Os paraenses que atuam na Europa iniciaram a temporada com protagonismo. No sábado (13), Welthon, ex-Remo, fez o primeiro gol oficial do Paços de Ferreira no empate por 1 a 1 diante do Moreirense. 

O centroavante, de 24 anos, nascido em Belém, começou a carreira no Guarani (SP) e teve passagens pelos três principais clubes da capital paraense – Tuna (2011), Paysandu (2012) e Remo (2014 e 2015), além de ter defendido as camisas do Independente e Tapajós. Welthon teve maior protagonismo no Leão, em que fez um dos gols na campanha do acesso da equipe azulina na Série D do ano passado. Permaneceu para esta temporada, mas não conseguiu render o esperado. Fez cinco gols em 17 aparições no Leão. Transferiu-se para o Paços de Ferreira, time emergente em Portugal. Mas não foi a primeira passagem dele pelo país lusitano. O atacante atuou em 2014 pelo Braga.

Assim como ele, Marcos Lopes também assinalou o primeiro gol oficial do time que defende na temporada. Também no sábado, o meia atacante luso-brasileiro fez os dois gols da derrota do Lille para Metz pelo placar de 3 a 2.

Conhecido também por Rony Lopes, o meia nasceu em Belém, mas, aos quatro anos, foi morar em Portugal, onde construiu a carreira como jogador. Conseguiu se destacar no Benfica B e, aos 16 anos, passou a atuar no Manchester City, da Inglaterra, também nas categorias de base. Teve poucas oportunidades no time principal, mas chegou a fazer um gol, feito que o tornou, à época, o jogador mais novo da história dos Cityzens a marcar um gol. Esteve no elenco campeão do Campeonato Inglês e Copa da Liga Inglesa.

Emprestado para o Lille, o paraense começou a ficar mais tempo em campo. E sobressaiu na temporada 2014/15 em que a equipe finalizou o Ligue 1 (Campeonato Francês) em 8° lugar. Na temporada seguinte, conviveu com lesões e não conseguiu ter a mesma regularidade. Chegou a ser negociado com Mônaco, mas retornou ao Lille.

Rony optou por defender a Seleção de Portugal. E tem mais de 60 convocações aos times de base. Chegou a uma final de Copa do Mundo sub-19, mas perdeu na decisão justamente para o Brasil, nos pênaltis. Nas cobranças, o paraense foi um dos jogadores de Portugal a converter a cobrança.

Por Mateus Miranda. 

O final de semana foi de protagonismo para os jogadores paraenses que atuam na Série B do Campeonato Brasileiro. O primeiro deles teve o meia Renan Mota, nascido em Marabá, como autor do gol do Oeste diante do Avaí, na noite de sexta-feira (15), pela 16° rodada. Os times empataram por 1 a 1.

Os atacantes Rossi e Roni fizeram três dos seis gols no principal jogo da rodada: Goiás x Naútico. O Esmeraldino ganhou o Timbu por 4 a 2, na tarde de sábado (16), no Serra Dourada. Roni fez um gol e Rossi, dois, que garantiram a virada no placar.

O mais famoso deles e também com carreira mais “recheada” desencantou na temporada. O lateral-direito Yago Pikachu fez o primeiro gol com a camisa do Vasco no empate por 1 a 1 contra o Luverdense, também no sábado (16), no Passo das Emas.

Com informações de Mateus Miranda.

Com a chegada de um zagueiro artilheiro no Sport, o ex-alvirrubro Ronaldo Alves, outro jogador de defesa do elenco leonino resolveu assumir o posto de marcar gols para o Leão. Pelo menos na última partida diante do Vitória, no Barradão, Matheus Ferraz foi quem demonstrou faro para balançar as redes ao marcar dois gols. Apesar de não conseguir evitar a derrota na Bahia, o jogador mira a continuidade da boa fase para manter a titularidade, já que a concorrência no grupo aumentou.

“Graças a Deus pude ajudar o Sport com gols. Estou procurando me superar, crescer a cada dia. Assim como a equipe vem crescendo. Meu trabalho no dia a dia vem dando resultado e vou procurar treinar muito para melhorar cada dia mais”, comentou Matheus, que balançou as redes pela primeira vez neste ano no último jogo.

Vindo de boas atuações também nos jogos contra o São Paulo e Chapecoense, o zagueiro tenta esquecer os erros de arbitragem que prejudicaram os pernambucanos diante do Vitória e mirar na próxima rodada, na qual, em casa, o time enfrentará o líder Palmeiras. “A gente sabe que o Palmeiras tem uma grande equipe. Mas nós estamos preparados, confiantes para essas situações. Vamos descansar bem e nos preparar para fazer um grande jogo e sair com a vitória”, concluiu o defensor, lembrando que o Leão precisa do resultado positivo para deixar novamente o Z4 após ter caído para a 17ª posição na última rodada.

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Foi um verdadeiro atropelo o que o Náutico fez contra o fraco Sampaio Corrêa, em plena estreia do novo treinador Wagner Lopes. O time do técnico  Alexandre Gallo venceu o jogo na Arena Pernambuco por 5 a 0, nesta sexta-feira (27). O Timbu chega à sétima colocação da Série B, enquanto a Bolívia Querida continua na lanterna. Entretanto ainda faltam seis partida nesta quarta rodada.

O técnico Alexandre Gallo mandou o Náutico para o jogo com grandes mudanças. O exame de fadiga do volante Rodrigo Souza acusou e Gastón Filgueira compôs a cabeça-de-área ao lado de Maylson. A dupla de zaga foi mantida com Rafael Pereira e Eduardo. Mas a principal alteração foi realizada no setor ofensivo. O comandante alvirrubro entrou com quatro atacantes: Jefferson Nem, Bérgson, Rafael Coelho e Rony. Todos balançaram as redes na partida.

Lanterna da Série B, não demorou até o fraco Sampaio Corrêa ser facilmente dominado pelo Náutico. A partida marcou a estreia - e mostrou o imenso desafio - do treinador Wagner Lopes. Mas o técnico pouco pôde fazer além de se lamentar. Os problemas da Bolívia Querida começaram após os 20 minutos. Aos 23, Rony recebeu passe de Joazi e foi derrubado na área. Bérgson, que fez a segunda partida após se recuperar de lesão, bateu no canto direito e deslocou o goleiro Rafael.

Se o goleiro não teve culpa no primeiro gol, no segundo ele até admitiu. Apenas três minutos depois, na jogada de mais insistência do Náutico (os lançamentos), Rony escapou pela esquerda e cruzou. Rafael Coelho chegou, o arqueiro Rafael perdeu o tempo da bola e deixou escapar. Jefferson Nem só completou para as redes.

Após fazer 2 a 0, o Timbu se fechou e apostou ainda mais nos lançamentos, que não funcionaram com tanta eficiência principalmente pela falta de precisão. No segundo tempo, com a entrada do volante Rodrigo Souza (Gastón foi deslocado para a lateral e Matheus Muller saiu) as tentativas melhoraram. Com apenas dois minutos, Rony fez bela jogada, passou no meio de dois e tocou, com frieza, na saída do goleiro. Golaço!

A goleada fez o Sampaio Corrêa se arriscar e a situação ficou ainda pior. O único atacante que ainda não havia balançado as redes na partida, Rafael Coelho deixou o dele aos 11. Em jogada de Rony pela esquerda, o centroavante recebeu a bola com a barra aberta, já sem goleiro e só mandou para o gol. Ainda deu tempo para o goleiro Rafael falhar feio em cruzamento de Taiberson e Rodrigo Souza deixar o dele de cabeça.

O Sampaio Corrêa tentou diminuir a diferença nos últimos minutos e só não conseguiu por causa do goleiro Júlio César, que espalmou chute de Daniel Barros e a bola foi no travessão. E em jogada de Edgar, de cabeça, já nos últimos minutos.

DESTAQUES

Craque: Rony (Náutico) - sofreu o pênalti, deu assistência para Rafael Coelho e ainda marcou o dele. Poderia ter feito mais se tivesse mais eficiência na finalização

Bola Murcha: Gedeílson (Sampaio Corrêa) - o lateral direit vacilou em três gols do Náutico. Furou a bola em um e afroxou a marcação nos outros. 

FICHA DE JOGO

Náutico 5
Júlio César; Joazi, Rafael Pereira, Eduardo e Matheus Muller (Rodrigo Souza); Maylson, Gastón Filgueira, Jefferson Nem, Bergson (Taiberson) e Rony; Rafael Coelho (Tiago Adan). Técnico: Alexandre Gallo.

Sampaio Corrêa 0
Rafael;  Gedeilson (Guilherme Lucena), Eli sabiá, Luiz Otávio e Guilherme Santos;  Levi (Henrique), Daniel Barros, Daniel Amora e Felipe Costa (Léo Gago); Max e Edgar. Técnico: Wagner Lopes. 

Torneio: Campeonato Brasileiro - Série B - 4ª Rafaek
Local: Arena Pernambuco
Árbitro: Francisco de Paula dos Santos Neto
Gols: Bérgson (20 do 1ºT), Jefferson Nem (23 do 1ºT), Rony (2 do 2ºT), Rafel Coelho (11 do 2ºT) e Rodrigo Souza (19 do 2ºT) - Náutico 
Cartões amarelos: Matheus Muller - Náutico; Lui Otávio, Max, Levi Silva - Sampaio Corrêa
Público: 1.546
Renda: R$ 24.750

O futebol paraense foi muito bem representado nas últimas rodadas das grandes ligas europeias. Na Espanha, o centroavante Charles Dias marcou dois gols e garantiu a vitória do Málaga diante do Las Palmas, por 4 a 1, no La Rosaleda. O primeiro deles saiu em cobrança de penalidade máxima, que encerrou um incômodo jejum de gols do atacante, que não marcava havia oito rodadas. O outro foi feito no final da partida e fechou a goleada. O clube da Andaluzia finalizou o campeonato em 8° lugar.

Charles terminou a temporada como artilheiro do Málaga. Fez 12 gols e três assistências em 35 partidas disputadas. Nascido em Belém, o atacante não teve sucesso em Remo e Paysandu. Não passou nos testes dos maiores clubes do Estado e, dessa forma, começou a carreira em Portugal, onde jogou pelo Flaviense e Feirense.

No entanto, construiu a carreira na Espanha. Marcou 46 gols em seis temporadas no Pontevedra. No Almeira, foi artilheiro da Liga Adelante (Segunda Divisão Espanhola) com 32 gols e recolocou o time na La Liga. Na primeira divisão, atuou pelo Celta de Vigo e fez 16 gols em nas duas temporadas que defendeu o “Celtinha”. Nesta temporada, transferiu-se para o Málaga e recuperou parte do protagonismo que construiu na Espanha. Você pode saber mais detalhes da carreira dele neste link.

Rony Lopes – Outro paraense que encerrou a temporada de forma digna foi o meia Rony Lopes, titular na vitória do Lille por 1 a 0 contra o Saint-Ettiene, pela Ligue 1 (Campeonato Francês). Os três pontos garantiram a sexta colocação da equipe na competição e vaga na Liga Europa da temporada que vem. O jovem, de 19 anos, que tem dupla nacionalidade (português e brasileira), fez dois gols e uma assistência na temporada. Não esteve no time titular durante boa parte dos jogos em virtude de problemas musculares. A história da promessa paraense pode ser vista neste link:

Lima – Outro centroavante que fez sucesso na Europa, mas em Portugal, na defesa das camisas de Belenenses, Braga e Benfica – em que foi artilheiro da Liga Portuguesa. Nesta temporada, era artilheiro do Al Ahli, dos Emirados Árabes, com 19 gols em 23 partidas, até sofrer grave lesão no joelho em dezembro. Fato que tirou o paraense pelo restante da temporada. Mais detalhes do decisivo e matador atacante pode ser vista aqui.

Por Mateus Miranda. 

Um jogo intenso. Na marcação, na velocidade, nas arquibancadas com mais de 40 mil torcedores. Este foi o Clássico das Emoções desta quarta (20), válido pelas semifinais do Campeonato Pernambucano 2016, realizado no estádio do Arruda. O time do "paizão" Milton Mendes acabou saindo na frente do Náutico de Dal Pozzo. Confira os melhores momentos do jogo nas lentes da TV Oficial do Santa Cruz:

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O Clássico das Multidões deste domingo (10), pela última rodada do Hexagonal do Título, terminou em 1 a 1, no Arruda. O resultado classificou o Santa Cruz para as semifinais do Campeonato Pernambucano, em que o Tricolor enfrentará o rival Náutico. Já o Sport pegará o Carcará. Keno marcou primeiro para a Cobra Coral e Grafite, ao tentar tirar a bola de cabeça, acabou marcando contra.

O Santa Cruz, pela necessidade de vencer, foi logo ao ataque e quase marcou. Aos 2 minutos, Arthur girou em cima da defesa leonina e bateu forte, rasteiro. Danilo Fernandes fez grande defesa e evitou o que seria o primeiro gol da partida. O Sport começou o jogo marcando mais e saindo no contra-ataque, mas sem jogadas ofensivas claras.

Depois dos 20 minutos, o Tricolor mais uma vez chegou forte e quase marcou. Grafite saiu na cara de Danilo Fernandes, mas o arqueiro do Leão defendeu e evitou o primeiro gol do jogo. O Sport respondeu perto dos 30 minutos, com o meia Everton Felipe. Após receber bola enfiada do chileno M.González, o prata da casa leonino tocou por cima do goleiro Tiago Cardoso e perdeu a chance de abrir o placar.

Logo depois, Keno fez grande jogada pelo lado esquerdo e cruzou para Grafite. O atacante coral recebeu, dentro da área, e perdeu uma grande oportunidade, ao chutar para fora, no lado esquerdo da meta rubro-negra. Mas aos 33 minutos, a Cobra-Coral, que até então apresentou um melhor futebol que o time de Falcão, abriu o placar no Arruda. Aos 33 minutos, Keno tabelou com Grafite e ficou cara a cara com Danilo Fernantes. O ofensivo tocou rasteiro para o fundo das redes, fazendo 1 a 0 no Sport.

O Leão tentou responder três minutos depois. O chileno M. González, que foi o jogador mais esperto do Sport no primeiro tempo, deixou mais uma vez o ataque do Rubro-Negro com uma grande chance de marcar. Após jogada pela direita, o meia cruzou na medida para o atacante Vinícius Araújo, que, de frente para o gol, meteu por cima, e perdeu o empate. E assim acabou o primeiro tempo do Clássico das Multidões.

Segundo tempo sem muitas emoções

O início da segunda etapa começou com forte marcação das duas equipes. Nos primeiros minutos, o jogo ficou travado no meio de campo, sem boas jogadas de ataque. Porém, aos 11 minutos, o Leão chegou ao empate com “ajuda coral”. Depois da cobrança de um escanteio, Grafite foi cortar e acabou jogando contra as próprias redes. Sport 1 a 1 com o Santa.

Após o gol do Sport, o time leonino começou a chegar mais ao ataque. Mais uma vez, o meia chileno Mark González fez boas jogadas pelo lado direito, dando muito trabalho aos defensores corais. Inclusive, o jogador acabou se desgatando e foi substituído pelo atacante Fábio.

Pelo lado coral, o Santa Cruz não teve tanta criatividade para furar o bloqueio rubro-negro. Sem contar que o Sport continuou forçando jogadas pelas pontas, obrigando o elenco coral a redobrar a atenção na marcação.

O jogo terminou empatado e o resultado classificou o Santa Cruz para as semifinais do Estadual. A Cobra Coral vai pegar o Timbu, que terminou em primeiro, enquanto o Leão jogará contra o Carcará, que acabou na segunda colocação.

Craque LeiaJá: Chileno Mark Gonzáles voltou bem ao Sport. Atuando pelas pontas, o meia deu boas enfiadas aos atacantes leoninos e fez jogadas lisas para cima da defesa coral. Pelo lado do Santa Cruz, o grande destaque é para Keno, que além de fazer o gol tricolor, ainda deu bastante trabalho com sua correria.

Bola murcha LeiaJá: Grafite, além perder várias chances, ainda marcou contra. No Leão, Vinícius Araújo, apesar de correr bastante, perdeu um gol de frente para barra.

FICHA DO JOGO

SANTA CRUZ

Tiago Cardoso; Vítor, Neris, Danny Morais e Allan Vieira; Uillian, João Paulo e Lelê (Daniel Costa); Arthur (Wallyson), Grafite e Keno (Wellington). Técnico é o Milton Mendes.

SPORT

D.Fernandes; S.Xavier, Durval, Henríquez, Christiano; Serginho, Ronaldo (Neto Moura), L.Antônio; E.Felipe, Vinícius e M.González (Fábio). Técnico é o Paulo Roberto Falcão.

Data: 10/04/2016.

Local: Estádio José do Rego Maciel (Arruda)

Torneio: Hexagonal do Título do Campeonato Pernambucano

Árbitro: Gleydson Leite (PE)

Gols: Keno / Grafite (contra)

Cartões amarelos: Serginho e Ronaldo (Sport) / Keno (Santa)

Público: 16.367

Renda: R$ 296.970

Além da evolução tática, técnica e física que os times apresentaram nas últimas décadas, uma das marcas do futebol moderno foi a projeção das jogadas de bola parada. Seja em faltas, seja em escanteios, as equipes utilizam cada vez mais esse recurso para chegar a vitórias, principalmente em partidas em que a marcação adversária está bem compactada ou não há muita criatividade dos jogadores com a bola rolando. Não à toa, muitos treinadores reservam alguns minutos específicos de treinamento para buscar jogadas ensaiadas e fortalecer a equipe nesse aspecto. Geralmente, até a imprensa é retirada do estádio nesse momento.

Se em 2015 o Paysandu ficou conhecido por ser um time que jogava mais atrás da linha da bola, com o esquema tático de três volantes, e que apostava nas jogadas ofensivas dos laterais, nste ano o Papão adotou como principal trunfo a bola parada. Dez dos 21 gols marcados pelo time na temporada saíram de lances com a bola parada (faltas, escanteios e pênaltis), o que corresponde a 47,6% dos tentos feitos pelo time. Celsinho é o cobrador oficial do time e, como esperado devido aos números, é destaque dos bicolores no início do ano. Marcou cinco gols e efetuou seis assistências.

Antes vista com mera alternativa, a bola parada ganhou significativa importância nas últimas partidas do Paysandu. O time passava por fase oscilante, mas manteve-se invicto a partir dos gols feitos dessa forma. Na partida de domingo (27), vencida por 3 a 0 contra o Fast-AM, pela Copa Verde, os bicolores marcaram mais um gol em cobrança de falta. A diferença foi a do assistente: o veterano Vélber. Diante do Cametá, no dia 30, no Parazão, Leandro Cearense garantiu o triunfo bicolor em cobrança de penalidade máxima, depois de escanteio. 

O Papão fez gols de bola parada em oito das 12 partidas disputadas na temporada. Empatou três dos quatro jogos em que não aproveitou o recurso e venceu somente uma: 1 a 0 contra o Independente, na segunda rodada da Taça Cidade de Belém, o primeiro turno do Parazão.

Quando o Paysandu alcançou 21 gols no passado, somente seis haviam sido resultado de lance com bolas parada – 31%. O batedor oficial era o lateral direito Yago Pikachu, que sobressaiu mais pelos gols do que por assistências. Foram seis gols de falta e um olímpico na temporada.

Partidas em que o Paysandu fez gols em lande de bola parada

- Paysandu 3 x 0 Paragominas – 1º rodada do Parazão (Taça Cidade de Belém). Betinho (pênalti)

- São Raimundo 2 x 5 Paysandu – 3 ° rodada do Parazão (Taça Cidade de Belém). Raphael Luz e Lucas (faltas de Celsinho)

- Paysandu 4 x 1 Tapajós – 4º rodada do Parazão (Taça Cidade de Belém). Gilvan e Raphael Luz (faltas de Celsinho)

- Paysandu 1 x 1 Remo – final do 1º do Parazão. Marcelo Costa (Cobrança direta de falta)-

Águia 0 x 1 Paysandu – oitavas de final da Copa Verde (cobrança direta de Celsinho)

- Fast-AM 1 x 1 Paysandu – oitavas de final da Copa Verde. Pablo (Escanteio de Celsinho)

- Paysandu 3 x 0 Fast-AM – oitavas de final da Copa Verde. Betinho (Falta de Vélber)

- Paysandu 1 x 0 Cametá – 3º rodada do Parazão (Taça Estado do Pará). Leandro Ceraense (pênalti). 

Obs: O jogo entre Águia e Paysandu foi anulado pelo STJD (Supremo Tribunal de Justiça Desportiva), porém está contabilizado aqui. 

Por Mateus Miranda.

Dois paraenses balançaram as redes na fase de grupos na Copa Libertadores da América nesta semana. Na quarta-feira (9), o meia Giovanni Augusto, jogador do Corinthians, de pênalti, diminuiu o placar na derrota por 3 a 2 para o Cerro Porteño, no Paraguai. Na quinta (10), o também meia Paulo Henrique Ganso abriu o marcador para o São Paulo no jogo contra o River Plate, na Argentina, mas os tricolores sofreram empate ainda no primeiro tempo.

Os resultados mudaram a classificação dos grupos das equipes. O Timão perdeu a liderança do grupo 8 e agora ocupa a 2ª colocação, com seis pontos em três partidas. Enquanto o São Paulo somou o primeiro ponto em dois jogos. Os são-paulinos subiram para o 3° lugar na chave.

Giovanni Augusto tem 26 anos e nasceu em Belém. O meia foi revelado pelo Paysandu e se destacou com a camisa bicolor na Copa São Paulo de Futebol Júnior, em 2008. Depois, transferiu-se para o Atlético Mineiro e passou atuar por vários times do Brasil, como Naútico-PE, Criciúma-SC, ABC-RN, até engrenar na carreira no Figueirense-SC, na Série A de 2014. Disputou 36 partidas e marcou seis gols naquela temporada. Além de ter sido campeão do Campeonato Catarinense.

O desempenho agradou ao Galo Mineiro, que resolveu reintegrar o meia ao elenco na temporada seguinte. Em Minas Gerais, tornou-se titular absoluto da equipe do treinador Levir Culpi, faturou o Campeonato Mineiro do ano e conduziu o time ao segundo lugar do Campeonato Brasileiro. Em 2016, atraiu o interesse do Corinthians, atual campeão da Série A. Recém-contratado, é titular e marcou o primeiro gol dele na temporada.

Paulo Henrique Ganso, também com 26 anos, iniciou a carreira na Tuna Luso, mas o clube formador do atleta é o Paysandu. Negociado com o Santos ainda muito jovem, o meia estreou no time principal em 2010 e era um dos protagonistas da nova geração dos “meninos da vila”, junto com Neymar, André, Wesley, entre outros. Ganhou o estadual de 2010 (e mais dois em 2011 e 2012). Na mesma temporada, conquistou a Copa do Brasil com a camisa santista. No ano seguinte, ergueu a taça de Campeão da Copa Libertadores e, inclusive, fez assistência na final para o gol de Neymar, na final contra o Peñarol-URU. Em 2012, último ano dele no Peixe, ganhou a Copa Sul-americana e a Recopa Sul-americana. As atuações de Ganso renderam convocações para a Sseleção Brasileira. Foi vice-campeão do mundial sub-20, participou de amistosos e da Copa América de 2011 pela seleção principal.

Apesar dos títulos e das características de um clássico camisa 10, há muito tempo não encontrado no Brasil, Ganso não conseguiu decolar na carreira como era esperado. O meia passou a conviver com lesões e teve saída conturbada do Santos para o São Paulo - clube em que, há três temporadas, tenta recuperar a melhor forma física e técnica para novamente despontar no futebol nacional. Fez 11 assistências na Série A do ano passado (apenas Jadson teve mais) e, nesta temporada de 2016, é o artilheiro do São Paulo, com quatro gols.

Por Mateus Miranda.