Tópicos | Hungria

Milhares de manifestantes anti-governo marcharam neste sábado em Budapeste, capital da Hungria, exigindo uma nova eleição e um novo sistema eleitoral no país, na maior manifestação da oposição em anos.

O primeiro-ministro Viktor Orban foi reeleito para um quarto mandato na semana passada. O seu partido, o Fidesz, de direita, ganhou uma supermaioria na assembleia nacional, com resultados preliminares mostrando que o Fidesz e o Partido Democrata-Cristão conquistaram 134 assentos na legislatura de 199 assentos.

##RECOMENDA##

Membros da oposição estão preocupados com o fato de as regras eleitorais da Hungria terem dado ao partido de Orban uma maioria tão grande no Parlamento quando ele conquistou apenas 50% dos votos.

Enquanto os partidos da oposição de esquerda conquistaram 12 dos 18 assentos nos distritos de Budapeste, o Fidesz ganhou 85 dos 88 assentos fora da capital. Os outros 93 assentos foram alocados com base nos votos por listas partidárias.

Manifestantes marcharam da Ópera para o Parlamento, gritando palavras de ordem como "Novas eleições!" e "Somos a maioria!".

O tamanho da multidão, que lotou a praça Kossuth, em frente ao Parlamento neo-gótico, rivalizava com a "Marcha da Paz", pró-governo, realizada em 15 de março. Organizadores disseram que outro protesto contra o governo será realizado no próximo fim de semana.

"Queremos eleições novas e justas", disse o ativista da oposição Gergely Gulyas à multidão. "Esta é a responsabilidade do governo e vamos lembrá-los disso, de forma pacífica e maciça."

Orban, cuja campanha se concentrou na crítica aos migrantes e prometeu "mudanças significativas" em seu próximo governo, que poderia pressionar por uma emenda constitucional contra a migração. Fonte: Associated Press.

A polícia de fronteira da Romênia deteve, na noite de sexta-feira, 21 imigrantes iraquianos numa vila no Oeste do País, escondidos numa plantação de milho próxima à fronteira com a Hungria.

O grupo, formado por 12 homens, três mulheres e seis crianças, foi levado para responder questionamentos.

##RECOMENDA##

Eles disseram que tentavam chegar à região do Acordo de Schengen, onde é possível viajar sem a necessidade de visto. A Romênia não é signatária do acordo, mas a vizinha Hungria é. Alguns dos detidos já entraram com pedido de asilo na Romênia. Fonte: Associated Press.

Era um jogo decisivo para a seleção portuguesa. E, novamente contando com o brilho de seu astro, a equipe de Cristiano Ronaldo derrotou a Hungria por 3 a 0, neste sábado, em Lisboa, pelas Eliminatórias Europeias da Copa do Mundo da Rússia.

Atual campeão europeu, Portugal entrou pressionado e, se fosse derrotado, perderia a vice-liderança do Grupo B para a própria Hungria. Mas a angústia durou pouco. Logo aos 30 minutos, o craque do Real Madrid avançou pela intermediária e tocou para Raphael Guerreiro, que cruzou rasteiro para André Silva apenas escorar para as redes.

##RECOMENDA##

Cristiano Ronaldo, então, assumiu de vez o protagonismo. Apenas cinco minutos depois, após receber passe de calcanhar de André Silva, ele chutou de fora da área, rasteiro, de esquerda, e marcou um bonito gol. E, já no segundo tempo, em cobrança de falta, o atacante acertou o canto e fechou o placar.

O resultado manteve Portugal na segunda posição do Grupo B, agora com 12 pontos, três a menos do que a líder Suíça, que derrotou a Letônia também neste sábado, por 1 a 0. Já a Hungria permaneceu com sete e complicou suas chances de classificação.

GRUPO H - Ainda neste sábado, também jogando em casa, a Bélgica contou com um gol aos 44 minutos do segundo tempo de Romelu Lukaku, do Everton, para evitar um vexame e empatar com a Grécia por 1 a 1.

Então 100% nas Eliminatórias, a seleção belga foi surpreendida aos 18 segundos da etapa final, quando Mitroglou recebeu na entrada da área e, com classe, tocou na saída de Courtois.

A Grécia, porém, complicou-se aos 15, após Tachtsidis receber o segundo amarelo e o consequente cartão vermelho. E, já aos 44, Lukaku recebeu cruzamento de Mertens, dominou no peito, girou e marcou um belo gol. Os gregos ainda tiveram um segundo jogador expulso, mas conseguiram segurar o empate.

Com o resultado, a Bélgica se manteve na liderança com 13 pontos, dois a mais do que a Grécia. A Bósnia-Herzegovina, por sua vez, goleou Gibraltar por 5 a 0 e está em terceiro, com dez pontos.

O parlamento da Hungria aprovou nesta terça-feira (8) um plano para deter a entrada de migrantes no país até que seus pedidos de asilo sejam decididos, à medida que o governo intensificou os esforços para fechar um dos principais corredores de imigrantes que tentam chegar à Europa Ocidental.

De acordo com as novas regras, as autoridades serão autorizadas a manter qualquer requerente de asilo e crianças com acompanhantes que entrem no país. A legislação aprovada nesta terça-feira é a mais recente ação do primeiro-ministro Viktor Orban para tornar seu país uma peça-chave para controles fronteiriços difíceis. Durante décadas, refugiados e migrantes atravessaram a Hungria em direção às nações europeias mais prósperas do continente. Fonte: Associated Press.

##RECOMENDA##

Um ônibus da Hungria que trazia estudantes de volta de uma viagem de esqui na França sofreu um acidente no norte da Itália e entrou em chamas, matando ao menos 16 pessoas afirmou a polícia local.

A colisão do veículo com um muro perto da cidade de Verona deixou outros 39 feridos, alguns deles em estado grave. Apesar do forte impacto, um dos professores permaneceu consciente e salvou diversos alunos, todos de uma escola na capital do país, Budapeste.

##RECOMENDA##

Segundo Judit Timaffy, que trabalha no consulado da Hungria e esteve no local do acidente, as crianças contarem que precisaram quebrar os vidros do ônibus para escapar das chamas. "Algumas ficaram para trás", disse.

Nenhum outro veículo se envolveu no acidente, que aconteceu perto da meia noite de sexta-feira. A causa ainda é desconhecida, mas investigadores trabalham com a hipótese de que o motorista possa ter adormecido ao volante.

Segundo o Ministério de Relações Exteriores da Hungria, um dos sobreviventes está em coma induzido e corre perigo de vida.

Em Budapeste, uma bandeira negra foi erguida sobre a porta do Szinyei Merse Pal Gimnazium. Cerca de 60 estudantes se juntaram para uma vigília fora do colégio, asceram velas e rezaram pelas vítimas. Fonte: Associated Press.

Uma jornalista húngara que provocou indignação por ter agredido migrantes com chutes no ano passado foi formalmente indiciada pela justiça. Petra Laszlo foi acusada de "perturbação da ordem pública", de acordo com um comunicado assinado pelo promotor do condado de Csongrad (sul da Hungria), Zsolt Kopasz. Após as investigações, no entanto, a justiça considerou que a atitude da jornalista, filmada por outros repórteres e divulgada no mundo inteiro, "não foi motivada por considerações étnicas ou pela condição de migrantes das pessoas agredidas".

As imagens da cinegrafista, com a câmera no ombro, dando um pontapé em um homem e seu filho e tentando dar uma rasteira em uma criança na fronteira entre Hungria e Sérvia, provocaram grande indignação.

O governo húngaro já estava sob fortes críticas por sua atitude hostil em relação aos migrantes. O incidente aconteceu em 8 de setembro de 2015, quando centenas de solicitantes de asilo, que viajaram até a Grécia pela costa turca, transitavam diariamente pela rota dos Bálcãs em direção a Alemanha.

No dia em questão, vários grupos conseguiram forçar a passagem pelo cordão de isolamento dos policiais húngaros, que tentavam impedir sua entrada no país. A rasteira da jornalista, que trabalhava para um canal de TV ligado à extrema-direita, "não provocou ferimentos, mas seu comportamento provocou indignação e revolta entre as pessoas presentes", destaca a Promotoria. Demitida pouco depois, a Petra se defendeu alegando que entrou em pânico.

A Hungria completou uma semana depois do incidente a construção de uma cerca de arame farpado ao longo da fronteira com a Sérvia, que depois foi seguida por outra na fronteira com a Croácia, o que reduziu consideravelmente a passagem de migrantes por esta rota. O pai de família sírio agredido pela jornalista obteve asilo noa Espanha.

O primeiro-ministro húngaro, o conservador Viktor Orban, anunciou nesta sexta-feira (26) a construção de uma segunda barreira para reforçar a construída há um ano na fronteira com a Sérvia, evocando o risco da chegada de uma nova onda de refugiados.

Segundo ele, estão sendo realizados estudos técnicos para a construção de uma barreira mais sólida ao longo da atual, que percorre os 175 km da fronteira sérvio-húngara.

[@#video#@]

Orban anunciou recentemente o recrutamento de 3.000 policiais para apoiar os 3.500 membros das forças de ordem atualmente encarregados de vigiar a fronteira.

"A fronteira não pode ficar protegida com flores e bichos de pelúcia", ironizou.

A equipe feminina da Hungria venceu a prova K4 500 metros da canoagem, disputada neste sábado na lagoa Rodrigo de Freitas, e assim a canoísta Danuta Kozak conquistou sua terceira medalha de ouro nos Jogos Rio-2016.

Kozak já havia vencido as provas de K1 e K2 500 m. Neste sábado ela venceu ao lado de Gabriella Szabo, Tamara Csipes e Krisztina Fazekas-Zur)

##RECOMENDA##

As húngaras venceram a prova com uma vantagem de 901 milésimos sobre a equipe da Alemanha (Sabrina Hering, Franzi Weber, Steffi Kriegerstein, Tina Dietze), que levou a prata.

Belarus Marharyta Makhneva, Nadzeya Liapeshka, Volha Khudzenka, Maryna Litvinchuk) conquistou o bronze.

Cerca de 300 migrantes iniciaram nesta sexta-feira uma caminhada da capital Sérvia à Hungria, determinados a entrar na União Europeia custe o que custar, inclusive fazendo uma greve de fome, informou um fotógrafo da AFP no local.

A coluna, formada em sua maioria por jovens afegãos e paquistaneses, saiu de Belgrado, sob forte calor que passava dos 30ºC.

##RECOMENDA##

Após se reunirem em um parque do centro da capital sérvia, se dirigiram até a fronteira húngara, 200 quilômetros ao norte, escoltados por um carro de polícia.

Eles levavam mantas e sacos de dormir azuis distribuídos pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). Alguns cobriam a cabeça com toalhas para se protegerem do sol.

Seu objetivo é chegar ao posto fronteiriço de Horgos, onde centenas de migrantes já estão bloqueados em condições de saúde precárias, esperando poder cruzar a Hungria, país-membro da UE, que recentemente endureceu as condições de acesso ao seu território.

O número de migrantes bloqueados na Sérvia tem aumentado desde que a Hungria adotou, no início de julho, uma lei que permite devolver à fronteira os migrantes detidos em um raio de oito quilômetros em seu território.

Segundo o Acnur, 2.800 pessoas se encontravam na Sérvia nesta sexta-feira, a maioria em acampamentos improvisados próximo da fronteira húngara.

A Bélgica não deu chance para uma das zebras da competição e confirmou o favoritismo ao bater a Hungria por 4 a 0, neste domingo, no Estádio Municipal de Toulouse, e avançar às quartas de final da Eurocopa, que está sendo realizada na França.

Alderweireld, Batshuayi, Hazard e Carrasco fizeram os gols que garantiram a vitória belga. Com o resultado, a Bélgica agora vai encarar o País de Gales na próxima sexta-feira, no estádio Pierre-Mauroy, em Lille. O jogo começou com domínio belga e o primeiro gol foi questão de tempo. Aos dez minutos, De Bruyne cobrou falta pelo lado esquerdo e Alderweireld apareceu na segunda trave sem marcação para cabecear para as redes.

##RECOMENDA##

A Hungria se segurou como pôde e ainda conseguiu algumas finalizações na primeira etapa, total de seis, contra uma Bélgica melhor em campo que se mostrou tranquila e tentou 16 chutes a gol antes do intervalo.

Na segunda etapa, a Hungria resolveu sair para o jogo, mas parou na defesa rival. Aos oito minutos, Dzsudzsák cruzou para Szalei, que desviou, mas a bola bateu em Vermaelen e não entrou. Aos 20, Pintér bateu e obrigou Courtois a fazer difícil defesa. Três minutos depois, Juhász chutou com perigo, para fora.

Após sofrer um pouco de pressão do time rival, a Bélgica tratou de reagir e garantir a vitória. Aos 33, Batshuayi recebeu cruzamento na pequena área e mandou para as redes. No minuto seguinte, o autor do gol anterior Hazard levou pelo lado esquerdo, cortou para o meio e bateu no canto, sem chances para o goleiro.

Já nos minutos finais, Nainggolan acertou bela enfiada para Carrasco, que dominou, invadiu a área e chutou na saída do arqueiro para selar a goleada e a classificação da Bélgica para a próxima fase da Eurocopa.

FICHA TÉCNICA:

HUNGRIA 0 X 4 BÉLGICA

HUNGRIA - Király; Kádár, Guzmics, Juhász e Lang; Nagy, Gera (Elek), Pinter (Nikolics), Lovrencsics e Dzsudzsák; Szalai. Técnico - Bernd Storck.

BÉLGICA - Courtois; Meunier, Alderweireld, Vermaelen e Vertonghen; Nainggolan, Witsel, Mertens (Ferreira Carrasco), De Bruyne e Hazard (Fellaini); Lukaku (Batshuayi). Técnico: Marc Wilmots.

GOLS - Alderweireld, aos dez minutos do primeiro tempo; Batshuayi, aos 33, Hazard, aos 35, e Carrasco, aos 46 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Milorad Mazic (Sérvia)

CARTÕES AMARELOS - Kádár, Lang, Elek e Szalai (Hungria); Vermaelen, Fellaini e Batshuayi (Bélgica).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio municipal de Toulouse, em Toulouse (França).

O talento de Cristiano Ronaldo foi decisivo para Portugal não passar o vexame de ser eliminado na fase de grupos da Eurocopa, que está sendo realizada na França. Nesta quarta-feira (22), o craque do Real Madrid marcou dois gols e deu uma assistência para garantir o empate por 3 a 3 com a Hungria, em Lyon, pela rodada final do Grupo F.

O resultado classificou as duas seleções para as oitavas de final. A Hungria foi a primeira colocada com cinco pontos e saldo de gols superior ao da segunda colocada Islândia - 2 a 1 -, que também avançou. Agora terá pela frente o segundo colocado do Grupo E.

##RECOMENDA##

Já a seleção de Portugal se garantiu na próxima fase com três pontos, como um dos quatro melhores terceiros colocados dos seis grupos, mas ainda não venceu na França e só se manteve viva no torneio por causa do talento de Cristiano Ronaldo, que fez a diferença em uma partida eletrizante, com quatro gols marcados nos 20 minutos iniciais do segundo tempo.

O craque português começou o dia com um desentendimento fora de campo ao tomar o microfone de um repórter e jogá-lo em um lago, mas, dentro de campo, enfim mostrou o seu talento e poder de decisão na Eurocopa, participando diretamente de todos os gols da sua equipe.

O JOGO - O técnico Fernando Santos fez duas mudanças na escalação no crucial confronto para o futuro de Portugal, com Eliseu sendo escalado na lateral esquerda, pois Raphael Guerreiro sofria com dores musculares. Já no meio-de-campo, João Mario substituiu Ricardo Quaresma.

Classificada antecipadamente às oitavas de final, a Hungria entrou em campo com cinco alterações, poupando três jogadores que estavam "pendurados" com um cartão amarelo. Mas exibiu muita luta em busca do objetivo de conseguir o primeiro lugar do grupo, que acabou sendo alcançado mesmo com o estrago provocado por Cristiano Ronaldo.

Assim, fez um duelo bastante movimentado com Portugal, que teve a primeira chance clara de gol com uma das novidades do time, João Mário, que finalizou de fora da área, para fora. Mas quem abriu o placar do duelo foi a Hungria, aos 19 minutos do primeiro tempo com um belo gol. Após cobrança de escanteio, a zaga de Portugal rebateu a bola, que sobrou para Gera. Ele dominou e bateu de esquerda para marcar. Logo depois, com Portugal aparentemente sentindo o gol, Elek quase marcou em um chute forte, que foi bem defendido por Rui Patrício.

Até então apagado na partida, Cristiano Ronaldo começou a tentar ameaçar a Hungria e finalizou algumas vezes em cobranças de falta, mas a maior parte delas sem muita pontaria. E teve papel importante como assistente aos 42 minutos, quando deu ótimo passe para Nani finalizar no canto direito da meta defendida por Kiraly.

Só que a Hungria mostrou não estar satisfeita com o empate, tanto que quase foi ao intervalo em vantagem, não fosse a boa defesa de Rui Patrício em chute de muito longe de Szalai. E logo no início do segundo tempo, aos dois minutos, Dzsudzsak colocou novamente os húngaros em vantagem, numa cobrança de falta em que a bola desviou na barreira.

Na sequência, Lovrencsics quase marcou para a Hungria, mas aí Cristiano Ronaldo apareceu. Aos cinco minutos, o craque marcou um golaço, de letra, completando um cruzamento de João Moutinho. Assim, alcançou a quarta Eurocopa marcando gols - fez três em 2012, um em 2008 e dois em 2004 -, um recorde que pode ser igualado pelo sueco Ibrahimovic ainda nesta quarta.

O início do segundo tempo era eletrizante. E aos dez minutos, a sorte voltou a ajudar a Hungria, pois novo chute de Dzsudzsak desviou na defesa portuguesa, impedindo a defesa de Rui Patrício e deixando mais uma vez a Hungria em vantagem.

De novo, porém, Cristiano Ronaldo apareceu. Agora, aos 18 minutos, ele marcou de cabeça depois de cruzamento de Quaresma, chegando aos oito em todas edições da Eurocopa e ficando a apenas um do recordista, o francês Michel Platini.

As emoções prosseguiram com a Hungria acertando a trave com uma finalização de Szalai após um cruzamento rasteiro, aos 19 minutos. Depois disso, porém, a Hungria passou a ter mais preocupações defensivas, enquanto Portugal se manteve no ataque, mesmo que o empate fosse suficiente para assegurar a sua classificação.

A seleção de Portugal ainda teve algumas boas chances, a maior parte delas em finalizações de longe, de Quaresma e, principalmente, de Cristiano Ronaldo, mas eles não acertaram a meta de Kiraly. Assim, a partida terminou empatada em 3 a 3, com húngaros e portugueses garantidos nas oitavas de final da Eurocopa.

FICHA TÉCNICA

HUNGRIA 3 x 3 PORTUGAL

HUNGRIA - Kiraly; Lang, Guzmics, Juhasz e Korhut; Gera (Bese), Pinter, Dzsudzsak, Elek e Lovrencsics (Stieber); Szalai (Nemeth). Técnico: Bernd Storck.

PORTUGAL - Rui Patricio; Vieirinha, Pepe, Ricardo Carvalho e Eliseu; Andre Gomes (Quaresma), William Carvalho, João Moutinho (Renato Sanches) e João Mario; Nani (Danilo Pereira) e Cristiano Ronaldo. Técnico: Fernando Santos.

GOLS - Gera, aos 19, e Nani, aos 42 minutos do primeiro tempo; Dzsudzsak, aos dois e aos dez, Cristiano Ronaldo, aos quatro e aos 17 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Martin Atkinson (Inglaterra).

CARTÕES AMARELOS - Guzmics, Juhasz e Gera (Hungria).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Stade de Lyon, em Lyon (França).

A Uefa voltou a abrir procedimentos disciplinares para investigar atos de torcedores em partidas da Eurocopa, na França. Desta vez, as federações denunciadas foram as da Hungria, Bélgica e Portugal, neste domingo. Os casos serão julgados a partir de terça-feira.

A Federação Húngara de Futebol foi denunciada por causa dos distúrbios ocorridos na partida contra a Islândia, sábado, em Marselha. Antes do início da partida, húngaros entraram em confronto com os seguranças quando um grupo de cerca de 100 torcedores vestidos de preto tentaram derrubar uma grade para se juntar a outros húngaros num dos trechos da arquibancada. Houve empurra-empurra entre eles e também com os seguranças.

##RECOMENDA##

Um grupo de choque da polícia precisou intervir para bloquear a área e impedir o acesso de outros torcedores da mesma seleção. Ainda antes do início do jogo, parte da torcida acendeu sinalizadores na arquibancada durante a execução do hino da Hungria. Seis húngaros foram detidos no episódio.

No caso da Bélgica, a denúncia se refere ao lançamento de objetos no gramado durante a vitória sobre a Irlanda por 3 a 0, em Bordeaux, também no sábado. Torcedores também acenderam sinalizadores e fogos de artifício nas arquibancadas.

A Federação Portuguesa, por sua vez, vai responder pela invasão de um torcedor no gramado ao fim do empate sem gols com a Áustria, também no sábado.

Em mais uma partida marcada por confusões da torcida em Marselha, a seleção da Hungria arrancou um suado empate por 1 a 1 com a modesta equipe da Islândia, neste sábado, e ficou perto da classificação às oitavas de final da Eurocopa. O gol do empate saiu somente aos 42 minutos do segundo tempo e saiu dos pés de um lateral islandês.

Com o resultado, a Hungria amplia sua vantagem na liderança no Grupo F da Eurocopa. Tem quatro pontos, contra dois da Islândia. Portugal, com um ponto, e Áustria, que ainda não pontuou, vão se enfrentar ainda neste sábado.

##RECOMENDA##

A partida no estádio Vélodrome, de Marselha, já marcada pela briga entre ingleses e russos no fim de semana passado, teve um jogo "pegado" dentro de campo e uma confusão iniciada por torcedores húngaros antes mesmo do primeiro apito do árbitro.

Enquanto a torcida da Islândia fazia uma bela festa, pintando as arquibancadas de azul, húngaros entraram em confronto com os seguranças quando um grupo de cerca de 100 torcedores vestidos de preto tentaram derrubar uma grade para se juntar a outros húngaros num dos trechos da arquibancada. Houve empurra-empurra entre eles e também com os seguranças.

Um grupo de choque da polícia precisou intervir para bloquear a área e impedir o acesso de outros húngaros. Ainda antes do início do jogo, parte da torcida acendeu sinalizadores na arquibancada durante a execução do hino da Hungria. As confusões devem render punições à Federação Húngara de Futebol.

Quando a bola, enfim, rolou, a empolgação da torcida não se refletiu na qualidade do espetáculo em campo. A Hungria logo assumiu o controle da partida, mas as melhores chances de gol na etapa inicial foram protagonizadas pela equipe da Islândia, que arrancou empate com Portugal de Cristiano Ronaldo na estreia.

Aos 9 minutos, o atacante Bodvarsson subiu alto na área, mas completou cruzamento de cabeça, para fora. A outra boa oportunidade surgiu somente aos 31. Gudmundsson recebeu enfiada pela direita e, cara a cara com Kiraly, bateu em cima do goleiro.

A maior posse de bola da Hungria que não impediu as boas chances islandesas também não evitou o gol de pênalti aos 39 minutos. O lance, contudo, foi no mínimo duvidoso. Kiraly, meio atrapalhado, caiu mal ao tentar fazer defesa por cima e se chocou com Gylfi Sigurdsson, que caiu na área. O árbitro assinalou a penalidade e o próprio Sigurdsson converteu.

Em desvantagem, a seleção húngara aumentou o ritmo na segunda etapa e o jogo se tornou mais "pegado". A Islândia passou a aceitar o domínio e a tentativa de pressão do rival. Mesmo sem criar chances claras, a Hungria cercava a área islandesa e o gol de empate parecia questão de tempo.

Aos 42, enfim, Nikolics cruzou rasteiro da direita, quase na linha de fundo, e o lateral Saevarsson completou contra as próprias redes, ao tentar evitar finalização do rival. O gol levantou a torcida húngara, que voltou a gritar nas arquibancadas. Também acenderão novamente sinalizadores e o árbitro paralisou brevemente a partida. Jogadores da Hungria precisaram pedir aos torcedores para apagar o artefato.

Nos minutos finais, o time húngaro ainda precisou se defender de uma chance perigosa. Aos 49, o árbitro marcou falta praticamente em cima da linha da área. Sigurdsson bateu na barreira e o experiente Gudjohnsen, que acabara de entrar em campo, finalizou forte e viu a bola ir para fora após desvio da defesa. Com a saída, o árbitro finalizou a partida.

 

FICHA TÉCNICA:

ISLÂNDIA 1 x 1 HUNGRIA

ISLÂNDIA - Hannes Halldorsson; Birkir Saevarsson, Ragnar Sigurdsson, Kari Arnason, Ari Skulason; Aron Gunnarsson (Hallfredsson), Johann Gudmundsson, Birkir Bjarnason, Gylfi Sigurdsson; Kolbeinn Sigthorsson (Gudjohnsen) e Jon Dadi Bodvarsson (Finnbogason). Técnico: Lars Lagerbäck.

HUNGRIA - Gabor Kiraly; Adam Lang, Richard Guzmics, Roland Juhasz (Szalai), Tamas Kadár; Zoltan Gera, Adam Nagy, Laszlo Kleinheisler, Balazs Dzsudzsak; Zoltan Stieber (Nikolics) e Tamas Priskin (Böde). Técnico: Bernd Storck.

GOLS - Gylfi Sigurdsson, aos 39 minutos do primeiro tempo. Saevarsson (contra), aos 42 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Gudmundsson, Kleinheisler, Saevarsson, Finnbogason.

ÁRBITRO - Sergei Karasev (Rússia).

LOCAL - Stade Vélodrome, em Marselha (França).

Uma foto de um homem e um bebê sob uma cerca de arame farpado na fronteira Sérvia-Hungria, tirada pelo australiano Warren Richardson, venceu o World Press Photo, um dos prêmios de maior prestígio do fotojornalismo.

A imagem em preto e branco, com o título "Esperança de uma nova vida", foi feita pelo fotógrafo independente na noite de 28 de agosto de 2015, quando alguns refugiados tentavam entrar na Hungria. O bebê passa de mão em mão sob a cerca de arame farpado instalada entre Horgos, na Sérvia, e Roszke, na Hungria.

A foto de Warren Richardson é "poderosa por sua simplicidade", disse o presidente do júri e diretor de fotografia da AFP, Francis Kohn. "Vimos esta foto cedo (no processo de seleção) e soubemos que era uma imagem importante", completou.

Para Huang Wen, membro do júri e diretor de desenvolvimento de novas mídias da agência chinesa Xinhua, a foto é "perturbadora". "Você observa a ansiedade e a tensão de forma sutil. A imagem mostra a emoção e os sentimentos de um pai que tenta introduzir o filho no mundo ao qual deseja pertencer".

Na noite da foto, depois de passar cinco dias acampado com os refugiados, Warren Richardson viu a chegada de quase 200 pessoas que se deslocavam escondidas entre as árvores, ao longo da linha de fronteira. Primeiro fizeram passar as mulheres e as crianças, depois os pais de família e os idosos.

"Brincamos de gato e rato com a polícia a noite toda", disse o fotógrafo, citado no comunicado da World Press Photo. "Eram três da manhã quando fiz a foto. Não podia usar o flash, porque a polícia tentava encontrar estas pessoas. Aproveitei apenas a luz da lua", explicou o australiano.

Quatro fotógrafos da Agência France-Presse (AFP) também foram premiados. Sameer Al-Doumy, Roberto Schmidt e Bulent Kilic receberam o primeiro, segundo e terceiro prêmios na categoria "Notícias Locais", por imagens na Síria, Nepal e Turquia. Abd Doumany ficou em segundo lugar na categoria "Notícias Gerais" por uma fotografia na cidade de Duma, sul da Síria.

Na categoria "Notícias Gerais", o grande vencedor foi o brasileiro Mauricio Lima, que trabalha como freelancer para o jornal New York Times, com uma fotografia que mostra um combatente do grupo Estado Islâmico de 16 anos, gravemente queimado e durante o atendimento em um hospital curdo da Síria.

O júri examinou 82.951 fotos, apresentadas por 5.775 fotógrafos de 128 países. O júri, composto por 18 pessoas, premiou 41 fotógrafos de 21 nacionalidades em sete categorias.

O governo húngaro comemorou nesta segunda-feira (20) ter "detido de modo eficaz" o trânsito de migrantes por seu território, após o fechamento das fronteiras com a Sérvia e a Croácia, já que apenas 41 migrantes atravessaram a fronteira no domingo (19), o menor número desde o começo do ano.

"O fechamento da fronteira funciona, foram detidas de maneira eficaz as entradas ilegais", afirmou à imprensa o porta-voz do governo húngaro Zoltan Kovacs, e completou que apenas 41 migrantes entraram "ilegalmente" no domingo na Hungria, país que fechou a fronteira com a Croácia na sexta-feira após ter bloqueado a fronteira com a Sérvia há um mês.

Depois de a Hungria ter fechado sua fronteira com a Croácia no começo deste sábado (17), milhares de migrantes, incluindo mulheres e crianças, acabaram redirecionando seu curso da região oeste da Croácia para a fronteira com a Eslovênia.

Segundo a agência das Nações Unidas para refugiados (UNHCR), a Eslovênia tem capacidade para receber cerca de 7 mil pessoas por dia. Mas representantes do governo local afirmam que permitirão a entrada de até 2,5 mil migrantes por dia. Novos grupos só obterão permissão para ingressar no país após refugiados que tiverem chegado antes deixarem o território.

##RECOMENDA##

O pequeno país da União Europeia tem capacidade limitada para receber o grande contingente de pessoas que tem chegado a seu território com a intenção de seguir para nações mais ricas do bloco, como Alemanha, Áustria ou Suécia. A população da Eslovênia é de aproximadamente 2 milhões de pessoas.

Diversos ônibus com refugiados vindos da Croácia chegaram à fronteira da cidade eslovena de Petisovci neste sábado. À tarde, um trem levou até a cidade mais 1.800 pessoas. A polícia local afirmou que, após serem registrados, a maioria deve ser transferida para a fronteira da Áustria.

Mais cedo, o ministro de Interior da Croácia Ranko Ostojic declarou que a decisão da Hungria de fechar sua fronteira pode causar "um efeito dominó e problemas para todos os países que estão na rota migratória".

Mais de 383 mil refugiados entraram na Hungria este ano, a maioria com destino à Alemanha e outros países da Europa Ocidental. Desde 15 de setembro, o país reforçou sua fronteira com a Sérvia, o que levou a onda de refugiados a se dirigir à Croácia, para então chegar à Hungria. Autoridades da Croácia, por sua vez, afirmaram que se a Eslovênia fechar suas fronteiras com a Croácia, o país fechará sua fronteira com a Sérvia.

Hoje, o governo da Eslovênia informou que vai reforçar os controles nas fronteiras e criar pontos de entrada para imigrantes, a fim de gerenciar o fluxo de pessoas. Esta posição será mantida, segundo autoridades do país, desde que Áustria e Alemanha mantenham suas fronteiras abertas. Fonte: Associated Press

A Hungria anunciou que fechará sua fronteira com a Croácia, onde já construiu uma cerca de arame farpado, para impedir o livre fluxo de imigrantes a partir da meia-noite desta sexta-feira (hora local). O ministro das Relações Exteriores, Peter Szijjarto, anunciou a medida após uma reunião do gabinete de segurança nacional.

O governo húngaro já lançou uma barreira similar com a Sérvia em 15 de setembro. Desde então, os imigrantes têm utilizado a Croácia como rota para chegar à Hungria.

##RECOMENDA##

Mais de 383 mil imigrantes já entraram no território húngaro neste ano. Quase todos os imigrantes desejam seguir até a Alemanha e para outros destinos mais a oeste na União Europeia. Fonte: Associated Press.

O número de pessoas que buscam asilo na Hungria quase dobrou em agosto, à medida que o governo constrói uma cerca de arame farpado na fronteira para impedir que mais pessoas entre no país através da Sérvia, a agência de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat, divulgou nesta sexta-feira.

De acordo com a Eurostat, 92.265 pessoas pediram asilo em agosto, comparado com 49.250 em julho. Dessa maneira, o número total de pessoas que buscaram proteção internacional na Hungria neste ano já chega a cerca de 207 mil.

##RECOMENDA##

A maioria das pessoas que chegam na Hungria viajam por terra através da Grécia e muitas tentam avançar dentro da União Europeia, para chegar em países como a Alemanha e a Suécia.

Nos primeiros seis meses desse ano, mais de 400 mil pessoas pediram asilo pela primeira vez em alguma das 28 nações da UE. Mais de um entre três - 154.055 pessoas - fizeram o pedido na Alemanha até junho. Outros principais países de destino são a Áustria, Itália, França e Suécia.

Na Grécia, aonde a maioria dos imigrantes entra na Europa e cujas guardas-costeiras e locais de acolhimento estão sobrecarregados, 5.480 pessoas entraram com pedido de asilo pela primeira vez na primeira metade de 2015.

Segundo a Eurostat, a maioria dos pedidos de asilo na UE, de abril a junho, quando aumentou o número de chegada de imigrantes devido ao bom tempo, foram feitos por sírios, com 21% dos números totais, 13% do Afeganistão e 8% da Albânia.

Enquanto a taxa de aceitação dos pedidos de asilo de sírios é relativamente alto - 95% foram reconhecidos como refugiados em 2014 - cerca de 8% de pedidos de cidadãos da Albânia são aceitos.

Os dados divulgados pela Eurostat são fornecidos pelos governos ou ministérios. Eles se referem às pessoas que buscam proteção internacional devido a um conflito ou violência em seu país, não aquelas que viajam para a Europa em busca de empregos ou para encontrarem-se com suas famílias. Fonte: Associated Press.

Nova York, 20/09/2015 - A disputa diplomática na Europa sobre questão dos migrantes e refugiados se intensificou neste domingo, com governos discordando sobre como lidar com o fluxo de pessoas atravessando o continente. A Áustria disse que está sendo inundada e avisou que iria enviar pessoas de volta para a Eslovênia e a Croácia, porque não estavam fazendo o registro como requerentes de asilo. "O que está acontecendo aqui não tem mais nada a ver com a busca por segurança", disse a ministro da Interior do país, Johanna Mikl-Leitner. "Ninguém pode dizer que Croácia ou Eslovênia são países inseguros", mas as pessoas não estão pedindo asilo lá também, afirmou. Cerca de 7 mil migrantes haviam chegado à cidade de fronteira austríaca de Nickelsdorf na metade da manhã de domingo, depois de cerca de 11 mil pessoas entrarem no país no sábado, afirmou um porta-voz do Ministério do Interior austríaco.

No sul, a onda de migração continua. A Croácia disse neste domingo que cerca de 3,9 mil migrantes estavam atravessando a fronteira com a Sérvia na cidade de Tovarnik. A Croácia disse que iria enviar os recém-chegados de ônibus e trem para passagens de fronteira com a Hungria, que chamou este plano de "cínico e irresponsável". "O tráfico de pessoas é feito na Croácia com a ajuda do governo", disse Zoltan Kovacs, porta-voz do governo húngaro. Um porta-voz do ministério das Relações Exteriores croata disse que não iria comentar as acusações húngaras.

##RECOMENDA##

A crise tem se intensificado nas últimas semanas, com muitos migrantes ou refugiados se recusando a procurar asilo em países ao longo de sua viagem até a Alemanha, que veem como um refúgio com os melhores benefícios sociais. Alguns países do sul da Europa, portanto, têm feito esforços para acelerar a viagem dos imigrantes para o norte, causando indignação na Áustria no fim de semana. "Esta não é mais uma busca por segurança, mas sim uma maneira de otimizar o asilo", disse a ministra do Interior austríaca. Ela renovou o seu apelo aos países europeus, "mesmo os menos atrativos", para que compartilhem o fardo de acolhimento dos migrantes. "Então, com isso será demonstrado claramente: na Europa há o direito à proteção, mas não o direito de escolher o país mais atraente para isso", afirmou a ministra.

Mas muitos, particularmente nos países menos ricos do leste da União Europeia, continuam a se opor a um plano feito em Bruxelas redistribuindo os migrantes proporcionalmente com base na população de cada país e no poder econômico. O primeiro-ministro húngaro Viktor Orban e o líder da oposição conservadora da Polônia, Jaroslaw Kaczynski, recentemente colocaram a culpa pela recente escalada na crise de migração sobre a Alemanha, que no mês passado declarou que receberia refugiados da Síria, suspendendo a aplicação das rígidas regras de asilo da Europa. Eles afirmam que, em vez disso, a Europa deve reforçar as fronteiras externas para desencorajar a migração.

Líderes da UE vão participar de uma cúpula na quarta-feira para discutir como lidar com o fluxo de migrantes. Os Estados-membros têm ainda de chegar a acordo sobre como distribuir 120 mil pessoas que procuram asilo na Grécia, Itália e Hungria mais uniformemente em todo o bloco. A Hungria, no entanto, disse que não quer fazer parte do plano e que a sua quota poderia agora ser dividida entre a Itália e a Grécia ou entre a Croácia e a Eslovênia, disse um funcionário da UE familiarizado com as negociações. A cúpula de quarta-feira virá na sequência de conversações entre ministros do interior da UE e ministros de migração agendadas para terça-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os imigrantes continuavam a chegar em massa à Hungria neste sábado (19), enquanto a Croácia seguia transportando-os para a fronteira, levando a uma disputa diplomática entre os dois países e ressaltando as diferenças nas estratégias de ambos para lidar com a crise. A Hungria deteve 7.852 imigrantes na sexta-feira (18), bem mais que as algumas centenas de retidos nos três dias anteriores, segundo a polícia. Até a manhã de sábado, 3.065 imigrantes entraram na Hungria ao longo da noite, a maioria através da Croácia, acrescentou a polícia.

Os imigrantes receberam permissão para entrar em território húngaro em postos de controle oficiais, apesar de que o país terminou de fazer uma cerca na fronteira com a Croácia durante a noite. Para lidar com o fluxo, o Ministério da Defesa húngaro disse que estava convocando alguns reservistas voluntários para substituir soldados envolvidos em tarefas relacionadas com a construção da cerca ou com exercícios militares. "O país precisa ser defendido", afirmou neste sábado o premiê húngaro, Viktor Orban. "Nós queremos defender nosso estilo de vida."

##RECOMENDA##

A crise piora a relação entre Hungria e Croácia, com autoridades dos dois lados trocando acusações. Budapeste acusa Zagreb de não cumprir suas obrigações internacionais relativas ao tratamento de imigrantes que obrigam os países europeus a processar os pedidos de asilo. Mas a Croácia disse que o fluxo de imigrantes era muito grande e, apesar de não haver um acordo com os húngaros, os imigrantes continuarão a ser mandados para a fronteira da Hungria, disse o primeiro-ministro croata, Zoran Milanovic.

A Hungria tem utilizado trens e ônibus para levar imigrantes a vários pontos próximos da fronteira austríaca. A maioria deles, a partir daí, continua sua jornada até a Áustria.

Na sexta-feira, a Croácia enviou sem aviso anterior mais de mil imigrantes para a Hungria, com cerca de 40 policiais armados escoltando-os. Um porta-voz do governo húngaro acusou o país vizinho de "entrar em colapso" em apenas um dia, enquanto a Hungria aguenta o fluxo constante de imigrantes há nove meses.

Os imigrantes também aparecem agora em maior número na fronteira húngara com a Eslovênia. O governo esloveno disse na sexta-feira que criará corredores para essas pessoas através de seu território, pois não teria como registrar e processar todos os pedidos de asilo.

A Hungria defende que a Europa aplique seus procedimentos padrões para o fluxo de imigrantes, que geralmente prevê que eles fiquem meses no primeiro país em que chegam na União Europeia, enquanto são avaliados seus pedidos de asilo. A Alemanha, destino preferido dos imigrantes, inicialmente acolheu todos os refugiados vindos da Síria, mas no último fim de semana impôs controles fronteiriços.

Os imigrantes tentam evitar a Hungria desde 15 de setembro, após o país construir uma cerca em sua fronteira com a Sérvia e colocar em vigor leis mais rígidas sobre a imigração, punindo a entrada ilegal no país com até três anos de prisão. Ao longo da sexta-feira para o sábado, a Hungria concluiu a construção de uma cerca com arame farpado em partes de suas fronteiras com a Croácia que não têm rios. Budapeste planeja ainda fazer uma segunda "linha de proteção".

O ministro das Relações Exteriores sérvio, Ivica Dacic, disse neste sábado à televisão estatal que seu país, que não é membro da UE, pode fazer pouco para parar os imigrantes. Segundo ele, "infelizmente", a Sérvia está entre duas diferentes áreas do bloco europeu: de um lado Grécia de Bulgária, onde os imigrantes cruzam sem fazer os registros necessários, e do outro Hungria e Croácia, que fecham rodovias e constroem cercas. O ministro disse que 150 mil pessoas já cruzaram o território do país, mas apenas 600 deles pediram asilo na própria Sérvia. Fonte: Dow Jones Newswires.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando