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O líder oposicionista venezuelano Juan Guaidó disse na madrugada desta terça-feira (25), ter sido expulso da Colômbia horas após ter cruzado a fronteira do país com o objetivo de participar da conferência que vai tentar restabelecer o diálogo entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição.

Em um vídeo divulgado no Twitter, Guaidó disse que ingressou na Colômbia para fugir da repressão do governo venezuelano, mas que agora também se sente perseguido no país vizinho.

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O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia informou no fim da noite da segunda-feira, 24, que Guaidó ingressou de maneira "irregular" no país, e que por causa disso foi levado a um aeroporto para embarcar para os Estados Unidos.

"A perseguição da ditadura infelizmente chegou hoje à Colômbia", diz Guaidó no vídeo, que foi gravado dentro de um avião.

Após a reeleição de Maduro em 2018 ter sido considerada fraudulenta por diversos países, Guaidó se autoproclamou presidente interino da Venezuela. Desde então, porém, a popularidade do líder oposicionista se esvaiu. Em janeiro, parlamentares da oposição "depuseram" Guaidó e formaram um comitê para o comando do "governo interino".

A conferência que o governo do presidente da Colômbia, Gustavo Preto, promove a partir desta terça tem o objetivo de fazer com que governistas e oposicionistas venezuelanos retomem o diálogo. O governo da Colômbia informou que Guaidó não foi convidado para o evento. No fim do ano passado, um esforço semelhante realizado no México e liderado por diplomatas noruegueses acabou fracassando. Fonte: Associated Press.

Joe Biden conversará por videoconferência com o líder opositor Juan Guaidó, que ele considera presidente interino da Venezuela, no âmbito da Reunião de Cúpula das Américas, afirmou nesta terça-feira o chefe da diplomacia americana para a América Latina.

"Respeitamos e reconhecemos o governo interino do presidente Juan Guaidó, com quem Biden falará por videoconferência "hoje ou amanhã" para "discutir os temas importantes na relação bilateral", declarou Brian Nichols ao canal VPI em Los Angeles, onde acontece a reunião de cúpula.

"Por ora, é um anúncio unilateral dos Estados Unidos que estamos vendo na imprensa, não houve notificação ou coordenação alguma para isso", afirmaram à AFP fontes da equipe de Guaidó, que não quiseram ser identificadas.

A França desmentiu, nesta sexta-feira (5), que o líder opositor venezuelano Juan Guaidó esteja refugiado em sua embaixada em Caracas, como afirmou o chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza.

"O senhor Juan Guaidó não está na residência da França em Caracas. Confirmamos isso várias vezes às autoridades venezuelanas", disse a porta-voz do Ministério francês das Relações Exteriores, Agnès von der Mühll.

Ontem, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela disse que Guaidó estava na embaixada francesa, alguns dias depois de o presidente socialista Nicolás Maduro insinuar que o líder parlamentar estava "escondido" em uma sede diplomática.

"Nós não podemos entrar em uma residência de uma embaixada de nenhum país, neste caso da Espanha, ou da França, e que a Justiça os tire à força. Não pode, não pode", respondeu Arreaza em entrevista a uma rádio, ao ser questionado por um jornalista sobre a suposta presença de Guaidó na embaixada francesa e sobre a permanência de seu mentor, Leopoldo López, "hospedado" na residência do embaixador espanhol em Caracas há mais de um ano.

"Esperamos que esses governos retifiquem (...) e entreguem os foragidos da justiça à Justiça venezuelana", acrescentou Arreaza.

Na segunda-feira, sem citar diretamente qualquer missão diplomática, Maduro deu a entender que Guaidó está "escondido em uma embaixada".

O atual líder da oposição venezuelana negou a acusação imediatamente.

"Eles mentem para você", tuitou Guaidó, momentos depois, no Twitter, afirmando estar, "onde quer que esteja, com o povo".

Juan Guaidó é alvo de vários processos judiciais desde que foi proclamado presidente interino em janeiro de 2019, embora não se saiba se há um mandado de prisão contra ele.

- Novo apelo por eleições

A França está entre os mais de 50 países que, liderados pelos Estados Unidos, reconhecem Guaidó como presidente encarregado da Venezuela depois que o Parlamento da maioria da oposição declarou Maduro "usurpador" do poder.

Nicolás Maduro acusa seu rival de ter fomentado uma tentativa de "invasão da Venezuela" que terminaria, segundo ele, com um "golpe de Estado" com a cumplicidade dos Estados Unidos e da Colômbia.

O presidente dos EUA, Donald Trump, nega qualquer envolvimento.

"Todos os esforços agora devem se concentrar agora em encontrar uma solução política para a crise política venezuelana", acrescentou Agnès von der Mühll, que pediu "eleições livres" e "transparentes" para "pôr fim ao sofrimento do povo venezuelano".

"Junto com a União Europeia e seus parceiros no grupo de contato internacional, a França estimula todos os atores venezuelanos, em particular as autoridades venezuelanas, a iniciarem negociações inclusivas para atingir esse objetivo", completou a porta-voz.

Em 13 de maio, a França expressou sua "firme condenação" ao tratamento de seu embaixador em Caracas, Romain Nadal. Desde 2 de maio, policiais vigiam a rua onde fica a residência do embaixador, que está sem água e energia elétrica desde então.

O estrategista político venezuelano Juan José Rendón, assessor do opositor Juan Guaidó, admitiu ontem ter assinado um contrato com o representante da empresa de segurança privada SilverCorp, Jordan Goudreau, a quem pagou US$ 50 mil para realizar uma operação para capturar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

"Era uma tentativa de capturar e entregar à Justiça membros do regime com acusações e ordens de captura", admitiu Rendón, em entrevista à CNN em Espanhol. O assessor, porém, insistiu que Guaidó não fez parte do acordo e garantiu que Goudreau não recebeu o "sinal verde" para lançar a operação.

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O ataque foi um fracasso. No domingo, Maduro anunciou que 8 mercenários haviam sido mortos e 15 estavam presos, incluindo dois cidadãos americanos - Luke Denman, de 34 anos, e Airan Berry, de 41. "Sabíamos de tudo: o que eles falavam, o que estavam comendo, o que não estavam comendo, o que estavam bebendo e quem os financiava", disse o presidente.

Na noite de quarta-feira, Maduro apresentou um vídeo na TV estatal em que Denman, um ex-soldado das forças especiais dos EUA, confessou que ajudou a treinar o bando que tentou entrar na Venezuela pelo mar - ironicamente, boa parte dos venezuelanos sequer viu a transmissão em razão de um blecaute que atingiu o país.

Ontem, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, voltou a negar que os EUA tenham participado da operação e pediu a Maduro que deixe o poder para que se possa "restaurar a democracia na Venezuela". "Não houve envolvimento direto do governo dos EUA", disse Pompeo. "Se tivéssemos participado, o desfecho teria sido bem diferente."

Na quarta-feira, Pompeo prometeu que usaria "todas as ferramentas" disponíveis para garantir o retorno dos americanos presos. "Queremos trazer todos americanos de volta. Se o regime de Maduro decidir segurá-los, usaremos todas as ferramentas disponíveis para tentar recuperá-los", disse o secretário de Estado.

Ontem, Maduro afirmou que os dois serão julgados na Venezuela. "Eles confessaram sua culpa, violaram o direito internacional, violaram o direito venezuelano, estão nas mãos da Justiça e garantiremos que ela seja feita neste caso com esses dois americanos e com o resto dos mercenários", disse o presidente.

Segundo o Washington Post, Goudreau contratou Denman e Berry para treinar e supervisionar a força de incursão de desertores militares venezuelanos que vivem na Colômbia. Ao jornal, Goudreau disse que estava agindo com base em um contrato assinado por Guaidó e outras figuras da oposição em Miami. Ele garantiu que o governo de Donald Trump estava ciente da operação.

O líder do grupo de oposição de Miami admitiu ter participado de discussões preliminares com Goudreau, mas disse que as negociações tinham sido encerradas. Representantes da oposição disseram que ficaram surpresos quando Goudreau apareceu em vídeo, no domingo, acompanhado por um general venezuelano desertor, para anunciar que uma operação contra Maduro havia sido lançada.

No vídeo apresentado na quarta-feira por Maduro, Denman confessou envolvimento no treinamento de uma força de 50 a 60 homens em Riohacha, uma cidade do nordeste da Colômbia, perto da fronteira com a Venezuela.

Ele disse que uniformes e armas foram fornecidos por Goudreau e o plano era capturar Maduro e levá-lo para os Estados Unidos, que o indiciaram por narcotráfico e corrupção no início do ano e ofereceram uma recompensa de US$ 15 milhões por sua captura. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder da oposição e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, foi agredido nesta terça-feira (11) por uma multidão de chavistas que o esperava no aeroporto internacional Simon Bolívar, que serve Caracas, ao retornar de uma viagem internacional de 23 dias.

Assim que Guaidó saiu do terminal aéreo, quase 200 pessoas o socaram e o atingiram com diversos objetos. Também foram alvos de agressão a mulher do político, Fabiana Rosales, e vários deputados da oposição que foram recebê-lo.

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"Guaidó, fascista pró-imperialista" e "fora, direita, a pátria se respeita", gritavam os simpatizantes de Nicolás Maduro.

Vários jornalistas também foram agredidos e assaltados pelos chavistas em frente de dezenas de agentes da Polícia Nacional Bolivariana e da Guarda Nacional Bolivariana, que não impediram o tumulto.

Guaidó, de 36 anos, chegou à Venezuela por volta das 17 horas (18 horas em Brasília) e foi recebido por dezenas de deputados. "Venezuela: já estamos em Caracas. Trago o compromisso do mundo livre, pronto para nos ajudar a recuperar a democracia e a liberdade. Está começando um novo momento que não admite nenhum contratempo e precisa que todos nós façamos o que temos de fazer. Chegou a hora", escreveu Guaidó no Twitter antes de deixar o aeroporto. Ele também postou sua foto em frente a um funcionário de imigração com a frase: "Em casa". Ele estava proibido de deixar o país, mas saiu clandestinamente no dia 19.

Guaidó, que foi recebido na Casa Branca pelo presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou ontem a partidários que serão impostas novas sanções "contra a ditadura" e pediu a seus seguidores que intensifiquem os protestos como complemento dessa estratégia.

"Os mecanismos de pressão só vão aumentar, por polêmicos que sejam vão continuar aumentando", acrescentou. Na sexta-feira, os EUA ampliaram suas sanções contra a Conviasa e ontem funcionários da companhia aérea estatal também receberam Guaidó com protestos. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, pediu nesta quarta-feira (22) em discurso no Parlamento Europeu, em Bruxelas, que a União Europeia aumente a pressão sobre o governo do presidente Nicolás Maduro por meio de mais sanções. Segundo ele, a diplomacia até agora não surtiu efeito contra o chavismo.

"É sádico o que ele (Maduro) está fazendo. Ele está torturando pessoas, está prendendo pessoas". Guaidó afirmou também que pretende voltar à Venezuela, mesmo sabendo que não é seguro. "Sim, corri risco ao sair. Meu retorno será arriscado", afirmou o líder oposicionista, em entrevista coletiva, após conversas com parlamentares europeus. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, viajou para a Colômbia, onde se encontrará com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, em uma conferência antiterrorismo que será realizada em Bogotá nesta segunda-feira.

A conferência, que vai contar com representantes de vários países da América Latina, vai tratar de formas de cortar fundos e impedir atividades de grupos terroristas que podem ter operações na região, como o libanês Hezbollah.

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É somente a segunda vez que Guaidó sai da Venezuela desde uma imposição da Suprema Corte venezuelana que o impede de deixar o território do país. De lá, o líder da oposição tem planos de viajar para outros países, incluindo Estados Unidos e na Europa, de acordo com fontes ouvidas pela agência Associated Press.

No início de janeiro, Guaidó perdeu a presidência da Assembleia Nacional da Venezuela para o governista Luis Parra em eleição que foi contestada por órgãos internacionais. Os Estados Unidos foram um dos países que reiteraram o apoio ao autoproclamado presidente interino da Venezuela após o episódio.

Mais de 50 países reconhecem Guaidó como presidente legítimo da Venezuela, incluindo o Brasil.

Após a invasão de um grupo apoiador de Juan Guaidó na Embaixada da Venezuela, em Brasília, por volta das 4h30 desta quarta-feira (13), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) utilizou o Twitter para apoiar o movimento e classificá-lo como 'justo'. Opositor ao governo de Nicolás Maduro, o Brasil reconhece a autoproclamação de Guaidó como presidente venezuelano.

"Nunca entendia essa situação. Se o Brasil reconhece Guaidó como presidente da Venezuela por que a embaixadora Maria Teresa Belandria, indicada por ele, não estava fisicamente na embaixada? Ao que parece agora está sendo feito o certo, o justo", avaliou Eduardo, mesmo com a confusão e os acessos bloqueados pelo grupo.

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Segundo relatos, cerca de 20 venezuelanos e brasileiros pró-Guaidó pularam os muros do local onde residem funcionários e diplomatas do país vizinho junto às suas famílias. Crítico da política de Jair Bolsonaro, desde 2016 Nicolás Maduro retirou seu representante do solo brasileiro em protesto ao impeachment da então presidente Dilma Roussef (PT). Desde então, a cadeira estava desocupada.

Já a equipe de Guaidó aponta que funcionários da embaixada permitiram o acesso ao local. Vale destacar que a embaixadora Maria Teresa Belandria, indicada pelo presidente autoproclamado, não está no País.

A polícia acompanha a confusão do lado de fora, pois, mesmo sendo no Brasil, a embaixada trata-se de um território estrangeiro e os invasores não podem ser retirados.

O autodeclarado presidente venezuelano Juan Guaidó tirou fotos com lideranças narcoparamilitares colombianas enquanto teria recebido dos mesmos a ajuda para cruzar a fronteira de seu país com a Colômbia em fevereiro.

As fotos se tornaram públicas mediante a denúncia de Wilfredo Cañizares, ativista e líder da Fundação Progresso no Norte de Santander (FPNS), organização não governamental colombiana de direitos humanos. Segundo Cañizares, a misteriosa passagem de Guaidó da Venezuela para a Colômbia foi feita com a ajuda de criminosos colombianos.

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Na ocasião, Juan Guaidó foi para o país vizinho para participar de um evento popular chamado Venezuela Aid Live, cujo o propósito era levar ajuda humanitária para a Venezuela a partir do território colombiano em fevereito deste ano. Guaidó havia sido proibido pela Justiça da Venezuela de atravessar a fronteira.

Nas fotos publicadas no Twitter de Wilfredo, é possível ver Guaidó com Albeiro lobo Quintero, conhecido como Brother, e John Jairo Durán, conhecido como El Menor, ambos líderes da organização criminosa Los Rastrojos. As fotos foram tiradas em 22 de fevereiro, um dia antes de Guaidó comparecer ao evento que ocorreu em Cúcuta, Colômbia.

Organização criminosa

De acordo com Alberto Ravell, porta-voz de Juan Guaidó, o deputado e opositor venezuelano não sabia quem eram as pessoas que lhe ajudaram na travessia da fronteira.

Los Rastrojos é uma organização criminosa que lucra com o narcotráfico e o comércio ilegal de ouro na Colômbia, informou o portal Semana.

Da Sputnik Brasil

O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, convocou a população para uma nova manifestação contrária ao governo de Nicolás Maduro. O protesto está marcado para a próxima terça-feira (23), na capital Caracas.

"Vamos nos manter mobilizados por este sonho, pelo país que podemos e vamos ser", declarou Guaidó, no Twitter. "Seguiremos exercendo pressão desde nosso terreno de luta".

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O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, aceitou ontem uma negociação direta de seus enviados com representantes chavistas, sob mediação do governo norueguês. Até agora, as duas partes não haviam aceitado se encontrar. Os dois lados usavam a chancelaria da Noruega como interlocutor.

O movimento ocorre menos de um mês depois de uma tentativa de Guaidó de depor o presidente Nicolás Maduro com adesão de parte dos militares. O intento fracassou em razão da baixa adesão da cúpula militar às ofertas de deserção.

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Em comunicado, Guaidó disse que atende o convite da Noruega para "explorar uma saída possível, negociada". Já Maduro agradeceu à Noruega em seu Twitter. "Agradeço ao governo da Noruega por seus esforços para avançar nos diálogos pela paz e pela estabilidade da Venezuela. Vai a Oslo nossa delegação com boa disposição para trabalhar em uma agenda integral acordada e avançar na construção de bons acordos". Tentativas anteriores de negociação, mediadas pela República Dominicana, fracassaram.

Vistos

O governo Donald Trump está prestes a enfrentar a primeira divisão com o grupo de Juan Guaidó, reconhecido pelos EUA e por cerca de 50 países como presidente interino da Venezuela. Em meio à crise venezuelana, a cúpula do governo Trump tem liderado o apoio ao time de Guaidó e endurecimento contra o regime de Nicolás Maduro, para forçar a transição de poder. Mas um dos pedidos dos diplomatas de Guaidó nos EUA esbarra em ponto-chave da política da Casa Branca: os imigrantes.

A oposição a Maduro quer que os EUA ofereçam a concessão especial de permanência temporária aos venezuelanos que estão no país. A reivindicação teve apoio do senador republicano Marco Rubio, elo entre a Casa Branca e o time de Guaidó, mas começou a criar ruído no governo americano, que tem restringido o visto e o regime de imigração.

O Status de Proteção Temporária (TPS, na sigla em inglês) é um mecanismo criado pelo Congresso para amparar imigrantes que, em razão de desastres naturais ou de conflitos armados, já estão nos EUA de forma ilegal e não podem retornar em segurança a seus países.

Desde 2017, a Casa Branca passou a anunciar a que não renovaria o visto especial de permanência de cidadãos de cinco países da América Central. A ideia é restringir a quantidade de imigrantes - mesmo os legais - que vivem no país.

Pelo menos 300 mil imigrantes hondurenhos, salvadorenhos e de outras três nacionalidades devem cair na clandestinidade com a recente decisão do governo americano.

Contradição

"O TPS para os venezuelanos é uma questão complicada para o governo Trump, porque coloca a forte condenação do presidente ao regime de Maduro contra a hostilidade do governo em relação aos imigrantes - o que incluiu a retirada do TPS para cidadãos de Honduras, El Salvador e Haiti", afirma Michael Camilleri, ex-diplomata do governo de Barack Obama e atual diretor do centro de estudos Rule of Law, do instituto Diálogo Interamericano.

"Trump, provavelmente, espera que o projeto de lei que concede a proteção aos venezuelanos não passe pelo Senado, controlado pelos republicanos, para que ele não seja forçado a tomar uma decisão sobre aceitar ou vetar a legislação", disse Camilleri.

Em março, Rubio se juntou a outros 23 senadores - todos, exceto ele, democratas - para pedir ao governo a concessão da proteção aos venezuelanos. No entanto, na semana passada, Rubio deu um passo atrás.

Na quarta-feira, 22, quando o Senado aprovou o "Verdad Act" - ou "lei da verdade", em uma mistura de palavras em inglês e espanhol - Rubio se posicionou contra a inclusão do TPS no projeto.

"Eu apoio o TPS para venezuelanos, mas se isso for incluído no 'Verdad Act' será enviado para a Comissão de Justiça e a aprovação vai atrasar", justificou. O projeto prevê US$ 400 milhões em ajuda humanitária a venezuelanos e mecanismos de cooperação multilateral para reconstrução do país, mas sem tratar de permanência dos venezuelanos.

Rubio é tido como o embaixador dos EUA para América Latina. O predomínio das posições do republicano sobre as políticas para a região foi crucial para que os EUA passassem a reconhecer Guaidó.

É Rubio quem tem articulado com o secretário de Estado, Mike Pompeo, e com o conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, o endurecimento das sanções contra o time de Maduro e estimulado o discurso belicoso. O recuo do senador foi visto como um sinal dado por Trump.

Bastidores

Os representantes de Guaidó nos EUA estão cientes da reticência do governo Trump em ampliar as concessões de permissão temporária. Embaixador de Guaidó em Washington, Carlos Vecchio acompanhou a votação do "Verdad Act" no Capitólio e, na saída, comemorou o que chamou de um "passo importante que mostra o governo de Trump unido". Segundo Camilleri, a posição de Rubio foi "estratégica". "Todas as indicações são de que ele continua a apoiar o TPS para os venezuelanos, mas ele entendeu que incluir no Verdad Act poderia tornar mais difícil para alguns de seus colegas republicanos (e aliados do presidente) apoiarem", afirma.

'AQUI ACABOU A USURPAÇÃO'

Próximo ao horário do almoço de sexta-feira, 24, uma bandeira da Venezuela começou a ser hasteada no prédio de tijolos aparentes que tumultuou uma rua calma em Georgetown, bairro histórico de Washington, nas últimas semanas. Do lado de fora, um pequeno grupo aplaudiu. Do lado de dentro, por uma das janelas, era arremessada uma faixa que dizia: "Aqui acabou a usurpação". Foi a primeira vez que Carlos Vecchio, denominado embaixador da Venezuela nos EUA por Juan Guaidó, entrou na sede diplomática.

Desde janeiro, quando o governo de Donald Trump reconheceu Guaidó como presidente interino da Venezuela, na tentativa de forçar o fim do regime de Nicolás Maduro, Vecchio atua nos bastidores junto às autoridades americanas, mas não tem seu principal escritório de trabalho.

Em março, quando foi reconhecido embaixador pelos EUA, Vecchio assumiu prédios diplomáticos e militares em Washington e o controle de um consulado em Nova York. A embaixada venezuelana, no entanto, continuou em disputa.

Em janeiro, Maduro anunciou o rompimento das relações diplomáticas com os EUA e ordenou o fechamento da embaixada e dos consulados. Os últimos diplomatas do regime chavista deixaram o prédio em abril. Mas, na sequência, cerca de 30 ativistas americanos ocuparam o local para que o grupo de Guaidó não assumisse o posto. Com placas nas janelas com os dizeres "o golpe fracassou", os americanos rejeitavam deixar o local. Do lado de fora, venezuelanos acamparam em protesto contra os ativistas.

Os quatro ativistas que restaram na embaixada foram presos há pouco mais de uma semana em uma ação da polícia americana. Dias antes, autoridades federais estamparam no prédio o aviso de que os EUA reconhecem Vecchio e Gustavo Tarre - embaixador de Guaidó na Organização dos Estados Americanos (OEA) - como os representantes diplomáticos da Venezuela no país e, portanto, pessoas que estivessem no local sem a autorização dos dois seriam consideradas invasoras.

Segundo Francisco Marquez, assessor político na embaixada, a prioridade agora é reabrir os serviços para os venezuelanos que moram nos EUA. "Durante os últimos cinco anos, o regime ignorou a comunidade venezuelana nos EUA", afirmou.

Com a paralisação das funções diplomáticas nos últimos anos, há inúmeros passaportes vencidos a ser renovados, entre outras demandas.

O grupo de Guaidó nos EUA é um dos principais pilares internacionais do opositor a Maduro, pois negocia direto com a cúpula de Trump - que tem liderado as ações mais duras contra o regime chavista. Os diplomatas também sofrem com a falta de estrutura e equipe. Mas, a partir de agora, Vecchio passa a ser um embaixador com direito a embaixada. / As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.G

Pela primeira vez desde que Juan Guaidó se proclamou presidente interino da Venezuela, em janeiro, opositores e chavistas deram os primeiros passos para negociar um acordo. Aliados do presidente Nicolás Maduro e membros da oposição se reuniram nos últimos dias com a chancelaria da Noruega, em Oslo.

Sem negar os encontros, Guaidó tentou minimizá-los, com um tuíte em que afirma que as conversas não são a única iniciativa em curso para o fim da crise. "Grupo de Contato, Canadá, Reino Unido, Noruega, Grupo de Lima, além de outras iniciativas, nos apoiam para chegar a uma solução da crise. Para os venezuelanos, a rota é clara, e nós a mantemos: fim da usurpação (do poder), governo de transição e eleições livres", escreveu Guaidó.

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O representante do chavismo na ONU também confirmou as negociações. "Sim, está havendo conversas entre governo e setores democráticos da oposição", disse Jorge Valero, embaixador da Venezuela na ONU, em Genebra. "Infelizmente, há uma oposição que é belicista, terrorista e fascista, simples marionetes do império dos EUA."

Nos últimos dias, representantes de Maduro viajaram a Oslo, entre eles o ministro das Comunicações, Jorge Rodríguez, e o governador do Estado de Miranda, Héctor Rodríguez, para encontrar delegados de Guaidó, como o ex-deputado Gerardo Blyde e Fernando Martínez Mottola, ex-ministro de Carlos Andrés Pérez, aos quais se juntou o deputado e vice-presidente da Assembleia Nacional, Stalin González.

Três fontes relataram à Reuters como ocorreram as conversas. Segundo eles, os enviados exploraram possíveis caminhos para avançar em uma agenda de temas e uma metodologia de trabalho. As mesmas fontes asseguram que as negociações foram feitas separadamente com representantes do Ministério das Relações Exteriores da Noruega e negam que tenha sido estabelecida uma mesa de diálogo.

Segundo fontes ligadas às negociações, as reuniões sob a mediação da Noruega não surgiram subitamente, mas são resultado de reuniões realizadas separadamente, durante meses. Os contatos começaram em Cuba e várias reuniões foram realizadas em local secreto em Oslo, mediadas pela chancelaria da Noruega. As duas delegações voltaram ontem a Caracas.

As reuniões surpreenderam alguns dirigentes opositores, como Julio Borges, ex-presidente da Assembleia Nacional, exilado em Bogotá. Pelo Twitter, ele assegurou que, tanto ele quanto seu partido, o Primero Justicia, souberam da iniciativa pela imprensa. "Soubemos desta iniciativa uma vez que já era pública", escreveu Borges. "Não avaliamos nenhum tipo de diálogo com a ditadura."

Muitos opositores estão céticos quanto às negociações, já que outras tentativas falharam, dividiram a oposição e deram tempo a Maduro para que ele consolidasse seu poder.

Ao contrário de outros países europeus, a Noruega - que não faz parte da União Europeia - não reconheceu Guaidó, líder da Assembleia Nacional, como presidente interino, mas mostrou seu apoio e pediu a retomada do diálogo e novas eleições. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Representantes de Nicolás Maduro e Juan Guaidó viajaram à Noruega para tentar abrir um canal de diálogo sobre a crise política na Venezuela.

A viagem, citada pela imprensa local e por agências internacionais, não é confirmada oficialmente por nenhum dos dois lados. Na última quarta (15), no entanto, Maduro disse que o vice-presidente e ministro da Comunicação Jorge Rodríguez estava em uma "missão muito importante fora do país".

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Entre os representantes do regime também estaria o governador do estado de Miranda, Héctor Rodríguez. Já a delegação opositora seria liderada pelo ex-deputado Gerardo Blyde, pelo ex-ministro Fernando Martínez Mottola e por um dos vice-presidentes da Assembleia Nacional, Stalin González.

Se confirmada, essa seria a primeira tentativa de diálogo envolvendo Maduro desde que Guaidó se autoproclamou presidente, em janeiro passado. Em maio, o opositor tentou insuflar um levante das Forças Armadas contra o regime chavista, mas não teve adesão da alta cúpula militar.

Da Ansa

O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, convocou para este sábado protestos na frente de quartéis para pressionar pelo apoio dos militares, porém os atos tiveram pouca adesão.

O papel crítico dos militares venezuelanos na crise do país foi mostrado neste sábado. Enquanto Guaidó tentava convencê-los a apoiá-lo, a TV estatal mostrava o presidente Nicolás Maduro em um ato com cadetes do Exército. "Lealdade sempre", gritou Maduro para uma multidão de cadetes com uniformes verdes.

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Nas ruas de Caracas, por sua vez, os militares deram uma demonstração do apoio a Maduro.

Em uma das cenas, um manifestante pró-Guaidó entregou a um policial um bilhete pedindo apoio à queda do presidente. O agente de segurança acabou queimando o documento, deixando as cinzas caírem no chão.

"As forças armadas não serão chantageadas ou compradas", disse um segundo policial que assistia à cena, que ocorreu perto do palácio presidencial.

Um manifestante manifestou sua irritação. "É uma humilhação", disse Benito Rodriguez, que integrava um grupo de cerca de 150 pessoas.

Quando os ânimos começaram a ficar acirrados, a líder do protesto, Maria Suarez, pediu calma. "Por favor, muita disciplina", disse.

"Eles acham que é uma piada. Eles não nos levam a sério. Eles não estão escutando", queixou-se o manifestante Andrea Palma.

Os protestos ocorrem quatro dias depois de Guaidó clamar pelo apoio dos militares para tirar Maduro do poder.

A Venezuela enfrenta uma crise sem precedentes: há hiperinflação, recuo do Produto Interno Bruto (PIB), debandada de migrantes para os países vizinhos, desabastecimento e acusações de violência por parte das forças do Estado. Fonte: Associated Press.

O presidente americano, Donald Trump, e seu contraparte russo, Vladimir Putin, conversaram nesta sexta-feira (3) sobre a Venezuela, enquanto em Caracas, o líder opositor apoiado por Washington, Juan Guaidó, convocou novos protestos contra o presidente Nicolás Maduro, aliado de Moscou.

"Conversa muito produtiva!" - tuitou Trump após mais de uma hora de diálogo com Putin, no qual, entre vários temas, repassaram "especialmente" a crise venezuelana, afirmou o presidente americano.

O telefonema ocorreu três dias depois de um frustrado levante militar liderado por Guaidó, após o qual os Estados Unidos disseram que a Rússia dissuadiu Maduro de fugir para Cuba, outro de seus aliados. Moscou negou, acusando Washington de apoiar um golpe de Estado "que não tem nada a ver com a democracia".

Putin "não está buscando se envolver na Venezuela, além de que gostaria de ver algo positivo acontecer", disse Trump a jornalistas, ao reiterar que a conversa foi "muito positiva".

A tensão entre a Casa Branca e o Kremlin aumentou nas últimas semanas sobre a Venezuela, o país com as maiores reservas de petróleo do mundo, onde o líder parlamentar Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino por meia centena de países, desafia desde janeiro Maduro por considerar "fraudulenta" a sua reeleição.

Segundo o Kremlin, o telefonema foi iniciativa de Washington.

"Putin afirmou que só o povo venezuelano tem direito a decidir o futuro do país", destacou um comunicado russo.

"A interferência em assuntos internos, as tentativas de uma mudança de governo em Caracas à força, minam as perspectivas de uma solução pacífica do conflito", acrescentou.

- Reunião no Pentágono -

A situação na Venezuela foi analisada nesta sexta-feira no Pentágono pelo secretário de Defesa interino, Patrick Shanahan, o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, o assessor de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton, e o almirante Craig Faller, que encabeça o Comando dos Estados Unidos para a América do Sul (SouthCom).

Os Estados Unidos avaliam opções militares para a Venezuela "adaptadas" às circunstâncias no terreno, disse Shanahan, que lembrou as advertências reiteradas de Trump de que "todas as opções" estão sobre a mesa. "Tudo incluiria tudo", disse.

"À medida que mudam as condições, fazemos modificações e ajustes", avaliou, negando-se a especificar as operações previstas.

Os Estados Unidos, que consideram a Venezuela de Maduro "um Estado falido", insiste em que os dias do presidente estão contados, embora segundo analistas isto não seja tão evidente.

"Esperamos uma transição pacífica do poder", afirmou o vice-presidente, Mike Pence, à emissora CNBC, destacando a ampla gama de sanções econômicas impostas por Washington e prometendo aumentar a pressão diplomática a favor de Guaidó.

"Seus esforços desta semana são parte de um processo em que o presidente legítimo da Venezuela assume o controle", acrescentou.

- Passeatas no sábado -

Guaidó convocou novas mobilizações opositoras para o sábado, nas quais disse que será entregue "de forma pacífica" uma proclamação nas principais unidades militares exortando a tropa a dar as costas a Maduro.

O texto vai ratificar o compromisso do Legislativo, eleito em 2015 e de maioria opositora, com uma lei de anistia, disse, insistindo em que são mantidos diálogos secretos com autoridades que apoiam sua proposta de instaurar um "governo de transição" para organizar eleições presidenciais.

A convocação de Guaidó ocorre depois de ele liderar, com o também opositor Leopoldo López, o levante de um reduzido grupo de militares na base aérea de La Carlota, em Caracas, que Maduro denunciou como uma tentativa de "golpe de Estado".

A Espanha, que desde então abrigou López na residência de seu embaixador em Caracas, advertiu que o edifício não se tornará "um centro de ativismo político".

Mas quase simultaneamente, López compareceu perante a imprensa, antecipando "mais movimentos no setor militar" contra Maduro.

- Grupo de Lima convida Cuba -

O Grupo de Lima, formado por uma dúzia de países que reconhecem Guaidó como presidente interino, decidiu convidar Cuba e o Grupo de Contato Internacional (GPI) a participar na busca de uma solução para a crise na Venezuela, após uma reunião de urgência na capital peruana.

Cuba é apontada por Estados Unidos, e também pelo secretário-geral da OEA, Luis Almagro, como um importante aliado de Caracas. Trump ameaçou inclusive Havana nesta terça com um embargo "total" se não suspender seu apoio a Maduro.

O comunicado do Grupo de Lima foi assinado por Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Venezuela, representada por um enviado de Guaidó.

A Alemanha, França, Itália, Holanda, Portugal, Espanha, Suécia e Reino Unido, assim como a Bolívia, Equador, Uruguai e Costa Rica integram o GCI, que promove "eleições livres" na Venezuela após uma saída negociada no impasse.

"(As pessoas) não devem ficar na frente dos blindados. Se você vai às ruas, se expõe." Foi assim que o ex-presidente do Uruguai José "Pepe" Mujica se referiu na quarta-feira, 1º, ao atropelamento de manifestantes antichavistas por blindados da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), ao ser questionado sobre o incidente.

Com a repercussão negativa da declaração, que colocaria sobre as vítimas a culpa de ser atingida pelos taques conduzidos por militares leiais ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, Mujica voltou a falar do assunto nesta quinta, 2, para explicar o que quis dizer.

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"O que eu disse é que você nunca deve ficar na frente dos tanques porque o condutor pode ser um louco. É preciso levar em consideração que há pessoas neste mundo com um caminhão que atropelam uma multidão. Eu não estou justificando nada, só estou tentando educar as pessoas ", afirmou ao semanário uruguaio Búsqueda, o mesmo ao qual havia feito a primeira declaração.

O ex-presidente também disse afirmou que nunca foi sua intenção "justificar a situação no país caribenho" e completou: "o que está acontecendo na Venezuela é uma selvageria. Como vou justificar essa selvageria? Até roubaram alguns tanques".

No dia 30, um militante pró-Juan Guaidó foi atropelado e morto durante ato público em Caracas por um blindado da GNB. O modelo VN4 Rhinoceros, de 5,7 toneladas, é armado com uma metralhadora 12.7 mm. Nas versões venezuelanas a torre de ataque é equipada também com disparadores de granadas de gás - a munição lacrimogênea é comprada no Brasil, da Condor Tecnologias Não Letais.

O líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, apareceu em uma manifestação em Caracas nesta quarta-feira, um dia depois de dar início a uma nova tentativa de derrubada de Nicolás Maduro, com apoio de alguns militares. Guaidó disse que a oposição precisa aumentar a pressão contra Maduro e pediu a seus seguidores que tomem medidas para preparar uma greve geral.

O líder oposicionista afirmou que seu movimento está ganhando a luta, apesar da falta de resposta militar firme a seus apelos de insurreição na terça-feira. Segundo ele, "o usurpador perdeu". No Twitter, ele publicou uma série de imagens indicando que populares aderiram a seus apelos e foram às ruas em diversas cidades da Venezuela.

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Em outro ponto de Caracas, o líder do partido Socialista Diosdado Cabello, aliado de Maduro, disse em comício a favor do presidente que as forças armadas da Venezuela permanecem unidas, a despeito dos chamados da oposição para que se voltem contra o governo. Cabello afirmou que os militares resistiram "como um bloco", com algumas exceções. Declarou ainda que os líderes da oposição estão "andando como zumbis" depois de não conseguirem provocar a insurreição generalizada instigada por Guaidó.

O presidente boliviano Evo Morales considerou fracassada a tentativa de "golpe de estado na Venezuela" que teria sido orquestrada nos Estados Unidos. "Alguns grupos militares foram enganados e é por isso que fracassa esse golpe de estado. Com bloqueio econômico, apesar dessa situação, o povo revolucionário da Venezuela, os chavistas saíram a defender a dignidade, a independência de seu povo", disse Morales en um ato pelo Dia do Trabalho, em Cochabamba. "Outra vez, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seus aliados latino-americanos fracassaram na Venezuela", acrescentou.

Fonte: Associated Press

O presidente da República, Jair Bolsonaro, reconheceu que a crise na Venezuela pode elevar os preços do petróleo, e, assim, encarecer os combustíveis no Brasil, dada a política de reajustes da Petrobras. "Uma preocupação existe sim. Com essa ação, com embargos, o preço do petróleo, a princípio, sobe, e nós temos de nos preparar, dada a política da Petrobras de não intervencionismo nessa parte. Poderemos ter um problema sério dentro do Brasil como efeito colateral do que acontece lá na Venezuela", admitiu.

Mas o presidente reforçou a política da companhia e disse que vai "conversar" para se "antecipar" a problemas externos. "A política de reajuste adotada pela Petrobras é essa, e vamos conversar para nos antecipar a problemas de fora que vieram de forma bastante grave aqui para dentro do Brasil."

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Bolsonaro deu as declarações após participar de um encontro para discutir a situação da Venezuela, que reuniu o estado maior das Forças Armadas, comandantes dessas forças, o ministro de Relações Exteriores (MRE), Ernesto Araújo, e o ministro do GSI, general Augusto Heleno.

A chancelaria chilena confirmou na tarde desta terça-feira, 30, que o opositor Leopoldo López, sua mulher Lilian Tintori, e os filhos estão abrigados na condição de hóspede na residência diplomática da embaixada em Caracas.

Prisões

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Segundo a ONG Foro Penal Venezuelano, que monitora os protestos contra o chavismo na Venezuela, ao menos 11 pessoas foram presas nos protestos de hoje. Cinco delas em Maracaibo, em Zulia, duas em San Cristóbal, em Táchira, duas no Estado de Lara e duas no Estado de Carabobo.

Um comunicado oficial do Partido dos Trabalhadores (PT) sobre a situação política da Venezuela condena o que chama "tentativa de golpe levada a cabo pela oposição da direita golpista e antichavista". A nota é assinada pelos parlamentares Gleisi Hoffmann (PR), Humberto Costa (PE) e Paulo Pimenta (RS) - respectivamente, presidente nacional do partido e líderes da legenda no Senado e na Câmara.

Para o PT, "grupos opositores tentam há anos derrubar o governo democraticamente eleito do Partido Socialista Unido da Venezuela" e só não teriam conseguido tomar o poder graças ao apoio que a sigla e o sistema de Nicolás Maduro "têm junto às pessoas, após anos de políticas voltadas ao bem-estar da população e contrárias à exploração imperialista e das elites locais".

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"Não aceitamos atitudes antidemocráticas como essas", continua o comunicado, em referência à mobilização popular e militar convocada pelo autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, contra o governo de Maduro. Segundo o partido, "a solução dos problemas venezuelanos passa por levantar o embargo econômico internacional de que o país e, principalmente, sua população, são vítimas".

Na tarde desta terça-feira, 30, os Estados Unidos acenaram com o alívio de sensações econômicas a aliados do regime de Maduro que aderirem à mobilização de Guaidó.

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