foi recuperada, disse Jouty, acrescentando que não foram encontrados indícios desses registros na área da queda do avião.

Vítimas espanholas

O governo da Espanha elevou para 51 o número de vítimas do país no acidente com o avião da Germanwings. Autoridades espanholas disseram que o número é resultado da combinação do contato com a companhia aérea e familiares das vítimas. Fonte: Dow Jones Newswires.

Não é possível ver nada, apenas uma fumaça e pontos brancos pouco identificáveis nas ladeiras da montanha: este é o resumo dos relatos dos moradores da localidade francesa de Le Vernet, próxima à área da queda do avião da Gernmanwings.

Enquanto preparam Le Vernet, nos Alpes franceses, para para receber os parentes das 150 vítimas do acidente, os habitantes contam as primeiras impressões. "O problema é que não se vê nada quando você está diante do local. É preciso saber que um avião caiu para entender", conta Jean-Louis Bietrix, guia de montanhismo de 62 anos.

Ao lado de outros moradores, ele foi um dos primeiros a chegar ao local do acidente, ao meio-dia de terça-feira, para acompanhar os policiais que não conheciam a região.

Para ter acesso ao local é necessário trafegar durante 20 minutos por uma estrada difícil de cinco quilômetros para chegar ao porto de Mariaud (1.561 metros de altitude), com um jipe potente, "caso contrário não é possível passar", afirma Richard Bertrand, morador de 64 anos.

Depois é preciso caminhar por 30 a 40 minutos em um terreno muito acidentado. "Nem sequer é um caminho, por lá só existem vacas", explica Bertrand. Todos os acessos ao local do acidente foram bloqueados nesta quarta-feira pelas autoridades.

Partes espalhadas em um raio de 500 metros

Na terça-feira, pouco depois das 10H30, Jean-Marie Michel, vice-prefeito da localidade, de 70 anos, observou uma grande nuvem de fumaça, mas não ouviu nada. "Quando Richard me ligou, eu respondi: 'não fique maluco, deve algum fogo na montanha'. Só entendi realmente o que aconteceu quando vi os helicópteros", conta.

Ao acompanhar os policiais até o porto, Michel observou pedaços espalhados em um raio de 500 metros, por todos os lados, alguns ainda com fumaça. "O avião bateu com toda a força contra a parede abrupta da montanha, conta o vice-prefeito. "Quando você vê o tamanho dos pedaços do avião consegue imaginar como foi para os seres humanos", diz.

Jean-Louis Bietrix, que se aproximou da área do choque, descreve "pequenos pedaços brancos que não parecem com nada". "Os dois pedaços maiores têm o tamanho de metade de um carro", disse.

Avião destruído

"O avião está verdadeiramente em migalhas. É algo muito triste", comenta o guia, que disse não ter visto nada parecido com corpos de passageiros. "Mas pensamos neles", completa. "É incrível, um Airbus é algo enorme e quando você chega ao local não vê nada, é impactante", comenta.

A tarefa dos investigadores será muito árdua, já que no local as rochas não são firmes, o que provoca o temor de deslizamento de pedras. "É praticamente um muro. Vão ter que usar cordas", diz Richard Bertrand. "E com o local e as condições, o trabalho será demorado", opina Bernard Bartolini, prefeito de Prads-Haute-Bléone, vilarejo de 195 habitantes, onde aconteceu o acidente.

Bartolini decretou luto e pediu um apoio administrativo para conseguir regigir as 150 certidões de óbito. "Habitualmente, emitimos um ou dois por ano", completa.

Uma cerimônia de luto acontecerá nesta quarta-feira em Le Vernet, perto da montanha. Policiais, bombeiros e autoridades locais trabalhavam para instalar barracas de campanha e receber as famílias das vítimas.

O voo da companhia Germanwings entre Barcelona (Espanha) e Dusseldorf (Alemanha) decolou nesta quarta-feira, 24 horas depois do acidente com um avião da empresa nos Alpes franceses, que matou 150 pessoas.

"Já decolou", afirmou à AFP uma funcionária do painel da Swissport, responsável pelo atendimento ao cliente de várias companhias de baixo custo, entre elas a Germanwings, filial da alemã Lufthansa.

A funcionária não informou quantos passageiros estavam a bordo. A companhia mudou, no entanto, o código do voo, agora 4U9441 (antes 4U9525).

Outros cinco voos da Germanwings estavam previstos na quarta-feira com decolagem de Barcelona e destino a Hamburgo, Hannover, Dusseldorf, Colonia e Stuttgart.

Mas no aeroporto de Dusseldorf, a Germanwings cancelou um voo com destino a Barcelona nesta quarta-feira, porque alguns tripulantes não estavam em condições de trabalhar, um dia depois da tragédia nos Alpes franceses.

"Um voo da Germanwings para Barcelona foi anulado", confirmou um comunicado do aeroporto de Dusseldorf. A empresa alemã cancelou 24 voos na terça-feira, depois do acidente.

O aeroporto de Dusseldorf era o destino do avião Airbus A320, procedente de Barcelona, que caiu no sudeste da França com 144 passageiros e seis tripulantes a bordo.

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