A Polícia Civil concluiu o caso sobre o caso de Marcela Gomes Leite, de 32 anos, morta com mais de 30 facadas cujo seu corpo foi encontrado dentro de casa, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife. Conforme as investigações, ela foi vítima de um latrocínio cometido pelo seu vizinho Denilson Andrade da Silva, de 28 anos.
De acordo com a delegada Fabiana Leandro, da Divisão de Homicídio Norte, “ele confessou o crime no momento da prisão. Foi encontrado DNA de Denilson nas unhas de Marcela e também na capa do celular que foi encontrada na residência dele”.
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A polícia tinha outros dois suspeitos, porém, ambos foram descartados. “Os dois primeiros suspeitos que foram levados à delegacia prestaram depoimento e forneceram material genético para fazer o confronto e em ambos casos deu negativo”.
Sobre o motivo do crime, a delegada explica que “Ele alegou que o intuito dele era roubar o dinheiro guardado e o celular e na hora que ele estava procurando, a vítima acordou e reagiu. Então ele tomou a faca da mão dela e efetuou essas diversas facadas. Ele disse ter usado droga e bebida e quando se deu conta do que fez, viu a gravidade da situação e tentou reanimá-la”.
Fabiana Leandro explica que o crime não foi feminicídio, mas, sim, latrocínio. Além disso, apontou para a conclusão do caso. “Até o fim da semana o inquérito estará finalizado para ser encaminhado à Justiça”, faltando apenas a junção de outros materiais da investigação.
Quanto aos exames realizados, o perito criminal, Diego Costa, do Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), detalhou: “foi colhido DNA das unhas da vítima e em uma capa de celular encontrada na casa do vizinho de Marcela”. No objeto estava também o sangue dela.
Ainda conforme a autoridade, o cenário encontrado pelos peritos foi de um crime brutal. “Havia muito sangue. Sangue por todos os cômodos da casa. Pegadas. Havia sinais de que ele pudesse ter entrado pela janela – que depois foi comprovado. Também foi possível ver que ela lutou muito, mas ele estava armado e ela acabou morrendo”.
O perito garantiu que foi descartada a possibilidade de que ela tenha sido abusada sexulamente, de acordo com o resultado dos exames, apesar de ela estar sem roupas. “A família confirmou que ela tinha o hábito de dormir despida”. Costa ainda informou que ela foi arrastada do quarto para a cozinha.
Além do que foi constatado nos exames, em depoimento na delegacia “Denilson se mostrou bastante arrependido, mas explicou detalhadamente como cometeu o crime”, comentou a delegada. Ela ainda acrescentou que o suspeito já tem passagem pela polícia. “Já havia sido preso por roubo e furto algumas vezes, teve também uma evasão da PAI [Presídio Agroindustral de Itamaracá], depois foi preso novamente. A última vez ele foi preso em setembro em livramento condicional e em dezembro cometeu o crime”. Denilson foi preso no dia 29 de dezembro pelo crime contra Marcela.